Arquivos Livro - Página 9 De 9 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Livro sobre a história do frevo em braille e em tinta é lançado em Roma

O Centro Cultural Brasil-Itália, em Roma, é cenário, nos dias 20 e 21 de outubro, do lançamento da “Aula-espetáculo:100 anos de frevo”, livro infantil, em braille e tinta, nas versões italiana e portuguesa, escrito pela pernambucana, coreógrafa e bailarina, Mariangela Valença. É o primeiro registro sobre o frevo na linguagem das pessoas com deficiência visual. A ação faz parte do projeto “Lançamentos”, que acontece desde 2011 e inclui workshops de frevo, apresentações com passistas e doações dos livros para escolas, bibliotecas e Institutos de Cegos. “Aula-espetáculo: 100 anos de Frevo” já foi lançado no Brasil, Portugal, França, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, EUA, Cuba e Suécia nas versões portuguesa, inglesa, alemã, italiana, espanhola e francesa. Para a Itália serão doados em torno de 100 livros, que serão usados em escolas e cursos, entre crianças, adolescentes e adultos, com apoio dos Consulados e da Embaixada. “Não é uma simples apresentação de frevo, e sim, a formação de agentes multiplicadores da nossa cultura. Esse trabalho se perpetuará pela Itália. O número de pessoas a serem atingidas é imensurável. E, assim, poderão nos ajudar a continuar com o plano de salvaguarda do nosso ritmo centenário”, explica a coreógrafa e bailarina, Mariangela Valença. Aula-espetáculo:100 anos de Frevo (Agenda no mundo) - Em 06 de agosto/2017, durante o Brazilian Day, o livro foi lançado em Estocolmo-Suécia; - Em 09 de setembro/2017, a obra foi trabalhada, com crianças e adolescentes, na primeira oficina na Embaixada do Brasil (Suécia), através do projeto Unidos no Mundo da Literatura – Brasil e Suécia, de Raquel Villagra. (Segue até maio/2018); A proposta da educadora é promover intercâmbios com livros brasileiros para serem utilizados em oficinas pedagógicas. O objetivo é apresentar, através de uma atividade criativa, sugestões para aprimorar a aprendizagem do português como língua materna utilizando livros; - Entre os dias, 28 de setembro a 1 de outubro de 2017, a obra será exibida no estande do Brasil, na Feira Internacional do Livro, de Gotemburgo (o maior evento literário da Escandinávia); - Nos dias 20 e 21 de outubro, “Aula-espetáculo: 100 anos de Frevo” será lançado, no Centro Cultural Brasil-itália (Roma), com a presença de Mariangela Valença. Ilustrações: Ítalo Cajueiro Tradutores: 1) FRANCÊS: Vilton Soares de Souza 2) INGLÊS: Hugo e Eugênia Caldas 3) ALEMÃO: Cornelia Parisius 4) ESPANHOL: Walmir Sabino 5) ITALIANO: Alexandre Lippi Sobre a escritora - Mariangela Valença é bailarina, coreógrafa, atriz, radialista, psicóloga, coach e produtora cultural. Dedica-se à cultura pernambucana há mais de 25 anos. Iniciou a carreira no Balé Popular do Recife. - Em 2002, lançou videoaula: “Aprenda o passo”, dvd que ensina a dançar o frevo; - Em 2008, lançou o livro infantil, em braille e em tinta: “Aula-espetáculo: 100 anos de Frevo”: Atualmente, está no Brasil, Portugal, França, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, EUA, Cuba e Suécia. Como fruto dos lançamentos independentes, a obra chegou na Kings' College London - tradicional instituição de ensino superior do Reino Unido, considerada uma das mais prestigiadas e importantes do mundo. O “Aula-espetáculo: 100 anos de Frevo”, agora faz parte da coleção de cultura brasileira da universidade. E participou da maior Feira Literária da Escandinávia, em Gotemburgo; - Em 2014, lançamento do site, educativo e gratuito: www.aprendafrevo.com.br, com videoaula ( audiodescrição e libras) e o livro (nos seis idiomas); - Representou Pernambuco e o Brasil em Feiras Nacionais e Internacionais de Turismo; - Participou do longa “O Cangaceiro”, de Aníbal Massaíni Netto; protagonizou o curta “Café Aurora”, de Pablo Polo; participou do filme de Kleber Mendonça Filho, “O Som ao Redor”; - Coreografou e dançou com a cantora Elba Ramalho (2009 a 2012); - Foi um dos coreógrafos da “Dança dos Famosos – ritmo FREVO 2015 - Faustão/ Globo; - Criou e coreografou a abertura do show de carnaval da cantora Nena Queiroga - Marco Zero, Recife/ 2017. - Atualmente, desenvolve projetos de aperfeiçoamento da acessibilidade no site “aprendafrevo”; trabalha em novos lançamentos do livro e dvd pelo mundo e está na pré-produção da peça: “Somente o que muda permanece verdadeiro”. SERVIÇO: O QUE: lançamento - “Aula-espetáculo: 100 anos de Frevo”, no Centro Cultural Brasil-Itália (Roma) QUANDO: 20 e 21 de outubro/2017  

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“1.010 Maneiras de Comprar um Livro Sem Dinheiro” acontece neste domingo (24), no Recife Antigo

A organização sem fins lucrativos Junior Achievement Pernambuco (JAPE), através do Nexa PE, núcleo de ex-achievers formado por jovens que participaram do Programa Miniempresa, promove a terceira edição do “1.010 Maneiras de Comprar um Livro Sem Dinheiro” no Recife. A ação está marcada para este domingo (24), das 9h às 16h, na av. Rio Branco, no Recife Antigo. O objetivo é incentivar a leitura e o consumo consciente, através da “venda” de livros, sendo o “custo” a realização de uma boa ação. Assim, para ganhar cada livro é preciso realizar uma atividade que simbolize boas práticas e atitudes positivas, como abraçar um desconhecido, declamar uma poesia, doar sangue e plantar uma árvore. E quem quiser doar livros para as próximas edições, pode deixar na sede da JAPE, que fica na Rua do Riachuelo, número 105, sala 901, Edf. Círculo Católico, Boa Vista, Recife. A Junior Achievement é uma instituição mundial que atua na educação empreendedora de jovens ainda na escola. Em Pernambuco, está presente desde 2003. Mais informações: (81) 3421.2277 e www.jape.org.br. SOBRE A JUNIOR ACHIEVEMENT A Junior Achievement é uma associação educativa, sem fins lucrativos, criada nos Estados Unidos em 1919, com o objetivo de levar o empreendedorismo aos jovens, ainda na escola. Atualmente, o trabalho da associação estende-se a mais de 120 países. No Brasil, a Junior Achievement atua, desde 1983, através da parceria com a iniciativa privada. Os projetos da associação já beneficiaram 3 milhões de crianças e jovens brasileiros. Em Pernambuco, atua desde 2003. O objetivo é oferecer educação econômica-prática e experiências no sistema de livre iniciativa, através da parceria entre escolas públicas de ensino fundamental e médio e voluntários da classe empresarial que dedicam parte de seu tempo ensinando e compartilhando suas experiências com os alunos. Através de metodologia própria, a organização pretende que os jovens despertem o espírito empreendedor e obtenham uma visão clara do mundo dos negócios, facilitando, assim, o acesso ao mercado de trabalho e estimulando seu desenvolvimento pessoal. SERVIÇO | 1.010 MANEIRAS DE COMPRAR UM LIVRO SEM DINHEIRO Quando: domingo, 24 de setembro de 2017 Horário: das 9h às 16h Onde: Av. Rio Branco – Recife Antigo Informações: (81) 3421.2277 Site: www.jape.org.br

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Grãos - Como criar uma filha feminista - Por Beatriz Braga

*Por Beatriz Braga Ela é ainda um grão e eu já espero tanto dela.  Eu sou deliberadamente apaixonada pelo futuro. Acredito no potencial de renovação de cada geração e cada vez que alguém especial engravida, meu coração fica mais esperançoso. Quando ela me disse que estava carregando um ser do tamanho de um grão de lentilha no ventre, imaginei o longo caminho de transformação que ele ainda passaria e desejei que fosse leve. O ser ainda não tem rosto ou pés, mas tenho certeza que o que espera por ele é grandioso: uma noção de respeito e incentivo. Se fosse homem, aprenderia a respeitar desde o começo e seria incentivado a ser o que quisesse, a aceitar suas características femininas e a se desprender desse conceito de “homem macho”. Sendo mulher, aprenderia a exigir respeito, ser independente e a se amar. Quem sabe, um ou outro, aprenderiam a ser livres e ajudariam a construir um mundo no qual os gêneros não nos definissem. Acabou que se descobriu menina. Eis o que acho: Moema terá a base para ser forte, para se amar independente de padrões externos e encontrará, em casa, um grande exemplo de sabedoria no qual pode se espelhar.  Assim espero também para Francisco, Alice, Cecília, Bernardo, Benício e Sophia. E todas as crianças do mundo. Afinal, elas são o futuro. Essa última desenhou suas mães e escreveu “o amor é o que importa”. Mais esperta que muita gente adulta, não acham? Uma amiga, certa vez, disse que não queria ter filha para que ela não passasse por situações parecidas com as que viveu. E completou em seguida: também não aguentaria ter um filho que pertencesse ao círculo machista. Retruquei que, independente de sexo, talvez sua futura cria pudesse fazer a diferença. Quando soube do grão, reli o livro de bolso da nigeriana Chimamanda Adiche “Para educar crianças feministas”. Eu já havia presenteado a sua mãe com “Sejamos todos feministas” da mesma autora. Na obra lançada este ano, a escritora responde a uma amiga que lhe pergunta conselhos sobre “como criar uma filha feminista”. Aqui, elenco meus preferidos (não se preocupe com os spoilers, o manifesto tem muito mais a oferecer). DECIDA O QUE NÃO DIRÁ PARA SUA FILHA A linguagem é poderosa. Toda vez que as crianças ouvem “você está chorando como uma menina”, “isso é coisa de menininha”, “só podia ser uma mulher”, automaticamente absorvem que ser menina é ser frágil, indefesa, inferior e você entende onde isso vai acabar, não é? Uma amiga de Chimamanda decidiu nunca chamar a filha de princesa. “Princesa vem carregado de pressupostos sobre sua fragilidade, sobre o príncipe que virá salvá-la, etc. Essa amiga prefere ‘anjo’ ou ‘estrela”. Usemos a linguagem a nosso favor. FAÇA COM QUE ELA LEIA LIVROS. SE PRECISAR, PAGUE POR ISSO. A filha de uma amiga da escritora não gostava de ler. A mãe, então, pagava cinco centavos por página lida. Mais tarde, disse ela, saiu caro, mas valeu a pena. A dica de Chimamanda é quase simples: leia e sua filha entenderá que ler é uma virtude. Se ela não entender assim, pagar é uma opção. “Os livros vão ajudá-la a entender e questionar o mundo, vão ajudá-la a se expressar, vão ajudá-la em tudo que ela quiser ser - chefs, cientistas, artistas”. Poderoso! CERQUE-A DE HOMENS E MULHERES QUE COMBATAM ESTEREÓTIPOS (QUALQUER UM DELES) Crianças se guiam pelos exemplos. Então encontre pessoas que combatam estereótipos e deixe claro o quanto você os admira. Sempre que uma criança conhecer um homem que ama cozinhar e faça isso para toda família, por exemplo, logo vai descartar frases sexistas como “cozinhar é coisa de mulher”. Talvez esse seja seu conselho mais importante: circunde-se de homens e mulheres que possam dar alternativas reais aos modelos de gêneros tradicionais cultuados na sociedade. SE DESFAÇA DE SUAS PRÓPRIAS AMARRAS Uma frase curta para o possivelmente maior desafio de uma mãe: “para garantir que a filha não herde nenhuma vergonha sua, você precisa se libertar da vergonha que você mesma herdou”. “Nunca associe sexualidade e vergonha. Ou nudez e vergonha. Nunca transforme a virgindade em foco central. Ensine a rejeitar a associação entre vergonha e biologia feminina”. Entre vários outros conselhos, a nigeriana sugere que se compre trenzinhos e blocos (e bonecas também, se quiser) e incentive suas filhas a criarem, a serem ativas e a valorizarem suas identidades e aparências. “Vou tentar”, a destinatária responde. “Eu também”, diz a autora. Que bom seria se todos nós tentássemos. Para todos aqueles que ainda não perceberam o valor do feminismo, esta frase dessa mulher incrível é a minha preferida: “quando há igualdade não existe ressentimento”.

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Cartão de visitas

A escrita primeira de Aline Menezes abraça a prosa poética. E chega sem pedir licença. Ela se anuncia com o cartão de visitas onde se lê: “vim para ficar”. Os textos que se apresentam neste “Outono” - Coleção Estações de Maria, pedem portas abertas para mais uma autora trazida no dorso das águas do Velho Chico. Aline reúne confissões, coisas intimistas, segredos em monólogo interior ou narrados na primeira pessoa, sentimentos traduzidos em metáforas originais, que aparecem ao longo do livro: “acordei submersa no meu choro”, em companhia de outros versos como: “lembra de lembranças não vividas” ambos vistos no texto “Segunda chance”. O livro é delgado, 80 páginas, porém denso, dono de uma densidade leve, amena que permite ao leitor tratá-lo como se breviário fosse, e ali posto para um deleite diário nas emoções trazidas por Aline. Em “Outono”, a autora caminha também pelas alamedas da poesia convencional: usa com frequência o chamado verso livre e, do mesmo modo, rimas internas, vistas, por exemplo, no poema “Luta de Luto”, dentre outros. Há momentos em que numa visão mais severa, é possível optar por uma crítica áspera, contudo noutros instantes tal intenção se inibe diante de versos assim: “As vozes calam o silêncio grita” que mostram a inversão imagética contida no poema “Casarão fúnebre em tarde de velório”, ou ainda quando o seu olhar foge de si e contempla o mundo: “tento criar histórias para cada pessoa que passa por mim no cotidiano”, lido no texto “Universo Paralelo”. Concluindo, num enfoque derradeiro, Aline Menezes nos traz um conteúdo nada mal para um livro de estreia num gênero tão difícil.

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Abertas as inscrições para o 15º Festival Recifense de Literatura

Está chegando a hora de festejar a literatura na cidade que já produziu tantos e tão fundamentais escritores e poetas. Até hoje (11), estão abertas as inscrições para autores locais e nacionais, livreiros, cordelarias, editoras, sebos ou vendedores de livros autônomos interessados em participar do processo de exposição e comercialização de livros e outras atividades literárias do 15º Festival Recifense de Literatura - A Letra e a Voz e da Festa do Livro, que serão realizados entre os próximos dias 24 e 27 de agosto, no Recife Antigo. As propostas deverão ser encaminhadas à Gerência Operacional de Literatura e Editoração (GOLE), no mezanino do Teatro Barreto Junior, no Pina, no horário das 8h às 12h e das 13h às 17h. O formulário de inscrição e mais informações sobre a convocatória estão disponíveis na página da Secretaria de Cultura (http://www2.recife.pe.gov.br/), no site da Prefeitura do Recife. Entre outras informações que se fazem necessárias, os proponentes deverão detalhar suas atividades dentro do setor livreiro, incluindo sua experiência em eventos literários e perfil de seu acervo. O resultado da convocatória será divulgado também no site da Prefeitura do Recife e no Diário Oficial. Após a divulgação, os selecionados terão três dias úteis para apresentar documentação exigida. Serviço: Convocatória para o 15º Festival Recifense de Literatura - A Letra e a Voz e Festa do Livro Período: Até a próxima sexta-feira (11) Inscrições: Teatro Barreto Junior, Rua Estudante Jeremias Bastos , Pina Horário: Das 8h às 12h e das 13h às 17h Informações: 3355-6398 (PCR)

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Livro de Vinicius Campos é finalista do Jabuti na categoria juvenil

Há um grande mistério a ser desvendado pelos agentes especiais, três adolescentes com habilidades extraordinárias desenvolvidas a partir da superação de suas próprias limitações. Como as três cores primárias, os heróis se completam formando um time imbatível, sempre a postos para impedir o triunfo do mal. Obra que chega às livrarias pela SESI-SP Editora em novembro, "Agentes Especiais - E o mistério na fábrica de celulares", do escritor e ator Vinicius Campos, fala dos heróis que estão nas ruas, todos os dias, superando seus desafios. O livro é finalista do 58º Prêmio Jabuti, conforme anúncio da Câmara Brasileira do Livro (CBL), em São Paulo no última sexta (21). "A questão das capacidades especiais sempre foi um assunto que me interessou. A capacidade que temos de nos adaptar aos detalhes de nossos corpos e a partir deles desenvolver habilidades é uma das qualidades mais maravilhosas do ser humano. Se adaptar e não se resignar. Os agentes especiais são isso, adolescentes comuns, que por 'limitações' de seus corpos, mas com educação e preparação, se superam e se transformar em verdadeiros heróis", revela o autor sobre o novo livro. De acordo com o Vinicius, "Agentes Especiais - E o mistério na fábrica de celulares" é uma história cheia de aventura, emoção, que indiretamente discute a integração de todas as pessoas na sociedade. "Já vi muitos tipos de superheróis, mas acho que os meus são inovadores, e tomara que o público perceba que eles são fortes o suficiente para de verdade defender nossa sociedade dos perigos do mal", afirma. O livro foi publicado na Argentina, em 2013, e finalmente chega ao Brasil, com algumas modificações, como o texto está mais ágil, que deixa a história ainda mais instigante, e ilustrações de Cris Eich. "Na Argentina, lançamos por uma editora pequena, mas chegou a muitas escolas, e, mesmo hoje, anos depois, continuo recebendo e-mails e mensagens muito carinhosas sobre o livro. O texto fala a linguagem da garotada, porque por mais que eu já não seja garoto, sou um pouco Peter Pan e adoro este universo", conta o autor sobre a primeira edição do livro, intitulada "Detectives especiales y el misterio de la fábrica de celulares". Sobre o autor: Vinicius Campos mora na Argentina e foi lá que publicou "Detectives especiales y el misterio de la fábrica de celulares", texto que agora a SESI-SP Editora publica em português. Vinícius também é apresentador de um programa no Disney Channel, além de dar aulas de literatura num projeto chamado "Caravana das Artes." No Brasil, Vinícius Campos também já lançou "O amor nos tempos do blog" (Cia das letras), "Dançando com o inimigo" (Terceiro Nome) e "Minha vida cor-de-rosa #SQN" (Rocco).

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Por que os escritores vão às salas de aula? (Por Paulo Caldas)

*Por Paulo Caldas Para a escritora Jussara Kouryh aproximar os autores do leitor, muitas vezes crianças e adolescentes, é fascinante. “Acham que somos pessoas distantes, que vivemos num mundo diferente, mas quando percebem que somos iguais, que possuímos os mesmos sonhos e inquietações, começa um processo de desmistificação. É muito interessante”. Ela acrescenta que outra motivação é constatar o quanto nossa presença nas salas de aula, além de provocar discussões produtivas sobre o texto, sua compreensão e interpretação, desperta interesse pela leitura, além de estimular a própria produção textual dos alunos. “Os estudantes e profissionais da educação, nos trazem elementos extraordinários para o enriquecimento de nossa escrita. São observações, exigências que acrescentam positivamente e abrem leques para nossas futuras produções. Em suma, é uma troca maravilhosa”. Garante. Perguntada sobre se a sua visita contribui para incentivar o hábito da leitura, Jussara Kouryh tem dúvidas. “Se os alunos são impulsionados cotidianamente à produção textual, nossa presença será mais um elemento motivador. Se, ao contrário, a nossa visita, ficará apenas a lembrança e sem maiores consequências. Nossa presença pontual não tem a força de operar um milagre que só acontece quando a escola compreende a importância do ato de ler”, afirma. Sobre os seus títulos mais indicados às escolas, ela detalha. “Alguns infantis como O Grande Festival das Cigarras, Biu – o passarinho maluco, Liberdade, o sonho dos Palmares... Os infantojuvenis como O dono dos pés, Desafio no asfalto, Jogo de máscaras... entre os romances Sophia e Na palma da mão”. Os livros de Jussara contemplam também outros temas. “Produzi duas coleções que estimulam discussões nas salas de aula: Conceitos sem preconceitos, em seis volumes nos quais podemos conversar com os adolescentes sobre uso de droga, internet e redes sociais, tráfico de pessoas, bullying, as doenças sexualmente transmissíveis e o HIV/aids. Na coleção Histórias do Brasil Afro-indígenas, formada por quatro volumes, atendendo exigências do Ministério da Educação, abordamos histórias e culturas afro-indígenas. O escritor Fernando Farias tem uma visão diferente dos seus colegas. “Faço um trabalho de militância literária, incentivando mais a arte de escrever do que motivando novos leitores. Tenho dito que lugar de escritor é nas escolas. São eles que podem falar sobre a importância da leitura e da arte de escrever. Mesmo que não sejam escritores de histórias infantis e para adolescentes”, define. O seu trabalho, praticamente, começou na Escola Estadual Rodolfo Aureliano, em Jaboatão, para fazer oficinas aos sábados, dentro do projeto Escola Aberta. “Isso sem qualquer remuneração; a experiência inicial não foi muito boa, pois eu apenas transferia o conteúdo das oficinas que eu assistia com Raimundo Carrero. A primeira turma durou mais de um ano e eles serviram como minhas cobaias. Tive que aprender empiricamente a fazer exercícios motivadores, buscar técnicas mais simples, textos leves e incentivar a leitura de livros da biblioteca. Tomei gosto e fiz proposta para a Prefeitura de Jaboatão, onde há mais de seis anos faço palestras e oficinas. Sou remunerado por este trabalho. Depois fui convidado pelo SESC onde já fiz oficinas e palestras em várias cidades. Também faço palestras em escolas do Recife e nas bibliotecas comunitárias”. Farias acrescenta que é bem recebido pelos alunos, “mas nem sempre pelos professores caretas que se incomodam com meu método descontraído que estimula a criatividade, a quebra de padrões e busca o pensamento livre. O aluno percebe que tudo é uma brincadeira, podem sair da sala, usar celulares e conversar. No estímulo à imaginação vem o debate de temas transversais: drogas, gravidez na adolescência, consciência da temporalidade e morte. O que sempre gera mote para os contos”, comenta. Ele observa que as oficinas e palestras só estimulam os alunos que possuem predisposição à leitura. “Não há mágica, é preciso um ambiente de leitura em casa. A experiência com adultos, das turmas do EJA, (Educação de Jovens e Adultos), durante dois anos, motivou mais retorno, criando-se até uma biblioteca no bairro de Barra de Jangada. Detectamos que houve um aumento de mais de 100 jovens inscritos na biblioteca quando as oficinas foram realizadas na Biblioteca Central de Jaboatão, ou seja, dentro do ambiente de livros. As escolas não têm bibliotecas, nunca vimos um professor de português que incentivasse a leitura, são poucos os que se aliam ao projeto das oficinas. A maioria aproveita para sair da sala nessas horas”, critica. “Há uma ideia falsa de que apenas quem escreve para crianças deve ir às escolas, na verdade, eles usam as escolas apenas para vender livros. Por outro lado, nem todos os escritores se comunicam com jovens, sabem escrever bem, mas são péssimos para falar com as turmas. Principalmente pela vaidade e egocentrismos, escritores que acham que são importantes e falam tudo de suas vidas e nada sobre a leitura e a arte”, conclui. *Paulo Caldas é escritor  

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Qual o poder da oração?

"Quarto de Guerra", lançamento da editora Thomas Nelson Brasil, vai surpreender os leitores. A obra, inspirada no filme que chegou a liderar a bilheteria do cinema nos Estados Unidos, traz a história de Tony e Elizabeth, um casal que tem tudo para se considerar feliz. Ambos estão bem empregados e têm uma filha de 10 anos, que recebe pouca atenção dos pais. Apesar de tudo parecer que está indo bem, as aparências enganam. Impaciente com a mulher e muito ocupado com o trabalho, Tony volta os olhos para outras mulheres. Perdida e arrasada com tantas brigas com o marido, Elizabeth se afunda cada vez mais na amargura. Ela queria gritar com ele. [...] Ela queria ficar frente a frente e discutir até que ele a ouvisse, finalmente ouvisse o que ela estava dizendo em vez de acusá-la e ir embora. Isso era o que ele sempre fazia, e a deixava furiosa. Ele ape­nas colocava um fim à conversa como se estivesse batendo a porta no rosto de um vendedor de panelas. Em meio a essa guerra familiar, Elizabeth conhece Clara, uma senhora que mantém em casa um espaço especialmente destinado à oração e intercessão, chamado por ela de “quarto de guerra”. Em uma visita à casa de Clara, ela conhece o ambiente e é desafiada a traçar um plano de oração pela família: Elizabeth entrou e sentiu uma sensação de paz envolvê-la. Ela olhou para os pedaços de papel presos às paredes, para os nomes e frases escritos com uma letra bonita. Algumas páginas continham versículos bíblicos escritos nelas. Outras tinham fotografias em fi­chas. Algumas das anotações pareciam estar ali há anos. Em mais de 300 páginas, QUARTO DE GUERRA mostra como a oração é poderosa para mobilizar o mundo espiritual. O filme, no qual o livro foi inspirado, estreia no Brasil neste mês.

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