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Sandro Prado

“Seguimos no ranking como o estado com o maior número de desemprego”

​​As causas que colocam o Estado com o maior percentual de desempregados no País são analisadas pelo economista Sandro Prado, da Fcap/UPE, que também aponta as possíveis soluções. Ele defende a qualificação da mão de obra e faz um alerta sobre os impactos da uberização no mercado de trabalho e a tendência de aumento de desocupados entre a população 50+.  Brasil, segundo o IBGE, atingiu no segundo trimestre deste ano, a menor taxa de desocupação desde o início da série histórica da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), em 2012. O índice ficou em 5,8% e Pernambuco acompanhou a queda ao registrar o percentual de 10,4% contra a taxa de 11,6% aferida no primeiro trimestre de 2025. Apesar da boa notícia da recuperação, o Estado, porém, amarga a incômoda posição de ter o maior nível de desemprego em todo o País. Cláudia Santos conversou com o economista Sandro Prado, professor da Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (UPE) para analisar os motivos que levam o Estado a figurar no indesejável topo desse ranking. Ele também apontou as políticas públicas necessárias para elevar o número de vagas no mercado de trabalho, em especial para os jovens – grupo mais afetado pelo desemprego – e também para população 50+. São pessoas que esperavam se aposentar, mas, surpreendidas pela Reforma da Previdência, terão de atuar por mais 10 anos num mercado de trabalho que as rejeitam devido ao etarismo. Resultado: recorrem ao Bolsa Família, sem perspectiva de sair do benefício.  Prado também analisou o impacto da uberização, que seduz homens jovens com a ilusão de um trabalho sem patrão, mas também sem sustentabilidade no longo prazo. Em consequência, muitas vagas destinadas à população masculina começam a ser preenchidas por mulheres.  “O deslocamento delas para atividades ocupadas culturalmente por homens pode ser um caminho sem volta”, estima o economista.  Embora tenha apresentado quedas ao longo dos meses, a taxa de desemprego em Pernambuco, segundo o IBGE, foi de 10,4% no segundo trimestre de 2025. É a maior do Brasil e a única com dois dígitos. O que vem ocasionando esse desempenho? O fato de Pernambuco liderar o ranking – sempre disputando com a Bahia – do maior índice de desemprego do Brasil, foi muito trabalhado por alguns candidatos oposicionistas ao Governo de Pernambuco. Com a entrada desse novo governo, houve esforços, como a criação de uma secretaria específica para empreendedorismo e empregabilidade. Já no âmbito nacional, considerando o recorte do Governo Lula, o desemprego, no Brasil, cai drasticamente, temos a menor taxa dos últimos tempos (5,8%) e isso fez com que o desemprego diminuísse também em Pernambuco.  Porém, nosso crescimento na diferença entre empregos de novos contratados e de pessoas demitidas não foi suficiente para Pernambuco sair dessa incômoda posição. O Governo do Estado, como todos os governos, tem trabalhado na redução, fez a lição de casa e evoluiu na criação de emprego, devido ao crescimento econômico do Brasil. Mas, além de sustentarmos o último lugar na taxa de emprego, estamos mais distantes da Bahia, que é o segundo colocado negativo, depois vem o Distrito Federal.  Por meio do nosso polo industrial, com Suape, Hemobrás, Stellantis, criamos e conseguimos atrair muitas vagas de empregos na indústria que pagam melhor. Mas hoje as plantas são muito enxutas, têm baixa empregabilidade e não temos ainda o número suficiente de fábricas. O agribusiness, uma agricultura com muita tecnologia, também cresceu muito com a irrigação do São Francisco, gerando uma boa empregabilidade a partir da produção de uva e manga que, embora elevada, é também sazonal. Mas o padrão típico aqui é viver muito de serviços por causa do turismo, das praias e das grandes festas, como São João e Carnaval. A maioria da população vive dessas vagas de emprego que são voláteis e pagam menos.  O setor não possibilita a criação de vagas sustentadas com média salarial mais elevada a ponto de termos um desempenho melhor do que o restante da Federação.  Portanto, por mais que tenham existido esforços do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife, que é o município que cria o maior número de oportunidades com muitos postos de trabalho, ainda não há uma interiorização dessa empregabilidade. Essa interiorização poderia ter ocorrido se a Transnordestina tivesse evoluído, por exemplo. Porém, nosso Estado ainda é muito dependente da criação polarizada de postos de trabalho na Região Metropolitana do Recife e, infelizmente, seguimos no ranking como o estado com o maior número de desemprego.  Isso é horrível, porque não somos o estado mais pobre, nem com menor infraestrutura, pelo contrário, somos uma grande potência no Nordeste, mas não conseguimos fazer o básico que é dar emprego às pessoas. Esse ranking mostra que estamos muito mal em termos de emprego. Evoluímos, crescemos, mas cabe ao Governo do Estado e aos municípios a criação de postos de trabalho para que Pernambuco evolua e saia dessa horripilante posição. Um dos principais problemas seria a ausência de descentralização de oportunidades de emprego? Sim. Claro que há outros fatores. O comércio varejista sentiu muita dificuldade por causa do e-commerce, dos grandes marketplaces. Há também reconfigurações diante do avanço tecnológico, pois o emprego tem mudado de cara. Profissionais como porteiros de edifícios, por exemplo, são substituídos por portarias eletrônicas. Contudo, ao mesmo tempo, criam-se outras oportunidades, no serviço, como é o caso do turismo. Então, tem-se o desempenho estrutural do desemprego, que não é só em Pernambuco. Se outros estados brasileiros estão com números de desemprego muito menos incômodos do que os nossos, há sinalização de que realmente o poder público tem que fazer mais, o papel do estado é fomentar emprego e o empreendedorismo, é fomentar situação de renda para a população.  A partir do momento que se consegue isso, melhora-se, inclusive, a tributação, a receita, menos pessoas passam a depender de programas assistencialistas. Percebe-se que há um esforço, tivemos uma evolução, por exemplo, no número de creches, condição essencial para que as mulheres possam trabalhar fora.  Mas ainda é necessário haver preparação da mão

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Desemprego no Recife atinge menor nível para 2º trimestre desde 2015

Capital pernambucana registra 8,4% de desemprego entre abril e junho e apresenta crescimento no rendimento médio dos trabalhadores Entre abril e junho de 2025, o Recife alcançou a menor taxa de desemprego para o segundo trimestre desde 2015, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADCT) do IBGE. O percentual registrado foi de 8,4%, representando queda de 2,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2024 e 1,5 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2025. Comparado ao segundo trimestre de 2023, a redução é de 8 pontos percentuais. “Esse resultado, sem dúvida, reforça os números que observamos no Novo CAGED. No primeiro semestre de 2025, a capital pernambucana foi a responsável pela geração de quase 60% dos empregos formais celebrados em todo o estado. Abril, maio e junho estão dentro do recorte do PNAD que coloca luz sobre a queda da taxa de desemprego no Recife. As projeções indicam um forte aquecimento da economia na cidade”, destacou Carlos Andrade Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico do Recife. O levantamento aponta que a força de trabalho desocupada na cidade reduziu para 71 mil pessoas, enquanto a força de trabalho ocupada atingiu 775 mil, equivalente a 91,6% do total. O número de pessoas ocupadas representa aumento de 2,8% em relação ao segundo trimestre de 2024, reforçando o cenário de recuperação econômica e expansão do emprego na capital. No quesito rendimento, o recifense registrou média mensal de R$ 4.367,00, valor 28,1% superior ao mesmo período do ano passado e 38,1% maior que o segundo trimestre de 2023. A massa de rendimento totalizou R$ 3,36 bilhões, crescimento de 3,5% em relação ao primeiro trimestre e alta de 31,6% na comparação anual.

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Pernambuco avança na geração de empregos e tem salário de admissão acima da média do Nordeste

Estado fecha primeiro semestre com mais de 25 mil vagas criadas e crescimento real na remuneração, puxado pelos setores de serviços e indústria Pernambuco encerrou o mês de junho com um saldo positivo de 5.179 vagas formais, resultado de 52.697 admissões e 47.518 desligamentos, segundo dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O desempenho confirma a trajetória de recuperação do mercado de trabalho no Estado, que soma 25.366 empregos gerados no primeiro semestre de 2025, com destaque para o setor de serviços. No acumulado da atual gestão estadual, já são mais de 136 mil novos postos com carteira assinada. O salário médio de admissão também apresentou crescimento real, atingindo R$ 1.937,41 em junho — acima da média do Nordeste, que foi de R$ 1.933,77. O valor representa um aumento de 1,5% em relação ao mês anterior e de 1% na comparação com o mesmo período de 2024. “Os números divulgados nesta segunda-feira pelo governo federal confirmam aquilo que quem está dentro da gestão estadual vê a todo momento: Pernambuco está crescendo novamente, de maneira constante e sustentável”, afirmou a governadora Raquel Lyra. A participação feminina no mercado de trabalho tem sido um dos grandes destaques do ano. Entre janeiro e junho, 67% das vagas criadas foram ocupadas por mulheres — o equivalente a 16.956 postos. Em junho, esse movimento se repetiu: 2.677 carteiras assinadas foram destinadas a trabalhadoras, contra 2.502 para homens. “No primeiro semestre acumulamos mais de 25 mil oportunidades criadas, das quais 67% foram destinadas a pessoas do sexo feminino, mães de família que estão aproveitando esse momento tão positivo para Pernambuco”, afirmou Guilherme Cavalcanti, secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado. O setor de serviços foi o principal motor do emprego no mês, com 2.128 novas vagas, impulsionado pelas áreas de informação, comunicação, finanças e atividades profissionais. A indústria gerou 1.394 postos, com destaque para a produção e refino de açúcar. Já o comércio contribuiu com 960 empregos formais, seguido pela agropecuária (401), influenciada pela safra de uvas, e pela construção civil, com 296 novos vínculos. “Os números de junho confirmam que Pernambuco está no caminho certo. É extremamente positivo ver o Estado manter um ritmo constante de geração de empregos formais. Ver Pernambuco criar mais de 5 mil vagas em apenas um mês e ultrapassar 66 mil novos postos no acumulado de 12 meses mostra a força do nosso mercado de trabalho e a eficácia das políticas públicas e dos esforços do setor produtivo”, avaliou Manuca, secretário de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo.

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Assaí reforça contratação de profissionais 50+ e combate etarismo no mercado de trabalho

Com mais de 3 mil admissões em 2024, programa da rede varejista aposta em capacitação e integração geracional como estratégia de inclusão O Assaí Atacadista tem intensificado seus esforços para promover a inclusão de profissionais com 50 anos ou mais em seu quadro de colaboradores. Lançado em 2021, o Programa 50+ já garantiu mais de 8 mil contratações nessa faixa etária, representando cerca de 10% do total da empresa. Somente em 2024, foram mais de 3 mil novos profissionais 50+, o que representa um crescimento de 63% em relação ao ano anterior, com destaque para o aumento de contratações de pessoas com 60 anos ou mais (17,4%). Para além das contratações, o programa se destaca por ações voltadas ao acolhimento e desenvolvimento desses profissionais. Logo no início da jornada, os novos colaboradores participam de um programa de apadrinhamento que promove o diálogo entre diferentes gerações. “Quando estruturamos iniciativas como o Programa 50+, é essencial promover a integração entre diferentes gerações. O apadrinhamento cumpre esse papel ao estimular a troca de experiências e fortalecer um ambiente colaborativo. Acreditamos que todos(as) têm algo a aprender e a ensinar”, destaca Tamaly Amorim, gerente de RH e Diversidade do Assaí. A capacitação também é uma prioridade. Por meio da plataforma Universidade Assaí, a trilha de formação Conexão 50+ oferece conteúdos voltados à diversidade etária, economia prateada, longevidade, saúde e bem-estar. Essa estrutura tem gerado resultados concretos: entre 2022 e 2024, a promoção de profissionais 50+ cresceu 168%, com avanços de 22% em cargos de liderança e 16% em funções especializadas. O Assaí ainda mantém um banco de talentos exclusivo para candidatos 50+, promove treinamentos para lideranças e recebeu a Certificação Age-Friendly. “O etarismo ainda é um desafio no mercado de trabalho. No Assaí, trabalhamos para quebrar esses vieses com ações estruturadas e consistentes. Acreditamos em um futuro do trabalho mais diverso, inclusivo e humano – e estamos construindo esse futuro desde agora”, afirma Tamaly.

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Pernambuco fecha primeiro trimestre com 1,4 mil novos empregos com carteira assinada

Em todo o país, foram abertos 654,5 mil postos nos três primeiros meses de 2025. Em março, são 71,5 mil novos empregos com carteira assinada criados no Brasil (Do Governo Federal) A Região Nordeste acumula saldo positivo de mais de 28,8 mil empregos formais gerados nos três primeiros meses de 2025. Em Pernambuco, apesar de o desempenho em março ter ficado negativo em 3.478 postos, o estado apresenta resultado positivo no primeiro trimestre, com 1.471 empregos com carteira assinada entre janeiro e março. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta quarta-feira (30/4), pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Nos últimos 12 meses, entre abril de 2024 e março de 2025, o saldo registrado em Pernambuco é de 55.087 empregos formais, resultado de 653,8 mil admissões e 598,7 mil desligamentos, média de 4,5 mil empregos gerados por mês. Com esses resultados, o estoque, ou seja, a quantidade total de pessoas formalizadas atuando no estado pernambucano, chegou em março deste ano a 1,51 milhão de pessoas. As novas vagas com carteira assinada geradas em março em Pernambuco foram ocupadas, em sua maioria, por pessoas do sexo feminino (932). Pessoas com ensino médio completo foram as principais atendidas (857) com as vagas no estado. Jovens entre 18 e 24 anos são o grupo com maior saldo de vagas no estado pernambucano: 1.777.  Apesar do saldo negativo em março, dois setores da economia em Pernambuco apresentaram resultados positivos. O setor de Serviços fechou o mês tendo registrado a abertura de 2.397 novos postos formais, enquanto na Construção foram abertas 737 novas vagas.  Além disso, 90 municípios fecharam o mês com saldo positivo em Pernambuco. O destaque ficou com a capital, Recife, com 1.044 novos postos formais de trabalho. Em seguida, aparecem as cidades de Cabo de Santo Agostinho (318 novos postos), Paulista (306), Águas Belas (281) e Palmares (236).

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Mal-estar no trabalho: 51% dos profissionais não recebem suporte das empresas

Pesquisa revela que dores físicas afetam 68% dos trabalhadores e afastamentos por doenças ocupacionais aumentam no Brasil A rotina de trabalho tem impactado a saúde física dos brasileiros, e muitas empresas ainda não oferecem suporte adequado para minimizar esses efeitos. Um estudo da plataforma Onlinecurrículo revelou que 68% dos profissionais sentem dores corporais frequentemente devido ao trabalho, enquanto 51% não recebem qualquer benefício ou assistência para lidar com o problema. O cenário reflete o aumento das licenças médicas por doenças ocupacionais, que, em 2024, deixaram mais de 1 milhão de brasileiros incapacitados. A dor na coluna lidera as causas de afastamento desde 2023, segundo o Ministério da Previdência Social. O levantamento analisou os principais desconfortos físicos relacionados ao trabalho. A postura inadequada lidera a lista de causas (63%), seguida da exposição prolongada a telas (43%), movimentos repetitivos e esforço físico excessivo (35%) e ambiente de trabalho estressante (31%). A região mais afetada é a coluna, com 50% dos entrevistados relatando alterações posturais e dores dorsais. Além disso, 48% sentem dor de cabeça frequentemente, e 46% relatam vista cansada, problemas muitas vezes interligados pelo uso intenso de telas. As consequências vão além do desconforto físico. 26% dos participantes afirmaram que a qualidade do sono também é prejudicada pelo ambiente profissional, o que afeta diretamente a produtividade e o bem-estar. Para Amanda Augustine, especialista em carreiras da Onlinecurrículo, investir na saúde dos trabalhadores é essencial para reduzir custos e fortalecer o engajamento. “Priorizar o bem-estar emocional no ambiente de trabalho não é apenas uma boa prática — é também uma decisão estratégica. Isso pode resultar em menos ausências, relacionamentos profissionais mais fortes e um desempenho geral superior”, destaca. Diante desse cenário, 52% dos entrevistados apontaram que pausas regulares para alongamento e descanso seriam essenciais para reduzir as dores. A ergonomia também se mostrou uma preocupação, com 41% pedindo melhores condições no mobiliário, como cadeiras ajustáveis e mesas ergonômicas. Além disso, 36% acreditam que espaços de relaxamento dentro do ambiente de trabalho poderiam trazer mais conforto, enquanto 33% apontaram que benefícios para a prática de atividades físicas ajudariam na prevenção de problemas musculares. Augustine ressalta a importância de um ambiente que promova saúde e produtividade. “Independentemente do tipo de trabalho ou de onde ele é realizado, um ambiente produtivo começa com a base certa. Quando você cria condições que favorecem o conforto, o bem-estar e a conexão genuína, está cultivando uma cultura onde as pessoas podem realmente prosperar”, afirma. A pesquisa da Onlinecurrículo foi realizada entre os dias 1º e 2 de março de 2025, ouvindo 500 trabalhadores de diversos setores e regiões do Brasil. O estudo contou com um índice de confiabilidade de 95% e margem de erro de 3,3 pontos percentuais.

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Movimentação no mercado de trabalho: 45% dos profissionais planejam trocar de emprego em 2025

Pesquisa revela que busca por autonomia, desafios e melhores condições de trabalho impulsionam o desejo de mudança, desafiando empresas a reter talentos. O mercado de trabalho brasileiro deve enfrentar uma onda de transições em 2025, com 45% dos profissionais planejando mudar de emprego, segundo um levantamento da consultoria de recrutamento Robert Half. Os principais fatores que motivam essa movimentação incluem a busca por salários mais competitivos, maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional e oportunidades de crescimento. Além disso, a pesquisa revelou que 60% dos entrevistados que consideram uma nova colocação desejam mais autonomia e desafios em suas funções. A insatisfação com a cultura organizacional e a falta de reconhecimento também figuram entre os motivos que levam profissionais a repensar sua trajetória. Para André Minucci, mentor empresarial, esse movimento reflete um comportamento mais criterioso dos trabalhadores. “Não basta apenas oferecer um bom salário. As empresas precisam investir em um ambiente de trabalho saudável, treinamentos corporativos e em um plano de desenvolvimento claro para reter talentos”, explica. Com a valorização de fatores como propósito e qualidade de vida, os empregadores precisam rever suas estratégias para atrair e manter profissionais qualificados. Setores como tecnologia, engenharia e finanças devem sentir os maiores impactos dessa movimentação, devido à alta demanda por talentos especializados. Especialistas apontam que as empresas precisam se adaptar rapidamente, apostando em estratégias de engajamento mais eficazes. “O profissional moderno busca empresas que valorizam o seu desenvolvimento e que estejam alinhadas aos seus valores pessoais”, complementa Minucci. Nesse cenário, oferecer modelos de trabalho flexíveis, programas de capacitação contínua e um ambiente organizacional alinhado às expectativas dos profissionais pode ser determinante para a retenção de talentos.

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Governo de Pernambuco anuncia concurso com 58 vagas para professores da UPE

Edital previsto para abril; provas acontecem entre junho e julho A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, anunciou a abertura de um novo concurso público para a Universidade de Pernambuco (UPE), oferecendo 58 vagas para docentes. A iniciativa reforça o compromisso do governo estadual com o fortalecimento do ensino superior e se soma à nomeação de 184 professores realizada no início da atual gestão. Os novos profissionais atuarão em diversos campi da UPE, expandindo o quadro acadêmico em diferentes regiões do estado. As oportunidades contemplam três categorias – Auxiliar (especialista), Assistente (mestre) e Adjunto (doutor) – conforme a necessidade de cada curso. Entre as áreas contempladas estão Medicina, Engenharia de Software, Psicologia, Enfermagem, Odontologia, Administração e Serviço Social. “A gente tem tido uma parceria muito forte com a UPE… Não tenho dúvida nenhuma de que a gente vai conseguir fazer da UPE uma universidade muito mais forte”, afirmou a governadora Raquel Lyra. A seleção será realizada em quatro etapas: prova escrita, avaliação didática, análise do plano de trabalho e exame curricular. A previsão é que o edital seja publicado no início de abril, com provas entre junho e julho e posse dos aprovados no segundo semestre de 2025. Mais informações e detalhes sobre inscrições estarão disponíveis no site oficial da UPE: www.upe.br/concursos.

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Trabalho por conta própria exige mais horas de serviço, diz IBGE

Trabalho por conta própria exige mais horas de serviço, diz IBGE Revista algomais /*! elementor – v3.23.0 – 25-07-2024 */ .elementor-widget-image{text-align:center}.elementor-widget-image a{display:inline-block}.elementor-widget-image a img[src$=”.svg”]{width:48px}.elementor-widget-image img{vertical-align:middle;display:inline-block} Pesquisa mostra que profissional autônomo ganha menos. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil (Da Agência Brasil) Trabalhadores por conta própria gastam mais tempo na atividade profissional do que empregados e patrões. Enquanto a média de horas trabalhadas semanalmente no país é de 39,1, quem atua por conta própria passa 45,3 horas no ofício. Os dados são referentes ao quarto trimestre de 2024 e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IBGE classifica como trabalhador por conta própria “a pessoa que trabalha explorando o seu próprio empreendimento, sozinha ou com sócio, sem ter empregado e contando, ou não, com ajuda de trabalhador não remunerado de membro da unidade domiciliar em que reside”.  O levantamento aponta que os empregados são a segunda categoria que mais passa horas nas atividades, 39,6 por semana. Em seguida figuram os empregadores, com 37,5 horas. O grupo identificado pelo IBGE como trabalhador familiar auxiliar aparece em seguida com 28 horas semanais. O trabalhador familiar auxiliar é a pessoa que ajuda a atividade econômica de um parente, por exemplo, em horta da família, mas sem qualquer remuneração. “Atividades mais esporádicas, sazonais e, de fato, sem uma característica de semana de trabalho dentro daquilo que a gente normalmente vai ver em outras atividades como comércio, indústria ou serviços”, explica a coordenadora da Pnad, Adriana Beringuy. De acordo com o IBGE, a população ocupada no último trimestre de 2024 era de 103,8 milhões de pessoas. Neste universo, os empregados eram 69,5%, o que inclui os empregados domésticos. Os trabalhadores por conta própria representavam 25,1%; enquanto os empregadores, 4,2%. Os trabalhadores familiares auxiliares respondiam apenas por 1,3% da população ocupada. Trabalha mais, ganha menos Apesar de passarem mais horas trabalhando, o profissional por conta própria é o tipo de ocupação que recebe o menor rendimento. Enquanto o rendimento médio mensal do brasileiro ficou em R$ 3.215 no último trimestre de 2024, o ganho do trabalhador por conta própria ficou em R$ 2.682. Já o empregado teve salário de R$ 3.105. O topo da lista ficou com o empregador, R$ 8.240. Mais horas trabalhadas Os trabalhadores por conta própria em São Paulo são os que mais passam tempo nas atividades, em média 46,9 horas semanais. Em seguida figuram os do Rio Grande do Sul (46,5) e os do Ceará (46,2). Entre os empregados, novamente os de São Paulo lideram o ranking de horas trabalhadas semanalmente (40,7). Em seguida aparecem os de Santa Catarina (40,6) e Mato Grosso (40,5). Já entre os empregadores, as maiores cargas de trabalho semanal são de Santa Catarina, com 40,4 horas, e Rio Grande do Sul, com 40,2 horas. São Paulo é o sexto, com 38,7 horas semanais. Em se tratando de trabalhador familiar auxiliar, os de Santa Catarina passam em média 41,6 horas semanais em atividades, tempo 48% maior que a média do país.   Emprego no país A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal. A pesquisa divulgada na sexta-feira revela, entre outros dados, que o desemprego no país no quarto trimestre foi o menor já registrado na série histórica em 14 estados.  Em oito estados e no Distrito Federal, o salário médio do trabalhador ficou acima da média do Brasil. Já o desemprego e a informalidade estão mais presentes na vida de pessoas pretas e pardas do que das brancas.  Adicione o texto do seu título aqui Adicione o texto do seu título aqui Adicione o texto do seu título aqui

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Desemprego em Pernambuco atinge menor média anual em uma década

Estado registra queda de 5,1 pontos percentuais desde 2022, segundo a PNAD Contínua. Foto: Gabriel_Santana_Sedep Pernambuco encerrou 2024 com a menor taxa média de desemprego dos últimos dez anos, conforme revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de desocupação do estado ficou em 10,8%, uma redução expressiva em relação aos 13,4% registrados em 2023 e aos 15,9% de 2022. Desde o início da atual gestão estadual, a queda acumulada é de 5,1 pontos percentuais. O levantamento mostra que o número de pessoas desocupadas caiu 25% nos últimos dois anos, representando 151 mil pernambucanos a menos em situação de desemprego. “Estamos trabalhando em diversas frentes para mudar o quadro do mercado de trabalho no estado. Buscamos atrair novas empresas e indústrias, melhorar o ambiente de negócios e ampliar programas de qualificação, como o Qualifica PE e a Casa do Trabalhador. Conseguimos atingir a menor taxa de desocupação da década, mas seguiremos investindo para gerar ainda mais emprego e renda”, afirmou a governadora Raquel Lyra. A tendência de queda se confirmou ao longo do ano. No último trimestre de 2024, a taxa de desemprego caiu para 10,2%, marcando o menor índice trimestral desde 2015. “Os dados da PNAD comprovam os esforços do Governo do Estado para impulsionar o emprego e a renda. Pernambuco liderou a redução do desemprego no Nordeste ao lado do Piauí e obteve a segunda maior queda do Brasil em 2024. Vamos seguir promovendo ações para ampliar oportunidades para os trabalhadores”, destacou Amanda Aires, secretária de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo. Aumento da ocupação e crescimento da renda O IBGE também apontou que o número de trabalhadores em Pernambuco subiu de 3,67 milhões no primeiro trimestre de 2023 para 3,96 milhões no quarto trimestre de 2024, um crescimento de 8%, equivalente a 293 mil pessoas a mais no mercado de trabalho. Além disso, o rendimento médio habitual subiu 16% em relação ao final de 2023, chegando a R$ 2.511, um aumento de R$ 347. A pesquisa também mostra queda no número de desalentados, que passou de 258 mil para 230 mil, uma redução de 10,7%. Esse dado sugere um mercado de trabalho mais dinâmico e maior interesse da população na busca por oportunidades, consolidando o cenário positivo para a economia do estado.

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