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Programação junina e conexão com a natureza nos equipamentos ambientais da PCR

Os equipamentos ambientais da Prefeitura do Recife são opções de lazer e diversão para quem quiser aproveitar o fim de semana. O Jardim Botânico, no Curado; o Econúcleo Jaqueira, na Zona Norte e o Centro de Atendimento ao Turista Ambiental (CAT Ambiental), na Zona Sul; estarão oferecendo oficinas, apresentação teatral e caminhada ecológica em clima de São João. O destaque fica para oficina de decoração para Festa Junina, com material reciclado. No Econúcleo Jaqueira, o sábado (22) começa com a contação de história e oficina: "Borboletando coisa e tal". A atividade acontece às 9h e vai explorar o ciclo de vida da borboleta e curiosidades ao seu respeito, utilizando formas animadas. Além disso, ainda vai rolar a oficina de criação de imã de geladeira no formato da borboleta. Após essa atividade, o visitante poderá participar também das comemorações do aniversário do Dia do Baobá, instituído pela Lei Municipal 17.099 e celebrado a cada dia 19 de junho. A professora Carla Santana realizará uma oficina de dança afro, às16h. O Dia do Baobá é comemorado desde 2005 e homenageia a árvore que possui mais exemplares tombados pelo município. A árvore possui importância antropológica, sobretudo junto à militância negra pernambucana, além de ocupar espaços em segmentos culturais, como literatura e teatro. E para quem quiser entrar no clima junino, a opção é participar, às 11h, da aula expositiva de decoração para Festa Junina, com material reciclado. Na ocasião, irão aprender a confeccionar balão de flor com saco de pipoca; bandejinha de doce com caixa de ovo e arte com papelão. O Jardim Botânico do Recife só abrirá no sábado (22), e quem visitar o local poderá conferir, às 9h, a Caminhada Ecológica: sons e movimentos da mata, que vai promover uma conexão com a natureza através dos sons que da natureza. Os participantes poderão observar os movimentos das folhas, galhos, pássaros, aguçando os cinco sentidos, principalmente a escuta e o olhar. O equipamento público de lazer contemplativo, pesquisa e conservação funcionará das 9h às 15h30. O CAT Ambiental também estará com uma programação voltada para consciência ambiental. No domingo (23), às 09h o grupo Sahaj Yoga vai oferecer meditação gratuita para os visitantes. Logo após, o espaço será palco da oficina “A Natureza que Cuida”, que ensinará a produzir produtos naturais como repelente, sabonete e shampoo. Para encerrar o domingo, ainda vai rolar Vivência Ambiental “Água Viva”. A programação começa às 9h e segue até às 17h. Confira a programação completa dos equipamentos ambientais:   Econúcleo Jaqueira, Sábado (22) 09h – Contação de história e Oficina: "Borboletando coisa e tal" 10h – Trilha ambiental + oficina de mudas “plantando o futuro” 11h - Aula expositiva de decoração para Festa Junina, com material reciclado 14h – Trilha Ambiental Cantarolada (Sr. Baobá) 15h – O Meio que se conta: contação de histórias “As aventuras de Anansi” 16h – Dança Afro com Carla Santana   Domingo (23) 09h – Meditação com o grupo Sahaja Yoga 10h - Resíduo nos eixos: oficina de malabares 11h - Oficina de mudas “Cantinho das Sementes” 14h – Trilha Ambiental + oficina de Vermicompostagem 15h – Histórias Cantaroladas 16h – Pocket Show com Maricota e Dom   Econúcleo Jaqueira R. do Futuro, 959 - Jaqueira De quinta à domingo, das 9h às 17h Entrada gratuita   Jardim Botânico, Sábado (22) 09h - Caminhada Ecológica: sons e movimentos da mata 10h – Sementes do amanhã: oficina de mudas 11h - Vivência ambiental “Água viva” 13h30 - Caminhada Ecológica: Descobrindo as árvores do Jardim + Arte no meio (pintando com a natureza) 15h - Sarau Ambiental “Vozes do Meio”   Jardim Botânico do Recife BR­232, km 7,5 - Curado De terça a domingo, das 9h às 15h30 Entrada: gratuita CAT Ambiental,Domingo (23) A partir das 09h até às 17h - Meditação com o grupo Sahaj Yoga A partir das 09h até às 17h - Oficina “A Natureza que Cuida” A partir das 09h até às 17h - Vivência Ambiental “Água Viva”

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PCR orienta sobre podas, remoção de árvores e compensação ambiental

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, alerta para os processos de manutenção das árvores. Mesmo com todos os benefícios trazidos pelos indivíduos arbóreos, a SMAS recebe diversos pedidos de autorização para corte e poda desse tipo de vegetação urbana. Somente no mês de abril foram feitas 80 solicitações para corte e 254 para podas em áreas particulares. Os motivos alegados pelos munícipes são os mais variados, desde possíveis riscos de quedas até o fato de que as folhas fazem "sujeira" e entopem as calhas das residências, ou que as mesmas servem de abrigo para morcegos. Os critérios da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS) para autorizar o serviço são rigorosos: do total de solicitações, 55 foram autorizadas para erradicação e 251 para podas no referido mês. A SMAS informa que a remoção de árvores em áreas públicas e calçadas é de competência única e exclusiva da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (EMLURB), já em áreas privadas, o cidadão deve dar entrada no formulário de Autorização Ambiental junto à Secretaria. Também é necessário fazer um croqui com a localização da árvore no terreno e indicar um local para o replantio, o mais próximo possível do imóvel. A Autorização Ambiental para erradicação e a poda, de acordo com a Lei nº 17.666/2010, tem custo, sendo R$ 137,28 o menor valor. Para cada árvore erradicada, o requerente deverá compensar com o plantio de pelo menos dois indivíduos arbóreos. Os principais aspectos levados em consideração para a possível aprovação das solicitações de remoção são o estado fitossanitário da árvore (causado pelo ataque de pragas e doenças), espécie inadequada para o local, crescimento deficiente causado pelo plantio errado da árvore e risco de queda. Técnicos também avaliam o grau da interferência da árvore em edificações existentes e a falta de alternativa técnica para a implantação de projetos de edificações. Vistoria Após o cidadão protocolar um pedido de corte de árvore, os técnicos ambientais vão até o local para analisar a situação e fazer o laudo técnico sobre o estado das árvores. A avaliação é bastante minuciosa. O profissional avalia diversos aspectos e preenche um relatório com informações detalhadas sobre a árvore, como tronco, galhos, folhas etc. - que servirá para definir uma possível intervenção, seja poda ou até mesmo a supressão. Outro detalhe importante é que uma árvore "seca", ou melhor, sem folhas, não significa árvore morta. Em algumas espécies, esse aspecto faz parte do ciclo de vida das árvores. São as caducifólias ou árvores caducas. É o caso, por exemplo, que acontece com os ipês e com as amendoeiras, que perdem todas as suas folhas no inverno, mas recuperam todo o vigor logo depois. Por último, vale destacar que toda a árvore, assim como os outros seres vivos, têm um ciclo de vida, ou seja, nasce, cresce e morre. Esse processo pode levar décadas ou mais de mil anos, dependendo da espécie. Poda A execução da poda deverá ser conduzida por pessoas habilitadas, sob supervisão técnica, utilizando-se materiais e equipamentos adequados e medidas de proteção aos profissionais e à população. Qual o caminho natural para quem tem uma árvore e quer fazer uma poda? Como é o sistema de poda na árvore em área urbana? A poda de árvore só será permitida a: Empresa pública: através de servidor devidamente capacitado, mediante autorização do órgão gestor ambiental e ordem de serviço expedida pela EMLURB, fundamentada em parecer técnico; Empresa privada: sob a concessão do poder público e mediante autorização do órgão gestor ambiental; Equipe de corpo de bombeiro: nas mesmas ocasiões acima referidas, devendo, posteriormente, emitir comunicado ao órgão gestor ambiental, com todas as especificações. Importante: Caso a árvore esteja em via pública, o cidadão deverá solicitar a poda através do 156, mas se estiver em terreno particular, o solicitante deve contatar a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade através do telefone: 3355 5817. 4 - Remoção e reposição (Quais os problemas que uma árvore pode causar?) A remoção de qualquer árvore somente será permitida com prévia autorização do órgão gestor ambiental (Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ou Emlurb), através de autorização ambiental, podendo ser consultada a EMLURB, através de laudo emitido por técnico legalmente habilitando, quando: O estado fitossanitário da árvore não permitir controle; A árvore, ou parte significativa dela, apresentar risco de queda; A árvore estiver causando danos comprovados ao patrimônio público ou privado, não havendo alternativa; Se tratar de espécie invasora, tóxica ou com princípios alérgicos, com propagação prejudicial comprovada; Constituir-se em obstáculo fisicamente incontornável ao acesso e a circulação de veículos, devendo para tanto estar acompanhado da planta georreferenciada de projeto aprovado pelo órgão de controle urbano; Constituir-se em obstáculo fisicamente incontornável para construção de obras de interesse público ou social acompanhado de planta georreferenciada de projeto aprovado pelo órgão de controle urbano. Compensação ambiental: Formas de suprir os danos causados ao Meio Ambiente, através do plantio A Compensação Ambiental e/ou a Recuperação de Áreas Degradadas, muitas vezes solicitadas ou impostas pelos órgãos ambientais competentes, são formas de suprir os danos causados ao Meio Ambiente, através do plantio de mudas de árvores nativas em áreas degradadas, visando sua recuperação e interação com a biodiversidade. A remoção e plantio de árvores é uma das ações de compensação ambiental e, geralmente, exige que sejam plantadas o dobro de árvores para cada árvore retirada. Vale ressaltar que o número de árvores a serem plantadas pode ser maior, isso depende do tipo de árvore, da quantidade e do local onde se encontra.

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Lendas e Assombrações na Jaqueira: espetáculo gratuito promove uma caminhada repleta de suspense pelo Parque

O Parque da Jaqueira será palco da primeira edição do projeto Lendas e Assombrações na Jaqueira, esquete teatral que será apresentada durante uma caminhada repleta de suspense e surpresas pelo parque no período noturno. O espetáculo, gratuito, será realizado nesta quarta-feira (19), às 20h30, com saída do Econúcleo. Cerca de 19 pessoas estão envolvidas no projeto e todo o elenco é formado pela equipe de arte-educação da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. A ação da Prefeitura do Recife busca estimular a educação ambiental através dos mitos e lendas que habitam o imaginário do povo pernambucano, utilizando as árvores do Parque da Jaqueira como cenário, bem como as lendas e as histórias fantásticas do lugar. O Velho do Candeeiro, fantasma de um trabalhador do Sítio da Jaqueira (nome antigo da localidade onde atualmente é o Parque), interpretado pelo poeta Felipe Junior guiará o público durante o espetáculo com paradas em espaços estratégicos. Através da linguagem de cordel e expressões pernambucanas, o Velho do Candeeiro fará a apresentação dos personagens, das histórias e do parque. Curiosidade Uma Rua inteira Mal-Assombrada: Segundo “Assombrações do Recife Velho”, do escritor Gilberto Freyre, a antiga Avenida Malaquias, que margeava o terreno atual do Parque da Jaqueira, tinha fama de mal-assombrada. Era uma rua repleta de velhas jaqueiras e mangueiras e que, ao cair da noite, parecia um resto de mata. Mais de um homem fora assassinado naquela rua no período noturno. Eram comuns também os vultos brancos embaixo de suas árvores, bichos estranhos (seriam lobisomens?) e vozes estranhas. Uma delas pediu para o transeunte “Não me deixes no escuro!” em alusão a não apagar o seu lampião enquanto transitava na rua. FICHA TÉCNICA ARGUMENTO/ROTEIRO: Álcio Lins e Flávia Gomes DIREÇÃO: Pascoal Filizola FIGURINO: Álcio Lins MAQUIAGEM: Álcio Lins, Pascoal Filizola e Vinícius Vieira ILUMINAÇÃO/SONOPLASTIA: Hugo Régis SUPORTE TÉCNICO: Silvana Coutinho ELENCO: Aldeline Silva, Daniela Albuquerque, Danielson Holanda, Felipe Júnior, Lucas Sotero, Pascoal Filizola, Simone Santos, Talis Ribeiro, Thayse Boldrini.

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Recifense pode solicitar serviço gratuito de plantio através do projeto “Bora Plantar?”

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS), oferece à população o projeto “Bora Plantar?", que faz parte do Plano de Arborização da Capital e visa ordenar e planejar o plantio de árvores no município. Além disso, o “Bora Plantar?” tem o objetivo de incentivar o plantio, ampliar a vegetação e fomentar o paisagismo dos espaços de uso coletivo na cidade. O projeto vai atuar de duas maneiras: através do 156 e de acordo com o planejamento da SMAS, que terá como critérios os locais com baixa cobertura do verde e elevada temperatura de superfície, além de vias com rotas cicláveis. Ao ligar para o 156, o solicitante vai abrir um protocolo para análise e, a partir daí, técnicos ambientais da SMAS vão até o logradouro para uma avaliação e escolha das espécies a serem plantadas na área sugerida pelo morador. Todo o processo demora em média 20 dias e é gratuito. Na vistoria é analisada a área do plantio, se há presença de tubulações, distância de outras árvores e qual porte e espécie devem ser utilizados. O voluntário se torna colaborador na manutenção da nova árvore. A arborização urbana se faz necessária para equilibrar o clima, aumentar a permeabilização do solo e proporcionar melhorias na qualidade de vida. Além do plantio, através do 156 o cidadão também pode solicitar os serviços de poda; tratamento fitossanitário; análise das raízes; destoca; pontos de confinamento dentre outros.Para alguns serviços, é necessária vistoria técnica para análise e parecer. O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, José Neves Filho, destaca que o projeto vai ajudar a conscientizar a população sobre a importância de valorizar e preservar o meio ambiente, em especial as árvores, e ressalta a importância do acompanhamento técnico dos profissionais da SMAS. “O projeto vai aproximar a população da natureza e fazer com que o cidadão se sinta responsável pela árvore que ele plantou. Depois do sucesso da Maratona Verde temos que dar continuidade ao plantio com apoio da população. É importante destacar que todo processo será acompanhado pelos técnicos da Secretaria, que escolherão as espécies ideais para serem plantadas e passarão todas as orientações para que a muda cresça forte”, comentou.

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Projeto Noronha Carbono Zero proíbe carros à combustão na ilha e incentiva a entrada de carros elétricos

Para preservar ainda mais o meio ambiente de Fernando de Noronha, a administração da ilha vai fazer a publicação do Decreto-Lei no dia 8 de junho proibindo a circulação de veículos à combustão e disciplinando o ingresso, permanência e saída de veículos elétricos do arquipélago. Na tarde desta quarta-feira (5) o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, assinou o Decreto que vai ser enviado para Assembleia Legislativa do Estado proibindo a entrada de carros que fazem a emissão de dióxido de carbono a partir de 10 de agosto de 2022, permitindo apenas a circulação. Mas de 2030 em diante todos os veículos movidos a gasolina, álcool e óleo diesel deverão sair da ilha. A vedação não se aplica às embarcações, aeronaves, tratores e outros veículos automotores assemelhados, destinados a puxar ou arrastar maquinaria, executar trabalhos de construção ou de pavimentação, serviços portuários e aeroportuários. “A agenda ambiental tem que ser uma prioridade em todos os países, em todos os estados. E, como sempre, Pernambuco sai na frente, antecipando-se a esse tema tão delicado. Ficamos felizes em decidir iniciar essa opção sustentável por Fernando de Noronha, um local paradisíaco, que tem todo um simbolismo nessa questão ambiental. Temos certeza que essa iniciativa vai se espalhar pelo Nordeste e para o restante do Brasil”, afirma o governador Paulo Câmara. Por conta das normas, a administração firmou parceria com a Renault Brasil para a implantação dos carros elétricos na ilha. O contrato será assinado no sábado, dia da publicação do Decreto-Lei no Diário Oficial, em cerimônia no Restaurante Mergulhão, com a presença de executivos da Renault do Brasil e representantes da Administração de Fernando de Noronha. Nesse primeiro momento, a administração vai conceder 130 autorizações ecológicas para quem quiser obter um veículo nas especificações ambientalmente corretas. Sendo 100 para pessoas físicas e 30 para pessoas jurídicas. Os critérios para liberação das autorizações estarão no decreto. Os interessados vão ter um prazo de entrega da documentação entre os dias 10 de junho a 10 de julho, no Controle de Veículos e Embarcações (CVE), no Palácio São Miguel. Após este período, será divulgada a lista com os nomes contemplados. "O nosso objetivo é zerar a emissão do carbono na ilha até 2030, conforme as premissas do Noronha + 20, que são regidas pela sustentabilidade em diversas áreas da gestão pública. Noronha Carbono Zero, através dos carros elétricos, é apenas o início de novas opções sustentáveis para a mobilidade e a matriz energética da ilha”, diz Guilherme Rocha, Administrador da ilha. Foram cedidos pela Renault Brasil seis automóveis, de três modelos, Zoe (três), Twizy (dois) Kangoo (um), e quatro carregadores para uso oficial da Administração Distrital em regime de comodato. Os veículos têm autonomia que variam de 100 a 300 quilômetros, dependendo do modelo, com recarga das baterias que duram em média 1h40 para atingir 80% carga total. “Essa é mais uma iniciativa da Renault do Brasil visando trazer soluções de mobilidade sustentável. Para nós é uma honra estarmos presentes em Fernando de Noronha, que é um símbolo de preservação ambiental no Brasil e no mundo”, afirma Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.

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Fim de semana com muitas opções culturais, de lazer e de conscientização ambiental

Junho é mês festivo, mas também de consciência ambiental. Neste fim de semana, a Prefeitura do Recife preparou uma série de atividades voltadas para diversas gerações e gostos. No Paço do Frevo, vai ter diálogo sobre frevo e o forró, além de oficinas de pandeiro e de canto popular. O MAMAM promove exposição inclusiva. A Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, encerra série de performances artísticas. Aproveitando a semana do Meio Ambiente, equipamentos ambientais do governo municipal sediarão ações e atividades especiais em celebração à data. Os espaços irão sediar desde oficinas de mudas e terrários, a palestras e exposições, tudo de forma gratuita e para públicos de todas as idades. CULTURA Paço do Frevo promove diálogo sobre música e oficinas artísticas “Frevo e Forró: um encontro arretado!” Integrando as celebrações do ciclo junino, o Paço apresenta neste sábado (8) mais uma edição do projeto Observatório do Frevo, desta vez com o tema “Frevo e Forró: um encontro arretado!”. A programação promove diálogo entre as duas tradições musicais, com a participação do músico Cláudio Rabeca e do integrante do Quinteto Violado Dudu Alves, artistas reconhecidos por trabalharem paralelamente no cenário carnavalesco e junino. A mediação da conversa ficará por conta do coordenador de Música do Paço do Frevo, Sergio Gaia, que também coordena ações regulares como a Hora do Frevo. O encontro ocorre às 15h, com acesso gratuito e tratará de pautas como compositores, obras, cenário profissional, conquistas e também tensões na relação entre frevo e forró. Serviço Reunião do Observatório do Frevo Data: 08 de junho de 2019 (sábado), a partir das 15h; Participantes: Cláudio Rabeca e Dudu Alves Acesso gratuito e aberto ao público, sujeito à lotação. Informações: (81) 3355-9504 | pesquisa.documentacao@gmail.com Oficina de pandeiro e canto popular no Paço do Frevo Ainda no sábado, a Escola de Música do Paço do Frevo sediará dois cursos parceiros. O workshop de “Pandeiro Brasileiro” é oferecido pela multiinstrumentista e educadora Lara Klaus, integrante do grupo musical feminino LADAMA. Já a oficina de Canto Popular é oferecida pela cantora e professora carioca Clara Sandroni, autora do livro “260 Dicas para o Cantor Popular”. As informações sobre inscrição e participação nos cursos podem ser obtidas no site do Paço do Frevo, na seção de programação. Curso Pandeiro Brasileiro Professora: Lara Klaus Dia: 8 de Junho, de 10h às 13h Investimento: R$ 50,00 Inscrições: laraklaus@gmail.com Curso Canto Popular Professora: Clara Sandroni Dia: 8 de Junho, de 15h às 19h Investimento: R$ 60,00 Inscrições: clarasandroni19@gmail.com | (31) 9 8855 7199 MAMAM segue com exposições abertas ao público João Cabral de Melo Neto inspira exposição “O tempo é implacável” “O tempo é implacável”, da mineira Juliana Gontijo, é a terceira exposição consecutiva assinada por uma mulher. Com curadoria de Wagner Nardy, a mostra tem nos rios pernambucanos a sua nascente. Em sua estreia na cidade, a artista relata suas impressões e reflexões sobre o sujeito que se percebe em trânsito pelo território, motivadas pelo poema O Rio, de João Cabral de Melo Neto. “O tempo é implacável” fica em cartaz no MAMAM, até o dia 16 de junho, com visitação gratuita. O público pode conferir o trabalho de Juliana de terça a sexta, das 12h às 18h, e nos sábados e domingos, das 13h às 17h. Exposição inclusiva O Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), equipamento cultural mantido pela Prefeitura do Recife, abriga a exposição "O Tempo do Sonho". A mostra fica aberta ao público até o dia 16 de junho, no Aquário Oiticica, e é fruto de parceria com o Instituto Federal Federal (IFPE) - Campus Olinda. Tendo como modelo pesquisa baseada no acervo do programa Acessibilidade MAMAM, o IFPE produziu placas táteis em cerâmica que ajudam pessoas com deficiência visual a desfrutar de novas experiências estéticas, interagindo com as criações artísticas. As peças foram criadas pelo IFPE por meio do projeto de extensão “Arte para Cego Ver - Artefatos táteis para mediação de leitura de obras de arte”. Os conteúdos produzidos integram o acervo do museu e estão disponíveis no site www.acessibilidademamam.art.br . Serviço Exposição "O Tempo do Sonho" Em cartaz até dia 16 de junho Aquário Oiticica do MAMAM Visitação gratuita O MAMAM fica na Rua da Aurora, 265, Boa Vista. A entrada é gratuita, mais informações: (81) 3355-6871 e e-maileducmamam@gmail.com . Site: https://blogmamam.wordpress.com/ Exposição "Cinco Pontas" no Museu da Cidade No Museu da Cidade, localizado no Forte das Cinco Pontas, no Bairro de São José, a exposição "Cinco Pontas" estará aberta à visitação gratuita no sábado e domingo, reunindo achados arqueológicos, pinturas e documentos que mostram a importância da fortificação em diversos momentos históricos da capital pernambucana. Em quase 400 anos de existência, o local já foi base para navegadores, depósito, prisão e quartel militar. Informações: (81) 3355-9540. Saiba mais: www.museudacidadedorecife.org. Galeria Janete Costa apresenta performances artísticas "Terra Estranha" é um projeto independente idealizado pelos artistas Clóvis Teodorico e Letícia Barbosa, ambos performers atuantes no campo das artes visuais em Pernambuco. Neste sábado (8), o projeto conclui a sua primeira etapa, com a apresentação de mais dois trabalhos, na Galeria Janete Costa, instalada no Parque Dona Lindu. Teodorico traz à Galeria a performance "Vestidos para Vernissage" e Letícia Barbosa dá continuidade a série "Deformando as Formas de Poder", com a nº. 03. As performances começam às 17h e a entrada é gratuita. MEIO AMBIENTE Junho é especial para quem faz a programação dos equipamentos de educação ambiental da Prefeitura do Recife. Afinal, todo dia 5 do referido mês é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Em decorrência da importância da data, o governo municipal preparou um fim de semana repleto de atividades, ações e práticas voltadas para a preservação e cuidado com o meio ambiente e a conscientização popular quanto à sustentabilidade ambiental. Econúcleo Jaqueira tem trilha ambiental e oficinas No Econúcleo Jaqueira, a programação especial começa na manhã de sábado (8) com uma trilha ambiental para revigorar os ânimos, seguida de uma oficina de vermicompostagem. Em alusão ao Dia Mundial dos Oceanos, o espaço sediará, às 16h, a contação da história “A gota d’água”, que

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Maratona Verde terá apoteose no Parque de Santana

No próximo domingo (9), às 9h, um grande mutirão de plantio irá marcar o fim das atividades da inédita Maratona Verde, esforço da gestão municipal, para ampliar a cobertura vegetal da cidade com o plantio de 10 mil mudas. O evento, que contará com a presença do Prefeito do Recife, Geraldo Julio e do secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho, é gratuito e aberto ao público, que poderá participar da ação de arborização. O Parque Santana fica localizado à Rua Jorge Gomes de Sá – Santana, Zona Norte da Cidade. A Maratona Verde contribuirá para que os moradores se sintam parte da construção ecológica da cidade e fortaleçam a consciência cidadã sobre a importância das árvores para a sustentabilidade, adequação às mudanças climáticas, serviços ecossistêmicos e qualidade de vida. Ao longo da semana, mais de 20 espécies de árvores prioritariamente da Mata Atlântica foram plantadas nos principais corredores viários, parques, praças, escolas e equipamentos de saúde, entre elas Pau-Brasil, Algodão-da-praia, Amescla-de-Cheiro, Cupiúba, Genipapo-Bravo, Gitó, Leiteiro, Martelo, Orelha de Burro, Sucupira, Saboneteira, Ipê Rosa e Pitangueira. Serviço: Encerramento Maratona Verde do Recife Local: Parque Santana: Rua Jorge Gomes de Sá – Santana Horário: 9h

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Pernambuco ganha 22 mil hectares protegidos de Caatinga

O Sertão pernambucano ganhou mais 22 mil hectares de área protegida do bioma Caatinga. Nesta quarta-feira (05), o governador Paulo Câmara criou duas novas Unidades de Conservação: Serras Caatingueiras (entre Salgueiro e Cabrobó), e Serra do Giz (divisa de Afogados da Ingazeira e Carnaíba). O ato, que aconteceu no Parque de Dois Irmãos, na Zona Norte de Recife, marcou a comemoração pelo Dia Mundial do Meio Ambiente e garantiu a conservação de importantes espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção. No mesmo ato, foram assinadas a ordem de serviço para construção de um novo laboratório de análise de qualidade da água para CPRH e o decreto de corredores ecológicos na APA Aldeia-Beberibe. Também foi entregue a sede da Unidade Gestora do Parque. “Pernambuco teve um processo muito forte de industrialização, necessário porque estávamos atrasados. Mas, fizemos isso garantindo que o desenvolvimento fosse sustentável, tanto nos aspectos sociais como na proteção do meio ambiente. Garantimos que houvesse as devidas compensações ambientais. É com esse olhar que vamos continuar a fazer isso em todo o Estado. Não vamos admitir que retrocessos na área do meio ambiente, ameaças de alteração de legislação, ameaças de posturas e pensamentos, cheguem a Pernambuco e atinjam a preservação das nossas reservas e do nosso meio ambiente”, afirmou o governador Paulo Câmara. As novas UCs fazem parte da categoria de Refúgio de Vida Silvestre (RVS), que prevê a proteção integral do ambiente com o objetivo de assegurar condições de existência ou reprodução de espécies da flora local e da fauna residente e migratória. “Pernambuco tem mais de 90% do seu território suscetível a processos de desertificação por se tratar de áreas de clima semiárido. A preservação dessas UCs no Bioma Caatinga permite que os recursos da compensação ambiental possam ser usados nos cuidados desse conjunto de 22 mil hectares e ajudar a frear os efeitos das mudanças climáticas que tanto afetam essa região”, disse o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Bertotti. Localizado entre as cidades Salgueiro e Cabrobó, o Refúgio de Vida Silvestre Serras Caatingueiras conta com uma área de 21,6 mil hectares, abrigando mais de 420 espécies de plantas e 240 de animais (mamíferos, aves, anfíbios e répteis). Na composição da flora, segundo levantamento feito pela Univasf, existem 36 espécies de vegetação endêmicas da Caatinga. Destaque para a “cascudo” (Handroanthus spongiosus), presente na lista de espécies ameaçadas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), na categoria em perigo de extinção. O local também possui uma rica fauna composta por 39 tipos de mamíferos, 202 de aves e 45 de répteis e anfíbios. Desses, seis mamíferos constam na lista de ameaçadas de extinção, como a onça-parda (Puma concolor) e ogato-vermelho (Puma yagouaroundi), ambos na categoria vulnerável. Já o RVS Serra do Giz abrange uma área de divisa dos municípios de Afogados da Ingazeira e Carnaíba. A UC tem 310,2 hectares e possui uma significativa composição de flora e fauna da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro. Segundo o levantamento florístico da área, há 66 espécies de 19 famílias botânicas na localidade. Chama a atenção a Aroeira do sertão (Myracrodruon urundeuva), que está elencada na lista de ameaçadas do MMA. A região ainda dispõe de fauna expressiva, com 116 espécies de animais elencadas em estudos. Entre eles, está o gato-do-mato (Leopardus tigrinus), que corre risco de extinção. Laboratório da CPRH - Com um investimento previsto de R$ 3,4 milhões, a nova unidade de análises laboratoriais da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) será construída no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte do Recife. A previsão de entrega é de oito meses – ou seja , no primeiro semestre de 2020. A assinatura fez parte da programação conjunta comemorativa ao Dia Mundial do Meio Ambiente – 5 de Junho. A gestão do contrato é da Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos. Criado há 52 anos, o Laboratório funciona hoje na sede da CPRH, Casa Forte, numa área de 500 m². A nova unidade será construída em terreno cedido pela Compesa, na Praça Farias Neves, ao lado do Parque de Dois Irmãos. Terá quase o dobro de área e, com novos serviços, a expectativa é que traga novas receitas para o Estado. Contratada a partir de licitação pública nacional, a empresa Pollux Construções Ltda. será a responsável pela obra. “Será um investimento importante, inclusive para futura acreditação do Laboratório junto à Coordenadoria Geral de Acreditação do Inmetro. Busca-se otimizar as metodologias já existentes nas análises, implantar novas metodologias e investir na melhoria do nosso Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ), visando essa futura acreditação”, destaca o presidente da CPRH, Djalma Paes. O Laboratório da CPRH realiza o monitoramento da qualidade dos rios do Estado, dos reservatórios (em convênio com a Apac), análises que subsidiam o trabalho de fiscalização e licenciamento da Agência, e o monitoramento da balneabilidade de praias do Estado. Com a nova unidade, a agência voltará a atender demandas do público externo, gerando receita com análises de água bruta e de efluentes, principalmente para consumo (água de poço, caixas d’água), atendendo, por exemplo, conjuntos condominiais. Corredor ecológico - No evento, ainda aconteceu a assinatura do decreto de criação de áreas de corredor ecológico na APA Aldeia-Beberibe. Também foi entregue a nova sede da Unidade Gestora do Parque Estadual de Dois irmãos que possui uma área de 1.300 m2, distribuído em dois pavimentos e um terraço. O prédio da Unidade Gestora faz parte da primeira etapa de requalificação do Parque de Dois irmãos, que ainda prevê a construção dos setores de veterinária, biologia, quarentena, nutrição e clínica.

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Recife tem mais de 100 riachos, sabia?

Quem anda pelas ruas do Recife não se dá conta de que a cidade possui mais de 100 riachos urbanos. Mas esse desconhecimento não ocorre por acaso. Cortada por três grandes rios (Capibaribe, Beberibe e Tejipió), a cidade viu nas últimas décadas vários dos seus pequenos cursos d’água serem canalizados. Transformados em esgotos, alguns a céu aberto, eles são um dos primeiros lugares a alagar em dias de fortes chuvas. Integrantes do Grupo de Pesquisa de Recursos Hídricos da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) estudam, há 11 anos, a possibilidade de renaturalização e revitalização desses riachos. Revitalizar todos seria uma tarefa para 30 anos, na análise dos pesquisadores. No entanto, alguns trechos estão sendo priorizados no estudo para uma resolução de prazo mais curto. Os riachos do Parnamirim (que corta o bairro de mesmo nome), do Cavouco (que passa pela UFPE, na Várzea) e o do Sítio dos Pintos (vizinho à UFRPE, passando pelas comunidades de Sítio dos Pintos e do Córrego da Fortuna) são estudados para um projeto piloto de recuperação. De acordo com o engenheiro civil e professor da UFPE e da UPE (Universidade de Pernambuco), Jaime Cabral, a pesquisa avaliou a qualidade da água, fauna e flora, possibilidade de uso para transporte, estética, entre outros aspectos. “No século 19, os nossos rios e riachos eram respeitados. No século 20, com a priorização da cidade para o carro, eles foram massacrados. Hoje o nosso desafio é revitalizá-los e reverter esse processo que foi negativo para o Recife”, comenta o coordenador do grupo que tem integrantes com formação multidisciplinar. O especialista lembra que esse fenômeno não foi apenas local, mas que cidades do mundo inteiro passaram por experiências de canalização dos seus cursos d’água, chegando até a cobri-los com laje em alguns casos, como na Alemanha e França. Em muitos desses lugares, no entanto, o poder municipal conduziu um processo de reversão dessas medidas, devolvendo ao espaço público o seu leito natural. Poluídos, sem vegetação costeira e, na maioria das vezes, sem calçadas nas suas margens, esses riachos são invisíveis para a população enquanto ativos ambientais. Ou, ainda pior, são vistos apenas como local de destinação de lixo e dejetos e conhecidos pelo mau cheiro. Apesar do estágio de degradação elevado em que se encontram atualmente, Cabral chegou a fotografar quelônios (tartarugas ou cágados) no trecho do riacho ao lado do Shopping Plaza. Um sinal de que, mesmo diante de toda contaminação, ainda há vida neles. SEM ESGOTOS A transformação desse quadro, na análise de Cabral, perpassa principalmente por iniciativas de limpeza, educação ambiental e de intervenções urbanísticas que humanizem esses lugares. A construção de ciclovias e calçadas, a dotação de pequenas áreas com grama nas margens e o fim da descarga de esgotos nos canais são algumas das medidas reivindicadas pelo grupo de pesquisa. Parte delas já conta com articulações sólidas junto ao poder público e a iniciativa privada. O riacho que está em estágio mais avançado em proposições de intervenção é do Parnamirim, que tem cerca de um quilômetro de extensão correndo a céu aberto. As diretrizes desse projeto têm o objetivo de melhorar a calha de forma a auxiliar a drenagem das águas pluviais, qualificar o transporte de ciclistas e pedestres nas suas margens, recuperar a fauna e flora local, possibilitar uma área de lazer e criar um espaço de educação ambiental. O especialista avalia que se trata de um trecho com grande possibilidade de ser revitalizado. “Há condições muito favoráveis, passa por um lugar nobre da cidade. Seria muito bom conseguir deixá-lo com vegetação, possibilitando às pessoas caminharem nas suas margens. Há uma comunidade carente que mora no percurso do riacho, mas que foi contemplada com um habitacional construído na região”, conta o especialista sobre a comunidade Lemos Torres. O projeto contempla a área que começa na Rua Jerônimo de Albuquerque (que passa ao lado da Igreja de Casa Forte), cruza a Rua Samuel Lins (que é continuação da Rua da Harmonia), chegando à comunidade Lemos Torres e à rua do mesmo nome. Por fim, o riacho passa ao lado do McDonald’s, Shopping Plaza e deságua no Rio Capibaribe. Com essa extensão, não é difícil compreender o significado do seu nome em tupi: mar pequeno (paranã = mar e mirim= pequeno). Já houve uma reunião entre o grupo e a Compesa há dois anos para retirada do esgoto no trecho. Houve uma promessa da companhia para resolução do problema por meio da PPP do Saneamento, de acordo com o professor. Esse riacho, que dá nome ao bairro da Zona Norte, foi inclusive utilizado no século 17 pelos holandeses, na ocasião da Batalha de Casa Forte. Nas suas margens está também o Largo do Holandês, que é alvo de um movimento popular de revitalização do espaço, que fica na confluência das ruas Samuel Lins, bairro de Casa Forte, e Harmonia, em Casa Amarela. “O Riacho Parnamirim pode ser um projeto piloto de revitalização que pode posteriormente ser aplicado em outros riachos resgatando o meio urbano da cidade de Recife”, defende Jaime Cabral. Ele projeta fortalecer a defesa da revitalização desses cursos d’águas da capital pernambucana em sintonia com outros projetos de longo prazo, como o Recife 500 anos e o Parque Capibaribe. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Orgânicos: mercado que ajuda a preservar o meio ambiente

O mercado de produtos orgânicos no Brasil não sabe o que é crise. Com um faturamento em 2017 de R$ 3,5 bilhões, o segmento cresce numa média de 20% ao ano, de acordo com pesquisa realizada pelo Organis (Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável). Em Pernambuco, 16% da população urbana já consome alimentos e bebidas produzidos sem agrotóxicos. Embora os benefícios à saúde sejam a principal motivação dos consumidores (64%), há outro grande motivo que impulsiona a demanda: a proteção do meio ambiente. A eliminação da presença de venenos no processo produtivo e uma série de práticas sustentáveis que imitam a natureza contribuem para a preservação e para a recuperação dos ecossistemas. O agricultor Sebastião Pessoa, 38 anos, morador da zona rural do município de Pombos, começou há oito anos a cultivar orgânicos por um processo de transição agroecológica. A agroecologia é uma ciência, prática social e filosofia de vida que propõe a criação de ecossistemas produtivos que preservem a natureza e sejam socialmente justos e economicamente viáveis. Ele deixou os métodos tradicionais de cultivos, como queimadas, uso de agrotóxicos e adubos químicos, e mergulhou nesse movimento que está em expansão. “Produzir de forma orgânica é uma transformação de vida. Deixar de trabalhar com um produto que está lhe 'ofendendo' e passar a respeitar mais a natureza é uma mudança muito grande”, conta. Hoje ele comercializa toda a sua produção nas feirinhas da Beira Rio e da Ampla, ambas no bairro da Torre, e no Colégio Apoio, em Casa Amarela. A cada ano produtores da agricultura familiar com cultivos orgânicos ou de base agroecológica, como Sebastião, têm-se deparado com um público maior de clientes. O aumento do consumo dos recifenses por esses produtos pode ser medido pelo crescimento das feirinhas segmentadas. São 30 em funcionamento na cidade de acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. As primeiras foram criadas em bairros de classes média e alta da capital, mas hoje já começam a chegar nas periferias e em cidades da região metropolitana e do interior. A administradora Paula Gomes frequenta há cinco anos as feirinhas, principalmente em Casa Forte e em Santo Amaro. Além de frutas, verduras e legumes, a sua lista de compras inclui pães, bolachas e produtos de higiene pessoal, como desodorantes, sabonetes e cremes dentais. “O fator principal que me levou para esse tipo de consumo foi a saúde. Depois percebi outros benefícios, como o de incentivar a agricultura mais sustentável, sem o uso de pesticidas”. Ela destaca também o valor social desse tipo de consumo, que contribui para a geração de renda na agricultura familiar. “Muitos produtores falam que tendo essa venda garantida, eles evitam que seus filhos queiram sair do campo para a cidade. Acaba sendo um incentivo aos pequenos agricultores”, justifica Paula. Como os produtores que frequentam esses espaços são de municípios com no máximo 120 quilômetros de distância da capital, o primeiro benefício ao meio ambiente é a redução da geração de gases poluentes na logística de distribuição. Abreu e Lima, Igarassu, Vitória de Santo Antão, Gravatá e Glória do Goitá são a origem de vários produtores de orgânicos que comercializam na Região Metropolitana do Recife. A vantagem ambiental mais conhecida da produção desses alimentos, no entanto, é a eliminação de agrotóxicos no plantio, que contaminam diretamente o solo. De acordo com o coordenador da Comissão de Produção Orgânica de Pernambuco (Cporg-PE) e assessor de comercialização da agricultura familiar do Centro Sabiá, Davi Fantuzzi, o uso desses venenos degrada os solos e reduz a sua fertilidade. Quando associados à monocultura, reduzem também a biodiversidade. Além da própria contaminação dos lençóis freáticos, Fantuzzi afirma que esses sistemas convencionais, ao se tornarem ineficientes, demandam o uso excessivo de recursos hídricos. Segundo a ANA (Agência Nacional das Águas), 72% da água captada no País destina-se à agricultura. “O plantio convencional luta contra a natureza o tempo todo, enquanto na perspectiva agroecológica procuramos imitar os processos naturais. Os sistemas convencionais tratam o solo como uma bucha, retirando deles o máximo, sem repor seus nutrientes com outras plantas. Não há um componente florestal que ajude a manter água no sistema e isso faz com que sempre seja necessário mais recursos hídricos para produção”, afirma o coordenador da Cporg-PE. Para reverter esse cenário, diversas instituições têm atuado na formação dos homens do campo para capacitá-los a produzir numa perspectiva sustentável. Um processo educativo que se complicou nos últimos anos, após a redução drástica de recursos para a extensão rural no País. Há também ações para conscientizar consumidores e facilitar o acesso a esses produtos. Além das feirinhas, várias lojas se especializaram na venda de orgânico e até mesmo grandes redes de supermercados aumentaram seu espaço dedicado a esses alimentos. O Serta (Serviço de Tecnologia Alternativa) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público de referência há 25 anos em formação agroecológica em Glória do Goitá. De acordo com o permacultor e professor da instituição Roberto Mendes os agricultores que atuam dentro dos princípios da agroecologia, além de excluir o uso de agrotóxicos, conseguem uma regeneração do ecossistema das suas propriedades. “Os sistemas agroecológicos tentam restaurar a paisagem anterior e toda a harmonia que existia dentro do ambiente. Os solos começam em processo de recuperação, podendo acumular mais água e minerais. Criam-se microclimas que melhoram o conforto térmico para animais, plantas e para as pessoas”, explica Mendes. Com esse equilíbrio, as propriedades, segundo o permacultor, conseguem ser mais produtivas e geram alimentos de maior qualidade. Técnico em agroecologia, o agrônomo Arlan Clímaco está iniciando um sistema agroflorestal em sua propriedade, no município de Vitória de Santo Antão. Atualmente ele e sua família já comercializam ovos de galinha de capoeira e produzem para consumo próprio macaxeira, acerola, limão, banana, entre outras culturas. “Quando fiz a universidade não aprendi muito sobre agricultura familiar e orgânica, que passei a conhecer, de fato, no Serta e nos estágios. Estamos em transição. Meu projeto é reflorestar tudo aqui, ver ressurgir as nascentes, com um plantio diversificado. Recuperando o solo, o

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