Arquivos Meio Ambiente - Página 5 De 8 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Velho jeans que seria descartado no meio ambiente vira matéria-prima nas mãos de estudantes de Olinda

Qual o destino que você dá ao velho jeans? Estudantes da Escola Municipal Professor Hélio Maia, nos Bultrins, Olinda, sabem responder de forma ecologicamente correta. Preocupados com impacto do tecido quando lançado no meio ambiente, os alunos estão reaproveitando o material de forma criativa e sustentável. A iniciativa conta com a participação de crianças, na faixa etária de 9 a 11 anos, do 4.º ano da unidade de ensino. Nas aulas práticas de Arte e Ciências, o grupo formado por 19 alunos faz uso do jeans para confeccionar porta moedas, bolsas, estojos, adornos, porta celular. A criatividade e o reaproveitamento do tecido são fundamentais. Não pode haver desperdício. O trabalho prático é desenvolvido nas terças-feiras, das 13h às 14h. De acordo com a orientadora do projeto, Cássia Maria da Silva, a ideia é que os objetos produzidos pelas crianças possam ser expostos em feiras de apoio ao empreendedorismo. Um dos objetivos é despertar também o interesse da garotada pela educação financeira. “Eu amei o projeto do jeans! Não sabia que o jeans consumia tanta água na lavagem. Aprendemos a reutilizar o material produzindo estojos, bolsas, porta-moedas e roupas”, afirmou a estudante Rebeca Soares da Costa, 9 anos. As oficinas do projeto – O que você faz com seu jeans? Reutilizar ou descartar? Tem a coordenação da professora pedagógica Dayse Santos Mesquita.

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Confira a programação do Parque de Dois Irmãos para o fim de semana

Com a chegada do mês setembro, os dias ensolarados voltaram à capital pernambucana. Para as famílias que procuram momentos de diversão com as crianças, uma ótima opção é visitar o Parque Estadual de Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife, conferir as atividades de educação ambiental e descobrir curiosidades sobre os animais do zoológico. O equipamento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) funciona nesse sábado e domingo (14 e 15/09), das 9h às 16h, com uma programação para os visitantes de todas as idades. As atividades de enriquecimento ambiental, desenvolvidas com o objetivo estimular os comportamentos dos animais como se eles estivessem na natureza, despertam grande interesse dos visitantes. De acordo com Luciana Rameh, gestora técnico-científica do Parque, “os enriquecimentos são de diferentes tipos: sensorial, que aguça os sentidos, podendo ser sonoro, olfativo, visual, tátil ou gustativo; cognitivo, aquele que trabalha a capacidade intelectual do animal, proporcionando a concentração, coordenação, memória e raciocínio; e alimentar, que estimula a caça e a descoberta dos alimentos”. No sábado, os enriquecimentos serão com as araras-vermelhas, às 10h30h, no setor das aves, e às 15h, com a onça-pintada preta, na área dos grandes felinos. Já no domingo (15), acontecem enriquecimentos cognitivo e sensorial com os macacos-prego, às 10h30, na alameda dos primatas, e nos recintos do leão e dos ursos-pardos, às 15h. Eleito o bicho do mês para ações de educação ambiental, o lobo-guará do Parque, carinhosamente chamado de Logan, terá uma atenção especial da equipe de veterinários, biólogos e voluntários. Durante o fim de semana, os visitantes receberão informações sobre as características do animal, além dos cuidados que ele recebe no zoo. Basta procurar o recinto deste carnívoro que em vida livre possui um comportamento solitário e chega a percorrer 30 quilômetros em uma só noite, à procura de alimento. Ressaltando a vocação do equipamento para as ações educativas, a equipe da Biotopia Educação Ambiental, parceira do Dois Irmãos, realiza atividades lúdicas como jogo da memória, quiz educativo e oficina de origami. Para Mirts Silva, bióloga do projeto, “em setembro, todas as atividades estão voltadas para o lobo-guará. As crianças irão aprender melhor sobre a importância ecológica da espécie, seus hábitos e em que regiões do país ela ocorre”, ressaltou. A tenda onde acontecem as atividades fica montada bem em frente ao recinto do lobo, das 9h às 16h, na alameda dos primatas. Mundo dos Répteis – Outra atração do fim de semana é a exposição que traz curiosidades sobre 25 serpentes de 14 espécies, 2 lagartos e uma cobra-de-duas-cabeças. A exposição acontece no Centro de Educação Ambiental Vasconcelos Sobrinho do Parque de Dois Irmãos, no horário de 9h às 16h, em parceria com o Serpentário Mata Sul, localizado no município de Rio Formoso. Além do passeio no zoológico, o Parque criado em 1998 abriga na sua área de 1.158 hectares uma diversidade de espécies florestais típicas do Bioma Mata Atlântica. De acordo com o seu plano de manejo, documento que norteia a gestão da unidade de conservação, foram catalogadas mais de 479 espécies de plantas, das quais a mamajuba, a sapucarana e o pau-brasil encontram-se na lista de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção/ICMBio. Já com relação à fauna encontrada na área de Dois Irmãos, as pesquisas indicam a existência de 251 espécies de borboletas, 42 de anfíbios, 25 de répteis, 199 de aves e 53 de mamíferos (sendo 26 delas de morcegos). PROGRAMAÇÃO DO PARQUE DE DOIS IRMÃOS Serviço Parque Estadual de Dois Irmãos – 14 e 15 de setembro, das 9h às 16h Onde: Praça Farias Neves, s/n, Dois Irmãos, Recife – PE. Ingresso: Preço único de R$ 2,00 por pessoa – gratuito para visitantes com mais de 60 anos, crianças até 1 metro de altura e pessoas com deficiência com seus acompanhantes. Sábado (14 de setembro) 10h30h – Enriquecimento ambiental com as araras-vermelhas Local: Setor das aves 15h – Enriquecimento ambiental com a onça-pintada preta Local: Setor dos grandes felinos Domingo (15 de setembro) 10h30h – Enriquecimento ambiental com os macacos-prego Local: Alameda dos primatas 15h – Enriquecimento ambiental com o leão Local: Recinto do leão 15h – Enriquecimento ambiental com os ursos-pardos Local: Recinto dos ursos Sábado e Domingo (14 e 15 de setembro) 9h às 16h – Bicho do mês: Lobo Guará – Atividade de educação ambiental. Oficina, pintura de rosto e jogos ambientais – Parceria do Parque com a Biotopia Educação Ambiental. Local: Em frente ao recinto do animal, na alameda dos primatas. 9h às 16h – Exposição de ossos e esqueletos Local: Prédio ao lado do Centro de Educação Ambiental Vasconcelos Sobrinho 9h às 16h – Exposição Mundo dos Répteis Local: Parque Estadual de Dois Irmãos (Centro de Educação Ambiental Vasconcelos

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15ª Exposição de Orquídeas de Aldeia amplia investimentos

A cada edição da Exposição de Orquídeas de Aldeia são apresentadas novidades que garantem o público fiel, cerca de 10 mil pessoas só aos finais de semana. O evento desse deste ano ampliou a área de realização de três mil metros quadrados para quatro, e aumentou o número de flores de 20 mil para 25. De acordo com um dos organizadores Paulo Vilar, as atrações visam promover o entretenimento para toda a família, não apenas a comercialização. “O nosso objetivo é o fomento do cultivo de flores, portanto o que propomos é uma exposição que possibilita a mudança no comportamento social incentivando o estilo de vida em diálogo com a natureza”, disse. Assim, um dos diferenciais do festival é a ampla área com espaço agradável para o passeio sem pressa para ir embora. Inclusive, as opções gastronômicas ganhou mais parceiros com sugestões gourmets com cafeteria, acarajé, sushi e hamburguer artesanal, dentre outras. Ao todo são vinte estandes de expositores que compreendem artesanatos e artigos para o jardim e casa. “O evento é um entretenimento aberto ao público com entrada, estacionamento e cursos de cultivos de orquídeas e bonsai gratuitos. Lembrando que há opções de flores a partir de R$ 5,00”, disse Paulo Vilar que também informou a variedades de cactos, suculentas e flores como bromélias e antúrios dentre outras, sem se esquecer das plantas, bonsais e árvores frutíferas. A 15ª Exposição de Orquídeas de Aldeia acontece de 4 a 15 de setembro, das 8 às 18 horas, no Clube dos Oficiais da Polícia Militar que fica na Estrada de Aldeia (Km 6). Aos candidatos selecionados para as eliminatórias, serão disponibilizados arranjadores exclusivamente para as categorias Frevo de Rua, Frevo de Bloco e Frevo Canção. A direção musical do Festival e a regência de sua orquestra ficarão a cargo do maestro Nenéu Liberalquino. A seleção será feita por uma comissão, formada por cinco membros, entre integrantes da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife, representantes da sociedade civil e um membro da equipe do Paço do Frevo, espaço de salvaguarda do gênero musical pernambucano. A primeira eliminatória, que será realizada no dia 22 de novembro, reunirá as Categorias Frevo Canção e Frevo de Bloco, cada uma com seis músicas. No dia seguinte, a segunda e última eliminatória contemplará as categorias Frevo de Rua e Frevo Livre Instrumental – Autoral, também com seis músicas de cada. Em cada uma dessas eliminatórias, serão selecionadas 3 finalistas de cada categoria para a grande final do Festival Nacional do Frevo 2019, que contará com 12 canções e acontecerá no dia 7 de dezembro.

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PCR oferece curso gratuito a distância sobre sustentabilidade socioambiental no poder público

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, oferece 80 vagas para o curso de qualificação profissional a distância Sustentabilidade Socioambiental com a A3P na Prefeitura da Cidade do Recife. Distribuído através da plataforma Unidade Virtual de Cursos a Distância da Secretaria de Educação do Recife (UNIREC), a oportunidade é voltada para servidores públicos, ambientalistas, estudantes e interessados na Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P. As inscrições vão até o dia 15 de setembro através do site http://www.recife.pe.gov.br/eadrecife e as aulas iniciam no dia 18 de setembro, com certificação de 40 horas/aula. O curso possui quatro módulos e tem como objetivo sensibilizar e capacitar agentes transformadores para adoção de práticas administrativas pautadas na gestão do uso, produção, aquisição de recursos e contratação de serviços e obras de maneira mais sustentável, na redução de gastos públicos e na melhoria da qualidade de vida dos servidores, considerados requisitos fundamentais da A3P. Estão na grade de conhecimento os módulos A Questão Ambiental: Conhecimentos Básicos Preliminares, O Programa A3P, Implantação do Programa A3P e Construindo a Gestão Participativa A3P. A Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) é um programa do Ministério do Meio Ambiente que visa promover os princípios de sustentabilidade socioambiental nos órgãos governamentais. O modelo de gestão é implementado de forma voluntária, possuindo seis eixos: gestão dos resíduos sólidos, sensibilização e capacitação dos servidores,compras e licitações sustentáveis, construções sustentáveis, uso racional dos recursos naturais e bens públicos, qualidade de vida no ambiente de trabalho. “Ao seguir as diretrizes estabelecidas pela Agenda, protegemos a natureza e, em consequência, conseguimos reduzir seus gastos. Entre as medidas adotadas estão a implantação da coleta seletiva em unidades da Prefeitura, a utilização de papéis reciclados, curso Sustentabilidade Socioambiental com A3P e a construção do Econúcleo Jaqueira. Este último foi implantado com base nos preceitos da arquitetura sustentável, tendo captação de energia solar, reaproveitamento da água de chuva e telhas recicláveis”, lembra o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho. A adoção da A3P demonstra a preocupação do órgão em obter eficiência na atividade pública enquanto promove a preservação do meio ambiente. Em agosto deste ano, a Prefeitura do Recife recebeu do Ministério do Meio Ambiente o Selo A3P Verde em reconhecimento ao empenho do Poder Municipal em implantar a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). O Selo é conferido às instituições públicas que fazem a adesão formal ao Programa Agenda Ambiental na Administração Pública. Desde 2012, Recife faz parte do programa, sendo o Comitê Gestor A3P responsável pela articulação, planejamento e execução de atividades, projetos ou programas de Responsabilidade Socioambiental em toda Prefeitura. “Acredito que este reconhecimento é mais um estímulo em nossa missão de trabalhar em prol da sustentabilidade. O poder público precisa fazer o seu papel e aplicar boas práticas no seu dia a dia junto com os servidores e a sociedade. Esse Selo mostra que estamos no caminho correto”, completou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho. Sobre a A3P A Agenda Ambiental na Administração Pública é um programa idealizado pelo Ministério do Meio Ambiente para internalizar a responsabilidade socioambiental nas atividades do Poder público. A agenda visa sensibilizar os gestores públicos e servidores para as questões ambientais, estimulando-os a incorporar princípios e critérios de gestão ambiental e sustentabilidade em suas atividades rotineiras. O programa está baseado em seis eixos temáticos: Uso racional dos recursos naturais e bens públicos; Gestão adequada dos resíduos gerados; Qualidade de vida no ambiente de trabalho; Sensibilização e capacitação dos servidores; Compras Públicas Sustentáveis; Construções Sustentáveis e oferece uma metodologia para que os órgãos realizem um diagnóstico, estabeleçam metas e plano de ação. A A3P propõe a mudança de atitude a partir da revisão do modelo de produção e consumo, economizando recursos naturais no dia-a-dia, tais como água, energia, papel, copos plásticos; reutilizando ou reciclando os resíduos gerados, optando por insumos ambientalmente corretos, enfim, fazendo escolhas mais conscientes. Serviço Curso à distância gratuito sobre Sustentabilidade Socioambiental com a A3P na Prefeitura da Cidade do Recife Público-alvo: Servidores públicos da Prefeitura do Recife e público em geral Carga horária: 40h Vagas: 80 vagas Data de início: Aulas terão início no dia 18 de Setembro Inscrições até o dia 15 de setembro através do site: http://www.recife.pe.gov.br/eadrecife/?q=gallery/sustentabilidade-socioambiental-na-prefeitura-da-cidade-do-recife

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É possível recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa do país até 2030, indica relatório

Elton Alisson – O Brasil perdeu 71 milhões de hectares de vegetação nativa nos últimos 30 anos – área maior que a ocupada pela Amazônia – em decorrência de desmatamento e queimadas, entre outros fatores, apontam dados do MapBiomas. Como esse desmatamento ocorreu sem planejamento ambiental e agrícola, boa parte dessas áreas tornaram-se abandonadas, mal utilizadas ou entraram em processo de erosão, ficando impróprias para produção de alimentos ou qualquer outra atividade econômica. A restauração florestal pode diminuir parte desse prejuízo ao possibilitar a recuperação estratégica  de 12 milhões de hectares de vegetação nativa em todo o país até 2030, conforme estabelecido no Plano Nacional de Restauração Ecológica. Dessa forma, seria possível sequestrar 1,39 megatonelada (Mt) de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, interligar fragmentos naturais na paisagem e ainda aumentar em 200% a conservação da biodiversidade. As estimativas constam no sumário para tomadores de decisão do relatório temático “Restauração de Paisagens e Ecossistemas”, lançado na sexta-feira (23/08), no Museu do Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. O documento é resultado de uma parceria entre a Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, na sigla em inglês), apoiada pelo programa BIOTA-FAPESP, e o Instituto Internacional de Sustentabilidade (ISS), e foi elaborado por um grupo de 45 pesquisadores, de 25 instituições do país. “O sumário mostra que as questões ambientais [conservação e restauração ecológica] e a produção agrícola são interdependentes e podem caminhar juntas, sem prejuízo para nenhum dos lados. Pelo contrário, ela só traz benefícios diretos, como a diponibilização de polinizadores para as culturas agrícolas, a conservação da água e do solo e, principalmente, a possibilidade de certificação ambiental da produção, permitindo agregar valor”, disse à Agência FAPESP Ricardo Ribeiro Rodrigues, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e um dos autores do documento. O sumário destaca que o Brasil tem grandes oportunidades para impulsionar a restauração e a recuperação da vegetação e, com isso, aumentar a geração de benefícios socioeconômicos e ambientais, minimizar a competição de florestas com áreas agrícolas e contribuir para combater as mudanças climáticas. No entanto, para que as oportuni¬dades se tornem realidade, o país não pode retroceder em suas políticas ambientais de redução do desmatamento, conservação da biodiversidade e impulsionamento da recuperação e da restauração da vegetação nativa em larga escala, ponderam os autores. O fim da obrigatoriedade da Reserva Legal, as reduções das alternativas de conversão de multas e a extinção dos fóruns de colaboração e coordenação entre atores governamentais e da sociedade seriam perdas irreparáveis para uma política de adequação ambiental, afirmam. Os autores também ponderam que Brasil tem assumido o papel de líder em negociações ambientais internacionais e qualquer ruptura desse caminho, além de afastar oportunidades, vai afugentar mercados internacionais consumidores de produtos agrícolas. Isso porque, cada vez mais, esses agentes se pautam pela produção e pelo consumo sustentáveis, incluindo políticas de não consumo de produtos provenientes de áreas desmatadas. “O Brasil não deveria ter nenhuma dificuldade de colocar seus produtos agrícolas no mercado internacional, pois o diferencial poderia ser uma agricultura sustentável praticada em ambientes de elevada diversidade natural. Isso é um ativo que nenhum outro país tem”, avaliou Rodrigues. Aumento de produtividade De acordo com o documento, a intensificação sustentável da pecuária brasileira é um processo-chave para aumentar a produtividade do setor e liberar as áreas agrícolas de menor produtividade para o cumprimento de leis e metas ambientais. O aumento da produtividade média da pecuária brasileira de 4,4 para 9 arrobas por hectare por ano permitiria não só a atingir a meta brasileira de recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030, como também zerar o desmatamento ilegal e liberar 30 milhões de hectares para a agricultura. “Três quartos da área agrícola brasileira são ocupados hoje pela pecuária, com baixíssima produtividade média. Se tivéssemos uma boa política agrícola, voltada à tecnificação da pecuária, seria possível aumentar a produtividade da atividade e, assim, liberar pelo menos 32 milhões de hectares de pastagem para outras culturas, mantendo a mesma quantidade de cabeças de gado atual”, disse Rodrigues. O aumento da produtividade das pastagens nos próximos 30 anos seria suficiente, considerando o Brasil como um todo, para garantir o cumprimento de leis e metas ambientais, como pode ser confirmado nos resultados regionais, afirmam os pesquisadores. Na Amazônia, por exemplo, para atender a todas as metas de produção agrícola e florestal, de desmatamento ilegal zero e de recuperação da vegetação nativa – visando legalizar ambientalmente as propriedades rurais e ainda potencializar os serviços ecossistêmicos –, seria preciso ampliar a produtividade das pastagens do nível atual de 46% para 63-75% do seu potencial sustentável, em 15 anos. Na Mata Atlântica, esse mesmo processo necessita de um aumento dos atuais 24% para 30-34% do seu potencial, sendo que tal incremento é possível apenas aplicando o conhecimento básico de manejo de pastagens. No Cerrado, bastaria sair dos 35% vigentes para 65% do seu potencial sustentável até 2050 para harmonizar expansão agrícola sustentável, restauração em áreas prioritárias e desmatamento ilegal zero “Não há nenhuma justificativa para o desmatamento que está acontecendo na Amazônia e no Cerrado agora, porque estamos gerando ainda mais pecuária de baixa produtividade”, afirmou Rodrigues. Segundo o documento, o aumento da produtividade nas áreas já agrícolas e a adoção de modelos econômicos alternativos nas áreas com menor potencial agrícola – como aquelas com restrições à produção mecanizada, as ocupadas por vegetação nativa, florestas nativas com aproveitamento econômico sustentável e sistemas agroflorestais biodiversos – também são essenciais para alavancar os benefícios financeiros diretos e indiretos em curto prazo. Somando a exploração econômica das áreas marginais restauradas com fins comerciais, como sistemas agroflorestais biodiversos, e o ganho proporcionado pelo uso destas áreas para compensação de Reserva Legal de propriedades rurais com débito ambiental, torna-se financeiramente viável a reconversão de áreas agrícolas marginais para vegetação nativa. Em Paragominas, no Pará, em apenas quatro anos, propriedades de pecuária irregulares ambientalmente e de baixa produtividade regularizaram suas exigências ambientais legais e aumentaram

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Bioenergia pode ajudar a mitigar as mudanças climáticas

Elton Alisson – A bioenergia pode ajudar na mitigação das mudanças climáticas globais contribuindo para diminuir a queima de carvão, petróleo e gás natural para geração de energia e, consequentemente, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera. Pesquisadores brasileiros e estrangeiros que têm estudado o assunto defendem ser possível expandir o uso de bioenergia sem degradar o solo, comprometer a segurança alimentar ou os recursos hídricos. O tema foi abordado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU) no seu mais recente relatório especial, lançado no dia 8 de agosto com o tema “Mudanças climáticas e uso da terra”, e em seu respectivo sumário para os formuladores de políticas. A abordagem do relatório sugere que, entre cientistas e negociadores de governos, o antagonismo entre a produção de biocombustíveis e o cultivo de alimentos começa a se dissipar. O documento reconhece, por exemplo, que o uso da bioenergia, juntamente com a redução do desmatamento de florestas tropicais e o replantio de vegetação nativa para sequestrar e retirar dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, pode ajudar a limitar o aquecimento global a 1,5 ºC ou bem abaixo de 2 ºC nas próximas décadas. Mas ressalva que o aumento generalizado e desordenado da produção de bioenergia no mundo pode resultar em uma grande expansão de áreas de cultivo de culturas energéticas em detrimento do cultivo de alimento, além de aumentar o uso de água para irrigação. “Alguns cenários do IPCC apontam que, com o aumento da demanda por energia, poderia ocorrer um incremento de mais de 25 milhões de hectares por ano da área voltada ao cultivo de culturas para produção de bioenergia no mundo. Isso poderia pressionar áreas de vegetação nativa ou voltadas à produção de alimentos”, disse Luís Gustavo Barioni, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária e um dos autores do capítulo transversal sobre bioenergia e tecnologias de captura e armazenamento de CO2 – as chamadas BECCS (Bionergy Carbon Capture and Storage) – em cenários de mitigação, à Agência FAPESP. “Mas, para chegar a taxas de expansão de uso da terra para bioenergia dessa ordem, precisaria ter um mercado internacional pujante, que pagasse não só por esse tipo de energia, mas também pelo serviço ambiental de captura e armazenamento do carbono. E isso ainda é muito incipiente”, ponderou Barioni. (Leia mais em http://agencia.fapesp.br/31178/). Ação de cientistas brasileiros A declaração final sobre o papel da bioenergia no combate às mudanças climáticas no sumário para tomadores de decisão reflete a ação de diplomatas e funcionários do governo brasileiro, apoiados a distância por cientistas, na reunião do IPCC, em Genebra, na Suíça. Durante o evento, os delegados nacionais de 190 países discutiram o texto até entrar em um acordo para que o documento pudesse ser fechado, de acordo com Gláucia Mendes Souza, professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN). A versão preliminar do sumário refletia de modo impreciso as conclusões do relatório e apresentava restrições controversas e enviesadas em relação à bioenergia, afirmam pesquisadores brasileiros que acompanharam as discussões a distância. “O sumário apresentava dados que só depreciavam a bioenergia, baseados em valores equivocados de produtividade e de área necessária para produzir biocombustíveis para atender as necessidades da transição energética global”, acrescentou Luiz Augusto Horta Nogueira, pesquisador associado do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Universidade Estadual de Campinas (Nipe-Unicamp). Por meio de uma interlocução com diplomatas do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que participaram da redação do sumário, na Suíça, um grupo de cientistas brasileiros, integrado por Nogueira e outros pesquisadores ligados ao BIOEN, apresentou uma série de argumentos que permitiram a adequação correta do documento. “Fizemos uma intervenção circunstanciada, baseada em evidências e argumentos científicos, que permitiu alterar ou eliminar opiniões enviesadas no sumário para os formuladores de políticas”, disse Souza. Mais informações sobre essa negociação estão no artigo “Nunca tantos deveram a tão poucos”, publicado no site da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), no dia 9 de agosto. Cenários de expansão De acordo com o relatório, para limitar o aquecimento global a 1,5 ºC até 2050 seria necessário usar até 7 milhões de quilômetros quadrados (Km²) para a produção de culturas energéticas. A área de cultivo necessária em um cenário de aquecimento de 2 ºC seria menor, limitada a 5 milhões de km². Maiores níveis de conversão da terra para produção de bioenergia poderiam ter efeitos adversos que afetariam a disponibilidade de água, de alimentos, a biodiversidade e causariam o aumento da degradação do solo e desertificação, indica o relatório. “A expansão da produção mundial de bioenergia com captura e armazenamento de carbono nas taxas estimadas nos cenários de aquecimento global mais ambiciosos projetados pelo IPCC é factível, uma vez que o aumento da área de cultivo de culturas energéticas em países que são grandes produtores de biocombustíveis, como o Brasil, está bem abaixo desses limites”, afirmou Barioni. Segundo ele, a área de produção de cana-de-açúcar no país, que hoje é de 10,2 milhões de hectares, tem aumentado, junto com a de soja, em 3 milhões de hectares por ano, com maior proporção de lavouras de soja. Além disso, outras formas de energia renováveis, como a eólica e a solar, devem aumentar a competição com o etanol e outros biocombustíveis para ampliar suas participações na matriz energética brasileira. “O Brasil já tem uma matriz energética relativamente limpa e não tem uma expansão muito rápida da demanda energética. Dessa forma, não há perspectiva de aumentar significativamente a área voltada à produção de cana-de-açúcar”, avaliou. O relatório também aponta que a integração da bioenergia em paisagens agrícolas geridas de forma sustentável e que limitar a produção de culturas energéticas em terras marginais ou abandonadas teriam efeitos insignificantes sobre a biodiversidade e a segurança alimentar e poderiam diminuir a degradação da terra. De acordo com Barioni, há cerca de 3 bilhões de hectares de terras pastoris no mundo hoje, dos quais 1,5 bilhão de hectares são

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Mostra de cinema ambiental do Recife – MARÉ movimenta equipamentos ambientais da cidade

Promover a reflexão crítica sobre o meio ambiente e o engajamento socioambiental no Recife através da exibição de filmes é a proposta da 4ª edição da MARÉ – Mostra Ambiental do Recife – que será realizada entre os dias 25 e 31 de agosto com sessões gratuitas no Jardim Botânico, Econúcleo Jaqueira, Escola Municipal José da Costa Porto, Cais do Imperador e Cinema São Luiz. A iniciativa é incentivada pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS). Serão exibidos 30 filmes, entre curtas e longa-metragens, baseados em três eixos temáticos: Ecossistemas & Biodiversidade, Cidades & Conflitos e Povos & Territórios. O produtor cultural Rafael Buda, coordenador da mostra, conta que o projeto integra filmes pernambucanos e nacionais e alerta para um debate sobre as novas tecnologias que podem contribuir para a questão ambiental no município. A websérie Cidade Plástica, que aborda o consumo consciente do uso plástico, integra a lista de lançamentos nesta edição. Os episódios reúnem depoimentos de pessoas que trabalham para o desenvolvimento sustentável no Recife, como Erica Vidal de Negreiros, analista de desenvolvimento ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. “Dentro do circuito nacional de festivais ambientais, Recife está no roteiro dos principais com a execução da MARÉ e consolida uma perspectiva de trabalhar a consciência ambiental utilizando os novos meios de comunicação na cidade”, ressalta Rafael Buda, coordenador da mostra. O Jardim Botânico do Recife sedia a abertura da mostra de cinema ambiental no domingo (25), a partir das 11h, com sessão infantil dos curtas Fazenda Rosa (PE), Plantae (RJ), O Malabarista (GO), Viagem na chuva (GO) no auditório. Às 14h, os visitantes participam de Sessão Ambiental com temática Povos & Territórios, Maré (BA), Fantasia de índio (PE), A era de Lareokotô (PE). Na segunda-feira (26), o Cinema São Luiz recebe o lançamento nacional do documentário Chão, dirigido pela carioca Camila Freitas, sobre o cotidiano de um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra em Goiás, às 20h. Na terça-feira (27), os estudantes da Escola Municipal José da Costa Porto, localizada na Ilha Joana Bezerra, recebem uma tela inflável para a Sessão Escola, a partir das 15h. As sessões dos dias 28 e 29 prometem surpreender o espectador. Mais de 100 adesivos de QR Codes serão espalhados em parques, bares e restaurantes, livrarias, universidades, paradas de ônibus, metrôs, academias, livrarias, possibilitando a exibição de curtas de até 5 minutos através de dispositivos mobile, como celular e tablet. Na sexta-feira (30) será a vez do Econúcleo Jaqueira sediar a Sessão Parque, a partir das 19h, com exibição de cinco curtas ambientais, entre eles, Travessia, que retrata a história de Seu Mita e a relação com o rio Capibaribe. O encerramento da MARÉ, no dia 31, vai ocupar o Cais do Imperador, a partir das 18h30, com Sessão Ambiental baseada no tema Ecossistemas & Biodiversidade, seguido por caminhada com a EletroBike, projeto do VJ e DJ Mozart que conta com uma bike adaptada com som e projeção, em direção ao Marco Zero, com projeções de intervenções ambientais e música. “É importante estimular a consciência ambiental por meio de exibição de filmes para refletirmos sobre temas da realidade brasileira e mundial que atingem o meio em que vivemos. Trabalhar a temática ambiental da forma mais ampla é uma ferramenta fundamental para a mudança comportamental”, destaca o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho. A expectativa desta edição é reunir mais de 3 mil pessoas durante os 7 dias de exibição, sendo cerca de 1 mil pessoas engajadas através dos QR Codes espalhados pela cidade. No Jardim Botânico, os filmes serão exibidos no auditório com capacidade para 50 pessoas, enquanto o Econúcleo Jaqueira dispõe de toda a estrutura sustentável para acomodar cerca de 50 visitantes. Para a Escola Municipal José da Costa Porto, o coordenador da mostra Rafael Buda levará uma tela inflável e, no Cais do Imperador, a sessão será ao ar livre, com capacidade para cerca de 100 pessoas, quando serão disponibilizadas cadeiras e as escadas servirão de arquibancada para quem for curtir os filmes. Para assistir as sessões gratuitas, voltadas para público de todas as idades, basta se dirigir ao local com antecedência (sujeito a lotação). Sobre a MARÉ – Mostra Ambiental do Recife A Mostra Ambiental do Recife (MARÉ) é uma ação que combina história, cultura, meio ambiente e cidadania. Sendo um festival de cinema, seu carro chefe é a exibição de filmes que dialogam com a temática ambiental e estimulam a reflexão crítica dos espectadores. O projeto tem os objetivos de articular diferentes linguagens artísticas como o cinema e artes visuais no diálogo com o meio ambiente; sensibilizar a população em geral sobre problemáticas ambientais atuais e a necessidade do engajamento social e o papel da população para superação desses conflitos; estimular jovens estudantes a refletirem e incorporarem seu olhar sobre o meio ambiente na produção audiovisual; realizar como intervenção ambiental sessões de QR Code por toda cidade do Recife, dentre outros. A programação é toda gratuita e voltada para o público de todas as idades, sendo necessário chegar ao local de exibição com antecedência (sujeito a lotação). Confira a programação completa MARÉ 2019 : 25/08 – Jardim Botânico do Recife 10h – Atividade de Bem-estar: Yoga e Meditação Instrutora: Ruth Melo 11h – Sessão Infantil (43min) Fazenda Rosa (PE, 2018, 9’), de Chia Beloto Sinopse: Sinopse: Erasto Vasconcelos, o poeta da percepção da vida, de como ela é tão bem usada em nosso planeta, faz eco dos bichos do dia e da noite, dos peixes do rio, dos pássaros, dos bichos do mangue, das árvores e suas frutas, do que se planta para comer, das personagens que nos cantam e das cantigas de roda. Plantae (RJ, 2017, 10’), de Guilherme Gehr Sinopse: Ao cortar uma grande árvore no interior da floresta amazônica, um madeireiro contempla uma inesperada reação da natureza. Uma reflexão sobre as consequências irreversíveis do desmatamento e da subjugação dos humanos aos demais seres da Terra. O Malabarista (GO, 2018, 11’), de Iuri

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Recife recebe Selo Verde A3P por gestão sustentável

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS), recebeu do Ministério do Meio Ambiente o Selo A3P Verde em reconhecimento ao empenho do Poder Municipal em implantar a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). O Selo é conferido às instituições públicas que fazem a adesão formal ao Programa Agenda Ambiental na Administração Pública, cujo objetivo é promover a divulgação de práticas de gestão baseadas em conceitos de sustentabilidade. Desde 2012, Recife faz parte do programa, sendo o Comitê Gestor A3P responsável pela articulação, planejamento e execução de atividades, projetos ou programas de Responsabilidade Socioambiental em toda Prefeitura. Entre as medidas adotadas no órgão, estão a substituição de copos plásticos por copos de vidro, a implantação da coleta seletiva em unidades da Prefeitura, a utilização de papéis reciclados, curso Sustentabilidade Socioambiental com A3P, com a finalidade de sensibilizar e capacitar os servidores e público externo em relação ao tema e a construção do Econúcleo Jaqueira, que foi implantado com base nos preceitos da arquitetura sustentável, através do reaproveitamento e da reutilização de materiais para a confecção e customização dos mobiliários. Na sua estrutura, são usados piso de madeira plástica, telhas de garrafa PET, madeira certificada, torneiras com arejador, lâmpadas Led, mobiliário de madeira reciclada, além de sistemas de captação de água da chuva e de energia solar. “Acredito que este reconhecimento é mais um estímulo em nossa missão de trabalhar em prol da sustentabilidade. O poder público precisa fazer o seu papel e aplicar boas práticas no seu dia a dia junto com os servidores e a sociedade. Esse Selo mostra que estamos no caminho correto”, declarou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho. Programa A3P A Agenda Ambiental na Administração Pública é um programa idealizado pelo MMA para internalizar a responsabilidade socioambiental nas atividades do Poder público. A agenda visa sensibilizar os gestores públicos e servidores para as questões ambientais, estimulando-os a incorporar princípios e critérios de gestão ambiental e sustentabilidade em suas atividades rotineiras. O programa está baseado em cinco eixos temáticos: Uso racional dos recursos naturais e bens públicos; Gestão adequada dos resíduos gerados; Qualidade de vida no ambiente de trabalho; Sensibilização e capacitação dos servidores; Compras Públicas Sustentáveis; Construções Sustentáveis e oferece uma metodologia para que os órgãos realizem um diagnóstico, estabeleçam metas e plano de ação. A A3P propõe a mudança de atitude a partir da revisão do modelo de produção e consumo, economizando recursos naturais no dia-a-dia, tais como água, energia, papel, copinhos plásticos; reutilizando ou reciclando os resíduos gerados, optando por insumos ambientalmente corretos, enfim, fazendo escolhas mais conscientes.

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Fim de semana do Recife repleto de atividades culturais e de lazer

Não faltam opções para quem quer se divertir e, ao mesmo tempo, nutrir-se de cultura e consciência ecológica, neste fim de semana. O Museu Murillo La Greca celebra os 120 anos do grande artista pernambucano que leva o seu nome. Roteiro do Olha! Recife contempla a história arquitetônica da cidade. Atividades que celebram a memória do paisagista Burle Marx também são destaques no Museu da Cidade e Jardim Botânico. Sítio Trindade recebe ação social e Quarteto Encore se apresenta na Igreja Madre de Deus. Confira mais detalhes. CULTURA Museu celebra 120 anos do pernambucano Murillo La Greca Filho de um casal de imigrantes italianos, o pintor Murillo La Greca nasceu no dia 3 de agosto de 1899, na cidade de Palmares, região da Mata Sul de Pernambuco. Responsável por produzir obras importantes – a exemplo dos belos afrescos que ilustram a Basílica da Penha, no bairro de São José, no Recife -, ele também foi professor e um dos fundadores da Escola de Belas Artes de Pernambuco, que deu origem ao atual Centro de Artes e Comunicação (CAC) da UFPE. Para comemorar os 120 anos do artista pernambucano, o museu que leva o nome dele montou a exposição “O que não é desenho?”. A mostra de longa duração é focada nos desenhos produzidos por La Greca, e reúne 50 peças pertencentes ao acervo geral, formado por 1400 desenhos. Museu Murillo La Greca, Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, 366, Parnamirim Horário de visitação: Terça a sexta-feira, das 09 às 12h e das 14 às 17h Sábados: 15h às 18h Agendamento de visitas pelo e-mail: educativommlg@gmail.com Informações: (81) 3355.3126 @MurilloLaGreca (Instagram) ou Museu Murillo La Greca (Facebook). Museu da Cidade do Recife oferece oficinas na Semana Burle Marx O Museu da Cidade do Recife preparou uma programação especial para celebrar a Semana Burle Marx, organizada pela Prefeitura do Recife em homenagem ao mais famoso paisagista brasileiro que completaria 110 anos em 4 de agosto. As atividades gratuitas começam no domingo (4), dia do aniversário do paisagista, com uma oficina de estamparia para toda a família, e seguem até o dia 10 de agosto. A oficina “Estampas Verdinhas”, no domingo (4), das 14h às 15h, será ministrada pelo artista plástico e arte educador Emerson Pontes. O tema de “inspiração” será o legado de Burle Marx para a cidade, como as praças idealizadas por ele e que até hoje encantam recifenses e turistas. Para participar, é preciso levar uma camisa lisa, que será estampada durante a oficina. Se preferir, neste dia, o Museu também estará vendendo camisas de cor branca em sua lojinha pelo valor de R$ 20. As oficinas são indicadas para crianças a partir dos 7 anos, acompanhadas por pelo menos um responsável. Para participar, basta chegar ao Museu cerca de 30 minutos antes do início da oficina para receber a senha e o material. SERVIÇO Oficina Estampa Verdinha Domingo (4/8), das 14h às 15h30 Classificação para as duas atividades: a partir dos 7 anos. Inscrições no local, com vagas limitadas. As senhas serão distribuídas 30 minutos antes da atividade. Endereço: Forte das Cinco Pontas, bairro de São José. Visitação: de terça a sábado, das 9h às 17h, e aos domingos, das 9h às 16h. Entrada gratuita Museu da Cidade do Recife – 3355-3108 www.museudacidadedorecife.org Exposição “Banzo” no Museu Murillo La Greca No seu “Novo Dicionário Banto do Brasil”, o músico, escritor e pesquisador Nei Lopes explica que a expressão banzo é originária das línguas quicongo e quimbundo, podendo significar: pensamento, lembrança, paixão, saudade, mágoa. “É uma nostalgia mortal que acometia negros africanos escravizados no Brasil”, sintetiza. A palavra dá nome à exposição do artista paraibano Thiago Costa, que está em cartaz no Museu Murillo La Greca até o dia 7 de agosto. A visitação é gratuita. “Banzo” é uma coletânea de obras em que Thiago Costa apresenta um novo olhar para esse sentimento. O artista reconta nossa história com outra perspectiva, na qual essa palavra sai da subjetividade das memórias escravocratas e ocupa um novo espaço de reconexão de criação com o ancestral e suas técnicas e expansão dos nossos territórios da linguagem. O trabalho é uma constelação de sentidos, suspiros, fluxos e refluxos. Serviço Exposição “Banzo” – de Thiago Costa Em cartaz até 7 de agosto Visitação gratuita Exposição “Adriana Varejão – Por uma retórica canibal” no MAMAM O título da exposição faz referência ao vínculo da obra de Adriana Varejão com a tradição barroca. A retórica é uma estratégia recorrente do barroco, sendo um procedimento que busca a persuasão. Se o método rendeu obras e discursos suntuosos e exuberantes, a favor da narrativa cristã e do projeto de colonização europeu, a retórica canibal, ao contrário, se apresenta como um contraprograma, uma contracatequese, uma contraconquista. A mostra ficar em cartaz até o dia 8 de setembro, com visitação aberta e gratuita. Adriana Varejão – Por uma retórica canibal Visitação: Até 8 de setembro de 2019. Terça a sexta, 12h às 18h. Sábados e domingos, 13h às 17h Quanto: Gratuito Classificação indicativa: Livre Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães / MAMAM Rua da Aurora, 265. Informações: (81) 3355-6870 MEIO AMBIENTE Fim de semana de consciência ecológica e homenagem ao paisagista Burle Marx nos Econúcleos Depois do sucesso da Ecoférias, a Prefeitura do Recife continua com uma programação diversificada e cheia de consciência ecológica nos equipamentos ambientais. O Jardim Botânico do Recife, Zona Oeste, e o Econúcleo do Parque da Jaqueira, Zona Norte, estarão com várias atividades para entreter a garotada, dentre elas: trilha, apresentação teatral, oficinas e uma programação voltada para homenagear o paisagista Burle Marx. Todo acesso é gratuito e para toda a família. Confira a programação completa deste final de semana nos Econúcleos: Econúcleo Jaqueira, sábado (03) 9h – Apresentação do espaço sustentável com fantoche da turma Mangue e Tal 9h30 – Pocket Show de Maricota: um show de minhoca 10h10 – Trilha Lúdica Ambiental “Trilha de histórias” 11h – Historias Cantaroladas 14h – O Meio que se conta: contação de histórias com miniaturas “As aventuras de Pé de

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Aumento do desmatamento na Amazônia é incontestável, diz Carlos Nobre

Elton Alisson, de Campo Grande (MS) – Alvo de recente questionamento, o aumento no desmatamento na Amazônia nos últimos meses, em comparação com 2018, é incontestável. O aumento foi apontado pelo sistema de monitoramento por satélites Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e deverá ser confirmado antes de dezembro com o lançamento dos dados obtidos durante um ano completo por outro sistema de monitoramento da instituição, o Prodes. Nos próximos dias deverão ser divulgados os dados do Deter para o período de agosto de 2018 a julho de 2019. Entre outubro e novembro, sairão os dados do Prodes para o mesmo período, que são utilizados para verificação do Deter. O Prodes usa dados do satélite Landsat – sistema que existe desde 1989 – e apresenta os dados consolidados sobre o desmatamento total apenas uma vez por ano. A afirmação foi feita por Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), durante palestra na 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada de 21 a 27 de julho na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande. “Os números da série anual do Prodes, que compreende o período de agosto de 2018 a julho de 2019, devem confirmar o que os dados dos últimos meses mostraram: que o desmatamento da Amazônia nos últimos 12 meses foi muito maior do que no período anterior”, disse Nobre, que é pesquisador aposentado do Inpe. “Temos que partir do princípio de que está realmente ocorrendo um aumento do desmatamento na Amazônia”, disse. Segundo ele, o questionamento dos dados sobre o desmatamento da Floresta Amazônica nos últimos três meses indicados pelo Deter é infundado. Isso porque a margem de incerteza do sistema varia de 10% a 12%. O sistema apontou que o desmatamento na Amazônia em quilômetros quadrados (km²) aumentou nos meses de maio, junho e nos primeiros 20 dias de julho, respectivamente, 34%, 91% e 125% em relação aos mesmos meses em 2018. “Esses percentuais de aumento estão muito além da margem de incerteza. A probabilidade de que o desmatamento da Amazônia está aumentando está acima de 99%”, disse Nobre. Os dados do Deter são disponibilizados desde o lançamento do sistema, em 2004, pelo Inpe. Já os do Prodes – que foi o primeiro sistema de monitoramento de desmatamento na Amazônia criado pelo órgão em 1989 – ficaram embargados no início e só passaram a ser disponibilizados em 2002. “Esses dados públicos permitiram um enorme entendimento das causas do desmatamento e municiaram as políticas de combate que tiveram grande sucesso durante vários anos”, disse Nobre. O eventual embargo dos números de desmatamento obtidos pelo Deter e o Prodes ou a descontinuação desses dois sistemas causariam enormes prejuízos para o país e fariam o Inpe perder o protagonismo mundial no desenvolvimento de sistemas de monitoramento florestal, afirmou. “Não divulgar os dados do desmatamento do Inpe não faria o problema desaparecer, porque hoje há muitos grupos em todo o mundo que fazem esse tipo de mapeamento. Mas o Inpe, que desenvolveu o melhor sistema de monitoramento de florestas tropicais do mundo ao longo dos últimos 30 anos, perderia sua liderança”, disse Nobre. De acordo com o pesquisador, o Brasil, por intermédio do Inpe, foi o primeiro país do mundo a fazer esse tipo de monitoramento florestal por satélite. Os sistemas desenvolvidos pelo instituto ajudaram a capacitar pesquisadores de 60 países e muitos países tropicais usam os algoritmos criados na instituição. Enquanto os sistemas de monitoramento desenvolvidos por outras instituições no mundo, baseados em big data e algoritmos automáticos de inteligência artificial, apresentam hoje uma margem de erro acima de 20%, a do Prodes é de 5 a 6%, comparou Nobre. “Isso representa um enorme aperfeiçoamento desse sistema de monitoramento, que é resultado de 30 anos de avanço científico”, disse. Confiança nos dados Em coletiva de imprensa no dia 26 de julho, na reunião da SBPC, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, disse que “não tem dúvidas de que os dados produzidos pelo Deter estão corretos e são confiáveis, mas foram usados com o objetivo incorreto”. “Os dados do Deter não são para medição do desmatamento, mas para alerta de desmatamento, para auxiliar o Ibama nas ações de fiscalização. Seria errado utilizá-los para indicar desmatamento”, disse Pontes à Agência FAPESP. “Os dados do Prodes é que têm a finalidade de medir desmatamento, mas demoram um certo tempo para ser compilados.” O ministro destacou que o Inpe é uma instituição conceituada, cujo trabalho é reconhecido internacionalmente, e que continuará a desempenhar suas funções como sempre fez. “O fato de perguntarmos sobre a variação de um dado é normal é já aconteceu anteriormente”, disse. O portal TerraBrasilis é uma plataforma web desenvolvida pelo Inpe para acesso, consulta, análise e disseminação de dados geográficos gerados pelos projetos de monitoramento da vegetação nativa do instituto, como o Prodes e o Deter: http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/. Agência FAPESP

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