Arquivos Educação - Página 4 De 17 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Crianças falam sobre o Recife que elas querem

As crianças do Recife que estudam na Rede de Ensino Municipal estão participando de uma consulta pública sobre o que esperam que a Cidade ofereça para elas. Entre os quesitos sobre os quais os alunos opinarão está “O que sonho na cidade para mim”. Cerca de 40 mil crianças do grupo IV ao 3º Ano do Ensino Fundamental e com idades entre 4 e 8 anos, de 246 Escolas da Rede, 18 unidades conveniadas e dez colégios particulares participarão da consulta. As crianças estão registrando suas expectativas sobre o que elas querem através de desenhos, pinturas, conversas. Depois essas produções serão socializadas com fotos e desenhos em painel na unidade escolar. Numa etapa seguinte, a Diretoria de Executiva de Gestão Pedagógica, da Secretaria de Educação, selecionará quatro de suas Unidades e mais duas da Rede conveniada para etapa Regional com a realização de atividades lúdicas com os alunos participantes. O resultado do levantamento subsidiará a elaboração do Plano Municipal para a Primeira Infância (PMPI), que terá a duração de 10 anos (2020-2030). O trabalho terá ainda a participação de outros setores da sociedade. De acordo com o secretário Executivo para a Primeira Infância, Rogério Morais, a ideia é ampliar o debate e ter a participação de um maior número setores da sociedade. “É um Plano para dez anos e desejamos que as pessoas se identifiquem com as aspirações propostas nele e assim tenham um senso de pertencimento”. O Plano Municipal para a Primeira Infância é o segundo passo após a instituição do Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 18.491), publicada em maio de 2018, e que estabelece princípios, diretrizes, instrumentos e competências para a formulação e a implementação de políticas públicas para a primeira infância em atenção à especificidade e à relevância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento integral infantil e no desenvolvimento do ser humano. A primeira infância se caracteriza pelos primeiros 6 anos de vida da criança. O levantamento está sendo coordenado pelo Conselho Municipal de Defesa e Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Cidade do Recife (Comdica) em parceria com Prefeitura do Recife por meio das Secretarias Executiva para a Primeira Infância e de Educação e ocorre até o março. Na Escola Municipal Severina Lira, na Tamarineira, cerca de 100 crianças do grupo IV ao 3º ano estão participando da consulta pública com produções palavras recortadas de Jornais, desenhos em cartolina com o que elas querem da Cidade nos próximos anos. As crianças do 1º ano, que têm 5 anos de idade, pedem sonho, fantasia e cinemas espalhados pela cidade, enquanto as do 2º ano, pedem mais árvores e uma cidade segura. A gestora da Escola, Rita Rodrigues, diz que as crianças participaram ativamente com jogos, desenhos e brincadeiras. “É tanta produção boa que está difícil de selecionar para colocar num único painel”, disse Rita. Educação de Jovens e Adultos – Também a partir de segunda, os cerca de 7.000 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) matriculados na rede vão participar da consulta digital sobre o Plano Municipal para a Primeira Infância. Para participar, qualquer cidadão que possua e-mail e CPF pode acessar o endereço https://consultas.colab.re/primeirainfanciarecife na plataforma Colab e contribuir. No questionário, estão previstas perguntas sobre diversas áreas e serviços, além de permitir ao cidadão que emita opiniões sobre serviços e ações, sendo o internauta usuário ou não do sistema de acolhimento oferecido pela gestão municipal.

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Alfredo Gomes: “Precisamos dialogar com a sociedade”

Alfredo Macedo Gomes assume a reitoria da UFPE numa época em que a ciência e a academia são criticadas e sofrem com cortes de verbas. Graduado em psicologia, com mestrado em sociologia e doutorado em educação (PhD) pela University of Bristol, o novo reitor propõe, nestes tempos em que setores rejeitam o conhecimento científico, que a universidade tenha um papel protagonista na busca de soluções para o País. Sertanejo de Ouricuri, ele comemora a interiorização dos cursos universitários e a política de cotas como forma de democratizar a instituição. Para enfrentar o contingenciamento de verbas, ele disse, nesta conversa com Cláudia Santos e Rafael Dantas, que discutiu o assunto numa reunião com o Ministério da Educação, e busca também novas fontes de recursos com a instalação de uma usina fotovoltaica e o aluguel de espaços como o Centro de Convenções da UFPE. Quais os planos da sua gestão? É uma gestão que procura recuperar uma universidade que teve seu protagonismo na relação com a sociedade, com o sistema produtivo, com os movimentos sociais e culturais. Temos que fazer um amplo diálogo com comunidade, professores, técnicos e estudantes para construir uma instituição e fortalecê-la coletivamente por meio da participação. Também organizamos um processo de planejamento. Temos nos debruçado sobre a questão da universidade de modo geral, seus diferentes setores, para fazer um diagnóstico mais detalhado. Temos feito reuniões para estabelecer objetivos, metas e estratégias para depois dizer as prioridades e como colocar isso na questão temporal. Vamos dar um foco especial na infraestrutura, temos excelentes equipamentos que precisam ser recuperados para estar à disposição da nossa comunidade e da sociedade de uma maneira geral, como o Núcleo de Educação Física e Esporte. A comunidade do entorno da universidade utiliza muito esses equipamentos. Precisamos desenvolver uma política de lazer e esporte tendo em vista a qualidade de vida. Também está nos planos a recuperação do complexo cultural, o teatro afundou o piso e desde 2013 está fechado. Estamos recuperando o Centro de Convenções, o Cecon, vamos finalizar a recuperação da concha acústica, por volta de abril ou maio do próximo ano, para desenvolver também as políticas culturais. Priorizamos ainda a qualidade do ensino, da pesquisa, da extensão, e estamos preocupados em recuperar boas taxas de aprovação e de terminalidade dos cursos de graduação. Como o senhor está lidando com os cortes do MEC? A universidade tem carências e necessita de recursos adicionais para que possamos dar um salto de qualidade. Houve um período em que o que dominou a agenda foi expandir e neste momento não conseguimos dar conta de ter uma boa infraestrutura. Estivemos no Ministério da Educação duas vezes para apresentar os projetos da universidade, de solicitar recursos para finalizar as obras em andamento. Ainda não tivemos o desembolso desses recursos porque faz parte de um processo mais longo. Temos procurado ações que garantam o funcionamento da universidade no longo prazo. Colocamos recursos para contratar uma usina fotovoltaica e com o dinheiro economizado aplicaremos em outros projetos. Tomamos medidas para colocar em prática um plano de sustentabilidade financeira, captando recursos por meio de ações como fazer a locação do Cecon para a sociedade. Temos vários outros equipamentos, como o Núcleo de Educação Física. Isso sem comprometer a utilização acadêmica. Os países que mais se desenvolveram foram os que mais investiram em educação e ciência. Diante desses cortes, qual a perspectiva do futuro do desenvolvimento do Brasil? Hoje o conhecimento é (talvez o termo não seja adequado) um insumo estratégico para o desenvolvimento de qualquer país. Conhecimento, assim como as universidades, é estratégico para colocar o Brasil de forma diferenciada no processo global. Se ignorarmos esses fatos concretos, vamos jogar o País para trás. Precisamos ter investimentos constantes e de longo prazo na área tecnológica e científica, para colocar o Brasil em outro patamar. É necessário fazer um grande esforço em educação, ciência e infraestrutura no Brasil para dar um salto de qualidade. É preciso investir na formação de professores, infraestrutura escolar, métodos de ensino adequados, equipamentos. Isso é muito dinheiro, mas tem que ser uma decisão estratégica e ter constância na pauta nacional durante 10, 20 anos. Do contrário, dizer que educação é um assunto importante continuará sendo uma figura de retórica. Como está a implantação da usina fotovoltaica? Fizemos a contratação no final de 2019 e ela vai ser executada ao longo de 2020. Foi um recurso liberado pelo MEC. Pagamos hoje R$ 1,6 milhão na conta de energia por mês. O dinheiro economizado será revertido para a manutenção, em políticas que envolvem iniciação científica, programas de extensão, bolsas para estudantes. Cinquenta por cento deles são provenientes de escolas públicas e isso alterou profundamente o perfil da universidade que era voltada para as classes médias e bem abastadas. Com a política de cotas, a universidade ficou com um perfil de que é mais a cara do Brasil. Por isso temos que implantar políticas de permanência dos estudantes. Isso envolve não apenas ter residências estudantis e restaurante universitário, mas ter também outras políticas. Essa mudança afetou o desempenho acadêmico? Não. Os dados de que a UFPE dispõe mostram que não há alteração do ponto de vista do desempenho. Temos áreas que, independentemente das cotas, têm um índice alto de evasão e de repetência. Isso acontece no Brasil como um todo em instituições públicas e privadas. Precisamos mudar as práticas pedagógicas porque não é admissível que 80% de uma determinada turma não conclua o curso. Nas áreas das engenharias, de exatas e da natureza as médias de evasão são muito altas. Alguma coisa está errada, não se pode dizer que a culpa é exclusiva dos estudantes. Precisamos fazer uma discussão, melhorar os métodos de ensino, fazer a formação do ponto de vista pedagógico dos professores, melhorar a questão da presença mais permanente dos estudantes. Uma universidade não é um curso de ensino superior, em que o estudante participa da aula e depois vai para casa. É também participar da iniciação científica, de seminários, de programas de extensão, de monitoria. O

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Fundaj promove palestra e lança grupo de trabalho sobre o coronavírus

Cinco foram os continentes atingidos, até o momento, pelo novo surto de coronavírus (CoV). Ásia, América, Europa, Oceania e África já registraram, juntos, mais de 80 mil infectados, apresentando sintomas de complicações respiratórias que variam de intensidade. O assunto, em destaque no mundo, levanta questionamentos por parte das populações. Como se proteger, agir em caso de suspeita de contágio ou se há um tratamento efetivo são as principais dúvidas. Nessa abordagem, a Fundação Joaquim Nabuco promove, na próxima quarta-feira (4), um debate sobre a doença. O evento, aberto ao público, está marcado para às 10h, no Cinema da Fundação/Museu, e contará com a participação do médico infectologista Moacir Jucá. “Esse é um momento para o esclarecimento. A Fundaj, com seus equipamentos abertos ao público, tem como dever realizar também a instrução da população, dos servidores da Casa, de funcionários e estagiários. É de suma importância que informações corretas se propaguem, e esperamos alcançar tal objetivo”, ressalta o presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Antônio Campos. Na última quarta-feira (26), o primeiro caso de coronavírus no Brasil foi confirmado, em São Paulo, pelo Ministério da Saúde. Há também suspeita de contaminação em outros seis estados brasileiros, são eles: Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Outros 59 possíveis casos já foram descartados. Apesar dos números, não se deve entrar em pânico. Segundo Moacir Jucá, o ideal é investir na prevenção. “Se perceber uma tosse, não levar as mãos à boca, nem soltar as partículas no ar. A chamada ‘etiqueta da tosse’ instrui para a utilização da região do cotovelo na proteção, evitando assim a contaminação de objetos que poderão ser tocados posteriormente. A higienização das mãos também é fundamental”. O médico ainda salientou que os sintomas do coronavírus não são precisos, mas que assemelham-se a uma gripe. “Tosse, coriza, dor no peito e no corpo podem aparecer em infecções mais simples. Porém, se a febre for percebida, deve-se procurar uma unidade de saúde próxima. Em caso de pessoas que tenham viajado para zonas de risco, ou estado em aglomerações, é necessário informar ao profissional de saúde”. Além da palestra, a Diretoria de Planejamento (Diplad) da Fundaj coordenará um grupo de trabalho sobre o coronavírus, com a participação de servidores da Casa. Dispositivos com álcool em gel também serão adquiridos e distribuídos em pontos estratégicos da Fundação, como a entrada de elevadores, cinemas, museu, biblioteca e Villa Digital. Confira dicas rápidas de como se proteger do coronavírus: · Lavar as mãos frequentemente, com água e sabonete, por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool; · Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; · Evitar contato próximo com pessoas doentes; · Ficar em casa quando estiver doente; · Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo; · Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

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Aliança Francesa Recife com vagas abertas para turmas de 2020.1

A Aliança Francesa Recife está na reta final das inscrições para o primeiro semestre de 2020. Estão disponíveis vagas nas turmas Débutant, Élémentaire, Sênior, Adolescente, Criança, Preparatório Delf-Dalf, Conversação e Bouquet Culturel, com início em março. A novidade é que, a partir deste ano, as Alianças Francesas do Brasil passam a utilizar um novo método de ensino, o Défi, totalmente interativo e adaptado para a realidade brasileira. A metodologia e o material didático foram criados por uma editora francesa especializada com o objetivo de facilitar o desenvolvimento do aprendizado da língua, trazendo o aspecto cultural em primeiro plano e várias ferramentas que estimulam ainda mais as conversas e atividades em grupos. Além da mudança de metodologia, a Aliança Francesa Recife também estreia, a partir deste semestre, um novo ritmo de ensino em seus níveis, tornando-os mais dinâmicos. O nível A1 – Débutant, passa a ter dois módulos de duração com 40 horas cada, assim como o nível A2 – Élémentaire. Os níveis B1 – Intermédiaire e B2 – Avancé contarão, cada um, com três módulos de 50 horas/aula, e o nível C1 – Expert com quatro módulos também de 50 horas. Mais informações pelo telefone (81) 3202.6262 ou pelo e-mail recepcaoderby@af.rec.br. Orientação gratuita – A instituição está oferecendo orientação pedagógica gratuita e particular para quem tiver interesse em entender melhor como funciona o ensino do francês, tirar dúvidas sobre os exames internacionais de proficiência, como Dalf e TCF, fazer teste de nivelamento ou receber outros direcionamentos sobre o curso e o quadro europeu de ensino. Para receber a orientação personalizada, basta agendar um horário pelo WhatsApp (81) 99429-3622.

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Porto Digital e Prefeitura do Recife inauguram Creche Municipal do Porto Digital

O Porto Digital e a Prefeitura da Cidade do Recife inauguram a Creche Municipal Porto Digital Recife. A unidade, localizada na Rua da Moeda, irá atender crianças com idade entre 1 e 3 anos em horário integral. O imóvel foi reabilitado com financiamento da Finep e dos governos estadual e municipal. Pela parceria, o parque oferece a estrutura para a implantação da unidade e a Prefeitura entra com a operacionalização seguindo o modelo já adotado na rede municipal. Parte do programa Mulheres em Inovação, Negócios e Artes (MINAs) do Porto Digital, a creche tem como objetivo ajudar na reinserção das mães no mercado de trabalho. Colaboradores de empresas do polo poderão acessar o equipamento e seus filhos terem acesso a educação pública, gratuita e de qualidade. O espaço onde a creche foi montada fica em um prédio histórico reabilitado pelo Porto Digital. A entrega faz parte dos esforços do parque tecnológico em termos urbanísticos, imobiliários e de recuperação do patrimônio histórico edificado. Sobre o MINAs O programa Mulheres em Inovação, Negócios e Artes tem como objetivo fortalecer a presença de mulheres nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Economia Criativa, com foco em Pernambuco, especialmente nas cidades do Recife e Caruaru. Entre as ações e iniciativas do MINAs estão oficinas, pesquisas, mapeamento de parcerias, qualificação tecnológica e empreendedora e campanhas de sensibilização na parque tecnológico e em ambientes educacionais. O MINAs tem financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) por meio de emenda parlamentar da então deputada federal Luciana Santos (PC do B).

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Instituto Peró abre inscrições para cursos de arte e educação

O Instituto Peró, instituição social mantida pelos empreendedores do Shopping Guararapes, abre inscrições para novos alunos com idades de 9 a 16 anos, nas turmas de arte e educação. As inscrições serão nos dias 10 e 11, próximas segunda-feira e terça-feira. Para realizar as inscrições, das 9h às 11h30 e das 14h às 17h, os responsáveis pelas crianças e jovens devem comprovar que o candidato está matriculado em escola pública ou que seja bolsista na rede privada de ensino, além de ser morador de Jaboatão de Guararapes. Os alunos do Instituto Peró recebem aulas de dança, música, participam de um clube de leitura, e dos programas que os preparam e qualificam para o mercado de trabalho. Instituto Peró Com 15 anos de existência, o Instituto Peró é uma instituição sem fins lucrativos mantida pelos empreendedores do Shopping Guararapes. A instituição foi criada com o objetivo de contribuir para a construção de um futuro melhor para as crianças, adolescentes e jovens do município de Jaboatão dos Guararapes. Ao longo dos anos, o Peró já beneficiou mais de cinco mil pessoas com aulas de arte-educação (música e dança) e projetos de empregabilidade. O instituto fica na área externa do mall, e o contato pode ser feito pelos números 21222284/21222250.

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Ciência na Praça hoje (08/02)

Uma nova edição do Ciência na Praça acontecerá hoje (08/02) no Parque Santana, na Zona Norte do Recife, das 8h às 12h. No evento, pesquisadores e alunos do Departamento de Entomologia da Fiocruz Pernambuco vão falar sobre como a ciência funciona e sua importância na vida das pessoas, em linguagem acessível a crianças e adultos. Mitos e verdades sobre a ciência, fake news e doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, zika e Chikungunya, serão outros temas abordados, de forma lúdica e atrativa. A iniciativa da Fiocruz Pernambuco conta com o apoio da coordenação local do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc/PE). Seu objetivo é difundir e popularizar o conhecimento científico junto ao público leigo, além de mostrar o que é feito nos laboratórios com investimentos públicos. Serviço: Ciência na Praça Quando: sábado (08/02) Horário: 8h às 12h Onde: Parque Santana Ariano Suassuna – Rua José Gomes de Sá, Santana – Recife/PE Atividade aberta ao público e gratuita O pesquisador Gabriel Wallau é o coordenador do projeto e estará disponível para entrevistas no local do evento.

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Tecnologia na educação: será que ao trabalhar em grupo você aprende mais?

“Ao final do doutorado aprendi que essa jornada não precisa ser solitária. E que ter as pessoas certas a sua volta faz toda diferença para que o processo seja mais leve e divertido”. É assim que Rachel Carlos Duque Reis inicia o texto de agradecimento de sua premiada tese. O que Rachel diz sobre os benefícios de empreender uma jornada colaborativa em vez de solitária é o ponto central de sua pesquisa de doutorado. Professora do campus de Rio Parnaíba da Universidade Federal de Viçosa, ela percorreu o caminho de construção da tese sob orientação do professor Seiji Isotani, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Nessa jornada, Rachel também estudou três meses na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, com apoio da Fundação Lemann. Interessada em como a tecnologia pode ser utilizada para apoiar a interação e a colaboração nas atividades de ensino, Rachel decidiu verificar a influência dos traços de personalidade na formação de grupos. Resultado: o trabalho – Formação de Grupos em Ambientes CSCL utilizando Traços de Personalidade associados às Teorias de Aprendizagem Colaborativa – conquistou a primeira colocação no Concurso Alexandre Direne de Teses, Dissertações e TCCs em Informática na Educação. A premiação, na categoria doutorado, aconteceu em Brasília, no final do ano passado, durante o VIII Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE). É comum que, nas salas de aula, os alunos se unam em grupos para realizar diversas tarefas. Esses grupos são formados, na maior parte das vezes, de maneira aleatória ou por auto-seleção, ou seja, os próprios estudantes selecionam com quem gostariam de trabalhar. O problema é que essas duas maneiras de formar grupos não garantem que surjam benefícios na aprendizagem colaborativa. Pesquisadores da área já identificaram que é fundamental planejar a formação de grupos levando em conta fatores e mecanismos de colaboração, de acordo com os objetivos de aprendizagem que o educador pretende obter na atividade coletiva. Por isso, um dos aspectos mais relevantes nesse campo é descobrir cientificamente como e quando as colaborações entre os indivíduos que participam de um grupo são capazes de produzir melhores resultados. Em um estudo experimental com 156 estudantes do ensino fundamental II do colégio particular Anglo, localizado na cidade de Viçosa, em Minas Gerais, Rachel confirmou a influência de traços de personalidade na formação de 78 grupos, avaliando impactos no aprendizado, na satisfação e na motivação. Foram levados em consideração três traços de personalidade: a extroversão, que está relacionada a habilidades comunicativas e sociáveis; o neuroticismo, que caracteriza quem é muito preocupado e emocionalmente instável; e o psicoticismo, que se refere a comportamentos agressivos e hostis. Ao analisar essa influência, Rachel obteve informações para desenvolver um novo modelo de formação de grupos que relaciona os traços de personalidade às teorias de aprendizagem colaborativa. Além disso, o modelo busca criar cenários que estimulem a aprendizagem colaborativa e também estabelecer estratégias para minimizar a influência negativa de algumas características dos traços de personalidade. Para validar o novo modelo, a doutoranda desenvolveu dois estudos de caso com dois grupos de estudantes: um deles envolveu 10 participantes de 13 a 16 anos; e outro contou com 15 participantes de 9 a 10 anos. A partir dos resultados encontrados na jornada, a doutoranda criou um programa de computador capaz de formar grupos efetivos de aprendizagem, levando em conta aspectos da personalidade dos participantes. Uma ferramenta de apoio para que os professores reúnam os estudantes em grupos que propiciem o aprendizado, a satisfação e a motivação tanto nas salas de aula da vida real quanto no mundo virtual. “Quando você está pensando em apoiar as pessoas no aprendizado, não deve criar um ambiente inóspito. Realizamos diversas pesquisas no ICMC com o objetivo de usar a computação para formar grupos considerando diversas características dos participantes, tais como traços de personalidade e outras variáveis, para que a interação e a aprendizagem alcancem o maior patamar possível”, explica o professor Seiji. Na intersecção entre psicologia e computação, as valiosas contribuições do trabalho de Rachel para o avanço da área de Aprendizagem Colaborativa com Suporte Computacional (CSCL) estão registradas na tese premiada – disponível na biblioteca digital de teses e dissertações da USP – e nos artigos publicados em periódicos científicos. Mais premiações – O concurso que consagrou a tese de Rachel premiou ainda outro trabalho produzido no ICMC. Uma contribuição ao processo de design de aprendizagem em Cursos Online Abertos e Massivos (MOOCs) conquistou o terceiro lugar na categoria Melhor Tese de Doutorado. Orientada pela professora Ellen Francine, a tese de Aracele Garcia de Oliveira Fassbinder aborda o fenômeno dos MOOCs, cursos virtuais que, em geral, não exigem qualificações prévias para inscrição, podem ser acessados por qualquer pessoa e atraem um público diversificado, com uma variedade de experiências e qualificações profissionais. Professora no campus Muzambinho do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Aracele investigou duas lacunas principais dos MOOCs: a falta de estratégias de projeto de aprendizagem bem definidas e validadas para apoiar os profissionais no desenvolvimento desses cursos; e as limitações nos modelos de projeto pedagógico adotados, geralmente baseados em formatos tradicionais de sala de aula, tais como abordagens centradas no professor e a aprendizagem baseada em conteúdo. Por meio de um estudo experimental, três estudos de caso e duas revisões por especialistas, a pesquisadora criou uma nova estratégia para apoiar e melhorar o desenvolvimento de MOOCs. O reconhecimento à tese de Aracele e de Rachel evidenciam a relevância dos projetos desenvolvidos no Laboratório de Computação Aplicada à Educação e Tecnologia Social Avançada (CAEd) do ICMC. Tanto Ellen quanto Seiji são também professores do curso de pós-graduação a distância em Computação Aplicada à Educação, uma especialização lançada pelo ICMC em julho de 2018. Hoje, o curso conta com cerca de 300 alunos de todo país regularmente matriculados.

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Quase 30% dos adolescentes de São Paulo afirmam ter sofrido bullying, indica estudo

André Julião  – Em um levantamento feito com estudantes de 119 escolas públicas e particulares do município de São Paulo, 29% dos entrevistados, de ambos os sexos, disseram ter sido vítima de bullying no ano anterior. O índice dos que afirmaram ter sofrido outros tipos de violência que não se enquadram na definição de bullying foi de 23%. A pesquisa, conduzida por um grupo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), ouviu 2.702 alunos do 9º ano do ensino fundamental, com idades próximas a 14 anos. “O que diferencia o bullying de outros tipos de violência é o caráter repetitivo e persistente. Além disso, ocorre entre pares e se sustenta em um diferencial de poder. O elo mais fraco, seja em função de sua posição social, de suas características físicas ou de algum traço de personalidade, é tomado como vítima”, explicou Maria Fernanda Tourinho Peres, professora do Departamento de Medicina Preventiva da FM-USP e uma das coordenadoras do estudo apoiado pela FAPESP. Os dados indicam que o bullying psicológico ou verbal (“ofensas, sarros e risos”) foi mais frequente (17,5%) do que aquele que envolve agressão física (3,7%). Do total de adolescentes, 6% disseram ter sofrido bullying de conotação sexual. O “roubo com violência” foi a mais prevalente (15,3%) entre todas as outras formas de violência mencionadas, enquanto a “violência sexual” (1,7%) foi a menos frequente. Além disso, 15% dos jovens admitiram ter praticado bullying com colegas (19% se considerados apenas os meninos), enquanto 19% disseram ter cometido atos de violência (23% se considerados apenas os meninos e 21% entre estudantes de escolas particulares). Agressão física (cortes, chutes, machucados etc.) foi a forma mais frequente (12,7%) de violência praticada. Apenas 1% relatou ter cometido violência sexual. O índice dos jovens que declararam ter sido tanto vítima quanto praticante de bullying ficou em torno de 10% e, no caso de outros tipos de violência, foi de 7%. “Fizemos um diagnóstico da prevalência do envolvimento de adolescentes com situações de violência e bullying a fim de estudar fatores de risco e fatores de proteção associados. A ideia é obter subsídios para o desenvolvimento de programas de prevenção centrados principalmente nas escolas”, explicou Peres à Agência FAPESP. O trabalho foi conduzido no âmbito do Projeto São Paulo para o desenvolvimento social de crianças e adolescentes (SP-PROSO), também coordenado por Manuel Eisner, do Violence Research Centre da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Além da FAPESP, financiaram o projeto a Academia Britânica e o Fundo Newton. Levantamentos semelhantes já haviam sido feitos em cidades como Montevidéu, no Uruguai, e Zurique, na Suíça. Fatores de risco e proteção A análise dos resultados de São Paulo indica que o consumo de álcool pelos adolescentes, o perfil da relação parental e do grupo de amigos são os fatores mais relacionados à ocorrência de bullying e violência no grupo estudado. De acordo com os pesquisadores, as chamadas “práticas parentais negativas”, como disciplina por meio de violência e brigas recorrentes entre os pais, representam fatores de risco para o envolvimento dos adolescentes com bullying e violência – tanto como vítimas como também praticantes. Maior prevalência de bullying e violência (como vítima e praticante) foi observada entre adolescentes que fazem parte de grupos cujos membros cometem atos transgressores (que vão desde colar na prova e cabular aula até pichação, venda de drogas, roubo e furto de veículos), consomem mídia violenta e de conteúdo adulto, realizam atividades de lazer noturnas e transgressoras. Por outro lado, o envolvimento positivo dos pais na vida dos jovens foi associado a níveis mais baixos de bullying e violência, assim como o apoio social dos amigos e um ambiente escolar ordenado e não violento. Quando se avalia o total de entrevistados, o índice dos que afirmam ter consumido, no ano anterior, alguma droga depressora do sistema nervoso central, como álcool, é de 59%. Já entre aqueles que cometeram ou sofreram bullying o índice chega a 70,5%. Para surpresa dos pesquisadores, na amostragem geral, o consumo maior foi relatado entre as meninas (65% contra 54% entre os meninos). Dentre as que sofreram bullying, 73,6% relataram ter feito uso de álcool no ano anterior. “Embora alguns estudos apontem nessa direção, a maioria diz que são os meninos que mais consomem álcool. De fato, algo singular está acontecendo e ainda não temos como explicar”, disse Peres. Os resultados da pesquisa já foram apresentados em dois workshops aos diretores das escolas participantes, gestores do ensino municipal e estadual e outros profissionais de ensino e saúde. Um terceiro evento será realizado ainda no primeiro semestre de 2020 com o intuito de conhecer práticas de sucesso já implementadas e avaliadas em outros países, que possam ser adaptadas para a realidade das escolas de São Paulo. “O objetivo agora é tentar implementar programas que já se mostraram eficazes em outros contextos, com foco no clima e no ambiente escolar. Intervenções direcionadas às relações e práticas parentais também são promissoras. Temos um diagnóstico aprofundado. Agora, podemos adaptar práticas que já funcionaram lá fora à nossa realidade”, disse Peres à Agência FAPESP. Em 2018, o Brasil tornou-se signatário da Parceria Global pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes e se comprometeu a desenvolver um plano para a resolução do problema no país. Recentemente, a cidade de São Paulo se tornou a primeira do mundo a assinar a parceria. Com isso, espera-se um apoio ainda maior para implantar medidas que possam reduzir a ocorrência de bullying e violência entre os adolescentes. O SP-PROSO seguiu a metodologia Inspire, conjunto de recomendações elaboradas por um grupo de organismos internacionais como a Parceria Global pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Banco Mundial, entre outros. O relatório completo pode ser acessado em: https://sites.usp.br/sp-proso/wp-content/uploads/sites/526/2019/06/relatorio_sp_proso_26_05_2019.pdf. Por Agência FAPESP

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Rede municipal do Recife inicia aulas nesta terça (04) com homenagem a Clarice Lispector

Durante o ano letivo, estudantes trabalharão as obras da escritora Clarice Lispector, que comemoraria 100 anos de idade em 2020. Diálogo sobre Sustentabilidade e Emergências Climáticas também será destaque no ensino do Recife, que é a primeira cidade brasileira a ter obrigatoriamente a disciplina no currículo. Os mais de 90 mil alunos matriculados na rede de ensino do Recife iniciam as aulas nesta terça-feira (04). O ano letivo 2020 terá como tema “100 Anos de Clarice Lispector: ‘Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos.’”, e como subtema “Recife atento às emergências climáticas. Pensando o futuro com responsabilidade”. O primeiro homenageia o ano de nascimento da escritora e o segundo faz alusão ao pioneirismo em todo o Brasil da nova matéria que começa a fazer parte da grade curricular “Sustentabilidade e Emergências Climáticas”. A Secretaria de Educação do Recife preparou uma programação especial na Escola Municipal Rozemar de Macedo Lima, em Casa Amarela, para marcar o início das aulas. Os mais de 400 alunos da unidade de ensino receberão a visita da personagem “professora Clarice”, que contará a história do livro “O mistério do coelho pensante”. Essa foi primeira obra infantil feita pela escritora após o filho ter questionado o porquê de ela fazer livros apenas para adultos. Além de contar a história para as crianças, a “professora Clarice” realizará atividades lúdicas com os pequenos, por meio de brincadeiras, do teatro, da música, e estabelecerá diálogos sobre a sustentabilidade e as emergências climáticas. Essa ação será desenvolvida em toda a rede de ensino do Recife durante o ano de 2020 e o projeto leva o nome de “Clarice vai à escola”, que tem como foco o processo de alfabetização e letramento para Educação Infantil e Anos Iniciais. Para os estudantes de Anos Finais, o foco do projeto é a interpretação de texto e a apropriação da obra da escritora. Além de “O mistério do coelho pensante”, os alunos do ciclo de alfabetização trabalharão também com mais três livros da autora: “A mulher que matou os peixes”, “Doze Lendas Brasileiras: como nasceram as estrelas” e “Quase de verdade”. A escritora nasceu na Ucrânia, se naturalizou brasileira e se declarava pernambucana, já que viveu no Recife até os 14 anos de idade. “Clarice Lispector é considerada uma das maiores escritoras brasileiras do século 20. Atualmente, 45 obras dela estão sendo comercializadas e nós estamos adquirindo dois kits para cada escola da rede. A comunidade escolar terá esse material à disposição, entre romances, contos e ensaios, para ser trabalhado durante todo o ano. A rede fará um evento para apresentar a produção literária dos nossos estudantes, no final do ano”, adiantou Bernardo D´Almeida, secretário de Educação do Recife. No total, mais de 18 mil livros foram adquiridos para serem distribuídos nas unidades escolares, nas bibliotecas do Compaz e para os professores. A rede de ensino da Prefeitura do Recife conta com 312 escolas, sendo 82 creches, além da Escola de Arte João Pernambuco, um barco escola e uma classe hospitalar. SUSTENTABILIDADE – Recife é a primeira cidade brasileira a ter a disciplina “Sustentabilidade e Emergências Climáticas” como obrigatória no currículo, com aval do Conselho Municipal de Educação, que aprovou em dezembro o novo componente curricular por unanimidade. Entre os conteúdos a serem aprendidos estarão “Aquecimento global e suas consequências no cotidiano”; “Formas de vida, sustentabilidade e os cuidados com a natureza”; “Consumo sustentável”; e “Água: entre os interesses econômicos e os da realização plena da vida humana”. O anúncio dessa decisão foi feito pelo Prefeito do Recife, Geraldo Julio, durante a 1ª Conferência Brasileira de Mudança do Clima, realizada no Recife, de 6 a 8 de novembro. Ainda n evento, o Recife foi a primeira cidade brasileira a decretar o reconhecimento da emergência global do clima em novembro de 2019 e, tem, inclusive, uma Lei Municipal que dispõe sobre a política de sustentabilidade e enfrentamento a emergências climáticas( Lei 18.011/2014). Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, da ONU (IPCC) , Recife é a 16ª cidade mais vulnerável do mundo às mudanças climáticas. Estudos apontam que em 2100, devido ao aumento do nível dos oceanos, a capital pernambucana pode ter 33,7 km² de seu território suscetíveis a inundações. Para o secretário de Educação do Recife, Bernardo D’Almeida, a ideia é conscientizar as novas gerações e encontrar ressonância nessa causa absolutamente vital para o planeta. “A ideia é mostrar as causas do aquecimento global, desenvolver e promover ações socioambientais que possam combatê-lo, construir uma cultura de pertencimento e convivência sustentável entre os nossos estudantes, professores e comunidades do entorno das nossas escolas”. A partir de março, os professores da Rede receberão um reforço na formação relacionada ao tema da sustentabilidade e emergências climáticas e atuarão de forma interdisciplinar. A qualificação será feita pelo professor da UFPE e doutor em Geografia e Ordenamento Territorial pela Universidade de Paris, Cláudio Jorge de Moura Castilho, na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Educadores do Recife Professor Paulo Freire. SERVIÇO: ABERTURA DO ANO LETIVO 2020 04/02/2020 – a partir das 6h Escola Municipal Rozemar de Macedo Lima Avenida Norte, 5.400, Casa Amarela

Rede municipal do Recife inicia aulas nesta terça (04) com homenagem a Clarice Lispector Read More »