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Crítica| O Dilema das Redes (Netflix)

Saia um pouco das suas redes sociais. Vá até a janela. Percebeu como está lindo o dia? Por que gastar, então, tanto tempo postando fotos ou conferindo o número de curtidas? Explico: difícil encarar a internet e as redes da mesma forma após assistir ao documentário O Dilema das Redes. É disso que fala a nova produção original Netflix. O doc aponta a internet como grande responsável pela polarização que vem tomando o mundo, principalmente na política. Fruto da personalização dos conteúdos que nos são apresentados conforme nosso histórico de busca, criando uma espécie de bolha. Entre os entrevistados, executivos e engenheiros que trabalharam nas gigantes da internet e redes sociais, como Tristan Harris, especialista em ética de design e ex-funcionário do Google e Tim Kendall, ex-diretor financeiro do Facebook. Revelam que sequer permitem aos filhos acessar as redes. Alguns, inclusive, confessam estar viciados nas próprias criações.     Intercalando os depoimentos, são introduzidas cenas do cotidiano de uma família fictícia que passa por uma crise em função do uso excessivo das redes sociais. Se por um lado o recurso ajuda no sentido de ilustrar o assunto tratado, por outro, quebra o ritmo da narrativa. Faltou ao longa apontar caminhos concretos e eficientes para uma possível solução do problema. Apenas frisar que é preciso excluir as redes sociais é o mesmo que limitar-se a aconselhar um dependente químico a largar o vício. O Dilema das Redes é dirigido por Jeff Orlowski, que tem no currículo outro documentário disponível na Netflix, Em Busca dos Corais, ganhador do prêmio de melhor documentário no Festival de Sundance em 2017.

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Uso das redes sociais pode levar a manipulação de consumo e massificação de gostos

Não é uma novidade que as redes sociais afetam o comportamento de que as consomem. Inclusive, diversos estudos já comprovam que o uso exagerado e alienado à realidade pode trazer inúmeros prejuízos não apenas emocionais com físicos. À exemplo da pesquisa realizada pela Royal Society for Public Health, no Reino Unido em parceria com o Movimento de Saúde Jovem que constatou que o instagram é uma das redes sociais mais nocivas do mundo, afetando o sono, a autoimagem e a percepção de acontecimentos. Facebook e Snapchat vieram logo em seguida. O filósofo, escritor e estudioso do tema Fabiano de Abreu aponta que a vida nas redes se assemelha à uma encenação, onde a ostentação e a venda de uma vida perfeita levam a manipulação dos usuários. “As redes sociais engoliram de vez a mídia televisiva, e a tendência é que engula as pessoas também, em especial pela característica de controle e influência onde modas temporárias de vestimenta, consumo e comportamento se tornam referência mundial rapidamente”, analisa. Um exemplo de consequência que migra das redes para a vida real é o consumismo exagerado, que tem como principal aliado a base de dados que dita o comportamento dos usuários. “Sofremos porque hoje somos bombardeados por propagandas de empresas que nos conhecem extremamente bem. Eles possuem todos os nossos dados, e com os nossos desejos em mão, nos oferecem constantemente, mais e mais opções para que possamos comprar, comprar e comprar”, aponta Fabiano de Abreu. Além de provocar a impulsividade, esse consumismo pode levar inclusive ao endividamento, já que a vida financeira está baseada não no que se precisa, mas na ansiedade de consumir o que as redes dizem que você precisa. “Tem muita gente passando por uma crise horrível, mas não perde a oportunidade de ostentar vida boa nas redes sociais. Esses são exemplo de indivíduos que já estão imensamente embaraçados na trama toda e se tornaram peças facilmente manipuláveis das redes”, aponta. Você consome porque gosta, ou porque foi influenciado? A era das redes sociais, também levam para a pauta os gostos pessoais que podem ser mais um reflexo do que se consome nos aplicativos do que um resultado da personalidade. “O que você veste condiz com quem você é? O fast-fashion é o melhor exemplo sobre padronização de gostos. A moda chega mais rápido ao consumidor final, e nas redes sociais elas funcionam como uma espécie de cartel que monopolizam o que será tendência para os próximos meses e todo mundo usa a mesma coisa”, reflete o filósofo. E não é apenas o consumismo de bens que as redes pode influenciar. De acordo com Fabiano de Abreu músicas também podem seguir a mesma lógica. “Hoje em dia existem os hits comerciais que viram sucesso em questão de minutos, basta encaminhar em massa em aplicativos de mensagens ou nas redes sociais. Passamos a viver como se todos tivessem que cantar e escutar os mesmos estilos de música para se sentirem pertencentes a um grupo”, aponta. Porém, mais que a massificação de gostos, a preocupação do escritor é quanto a apatia do indivíduo que não dá um tempo para refletir sobre seus consumos e preferências. “O mais preocupante é que desde que o mundo é mundo seguimos aceitando ser manipulados como uma máquina, mas de uns tempos para cá, essa manipulação ficou mais evidente. Mesmo que inconscientemente entramos num sistema em que os influenciadores das redes sociais, gestores das plataformas digitais e da mídia em geral são responsáveis por selecionar e filtrar o que será consumido pela grande massa! São eles quem determinam o padrão a ser seguido”, preocupa-se Fabiano. Segundo Fabiano, isso é um sinal de que a estratégia da indústria está sendo efetiva já que a publicidade é construída para manipular o indivíduo a pensar que é ele quem escolhe o que estão consumindo, sejam informações sobre o mundo ou bens materiais. “Já se deu conta que quando você pega o seu celular só aparecem as coisas que, ou você acabou de pesquisar no Google ou, aquilo que se tornou viral na internet e todos estão vendo? Só temos duas opções nesse caso: as informações que são selecionadas e apresentadas a nós que são frutos das pesquisas recentes que fazemos ou o que a massa está vendo”, defende. O que para muitos parece uma facilidade, ou até mesmo uma mostra de eficiência da internet que mostra que o computador seleciona os melhores itens para eles comprarem, se trata apenas de uma estratégia de consumo. “Alguns ficam cismados e percebem a forte manipulação e a influência que sofrem. Mas apenas uma minoria entende que as grandes potências mundiais estão no controle de praticamente tudo, e possuem o máximo poder, pois possuem todas as informações sobre nós, e todos os dados necessários para estabelecerem uma real influência, e total controle sobre o que vamos consumir, principalmente sobre as notícias que serão divulgadas”, analisa Fabiano. Podemos falar em democratização da mídia? Ao mesmo tempo que deram voz e audiência à pessoas comuns, o que gera uma variedade maior de conteúdo autêntico, as plataformas digitais também democratizaram a comunicação para pessoas mal intencionadas que usam do poder da comunicação em benefício próprio de forma irresponsável, e é daí que nasceram as famosas “fake news”. O filósofo Fabiano de Abreu usa como exemplo o youtube para elucidar a questão, já que a plataforma trouxe a tona a “era dos especialista”, que em alguns casos não têm formação suficiente para tal. “Dentro das redes sociais, por onde olhamos, sempre existirão os que ‘sabem tudo’ sobre qualquer assunto. Basta digitar a palavra-chave na ampulheta de pesquisa e surge algum vídeo de ‘alguém’ nos ensinando o passo a passo”, aponta. A boa notícia é que não apenas de desinformação vive a plataforma, já que esta possibilitou que muitas pessoas realmente capacitadas pudessem promover seus estudos sérios e trabalhos honestos. “Em todos os setores da vida, e tudo que o homem cria, possui o lado positivo, e o lado negativo, por isso, precisamos ficar atentos. A manipulação das

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A internet, avalanche informacional e filtros

Passamos grande parte do nosso dia conectados. Hoje em dia, é possível afirmar que grande parte do conteúdo a que temos acesso é filtrado de alguma forma, seja pelo Google, Facebook ou outra rede social. Dados divulgados pela Cisco (uma das maiores empresas de gestão de redes do mundo) dão conta de que estamos diante de um número de informações disponíveis na internet suficiente para atingir um novo marco, o zettabyte, nova unidade de medida para quantificação de dados digitais. A quantidade de informação gerada na rede a cada segundo supera o limite do que uma pessoa é capaz de ler em toda uma vida. Para muitos autores, vivemos uma era do excesso de informações. Não há dúvidas sobre o papel da internet neste cenário. Através da World Wide Web, é possível acessar conteúdos a qualquer hora, de qualquer lugar, além de gerar conteúdo de forma a obter alcance mundial. No Brasil, mais da metade da população tem acesso à rede, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao mesmo tempo, estudos, como da empresa E.Life e do American Press Institute, revelam que, cada vez mais, as pessoas estão se utilizando da internet como principal fonte para busca de informações, seja através dos portais de notícias, seja utilizando agregadores de conteúdo ou redes sociais. Em meio a esta realidade, acabamos lançando mão de ferramentas que auxiliem na escolha do que merece nossa atenção. Através de algorítimos desenvolvidos para sugerir conteúdos baseados em equações, as informações são selecionadas e categorizadas para serem exibidas nas linhas do tempo de redes sociais e agregadores de conteúdo. Vivemos em uma época de opostos – excesso de informação e de filtros, segundo o pesquisador Eli Pariser, em seu livro "O Filtro Invisível". Nesse cenário, precisamos ficar atentos para evitar que tantas ferramentas de filtragem acabem nos colocando dentro de uma bolha, sem acesso a fatos e opiniões contraditórias, fundamentais para a sustentação do ambiente democrático. Assim, cabe a nós assumirmos uma postura ativa na busca por informações que possam nos fornecer um recorte amplo da realidade para formarmos nossa opinião.

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O poder do mobile

Em evento da Abradi-PE, gerente de negócios do Facebook diz que celulares ajudam a impulsionar vendas Empresários devem encarar o smartphone não como mero instrumento para se comunicar, mas como uma valiosa ferramenta para impulsionar as vendas. A dica é do gerente de negócios do Facebook Bruno Montoro. Ele esteve no Recife, falando para donos de empresas e profissionais da área de TIC (tecnologia da informação e comunicação) no evento da Abradi-PE (Associação Brasileira dos Agentes Digitais em Pernambuco), que teve apoio da Algomais. A palestra lotou o auditório da Amcham e é a primeira de uma série que a entidade planeja realizar. Montoro explicou que os celulares são considerados como mídia de “primeira tela”, por serem o principal meio de acesso à web. O brasileiro, segundo o executivo do Facebook, olha para a tela do smartphone nada menos que 100 a 150 vezes por dia. As pessoas que possuem um smartphone gastam 88% do seu tempo de uso no aparelho com aplicativos. “O principal app é o WhatsApp, preferido por 86% dos brasileiros, seguido por Facebook (76%), Instagram (36%) e Messenger (30%)”. Mas, para impulsionar negócios surfando na revolução do mobile é preciso conhecer como os usuários absorvem as informações. Estudo de neurociência, promovido pela rede social, constatou que no celular o usuário permanece mais focado e menos disperso, quando comparado à TV. “Como a tela do smartphone fica muito próxima do olho não há dispersão. Já o televisor situa-se a uma certa distância do telespectador, fazendo com que ele se disperse com mais facilidade”. Apesar dessa vantagem, Montoro ressalta que a comunicação com o consumidor no mobile deve ser realizada de forma muito mais veloz. Isto porque as pessoas consomem a informação mais rapidamente no celular do que no desktop. “A velocidade de visualização do feed do Facebook é diferente no mobile. A pessoa permanece 2.5 segundos por post no smartphone, e no Instagram, 1.7 segundos”, alerta Montoro. A solução é se comunicar com o consumidor por meio de vídeos. Montoro explica o porquê: “o cérebro processa 60 mil vezes mais rápido imagens do que palavras. Podemos ver uma imagem por apenas 13 milissegundos para identificá-la”. No Facebook são 100 milhões de horas de vídeo vistos por dia. Mas não basta postar o filme para seduzir o consumidor. É necessário passar a informação que interessa logo nos primeiros segundos do vídeo, assim como mostrar a marca com a mesma rapidez. De acordo com Montoro, das pessoas que assistem aos três segundos de um vídeo, 65% chegam aos 10 segundos e destas, 45% alcançam os 30 segundos. Mais do que nunca, portanto, tempo é dinheiro, e por isso, Montoro salienta a importância de segmentar a comunicação. O Facebook, segundo ele, dispõe de recursos para identificar o que desperta interesse em cada usuário e ajuda a conquistar o público-alvo. “Podemos detectar que determinada pessoa vai casar e assim que ela abre o feed se deparar com anúncio de vestidos de noiva”, exemplifica. E os instrumentos estão cada vez mais sofisticados. Uma empresa de varejo, por exemplo, pode postar um anúncio em celulares de usuários que estão passando próximo a uma loja física da marca. Existem recursos ainda, para aferir o impacto da comunicação realizada no Facebook ou Instagram na comercialização. “Passamos da fase em que o engajamento do consumidor ao post era o mais importante. Não adianta ter muitas curtidas se isso não gera vendas” , alerta o executivo. ENTIDADE. A Abradi-PE planeja promover outros eventos com o intuito de divulgar estratégias para aprimorar o uso das redes sociais nas ações de marketing. Com 26 empresas associadas em Pernambuco, a entidade também vai organizar um fórum das regionais da Abradi no Nordeste em 2017. “A associação tem o objetivo de fortalecer o mercado e fomentar novos negócios”, define o presidente Bruno Queiroz. Planos. Queiroz: mais eventos em 2017   LEIA TAMBÉM: Como a tecnologia interfere na saúde Tecnologia de geração solar flutuante aumenta em 14% a produção dos painéis fotovoltaicos    

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Pesquisa: o brasileiro e as redes sociais

Uma pesquisa realizada em junho pelo Instituto Qualibest mostrou que o brasileiro fica conectado nas redes sociais praticamente o dia todo. Esta é a consequência de um mundo em que o smartphone virou quase uma extensão das mãos. A enquete constatou que 76% dos internautas brasileiros acessam as redes sociais pelo smartphone; 62% acessam pelo desktop (computador ou notebook) e 14% pelo tablet. O Instituto realizou 3.665 entrevistas com mulheres (53%) e homens (47%), das classes A (12%) B (45%) e C (43), no Brasil todo, com o objetivo de traçar um panorama atual do uso das redes sociais. E os resultados mostraram algumas curiosidades. Os entrevistados usam em média 6,5 diferentes redes sociais. As preferidas são Whatsapp (81%) e Facebook (74%), sendo também as mais acessadas, empatando em 92%. O terceiro lugar das mais acessadas é o Youtube, com 82%, seguido do FaceMessenger, 71% e Instagram com 59%. “As mulheres e a classe A puxam este número do Instagram para cima: ambas com 66% de acesso. E o acesso grande ao FaceMessenger foi uma surpresa: 71% é um número alto”, diz Daniela Malouf, sócia-diretora do Instituto QualiBest, o primeiro do Brasil a realizar pesquisas online. Snapchat foi outra surpresa: é quase tão acessado quanto o Twitter: 33% e 37% respectivamente. O Twitter é mais acessado (50%) pela classe A e menos acessado pelos mais velhos: 31% dos 37% do total. “Uma rede que não para de crescer é o Spotify. Quem leva este número para cima são os mais jovens (27%) e a classe A representa 30%, 21% do total da amostra”, diz Daniela. E quanto tempo passam conectados? Dos pesquisados, 43% passam o dia no Face e por isso não sabem medir o tempo de acesso. O Instagram se divide em 27% acessando 30 minutos por dia e 26% dizem passar o dia conectados. O Youtube se destaca por ser visto em duas horas e meia por dia (30%). Por outro lado 37% dos que acessam o Linkedin dizem não acessar todos os dias. Idem para Skype e Pinterest. Redes sociais e trabalho Mesmo durante o trabalho, os internautas ficam conectados: 26% ficam conectados mais de 3 horas no horário de trabalho enquanto 32% dizem acessar apenas 30 minutos por dia as redes para uso pessoal. Destaque para a classe C ( 39%) diz acessar até 30 minutos por dia enquanto a classe A (33%) diz ficar conectado mais de 3 horas. Apenas 6% das empresas não permitem acesso a nenhuma rede social no trabalho e 58% da classe A que trabalha depende do computador para realizar todas as tarefas diárias enquanto 46% da classe C, que trabalha, depende do computador. Selfies e notícias O Instituto Qualibest quis saber ainda o que as pessoas mais gostam de compartilhar nas redes. Os resultados: O que as internautas mais compartilham/ postam nas redes sociais são: momentos especiais (58%); vídeos e imagens divertidas (53%); notícias importantes/novidades tecnológicas (52%). As mulheres (49%) postam muito mais selfies do que os homens (32%). Enquanto 63% da classe A postam momentos especiais e comemorações, apenas 54% da classe C postam este tipo de conteúdo nas redes. Mulheres postam mais este tipo de conteúdo do que os homens. As mulheres postam muito mais mensagens de autoajuda do que os homens (48% e 37% respectivamente). E não há diferenças entre classe A e C quando o assunto é autoajuda. Ambas postam na mesma quantidade. As pessoas acreditam que as redes sociais aproximam muito mais do que afastam: 17% acreditam que as redes afastam enquanto 83% acreditam na aproximação, em especial quando o assunto é conhecer gente nova. 41% acham que as redes trazem este benefício e a classe C eleva este número para 46%. Sobre o Instituto QualiBest Fundado em 2000, o Instituto QualiBest foi pioneiro no segmento de pesquisas online no Brasil. Filiado à Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) e à European Society of Opinion and Marketing Research (ESOMAR), o QualiBest conta com o maior painel online do mercado nacional, totalizando mais de 250 mil consumidores cadastrados em todo o país. O Instituto realiza pesquisas qualitativas e quantitativas com metodologias inovadoras e tecnologias de ponta para desenvolver maneiras eficazes e criativas de estudar comportamentos, preferências e mercados.

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