Em tempo de pandemia, o negócio é fazer jogo
O mundo 'tá danado mesmo', não há consenso sobre a hora de abrir lugares públicos como praças, comércio, bares, shoppings, cinemas, estádios, e outros locais, pois tem sido vivenciado tentativas de abertura, muitas vezes precoce, que culminaram no retorno ao fechamento do local ou estabelecimento. Um vai e vem da gota serena, que está deixando a população do mundo, inclusive do Brasil, doidinha da cachola, ora pode sair, ora deve ficar em casa, afinal, é pra ficar onde meu pai amado? Se avexe não! Se podes, #ficaemcasa. De fato, é uma tarefa dificílima para ser analisada e tomada por governantes, empresários, cientistas, profissionais da saúde, educadores, enfim, qualquer um gestor que precise definir qual o momento do #vaipararua! Mas uma outra tarefa que é difícil que ‘nem Santo Antonho com guancho’ é empreender no mundo dos jogos, principalmente, aqui no nosso país. 'Home, seu menino, mulé, sua menina', geralmente as startups de jogos aqui no Brasil surgem da ideias de dois ou três caboclos rochedos, tudo novo, às vezes ainda estudando na universidade ou quase sempre trabalhando em outro tipo de negócio (atividade remunerada) para pagar as contas e manter o sonho de fazer sucesso com jogos. O II Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais, pesquisa organizada por uma dupla dinâmica porreta, Luiz Sakuda e Ivelise Fortim, aponta que o perfil das desenvolvedoras brasileiras têm foco em jogos para dispositivos móveis; são de pequeno porte; têm muita dificuldade para conseguir crédito; necessitam de investidores, mas nem sempre atraem na medida certa; investem pouco em marketing, e não tem representação no exterior. São desafios que até Mário, Kratos e Lara Croft ficariam cabreiros. Para ajudar uma galera boa aqui do Recife, vou apresentar algumas dessas empreitadas, muitas delas iniciadas este ano, em plena pandemia, que precisam de recurso (crédito), mas também de fazer o marketing de seus projetos para que o público possa conhecê-los, afinal, 'quem não comunica se trumbica', já dizia o Chacrinha. Vale ressaltar que boa parte dos projetos citados aqui estão ainda em fase inicial de desenvolvimento, poucas possuem uma pequena demo para que o público possa testar e ficar querendo mais. Não ter um produto totalmente finalizado não é impedimento de ser divulgado, de criar a empatia com seu público, de formar seus fãs, como diria Marc Gobé. Se empresas grandes e internacionais divulgam seus títulos muito antes de finalizados, porque os estúdios pequenos não podem também?? Então lá vai!!! Pratik Se você é gestor em educação ou professor e está querendo desenrolar umas aulas remotas diferenciadas com seus alunos, então esse é uma plataforma bem interessante. A proposta é simular experimentos de laboratórios de forma segura, rodando até nos smartphones dos estudantes enquanto tudo é guiado pelo professor. O projeto foi desenvolvido pela Quacks Interatividade Digital, fundada em 2019 com o objetivo de produzir soluções gamificadas para a educação brasileira. Acesse o site do projeto: https://www.aulapratik.com.br/ Fuyushi - O conto da Rosa Branca Uma aventura 3D, inspirada no folclore japonês, você pode controlar três personagens com habilidades especiais para enfrentar os Onis e Yokais, inimigos famigerados e sanguinolentos que estão atacando vilas no Japão medieval e que ameaçam a paz no mundo. Lute com Kido Sasazaki (ronin), Jiro Utagawa (lutador de sumô) ou Yamato Katsumoto (mestre sushiman) e ajude a resgatar a donzela Sakae, neta de Yamato. O jogo para PC desenvolvido pela Sakae Katsumoto é um projeto de conclusão do Curso de Jogos Digitais da Unicap, composto pelos alunos Hélder Vinicius, João Sotero e Pedro Bittencourt e produzido em junho de 2020. O game tem uma demo com quatro fases e você pode baixá-lo gratuitamente no site itch.io. Acesse o link: https://pedroarthur.itch.io/fuyushi Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Mikura no Tabidachi (@go_mikura_go) em 17 de Mai, 2020 às 9:13 PDT Go Mikura Go! Gosta de animais do fundo mar e com cores vibrantes? Então você irá amar a simpática Mikura, uma água-viva que mora na Lua e sem querer, querendo, cai na Terra. Use as habilidades de mudar a cor de Mikura para destruir seus inimigos, esquivar de obstáculos e destruir paredes com alta velocidade. O projeto ainda em fase de desenvolvimento e sem demo para testar é uma produção da Kunjee. A Kunjee nasceu em janeiro de 2020 como um grupo de veteranos na área de games de Pernambuco que deseja desenvolver jogos autorais, divertidos e inovadores. Prestigie o projeto e Curta a fanpage no link: https://www.facebook.com/Go-Mikura-Go-238675592837281 Inácio Adventure Jogo de Plataforma 2D, no estilo retrô de pixel art e sons da época do Atari, você encarna o papel de Inácio, um rapaz maroto, que precisa desbravar o mundo. Salte entre as ruas de Olinda ou num universo fantástico, coletando o maior número possível de moedinhas numa aventura nostálgica. Ainda em desenvolvimento e sem demo para o público, o projeto é uma produção do aluno do curso de Computação Gráfica do IFPE Campus Olinda, André Souza. Dispense Boy Se você apoia movimentos de emancipação feminina e de combate ao assédio, esse projeto é a sua cara. No meio da muvuca do Carnaval em Olinda, você joga como Miga, uma passista arretada que precisa usar todo seu gingado para andar na ladeira da Misericórdia sem ser importunada por uns bad boys. E se esses cabras estiverem muito perto, taque spray de pimenta neles. O projeto foi produzido em 48horas por uma turma arretada, a Marim Games, durante a Global Game Jam de 2020, que ocorreu em janeiro deste ano. Acesse a página do projeto e baixe gratuitamente para seu PC através do link: bit.ly/dispenseboy. Friquiz Outro projeto com uma pegada educativa, jogo para smartphone tem como objetivo ensinar inglês através de perguntas e respostas. Encarne no papel de um piguim esperto e desafie seus amigos ou encontre adversários da gota serena em qualquer geleira desse grande mundão. O primeiro a conquistar 3 picolés é o grande vencedor! Desenvolvido pela Pandora Studio, o jogo é uma produção dos alunos Eudes Tenório e Manuela Valença
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