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Lorena Calábria lança livro sobre 25 anos do disco Da lama ao caos

Em 1993, o cantor Chico Science, acompanhando da banda Nação Zumbi, entrava, pela primeira vez, em um estúdio profissional para gravar o disco Da lama ao caos. Após um ano, a obra foi lançada e causou estranheza no mercado por fugir do estilo das composições que marcavam presença nas paradas musicais da época. Porém, pouco tempo depois, a mistura de rock, hip hop, funk e ritmos pernambucanos, como maracatu, ciranda e coco, ficou conhecida como Manguebeat e alcançou projeção internacional. O que fez um álbum tão desacreditado chegar ao sucesso, ser cultuado e considerado, até hoje, um clássico? Para a jornalista carioca Lorena Calabria, Da lama ao caos não era apenas um disco, mas um conceito, ideia que ela conta no livro “Chico Science & Nação Zumbi – Da lama ao caos”, que será lançado dia 18 de setembro, às 9h, no Cineteatro da AESO-Barros Melo. Na ocasião, a escritora também ministra palestra que fala sobre o processo criativo da produção, que faz parte da coleção O Livro do Disco (Cobogó Editora), onde são retratados ensaios sobre grandes obras do mundo da música. A partir de muitas conversas com parceiros da banda, familiares e pessoas que fizeram parte da trajetória do álbum, a autora resgata a atmosfera da época para dar o tom do que significou o Manguebeat – e o lançamento do álbum – na música brasileira. “Como jornalista, acompanhei toda a trajetória do disco. Com anos de profissão, depois de testemunhar o surgimento do rock nacional nos anos 80, nada me empolgava muito na década seguinte. Já na primeira audição do Da lama ao caos veio o baque: todo tipo de som que me interessava – rock, samba, funk, soul, jazz, hip hop – estava ali, convivendo com ritmos pernambucanos ainda desconhecidos para mim. Mas foi no primeiro show que fui, em 1994, como plateia, que senti estar diante de uma revolução. Música, dança, identidade visual. Periferia, tecnologia, regional, universal. Chico Science & Nação Zumbi virara minha pátria. Minha e de mais um bando”, relembra Lorena. Sobre a banda Chico Science & Nação Zumbi foi a banda ícone do movimento Manguebeat e se tornou referência para a cena musical no país – desde a década de 1990 até hoje. A formação responsável pelo disco Da lama ao caos era composta por Chico Science (voz), Lúcio Maia (guitarra), Dengue (baixo), Toca Ogan (percussão), Jorge du Peixe, Gilmar Bolla 8 e Gira (alfaias) e Canhoto (caixa). O cantor, compositor e líder da banda Chico Science foi uma espécie de “cientista dos ritmos”. Sua busca pela batida perfeita uniu de maneira extremamente original o regional ao universal, criando uma nova sonoridade para a música brasileira. Chico Science participou dos dois primeiros discos – Da lama ao caos (1994) e Afrociberdelia (1996) – e de duas turnês internacionais com a banda, antes de sofrer um acidente de carro fatal em 1997. Sobre a autora Lorena Calábria é jornalista de cultura, formada em Comunicação Social pela UERJ. Desde 1985, vem atuando em TV, rádio, web e mídia impressa. Trabalhou como repórter na revista Bizz (Editora Abril), TPM (Editora Trip) e Revista da Folha. Escreveu e/ou apresentou diversos programas, como Som Maior (Rede Manchete), Clip Clip (Rede Globo), Cine MTV, Metrópolis (TV Cultura), Ensaio Geral (Multishow), Rádio Café (Oi FM), Sonora Live (portal Terra), entre outros. Atualmente, dirige e roteiriza projetos de audiovisual na sua produtora, La Strada. Serviço Lançamento do livro “Chico Science & Nação Zumbi – Da lama ao caos”, com palestra da jornalista e autora da obra, Lorena Calabria Quando: 18 de setembro Horário: 9h Local: Cineteatro da AESO-Barros Melo - Av. Transamazônica, 405, Jardim Brasil II, Olinda, PE Entrada: Gratuita e aberta ao público

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Sobre os trilhos da saudade

* Por Paulo Caldas Lembranças com cheiro de saudade se traduzem no conteúdo deste “Memórias afetivas Marias – a avó contou. A neta escreve”, de Fátima Brasileiro, texto temperado com pitadas de ficção e encantamentos, mas que se veste de firmeza nas críticas às mudanças que soterraram bens preciosos das épocas de então. O clima do livro, no entanto, é afável, entremeado por histórias singelas de fundo moral, aqui ali intertextualizadas com trechos de música e poesia. O decorrer dos capítulos é um filme cujas imagens se movem do futuro ao passado, momento em que a escritora aciona a carretilha da película e as cenas surgem no universo da leitura, giram tal as rodas das diligências dos antigos filmes de faroeste. A questão temporal caracterizada na crônica “A confissão”, que retrata a decisão de um antigo padre interiorano, para impor a penitência pelo pecado do falso testemunho, foi semelhante a do diretor John Patrick Shanley do filme Dúvida, em 2008. Essa história de histórias dos tempos de antanho tem narrativa aconchegante, qual o colo das avós, vividas sob o gentil sereno das noites sertanejas. Produzido pela Cepe Editora, o livro tem projeto gráfico assinado por Joselma Firmino e ilustração com fotos em preto e branco do acervo da autora. *Paulo Caldas é escritor

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Power-Kon é confirmado na 4º Fenagreste

De 04 a 08/Set Caruaru Pernambuco é a Próxima Cidade a receber a Turnê Voyage do Power-kon Recife que Desembarca para as Celebrações do 4º Ano da Fenagreste, uma feira do Livro Diferente no agreste Pernambucano, que visa atender todos os Públicos, Realmente feita para toda a Família. E o Projeto Power-Kon devido a muitos Pedidos do Público da Região é mais uma atração confirmadíssima para a alegria dos fãs de Cultura Pop( Cultura de entretenimento, sejam estes em histórias em quadrinhos, desenhos animados, videogames, tecnologia, filmes, seriados, jogos, geradores de conteúdo na Blogosfera, Cultura Otaku, livros, e Etc), o Power-Kon estará de Volta Garantindo Muitos agitos e diversas atrações para o evento. 2019 marca o 80º aniversário de publicação do Batman nas páginas de Detective Comics, O Batman comemorou neste dia 30 de março 80 anos de sua estreia nos quadrinhos. O herói apareceu pela primeira vez na Detective Comics #27 e, apesar do quadrinho contar com o mês de maio impresso em sua capa, o lançamento aconteceu no terceiro mês de 1939. Este ano entre as comemorações na 4ª Feira Nacional do Livro do Agreste (Fenagreste) o Power-Kon promoverá uma super uma homenagem ao famoso homem Morcego. Com uma enorme programação recheada de atrações Organizado pela Produtora de eventos Cidadão Kelmer Produções, do Produtor Kelmer Luciano que assina mais uma vez este 4º Ano de atrações para Caruaru-PE e promete muito entretenimento e lazer para toda a família, entrando no calendário de grandes eventos de Pernambuco como já acontece todos os anos, já realizamos há 03 anos seguidos, pelo qual nesta edição de 2019 não faltarão entre as atrações, concursos Cosplay, apresentação de Kpop, Arena Gamer, Games em Óculos Vr, estandes de Literatura Jovem e Quadrinhos Espaço Geek, entre muitas outras Surpresas. Serviço: Power-Kon Recife na Fenagreste 2019 Ano 4- Literatura, Geeks & Games.(Homenagem aos 80 anos do Batman). Data: de 04 à 08 de SET de 2019. Local: Espaço cultural Tancredo neves,Caruaru-PE(Centro). Hora: Das 9h às 21h. Entrada: Gratuita.

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419ª Reunião do Seminário de Tropicologia fala sobre poesia de Manuel Bandeira

O fidelizado Seminário de Tropicologia da Fundação Joaquim Nabuco chega a sua 419ª edição, no próximo dia 27 de agosto, com o tema: “Manuel Bandeira e Gilberto Freyre: um encontro singular”. Desta vez, o palestrante será o sociólogo e escritor, José Almino de Alencar e Silva Neto. A programação acontecerá no campus de Casa Forte, na Sala Gilberto Freyre, às 14h30. “Já estamos focando em Gilberto Freyre para homenageá-lo pelo seu aniversário de 120 anos que acontece em março do próximo ano”, destacou Fátima Quintas, coordenadora do Seminário de Tropicologia. Na vida adulta de Manuel Bandeira, Gilberto Freyre o convidou para escrever um poema sobre o Recife. Foi aí que o poeta produziu a obra: “Evocação do Recife”, falando sobre sua infância na cidade. Esse contato entre os dois influenciou as produções futuras deles. “Nesse sentido, vou falar da importância do encontro para o material e sobre como o diálogo entre escritores, no geral, ajuda na criatividade dos mesmos”, afirmou José Almino. Para escolher o palestrante convidado, foram levados em conta a maneira de expor os conteúdos e a linguagem clara usada pelo mesmo. “Ele procura entender a sociologia e a antropologia por meio de uma visão humanista e subjetiva, sem rigidez nesse processo. A compreensão dele é ampla e aberta”, afirmou Fátima Quintas.

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4ª Feira Nacional do Livro do Agreste anuncia programação

A 4ª quarta edição da Feira Nacional do Livro do Agreste (Fenagreste), maior evento literário do interior de Pernambuco, acontecerá entre os dias 4 e 8 de setembro, no Espaço Cultural Tancredo Neves, e prestará homenagem a dois pernambucanos de significativa importância: o advogado e político Fernando Lyra (in memoriam), um dos principais articuladores do processo de redemocratização do Brasil; e Sebastião Alves Cordeiro, o Mestre Sebá, grande nome da cultura popular de Caruaru, sobretudo no teatro de mamulengos. A programação foi anunciada ontem (21), em coletiva de imprensa em Caruaru que contou com a presença da prefeita Raquel Lyra e de Ricardo Leitão, presidente da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), empresa pública realizadora do evento, com apoio da Prefeitura de Caruaru e Andelivros. Com o tema Palavra: do impresso ao digital, a feira literária contará com a participação de 50 editoras e distribuidoras de livros, num espaço de cinco mil metros quadrados. A programação, totalmente gratuita, incluirá palestras com autores de renome nacional, rodas de leituras, oficinas, workshops, capacitação para professores, lançamentos, além de atrações culturais. Já no ranking das dez maiores feiras literárias do Brasil, a Fenagreste mobilizou em sua última edição (2018) um público visitante de 60 mil pessoas, movimentando mais de R$ 2 milhões e gerando mais de 400 empregos diretos em Caruaru. Durante a coletiva, Ricardo Leitão destacou o envolvimento da população de Caruaru com a Fenagreste, estimando uma expectativa de público de 20 mil pessoas por dia. “Estamos trazendo como tema principal da feira a evolução da palavra, do impresso ao digital. A programação proposta dialoga com essa temática trazendo questões como o letramento literário em ambiente digital e como vem se dando a alfabetização com o apoio dos meios digitais, entre outros aspectos”, ressalta. O presidente também destacou a grande oportunidade, assegurada pela feira, de proporcionar aos leitores descontos vantajosos nos estandes das editoras. Professores e técnicos em educação receberão bônus para a compra de livros. Já a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, assim como Leitão, enfatizou a questão do letramento digital, que assegura capacitação gratuita aos professores de Caruaru e dos municípios vizinhos. “Estamos investindo R$ 850 mil em bônus para que os professores da rede pública tenham condições de adquirir livros”, diz a prefeita, ao destacar a oportunidade de escritores caruaruenses lançarem seus títulos. Esteve presente à coletiva o Mestre Sebá e o ex-governador João Lyra, irmão do homenageado in memorian: “A Fenagreste não é uma exposição de livros, mas uma semana de discussões do que há de melhor na cultura pernambucana e brasileira. Sinto-me muito feliz em participar de um evento desse porte, que presta homenagem ao meu irmão, um homem de reconhecido valor”. DESTAQUES Entre os destaques da programação está o debate sobre Liberdade de imprensa, do dia 5, com as participações do presidente da Cepe Editora, Ricardo Leitão; da jornalista Eliane Catanhêde, comentarista política do jornal O Estado de S. Paulo e da GloboNews; de Paulo Cunha, cineasta e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); e de José Nivaldo Júnior, publicitário, escritor e mestre em História pela UFPE. Na sexta-feira, dia 6, o debate será sobre A igreja progressista brasileira nos tempos de repressão, com participação do historiador Antônio Montenegro, autor do livro Travessias – Padres europeus no Brasil (1959-1990), editado pela Cepe e do escritor e professor da UFPE, Antônio Jorge de Siqueira. No mesmo dia será realizada a esperada palestra intitulada: Letramento literário em ambientes digitais, com Graça Lins, do Porto Digital. A Fenagreste também contará com a poética do Slam das Minas, com Bel Puã e Luna Vitrolira, lançamentos e palestras de escritores como Sidney Rocha, Ronaldo Correia de Brito, Fred Caju e Paulo Cunha; além de shows de nomes como Maestro Spok, que inclusive estará lançando seu primeiro livro de poesias Semestes; Maciel Melo e Josildo Sá. Serviço: 4ª Feira Nacional do Livro do Agreste (Fenagreste) Quando: de 4 a 8 de setembro Local: Espaço Cultural Tancredo Neves Endereço: Rua Agnelo Dias Vidal – Nossa Sra. das Dores, Caruaru-PE   PROGRAMAÇÃO COMPLETA DIA 4, QUARTA-FEIRA Palco principal 9h às 10h30 – Apresentações escolares 13h às 14h30 – Apresentações escolares 19h – Solenidade de abertura Auditório 9h30h às 10h30 – Oficina “Ensino de língua portuguesa” 10h30 às 11h30– Oficina “Ensino de matemática” 15h às 16h30 – Palestra “Aprendizagem e tecnologia” (Ana Cristina Cavalcanti – UFPE / psicopedagogia) 17h às 18h – Palestra “Metodologia ativa” Café literário 16h às 17h – Mesa “Reinventar-se aos 50” (com a psicanalista Silvia Gusmão) Multiuso 10h às 11h – Palestra “Livro: do papiro ao digital” (Tarcísio Pereira) 14h às 15h – Palestra “Livro: do papiro ao digital” (Tarcísio Pereira) Lançamentos 17h às 17h30 – Maturidade: um tempo novo (Sílvia Gusmão), no estande da Cepe Editora DIA 5, QUINTA-FEIRA Palco principal 9h às 10h30 – Apresentações escolares 13h às 14h30 – Apresentações escolares 19h às 19h30 – Palestra Eliane Catanhêde 19h30 às 20h – Debate “Liberdade de imprensa” (Eliane Catanhêde, Paulo Cunha, José Nivaldo e Ricardo Leitão) Auditório 9h às 10h30 – Palestra “Linguística e tecnologia” (Roseane – UFCG) 10h30 às 13h – Palestra “Arte digital e autismo” (Diogo Calife) 13h30 às 15h – Oficina “Interpretação e produção de textos” (Cintia Torres, UFPE) 15h às 17h – Workshop “Escrita criativa” (Sidney Rocha) Multiuso 10h às 12h – Oficina “Produção audiovisual mobile” (Gustavo Almeida, TVPE) 14h às 16h – Oficina “Produção audiovisual mobile” (Gustavo Almeida, TVPE) Lançamentos 17h às 18h – A estética da indiferença, Sidney Rocha 18h às 19h – Viver de ver o verde mar (Paulo Cunha e Ana Farache), no Estande da Cepe Editora DIA 6, SEXTA-FEIRA Palco principal 9h às 10h30 – Apresentações escolares 13h às 14h30 – Apresentações escolares 20h às 21h – Show de Maciel Melo Auditório 9h às 10h30 – Palestra “Letramento literário em ambientes digitais” (Graça Lins – Porto Digital) 14h às 15h – Palestra “Saúde mental e acolhimento” (Tiago Rosas, psicólogo clínico e escolar, especialista em capacitação de professores) 15h30 às 17h – Palestra “Gamificação em sala de aula: práticas inovadoras para

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Livro desvenda história dos teatros e casas de espetáculos do Recife

“Teatro em cena – edifícios e casas de espetáculos do Recife” é o tema do livro de autoria da arquiteta pernambucana, Luiza Andrada, que será lançado no dia 22 de agosto, às 18h, na Livraria Jaqueira. Na ocasião, a autora faz uma breve explanação da publicação que traz um levantamento tipológico dos edifícios e salas de espetáculos do Recife a partir do século XIX apresentando as variações das edificações, hierarquias e sua relação com o contexto urbano, o período histórico e a sociedade que produziu esse rico patrimônio material da capital pernambucana. A obra foi escrita com base no trabalho de pesquisa desenvolvido na graduação em Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), em 2012, sob a orientação da professora e arquiteta, Amélia Reynaldo, e só agora será lançada com o incentivo do Fundo de Incentivo à Cultura do Estado de Pernambuco (Funcultura) e produção executiva assinada por Clarisse Fraga, do Bureau de Cultura. De acordo com a autora, a escolha do tema se deu devido à importância dos edifícios e salas de teatro, e à singularidade destes exemplos enquanto tipologia. Além disso, ela destaca a carência de estudos mais aprofundados e específicos sobre as edificações, mesmo sendo algumas delas protegidas por uma legislação que, na teoria, garante a preservação. “É notória a necessidade de difusão desse conhecimento dos prédios culturais da cidade. E o livro é uma forma de ampliar esse conhecimento e contribuir para a sua preservação e valorização”, considera Andrada. Na pesquisa elaborada pela autora, ficou demonstrado que o teatro sempre teve uma grande aceitação por parte do público recifense desde as primeiras encenações ao ar livre, até os dias de hoje. Uma citação da atriz Geninha da Rosa Borges atesta: “O século passado tinha um interesse muito vivo pelos espetáculos cênicos, a ponto até de alguns particulares, inclusive escritores, manterem palcos próprios em suas residências, encenando peças em família”. Em Pernambuco, as primeiras manifestações teatrais eram apresentadas ao ar livre, pelas ruas antigas de Olinda e Recife. Apenas em 1722, o Recife passa a contar com um teatro permanente, com a construção da “Casa da Ópera”, denominada depois de Teatro São Francisco, demolido em 1850. Depois, com a chegada dos cinemas no Recife, em 1895, várias casas de espetáculo foram utilizadas nos primeiros anos para exibição cinematográfica. O Teatro de Santa Isabel foi um dos que funcionou como cinema. Depois houve a proliferação de cines-teatros como o Pathé e o Royal, na Rua Nova, e o Polytheama, na Barão de São Borja. Em meados do século XX, após muitas casas de espetáculos serem transformadas em cinemas e igrejas de cultos evangélicos, houve um crescente esvaziamento das edificações. Edifícios próprios para teatros implantados em lotes urbanos não foram mais construídos. E o que se predomina atualmente são as salas construídas como um espaço dentro de outros edifícios, como por exemplo, o Centro de Convenções de Pernambuco. Em “Teatro em cena - edifícios e casas de espetáculos do Recife”, o leitor se depara com um verdadeiro apanhado histórico, onde é possível identificar os edifícios e casas de espetáculos existentes e demolidas, ao longo dos séculos XIX e XXI, num total de 44 teatros, sendo 29 construídos de fato para exibição de espetáculos e 12 como um espaço de apresentações artísticas dentro de outros edifícios. A relação contempla desde o mais antigo, o Teatro Apolo (1840), até a última edificação neste período, o Luiz Mendonça (2011). Outros 3 teatros que são: Ideal Cinema, Dramático e Faz que Olha foram listados, porém não foi possível identificar as datas de construção por falta de registros que comprovem. A idéia da autora foi fazer uma relação do contexto urbano no qual a sociedade recifense estava inserida no final do século XIX e início do XX, quando a cidade vivia um crescimento, uma efervescência social, política e intelectual, onde se buscava novas formas e espaços de convivência que sofriam influência de aspectos culturais de países europeus, especialmente a França. E a construção de teatros traria a modernidade desejada à época. “Ir a uma casa de espetáculos era um novo acontecimento social, um evento importante onde às pessoas podiam ver e ser vistas”, destaca Luiza Andrada. Na publicação, a autora identifica as duas categorias de teatros existentes que são os que foram construídos para a finalidade e as salas de espetáculos localizadas dentro de outro edifício, como parte do programa arquitetônico. No entanto, do total de teatros listados no livro, o foco foi dado à categoria dos que possuem edificação própria, contemplando 17, sendo que 13 ainda existem e 4 foram demolidas. São 15 edifícios construídos e 2 localizados ao ar livre, são eles: Apolo, Santa Isabel, Valdemar de Oliveira, Parque, Hermilo Borba Filho, Sítio da Trindade, Joaquim Cardozo, Maurício de Nassau, Luiz Mendonça, Barreto Júnior, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Concha Acústica da UFPE e Arraial, e os demolidos Cineteatro Pathé, Cineteatro Royal, Teatro Polytheama e Cineteatro Moderno. A obra também mostra que a maior parte das casas de espetáculo do Recife localiza-se relativamente próxima e em locais com grande fluxo de pessoas. As construções estão em áreas privilegiadas, perto de lagos, praças e ruas movimentadas. E que a maior concentração de edifícios e salas de teatro está no centro da cidade, enquanto as casas de espetáculos mais recentes estão mais distantes do centro. O projeto do livro, um rico documento de preservação e identidade cultural do Recife, é direcionado a arquitetos, historiadores, engenheiros, gestores e produtores culturais, estudantes, professores, profissionais das artes cênicas e ao público em geral interessado na arquitetura e história dessas edificações. “Pelo levantamento de dados que contêm é uma importante fonte para projetos de restauro e conservação dos equipamentos culturais da cidade. Além de ser uma guarda da memória dos edifícios que já foram demolidos, valorizando o patrimônio material do Estado”, aponta a produtora, Clarisse Fraga. Cada exemplar é acompanhado de um QR code com a versão em pdf acessível do livro. SERVIÇO: Lançamento Livro: Teatro em Cena, de autoria da arquiteta Luiza Andrada

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Um olhar lúdico sobre a dramaturgia de Osman Lins

Oficina sobre a dramaturgia de Osman Lins será realizada, no dia 23 de agosto, sexta-feira, das 14 h ás 17:30 h , na rua Padre Oséias Cavalcanti,800, 2ª Travessa, Bairro Novo do Carmelo, Camaragibe. Quem ministrará o curso será  Maria Gonçalves, mestra em teoria da Literatura pela UFPE. O projeto é uma realização do produtor cultural Geraldo Cosmo e tem o patrocinio do Governo do Estado de Pernambuco, Secretaria de Cultura de Pernambuco, FUNDARPE e FUNCULTURA. As inscrições serão gratuitas, e serão feitas com Geraldo Cosmo pelo telefone:98705-1571 ou online no link abaixo. https://forms.gle/d5d6DizZKa81LQuz8

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Livro sobre longevidade será lançado na quinta (15)

Diante do fato de que a expectativa de vida do brasileiro aumentou para mais de 75 anos, surgem novas perspectivas no horizonte. Hoje quem tem acima de 50 anos enfrenta desafios bem diferentes dos cinquentões do passado: fazer planejamento de carreira, cuidar da estética e da saúde de forma preventiva são essenciais na agenda para uma maior qualidade de vida. Atenta a esta tendência a Cepe Editora publica Maturidade: um tempo novo, título organizado pela psicanalista e consultora de carreira da Trajeto Consultoria, Sílvia Gusmão. O lançamento será no próximo dia 15, na Caixa Cultural, às 19h. “A pirâmide social brasileira está se invertendo. Em 2010, o número de jovens era dez vezes maior do que o das pessoas mais velhas. Segundo projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) essa diferença tende a cair para três vezes em quatro décadas. Em 2050, 29% da população brasileira terá mais de 60 anos. Em algumas décadas, a proporção de pessoas acima dos 60 anos atingirá a de países ricos”, ressalta Sílvia Gusmão. Prefaciado pelo sócio-fundador da TGI Consultoria em Gestão, Francisco Cunha, o livro reúne textos de seis autores, incluindo a própria organizadora. Cada um deles discorre sobre questões essenciais ao planejamento de uma vida longeva. Gabriel Perrusi e Jéfter Domingos Barbosa Campos falam sobre a importância dos exercícios físicos nessa etapa da vida; Germana Uchoa dedica-se ao tema do empreendedorismo criativo; Nathalia Cavalcanti mostra como os cuidados com a alimentação podem ser fortes aliados nesse desafio; enquanto Georgina Santos enfatiza a necessidade de organização das finanças pessoais. O grande desafio no mundo é promover mudanças para acompanhar o novo cenário. Na introdução de Maturidade, Francisco Cunha faz a seguinte reflexão: “ E agora, o que fazer, quando nos deparamos com o fato de serem os 50 os novos 30 anos? Ou, melhor ainda, os 60 os novos 40 anos? (…) A longevidade já é um fato científico e social irrefutável. Agora, precisamos promover essa mudança, que o mundo já processa, só que dentro de nós. Precisamos nos assumir pós-balzaquianos e isso não é fácil”. Maturidade traz uma visão realista desse processo de envelhecimento da população, com o otimismo de uma vida com mais possibilidades. Por outro lado aborda as dificuldades da falta de políticas públicas e de saúde compatíveis com as necessidades dos que estão envelhecendo. Um dos impactos apontados por Sílvia Gusmão está refletido no sistema previdenciário: “O número de contribuintes não cresce na mesma proporção dos beneficiários”. A novidade é que as mudanças estão acontecendo, segundo o IBGE, com a volta dos aposentados ao mercado de trabalho, um salto de 63% do ano 2000 para 2011. Para ilustrar esse dado, o livro contempla depoimentos de pessoas que colocam suas dúvidas e questionamentos frente ao desconhecido, e fala como se reinventaram. Antes do lançamento será realizado debate, mediado por Sílvia Gusmão, tendo como convidados Denise Mazaferro, sócia da Angatu IDH, mestre em gerontologia pela PUC-SP, autora do livro Longevidade: os desafios e as oportunidades de se reinventar; Jane Okazaki, geriatra e mestre pela Univesp; e Marcelo Carrilho, engenheiro mecânico de formação, que após os 50 anos, fez transição de carreira, e hoje é proprietário da cafeteria GrãoCheff, localizada no Espinheiro. Artigos dos autores Sílvia Gusmão é psicanalista, consultora de carreira da Trajeto Consultoria e organizadora do livro. Ela assina a introdução e os artigos de Maturidade: um tempo novo: “Os 50+ anos de hoje” e “Faça o que gosta e encontre um mercado para isso” Gabriel Perrusi, sócio-diretor da Unic – Espaço de Metas, assina o artigo: Movimento é para todos: adquira saúde pelo exercício Georgina Santos é consultora e sócia da AgilisRH / TGI e assina o texto: Organize suas finanças pessoais Germana Uchoa, publicitária e gestora da plataforma Garimpo, escreve sobre Empreendedorismo: transforme o que você ama em um negócio criativo Jéfter Domingos Barbosa Campos, sócio-administrador da Unic – Espaço de Metas discorre sobre O desafio do envelhecimento saudável Nathalia Cavalcanti, nutricionista, assina: Comendo bem com prazer SERVIÇO Lançamento do livro Maturidade: um tempo novo Data: 15 de agosto Horário: 19h Local: Caixa Cultural Endereço: Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife Valor do livro: R$ 40,00 (impresso) e R$ 12,00 (e-book)

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Viagem através da literatura brasileira

No Rio de Janeiro, Brás Cubas, personagem póstumo de Machado de Assis, revela suas memórias do século XIX. Na mesma época, a situação e o cenário eram bem distintos no Sertão da Bahia descrito por Euclides da Cunha. A diversidade da literatura brasileira não reflete apenas a amplitude geográfica de seu continente, mas também as distinções políticas, sociais e culturais do nosso povo, presentes nos títulos literários. Partindo de obras canônicas brasileiras, surge o projeto Viagem ao País do Futuro, assinado pela jornalista portuguesa Isabel Lucas. A ideia é escrever 12 grandes reportagens sobre lugares/livros visitados/lidos pela autora para traçar o Brasil de agora. Ao final de um ano, as matérias se transformarão em livro a ser editado pela Cepe em parceria com o jornal português Público e a Fundação Oceanos. O projeto será apresentado oficialmente na edição 2019 da Festa Internacional de Paraty (Flip), dentro da programação da Casa Paratodxs, dia 11 de julho, às 19h, em conversa entre Isabel Lucas e o editor da Cepe, Wellington de Melo. Antes disso, no dia 6 de julho, já será publicada - na versão online do jornal literário Pernambuco (Cepe), e no jornal Público - a primeira das 12 reportagens, e o Pernambuco também já terá na versão impressa do mês de julho uma entrevista exclusiva com a escritora falando sobre o projeto. “Em meio à crise política e social em que vive o Brasil, pensar a literatura é fundamental, tanto a canônica quanto a que está sendo feita neste momento, no calor da hora. A ficção sempre vê mais longe”, defende o editor do Pernambuco, Schneider Carpeggiani. Selma Caetano, representante da Fundação Oceanos, enxerga ainda uma possibilidade de “aproximar literaturas e artes de língua portuguesa”. A escolha por títulos pertencentes ao cânone literário brasileiro, segundo Isabel, foi uma forma de abrir as possibilidades para abordar a diversidade temática e geográfica que compõe a identidade brasileira. “É uma escolha que se pode dizer conservadora, mas que tem o objetivo de, durante a viagem, descobrir e integrar obras mais atuais, chegando ao que neste momento o Brasil escreve sobre o Brasil”, esclarece Isabel. Além de Os Sertões (Euclides da Cunha) e Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis), a autora utiliza como pontos de partida os títulos Vidas Secas (Graciliano Ramos), Menino de engenho (José Lins do Rego), Casa-Grande & Senzala (Gilberto Freyre), A hora da estrela (Clarice Lispector), Olhai os lírios do campo (Érico Veríssimo), Grande Sertão: Veredas (Guimarães Rosa), Viva o Povo Brasileiro (João Ubaldo Ribeiro), Dois irmãos (Milton Hatoum), As menina (Lygia Fagundes Telles), Macunaíma (Mário de Andrade), e Lavoura Arcaica (Raduan Nassar). O primeiro texto do road book começou a ser escrito no Recife, em junho passado. Por aqui, a jornalista e escritora portuguesa Isabel Lucas iniciou sua narrativa baseada em pessoas anônimas que por aqui conheceu, e em escritores contemporâneos, como o poeta Miró da Muribeca, que emprestaram seus olhos para que Isabel enxergasse a capital pernambucana à sua maneira. Hotel Central, Mercado da Boa Vista, Ponte Duarte Coelho e Praça Maciel Pinheiro vistos pelos versos de Miró não são os mesmos de um cartão postal. Depois do Recife, Garanhuns, Caetés, Palmeira dos Índios e Quebrangulo (AL), Canudos (BA), e Petrolina (PE) foram os destinos. De 10 a 21 de julho, os destinos serão para Rio de Janeiro e Paraty. De 2 a 12 de setembro, Isabel passará por Porto Alegre, São Paulo, Salvador e Itaparica, e termina sua viagem entre São Paulo, Manaus e Pindorama, de 21 de outubro a 6 de novembro. Isabel já havia feito projeto semelhante nos Estados Unidos, por onde viajou por 16 cidades para tentar entender a complexa realidade daquele País. O resultado foi o livro Viagem ao sonho americano, publicado em Portugal em junho de 2017. O título é tão repleto de ironias quanto o que, por ora, batiza o projeto brasileiro, pois o que Isabel descobriu em terras norte-americanas desmontou muitos dos conceitos prévios. “Naquela época, 2015, o então candidato a presidente Donald Trump surgia como uma piada que se tornou realidade”. Algo semelhante ao que ocorreu no Brasil com o atual presidente. Já a escolha dos livros foi pautada por questões de raça, imigração, tecnologia… “Achava que sabia o que era racismo nos Estados Unidos e descobri que não sabia nada; é um país de imigrantes conservadores”, confessa Isabel.   Há dois anos Isabel ‘descobriu’ o Brasil quando fez sua primeira visita aos trópicos. Mas a cultura brasileira há muito que ‘conquistou’ a ela e aos portugueses. Caso de Jorge Amado, muito conhecido por lá. Em Portugal, no entanto, é grande o desconhecimento da literatura brasileira. “E os portugueses acham que conhecem o Brasil ,por causa das novelas!”, conta Isabel. Apesar de não haver a barreira linguística, há sim uma barreira de vocabulário, pois nem tudo se conhece do mesmo jeito aqui e do outro lado do Atlântico. “Meu trabalho consiste também em fazer uma tradução de valores; uma tradução cultural”. Quanto ao fato de ser uma portuguesa, ‘colonizadora’ escrevendo sobre o Brasil ‘colonizado’, Isabel pondera que a alteridade pode favorecer o olhar. “Provavelmente esse livro não será consensual. Se assim fosse, escreveria lá de Lisboa mesmo”.  

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Escritor gaúcho Reginaldo Pujol Filho lança o livro "Não, não é bem isso" no Sebo Casa Azul.

No sábado, 13 de julho, a partir das 19h23, o escritor gaúcho Reginaldo Pujol Filho participará de bate-papo com o escritor Bernardo Brayner e com a jornalista Gianni Paula Mello no Sebo Casa Azul, em Olinda. O evento marca o lançamento do quarto livro do autor, Não, não é bem isso (Não Editora). O autor define o evento como “lançamento mundial” do seu livro, já que esta apresentação é a primeira atividade em torno da obra – o lançamento em Porto Alegre será em 5 de agosto. Não, não é bem isso é definido como um conjunto de experiências narrativas, em que o autor busca, a cada novo, encontrar uma nova forma, uma nova voz, um novo jeito de narrar, extrapolando a escrita feita de palavras e frases. Usando o espaço da página, a distribuição do texto, figuras, imagens, o livro traz narrativas no formato de uma página da Wikipedia, de monólogo teatral ou na voz de uma menina que quer ser santa. Entre a reflexão e o humor, a experimentação e a narração, Reginaldo parece dizer, ao fim de cada texto “Não, não é bem isso, é preciso tentar de novo”. O título da obra é uma citação do escritor Sérgio Sant’Anna, que assina a orelha do livro. Nesta apresentação, o autor, um dos maiores contistas do Brasil afirma que “Não, não é bem isso, sem nenhum exagero, é das melhores coisas que li de literatura brasileira nos últimos tempos(...) Chega a espantar-me que alguém possa ter alcançado esse nível de enredo e linguagem (...) Aliás o livro todo, sem deixar de ser clássico, é de uma contemporaneidade irretocável. Lembrei, na obra toda, um pouco de Borges, mas um Borges do século 21”. O livro estará a venda no local pelo preço de 44,90. ***** Lançamento de Não, não é bem isso e Bate-papo com Reginaldo Pujol Filho, Bernardo Brayner e Gianni Paula de Melo Local: Sebo Casa Azul (rua 13 de Maio, 121, Carmo, Olinda) 13 de julho, sábado. A partir das 19h23 ***** MAIS SOBRE O AUTOR: Reginaldo Pujol Filho é autor dos livros Só Faltou o Título, Quero Ser Reginaldo Pujol Filho e Azar do Personagem. Tem mestrado e doutorado em Escrita Criativa pela PUCRS, ministra cursos de criação literária e escreve crítica e ensaio para veículos como O Globo, Zero Hora e Suplemento PE. Também escreve roteiros de cinema e é curador da Coleção Gira de Literaturas de Língua Portuguesa da editora Dublinense.

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