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Da lama e do caos: a sustentabilidade que vem dos manguezais

Com grande capacidade de armazenar e capturar carbono, berçário de muitas espécies e sustento de várias famílias, manguezais sofrem com o processo desordenado de urbanização. Mas surgem iniciativas para sua preservação. *Por Rafael Dantas Os manguezais vistos por Chico Science nos anos 90 seguem sendo o abrigo de uma rica fauna e flora, mas dividindo cada vez mais espaço com lixo, resíduos industriais e com o avanço dos extremos da cidade. A lama, os caranguejos e os homens anfíbios interagem no cenário do mangue. O ecossistema se mostrou, pelos estudos acadêmicos de pesquisadores brasileiros e americanos, fundamental para o armazenamento de carbono. Um “caos” para os olhos humanos, mas fundamental para o equilíbrio ambiental e social. Um estudo publicado pela revista científica Biology Letters, realizado em parceria por pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon, Universidade Federal do Espírito Santo e da Universidade de São Paulo, revelou que um hectare de mangue no Nordeste armazena oito vezes mais carbono que a mesma área de caatinga. Na Amazônia, o ecossistema consegue dobrar a contribuição dada pelas florestas. Mas esse não é o único benefício oferecido pelos manguezais. O seu papel para o equilíbrio climático é muito significativo, segundo Mauro de Melo, que é professor da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) e pesquisador associado ao projeto Recife Cidade Parque. “Os manguezais são um dos maiores sequestradores de carbono do planeta. Os cientistas chamam essa característica de carbono azul. Essa capacidade de sequestrar carbono é crucial no contexto das mudanças climáticas, pois contribui para a mitigação do aquecimento global. A proteção e restauração desses ecossistemas são essenciais para manter essa função ecológica, ajudando a reduzir a concentração de CO₂ na atmosfera”. Além dessa contribuição no sequestro e estoque de carbono, o pesquisador Clemente Coelho Junior, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Pernambuco, destaca entre os benefícios ofertados pelos manguezais a manutenção da biodiversidade marinha e costeira, a retenção de sedimentos e a proteção da linha de costa, por exemplo. “O manguezal é reconhecido por ser o berçário do oceano. Estima-se que cerca de 70% das espécies de organismos costeiros utilizam pelo menos uma fase da sua vida nesse ecossistema. São espécies de importância econômica que geram emprego, renda e garantem a segurança alimentar das comunidades tradicionais. As suas árvores têm grande capacidade de reter poluentes e absorver nutrientes oriundos de esgotos domésticos. Nas grandes cidades litorâneas, esse papel se destaca, dado o baixo índice de tratamentos de efluentes”, explicou o professor. No emaranhado de raízes e troncos, o professor conta que o ecossistema retém partículas trazidas pelas marés, evitando o assoreamento dos estuários e diminuindo a turbidez das águas que chegam no oceano. O docente destaca que o mangue atua como uma armadilha para resíduos lançados nos rios, como plástico, isopor e outros, que ficam aprisionados entre as raízes. Além disso, a própria vegetação diminui a energia das marés e serve como atenuadora do seu efeito erosivo. Um benefício e tanto, especialmente para o Recife, que é considerada a capital mais vulnerável à elevação do nível do mar. O SUSTENTO QUE VEM DO MANGUEZAL Em Pernambuco, os manguezais abrangem uma área de 17 mil hectares, aproximadamente 0,2% do território do Estado, segundo o Atlas dos Manguezais do Brasil (2018). A presença do ecossistema se espalha em regiões como na Reserva Extrativista Acaú-Goiana (na divisa com a Paraíba), nas ilhas de Itamaracá e de Itapessoca e em Maria Farinha. No Recife, os manguezais estendem-se pelos rios Capibaribe, Jordão, Pina, Beberibe e Tejipió. A publicação destaca ainda a bacia do rio Sirinhaém, com estuário com manguezais bem preservados. “Esse trecho do litoral de Pernambuco ainda guarda a prática da pesca artesanal em diversas comunidades localizadas às margens dos rios que convergem para o Atlântico”. Acerca da capital pernambucana, o Atlas afirma que a “história da ocupação da cidade do Recife é a história dos mocambos, escrita pela população pobre que só tem alternativa de moradia se invadir áreas naturais, tais como os manguezais”. Um cenário narrado décadas atrás por Josué de Castro. Apesar dos moradores e visitantes da cidade ainda visualizarem grandes manguezais, os aterros sucessivos, canalizações e a modificação dos cursos d’água para deixá-los retos no século passado foram responsáveis pelo desaparecimento de boa parte desse ecossistema. Além dos benefícios ambientais, é das lamas e do caos desse ecossistema que muitos pernambucanos tiram seu sustento e alimentam a rede gastronômica do Estado. Claudilene Gouveia, conhecida como Irmã Dal, 62 anos, passou mais de meio século entre as águas dos manguezais pernambucanos. Moradora de Barra de Sirinhaém, no litoral sul, ela aprendeu o ofício com a mãe, que era marisqueira. Hoje, já aposentada de outras atividades profissionais, ela segue indo para a pesca, onde tira a renda complementar da casa. Por causa da quantidade elevada de pescadores, marisqueiros e de outros trabalhadores do mangue na Barra de Sirinhaém, ela costuma alugar um carro para se deslocar até Paulista para procurar aratus. Um trabalho que ela faz de duas a três vezes por semana. “Gosto muito de trabalhar no mangue. Isso ajuda na minha renda financeira, toda semana tenho meu trocadinho na mão. Eu coleto, cozinho, quebro e entrego aratu para a revenda em feiras e praias”. Enquanto retira do mangue um complemento de renda, a Irmã Dal olha com preocupação o aumento dos resíduos e do esgoto derramado nas águas já escuras que compõem a paisagem desse quase invisível ecossistema. “Não desmatamos nada, nem deixamos o mangue quebrado. Mas a destruição dele, principalmente em Paulista, é horrível. É uma lixaria e um fedor, que ninguém consegue andar em algumas partes. Está muito perto das casas mais humildes da cidade também”, lamenta Claudilene. AS AMEAÇAS AOS MANGUEZAIS O depósito de esgotos urbanos e industriais e o avanço desordenado da cidade em direção aos manguezais, dois fenômenos observados pela marisqueira, estão entre os maiores vilões contra a preservação do ecossistema. Porém, eles não são os únicos. O próprio desmatamento e a pesca ilegal estão entre as ameaças. “Manguezais próximos a cidades sofrem pressões diversas,

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"Nossa proposta é aumentar em cerca de 9 mil hectares as áreas protegidas da Caatinga em Pernambuco"

Pedro Sena, Coordenador técnico do Cepan (Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste). fala sobre a iniciativa que vai criar seis novas unidades de conservação na Chapada do Araripe no Estado. A ideia é preservar até as áreas habitadas e capacitar moradores com atividades econômicas sustentáveis. Estudo realizado pela Fundação Holandesa IDH, com o apoio do Instituto WRI, identificou que há no mínimo meio milhão de hectares de Caatinga com potencial de restauração em três territórios: Sertão do Pajeú (PE), Cariri Ocidental (PB) e Sertão do Apodi (RN). Mas, de acordo com o Mapbiomas, apenas 9,1% está sob proteção de unidades de conservação. Diante da ameaça de desertificação do bioma frente às mudanças climáticas, várias instituições se unem para criar seis novas unidades de conservação (UCs) na Caatinga em Pernambuco. Isso representa mais nove mil hectares de áreas protegidas no bioma, e aumentaria de 28 para 34 o número de UCs existentes na região de Caatinga no Estado. Para tornar a proposta realidade, o Cepan (Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste), uma organização do terceiro setor, realiza uma série de estudos e conta com a parceria da Semas (Secretaria Estadual do Meio Ambiente e de Fernando de Noronha) da CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente), e com apoio do GEF Terrestre, gerido pelo Funbio (Fundo Brasileiro da Biodiversidade) e pelo Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima. Nesta entrevista concedida a Cláudia Santos, o coordenador Técnico do Cepan Pedro Sena detalha as ações para concretizar a instalação dessas unidades de conservação que incluem formas de conservar a Caatinga com presença dos moradores sertanejos que serão capacitados para exercerem atividades de gestão participativa dessas unidades. Para iniciar a nossa conversa, gostaria que você explicasse o que é o Cepan (Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste)? É uma instituição do terceiro setor especializada em soluções baseadas na natureza, no entendimento do capital natural e em políticas públicas. Criada há 24 anos, por um grupo de pesquisadores na UFPE, foi aumentando sua atuação até o momento em que desacoplou das pesquisas mas manteve essa raiz. Quanto às soluções baseadas na natureza, boa parte das ações do Cepan se concentra em restauração de florestas, plantio, recuperação de áreas degradadas e conservação. Hoje, atuamos no Brasil todo mas, basicamente, na Chapada do Araripe no Ceará, Pernambuco e Piauí. Temos muitos hectares de Mata Atlântica restaurados na Paraíba e de áreas indígenas no Espírito Santo. Também temos o projeto que abrange toda a região da Caatinga de Pernambuco, onde o que preservamos nesse bioma é adicionado à meta de conservação da Caatinga do Brasil. Em que consiste esse estudo sobre a restauração da Caatinga? Esse estudo não é de autoria do Cepan. É da fundação IDH junto com o Instituto WRI Brasil, que são parceiros nossos. Eles utilizam a metodologia Roam, idealizada pelo WRI, e o Cepan já a aplicou, em Pernambuco, em 2019. Nesse método, é feita uma avaliação multidisciplinar que envolve o mapeamento físico dos locais degradados, identificação de atores sociais, validação de números e diálogo com a sociedade em oficinas participativas. Então, visitam-se esses hectares avaliados como importantes para restauração, identificando formas de conservar e de restaurar, sobretudo, englobando as pessoas, pois a Caatinga é um sistema socioecológico, não há como desacoplar o ser humano desse bioma. Por isso, esse estudo promove a restauração ecológica: plantar árvores onde é necessário, colocando pessoas e animais nessa área a ser restaurada. Inclusive o bode, um animal que pode ser ruim para restauração do bioma, mas eles encontraram um jeito de incluí-lo. Além disso, usam-se sistemas agroflorestais que são meios de “ganhar dinheiro” com a floresta, deixando-a crescer de forma sustentável. A produção de mel é um exemplo. Hoje, há cerca de 10% da Caatinga no País protegida em unidades de conservação. Desses, apenas 2% são de proteção integral, uma categoria mais restritiva que garante que aquela floresta não vai ser derrubada, vai se manter ao longo da vida. Mas, essa porcentagem é muito pequena. Se essa situação se perpetuar, o que pode acontecer com o bioma? Se não aumentarem as áreas de conservação, não há como garantir a biodiversidade da Caatinga, que é única. Ela tem muitas espécies exclusivas, chamadas endêmicas, como certos tipos de peixes. Ou seja, há açudes, reservatórios de água, com peixes que só ocorrem na Caatinga. Se esses locais não forem protegidos, essas espécies podem se perder para sempre. Para além da biodiversidade, é preciso considerar também as pessoas. Se não conservarmos a Caatinga, que possui muitas áreas de serra, não teremos, por exemplo, a recarga hídrica, o reabastecimento dos lençóis freáticos tão importantes para quem vive na área e precisa de água. Além disso, há vários outros serviços ambientais, como o carbono que essas florestas retiram da atmosfera. Se essas áreas forem perdidas, haverá um débito nesse sentido. Assim, há muitas justificativas ecológicas e sociais para preservação desse bioma, inclusive a conexão psicológica e sentimental do povo sertanejo com a Caatinga. Por isso, ações de conservação são importantes. Nossa proposta é aumentar a conservação em cerca de nove mil hectares a mais de áreas protegidas da Caatinga em Pernambuco. E como essa proposta vem sendo colocada em prática? Quais instituições estão envolvidas? O Cepan é apenas o executor da proposta. Há outros atores: o Ministério do Meio Ambiente; a Semas (Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha de Pernambuco); a CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente), que é o órgão que vai cuidar dessas áreas de conservação quando forem criadas; o Global Environment Facility, em português, Fundo Global para o Meio Ambiente, que envia recursos para o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade que, por sua vez, repassa esses recursos para o terceiro setor. Essa é a cadeia de governança da nossa proposta, que começa pela etapa de divulgação e apresentação do projeto para a sociedade, tanto de forma ampla, quanto específica nas áreas que vamos criar. Nesta etapa, conversamos com as prefeituras e com as pessoas nos municípios em que as áreas estão localizadas. São

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Mar de plástico: como o mundo e Pernambuco estão enfrentando esse problema?

*Por Rafael Dantas Você sabia que podemos estar comendo um cartão de crédito por semana? De acordo com estudo encomendado pela WWF International e realizado pela Universidade de Newcastle, da Austrália, o ser humano consome até 1.769 partículas de plástico toda semana. A proliferação dos plásticos espalha partículas pelo meio ambiente e afeta não apenas a nossa alimentação. O descarte desse resíduo promove desequilíbrios preocupantes, cria grandes ilhas de lixo nos oceanos e mata muitos animais marinhos. Para enfrentar esse cenário, há um tratado internacional em construção para banir os plásticos desnecessários. O Brasil, sob o comando da ministra do Meio Ambiente Marina Silva, tem um papel relevante nesse xadrez global. No País, Pernambuco pode ter protagonismo nessa agenda a partir da experiência do Arquipélago de Fernando de Noronha. A cada minuto um caminhão de plástico é despejado nos oceanos, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas). Os ítens plásticos correspondem a 80% do número de resíduos acumulados. Além do extenso volume, esse é um material que pode durar até alguns séculos antes de entrar em decomposição. Diferente de outras cadeias produtivas, como a do alumínio que consegue recolher e reciclar quase todas as latinhas que circulam no País, a reciclagem dos plásticos ainda é pouco amadurecida. Todo o drama que envolve essa questão e algumas soluções foram discutidos no evento Noronha e Oceanos sem Plásticos, promoção do Lab Noronha pelo Planeta. “Estamos diante de um oceano de oportunidades, de fazer muita coisa, mas de grandes desafios. Temos um oceano único no Planeta. Quando pensamos nessa questão do plástico, por exemplo, em Noronha, chega lixo vindo até da África. Nos lugares mais profundos do oceano já foram encontrados plásticos”, afirma Ana Paula Prates, diretora de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente. A ambientalista destacou o risco sanitário que o descontrole da produção e descarte de material representam. “Já existem vários estudos demonstrando que esse monte de plásticos, que é arrastado, é um dos grandes vetores de pandemias. Daqui a pouco, a gente vai começar a ver novas pandemias sendo trazidas pelos plásticos. Os impactos se estendem pelo turismo, pela segurança alimentar, na navegação, pesca, bem-estar animal, biodiversidade. Já está no plâncton e até no leite materno”, alertou Ana Paula. O enfrentamento à proliferação desses resíduos pelo Planeta está sendo costurado por meio de um Tratado Global contra os Plásticos. Representantes de 175 países estão em negociações para a escrita desse documento de referência, mas tem ainda poucos avanços, após duas rodadas de negociação. Ana Paula Prates indicou que o acordo não deve ser finalizado até o final do próximo ano, devido às disputas no setor, que movimentam diversos elos da indústria. O tratado deve prever ações sobre os plásticos que já foram depositados nos oceanos, a redução escalonada de alguns produtos e o banimento de outros produtos evitáveis. A definição do que é evitável é um dos grandes entraves da construção do documento. “O que está sendo discutido no tratado é que temos que fazer uma transição da economia linear para uma economia circular”, resume a diretora do Ministério do Meio Ambiente. Enquanto o mundo avança para assinar esse documento de referência para uma transição, Pernambuco já tem desde 2018 o Decreto Noronha Plástico Zero. O arquipélago está em transição, com forte trabalho educativo com os ilhéus e com seus visitantes. Muitos produtos de plástico deixaram de entrar na ilha desde a assinatura do marco legal, como pratinhos e talheres. A ilha está bastante sinalizada com campanhas educativas em direção ao fim do uso de materiais não essenciais. “O Noronha Plástico Zero é estruturado por meio do decreto datado de 2018 que iniciou efetivamente em 2019. Nesse caminho teve uma pandemia que inviabilizou muita coisa, mas hoje a gente trabalha com equipes de fiscalização, com técnicos, biólogos e engenheiros que ficam responsáveis por fazer a abordagem, tanto nas vias de entrada da ilha, no porto e no aeroporto, como também em bares, restaurantes e pousadas. É um trabalho de extrema importância de relevância ambiental para manutenção não só no arquipélago, mas para vida no oceano como um todo”, afirma Ramon Abelenda, gerente de Meio Ambiente de Fernando de Noronha. Ele afirma que hoje o maior desafio do arquipélago no gerenciamento dos resíduos sólidos está no fato dele receber um número de turistas elevado, em que há um tempo muito curto de conscientização quanto ao descarte adequado. “A gente tem que conscientizar o público que vem a Noronha antes de chegar na ilha. Isso é um desafio. Além disso, todo nosso resíduo é descartado no continente, ele não pode ser aterrado aqui. Então, um desafio a ser vencido é a redução do consumo aqui na ilha, com a priorização do uso de materiais e embalagens biodegradáveis”, explicou Abelenda. INICIATIVAS DA SOCIEDADE O enfrentamento ao problema do descarte dos plásticos no mundo passa por iniciativas amplas e de definição de marcos legais, bem como por ações individuais e de pequenos grupos. No Recife e em Fernando de Noronha há projetos como o Xô Plástico e o Minuto Noronha que atuam tanto no viés educativo, como no trabalho voluntário para retirada dos resíduos sólidos do meio ambiente. É o trabalho de formiguinha que tem alguns resultados bem impressionantes. O Minuto Noronha, iniciativa de dois moradores do arquipélago, Túlio Cesar e Giselle Duque, retirou da natureza nada menos que 4,42 toneladas de resíduos em 70 ações realizadas nos últimos quatro anos. Eles não recolhem apenas plásticos, mas também garrafas, metais e outros materiais e pesam a coleta a cada saída. “O projeto surgiu a partir de uma vontade minha de participar de ações de preservação ambiental. Daí nasceu o Minuto Noronha, que incentiva a cada pessoa a fazer sua ação tirando um pouquinho do seu tempo para ajudar a ilha”, declarou Túlio. Eles usam o tempo de folga do trabalho para andar pela ilha e retirar o que está em desequilíbrio com o meio ambiente. Após a abertura de um perfil no Instagram (@minutonoronha) sobre o projeto, a iniciativa

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"O fluxo do capital caminha para uma economia de baixo carbono"

Teremos uma retomada da economia a partir de uma matriz mais sustentável? Essa foi a principal questão a ser esclarecida na nossa conversa com Marina Grossi, que é presidente do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável). A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável deixaram de ser uma agenda apenas dos ambientalistas e ganham cada vez mais adeptos no mundo empresarial e político. Na última edição da Algomais vimos que a pandemia acelerou essa tendência, que deverá nortear os investimentos no cenário pós-crise. Confira abaixo a entrevista completa. Quais as principais lições que a pandemia deixa para a classe empresarial no quesito sustentabilidade ambiental? Marina Grossi: Acho que a principal lição é que não há desenvolvimento econômico e social que se sustente no longo prazo sem os serviços da natureza, sem água, ar, solo, chuva. Porque já está comprovado que a floresta em pé tem um valor maior do que áreas desmatadas. O Relatório da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos sobre Restauração de Paisagens aponta que um hectare de floresta em pé na Amazônia, por exemplo, gera em média R$ 3,5 mil por ano; e no cerrado, em torno de R$ 2,3 mil por ano. Em sistemas agroflorestais, esse rendimento pode chegar a mais de R$ 12 mil anuais. Já o mesmo hectare desmatado para a pecuária daria um lucro de R$ 60 a R$ 100 por ano. Se usado para soja, o valor seria de R$ 500 a R$ 1 mil por ano. . Estudo publicado no ano passado pela revista Perspectives in Ecology and Conservation e -- endossado por mais de 407 cientistas brasileiros, de 79 instituições de pesquisa – apontou que os 270 milhões de hectares de vegetação nativa preservados em propriedades rurais, entre áreas desprotegidas e de Reserva Legal, rendem ao Brasil R$ 6 trilhões ao ano em serviços ecossistêmicos, como polinização, controle de pragas, segurança hídrica, produção de chuvas e qualidade do solo. Os serviços oferecidos pelos sistemas naturais têm impacto na segurança alimentar, energética e hídrica; na produtividade da cadeia agrícola e servem de estoque e sumidouro para o carbono. . Na sua opinião, quais as principais tendências deverão nortear o desenvolvimento empresarial e o crescimento das empresas brasileiras nos próximos anos? Como os conceitos relacionados à economia verde afetarão as rotinas e os planos das empresas? Marina Grossi: A pandemia acelerou um processo que já estava em andamento. Os conceitos ESG (Enviromental, Social and Governance) devem guiar cada vez mais os investimentos privados e agora também começam a influenciar políticas públicas. O novo pacto ecológico da União Europeia, por exemplo, prevê a injeção de 1,8 bilhão de euros em projetos e iniciativas voltados para uma economia de baixo carbono. Para as empresas, não é apenas um bom negócio, é fator fundamental para a sustentabilidade financeira no longo prazo. A gente percebe um amadurecimento maior no mercado europeu, mas está claro que há um movimento global crescente. O perfil do consumidor no Brasil ainda privilegia em maior medida o preço e a conveniência do produto, mas já há um processo de amadurecimento em curso. . A recuperação da economia global tende a passar por investimentos na economia de baixo carbono? Quais os sinais do mercado podem apontar para isso? Marina Grossi: O fluxo do capital já caminhava cada vez mais para um modelo de economia de baixo carbono, mesmo antes da pandemia, mas houve uma aceleração após a Covid-19. Esse é um movimento global, que prevê a alocação de capital alinhado aos preceitos e princípios ESG. Os investidores também começam a ver resultados positivos no histórico de investimentos ESG. E isso também vem incentivando o mercado local. É um círculo virtuoso. . Como você analisa o Brasil nesse cenário, visto que temos ao mesmo tempo experiências reconhecidas globalmente de economia verde ao mesmo tempo que vivemos uma crise sequência de crises ambientais e um papel dúbio do Ministério do Meio Ambiente? Marina Grossi: Temos uma grande oportunidade de posicionar o Brasil e usar a vantagem que temos (florestas, água, matriz energética limpa) como forma de desenvolvimento sustentável com acesso a um capital que está buscando isso. O agronegócio brasileiro precisa se adaptar a um novo modelo de agricultura, do século 21, no qual é possível aumentar a produtividade sem ampliar a área agrícola. Caso contrário, haverá maior resistência e até fuga de investimentos externos de baixo carbono, além de perder o acesso a mercados ou a portfólios de investimentos que demandem por esse perfil. Também pode ter impacto nas carteiras de crédito. Ao ter uma gestão climática mais profunda, é possível mitigar o impacto de ter créditos em áreas que sofrerão com as mudanças climáticas, ou que terão quebras e mercados destruídos. No Brasil, estamos interessados em desenvolver ações de longo prazo que permitam colocar o país no rumo de uma economia de baixo carbono quando a pandemia do coronavírus passar. A implementação de um mercado de carbono no Brasil é agenda prioritária. Estamos buscando o diálogo não apenas com o governo, mas com todas as instituições do país com o objetivo de colocar o Brasil na rota de uma economia circular e de baixo carbono. O Brasil é uma potência ambiental e tem tudo para assumir a liderança nesta agenda. Essa é uma agenda de Estado, e não de governo. Temos a oportunidade única, os recursos e o conhecimento para dar escala às boas práticas e, mais do que isso, planejar estrategicamente o futuro sustentável do Brasil. Em nosso entendimento, esse é o melhor caminho para fincarmos os alicerces do país para as próximas gerações. . *Rafael Dantas é jornalista, repórter da Algomais, especialista em gestão pública e mestre em Extensão Rural e Desenvolvimento Local (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com)

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Para 85% dos brasileiros, proteção do meio ambiente deve ser prioridade pós-Covid-19

Uma pesquisa realizada pela Ipsos para o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, comprovou que a pauta da preservação ambiental não perdeu sua relevância, mesmo em um cenário de pandemia. Na opinião de 85% dos brasileiros, a proteção do meio ambiente deve ser uma prioridade do governo no plano de recuperação do país pós-Covid-19. O estudo ouviu participantes de 16 países, sendo 1000 no Brasil. A população que mais espera atitudes governamentais no que diz respeito à defesa do verde é a da China, com 91%. Em segundo lugar, estão, empatados, a Índia e o México, com 89%. Com 85%, o Brasil ficou em terceiro. Por outro lado, Alemanha (55%), Japão (61%) e a Rússia (62%) foram os países cujos entrevistados demonstraram menor interesse na pauta ambiental. Um dos motivos pelo qual a maioria esmagadora dos ouvidos brasileiros enxerga a relevância da proteção do meio ambiente no contexto atual pode estar relacionado à uma preocupação com o próprio bem-estar. No Brasil, 85% acreditam que problemas como degradação ambiental, poluição, desmatamento e mudanças climáticas representam uma séria ameaça à saúde. Novamente, os chineses estão no primeiro lugar – considerando 16 países – entre os que mais concordam com a premissa: são 93%. Em seguida vêm México, com 91%, e África do Sul, com 90%. Quem menos acredita que as questões ambientais podem gerar impacto na saúde são os Estados Unidos (77%), Austrália e Japão (ambos com 81%) e Canadá (83%). De quem é a responsabilidade? Apesar de a maior parte dos entrevistados brasileiros concordarem na importância da pauta verde para o futuro, os resultados do levantamento apontam para um paradoxo. Embora 85% defendam que o governo deve priorizar a preservação do meio ambiente na retomada pós-pandemia de coronavírus, 41% dos ouvidos no Brasil admitem que o tema da proteção ambiental não está na sua própria lista de prioridades no momento. Na Alemanha e na França, apenas 28% afirmam que não priorizam o tema. Na segunda posição, está o México, com 33%; a Espanha ficou em terceiro, com 35%. Na contramão destes países, os participantes da Índia (67%), da Itália (65%) e da Rússia (58%) apresentam maior descaso com o assunto atualmente. A pesquisa on-line foi realizada com 16 mil entrevistados de 16 países, no período de 21 a 24 de maio de 2020. A margem de erro é de 3,5 p.p..  

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PE: Monitor aponta fim da área com seca extrema e redução da seca grave

A última atualização do Monitor de Secas, de fevereiro, aponta que, assim como em janeiro, Pernambuco apresentou uma grande variabilidade pluviométrica em fevereiro, com variação de aproximadamente 20mm no litoral a 250mm no Sertão. A região litorânea registrou o maior desvio de chuvas abaixo da média. Com base nos indicadores de curto e longo prazo e na saúde da vegetação, houve diminuição da intensidade da seca grave no Sertão e permanecendo no Agreste. Na região de Petrolina, na divisa com a Bahia, a seca severa foi extinta com base nos indicadores de curto e longo prazo. Os impactos de curto e longo prazo continuam nas regiões de Petrolina e do Agreste (região central), os de curto prazo na região litorânea e os impactos de longo prazo em grande parte do Sertão de Pernambuco. Em fevereiro deste ano aconteceram chuvas acumuladas de mais de 200mm em Minas Gerais, Tocantins, Maranhão, noroeste do Piauí, noroeste e sul do Ceará. Já no Espírito Santo e leste de Minas foram registrados menos de 100mm. Quanto mais ao leste nordestino, os volumes acumulados foram menores, chegando a 50mm em Alagoas, Bahia e Sergipe. No centro-sul de Minas e no nordeste do Maranhão, as chuvas ultrapassaram os 400mm em janeiro. Com as chuvas de fevereiro, a área com seca extrema entre a Bahia e Pernambuco passou a registrar seca grave, um grau abaixo. Assim, fevereiro de 2020 é o primeiro mês de fevereiro desde 2015 a não registrar nenhuma área com seca extrema desde o início do Monitor de Secas. Com as chuvas de fevereiro, o Monitor de Secas registrou uma redução das áreas com seca na Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Piauí e Rio Grande do Norte. Também houve a redução da gravidade das secas que acontecem na Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. Em Alagoas a extensão e a gravidade da seca permanecem semelhantes à situação registrada pelo Monitor de Secas em janeiro. O Monitor de Secas tem uma presença cada vez mais nacional, abrangendo os nove estados do Nordeste, Espírito Santo, Minas Gerais e Tocantins. Os próximos estados a se juntarem ao Monitor serão Goiás e Rio de Janeiro, que já estão em fase de testes e treinamento de pessoal. Esta ferramenta realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores de seca e nos impactos causados pelo fenômeno em curto e/ou longo prazos. O Monitor vem sendo utilizado para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessado tanto no site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos Android e iOS. Clique aqui para verificar a situação de fevereiro de 2020 em todos os estados com o Monitor de Secas. O Monitor de Secas O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos. Em Pernambuco, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) é o órgão que atua no Monitor de Secas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 12 estados a cada mês vencido. O serviço tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por este tipo de fenômeno climático. No fim de 2018, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em maior ou menor grau por secas, foi iniciada a expansão da ferramenta para a inclusão de estados de outras regiões. Em novembro de 2018 e em junho de 2019, Minas Gerais e Espírito Santo foram incorporados. O Monitor de Secas foi concebido com base o no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação do mapa final. A metodologia utilizada no processo faz com que o mapa do Monitor indique uma seca relativa, ou seja, as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.

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Projeto “Nos pés do Baobá” celebra semana da consciência negra no bairro de Santo Amaro

Uma das maiores e mais antigas árvores do mundo, o Baobá chega a alcançar incríveis 25 metros de altura e de sete a 11 metros de largura. Além do formato grandioso e exuberante, o Baobá é considerado a árvore da vida e um dos símbolos da luta dos negros, já que é sinônimo de resistência e força. Para marcar a semana da consciência negra. o Coletivo Mojubá e o Sesc Pernambuco realizam o projeto “Nos pés do Baobá”, nesta quinta (21) e sábado (23), na praça do Campo Santo, em Santo Amaro, no Recife. O lugar não foi escolhido à toa. No meio da praça, localizada em frente ao cemitério de Santo Amaro, existe uma espécie da árvore, que foi replantada em 2006. Ao redor do baobá, inúmeras atividades culturais, como contação de histórias e mesas de debate, serão promovidas para resgatar a ancestralidade por meio do contato direto com a árvore, e também destacar a importância como um ícone de afirmação da identidade cultural, histórica e religiosa do povo negro. O primeiro dia do projeto, na quinta-feira (21), será dedicado à contação de histórias. A pedagoga e especialista em literatura infanto-juvenil, Luciana Moura, faz a leitura do livro “O Baobá que veio de lá”, que apresenta a força da ancestralidade de uma avó que conta muitas narrativas para sua neta Lulu. De mudança para uma nova cidade, Lulu encontra um lindo baobá e muitas aventuras de encantar. O projeto ainda conta com apresentação do espetáculo “Dança para Iansã”, do Balé Afro Raízes. A exibição acontece no teatro Marco Camarotti, que fica no Sesc Santo Amaro. “Dança para Iansã” nasceu nos terreiros do candomblé, ritmada ao som de instrumentos musicais de percussão afro-brasileiro. Já no sábado (23), segundo e último dia do projeto, acontece a formação da mesa de discussão para discutir como o baobá é ícone da identidade cultural do povo negro. Participam da discussão o mestre em antropologia, Fernando Batista, o historiador Luís Paulo Pinto e a a pesquisadora e fundadora do Movimento Negro de Pernambuco, Inaldete Pinheiro. Inaldete tem se dedicado a pesquisas sobre a herança africana em nossa formação. PROJETO “NOS PÉS DO BAOBÁ” Quando: dias 21 e 23 de novembro Onde: Praça do Campo Santo, Santo Amaro e Teatro Marco Camarotti, no Sesc Santo Amaro Evento gratuito PROGRAMAÇÃO: DIA 21 (Quinta-feira) PRAÇA DO CAMPO SANTO 9H30 - Início das atividades 10H - Contação do livro “O baobá que veio de lá”, de Luciana Moura 11H às 14H - Intervalo 15H - Contação do livro “O baobá que veio de lá”, de Luciana Moura TEATRO MARCO CAMAROTTI, SESC SANTO AMARO 20H - Espetáculo Dança para Iansã, do Balé Afro Raízes DIA 23 (Sábado) PRAÇA DO CAMPO SANTO 14H - Início das atividades 14H30 - Formação da mesa de discussão com o tema: O baobá como um ícone no resgate, afirmação e reafirmação da identidade cultural, histórica e religiosa do povo negro. Palestrantes: Inaldete Pinheiro, fundadora do Movimento Negro de Pernambuco; Fernando Batista, mestre em antropologia; e Luís Paulo Pinto, historiador; 16H30 - Apresentação cultural com as Yabás da Xambá 17h30 - Espetáculo “Dança para Iansã”, do Balé Afro Raízes 18H - Cortejo até o Baobá e encerramento do evento

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Equipamentos ambientais do Recife de portas abertas neste feriadão

O feriadão será repleto de atividades recreativas para quem visitar os equipamentos ambientais da Prefeitura do Recife. O Econúcleo Jaqueira e o Jardim Botânico do Recife (JBR), ligados à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS), estarão abertos com uma programação especial nesta sexta-feira (15), feriado nacional, sábado (16) e domingo (17). Os visitantes poderão conferir contações de histórias, oficinas, apresentações e participar do evento Ciência na Praça. As atividades são todas gratuitas e abertas para o público em geral. Quem preferir ir ao Econúcleo Jaqueira, na sexta-feira (15), será oferecido, a partir das 9h40, o Tangram ambiental, que consiste em um quebra-cabeça de origem chinesa formado por sete figuras geométricas que, juntas, formam um quadrado. A atividade é um importante recurso didático que auxilia no desenvolvimento do raciocínio lógico e da criatividade, além de oferecer apoio em Educação Ambiental, matemática, artes, história e ciências naturais. Usando suas peças, é possível montar inúmeras figuras diferentes, tornando uma experiência lúdica e divertida. O objetivo é proporcionar reflexão acerca da biodiversidade e do respeito aos animais. No sábado (16), o espaço será palco do evento Ciência na Praça, que acontece das 8h às 13h. A iniciativa é de pesquisadores da unidade da Fundação Oswaldo Cruz no Recife, uma das instituições científicas mais respeitadas do Brasil e conceituada no exterior. O projeto existe desde julho de 2019 e aborda a importância da ciência para a população. Na ocasião, irão discutir sobre vacinas, como se faz ciência ou circulam fake news, entre outros temas. O evento tem apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Afoc) e faz parte de um movimento mundial pela popularização da ciência. Já no domingo (17), às 10h, o equipamento ambiental conta com a oficina de Swing Poi, que irá abordar a importância do reaproveitamento dos resíduos sólidos para a construção de outros materiais, entre este o Swing Poi, que é formado por uma corda, com uma bola no fim, terminado em fitas coloridas. O malabarismo com Swing Poi é difundido e aperfeiçoado em mundialmente. Utilizada por pessoas de todas as idades para aumentar a flexibilidade, força e coordenação, a atração promete entreter os participantes. A diversão também está garantida para quem visitar o Jardim Botânico do Recife. Na sexta (15), o espaço receberá, a partir das 10h, a oficina de mudas “Bombinhas de sementes”, que pretende ensinar técnicas sustentáveis para o plantio de mudas em casa através da utilização de bombinhas de sementes. A atividade será repetida no sábado (16), às 11h. Também no sábado, será oferecida, por volta das 9h, a vivência ecológica “Caminhos dos sentidos, no jardim de fitoterápicos: cheiros, texturas e sabores”. Nela, os participantes irão sentir as diferentes texturas das folhas, caules, sabores e cheiros que essas plantas medicinais exalam. Em seguida, acontecerá uma roda de diálogo sobre o que foi feito. O objetivo é promover o resgate e o conhecimento dessas espécies, que podem prejudicar a saúde se usadas incorretamente. Por fim, no domingo (17), às 15h, o JBR promoverá a oficina de bancos com garrafa PET. Nela, será ensinado como transformar o material das garrafas em bancos sustentáveis, que também podem ser usados na decoração de casas e apartamentos. O Econúcleo Jaqueira está aberto para visitação de quinta a domingo, das 9h às 17h. Já o Jardim Botânico do Recife abre as portas de terça a domingo, das 9h às 15h30. Ambos os espaços possuem entrada gratuita. Confira a programação completa dos equipamentos ambientais: Jardim Botânico do Recife Sexta (15) 09h00 – Vivência ambiental “Faço parte deste lugar” 10h00 – Oficina de mudas “Bombinhas de sementes” 11h00 – Histórias cantaroladas 12h00 – Encerramento manhã 13h30 – Caminhada Ecológica “Na trilha da biodiversidade” 14h30 – Oficina de mini hortas “Viveiro de mudas” 15h30 – O Meio que se conta: contação de histórias “As Aventuras de Pé de Pano” 16h00 – Encerramento tarde Sábado (16) 09h00 – Caminhos dos sentidos, no jardim de fitoterápicos: cheiros, texturas e sabores 10h00 – Oficina de xilogravura sustentável (isogravura) 11h00 – Oficina de mudas “Bombinhas de sementes” 12h00 – Encerramento manhã 13h30 – Caminhada ecológica “Olhando e ouvindo o pulmão do mundo” 14h30 – Faz de conto: contação de histórias em cordel 15h30 – Cine ambiental: refletindo sobre a poluição 16h00 – Encerramento tarde Domingo (17) 09h00 – Caminhada Ecológica “Trilha cega” 10h00 – Oficina de brinquedos com resíduos sólidos 11h00 – O meio que se conta: contação de histórias “Vozes de um rio” 12h00 – Encerramento manhã 14h00 – Caminhada poética "Caminho diVersos" 15h00 – Resíduos nos eixos: oficina de bancos com garrafa PET 16h00 – Encerramento tarde Jardim Botânico do Recife BR 232, km 7,5 - Curado De terça a domingo, das 9h às 15h30 Entrada gratuita Econúcleo Jaqueira Sexta (15) 09h00 – Caminhada ecológica “Caminhos diVersos” 09h40 – Tangram ambiental 11h00 – Pocket show com maricota “Um show de minhoca” 12h00 – Encerramento manhã 14h00 – Sala de ECOinteratividade: jogos digitais 15h00 – O Meio que se conta: contação de histórias “Pedrinho e o barco” 16h00 – Oficina de xilogravura sustentável 17h00 – Encerramento tarde Sábado (16) 09h00 – Apresentação do espaço sustentável com fantoche da turma Mangue e Tal 09h30 – Oficina de malabares 11h00 – Em cena verde com Astrogilda e Alcebíades 12h00 – Encerramento manhã 14h00 – Apresentação do espaço sustentável com fantoche da turma Mangue e Tal 14h40 – Histórias cantaroladas 15h00 – Pocket show com Maricota 16h00 – O Meio que se conta: contação de histórias “As aventuras de Pé de Pano” 17h00 – Encerramento TARDE Domingo (17) 09h00 – Meditação com o grupo Sahaja Yoga 10h00 – Resíduos nos eixos: oficina de swing poi 11h00 – O meio que se conta: contação de histórias “Pedrinho e o barco” 12h00 – Encerramento manhã 14h00 – O meio que se conta: contação de historias “Borboletando coisa e tal” 15h00 – Histórias cantaroladas 16h00 – Pocket show com maricota “Um show de minhoca” 17h00 – Encerramento tarde Econúcleo Jaqueira R. do Futuro, 959 – Jaqueira De quinta à domingo, das 9h às

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Alunos da Rede Municipal têm aula ambiental durante a Conferência Brasileira de Mudança do Clima

Alunos da Escola Municipal Bola na Rede tiveram, na tarde desta quarta-feira(6), uma aula ambiental a bordo do Barco Escola Águas do Capibaribe. A atividade faz parte da Conferência Brasileira de Mudança do Clima, que acontece de 6 a 8 de novembro, no Recife. A embarcação partiu do Porto do Recife, passando pela Boca da Barra e navegou por entre as Pontes da cidade retornando ao Marco Zero. No percurso os estudantes passaram pelos mais importantes rios da cidade Beberibe e Capibaribe e viram os animais que vivem na área, garças, peixes, caranguejos e a riqueza do mangue. Foram sensibilizados e provocados a refletirem sobre como as ações do homem como desmatamento e jogar lixo nos rios e mares podem impactar na vida das populações. O desmatamento provoca ilhas de calor nas cidades, desconforto térmico, o lixo, o plástico descartado de forma irresponsável já afeta a vida marinha e o planeta. Essa foi a primeira viagem do Barco Escola após sua requalificação, informou o secretário de Educação do Recife, Bernardo D’Almeida, que acompanhou o passeio. De acordo com ele, essas atividades são importantes para formar um aluno com visão crítica. “Eles serão, num futuro próximo, responsáveis pelo desenvolvimento da cidade e, conhecendo a realidade poderão proteger o patrimônio ambiental local”. Ágatha Gabriele, 11 anos, do 5º ano, da Escola Bola na Rede (localizada na Guabiraba) elogiou a aula e disse que não sabia que o Recife já teve uma ponte giratória. “Aprendi sobre história e meio ambiente. Vi peixes, garças e pássaros diferentes, uma riqueza que deve ser preservada”.

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Fundaj lança campanha de arrecadação de materiais para limpeza de óleo

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) lança uma campanha de arrecadação de materiais para ajudar na limpeza do óleo que atinge o litoral do Nordeste. A instituição está recebendo doação de luvas de PVC, máscaras N95, botas de cano alto, camisas UV de manga comprida, água e sacos de lixo para serem levados aos voluntários que têm trabalhado diariamente nas praias de Pernambuco. Os pontos de coleta são os Cinemas da Fundação, em Casa Forte (Museu) e no Derby, a Fundaj Apipucos e o Engenho Massangana, no Cabo de Santo Agostinho. "O desastre ambiental em curso, que envolve petróleo cru nas praias do litoral nordestino, é um assunto de grande importância regional e nacional. A Fundaj, além de pesquisas de impacto e de ações de mitigação, também abre as portas para receber equipamentos, com a finalidade de realizar a coleta desse óleo de forma mais segura", disse o presidente da Fundaj, Antônio Campos. Além do recolhimento de donativos, o Educativo do Museu do Homem do Nordeste (Muhne) realizará ações pedagógicas nas praias da Região Metropolitana do Recife (RMR), como Janga, Barra de Jangada, Pau Amarelo, Casa Caiada, Piedade e Boa Viagem. A ideia das atividades foi da monitora Nathalia Sá, formada em Gestão Ambiental e educadora do Muhne. "Vamos participar do processo de atuação das áreas atingidas pelo óleo, mas também da conscientização do manejo desse resíduo. Nós recebemos alunos de todos esses locais. Como Nathalia Sá é da área de gestão ambiental, temos respaldo acadêmico. A presença dessa educadora na equipe não é por acaso. Isso faz parte do processo educativo. É uma forma da instituição atuar diretamente nesse problema que envolve o nome do próprio museu, o 'Homem do Nordeste'. É importante frisar o quanto é sensível cuidar desse aspecto e tratar sobre isso nas mediações", destacou a coordenadora do Muhne, Edna Silva. O Cinema do Museu, no campus Casa Forte, promoverá uma sessão especial no dia 3 de novembro (domingo) — filme "A Princesa e o Plebeu" —, às 10h30, para arrecadar donativos e colaborar no combate às manchas de óleo que invadem o litoral do Nordeste. A entrada será q doação de um dos itens que estão sendo arrecadados. "Abraçamos campanhas solidárias que visam melhorar situações de risco", ressaltou a coordenadora do Cinema da Fundação, Ana Farache. CONFIRA A LISTA DE PONTOS DE ARRECADAÇÃO Cinema da Fundação Joaquim Nabuco/Derby Cinema da Fundação Joaquim Nabuco/Casa Forte (Museu) Fundação Joaquim Nabuco/Apipucos Engenho Massangana/Cabo de Santo Agostinho

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