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Maracuja interrompida Jabuti Joao Baltar Freire presidente da Cepe e Luis Osete paleto escuro

Cepe conquista Prêmio Jabuti 2025 na categoria Escritor Estreante com Luis Osete

Maracujá interrompida, vencedor do Prêmio Hermilo Borba Filho, garante segundo Jabuti da Cepe em 2025 e reforça protagonismo da editora pernambucana no cenário literário A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe Editora) celebrou mais um reconhecimento nacional ao conquistar o Prêmio Jabuti 2025 na categoria Escritor Estreante — Poesia, com o livro Maracujá interrompida, de Luis Osete. A obra já havia sido premiada com o Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura 2024 e marca o segundo Jabuti da Cepe neste ano, após a premiação em agosto de Repórter Eros: a história do jornalismo erótico brasileiro, de Valmir Costa, na categoria Comunicação e Informação. Promovido pela Câmara Brasileira do Livro, o Jabuti é uma das mais prestigiadas premiações literárias do país, e a conquista reafirma a força editorial e a capacidade de revelar novos talentos em Pernambuco. “Maracujá interrompida nasceu das histórias que escutei ainda estagiário de Psicologia na atenção básica de Petrolina. Posso dizer que levei quase dez anos escrevendo, porque aquelas vozes, ouvidas lá em 2013, seguiram me pedindo passagem, insistindo em existir dentro de mim. Durante a pandemia, convivendo novamente com meus pais, atravessando o luto coletivo e diante de um pé de maracujá morto no quintal, as histórias, sobretudo as de mulheres vítimas de violência doméstica, retornaram com força. Vieram me ensinar sobre afeto, coragem e tantas coisas inomináveis, mas profundamente necessárias”, declara Luis Osete. Baiano de nascimento e radicado em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Luis Osete comemorou o reconhecimento como uma forma de amplificar vozes que surgem da premiação local para um espaço nacional. “Ver a obra premiada me alegra, não por vaidade, mas por saber que é uma forma de fazer com que essas vozes, que hoje também são minhas, possam alcançar mais pessoas. É uma honra representar o Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura, que abre caminhos para autores das quatro macrorregiões de Pernambuco, dentro de um cenário literário de relevância nacional como o Prêmio Jabuti. Que outras iniciativas como o Hermilo Borba Filho sigam florescendo, para fazer ecoar ainda mais histórias, mais mundos e mais vozes”, acrescenta o escritor. O reconhecimento gerou ainda comentários da equipe editorial da Cepe sobre a importância da política pública e do trabalho contínuo em fortalecer a cadeia do livro em Pernambuco: “A premiação para Maracujá interrompida no Jabuti gera uma tripla alegria. Primeiro, e mais importante, pelo belo trabalho de Luis Osete em sua estreia na poesia, o que nos deixa ansiosos para ler seus próximos escritos. É antes de tudo uma celebração dessa voz sensível e precisa de Luis”, destaca o jornalista e editor da Cepe, Diogo Guedes. “Segundo, por reconhecer o trabalho da Cepe em fortalecer uma cadeia editorial e do livro em Pernambuco e no Brasil. É o segundo Prêmio Jabuti da Cepe este ano (o outro foi Repórter Eros) e o terceiro desde 2023, quando Extremo oeste, de Paulo Fehlauer, levou a estatueta de estreia no romance — isso sem deixar de lembrar a premiação de Livro do Ano para Solo para vialejo, da poeta Cida Pedrosa, em 2020”. O anúncio dos vencedores do Prêmio Jabuti 2025, que recebeu 4.530 inscrições, ocorreu na segunda-feira (27), à noite, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, consolidando o alcance nacional da premiação e projetando Maracujá interrompida a novos leitores e debates literários.

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Festival Pernambucano de Literatura Negra representa o Nordeste na final do Prêmio Jabuti

Evento literário criado por Jaqueline Fraga concorre na categoria Fomento à Leitura e reforça o protagonismo da produção negra em Pernambuco. Foto: Lonan O Festival Pernambucano de Literatura Negra será o representante do estado na final do Prêmio Jabuti 2025, que acontece na próxima segunda-feira (27), às 19h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cerimônia, considerada a mais importante premiação literária do país, poderá ser acompanhada ao vivo pelo canal da Câmara Brasileira do Livro (CBL) no YouTube. A jornalista, escritora e idealizadora do festival, Jaqueline Fraga, representará Pernambuco no evento. Reconhecimento nacional da literatura negra Concorrendo na categoria Fomento à Leitura, o festival é o único projeto das regiões Norte e Nordeste entre os cinco finalistas. “Estar entre os cinco finalistas do Jabuti é o reconhecimento de um trabalho feito com muito amor e dedicação. É ver a literatura negra de Pernambuco alcançar o espaço que merece. Como idealizadora, saber que uma iniciativa que nasceu de um sonho meu — e que encontrou muitas mãos pelo caminho — conquistou um dos principais reconhecimentos do país é motivo de orgulho e felicidade. Vida longa ao Festival Pernambucano de Literatura Negra”, afirmou Jaqueline. Um movimento de representatividade e resistência Criado para dar visibilidade a escritores e escritoras negras, o festival surgiu como resposta à ausência de espaços de pertencimento na cena literária pernambucana. Em cinco edições, o evento já impactou mais de 10 mil pessoas em várias regiões do estado, promovendo o acesso à leitura como prática de cidadania e impulsionando novas vozes da literatura independente. Tornou-se, assim, um movimento cultural e político em defesa da diversidade e da democratização do livro. Trajetória e impacto nacional Idealizado por Jaqueline Fraga, o festival ganhou repercussão nacional ao unir literatura, diversidade e compromisso social. A autora é também reconhecida por suas obras “Negra Sou: a ascensão da mulher negra no mercado de trabalho”, finalista do Prêmio Jabuti 2020, e “Pandemia: os reflexos da maior emergência sanitária do planeta em 15 reportagens especiais”, que chegou à final do Prêmio Vladimir Herzog. As ações do festival dialogam com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e reforçam a cultura como instrumento de inclusão e transformação. Disputa e transmissão ao vivo Na categoria Fomento à Leitura, o festival pernambucano concorre com quatro projetos: AbraPalavra (MG), Clube de Leitura Ossos de Pássaro (RJ), Leia Mulheres (SP) e Literatura Acessível – 10 anos (RJ). O Prêmio Jabuti 2025 recebeu mais de 4,5 mil inscrições, avaliadas por um júri composto por 60 profissionais da literatura e da educação. A cerimônia faz parte da programação do título Rio Capital Mundial do Livro, concedido pela UNESCO, e poderá ser assistida gratuitamente de qualquer dispositivo, pelo YouTube da CBL. Serviço📚 Festival Pernambucano de Literatura Negra na final do Prêmio Jabuti 2025📅 Segunda-feira, 27 de outubro🕖 19h📍 Theatro Municipal do Rio de Janeiro▶️ Transmissão ao vivo: Canal da CBL no YouTube

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Apel celebra um ano com sessão solene e posse de novas acadêmicas

Cerimônia na Universidade Católica de Pernambuco reforça o papel da APEL na valorização da cultura e da literatura cristã Com as presenças de 16 dos 26 imortais, a Academia Pernambucana Evangélica de Letras (APEL) realizou, na noite dessa sexta-feira (17), a sua segunda sessão solene, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). O evento reuniu familiares, amigos e autoridades, marcando o primeiro aniversário da instituição e a posse de quatro novas acadêmicas. Fundada em 10 de outubro de 2024, durante cerimônia na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a APEL tem como missão valorizar e difundir a literatura evangélica, promovendo o diálogo entre fé, arte e conhecimento. Nesta nova etapa, foram empossadas as escritoras Vanilda Góis, Viviane Lansky, Peggy Peterson e Izia Barbosa, que passam a integrar o quadro da Academia. O pronunciamento solene da noite foi feito pelo acadêmico reverendo Thomas Magnum de Almeida, que abordou o tema “A vida intelectual e o escritor cristão”. Em sua mensagem, Thomas ressaltou que o escritor cristão é, antes de tudo, um intelectual comprometido com a verdade e com a luz da fé. Ele defendeu que a escrita deve refletir a ordem, a harmonia e a sabedoria do Criador, sendo um instrumento de transformação cultural em meio à confusão moral e intelectual do mundo contemporâneo. “O escritor cristão é um feixe que ordena, um farol que norteia, e deve escrever não para a efemeridade do tempo, mas para a eternidade da Verdade”, destacou o reverendo em sua fala. O presidente da APEL, reverendo Roberval Góis, destacou a importância da celebração e o crescimento da produção literária cristã no Estado. “Como presidente da APEL, estamos aqui para a celebração da cultura evangélica em Pernambuco e no Brasil, e como academia de letras, estamos abertos à reflexão e à produção acadêmica. Só em 2025, os acadêmicos da APEL lançaram mais de 20 obras, e algumas outras ainda serão lançadas neste ano”, afirmou. O evento contou também com as presenças do deputado estadual Joel da Harpa, que conduziu a cerimônia de fundação da Academia em 2024, e do pastor Washington Vautier, presidente da Convenção da Igreja O Brasil para Cristo em Pernambuco. ATIVIDADES E PROJEÇÃO PARA O SEGUNDO ANO Ao longo do primeiro ano de atividades, a APEL promoveu encontros entre os acadêmicos e participou de lançamentos de livros dos seus membros. A expectativa para o próximo ciclo do vice-presidente José Roberto de Souza (que estava em São Paulo em atividade acadêmica) é ampliar as parcerias com universidades, editoras e instituições religiosas, fortalecendo o papel da literatura evangélica no cenário cultural pernambucano. “Queremos inspirar novas gerações de escritores cristãos e abrir espaços para que suas vozes sejam ouvidas. A APEL é, acima de tudo, um instrumento de edificação e de contribuição cultural para Pernambuco e para o Brasil”, ressaltou José Roberto.

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Sete Solidões

*Por Paulo Caldas Ao conceber os protagonistas, Maurício Melo Júnior envereda pelos labirintos da ficção e, neles, identifica, tanto em pessoas comuns, quanto em figurões que povoaram a Brasília burocrática - na qual fez  moradia. E nesse percurso recorre ao clima histórico para contextualizar as andanças em cada uma das sete novelas.  O conteúdo entrelaça experiências individuais vividas com o bater do coração do crescimento urbano, compasso marcado pela riqueza exposta ante à permanente crise de um universo proletário, conforme opinião do poeta Nicolas Behr, na contracapa.  No ato de manusear os segredos da criação, característico do talento do autor e revestido de virtudes já demonstradas em outras incursões editoriais, obedece ao seu perfil perfeccionista e perpassa nuances servidas com esmero ao público leitor. Pernambucano de Catende, Melo Júnior foi precursor do Movimento Editorial Edições Bagaço, gestado e nascido em Palmares, no início dos anos 1980. Jornalista radicado na Capital Federal, é conhecido no meio literário por apresentar o programa Leituras, na TV Senado. A publicação traz o selo da Editora Caos & Letras, com projeto gráfico de Cristiano Silva concepção de capa de Eduardo Sabino. Os exemplares podem ser adquiridos na Amazon e pelo site editoracaoseletras.com.br. *Paulo Caldas é escritor  

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O cego guiou o caminho

*Por Paulo Caldas É como se o fracasso fosse confortável para alguns; sempre encontram razões que o justifiquem, culpando o destino, o karma ou algo semelhante. Contudo, há quem abrace o desafio e transforme a queda em oportunidade. “O cego guiou o caminho” narra a jornada de Seu Augusto, que, aos vinte e oito anos, começou a perder a visão. E, não obstante possuir uma prole considerável, reiniciou a vida. Não venceu a cegueira, mas determinado, dominou a adversidade. Desse modo, com os ensinamentos transmitidos pela pedagogia do cotidiano, guiou os filhos a cultivar virtudes e repassá-las aos descendentes. No texto, o autor, João Carlos Barros, décimo sexto filho de Augusto e Júlia, além de homenageá-los, resgata a epopeia vivida pela família. Embora não siga o viés de autoajuda, pelos exemplos que apresenta, o livro pode auxiliar o leitor a buscar caminhos. Afinal, nos seus longos silêncios, o protagonista ensinou: “vencer é tirar as pedras do caminho: há uma luz que nos espera a cada curva do destino’’. A publicação traz o selo da Editora Nova Presença. Capa de Fabrício Oliveira. Revisão de Fernanda Caldas. Projeto Gráfico de Bel Caldas. Imagens do acervo do autor. Os exemplares podem ser adquiridos nas livrarias Jaqueira. *Paulo Caldas é escritor

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Estreia literária de Rafael Godoy expõe feridas da marginalização em contos viscerais

Em Bichos Cegos Tateiam Feridas, autor recifense narra com lirismo brutal histórias de abandono, desejo e violência urbana O escritor pernambucano Rafael Godoy estreia na literatura com Bichos Cegos Tateiam Feridas (Mondru, 62 págs.), uma coletânea de 20 contos divididos em três partes — “Os bichos”, “A cegueira” e “As feridas”. O livro mergulha em narrativas sobre dor, abandono, desejo e violência, dando voz a personagens que transitam nas margens da cidade e da linguagem. O texto de contracapa é assinado por Marcelino Freire, que define a obra como “porrada”, destacando sua visceralidade e cumplicidade com a literatura que nasce da rua. Brutalidade, sexualidade, afetos e violações atravessam histórias em que a sobrevivência é o único fio de esperança. A oralidade marca o ritmo das narrativas, em que a violência cotidiana se mistura à saudade, ao sarcasmo e à busca por pertencimento. Como afirma o autor, “maltratar, pisar, ignorar, tratar como bicho, só vai fazer com que mais ódio cresça, se espalhe e acabe matando a gente de ignorância”. Com narradores em primeira e terceira pessoa, os contos expõem ambientes de miséria humana com autenticidade, tanto nos diálogos quanto nos trejeitos das personagens. O lirismo da prosa surge da cadência poética, que imprime beleza mesmo em meio à brutalidade. Godoy recusa o embelezamento da miséria e aposta em uma escrita direta, desobediente e sem concessões, capaz de lançar o leitor ao barro, ao sangue e às ruínas do corpo e da cidade. Rafael Cabral Godoy, 29 anos, nasceu no Recife, cresceu entre a capital e Camaragibe e atualmente vive no Recife. É formado em História pela UPE e em Design Gráfico, área em que cofundou o estúdio PUYA!, onde atua como diretor de arte. Dedicado à literatura desde a adolescência, encontrou no conto sua principal forma de expressão. “Bichos Cegos Tateiam Feridas não é só um sonho realizado, é um ensinamento de persistência e um convite ao pertencimento. Agora eu consigo me chamar de escritor”, afirma. O livro pode ser adquirido no site da editora Mondru: mondru.com/produto/bichos-cegos-tateiam-feridas

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Roberto Marcos vencedor da categoria Romance

Prêmios Cepe revelam novos destaques da literatura brasileira

Autores de cinco estados vencem nas categorias Romance, Conto, Poesia, Infantil e Infantojuvenil em premiação nacional da Cepe Editora. Na foto, Roberto Marcos, vencedor da categoria Romance A Cepe Editora anunciou os vencedores da 8ª edição do Prêmio Cepe Nacional de Literatura e da 5ª edição do Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantil e Infantojuvenil. Os autores premiados foram selecionados entre 1.740 obras inscritas, vindas de diferentes regiões do país. Os ganhadores receberão R$ 20 mil e terão suas obras publicadas e lançadas pela editora pernambucana. Na categoria Romance, o destaque foi Os escritos de Blanca Mares, do mineiro Roberto Marcos, que narra a vida de Timóteo, o velho Tussa, e sua relação afetiva com a Estrada de Ferro Bahia-Minas. “Acompanho o Prêmio Cepe há muito tempo e tenho o maior respeito pelo trabalho sério que vem sendo realizado em Pernambuco pela literatura. Isso me motivou muito a inscrever o romance. Estou muito feliz com a notícia”, afirmou o autor. No Conto, o premiado foi Atemoia, do paulista Daniel Keichi, elogiado pelo júri por suas histórias bem estruturadas e protagonizadas por personagens de mundos invisibilizados. Já na Poesia, o gaúcho Felipe Julius arrebatou o prêmio com Cicatrizes na paisagem, uma road novel poética sobre as enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul. “Era uma promessa de ano novo que fiz após ter vivido in loco a situação de 2024... talvez já tivesse alinhado tudo na minha mente e só faltava botar no papel, sou super grato pelo rumo”, declarou. Na categoria Infantil, Ernani Ssó venceu com A morte e o estagiário da morte, obra que aborda com leveza e humor um tema sensível, equilibrando profundidade e diversão. “É uma tremenda alegria, porque não sou apenas eu que ganha o prêmio. Muitas crianças, com quem falei em escolas, me pediram mais histórias sobre a morte... Isso não tem preço”, disse o autor, que tem mais de 30 livros publicados e é também tradutor de grandes clássicos. A mineira Lisa Alves venceu na categoria Infantojuvenil com A menina que não queria ver Deus, que apresenta a trajetória de Maria Antônia, uma menina de 11 anos em busca de sentido num mundo adulto cheio de silêncios e ausências. “Ganhar o Prêmio Cepe com A menina que não queria ver Deus é um alívio amargo... Obrigada a todas as mãos que cuidam das palavras. E a quem, como Maria Antônia, ainda prefere as perguntas às certezas”, afirmou. Para o editor da Cepe, Diogo Guedes, os prêmios literários promovidos pela casa são essenciais para a valorização da literatura nacional, pois incentivam a escrita e garantem a entrada de novos autores em seu catálogo. A 8ª edição teve a participação de jurados renomados como Cidinha da Silva, Jussara Salazar e Nara Vidal, além de uma pré-seleção com especialistas em cada gênero. A 5ª edição do prêmio infantil e infantojuvenil contou com júri único formado por Ana Estaregui, Nina Rizzi e Thiago Corrêa, que avaliaram as obras de forma anônima. “O processo da premiação é anônimo, então o que pesa é a qualidade dos textos e a negociação entre os diferentes repertórios do júri final, que este ano foi composto de três mulheres", destacou a editora-assistente Gianni Gianni. Serviço:A lista completa dos vencedores e informações adicionais estão disponíveis no site oficial da Cepe Editora: www.cepe.com.br/premio-cepe.

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Fundaj homenageia Cláudio Aguiar com exposição e lançamento de livro

Mostra “Entre Letras e Sonhos” celebra os 80 anos do escritor com acervo inédito, obras visuais e retrospectiva literária no Museu do Homem do Nordeste A Fundação Joaquim Nabuco inaugura, no dia 10 de julho, às 17h, a exposição Entre Letras e Sonhos: 80 Anos de Cláudio Aguiar, uma imersão na trajetória de um dos mais prolíficos escritores brasileiros contemporâneos. A mostra, com curadoria de Bruna Pedrosa, estará em cartaz na Galeria Waldemar Valente, no Museu do Homem do Nordeste, reunindo documentos, livros, capas ilustradas, esculturas e obras visuais que dialogam com os mais de 40 títulos publicados por Aguiar ao longo de sua carreira. A narrativa da exposição destaca a intersecção entre literatura e artes plásticas, com peças de artistas como J. Borges, Cavani Rosas, Gilvan Samico, João Câmara e Mestre Noza — muitos dos quais ilustraram as obras do autor. “Cada parede desta exposição compõe uma paisagem singular: do romance histórico Caldeirão, representado pelas esculturas de Mestre Noza, às xilogravuras de J. Borges, que ilustram a novela Os Anjos Vingadores”, destaca a curadora. Para ela, trata-se de “uma homenagem que movimenta memórias, política, arte e imaginação”. Na mesma ocasião, será lançado o livro Cláudio Aguiar – Vida e Obra Literária, organizado por Rosemberg Cariry. Com mais de 600 páginas, a publicação reúne ensaios, análises e documentos sobre o autor, membro de instituições como a Academia Pernambucana de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. “O Museu do Homem do Nordeste e a Fundação Joaquim Nabuco celebram os 80 anos do escritor Cláudio Aguiar com essa exposição. Uma homenagem e reconhecimento à sua longa e rica trajetória, com mais de 40 livros publicados e prêmios recebidos”, afirma Silvana Araújo, coordenadora de Exposições da Fundaj. Nascido no Ceará e radicado em Pernambuco, Cláudio Aguiar doou parte de seu acervo à Fundaj. “Embora eu tenha nascido no Ceará, minha vida foi praticamente toda vivida aqui em Pernambuco. Por isso, ter essa exposição na Fundação Joaquim Nabuco é uma grande alegria. É uma casa de muita história, ligada a figuras como Gilberto Freyre e Joaquim Nabuco — a quem comparo com Francisco Julião: um lutou pelos escravizados, o outro pelos camponeses”, afirmou o escritor. Sobre a mostra, completou: “Ela reúne obras, capas de livros e materiais de artistas que ilustraram meus livros, como Cavani Rosas, J. Borges e Samico. É uma retrospectiva de um escritor vivo.” Serviço:Exposição Entre Letras e Sonhos: 80 Anos de Cláudio AguiarAbertura: 10 de julho, às 17hLocal: Galeria Waldemar Valente – Museu do Homem do Nordeste (Fundaj – Campus Casa Forte)Visitação gratuita

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Mistério do Globo da Morte

*Paulo Caldas Quando o Gran Circo Afro-Latino chegou a Mata Grande trouxe mais do que alegria. Junto com ele, veio uma nuvem de sombras que encobriu a cidade durante alguns meses, envolvendo paixões secretas, um misterioso assassinato, o inexplicável desaparecimento de Léo, o leão do circo e, como se não fosse o bastante, um inusitado lobisomem para agitar ainda mais o sossego daquela gente. Como decifrar tais fenômenos? Por certo o leitor vai descobrir no conteúdo de o “Mistério do Globo da Morte”, livro de José Teles, autor de publicações literárias destinadas aos públicos adulto e infantojuvenil, inseridos nos segmentos dos paradidáticos e dentre os apreciadores do universo musical. Detentor de uma verve invejável, o autor, conceituado jornalista e renomado crítico, ainda produziu outros lançamentos tantos de títulos biográficos, quanto no universo do humor refinado. Mistério do Globo da Morte tem o selo da Editora Bagaço, com concepção de capa de Daise Teixeira, revisão de Carla Vanessa Sales. Os exemplares são vendidos na própria editora, Rua Luiz de Camões, 263, Poço da Panela, CEP52061160. WWWeditorabagaco.com.br, fone 981918546. *Paulo Caldas é Escritor

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Thays Medusa foto Nena Callejera Yastricia Santos e Julia Bione da esquerda para a direita foram as premiadas no Recital de poesia com Slam das Minas PE

Festival Literário das Periferias ocupa ruas e corações do Recife com arte, poesia e protagonismo negro

Segunda edição do Fliperifa promove programação gratuita com oficinas, mesas, recital e atrações culturais nos bairros do Totó e Arruda, valorizando a literatura e os espaços periféricos Com o tema “Leia a Rua”, o Festival Literário das Periferias do Recife (Fliperifa) chega à sua segunda edição ocupando, em junho, escolas públicas e espaços culturais nas Zonas Oeste, Sul e Norte da cidade. A programação gratuita segue neste domingo (15), a partir das 14h, no Cores do Amanhã, ONG situada no bairro do Totó, e na quinta-feira (19), no Ladobeco, centro cultural no bairro do Arruda. Com foco em crianças e adolescentes, o evento promove rodas de diálogo, oficinas, feira de livros, espaço infantil, recital de poesia com o Slam das Minas PE e atrações como o Coco de Água Doce e o Coletivo Família Malanarquista. Idealizado por Palas Camila, pedagoga e produtora cultural, e com curadoria da escritora Bell Puã, o Fliperifa nasceu como um compromisso com o direito à leitura e à cultura nas periferias. Em 2025, o festival homenageia duas mulheres negras de trajetória periférica: Maria Cristina Tavares, do Ibura, e Joy Thamires, do Coque, ambas reconhecidas por sua atuação em educação, arte e militância antirracista. Entre os destaques da programação estão a “Malateca”, biblioteca móvel criada pela arte-educadora Magda Alves, que percorreu escolas públicas com contação de histórias e recital poético, e as oficinas “Ancestralidade guiando nossos versos”, com Joaninha Poeta, e “Vivências de mapas afetivos e poesia”, com Cris Venceslau. As atividades também ampliam o acesso por meio de intérprete de Libras e ações de acessibilidade comunicacional. Financiado pela Lei Aldir Blanc Recife (PNAB) e realizado pela Fundação de Cultura Cidade do Recife, o Fliperifa reafirma o protagonismo da arte literária nas periferias como um ato de resistência, imaginação e transformação social. Serviço📍 15/06, a partir das 14h – Cores do Amanhã (Av. Garota de Ipanema, nº 02, Totó)📍 19/06, a partir das 14h – Ladobeco (Av. Prof. José dos Anjos, nº 121, Arruda)📲 Programação e inscrições: bit.ly/447DRpN | Instagram: @fliperifape

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