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Sem novas linhas de transmissão, setor de energia em Pernambuco pode travar?

Especialistas apontam que o Estado pode deixar de atrair investimentos bilionários em energias renováveis e perder espaço para Estados vizinhos *Por Rafael Dantas Pernambuco, como todo o Nordeste, vem arrematando investimentos bilionários no setor de energias renováveis nos últimos anos. A Zona da Mata, o Agreste e o Sertão estão atraindo empreendimentos em energia solar e eólica. A comparação regional, porém, indica que há uma concentração maior desses projetos em estados vizinhos. Há algumas motivações naturais, mas um gargalo que contribui para isso é a ausência de uma estrutura mais robusta de linhas de transmissão. Elas são as estruturas responsáveis por transportar a energia elétrica das usinas geradoras até as subestações para ser transformada em níveis de tensão mais baixos e distribuída para os consumidores. São como as estradas por onde a produção hidroelétrica, eólica, solar ou térmica percorrem para chegar nas cidades, seja para atender a demanda do setor industrial, residencial ou quaisquer outras. Acontece que os pesquisadores e os representantes empresariais do setor estão alertando para a urgência de o Estado projetar novas linhas de transmissão. Sem elas, os possíveis empreendimentos no interior, ainda que sejam construídos, não teriam como escoar sua produção. A percepção dos representantes da área elétrica é que Pernambuco está no limite. O problema, porém, não é exclusivo local e está sendo enfrentado também em outros estados. “Pernambuco hoje está praticamente sem nenhuma margem a mais, ou seja, os parques que existem já ocuparam todas as barras disponíveis e, se esse trabalho não for feito, a gente compromete o desenvolvimento do Estado no futuro”, afirmou o presidente do Sindienergia-PE (Sindicato das Empresas de Energia de Pernambuco), Bruno Câmara.  "Pernambuco está praticamente sem nenhuma margem a mais [quanto às linhas de transmissão], ou seja, os parques que existem já ocuparam todas as barras disponíveis e, se esse trabalho não for feito, a gente compromete o desenvolvimento do Estado no futuro." (Bruno Câmara) De acordo com o presidente da Aperenováveis, Rudinei Miranda, a infraestrutura existente ficou deficitária pois as malhas de transmissão não foram dimensionadas para um aumento de geração oriunda de outras fontes. Ou seja, o sistema criado para atender principalmente a geração hidroelétrica, hoje recebe a geração solar, eólica e vê a aproximação de outros projetos num horizonte próximo.  “Não houve um planejamento energético para que isso fosse corrigido ao longo do tempo. Isso é um problema de estado, não de governo. Pernambuco perdeu o timing de entender as necessidades energéticas. Então, hoje temos capacidade de captar investidores, temos atratividade pelo posicionamento logístico, mas o Estado esqueceu que a malha elétrica, o planejamento energético, precisa de um tempo maior para acontecer e ser construído”, afirmou Rudinei. "Não houve planejamento energético para que isso fosse corrigido. Temos capacidade de captar investidores e atratividade pelo posicionamento logístico, mas o Estado esqueceu que a malha elétrica precisa de um tempo maior para acontecer e ser construída." (Rudinei Miranda) A realidade apresentada pelos especialistas e representantes setoriais expõe uma gradativa perda de competitividade do setor elétrico, em Pernambuco, que já foi protagonista no Nordeste. No momento em que o mundo volta os olhos para regiões com alto potencial solar e eólico, como o Nordeste brasileiro, a ausência dessa infraestrutura pode reposicionar o Estado a um papel menor na região. Essa percepção fica mais evidente quando comparados os empreendimentos no setor entre os estados do Nordeste. A conta foi explanada durante o evento Exporenováveis 2025 pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFPE, Methodio Varejão. “Existe uma realidade bem clara: os investimentos em geração eólica e solar em Pernambuco nos últimos 8 a 10 anos são muito menores. No Ceará, os aportes foram 10 vezes maiores, no Rio Grande do Norte 8 vezes e na Bahia 14 vezes”.  O docente afirma que embora a geração de energia eólica não seja uma realidade para todos lugares no Nordeste, os empreendimentos solares poderiam ter avançado mais no Estado. “Esses outros têm uma condição mais favorável de ventos. Mas, sobre a geração solar não tem justificativa nenhuma. A radiação é alta em qualquer estado. Esse é o ponto principal”.  BARREIRAS PARA ATRAÇÃO DE NOVOS PROJETOS O presidente da Sindienergia-PE considera que esse gargalo na transmissão é o motivo pelo qual Pernambuco não consegue atrair um volume maior de  empreendimentos. “Os investimentos no setor estão indo para Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Esses estados se organizaram melhor, conseguiram criar facilidades e estão atraindo muito mais projetos. Pernambuco é um estado que não ‘exporta’ energia. Todo o resto do Nordeste é exportador. A gente precisa aumentar nossa capacidade para poder se tornar um exportador de energia também”, alerta Bruno.  A fuga de projetos se dá exatamente porque uma das condições para qualquer investimento de geração é a infraestrutura de escoamento. Rudinei Miranda ressalta que esse problema tem afetado especialmente os empreendimentos de usinas fotovoltaicas em Pernambuco. “Hoje, dois critérios são levados em consideração pelos grandes investidores – dependendo da região onde pretendem instalar um projeto solar: como eles vão conectar essa usina; e se a subestação que vai receber essa energia terá condições de escoar. Como temos essa restrição em vários pontos do Estado, algumas usinas deixaram de ser feitas aqui e foram deslocadas para o Ceará ou para estados vizinhos, em virtude do receio de se avançar no projeto e não ter viabilidade.” Methodio Varejão observa o problema também pelo ângulo contrário. Ele destaca que Pernambuco não tem uma quantidade maior de linhas de transmissão, justamente pelo fato de não ter atraído maiores investimentos em geração ou em carga, como os estados vizinhos. Ele exemplifica com o Ceará que atraiu um projeto de data center que representa uma demanda de consumo que equivale a 40% de todo o Sergipe. “Quando esse projeto estiver em plena operação, vai consumir o equivalente a todo o estado do Sergipe. Tendo uma carga dessa, terá investimento em transmissão… ninguém fez uma linha para nada”. "Existe uma realidade bem clara: os investimentos em geração eólica e solar em Pernambuco nos últimos 8 a 10

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Brasil testa tecnologia inédita para geração de energia limpa com etanol

Parceria entre Wärtsilä e Energética Suape II impulsiona inovação na matriz energética nacional O Brasil será palco de um teste pioneiro no mundo para geração de eletricidade a partir do etanol, um biocombustível produzido majoritariamente da cana-de-açúcar. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Wärtsilä Corporation e a Energética Suape II S.A., do Grupo Econômico 4M, e será realizada na usina Suape II, em Recife (PE). Esse será o primeiro teste global com motor a etanol em larga escala para geração de energia, reforçando o potencial do biocombustível como alternativa sustentável. Com previsão de início em abril de 2026, o projeto contará com até 4.000 horas de testes do motor Wärtsilä 32M ao longo de dois anos. A Wärtsilä, referência global em tecnologia para geração de energia, conduzirá a operação e manutenção do sistema, garantindo eficiência e confiabilidade. A iniciativa faz parte do programa WISE (Wide and Intelligent Sustainable Energy), que busca acelerar a transição para fontes energéticas de baixo carbono. Atualmente, o Brasil lidera a produção global de etanol, mas seu uso na geração elétrica ainda é subestimado. A expectativa é que essa tecnologia abra caminho para a diversificação da matriz energética, reduzindo emissões e aumentando a segurança no fornecimento de eletricidade. Além disso, o governo federal já incluiu o etanol como opção no próximo leilão de capacidade, previsto para junho de 2025, o que pode impulsionar novos investimentos no setor. "Essa iniciativa pode ser um divisor de águas para o avanço de soluções energéticas sustentáveis e para a transformação do futuro da geração limpa no Brasil, reduzindo emissões de gases de efeito estufa e diminuindo a dependência da importação de combustíveis fósseis", afirma Anders Lindberg, Presidente da Wärtsilä Energy.

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Energia solar atinge 55 GW e já abastece 5 milhões de imóveis no Brasil

Setor enfrenta desafios regulatórios que limitam crescimento e impacto sustentável. Foto: Freepik O Brasil acaba de alcançar a marca de 55 gigawatts (GW) de potência instalada em energia solar, somando a geração distribuída em telhados e terrenos à capacidade das grandes usinas solares conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), essa fonte já abastece 5 milhões de imóveis e representa 22,2% da matriz elétrica brasileira, consolidando-se como a segunda maior do país. Apesar do avanço, desafios como cancelamentos de projetos pelas distribuidoras e falta de ressarcimento pelos cortes de geração renovável limitam o potencial do setor. “Com a queda de mais de 50% no preço dos painéis solares nos últimos dois anos, vivemos o melhor momento para investir em sistemas fotovoltaicos”, destaca Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR. O segmento também impulsiona a economia: desde 2012, foram R$ 251,1 bilhões em investimentos, 1,6 milhão de empregos verdes e R$ 78 bilhões arrecadados para os cofres públicos. Para garantir o crescimento sustentável da energia solar no Brasil, a ABSOLAR defende a aprovação do Projeto de Lei nº 624/2023, que institui o Programa Renda Básica Energética (REBE) e corrige restrições que dificultam a conexão de novos sistemas. Além de fomentar a geração própria, a medida beneficiaria famílias em situação de pobreza energética e ampliaria o acesso à tecnologia fotovoltaica. Nos primeiros dois meses de 2025, período marcado por recordes de calor e alta demanda por eletricidade, a energia solar desempenhou um papel crucial, com mais de 147 mil novos sistemas instalados e 1,6 GW adicionados à rede. A tecnologia segue como um dos pilares da transição energética e do desenvolvimento sustentável no Brasil.

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"Corremos o risco de um novo apagão"

T roca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, banhos mais rápidos e o desligamento de aparelhos eletroeletrônicos. Quem vivenciou, em 2001, o apagão no País, certamente recorda-se de ter tomado medidas como essas para reduzir o consumo de eletricidade em 20%. Caso contrário, sofreria aumento na conta de luz. Passados 20 anos, eis que estamos novamente numa situação de risco iminente de corte de energia elétrica em todo o País. Para saber sobre os motivos que levaram, mais uma vez, o Brasil a essa situação, Cláudia Santos conversou com Ricardo Baitelo, coordenador de projetos do Iema (Instituto de Energia e Meio Ambiente). Baitelo aponta gargalos como a falta de planejamento, a necessidade de ampliação do sistema de transmissão de eletricidade e a não realização de leilões de energia nos últimos dois anos. Mas o especialista reconhece avanços ocorridos nessas últimas duas décadas como a diversificação da matriz energética com fontes renováveis e destaca que o Nordeste passou de importador para fornecedor de energia para a região Sudeste. Ele adverte, porém, que a MP da privatização da Eletrobras, que tramita no Congresso, concede uma reserva de mercado às usinas termoelétricas, o que pode pesar no bolso dos consumidores na hora de pagar a tarifa, além de elevar em 25% a emissão de gases de efeito estufa do setor de energia. Confira a entrevista a seguir. Como chegamos a essa situação de crise hidrológica e energética? Temos enfrentado, nos últimos anos, um risco de racionamento em maior ou menor grau por uma série de fatores, como uma variação do regime hidrológico – menos chuvas, um nível menor dos reservatórios das hidrelétricas – e, principalmente, de planejamento. Depois do racionamento em 2001, podemos dizer que o sistema elétrico e as decisões governamentais se aprimoraram para evitar que aquela situação acontecesse de novo. O racionamento provocou esse trauma político e, a partir de então, procurou-se mudar o planejamento, diversificar a matriz energética e melhorar o sistema de transmissão de eletricidade. Nesse sentido, o Brasil está em vantagem, não existe outro país continental com um sistema interligado como o nosso. Apesar disso, ainda existem gargalos. Nos últimos anos, houve novamente um gap de planejamento. O reflexo disso é que, durante os dois últimos anos, o governo optou por não fazer leilões de energia porque a demanda estava baixa, em razão da crise econômica e da pandemia. Então se considerou, naquela época, que o sistema estava folgado e que não era necessário fazer leilões, pelo menos até a demanda se recuperar. Mas a questão é que os leilões contratam empreendimentos que vão ficar prontos depois de três, quatro, cinco anos, é um planejamento para o futuro. Os setores de energia renováveis – eólica e solar – pediram para que esses leilões acontecessem mas o governo resolveu pausar durante esses dois anos. Se esses leilões tivessem acontecido, teríamos um parque maior de eólica e solar que poderia atender o sistema. Como não aconteceram, continuamos usando as usinas térmicas cada vez mais nesses cenários emergenciais, inclusive importando energia da Argentina e do Uruguai. Somado a isso, é que agora temos uma matriz elétrica que é o dobro daquela de 20 anos atrás, mas temos novos gargalos de transmissão de eletricidade. Existem muitos empreendimentos, principalmente de energia solar, que querem ser contratados no mercado livre e estão tendo que esperar porque é necessário um reforço da transmissão. É possível resolver essa problemática, mas não dá para resolver para amanhã. Corremos o risco de um novo apagão? Sim, corremos o risco. Apesar de o governo afastar o risco de racionamento, a sua comunicação está sugerindo que as pessoas não consumam tanta energia nos horários de pico. Se o risco não estivesse aí, a comunicação não seria dessa forma, porque o governo é o primeiro interessado em que essa situação não aconteça porque tem impacto sobre a sociedade e a economia. É a restrição do uso de energia impedindo a retomada econômica que o Brasil precisa. Hoje há algumas medidas paliativas que podem ser adotadas. Dá para contratar mais térmicas, que são mais caras e têm um impacto direto na tarifa do consumidor, não mais na bandeira vermelha, mas bandeira vermelha patamar 2, que é ainda mais cara. Também é possível implantar a eficiência energética que é o último ponto a ser usado. Seria a adoção de um conjunto de medidas de uso racional, como a substituição de equipamentos, consciência de uso etc., que passam também pelo gerenciamento da demanda. Tem bastante gordura para evitar mas historicamente se lança muito pouco mão dessa alternativa. Como o sistema é interligado, todo o País sofreria o apagão. Mas existe uma diferença em relação ao racionamento de 2001. O Nordeste naquela época era um notório importador de energia e hoje, ao contrário, a região apresenta uma geração bem grande de eólica com a missão de destinar energia para os estados mas, também, enviá-la para o Sudeste, que é o grande polo de consumo. Mas há que se prestar atenção nos gargalos que mencionei, na dinâmica do sistema, porque a eólica e a solar são fontes flexíveis, que têm que despachar energia quando ela está sendo gerada pelo sol e pelo vento (elas não podem ser armazenadas), diferente das despacháveis, como as hidrelétricas com reservatório e as térmicas. Essa dinâmica também tende a afetar o cenário de racionamento. Para citar um exemplo, está sendo discutida agora pela MP da Eletrobras, a contratação de térmicas que operam o tempo todo e não de forma emergencial. Isso também tende a afetar de maneira negativa a eólica e a solar. Estamos num paradoxo no qual temos o risco de falta de energia mas desperdiçamos energia eólica e solar. Então, voltamos à questão da transmissão que precisa ser reforçada. Você poderia explicar melhor esse gargalo na transmissão? A questão é bastante técnica mas o foco é que a prioridade tem quer ser dada para essas fontes flexíveis. Quando há sol e vento, elas têm que escoar a energia para o sistema. E a gente vem de um sistema que foi durante

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Grupo Golar anuncia investimento de R$ 1,8 bilhão em Suape

Um dos gigantes mundiais no setor de gás natural liquefeito (GNL), o Grupo Golar, anunciou nesta tarde (13) que fará o aporte de R$ 1,8 milhão em Pernambuco. Por meio do projeto Golar Power Brasil, a empresa irá gerar 300 novos empregos diretos e indiretos em Suape. O empreendimento contribui para o Estado se tornar um hub também no abastecimento de gás natural no Nordeste. O principal alvo da empresa será o abastecimento de indústrias, comércios e postos de GNV/GNL do Nordeste. O Grupo Golar tem expectativa de iniciar as operações de distribuição de gás natural no segundo semestre de 2020. De acordo com o governador Paulo Câmara, os primeiros destinos a serem beneficiados com essa operação serão Garanhuns e Petrolina, onde a demanda é maior. "Essa parceria vai disponibilizar gás para que possamos levar para o interior de Pernambuco. Com a chegada do gás por navio, poderemos transportá-lo pelo modal rodoviário, através de caminhões, e levá-lo a cidades que a Copergás, por questões operacionais, ainda não tem a capacidade de chegar. Será uma solução importante para o desenvolvimento regional e um eixo de desenvolvimento para todo o Estado", declarou o governador Paulo Câmara. O CEO do Grupo Golar, Eduardo Antonello, destacou as vantagens competitivas que a operação trará para Pernambuco e para a região. "Acreditamos que esse projeto venha a ser bastante produtivo do ponto de vista de viabilizar um custo de moléculas de energia único para o Estado de Pernambuco. Com o Porto de Suape temos a oportunidade de colocar um navio a curtíssimo prazo encostado num píer e viabilizar o melhor custo logístico para o GNL, que chega em terra com o preço bastante atraente. A gente acredita que isso possa destravar todo o mercado de gás e interiorizá-lo. E fazer que Suape seja um hub muito estratégico, inicialmente alimentando Pernambuco, mas com potencial de expansão para todo o resto do País, com energia mais barata para os consumidores e viabilizando o GNV em postos". O empresário elogiou ainda o trabalho desenvolvido junto com a Companhia de Gás de Pernambuco. "A parceria com a Copergás tem sido muito produtiva. Tem se mostrado uma empresa que pensa fora da caixa e no longo prazo. Espero que a gente consiga colocar o terminal de pé até o final do ano, contando com o apoio do Estado", disse Antonello. “O objetivo do Complexo de Suape sempre foi transformar o porto em um hub de infraestrutura para todo o Nordeste. Nós já temos a maior movimentação de cargas e concentração de centros de distribuição e de indústrias do país, conseguimos atrair até uma refinaria. Agora, com essa nova regulamentação federal do mercado do gás, surgiu a oportunidade de montarmos essa nova infraestrutura, que vai ser importante para o desenvolvimento industrial e econômico do Estado. Com esse investimento de R$ 1,8 bilhão, será possível atender a demanda de Pernambuco e de outros estados nordestinos”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach. Além do ganho econômico da operação, o presidente de Suape, Leonardo Cerquinho, destacou ainda os benefícios ambientais que o Estado terá com a interiorização da oferta de gás natural. "Esse empreendimento não só irá trazer mais competitividade para os parques industriais de Pernambuco, que não tem acesso hoje ao gás, e usam energia elétrica ou outro combustível, como em algumas praças poderá ter um impacto ambiental positivo, se eventualmente for usado lenha, por exemplo. Inicialmente serão beneficiados Garanhuns e Petrolina, mas a tendência é de se expandir, chegando a outros locais. Ele é um investimento estruturante, que vai levar gás onde não existe hoje e a médio prazo tem condições de ser um fator de redução do preço do gás para as grandes indústrias de Suape". Estiveram presentes na assinatura do protocolo de intenções do investimento o CEO global da Golar Power, Eduardo Antonello, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach, o presidente do Porto de Suape Leonardo Cerquinho, e o presidente da Copergás, André Campos. OPERAÇÃO O terminal da Golar Power funcionará da seguinte forma: o navio de GNL Golar Mazo, com capacidade de 135 mil metros cúbicos e 290 metros de comprimento, atracará de forma permanente no Cais de Múltiplos Usos do Porto de Suape. Esta embarcação funcionará como supridor para abastecimento de isotanques (tipo de contêiner em forma de cisterna) montados em caminhões. Estes veículos, por sua vez, farão a distribuição para cidades num raio de até mil quilômetros. O escoamento por caminhão chegará a um volume de 800 m3 de GNL/dia, o que equivale a, aproximadamente, 480 mil m3 de gás natural por dia. A distribuição de GNL também será feita a partir de Suape para outros estados do Brasil, por meio de cabotagem. O navio criogênico de pequeno porte Grupo Golar será abastecido por transbordo e utilizado no transporte do GNL para outros portos da região. A embarcação possui 123 metros de comprimento e capacidade de armazenamento em cada operação de 7,5 mil m3 de GNL, equivalentes a 4,5 milhões de m3 de gás em estado natural.

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Gás Natural: Empreendimento da Enercom terá capacidade superior a 2GW

A Livre Comercializadora de Energia, braço de comercialização do grupo pernambucano Enercom Renováveis, recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP) para ingressar no segmento de gás natural. Já consolidada nas áreas de geração de energia solar e eólica, com operações em diversos estados do país, a companhia abraça novos mercados, contando com o aporte de recursos de parceiros internacionais. Os investimentos variam entre R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão para cada projeto estruturante, atingindo capacidade superior a 2GW. Inicialmente, quatro operações devem ser instaladas no Nordeste, sendo uma em Pernambuco e as demais nos estados de Alagoas, Ceará e Paraíba. A medida representa maior competitividade para a redução de preços de compra e venda, além de melhores condições de contrato. “A chegada de grandes projetos deste segmento poderá aumentar, também, a oferta para o futuro mercado livre de gás na região” destaca o especialista em gás e energia, Fabiano Bastos. Segundo ele, o avançar dessas negociações depende da viabilidade de fornecimento do gás, a transmissão de energia e os resultados dos leilões, de acordo com as normas que forem estabelecidas pelo Governo Federal. Nos próximos anos, o Brasil deve mais que duplicar a produção de gás natural, segundo projeção do Ministério de Minas e Energia, sendo beneficiado por avanços nas camadas de pré-sal. O salto deve passar dos atuais 59 milhões para 147 milhões de metros cúbicos (m³) ao dia. Esta abertura lança um cenário positivo para os consumidores, com a chance de escolha dos fornecedores, além de uma maior flexibilidade e previsão de preços.

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Copergás anuncia investimentos de R$323 milhões

No seu plano de investimentos para os próximos cinco anos, a Copergás destinará R$ 323 milhões para expansão e interligação da rede de distribuição. A companhia saltará dos atuais 800 quilômetros de dutos para 1.200 quilômetros em 2024. Somente em 2020 o investimento deverá ser na ordem de R$ 60 milhões. Com o aporte, haverá a ampliação de 93 quilômetros na rede distribuidora, com a atração de mais de sete mil novos clientes. Caruaru, Camaragibe, Carpina, Igarassu, Moreno, Ipojuca, Carpina, São Lourenço da Mata, Paudalho e Petrolina são os municípios que serão beneficiados pelos serviços da companhia num horizonte de 5 anos. Dentre os projetos programados já para este ano está a expansão para Ipojuca (chegando às praias de Porto de Galinhas e Muro alto). O destaque no segmento industrial é para o atendimento das fábricas da Tramontina (em Moreno), da Marilan e da Benteler (em Igarassu) e da Aché Laboratórios Farmacêuticos (no Cabo de Santo Agostinho). A Copergás deve chegar ainda a mais 42 mil novos consumidores nos segmentos residencial e comercial até 2024. “A carteira de projetos para os próximos 5 anos considera as oportunidades identificadas neste momento. À medida que novos potenciais se verifiquem, continuamente, agregaremos ao planejamento, buscando beneficiar novas regiões com a infraestrutura de distribuição de gás natural e todas as vantagens que o produto traz consigo”, explica o diretor técnico comercial da Copergás, Fabrício Bomtempo.

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Sertão de Pernambuco ganha sua primeira usina de biogás em aterro sanitário

Inaugurada pela Gera Energia Brasil, a primeira usina de biogás do Sertão Pernambucano entra em plena operação na próxima segunda-feira (2/12), em Petrolina, no aterro sanitário do município. A companhia investiu mais de R$ 6 milhões na planta com capacidade de 1 MW, direcionado ao mercado de geração distribuída (GD) com expectativa de geração de energia de 8.240 MW/h por ano, que corresponde a 4,3 mil residências. Este é o primeiro projeto operacional da Gera no Nordeste, que enxerga na região um mercado em potencial desenvolvimento para a expansão do biogás como fonte de energia elétrica. Além de Petrolina, a Gera também está trabalhando na implantação de uma usina em Caruaru e prospectando outras localidades. “Ainda existe um grande potencial de crescimento em cidades grandes e do interior de geração de energia a partir do biogás”, avalia o gerente da Gera Energia Brasil, Carlos Innecco. Com forte atuação no desenvolvimento de novas tecnologias no setor de energia e projetos de autoprodução, a empresa tem empreendimentos de diferentes fontes em implantação. Em relação à geração distribuída, no entanto, aguarda a definição quanto à regulamentação em consulta pública aberta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) até 30 de dezembro para dar andamento a outras inciativas. Em franca expansão no Brasil, a geração distribuída, sistema que oferece compensação de créditos para produtores de energia, impulsionou a produção de biogás no Brasil nos últimos cinco anos, com crescimento de 40% ao ano. Segundo dados da Associação Brasileira de Biogás (ABiogás), o Brasil conta hoje com mais de 400 plantas, cerca de 60% delas de pequeno a médio porte viabilizadas por produtores rurais. Para o presidente da ABiogás, Alessandro Gardemann, a revisão das regras proposta pela resolução 482 da Aneel pode afetar todo um sistema de inovação que vem promovendo o biogás como solução energética para passivos ambientais e melhoria do sistema elétrico nacional. “Defendemos um modelo de transição suave, que não quebre as iniciativas que se formam em torno da geração distribuída”, afirmou. Com forte vocação para a geração de biogás a partir de aterros sanitários, o Nordeste conta hoje com dez plantas com produção média de 345 mil Nm³/dia, todas elas a partir do saneamento. O potencial da região, no entanto, é muito maior, de aproximadamente 7,6 bilhões Nm³/dia, segundo cálculos da ABiogás, o que, em termos de geração elétrica, poderia gerar 17 mil GWh/ano. E esta produção viria não apenas do saneamento, mas considerando também outras fontes de produção do biogás, como os resíduos produzidos pelos setores agroindustrial e sucroenergético. Investimentos em biogás A Gera inaugurou em agosto de 2018 sua primeira planta de geração distribuída a biogás, em Barra Mansa (RJ). Atualmente, possui 2MW em operação em Barra Mansa, 1MW em Petrolina e até o início de 2020 estará com mais 3 MW em operação. Ao todo a GERA possui mais de 10 MW de projetos a biogás em desenvolvimento pelo Brasil. Com larga experiência em termoelétricas a gás, os sócios da Gera decidiram entrar no mercado de biogás visando a abertura do mercado e os ganhos ambientais promovidos pela adoção de uma fonte mais limpa e com impacto direto na redução dos gases de efeito estufa. “Proveniente da decomposição do lixo no aterro sanitário, a unidade vai produzir energia através da queima do metano, que assim, deixa de ir para a atmosfera”, explicou Innecco. Vinte e três vezes mais poluente do que o gás carbônico, o metano é um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa. “Além disso, com o empreendimento vamos proporcionar melhoria no fornecimento de energia nas localidades próximas, geração de emprego, conscientização ambiental, desenvolvimento da economia e da comunidade no entorno”, concluiu.

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Redução de gastos na conta de luz pode chegar a 95% com energia solar fotovoltaica

A geração solar fotovoltaica em telhados e terrenos pode aliviar o bolso dos consumidores brasileiros e garantir uma economia de até 95% na conta de luz de cidadãos, empresas e governos, aponta levantamento recente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Segundo a entidade, o Brasil possui atualmente 71.701 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental a 88.741 unidades consumidoras. Ao todo, são mais de 735 megawatts (MW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos. O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, ressalta que o crescimento da energia solar é impulsionado por três fatores: a forte redução de mais de 83% no preço dos equipamentos desde 2010; o expressivo aumento nas tarifas de energia elétrica e o crescimento da responsabilidade ambiental dos consumidores. “O setor crescerá aceleradamente nos próximos anos. O Brasil possui mais de 83 milhões de unidades consumidoras e um interesse crescente da população e das empresas em aproveitar seus telhados para gerar energia a partir do sol. Ninguém aguenta mais os aumentos abusivos na conta de luz”, ressalta Koloszuk. Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o Brasil é uma nação solar por natureza, com condições privilegiadas para se tornar uma liderança mundial na área. “A energia solar fotovoltaica reduz o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do País”, diz Sauaia.

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Bento Albuquerque dará continuação à privatização da Eletrobras

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse hoje que dará continuidade ao processo de privatização da Eletrobras e que se terá um diálogo “objetivo, desarmado e pragmático” com a sociedade e o mercado sobre o uso da energia nuclear no país. Em seu discurso durante a cerimônia de transmissão do cargo, Bento Albuquerque fez referência ao projeto de privatização da Eletrobras encaminhado pelo ex-presidente Michel Temer ao Congresso Nacional em janeiro do ano passado. “No setor elétrico, sempre levando em consideração o interesse público, se dará prosseguimento do processo em curso de capitalização da Eletrobras e a criação de um ambiente para novos investimentos”, disse. O texto encaminhado por Temer prevê que o processo de venda da Eletrobras se dará por meio da capitalização de ações. Na prática, haveria uma pulverização das ações da empresa até que a União fique como sócia minoritária. Matriz nuclear Bento Albuquerque também acenou para a retomada dos investimentos na matriz nuclear brasileira. No final do ano, a Eletrobras informou que pretende investir R$ 12 bilhões para terminar a construção da usina Nuclear de Angra 3. “O Brasil não pode se entregar ao preconceito e a desinformação, desperdiçando duas vantagens competitivas raras que temos no cenário internacional: o domínio da tecnologia e do ciclo do combustível nuclear e a existência de grandes reservas de urânio”. O novo ministro disse que seus maiores desafios no comando da pasta serão coordenar as atividades do ministério relativas aos setores elétrico; de petróleo e gás; de mineração e de energia limpa renovável e nuclear de “forma harmoniosa e transparente em diálogo constante com as várias instâncias do governo, empresariado e sociedade”. Bento Albuquerque destacou que além da privatização da Eletrobras, no setor elétrico assumirá o desafio de trabalhar pela redução de subsídios e encargos que atualmente representam uma parcela significativa do preço das contas de luz. Disse ainda que pretende oferecer ao mercado “de forma gradual e segura uma participação crescente nos mecanismos de formação de preços de energia.” O ministro disse que também vai trabalhar para modernizar o modelo do setor por meio da incorporação de novos modelos de negócio, “preservando a segurança energética e priorizando a racionalidade econômica, ambiente de confiança, competitividade e inovação”. O ministro também disse vai trabalhar para manter a segurança no abastecimento de energia “ao menor custo possível” e sem comprometer a sustentabilidade ambiental, social e econômica, e que a política de preços vai se basear nesses princípios. Com relação a esse ponto, o ministro disse que vai trabalhar para o aumento de investimentos nas fontes de energia renováveis como a hídrica, eólica, solar, etanol, bioletricidade e biodiesel. “Essas fontes representam a maior parcela da matriz energética brasileira e se consolidam como alternativas sustentáveis”, disse. Petróleo e gás No segmento de petróleo, a maior mudança apontada será na ampliação das competências do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para a definição dos regimes de exploração das áreas do pré-sal e, em conjunto com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), apresentará o calendário plurianual de leilões. “Aprimoraremos a legislação da partilha de produção de modo a proporcionar maior competitividade no ambiente de exploração e produção, maior pluralidade de investidores, menor custo de implantação para a União e consequentemente mais investimentos e retornos econômicos e sociais”, disse. Em relação ao setor de gás, Bento Albuquerque disse que vai trabalhar na diversificação da oferta, na garantia de transparência e livre acesso ao seguimento de transporte e na regulação do mercado livre com normas de âmbito nacional. Para o segmento de mineração, disse que vai trabalhar na estruturação da recém-criada Agência Nacional de Mineração (ANM) e que, em conjunto com os estados, vai propor mudanças nas regras de licenciamento ambiental. “[Vamos] seguir com reformas regulatórias necessárias para dinamizar a produção mineral, consolidando a mineração como uma das forças da economia brasileira e importante vetor do seu desenvolvimento social”, disse. Agência Brasil

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