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Ansiedade pode causar sintomas que se assemelham aos do infarto

Dor no peito, palpitação, falta de ar, tontura. Os sintomas comuns às crises de ansiedade também podem ser um aviso de que a saúde do coração não está bem. O Brasil é o país mais ansioso do mundo segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). São cerca de 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) que convivem com o transtorno. Da mesma forma, as doenças cardiovasculares também são muito comuns no país, causando o dobro de mortes que aquelas relacionadas a todos os tipos de câncer juntos, conforme aponta a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Com incidências tão altas, não é incomum que pacientes cheguem ao pronto-socorro acreditando que estão sofrendo um infarto mesmo sem nenhum problema do coração. “É importante lembrar que a ansiedade deve ser um diagnóstico de exclusão. Por isso, apenas um cardiologista, por meio da anamnese, exame físico e exames complementares, poderá descartar que o paciente realmente não está infartando”, alerta o médico. Geralmente a dor causada pelo infarto começa no meio do peito e pode irradiar para outros locais como braço esquerdo e mandíbula, gerando sensação de aperto ou queimação. Enquanto nas crises de ansiedade, a dor tende a se concentrar no centro do peito, geralmente se iniciando após estresse ou nervosismo. Lembrando novamente que cada caso é um caso e existem situações em que o paciente está infartando e a dor no peito pode não estar presente. Por isso a avaliação rápida e precisa do cardiologista se faz necessária. Além da ansiedade, outros quadros como a esofagite, por exemplo, podem gerar dores no peito. Por isso, em caso de dúvida, o ideal é procurar um cardiologista e realizar toda a triagem e exames para descartar doenças cardiovasculares, aconselha o Dr. Roberto Yano.

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Obesidade aumenta no Brasil e profissionais de saúde fazem um alerta sobre os riscos da doença

Mais da metade da população brasileira está com sobrepeso e 20% das pessoas adultas no país estão obesas. É o que revela o Relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) divulgado recentemente, intitulado “Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e Caribe”. O relatório mostrou ainda que, em 2010, 17,8% da população era obesa; em 2014, o índice chegou aos 20%, sendo a maior prevalência entre as mulheres, 22,7%. Outro alerta é quanto ao aumento do sobrepeso infantil: estima-se que 7,3% das crianças menores de cinco anos estão acima do peso, sendo as meninas as mais afetadas, com 7,7%. “A obesidade é uma doença crônica, cuja incidência vem aumentando progressivamente nos últimos anos no Brasil e no mundo”, afirma a endocrinologista e metabologista e professora da pós-graduação em Obesidade e Emagrecimento do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE) Karoline Medeiros. “O tratamento consiste em mudanças de hábitos de vida. A alimentação saudável e prática de atividades físicas devem ser estimuladas. Além disso, tratamentos medicamentos estão disponíveis e liberados que atuam reduzindo o apetite ou a absorção de gordura”. Ela ainda destaca o fato de a obesidade comumente vir relacionada a uma série de doenças crônicas. “Dentre elas, principalmente diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia (alterações no colesterol), doenças cardiovasculares, esteatose hepática (gordura no fígado), síndrome da apneia do sono e também problemas articulares podem surgir pelo excesso de peso”, pontua. O excesso de peso pode ainda alterar diversos processo corporais. “A obesidade leva a mais indisposição e fadiga, levando a uma vida mais sedentária, gerando um ciclo vicioso. O que reduz o gasto energético basal do organismo, ou seja lentifica o metabolismo geral”, avalia ela. Existem diversos parâmetros para indicar os riscos de obesidade, sendo o mais conhecido deles o Índice de Massa Corporal, um cálculo feito com base no peso e na altura do indíviduo. A obesidade grau 1 é identificada quando o IMC estiver entre 30 e 35. Ou seja, a partir de 30, o indivíduo já é considerado obeso. Existem classificações superiores, como obesidade grau 2 e grau 3, mas uma pessoa com sobrepeso (IMC entre 25 e 30) já deve tomar cuidado para não atingir a obesidade propriamente dita. Deve-se salientar, entretanto, que tal índice deve ser avaliado associado a outros parâmetros, como o percentual de gordura e somatório de dobras cutâneas do indivíduo, meio pelo qual serão avaliados os riscos de adiposidade e de complicações cardiovasculares, entre outros fatores. De maneira geral, a partir do momento que o peso está prejudicando a saúde e as atividades diárias, já é um sinal de alerta para começar a cuidar do peso. A obesidade impacta não apenas o corpo do indivíduo, mas também aspectos psicológicos e sociais. De acordo com a nutricionista Vanessa Barreto, coordenadora do curso de Obesidade e Emagrecimento do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), as alterações metabólicas e endócrinas às quais o obeso é submetido fazem com que a sua visão de corpo seja deturpada. Além disso, há um sentimento de exclusão do contexto comum da sociedade, a qual preza pelo corpo magro, treinado e saudável como referencial. “Os obesos mórbidos (com um peso bem acima do normal) sofrem diariamente com dificuldades de deslocamento, inserção em ambientes, impactos ósteo-articulares. Esse estado influencia diretamente no emocional do indivíduo, que não consegue ter uma visão agradável do seu corpo, e por muitas vezes, se exclui da vida social, ou até mesmo desacredita na mínima possibilidade de reverter o seu quadro. Por esses motivos, o processo de reabilitação e tratamento se torna mais dificultado”, esclarece. Por tudo isso, é uma doença que deve ser tratada por uma equipe formada pela união de diversos profissionais de saúde: médicos, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas, profissionais de educação física e psicólogos, para que o paciente possa ser tratados como um todo, dentro de cada vertente ou dificuldade que apresente. Diante de todas essas dificuldades, a nutricionista avalia que, para sair da obesidade, o paciente deve contribuir, adquirindo hábitos mais saudáveis. Todavia, isso não significa viver em restrições e nunca mais comer o que gosta. “A palavra-chave é a mudança de hábitos de vida e entre eles os alimentares. Essa mudança deve respeitar o momento emocional do indivíduo, pois nutrição jamais deve trabalhar com restrições, e sim com o equilíbrio alimentar. É claro e evidente que há uma necessidade de ajustes no perfil alimentar do paciente, porém, a consulta deve ser permeada de "negociações", onde o nutricionista consiga traçar uma estratégia possível e plausível para o paciente. Não precisamos sofrer para fazer dieta. Nos dias de hoje, com o avanço da nutrição funcional, tornou-se comum o preparo de alimentos saudáveis e de fácil elaboração, transporte e aceitação”, conclui. CIRURGIA BARIÁTRICA - Uma das formas de tratamento mais conhecidas atualmente é a cirurgia bariátrica. “Também chamada gastroplastia, cirurgia da obesidade ou cirurgia de redução do estomago, nessa operação é feita uma alteração na estrutura do estômago, às vezes associada com alteração na rota intestinal. Seu objetivo é restringir o volume de ingestão do paciente e diminuir sua capacidade absortiva dos nutrientes, levando assim à perda de peso”, explica coordenadora do núcleo de pós-graduação em nutrição do IDE, Roberta Morgana. Todavia, nem todo mundo pode fazer a operação: a Organização Mundial de Saúde a indica para pacientes com IMC acima de 35 que tenham complicações como apneia do sono, hipertensão arterial, diabetes, aumento de gorduras no sangue e problemas articulares, ou para paciente com IMC acima de 40 que não tenham obtido sucesso na perda de peso após dois anos de tratamento clínico, incluindo o uso de medicamentos. SOBRE O IDE – O Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), desde 2006, é uma instituição especializada em cursos de extensão e pós-graduação na área de saúde, com mais de 120 cursos nas áreas de medicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição, educação física, psicologia e fonoaudiologia. Com matriz no Recife e atuação no interior de Pernambuco, como Caruaru, Garanhuns e Petrolina, tem unidades também espalhas por vários estados do

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