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Netflix: no mês da Consciência Negra, produções que denunciam o racismo

Há fantasmas que insistem em assombrar a humanidade, um deles é o racismo, ainda tão real e presente na sociedade. Fantasma que, infelizmente, não se limitou ao passado manchado pela escravidão, está nas esquinas e estádios de futebol. Como forma de resistência ao preconceito e a discriminação racial, no dia 20 de novembro é comemorado em nosso país o Dia da Consciência Negra, data que homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo da luta dos negros escravizados no Brasil. Com frequência, filmes e séries tratam do assunto, denunciando e promovendo necessária reflexão. Em homenagem à data, indico três produções originais Netflix ligadas ao tema.   American Son   O longa American Son é baseado em uma peça homônima que fez grande sucesso na Broadway. Na história, Kendra vai a uma delegacia denunciar o sumiço do filho. Ela é tratada com desdém e preconceito pelo oficial responsável pelo atendimento, que faz perguntas baseadas em estereótipos como “qual apelido o garoto tem nas ruas”, se tem cicatrizes, tatuagens ou até dente de ouro. A questão racial e de gênero é potencializada quando o pai do jovem, Scott, chega ao local. Por ser branco e se apresentar como agente do FBI, é recebido de forma diferenciada. American Son denuncia o preconceito e discriminação, relacionados à questão de raça e gênero, ainda presentes nas relações familiares e nas instituições que deveriam proteger o cidadão. Kerry Washington, conhecida por protagonizar a série de Shonda Rhimes, Scandal, encarna Kendra. Steven Pasquale da série The Good Wife interpreta Scott.   Olhos Que Condenam   Em 1989, cinco adolescentes, quatro negros e um hispânico, foram acusados e, em seguida, condenados injustamente por, segundo os investigadores, estuprar uma jovem branca que corria no Central Park. Na época, Donald Trump, então magnata do setor imobiliário, atiçou a opinião pública com anúncios de página inteira pedindo a pena de morte para os acusados. O caso ficou conhecido como “Os Cinco do Central Park”. A minissérie Olhos Que Condenam, dirigida por Ava DuVernay, conta essa triste e revoltante história. A produção denuncia não só os maus tratos sofridos pelos adolescentes enquanto estiveram presos, como também o caminho difícil de ressocialização que muitos deles tiveram de trilhar durante a condicional. Fruto de um sistema que impossibilita uma segunda chance aos que passaram por alguma condenação. Ava DuVernay é conhecida por dirigir o longa Selma: Uma Luta Pela Igualdade, que acompanha os bastidores da marcha das cidades de Selma até Montgomery em 1965, liderada por Martin Luther King Jr. pelo direito de voto dos negros nos EUA.   A 13ª Emenda   "Um em cada quatro seres humanos com suas mãos nas grades estão presos na terra da liberdade." Assim começa o documentário A 13ª Emenda, também dirigido por Ava DuVernay. A produção tem como pano de fundo o sistema carcerário americano e se baseia na 13ª alteração feita na constituição dos EUA, que tornou inconstitucional alguém ser mantido como escravo. Mostra que o texto deixou uma brecha: "exceto como punição por crimes", o que possibilitou a prisão em massa de afro-americanos após o fim da Guerra Civil Amerciana. O documentário fala também sobre o polêmico filme O Nascimento de Uma Nação, de D. W. Griffith e a apologia que fez, na época, às atividades racistas do Ku Klux Klan. A 13ª Emenda foi indicado em 2017 ao Oscar de Melhor Documentário e ganhou o BAFTA, prêmio da Academia Britânica de Cinema e Televisão.  

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Pátio de São Pedro comemora o mês da Consciência Negra a partir desta terça

Depois de uma pausa devido a restrições da Lei Eleitoral, o projeto Terça Negra, uma realização do Movimento Negro Unificado em parceria com a Prefeitura do Recife, volta a animar o Pátio de São Pedro, nesta terça-feira (8), a partir das 20h. A programação inicia as comemorações do Mês da Consciência Negra no local. Na primeira noite, sobem ao palco o hip hop do grupo Reflexo Aberto, o Maracatu Almirante do Forte, o Coco das Estrelas e o Afoxé Omin Sabá. As outras duas edições da Terça Negra acontecem nos dias 22 e 29 de novembro. Consciência Negra - Trinta dias  para exaltar a cultura, a religiosidade e a raça do povo negro. Assim é novembro, mês da Consciência Negra no Brasil. As comemorações se dão por conta do Dia Nacional da Consciência Negra, que é celebrado em 20 de novembro. A data foi criada em 2003 e instituída em todo o país pela lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. Foi escolhida por coincidir com o dia da morte de "Zumbi dos Palmares", em 1695. O Dia da Consciência Negra procura refletir sobre a resistência do negro contra a escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro que aconteceu por volta de 1549. Programação: Dia 08/11 20h – Reflexo Aberto (hip hop) 21h – Maracatu Almirante do Forte 22h – Coco das Estrelas 23 – Afoxé Omin Sabá Dia 22/11 20h – Maracatu Leão da Campina 21h – Afoxé Ilê de Egbá 22h – Maracatu Porto Rico 23h – Afoxé Omô Bá Dê Dia 29/11 20h – Raízes de Quilombo 21h – Coco do Santiago 22h – Afoxé Alafim Oyó 23h – Os Filhos de Dona Maria (Brasília- DF)

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