Arquivos Futebol - Página 2 De 4 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Futebol

Livro escala 11 artigos para discutir a relação entre as mulheres e o futebol

O ano é de Copa do Mundo de Futebol Feminino e no Brasil, dito “país do futebol”, ainda são inúmeras as lacunas quando o assunto é a mulher e o esporte de paixão nacional. Para contribuir com as reflexões sobre esse tema é que o e-book Elas e o futebol foi editado. A obra composta por 11 artigos, escritos por 17 mulheres de diferentes regiões do país, propõe um debate sobre o processo de rupturas e conquistas das mulheres no futebol. Organizada pelas professoras da Universidade Federal de Pernambuco, Cecília Almeida Rodrigues Lima e Soraya Barreto Januário e pela diretora de comunicação da ONG love.fútbol, Larissa Brainer, a publicação tem textos que falam sobre a cobertura da mídia, a história da mulher no futebol brasileiro, o perfil das torcedoras e ainda relatos de experiências escritos por jornalistas, pesquisadoras, jogadoras, torcedoras e dirigentes de ONGs que trabalham a temática. “Tratar desse tema é uma forma de contribuir para dar maior visibilidade à presença da mulher no esporte mais popular do Brasil. No dito país do futebol, as mulheres ainda carecem de mais possibilidades de acesso ao esporte, de mais valorização, de reconhecimento histórico, de representatividade, e de espaços físicos e simbólicos seguros, sem machismo”, destaca a professora da UFPE e uma das organizadoras do livro, Cecília Almeida Rodrigues Lima. As contribuições inseridas em Elas e o futebol foram divididas em duas seções. A primeira parte, recebe nome de “Defesa” e reúne pesquisas sobre a presença de mulheres no futebol e artigos que discutem o papel da mulher no futebol, como atleta ou torcedora. A segunda parte, o “Ataque”, traz os relatos de experiência de mulheres que de algum modo atuam na área esportiva, contribuindo ativamente para fomentar o debate sobre as desigualdades de gênero no esporte. A importância do tema pautado pelo e-book é evidente quando observamos que a oitava edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino, realizada este ano na França, será apenas a primeira a ter seus jogos transmitidos em televisão aberta no Brasil. Mesmo a Seleção Brasileira de Futebol Feminino sendo a melhor da América do Sul, e tendo Marta, nossa camisa 10, eleita por seis vezes a melhor jogadora do mundo e a jogadora com o maior número de gols em todas as edições desse torneio mundial. A jornalista, diretora da ONG love.fútbol e uma das organizadoras do e-book Elas e o futebol, Larissa Brainer enfatiza que “é fundamental questionar as razões das desigualdades históricas, analisar criticamente, e mostrar a importância de iniciativas e canais alternativos que fortalecem a presença feminina no futebol. Esperamos que abrindo mais frentes de valorização do trabalho de atletas, pesquisadoras, jornalistas e torcedoras, possamos avançar no diálogo com a sociedade para tornar o esporte preferido do Brasil mais inclusivo”. Distribuição gratuita - O e-book Elas e o futebol é editado pela Editora Xeroca! e tem Licença Creative Commons, que permite a distribuição gratuita de uma obra protegida por direitos autorais. A Editora Xeroca! foge da lógica do lucro, tendo como prioridade a circulação, o acesso e compromisso de publicar livros que possam promover o debate crítico sobre a sociedade, cultura, educação e comunicação, estimulando à leitura e à produção. Serviço – Elas e o futebol está disponível no site da editora: www.editoraxeroca.com.br . Perfil das organizadoras Cecília Almeida Rodrigues Lima - Professora do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco. Doutora em Comunicação Social. Pesquisa temas relacionados às áreas de mídias digitais, televisão, transmidiação e, mais recentemente, tem se interessado pelo estudo acadêmico dos esportes, uma paixão pessoal. Larissa Brainer - Diretora de Comunicação da ONG love.fútbol, onde coordena a ação de visibilidade para mulheres no futebol #JogaPraElas. É jornalista especializada em Jornalismo Digital e profissional de Comunicação com foco em organizações e projetos sociais. Soraya Barreto Januário - Doutora em Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Publicitária e professora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da UFPE e do Departamento de Comunicação Social da UFPE. Pesquisadora em temáticas ligadas aos Estudos de Gênero e Mídia. Coordenadora do GT Comunicação e Gênero da Redor (Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher e Relações Gênero). Coordenadora do OBMÍDIA UFPE. Perfil da Editora: A Editora Xeroca! é fruto do coletivo COMjunto de comunicadores Sociais. Carrega consigo a principal bandeira levantada pelo coletivo: a Democratização da Comunicação. Possibilitando o compartilhamento de ideias, de pesquisas e de diversos pontos de vista através de publicações impressas e virtuais, com a linha editorial voltada para a desconstrução das relações opressoras da sociedade. Foge da lógica do lucro, tendo como prioridade a circulação e o acesso. A editora tem como missão publicar livros que possam promover o debate crítico sobre a sociedade, a cultura, a educação e a comunicação.

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Arena de Pernambuco sedia torneio de futebol infantil neste fim de semana

Neste sábado e domingo (15 e 16), a Arena de Pernambuco recebe a primeira edição da Arena Cup, torneio de futebol infantil formado pelas categorias sub-8 e sub-10. Com a presença de cerca de 300 crianças, o evento terá 20 equipes - dez para cada faixa etária - alusivas a dez países sul-americanos, que serão representados por clubes e escolinhas de Pernambuco e outros Estados nordestinos, como Alagoas e Paraíba. Entre os participantes estarão os times infantis de Náutico e Santa Cruz. Os atletas mirins irão representar as seguintes seleções: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Ao todo serão 52 partidas nos dois dias de torneio e, para comportar tantos jogos, o gramado da Arena será subdividido em quatro partes. A primeira rodada ocorre a partir das 8h30, neste sábado, com quatro jogos simultâneos. No domingo, às 16h, acontece a final das duas categorias. “A proposta da Arena de Pernambuco em ser um equipamento dedicado ao povo segue sendo cumprida. No Arena Cup, o estádio estará repleto de crianças, aproveitando este espaço para a prática esportiva e de lazer com o conforto e estrutura que só a Arena tem no Estado”, destacou o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco e presidente da Empetur, Rodrigo Novaes. A competição é aberta ao público e ocorre em parceria com a Federação de Pernambuco de Futebol 7 Society. No último sábado, um sorteio definiu quais times irão representar cada seleção: Categoria sub-8: Cabo Branco-PB (Colômbia) Recife Soccer (Bolívia) Santa Cruz Futsal (Venezuela) Náutico (Peru) CT Barão (Chile) Escola Modelo (Uruguai) Geração Show (Brasil) Chuts Meninos da Vila (Equador) Primeira Camisa-AL (Argentina) Santos Recife (Paraguai) Categoria sub-10: CT Barão (Bolívia) Geragol A (Equador) Geragol B (Argentina) Escola Modelo (Uruguai) Primeira Camisa-AL (Chile) Gol D´Letra (Paraguai) Revelação (Colômbia) Grêmio Janga (Venezuela) Associação Projeto Infantil (Peru) Abençoados (Brasil) SERVIÇO Arena Cup: Dia 15 de junho, a partir das 8h30. Dia 16 de junho, a partir das 9h30. Evento aberto ao público, na Arena de Pernambuco.

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Livro mostra perfil da torcida feminina em Pernambuco

Foi da paixão pelo futebol e do incessante incômodo com a pouca visibilidade da mulher no futebol que a pesquisadora e escritora pernambucana Soraya Barreto Januário teve a iniciativa de colocar em livro um sonho antigo. Afinal de contas, o que motiva uma garota a ir aos jogos de futebol no nosso Estado? Quem são as pessoas que influenciam essas mulheres? Os pais, tios, avôs? Quantas meninas têm a iniciativa própria de querer ir a um estádio? E com quem vão? Todas essas perguntas estão respondidas com detalhes no livro "Mulheres no campo: o ethos da torcedora pernambucana". Um total de 500 mulheres, frequentadoras dos estádios pernambucanos, responderam às entrevistas com perguntas semiestruturadas. Cerca de 300 delas, durante os jogos do Náutico, Santa Cruz e Sport, na Arena de Pernambuco, Arruda e Ilha do Retiro, respectivamente. O restante, de maneira online (as respostas foram concedidas sempre em plataforma idêntica). Os números da pesquisa, realizada durante o Campeonato Pernambucano de 2018, foram reveladores. No livro, busca-se conhecer o ethos das torcedoras de futebol em Pernambuco, compreendendo o percurso e motivações do “tornar-se torcedora”, bem como a relação estabelecida por elas com os clubes. Um dado que chama a atenção vem da indagação sobre a escolha do time. É que 33,5% das mulheres afirmam ter escolhido o clube baseado nos resultados nos campeonatos que as equipes participam. Ao cruzar esses dados com a faixa etária das torcedoras, torna-se evidente a presença maciça, de mulheres jovens na influência para esse número. É que, dentro desse universo de garotas que passaram a escolher os times do coração fundamentadas em resultados, cerca de 82% delas tem entre 16 e 20 anos. “Com permissividade e conquistas femininas, as próprias meninas se empoderaram e começaram a participar desse processo de escolha com mais autonomia”, destaca Soraya Barreto Januário. Em contrapartida, a influência masculina ainda é grande. Um total de 51% das mulheres torcem pelos times apoiadas pelos pais; seguidas das mães (16%), avôs (10%) e avós (6%). “Esse número de 22% de meninas incentivadas pelas mães ou avós já é uma representação das conquistas dos movimento de mulheres e feministas nas décadas de 1970 e 1980, quando até então as mulheres eram proibidas da prática esportiva de contato, incluindo o futebol, e foram afastadas dos estádios , por exemplo”, ressaltou a pesquisadora, que fez referência no livro ao surgimento de grupos e movimentos de torcedoras, como o Coralinas, as Timbuzeiras e o Elas e o Sport.   Foi possível também perceber com mais clareza as mudanças do comportamento das mulheres no processo de presença em eventos de seus respectivos clubes. Rompendo com a lógica dominante cerca de 35% afirmam ir aos jogos com amigos e familiares, a ruptura do comportamento hegemônico se torna evidente quando afirmam que são elas que influenciam a ida ao estádio, isto é, elas que convidam. Em aproximadamente 22% dos casos elas recebem convites de amigos e familiares e os acompanham. Outro dado de importância é que 21, 5% afirmam que vão aos jogos com amigas mulheres. Nesse âmbito, 16 % vão acompanhando seus namorados aos jogos. “Como sócia e torcedora, ainda não me sinto contemplada. Sinto que há pouca atenção, apatia da direção com a torcida feminina, com o futebol feminino… As meninas do Elas e o Sport e as Coralinas me falaram que já têm uma participação mais ativa nos clubes, que há uma melhora. Mas é só o início. Os dados encontrados apontam para o descortinar de um novo cenário no que diz respeito à participação das mulheres enquanto consumidoras de futebol. As falas das torcedoras, bem como as análises, ajudaram a demonstrar o quão essa relação é enviesada por questões que dialogam com a resistência, quebra de padrões naturalizados e tensionamentos”, pontuou Soraya. Parcerias A pesquisa foi realizada no âmbito do OBMIDIA UFPE (Observatório de mídia: Gênero, Democracia e Direitos Humanos da UFPE) junto ao Grupo de Estudos Genêro, Mídia e Esportes.

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Virada que alivia o Sport, ascensão do Náutico e momento difícil do Santa

*Houldine Nascimento O Sport estava a alguns minutos de uma crise. Em jogo realizado no domingo (19), o time pernambucano perdia para o América-MG por 1 a 0 até os 45 minutos do segundo tempo, quando Elton sofreu pênalti ao quase ter a cabeça decepada por Pedrão. Guilherme cobrou e empatou. Poucos minutos depois, Hyuri virou para o Leão. Antes dessa virada relâmpago, o Leão jogava muito mal. Na primeira etapa, Mailson salvou a meta rubro-negra ao menos três vezes. Em um dos lances, foi buscar no ângulo um chute de Felipe Azevedo, ex-Sport. A vitória em Belo Horizonte dá um respiro ao trabalho de Guto Ferreira e faz o Leão ir ao sétimo lugar da Série B com seis pontos. O alívio é grande na Ilha do Retiro, mas o desempenho da equipe tem deixado bastante a desejar, especialmente para quem iniciou a competição como um dos favoritos ao acesso. SÉRIE C – Náutico e Santa Cruz tiveram resultados distintos nesta rodada. O Timbu foi a Campina Grande, no sábado (18), e desbancou o Treze. O único gol da partida foi marcado por Matheus Carvalho, aos 20 minutos, e fez o Náutico subir para o terceiro lugar do grupo A com seis pontos. Sob o comando de Gilmar Dal Pozzo, o Alvirrubro já conseguiu dois resultados positivos: o primeiro deles na quarta-feira passada (15) ao ganhar do Campinense por 2 a 0 e garantir uma vaga na fase de grupos da Copa do Nordeste de 2020. Já o Santa Cruz decepcionou mais uma vez seus torcedores ao apenas empatar com o Sampaio Corrêa por 3 a 3, no Arruda, também no sábado. O Tricolor pernambucano ficou três vezes à frente do adversário no placar, mas cedeu o empate. O resultado teve como consequência a demissão do técnico Leston Júnior, que vinha fazendo um trabalho irregular. Hoje, o Santa é o lanterna do grupo A da Série C com três pontos. *Houldine Nascimento é jornalista

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Futebol pernambucano ganha fôlego em 2019

*Houldine Nascimento Nem só de fracassos vive o futebol pernambucano. Na Copa do Nordeste, a principal competição da região, Náutico e Santa Cruz garantiram vaga nas semifinais. As duas equipes jogaram no último sábado (6), em confronto único pelas quartas. O Timbu foi a Fortaleza enfrentar o Ceará do técnico Lisca, um velho conhecido. Para o confronto, o treinador do Vozão escalou um time misto e a atitude se mostrou um grande erro. Passou pela cabeça de Lisca que o Ceará não teria muitas dificuldades para avançar, já que sua equipe está na Série A nacional e o Náutico figura mais um ano na Série C? Fato é que – especialmente em decisão – alguém jamais deve subestimar o adversário. Após um zero a zero movimentado na primeira etapa, o Alvirrubro conseguiu chegar ao resultado necessário para a classificação. O jovem atacante Thiago, 18 anos, demonstrou muita personalidade e foi determinante para o êxito do Timbu. Primeiro, fez importante jogada individual que culminou em gol contra do zagueiro Valdo, aos 30 minutos. O Náutico garantiu a vaga aos 45 minutos da etapa final graças a um contra-ataque puxado por Wallace Pernambucano, que tocou para Thiago, livre, marcar. Mais de 36 mil torcedores compareceram à Arena Castelão para acompanhar o jogo. A vida de Lisca não está fácil, já que o Ceará vem de duas eliminações consecutivas. No meio de semana, caiu para o Corinthians na Copa do Brasil e, três dias depois, sai da Copa do Nordeste. Já o Náutico está em excelente momento e não perde há 18 partidas. Seu adversário na próxima fase será o Botafogo-PB, que venceu o CSA por 3 a 1. O Santa Cruz, por sua vez, teve dificuldade para passar à semifinal. No Arruda, recebeu o CRB. Com um jogador a menos durante boa parte do segundo tempo, o Santa viu o time alagoano abrir o placar perto do fim do jogo, já aos 42 minutos, com o ex-atleta coral William Barbio. Dramaticamente, o Tricolor chegou ao empate, aos 48, com William Alves. Os pênaltis vieram e o goleiro Anderson brilhou ao defender a cobrança do atacante Maílson. Assim, o Santa Cruz avançou (com placar de 8 a 7) e espera o vencedor do duelo entre Fortaleza e Vitória, que ocorre nesta segunda (8), às 21h30, no Castelão. PERNAMBUCANO – Náutico e Sport decidirão o Campeonato Pernambucano deste ano. No domingo (7), em jogo único da semifinal, o Sport recebeu o Salgueiro, na Ilha do Retiro, e ganhou por 3 a 1, gols de Hernane (2) e Ronaldo. O Carcará descontou com Igor João. Na quarta (3), no estádio dos Aflitos, o Náutico havia vencido o Afogados por 2 a 0.   *Houldine Nascimento é jornalista

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À espera da queda

*Houldine Nascimento O time do Sport segue letárgico, à espera do iminente rebaixamento à Série B. A troca do comando técnico pouco surtiu efeito no ânimo dos atletas rubro-negros. Os jogadores, visivelmente entregues, apenas assistiram em campo ao massacre promovido pelo Atlético Mineiro, no estádio Independência, no domingo (30). Milton Mendes nada pôde fazer diante da apatia de seus comandados. O Galo aplicou uma imponente goleada de 5 a 2, com erros bizarros do sistema defensivo pernambucano. Em especial o do quarto gol, numa inexplicável falha de comunicação entre Magrão e Durval, que acabou expulso no primeiro tempo. Mas o pior ainda está por vir ao Sport. Além da provável queda, o Rubro-negro terá de lidar com uma redução drástica de receita em 2019. Sem falar nas renegociações de dívidas feitas pela atual gestão que, certamente, manterão o clube em apuros para saldar a folha salarial de jogadores e demais funcionários. Com o chamado "efeito Vasco" de anos anteriores – quando uma equipe de grande porte caía, mas continuava com uma boa verba à disposição, proporcionando um abismo financeiro –, qualquer clube que esteve na Série A em 2018 e for rebaixado vai receber somente R$ 6 milhões oriundos das cotas de TV. Assim, dos R$ 35 milhões, o Sport deve contar no próximo ano com pouco mais de 1/6 do que recebia. O Leão também segue fora da Copa do Nordeste por decisão do presidente Arnaldo Barros em 2017. O dinheiro da competição regional ajudaria a aliviar a barra do Sport. Uma coisa é certa: o próximo presidente eleito pegará um clube ainda mais endividado. *Houldine Nascimento é jornalista

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Gestão Barros leva o Sport para o buraco

Por Houldine Nascimento Não é segredo que a gestão do presidente Arnaldo Barros tem sido danosa ao Sport em diversas ordens. Na esfera administrativa, o clube não consegue honrar os salários dos funcionários. Os atrasos são constantes, interferindo no andamento das atividades. Em qualquer empresa, isso já seria razão para desmotivar qualquer trabalhador. O Sport também está tendo problemas com a Justiça e responde a dezenas de ações trabalhistas. Dentro de campo, o fracasso da Era Barros é notório. Não só pelo desempenho apático dos jogadores, mas também pelas decisões absurdas ao contratar atletas que não têm nível para disputar uma Série A. Os sucessivos erros de Arnaldo Barros e seus comandados estão custando muito caro e fazendo o clube pernambucano caminhar a passos largos para o rebaixamento. Em geral, a queda de um time não é casual, mas construída há algum tempo. Nos últimos dois anos, o Sport flertou com o descenso e por pouco não foi parar na Série B. Diferentemente de 2016 e 2017, não há jogadores no elenco de 2018 capazes de reverter essa situação. O que evidencia mais uma vez que a atual diretoria está arruinando o que, com muita luta, foi construído. Antes conhecido por pagar salários em dia – prática infelizmente desrespeitada pelos clubes brasileiros – hoje, o Sport é famoso pelo calote. A situação calamitosa fez com que um grupo de sócios pedisse o impeachment de Barros, que tem manobrado para evitar uma saída vexaminosa. Apesar do desastre da cartolagem, a torcida compareceu à Ilha do Retiro nesse domingo (23) para apoiar o time rumo a uma improvável vitória sobre o Palmeiras de Felipão. Quase 19 mil torcedores viram os jogadores rubro-negros se esforçarem, mas as limitações técnicas falaram mais alto e o Alviverde paulista, com um elenco muito qualificado, levou a melhor e venceu por 1 a 0. O Leão segue afundado na vice-lanterna com 24 pontos. Restam 12 partidas e, para não cair, o Rubro-negro precisa ganhar sete jogos, o que seria um verdadeiro milagre. Mesmo que isso acontecesse, o que é muito improvável, não apagará a catastrófica condução de Barros (no último ano de mandato) à frente do Sport.

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Magrão impede derrota do Sport na Ilha

Por Houldine Nascimento Se há um time que não está fazendo por onde escapar do rebaixamento, é o Sport. No sábado passado (8), o Leão recebeu o Cruzeiro e só não perdeu graças a mais uma boa atuação de Magrão. Por essas e tantas outras, o goleiro é o maior ídolo da história do clube. Já aos 38 minutos do segundo tempo, ele defendeu um pênalti (o 33º da carreira) cobrado por Raniel e impediu que o Rubro-negro pernambucano perdesse na Ilha do Retiro. Pouco tempo depois, Magrão fez outra grande defesa em lance que sofreu falta. É preciso levar em conta também que a arbitragem prejudicou a equipe mineira ainda no primeiro tempo. Aos 28 minutos, Barcos marcou, mas o assistente assinalou impedimento inexistente. Assim foi contra o Paraná. O Sport continua em 17º na Série A com 24 pontos, mesma pontuação de Vasco – o primeiro time fora da zona da degola – e Ceará, hoje 18º. Pelo comportamento em campo nos últimos jogos, nem o Leão nem o cruzmaltino merecem permanecer na Primeira Divisão. O Ceará sim. Uma de suas facetas foi derrotar em sequência Flamengo e Corinthians, dois times semifinalistas da Copa do Brasil. Dos últimos 12 jogos no Brasileirão, o Vozão ganhou cinco, empatou quatro e perdeu três. Está em franca reação com o técnico Lisca e, pelo que se desenha, em breve estará fora da Z-R. Haverá novamente o tão sonhado clássico Fortaleza e Ceará na Série A em 2019?

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Futebol pernambucano segue agonizando

Por Houldine Nascimento O fim de semana foi nebuloso para o futebol pernambucano com as eliminações de Santa Cruz e Náutico, que entraram em campo no domingo (26) pelas quartas de final do Campeonato Brasileiro Série C. Em Ponta Grossa, no Paraná, o Santa se apegou desde cedo à vantagem mínima obtida com muita dificuldade no Arruda. O Operário estava consciente do que precisava fazer e entrou ligado para a decisão, tanto que fez 3 a 0, placar mais que suficiente para garantir o acesso à Série B em 2019. A equipe do técnico Roberto Fernandes foi de uma apatia enorme, assim como tinha ocorrido já na segunda etapa do confronto no Recife. Já o Náutico recebeu o Bragantino na Arena de Pernambuco e empatou por 1 a 1 com direito a um pênalti perdido pelo atacante Wallace Pernambucano, o autor do gol alvirrubro. Quase 28 mil torcedores estiveram em São Lourenço da Mata para ajudar o Timbu a reverter a derrota de 3 a 1 sofrida em Bragança Paulista, mas o Massa Bruta soube administrar o bom resultado construído na ida. O desespero do Náutico aumentou quando o Alvinegro abriu o marcador ainda no primeiro tempo, fazendo o placar agregado chegar a 4 a 1. Agosto nem terminou e as duas equipes pernambucanas não têm mais o que disputar este ano. Com a falta de competições nos próximos meses, será muito difícil gerar receita para pagar os salários dos funcionários. A situação do Santa Cruz é mais dramática porque, no primeiro semestre, saiu precocemente da Copa do Brasil e não teve oportunidade de angariar recursos das cotas conforme fosse avançando de fase. No sábado (25), o Sport foi ao Rio de Janeiro, perdeu do Botafogo por 2 a 0 e só não foi goleado graças a Magrão, que operou ao menos quatro milagres. A derrota faz o Leão chegar à 11ª partida consecutiva sem saber o que é vencer. Dos últimos 33 pontos disputados, conquistou apenas dois. O próximo jogo será a prova de fogo do Rubro-negro no Brasileirão. Isto porque o adversário é o lanterna Paraná Clube, de Claudinei Oliveira (ex-Sport), na Ilha do Retiro. Outro aditivo é que Eduardo Baptista finalmente terá uma semana inteira para trabalhar e tentar consertar as falhas recorrentes do time. Se não ganhar, o Sport pode preparar as malas para retornar à Segunda Divisão no ano que vem, aumentando a agonia do futebol local, que ainda teve o rebaixamento do Salgueiro à Série D.

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Só o Santa Cruz venceu e com dificuldade

Por Houldine Nascimento Neste fim de semana, os três grandes clubes do Recife entraram em campo e só um deles ganhou. Diante de quase 50 mil torcedores no Arruda, o Santa Cruz venceu o Operário-PR por 1 a 0 neste domingo (19). A vantagem no jogo de ida das quartas de final da Série C saiu de uma bonita cobrança de falta do lateral Vítor, aos 45 minutos do primeiro tempo. A massa coral explodiu de alegria. Quem viu a segunda etapa sentiu uma forte pressão da equipe visitante, que teve ao menos duas chances claras de empatar: aos 31, num cruzamento parcialmente cortado por Arthur Rezende, Bruno Batata tocou de leve e bola bateu no lado de fora da rede. Dois minutos depois, nova pane na zaga tricolor e o atacante do Operário, livre, isolou. Nos segundos finais, o Santa teve a chance de ampliar com Jailson, em chute da entrada da área. O goleiro Simão deu rebote e Leandro Costa, debaixo da trave, foi bloqueado na hora do arremate. Na partida de volta, no próximo domingo (26), às 15h, no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, o time pernambucano terá muito trabalho para segurar a vantagem mínima e conquistar o acesso. Mais preocupante é a situação do Náutico, derrotado pelo Bragantino no sábado (18), no Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. O revés por 3 a 1 obriga o Timbu a vencer por pelo menos dois gols de diferença para levar aos pênaltis a decisão pela vaga para a Série B. O solitário gol alvirrubro foi de Ortigoza e pôs a equipe da Rosa e Silva de volta à briga. Se quiser subir, o Náutico terá de levar a melhor na “Batalha da Arena”, também no próximo domingo, mas às 17h. A presença do torcedor alvirrubro no frio estádio de São Lourenço da Mata é fundamental para empurrar os jogadores. O Sport continua sua triste saga na Série A. Na reestreia de Eduardo Baptista no comando técnico, o Leão foi atropelado pelo Santos na Vila Belmiro: 3 a 0. Eduardo Sasha, Rodrygo e Victor Ferraz marcaram para o Peixe, que começa a reagir com Cuca. Já Baptista terá muito trabalho para tornar o time rubro-negro minimamente competitivo.

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