Arquivos Economia - Página 17 De 42 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Hub Plural retorna às atividades

Após quase 90 dias com suas atividades pausadas, por conta da proliferação do novo coronavírus no Estado, as unidades do Hub Plural estão sendo reabertas, de forma gradual, para receber as empresas residentes. Nos locais, os frequentadores passaram a seguir medidas de segurança sanitária que visam contribuir para o controle da Covid-19 nos espaços compartilhados. A comunidade para empreendedores possui mais de 250 empresas, na capital pernambucana. Para o segundo semestre, a empresa prevê o lançamento de mais duas unidades no Recife. Ao chegar aos espaços, há a higienização das mãos e objetos portados. Em seguida, um dos colaboradores do Hub Plural entregará uma máscara de algodão de camada tripla, caso a pessoa não disponha de uma no momento. Não será possível transitar dentro das unidades sem máscara. Suportes com álcool em gel 70% estão disponíveis em todos os ambientes, sendo posicionados em locais estratégicos e de fácil acesso. Os espaços de trabalho estão com distanciamento de um metro entre as pessoas. Já as salas de reunião, lounges e refeitórios estão com um limite de uma pessoa por dois metros quadrados. Os espaços de eventos presenciais estão, temporariamente, suspensos. A limpeza dos espaços ganhou um reforço com aplicação de DET CLEAN SAN QB (produto químico regularizado pela Anvisa), além do álcool isopropílico 70% em maçanetas, balcões, teclados, entre outros objetos de alto contato. A limpeza do filtro dos aparelhos de ar-condicionado está sendo feita com maior frequência. “Após as incertezas do início da pandemia, já conseguimos analisar com um pouco mais de clareza os cenários futuros para o nosso segmento. Ainda é cedo para termos um prognóstico 100% cravado, mas nosso sentimento é de que fomos capazes de reagir rápido e à altura da crise, adequando as nossas operações e dando suporte aos nossos clientes. Ao longo das últimas semanas, passamos a compartilhar com nossos membros diretrizes resumidas e insights sobre como lidar com a crise no curto e no médio prazo. Os nossos colaboradores, mesmo em regime de teletrabalho, passaram a focar na otimização de processos, de procedimentos operacionais, de planejamento e de geração de valor percebido junto aos clientes. Isso provocou alta retenção dos nossos clientes, mesmo em meio à pandemia. Por fim, estamos seguindo as recomendações da OMS para que os ambientes compartilhados sejam extremamente seguros para o retorno gradual do nosso time e dos nossos clientes”, afirmou Alfredo Júnior, CEO do Hub Plural.  

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Pós-pandemia: "PE pode ser afetado positivamente pelos investimentos chineses"

A China e os Estados Unidos estão no centro de uma disputa de gigantes que deverá afetar a globalização tal qual conhecemos. Para entender as tendências para o País asiático no cenário pós pandemia, conversamos com o cientista político e pesquisador do Instituto de Estudos da Ásia da UFPE e da Rede de Estudos Brasil China (RBChina) João Ricardo Cumarú. Confira! Como deverá ficar a relação da China com a América Latina após essa pandemia, visto que estamos diante de uma tendência de menos globalização e maior protecionismo dos países? No caso da América Latina há uma expectativa, em um primeiro momento, que a região seja fortemente afetada. Um relatório recente da Cepal alerta que o maior impacto da crise econômica gerada pela pandemia será na região, devido à alta dependência das exportações para a China e dos preços das matérias-primas. Entre os países, a maior queda deve ser registrada na Venezuela, onde a estimativa é que o PIB alcance 18% negativo este ano. Equador, México e Argentina devem ter contração de 6,5% na economia, enquanto no Brasil a previsão era de uma queda de 5,2% no PIB, já revisada pelo FMI essa semana para 9,1%. Assim como no continente africano, nos países latino-americanos houve uma queda expressiva na atividade de investimentos chineses. As fusões e aquisições chinesas na América Latina, por exemplo, atingiram 18 transações no valor de US $ 8,9 bilhões em 2019, mas nos três primeiros meses de 2020 totalizaram apenas US $ 163 milhões em três negócios. Todavia, acredito que o continente já tem papel geopolítico bastante relevante para os chineses e, quando eles recomeçarem a olhar para investimentos no exterior a América Latina certamente estará no radar, com o país asiático desempenhando um papel fundamental em projetos de infraestrutura regional e investindo em setores como geração de energia e mineração. Pernambuco poderia ser afetado negativamente ou positivamente? No caso do Brasil, apesar do discurso sinofóbico de figuras expressivas do governo federal, os chineses são muito pragmáticos e sabem que essas desavenças são passageiras. A demanda chinesa e a oferta brasileira de carnes, grãos e de oportunidades na área da infraestrutura mostra a complementaridade entre os dois países. Não podemos esquecer do campo da tecnologia, com o desenvolvimento da rede 5G, chave da guerra comercial China-EUA. O Embaixador chinês Yang Wanming tem afirmado que as relações comerciais sino-brasileiras têm muita margem para serem ampliadas e anunciou recentemente que, em julho, autoridades e empresários chineses farão uma reunião online com o Brasil para tratar de temas como investimentos e obras de infraestrutura. Pernambuco, apesar de concentrar apenas 3% do comércio bilateral Brasil-China, também tem muitas potencialidades a serem exploradas. Além de contar com um dos três Consulados Gerais da China no Brasil, possui uma sede modelo do Instituto Confúcio (instituição de promoção cultural e do mandarim), é uma região com rico potencial de geração elétrica por fonte eólica e solar, rica em recursos agrícolas, possui um porto importante que serve de ligação com outros continentes, o Porto de Suape; além de concentrar um parque tecnológico de relevância nacional, o Porto Digital; e se mantém como um centro de comércio, indústria, serviço e transporte com forte potencial de desenvolvimento. Nesse sentido, acredito que Pernambuco possa ser afetado positivamente pelos investimentos chineses em um cenário pós-pandemia, desde que esteja atento às oportunidades que daí surgirão. Que projetos poderiam ter maior potencial de atração de investimentos chineses para o Estado de Pernambuco? Em um potencial cenário de recuperação econômica, ainda que lenta, grandes obras estruturadoras como o Arco Metropolitano, a expansão do Porto de Suape, a conclusão da Transnordestina e do Projeto de Integração do São Francisco deverão ser retomadas ou aceleradas. Todas essas obras estão no radar de grandes empresas chinesas, como a CCCC, SPIC, Sinopec, entre outras. No campo comercial, em entrevista essa semana à agência de notícias chinesa, Xinhua, a ministra da Agricultura Tereza Cristina, falou que o governo trabalha para ampliar a cesta de produtos agrícolas brasileiros exportados à China e as frutas estão entre as prioridades para venda. Em 2019, o Rio Grande do Norte começou a exportar melão para o mercado chinês; e, segundo a ministra a próxima fruta em negociação é a uva. Essa é uma das janelas de oportunidades que é possível vislumbrar para Pernambuco no comércio com a China, uma vez que 40% das exportações de uva no Brasil são provenientes do Vale do São Francisco, na região de Petrolina e Juazeiro.

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Empresários pernambucanos estão mais confiantes que a média nacional

Do Sistema Fiepe Depois de registrar em abril deste ano a terceira maior queda desde a sua série histórica, iniciada em 2010, com 36,7 pontos, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de Pernambuco começa a se afastar dessa realidade. Neste mês de junho, o índice chegou aos 43,5 pontos, o que se configura um aumento significativo da confiança do empresário após as medidas de flexibilização da economia. O resultado, no entanto, não deve ser comemorado porque o número permanece abaixo da média dos 50 pontos e, portanto, se mantém no cenário pessimista. De acordo com economista da FIEPE, Cézar Andrade, embora a conjuntura ainda seja difícil, o empresário começa a ter alguma esperança sobre o futuro dos seus negócios. “O que, de certo modo, reflete na confiança e isso vem numa escalada. Na comparação com maio recente, o índice cresceu 6,4 pontos”, explicou. Em maio de 2020, o ICEI estava em 37, 1 pontos. No entanto, se comparado ao mês de junho de 2019, nota-se uma queda brusca de 16,2 pontos percentuais. Naquele ano, o índice estava acima da média e registrava 57,5 pontos. “No ano passado, apesar do cenário econômico não ser dos melhores, pois estávamos em recuperação, era totalmente diferente do que vivemos hoje: com empresas diante de um cenário incerto provocado por uma doença capaz de estremecer o mercado internacional”, avaliou Andrade. Para se chegar ao resultado dos 43,5 pontos, a FIEPE considerou as opiniões dos empresários sobre as condições atuais e as expectativas com relação ao futuro. Isoladamente, o índice das condições atuais no mês de junho cresceu 3,6 pontos, saindo de 30,2 pontos em maio para 33,8 em junho. “Isso mostra que os subcomponentes das condições atuais, que dizem respeito à economia nacional, estadual e às empresas, estão melhorando na percepção dos empresários”, frisou o economista. No pico da pandemia, nos meses de abril e maio, esse índice estava em queda em razão dos efeitos do isolamento social e da diminuição do consumo, o que acarretaram um fluxo menor da circulação das mercadorias, dos insumos e dos trabalhadores, reduzindo também as receitas das empresas. Já o índice de expectativas de junho, também sinalizou uma melhora em relação ao mês anterior. O indicador registrou aumento de 7,7 pontos em relação a maio de 2020 (40,6) e chegou a 48,3 pontos em junho. “Isso é reflexo das ações de flexibilização da economia pelo País inteiro, o que tem dado aos empresários alguma previsibilidade diante de meses tão difíceis que vivemos”, relembrou Cézar Andrade.

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Praxe Cosméticos cresce durante pandemia com redes sociais

A marca local Praxe Cosméticos apostou em uma receita para superar a crise: venda de produtos que oferecem resultados de salão de beleza em casa, reforço da atuação nas redes sociais e entrega a domicílio. Com essas medidas, a empresa de cuidados com os cabelos, criada pelo jovem empreendedor de 24 anos, Jefferson Oliveira, viu o número de seguidores no Instagram aumentar cinco vezes e o faturamento dobrar. Na contramão da crise, a empresa ainda conseguiu contratar mais pessoas. “Quando a pandemia chegou aqui no Estado, fiquei muito preocupado em como faria para dar continuidade aos negócios, porque grande parte das nossas vendas eram feitas porta-a-porta. Mas, foi aí que resolvi investir pesado nas redes sociais e deu certo,” conta Jefferson, que cuida pessoalmente do marketing digital da marca. O empresário relata que aumentou a frequência de publicação nas redes, reforçou o atendimento virtual às clientes dando dicas de como cuidar bem dos cabelos e fez parcerias com influenciadoras digitais, que ensinam como usar os produtos e fazem testes mostrando o resultado deles nas madeixas. Com essas ações, a Praxe Cosméticos passou de 7,4 mil para 37,7 mil seguidores no https://www.instagram.com/praxecosmeticos/. O crescimento no número de seguidores teve um reflexo direto no faturamento da empresa. “As vendas dispararam! Já conseguimos até vender R$ 6 mil em apenas um dia!”, comemora Jefferson. De acordo com ele, o faturamento mais que dobrou de março para cá. Atingiu uma média de R$ 42.665,00, no período, chegando ao pico de R$ 51 mil no mês passado. Os produtos que fazem sucesso nas mídias sociais são o kit Banho de coco, para dar maciez e brilho ao cabelo, Terapia do Alho, para combater a queda e promover o crescimento e o BBTox Magic, à base de botox para hidratar, deixar sem frizz e sem pontas duplas, mas sem agredir o couro cabeludo, nem os olhos. A empresa possui apenas dois anos, tendo começado como MEI, mas já está migrando para a categoria de microempresa. Iniciou como uma marca própria que usa princípios ativos naturais de alto rendimento para ser usada em salões de beleza, mas logo migrou para atender o público final que sentia necessidade de obter resultados profissionais, de salão, em casa. O seu empreendedor, Jefferson Oliveira da Silva, tem apenas 24 anos. Natural de uma família humilde, ele é filho de seu José Ferreira, um comerciante de produtos para cama, mesa e banho, que vende de porta em porta e de dona Isabel Cordeiro, dona de casa. Sempre inquieto, aos 13 anos de idade resolveu vender umas pomadas para massagem que o pai havia comprado e não parou mais. Aos 18 anos já era representante de algumas marcas de cosméticos, antes de abrir seu negócios próprio.

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Guedes promete a criar programa de renda mínima após a pandemia

Da Agência Brasil O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o governo federal criará um programa de renda mínima permanente, após a pandemia do novo coronavírus (covid-19), batizado de Renda Brasil. O ministro disse ainda que será criado um programa para geração de empregos formais, com a retomada do projeto Carteira Verde e Amarela. “Aprendemos durante toda essa crise que havia 38 milhões de brasileiros invisíveis e que também merecem ser incluídos no mercado de trabalho”, disse Guedes durante reunião ministerial coordenada pelo presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o ministro, haverá a unificação de vários programas sociais para a criação do Renda Brasil, que deve incluir os 38 milhões de beneficiários do auxílio emergencial, de três parcelas de R$ 600, pago em razão da pandemia da covid-19. O ministro Paulo Guedes confirmou ainda que o auxílio emergencial será prorrogado por mais dois meses, conforme já havia sido anunciado por Bolsonaro e que, durante esse tempo, o setor produtivo pode se preparar para retomar as atividades, com a adoção de protocolos de segurança. “E depois [a economia] entra em fase de decolar novamente, atravessando as duas ondas [da pandemia e do desemprego]”, disse Guedes. A 34ª Reunião do Conselho de Governo, que aconteceu nesta terça-feira (9) no Palácio da Alvorada.

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Pesquisadores defendem economia ambientalista para superar a crise causada pela COVID-19

A construção de novas rotas de desenvolvimento econômico baseadas na valorização e na valoração da biodiversidade e dos serviços prestados pela natureza (ecossistêmicos), como o fornecimento de água e a regulação climática, será crucial não só para evitar crises desencadeadas por novas pandemias como para superar a atual. A avaliação foi feita por pesquisadores participantes do seminário on-line “Biodiversidade, crise climática, economias e pandemias”, que aconteceu em 22 de maio por ocasião do Dia Internacional da Biodiversidade. O encontro foi realizado por iniciativa da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos BPBES e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, com apoio do Programa BIOTA-FAPESP e da Academia Brasileira de Ciências ABC. “É fundamental a compreensão de que a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento econômico não são processos antagônicos, mas interdependentes. Desenvolvimento não é viável sem uma base de sustentação dos processos naturais que geram os serviços ecossistêmicos, também conhecidos como contribuição da natureza para o bem-estar humano”, disse Cristiana Seixas, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da coordenação da BPBES. A produção em larga escala de alimentos, fibras têxteis e madeira, entre outros itens, pela rota atual, tem impactado diretamente na expansão de áreas de cultivo agrícola e de pastagem para áreas naturais em biomas brasileiros, como a Amazônia. Além de possuírem uma grande diversidade de animais, plantas e microrganismos, cuja interação gera os serviços ecossistêmicos, essas áreas de floresta estocam carbono e são reservatórios de vírus, bactérias e outros microrganismos, presentes em espécies selvagens de animais e com potencial de serem transmitidos para o ser humano, como ocorreu com o novo coronavírus, o SARS-CoV-2. Dessa forma, a destruição dessas áreas naturais causa a perda de biodiversidade e serviços ecossistêmicos, agrava a crise climática e aumenta o risco de novas pandemias, ressaltou Seixas. “Está claro que a escolha de consumo que fazemos hoje de alimentos, roupas ou utensílios domésticos tem implicações diretas na conservação ou destruição de áreas naturais e no risco de novas pandemias”, afirmou a pesquisadora. A fim de desacelerar a perda de áreas naturais, minimizar as mudanças climáticas e favorecer o desenvolvimento sustentável em longo prazo, será preciso promover mudanças em políticas públicas, nos padrões de consumo e investir em novos modelos de produção agropecuária que conservem a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos. Além disso, será necessário desenvolver sistemas de produção industrial que operem em uma lógica de economia circular, evitando a poluição ambiental; investir na produção de energia renovável, saneamento básico e tratamento de efluentes, de modo a evitar a poluição de corpos d’água; e valorar a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos nos processos econômicos, apontou Seixas. “Em geral, os serviços ecossistêmicos, que são gerados pela interação de animais, plantas, fungos e microrganismos, não são contabilizados nos custos de produção”, disse a pesquisadora. O serviço de polinização de culturas agrícolas de grande importância para a agricultura brasileira, como a soja (Glycine max) e a laranja (Citrus sinensis), realizado por abelhas e outros polinizadores, foi estimado em 2018 em R$ 43 milhões (leia mais em agencia.fapesp.br/29730). Já o valor total dos serviços ecossistêmicos prestados pela natureza nas Américas equivale ao PIB do continente, de mais de US$ 24 trilhões por ano, exemplificou Seixas. Estímulo à economia verde A crise econômica gerada pela COVID-19 deve resultar em uma retração de 5% a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, que em 2019 foi de US$ 87 trilhões. Essa redução da atividade econômica global – da ordem de US$ 5 trilhões a US$ 10 trilhões – é equivalente a perda de três a cinco vezes o PIB do Brasil, o nono maior do mundo, estimado em US$ 1,8 trilhão, comparou Carlos Eduardo Frickmann Young, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista em economia ambiental. “Teremos uma crise de desemprego que certamente não tem paralelo no mundo pós Segunda Guerra Mundial”, disse Young. As crises econômica e fiscal – marcada pela queda de arrecadação de impostos – geradas pela pandemia devem resultar em um aumento dos gastos públicos dos países, voltados a apoiar atividades que contribuam para a recuperação de suas economias. Os critérios para a concessão desses incentivos devem levar em contar atividades que contribuam para o desenvolvimento de uma economia verde ou de baixo carbono, que não piorem as condições socioeconômicas atuais, avaliou Young. “O risco agora é que, em vez de ser desenhado um conjunto de incentivos econômicos que melhorem as condições socioeconômicas, se regresse ao modelo econômico anterior à pandemia, que é predatório e gera desemprego”, disse Young. De acordo com o pesquisador, o modelo econômico adotado pelo Brasil, por exemplo, baseado na agropecuária e na extração mineral, é pouco inclusivo. O setor agropecuário tem apresentado um déficit de 3,6 milhões de empregos nas últimas duas décadas, apontou.  "O modelo econômico em vigor no Brasil não gera empregos, dinamismo e crescimento econômico desejáveis. É fundamental ter, nesse momento, outra forma de incentivar a recuperação da atividade econômica do país”, avaliou Young. Na opinião de Eduardo Brondizio, professor da Indiana University, dos Estados Unidos, o momento atual representa uma janela de oportunidades para repensar a trajetória de desenvolvimento econômico e social do planeta. “Estamos em um momento crítico em que, de maneira sem precedentes, os países vão começar a investir, subsidiar e ajudar a recuperar vários setores da sociedade. Temos a oportunidade de escolher novos caminhos ou reforçar os existentes e que só servem aos interesses de grupos particulares”, avaliou. O pesquisador brasileiro, radicado há mais de 20 anos nos Estados Unidos, foi um dos coordenadores da primeira avaliação global da biodiversidade, publicada em 2019 pela Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES). O relatório produzido pelo órgão, que inspirou a criação da BPBES, indicou que a extinção de espécies de plantas e de animais tem ocorrido em uma escala sem precedentes e anteviu a possibilidade de surgir uma pandemia (leia mais em agencia.fapesp.br/30430). “O relatório mostrou que progressivamente estamos erodindo a fundação mais básica da nossa economia, que garante a saúde, segurança alimentar, disponibilidade de água e o bem-estar humano, que é a biodiversidade”,

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Mercado financeiro prevê queda de 6,25% na economia este ano

(Da Agência Brasil) A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano chegou a 6,25%. Essa foi a 16ª revisão seguida para a estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Na semana passada, a previsão de queda estava em 5,89%. A estimativa consta do boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos. Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão da semana passada. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB. Dólar A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,40. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5,08, contra R$ 5,03 da semana passada. Inflação As instituições financeiras consultadas pelo BC continuam a reduzir a previsão de inflação de 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela 12ª vez seguida, ao passar de 1,57% para 1,55%. Para 2021, a estimativa de inflação também foi reduzida, de 3,14% para 3,10%. A previsão para os anos seguintes - 2022 e 2023 - não teve alterações: 3,50%. A projeção para 2020 está abaixo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual em cada ano. Selic Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 3% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2,25% ao ano, a mesma previsão da semana passada. A expectativa do mercado financeiro é que a taxa caia para esse patamar (2,25% ao ano) na reunião do Copom deste mês, marcada para os dias 16 e 17 e nas reuniões seguintes ao longo deste ano seja mantida pelo comitê. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3,38% ao ano. A previsão da semana passada era 3,29%. Para o fim de 2022 e de 2023, as instituições financeiras mantiveram as previsões anteriores para a taxa anual: 5,13% e 6%, respectivamente. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

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Sicredi Recife observa crescimento em aplicações mais conservadoras

Em meio às incertezas econômicas causadas pela crise pandêmica da Covid-19, muitos brasileiros que têm investimentos estão preocupados em ter prejuízos financeiros. Surgem dúvidas quanto à queda da bolsa e ao aumento nos juros futuros, gerando impactos nos rendimentos e criando uma disfuncionalidade no mercado. Em tempos de insegurança causada por diversos fatores, os investidores começam a buscar opções mais seguras de investimento, como a poupança, as LCAs e os depósitos a prazo. “A proteção do capital investido, contudo, não deve ser feita apenas em momentos como o que vivemos. Planejamento a curto, médio e longo prazo é o que define um bom investidor”, ressalta a gerente de negócio da Sicredi Recife, Sandra Bradley. De fevereiro a abril deste ano, a Sicredi Recife observou um crescimento de 29% na poupança e de 4% no depósito a prazo. No Sistema Sicredi, o crescimento foi de 9% na poupança e de 6,5% no depósito a prazo. Na cooperativa, o Sicredinvest é o depósito a prazo com remuneração pós-fixada e liquidez diária. Essa opção de investimento recebe normalmente a maior parte do rateio dos resultados da Sicredi Recife. “A distribuição do resultado financeiro torna essa aplicação bastante rentável no mercado financeiro”, comenta Sandra. Já a poupança, caderneta mais conhecida, é um investimento simples e indicado para quem está começando a poupar, pois é possível começar com uma pequena quantia e o resgate pode ser feito a qualquer momento. A poupança é a opção ideal para ter uma reserva para gastos inesperados ou realizar um objetivo, como uma viagem. Existem quatro tipos de investidores, mas o que mais se destaca é o conservador, ou seja, aqueles que não estão dispostos a correr muitos riscos e preferem segurança a uma maior rentabilidade. Segundo a gerente, é prudente investir em uma carteira mais conservadora atualmente, mas é preciso estudar cada perfil. “Os investidores mais aventureiros e ativos, com carteiras de risco moderado e alto, devem estudar bastante antes de agir, então atuamos de forma ativa, principalmente pelos canais digitais, para conhecer nosso associado e oferecer as melhores opções”. Na Sicredi Recife, o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) resguarda e reforça a seguridade do associado, cobrindo depósito a prazo, depósito à vista e poupança.

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Natura está no topo de ranking de reputação corporativa no Brasil

O CEO de Natura&Co América Latina, João Paulo Ferreira, segue entre os dez líderes empresariais com melhor reputação no país, na 8ª colocação. "Estar mais uma vez no topo do ranking Merco é motivo de enorme satisfação para a Natura. É muito importante termos metodologias rigorosas que permitam dar visibilidade e transparência aos critérios que elegem as empresas mais respeitadas do Brasil", afirma o CEO. "É sabido que reputação é baseada na capacidade de uma empresa cumprir sua promessa de marca e os propósitos que defende. Em tempos tão desafiadores, receber esse reconhecimento é mais um estímulo para a nossa jornada”. Para o elaborar a lista, o monitor realizou mais de 4 mil entrevistas, entre julho e dezembro de 2019, com executivos de grandes empresas, especialistas de diversos setores (analistas financeiros, membros do governo, acadêmicos e representantes de ONGs, entre outros) e consumidores.

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Guedes reduz previsão de queda no PIB e diz que exportação para China cresceu

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil não está passando por choque externo por causa da pandemia da covid-19. Guedes participa de audiência pública virtual na Comissão Mista do Congresso de Acompanhamento das Medidas Relacionadas à Covid-19. Segundo Guedes, as previsões iniciais de queda da economia neste ano eram de 6%, sendo que desse percentual um terço viria de impacto externo, gerado por queda das exportações e interrupção de comércio, entre outras. “E dois terços seriam da disrupção interna, pelo fato de fazermos o isolamento social, interrupção de cadeias de pagamento e desaquecimento”, explicou. O ministro disse, no entanto, que o choque externo não está acontecendo. “As exportações para os Estados Unidos e para a Argentina, os dois maiores parceiros depois da China, caíram acima 30%. Para União Europeia caíram 2% [ou] 3%. Mas para a China, [as exportações] subiram 25%, 26%. Como a China é mais do que a soma de Estados Unidos, Argentina e União europeia, as exportações brasileiras estão inalteradas". O ministro disse que se a queda da economia prevista inicialmente que era de 6% agora está em 4%. (Da Agência Brasil)

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