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STELLANTIS Funilaria Abril23

Indústria de Pernambuco ganha força e ocupa 2º lugar no Nordeste em valor da transformação

Fabricação de veículos lidera em receita, mas alimentos seguem como principal empregador no setor industrial do estado. Foto: Stellantis A Pesquisa Industrial Anual – Empresa (PIA-Empresa) do IBGE revelou que, em 2023, Pernambuco contava com 5.649 empresas industriais com cinco ou mais ocupados, empregando um total de 208.711 pessoas. A indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias se destacou na geração de receita, com 23,07% da receita líquida de vendas, enquanto a indústria de produtos alimentícios manteve a liderança em geração de empregos, com 34,69% das vagas no setor. Ao longo da última década, o número de trabalhadores na indústria pernambucana caiu 11,46%, o que representa uma redução de 27 mil postos de trabalho. No entanto, houve reação nos últimos anos: entre 2020 e 2023, o contingente de empregados aumentou 9,5%, refletindo a retomada da atividade após os impactos da pandemia. Segundo o gerente de Análise Estrutural do IBGE, Marcelo Miranda, “a Pesquisa Industrial Anual busca retratar as características estruturais do segmento empresarial da atividade industrial no país, que são informações relevantes para a análise e o planejamento econômico das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo”. No ranking nordestino do Valor da Transformação Industrial (VTI), Pernambuco aparece em segundo lugar (22,7%), atrás apenas da Bahia (33,4%), que perdeu participação nos últimos anos. Desde 2014, Pernambuco ganhou 5,5 pontos percentuais, impulsionado pelo fortalecimento da indústria de petróleo, ao contrário da Bahia, onde esse segmento perdeu relevância. O Ceará ocupa a terceira posição no ranking da região, com 17,1%. As empresas industriais de Pernambuco geraram R$ 136,3 bilhões em receita líquida de vendas em 2023, sendo R$ 126,8 bilhões oriundos das indústrias de transformação e R$ 512 milhões das extrativas. Juntas, essas empresas desembolsaram cerca de R$ 8 milhões em salários, retiradas e remunerações. A pesquisa é uma ferramenta para compreender o desempenho do setor industrial no estado e subsidiar estratégias de desenvolvimento econômico.

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Pernambuco lidera crescimento nacional do setor de serviços em abril, aponta IBGE

Estado registrou alta de 5,3% no volume de serviços, o melhor desempenho entre todas as unidades da federação e um sinal de recuperação após queda no mês anterior Pernambuco teve o maior crescimento no volume de serviços do país em abril de 2025, com uma alta de 5,3% em relação a março, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo IBGE. O desempenho marca uma retomada significativa após a retração de 3% registrada no mês anterior e supera o resultado de abril de 2024, quando a variação foi de apenas 0,1%. Esse crescimento coloca o estado na sétima melhor posição de sua série histórica desde 2011 e o aproxima dos níveis anteriores à pandemia, ficando atrás apenas do patamar de agosto de 2018 (6,7%). O desempenho positivo foi puxado, principalmente, pelas atividades de transportes, setor que também influenciou o crescimento nacional, que foi mais modesto (0,2%). “Em abril, o resultado positivo do setor de serviços no Brasil se junta aos aumentos observados nos meses de fevereiro e março, acumulando alta de 1,5% nos últimos três meses. A trajetória recente do setor é impactada principalmente por uma melhora observada no setor de transportes, bem como um maior dinamismo dos serviços de tecnologia da informação e serviços técnico-profissionais”, destaca o analista da pesquisa, Luiz Almeida. Além de Pernambuco, outros estados como Roraima (3,7%), Amazonas (3%) e Mato Grosso (2,8%) também apresentaram crescimento expressivo. No entanto, estados como Rio de Janeiro (-3,2%), Bahia (-2,4%) e Goiás (-3,2%) tiveram quedas relevantes no período. No segmento turístico, Pernambuco também avançou 2,6%, consolidando a melhor variação mensal desde novembro de 2024. De acordo com o IBGE, o crescimento das atividades turísticas foi impulsionado pelo aumento no transporte aéreo e rodoviário de passageiros, refletindo positivamente em receitas de hotéis e empresas de reservas. A próxima divulgação da PMS, com os dados de maio de 2025, está prevista para o dia 11 de julho.

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CONFEITARIA

Confeitaria cada vez mais valorizada

*Por Tânia Bastos O mercado de confeitaria no Brasil, que representa 60% do setor na América Latina, tem se consolidado como um dos segmentos mais relevantes da indústria alimentícia, tanto em termos culturais quanto econômicos. Até 2029, espera-se um crescimento anual de 3,97%. Além disso, um faturamento de R$ 12 bilhões por ano, segundo a pesquisa “Consumo Equilibrado”.  Sabemos da paixão do brasileiro pelo chocolate, que continua sendo campeão de audiência quando o assunto é sobremesa. Mas, além disso, o setor está atento a um interesse cada vez maior do público por produtos e serviços inovadores e de qualidade, ingredientes diferenciados e consumo prático. Por isso, a realização da 1ª Feira de Confeitaria Senac representa uma importante oportunidade para os profissionais e amantes da área, aprofundando nossas raízes locais, gerando conhecimento e tendências. Tudo isso alinhado ao comprometimento do Senac Pernambuco com a formação de excelência e a sua capacidade de transformar a vida do pernambucano por meio da profissionalização. Em 2024, a instituição registrou cerca de 35 mil matrículas em cursos de formação inicial e continuada. A 1ª Feira de Confeitaria Senac acontece entre os dias 11 e 13 de junho, no Centro de Convenções de Pernambuco, e vai oferecer workshops práticos e palestras diversas, além de reunir nomes de destaque da confeitaria nacional e local, como a confeiteira e empreendedora Carole Crema, a cake designer Cecília Chaves, a empresária Mara Cakes e o chef Diego Lozano. Os temas abordados refletem a preocupação com o que está sendo procurado atualmente pelos profissionais desse segmento, como cursos sobre técnicas de empratamento na confeitaria inclusiva, confeitaria clássica francesa com ingredientes locais, modelagem 3D até preparações para desenvolver a criatividade e lições para quem quer lucrar na área.   O evento também vai destacar novos talentos através do concurso de bolos artísticos, com o objetivo de valorizar a confeitaria pernambucana. E ainda há espaço para a solidariedade, pois todos os alimentos arrecadados na entrada serão doados ao Banco de Alimentos do Sesc. Essa iniciativa ratifica a força da confeitaria em Pernambuco e celebra o esforço e a missão do Senac Pernambuco de educar para o trabalho e fortalecer o setor de comércio de bens, serviços e turismo. *Tânia Bastos é confeiteira e instrutora do Senac Pernambuco

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Inauguracao do Mercado Barra Branca JOELMA SILVA GECOM PMB

Mercado Barra Branca é inaugurado em Bezerros como novo polo de cultura e gastronomia

Espaço impulsiona turismo gastronômico, economia criativa e valoriza a identidade cultural da Capital Pernambucana dos Bolos e Doces. Foto: Joelma Silva A cidade de Bezerros, no Agreste de Pernambuco, ganhou neste mês de junho um novo equipamento voltado para cultura, lazer e empreendedorismo: o Mercado Gastronômico Barra Branca. O espaço foi inaugurado pela vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause, e pela prefeita Lucielle Laurentino no prédio do antigo Mercado de Cereais Manuel José da Silva (Manuel Galego). A iniciativa une sabores da culinária regional, manifestações culturais e estímulo à economia local em mais de 400 metros quadrados de área requalificada. Com um investimento superior a R$ 970 mil do Governo do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe), e parceria com a Prefeitura de Bezerros, o Mercado Barra Branca é um símbolo de valorização das tradições bezerrenses e do fortalecimento do turismo gastronômico no interior do estado. O local conta com palco para apresentações culturais, oito quiosques com mezanino, sanitários acessíveis e um ambiente pensado para promover experiências sensoriais ligadas à memória e à identidade da cidade. “O nosso Mercado Barra Branca é mais que um prédio reformado, pois entregamos um monumento vivo à história, aos sabores e às memórias do povo bezerrense. Cada parede carrega a tradição de gerações que fizeram do mercado um centro de comércio, cultura e afeto. E agora, ele ressurge ainda mais forte, pronto para continuar contando a linda história da nossa gente. E que alegria imensa poder fazer essa entrega ao lado da nossa vice-governadora Priscila Krause, dos amigos e deputados Mendonça Filho e Joãozinho Tenório, mas principalmente ao lado do povo bezerrense, que nos faz celebrar um marco tão especial para nossa cidade. Bezerros segue avançando com respeito ao passado e olhos no futuro”, destacou a prefeita Lucielle Laurentino. Os empreendimentos presentes no espaço incluem estabelecimentos como Seu Cornélio Pastéis, Boteco do Badé, Se Achegue Comedoria, Empório Norte Bolos, Lá em Casa Bar e Restaurante, Bodega de Véio e Paguete Churrascaria. O cardápio diversificado atende desde quem procura um lanche rápido até os amantes da culinária afetiva e regional, ampliando as possibilidades de consumo e lazer para moradores e turistas. O nome do mercado presta homenagem ao tradicional Bolo Barra Branca, símbolo da culinária bezerrense. Localizado no coração da feira livre, o equipamento busca reforçar a identidade cultural da cidade e gerar novas oportunidades de emprego e renda. O Mercado Barra Branca funciona às sextas e sábados, das 10h às 21h, e aos domingos e segundas, das 10h às 20h. ServiçoMercado Gastronômico Barra BrancaLocal: Centro de Bezerros – antigo Mercado de Cereais Manuel GalegoFuncionamento: sextas e sábados, das 10h às 21h; domingos e segundas, das 10h às 20h.

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"A filosofia que nos guia é investir nas pessoas, nos profissionais e no próprio negócio"

Marta Gama, Ranulfo Queiroz e Roberta Queiroz: Família empresária conta sua trajetória de sucesso ao atuar em setores tão diferentes como o agro e a revenda de automóveis. O ponto em comum na gestão das empresas é o nível de inovação tecnológica, seja nas técnicas de cultivo nas fazendas, seja por comercializarem veículos com alto grau de tecnologia embarcada. Uma família empresária que atua com êxito em duas áreas muito distintas: o setor agrícola e o de revenda de automóveis de luxo. Talvez o segredo desse sucesso seja a capacidade de ser versátil e de não temer as mudanças, quando são necessárias. O patriarca, José Ranulfo Queiroz, vem de uma estirpe de mais de 100 anos de atuação no tradicional setor de cana-de açúcar, com a Usina Salgado, próximo a Porto de Galinhas. Mas quando percebeu que a mão de obra ficou escassa com a ascensão de Suape, do turismo e do movimento imobiliário, arrendou as terras e foi ser um dos pioneiros a cultivar no Oeste da Bahia, numa sociedade com os cunhados. Ao mesmo tempo não se furtou a pegar a oportunidade surgida de entrar numa sociedade para revenda de automóveis Land Rover e Jaguar. O negócio cresceu, teve unidades em outros estados, mas quando observou que estava dispersando energia em muitas atividades, se desfez das concessionárias e ficou apenas com a Rota Premium, hoje revendedora da Volvo. Seus três filhos também entraram no negócio e mantêm a herança da inovação. Marta Gama é responsável pela parte comercial da revenda Volvo, Roberta Queiroz, pela área financeira da concessionária e das empresas agropecuárias. E Paula Queiroz, faz o marketing, além do filho Marcelo, que também atua nas empresas. Durante a pandemia, que proporcionou um período de reflexão, surge uma nova mudança: José Ranulfo e as filhas decidiram dissolver a parceria com os tios/cunhados nas fazendas, já que eles também tinham filhos e a sociedade começou a crescer muito. Hoje, a família exporta soja e algodão, cultivados no Oeste baiano, onde também plantam milho para produzir etanol.  Na Paraíba eles contam com uma fazenda de coco, mesma cultura que produzem numa outra fazenda no Rio Grande do Norte, onde também plantam cana, além de manterem a Rota Premium no Recife.  Nesta entrevista a Cláudia Santos, José Ranulfo e as filhas, Marta e Roberta, falam da gestão das empresas, dos investimentos em inovação e contam como conseguiram diversificar os negócios com bons resultados.  Além do mercado automobilístico, vocês atuam no agrícola. Como foi a trajetória das empresas da família? José Ranulfo – Minha família tem mais de 100 anos na área de cana-de-açúcar. Em Pernambuco, no ramo agrícola, temos a Usina Salgado, em Ipojuca, próximo a Nossa Senhora do Ó e Porto de Galinhas, que resolvemos fechar, mas arrendamos as terras a outras usinas. Em função do projeto do Suape e das atividades do turismo e imobiliária, que passaram a ficar muito fortes na região, a mão de obra ficou escassa para o serviço na agricultura. Eu ainda trabalho no agronegócio. Hoje, no Rio Grande do Norte, temos uma área de 5.500 hectares onde planto e beneficio cana para duas usinas, além de plantar coco.  Na Paraíba, também temos plantio e fornecimento de coco. Produzimos 700 toneladas por ano.  No Oeste da Bahia, trabalhamos com soja, algodão e vamos começar a produzir milho. Na Bahia, temos uma área grande, de 16 mil hectares. Há três anos, compramos outra fazenda lá e estamos ampliando. Esta da Bahia é uma empresa que criei, mas que não é mais minha, é das minhas filhas.  E o que o levou a empreender no Oeste da Bahia? José Ranulfo – Eu sou agrônomo. O que me levou para lá foi um projeto de muitos anos atrás chamado Proálcool. Eu tinha a ideia de produzir álcool lá. Mas alguns tentaram e não deram certo, não havia mão de obra. Quando fui para lá, em 1984, havia muitos gaúchos que foram arriscar plantar soja. Quando saí da cana e fui para lá, não entendia direito dessa cultura de soja, os gaúchos entendiam mais do que eu. Então, a gente se juntava e colaborávamos uns com os outros.  O gaúcho que plantava melhor tirava 30 sacos por hectare. Fizemos um grupo e criamos um projeto chamado Soja 100, “vamos tirar 100 sacos”. É difícil? É. É impossível? Não sei. Na verdade, na vida a gente tem que ter uma meta. Mas, agora, com irrigação, é possível tirar esses 100 sacos. A gente agora vai partir para os projetos de irrigação lá. É uma região que tem muita água. Tem o maior aquífero do Nordeste do Brasil. Um poço na região pode oferecer 500 mil litros por hora. Meus cunhados eram meus sócios nesses negócios, mas fizemos uma cisão na época da pandemia. A pandemia nos fez pensar em algumas coisas. Eles também já tinham filhos e achamos melhor fazer a cisão. Aí, fiquei só com meus filhos e o Rodrigo, marido de Marta, que trabalha com a gente também, de três anos para cá.  Como entrou no ramo de concessionária de automóveis? José Ranulfo – No mercado de venda de automóveis, entramos em 1994. Na época, um amigo meu queria montar uma revenda Land Rover, mas não tinha todo o capital necessário. Então, entrei com 50%, ele entrou com 30% e uma outra pessoa do Rio de Janeiro, com 20%. Abrimos a Rota Premium. Em seguida, comprei esses 20%, porque esse sócio teve dificuldades. No início, não era um negócio rentável, eram aqueles carros quadrados, pesados. Era um mercado muito restrito.  Depois, a Land Rover passou a fazer carros de luxo, Discovery, Freelander, o que fez o mercado crescer muito. As marcas Jaguar, Land Rover e Volvo eram da Ford. Então, a fábrica da montadora na Bahia nos procurou e, como já tínhamos uma concessionária em Barreiras, abrimos outra em Salvador. Depois, abri em João Pessoa. O negócio de concessionárias foi ficando muito grande, muito espalhado e resolvi diminuir. Então, vendi minha operação Land Rover dos três estados

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"O Centro do Recife precisa ser um novo bairro para o seu comércio prosperar"

A CDL Recife chega aos 65 anos de atividade, reconhecida pelas ações na operação do SPC (Sistema de Proteção ao Crédito) e pela defesa da revitalização do Centro da cidade. O presidente, Fred Leal, e o diretor institucional da organização, Paulo Monteiro, falam da história da entidade e das conquistas e desafios para restaurar o movimento da região central e impulsionar o varejo local. A CDL Recife (Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife) comemora 65 anos e seu presidente, Frederico Leal, e o diretor institucional, Paulo Monteiro, fazem um balanço sobre a atuação da entidade nesta conversa com Cláudia Santos. Conhecida por seu pioneirismo, foi a primeira CDL do País a criar um sistema centralizado do SPC. Ao longo dos anos, a organização também tem uma atuação constante em prol da revitalização do Centro da cidade.  Ambos os assuntos são tratados na entrevista pelos dois empresários que defendem transformações estruturais na área central do Recife, como o incentivo à moradia, instalação de serviços, recuperação urbana das áreas e segurança para que o varejo volte a ser pujante na região. A ideia baseia-se também no conceito da “cidade de 15 minutos”, em que moradores tenham acesso a serviços, comércio, cultura e lazer, a uma distância máxima de 15 minutos a pé ou de bicicleta.   Que balanço vocês fazem dos 65 anos da CDL Recife? Fred Leal - O balanço é muito bom. Hoje são quase duas mil CDLs em todo o Brasil e a do Recife foi uma das primeiras que surgiram. Sempre tivemos grande atuação, principalmente na relação com os poderes institucionais, federais, estaduais e municipais, logicamente mais fortemente na instância municipal. Em relação aos 65 anos, é importante frisar a questão da credibilidade da CDL Recife enquanto uma instituição apolítica. Tivemos, pelo menos, 40 anos de relações com o poder público independentemente do partido que estivesse no poder. Ou seja, o partido da CDL é o lojista, é a cidade do Recife. A grande preocupação nossa não é somente com o comércio mas, também, com a cidade como um todo, pois se o cidadão recifense está bem, se tem sensação de segurança, vai comprar com mais tranquilidade e isso, consequentemente, favorece o comércio.  A ascensão da CDL Recife se deu a partir do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) que começou no Rio Grande do Sul e, depois, chegou ao Recife, mas temos orgulho de dizer que foi aqui que virou a chave para o SPC Brasil. Antes, cada cidade tinha seu sistema de SPC. Nós fomos o primeiro que interligou os dados de todas as cidades de Pernambuco e unificou no CDL Recife sendo os primeiros a migrar para o processamento central do SPC Brasil. Qual a importância do Serviço de Proteção ao Crédito para o desenvolvimento da CDL e do comércio brasileiro? Paulo Monteiro - Antigamente, a forma de saber se um consumidor pagava bem era ligando para outra empresa onde a pessoa comprava e perguntar: “fulano é bom pagador?” Não havia um banco de dados. Um dos fatores mais importantes para o crescimento de qualquer atividade de compra e venda, no Brasil, é o crédito. Ele é o grande impulsionador em todos os setores no mundo todo. A importância maior do SPC é que alguém chegou e disse: "vamos criar um sistema de ficha, para anotar: ‘fulano’ é bom pagador’”.  Diferente de outros países europeus, no Brasil vende-se muito de forma parcelada. O SPC entrou com muita força e, antigamente, era um sistema para cada estado. Então, há 20 anos, começamos a centralizar e hoje o SPC Brasil é uma empresa nacional (a CDL Recife é cotista dessa empresa), que faz mais de 400 milhões de consultas por ano. Somos um dos maiores bancos de dados de consumo da América Latina.  Por isso temos um convênio com a Serasa, que não é concorrente, na realidade é uma parceira. Hoje há cinco bancos de dados no Brasil, nós somos um deles. Esse negócio é regulamentado pelo Banco Central, são necessárias algumas premissas para existir um banco de dados, não é qualquer um que pode ser porque é necessária uma confiabilidade técnica.  Nós tínhamos três grandes linhas de atuação: a de negócio, a institucional e a linha social. A linha social era a Fundação de Amparo ao Menor, fundada há 30 anos para tirar os meninos da rua, foi evoluindo e hoje extinguiu-se.  Ainda temos algumas ações sociais, mas ficamos mais com o institucional e com o negócio, pois a CDL é um birô de crédito que faz consulta, faz a garantia de cheque, enfim, uma série de outras coisas, inerentes ao negócio da CDL. Mas vale ressaltar a importância da CDL, nesses 65 anos, em questões como a revitalização do Centro do Recife.  Como tem sido a participação da CDL Recife na revitalização do Centro?  Fred Leal - Começou com o projeto Reviver Recife Centro da CDL, que surgiu para promover a revitalização e a recuperação da região central da cidade. Mas, antes desse projeto, o então prefeito Gilberto Marques Paulo queria fechar a Rua da Imperatriz. Os lojistas queriam tirar os camelôs da Rua Nova, da Imperatriz e da Duque de Caxias. Nós nos reunimos com os lojistas e montamos uma operação com o secretário na época e dissemos: “vocês vão ter que passar quatro dias com as lojas fechadas”. Montamos um esquema, instalamos grades, ajeitamos a rua. Depois, esse projeto começou a ser implementado, passando máquinas, trocando pedra portuguesa por tijolo intertravado e evoluiu.  A partir daí, começamos a fazer uma série de ações, e quem deu o apoio muito grande foi João Paulo, como prefeito, depois veio o João da Costa, que foi um desastre, em seguida, Geraldo Júlio, foi um bom prefeito, mas não deu aquele apoio que queríamos. Porque, na realidade, não é só tirar camelôs e pedras, era preciso dar continuidade em outros processos, ter alguém ou um órgão que cuide do Centro, que olhe a região 24 horas. Assim, no fim do primeiro ano de mandato de João Campos,

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Debora Dias diretora da Influence Group. Foto Lucas Soares

Criadores nordestinos destacam avanço da representatividade no mercado digital: "Um passo importante"

Nomes como Ingrid Vasconcelos, Hugo Gualberto e Bruna Pinheiro ressaltam a importância de iniciativas que aproximam o Nordeste das grandes plataformas. Foto: Lucas Soares Diversos influenciadores têm observado um movimento crescente de valorização da cultura, da criatividade e da presença nordestina no mercado digital. Com maior visibilidade nas redes sociais, criadores de conteúdo da região começam a ocupar espaços antes concentrados no eixo Rio-São Paulo e destacam a importância de iniciativas que reconheçam esse potencial. O evento promovido pela Meta, em parceria com a Influence Group, realizado no dia 7 de maio em Pernambuco, se tornou um exemplo dessa mudança. A imersão presencial reuniu influenciadores de destaque como Beca Barreto, Ingrid Vasconcelos, Bruna Pinheiro e outros nomes que vêm se consolidando no Nordeste. A ação teve como objetivo aproximar criadores de conteúdo locais de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, promovendo uma troca de experiências. Hugo Gualberto, nome por trás da página Forró do Nordeste, que possui mais de 2,7 milhões de seguidores de Instagram, comentou a importância de iniciativas que aproximam as grandes plataformas de criadores da região. "A gente aqui, às vezes, fica muito afastado do grande centro, que é São Paulo. Conheço muita gente que tem empresa por aqui, trabalha com comunicação, e às vezes tem que ir pra lá pra conseguir ficar mais próximo do mercado, das marcas e de tudo. Então, com as empresas vindo até a gente, facilita muito, tanto no conhecimento como em estarmos mais próximos, algo que não temos com frequência", afirmou. A influenciadora e ex-jogadora de basquete Ingrid Vasconcelos ressaltou como o cenário para os criadores nordestinos tem mudado ao longo dos anos. "Eu sou pernambucana e moro em Pernambuco, faço questão de dizer isso. Senti há muito tempo que estava bem difícil realmente para o nordestino ter trabalho. Por muitos anos se falava que a gente tinha que ir para o Sul, para São Paulo, para poder trabalhar. Hoje em dia, sinto que está mudando, mas ainda em passos lentos. No entanto, a gente já vê uma mudança significativa. Alguns influenciadores grandes estão trazendo o nome do Nordeste, estão crescendo, e isso é muito importante, principalmente pela representatividade. O Nordeste tem tudo para explodir de vez", disse. Bruna Pinheiro, influenciadora e criadora de conteúdo, também compartilhou sua perspectiva sobre a valorização da região. Ela destacou como Recife tem se tornado um ponto importante de influência. "A participação em eventos como esse é fundamental para fortalecer ainda mais a nossa presença nas redes. O que vejo de mais importante é a conexão com outros criadores de conteúdo e com a plataforma. A troca de conhecimento é essencial. Recife tem se destacado como um polo de influência, publicidade e cultura no Nordeste. É um espaço para mostrar a potência criativa que temos aqui. E, como criadora de conteúdo, posso dizer que o meu maior público hoje é de São Paulo e Rio de Janeiro, mesmo morando em Recife. Isso mostra que conseguimos alcançar outros lugares sem sair daqui. Isso desmistifica a ideia de que você só consegue fazer sucesso em São Paulo ou Rio de Janeiro. É um passo importante", declara.

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Geração distribuída de energia atinge 38 GW e deve crescer 25% em 2025

A ABGD (Associação Brasilei￾ra de Geração Distribuída) projeta um crescimento de 25% para o setor em 2025, impulsionado pela crescente demanda por fontes renováveis e pela busca dos consumidores por maior autonomia energética. Já são mais de 38 gigawatts (GW) de potência instalada no Brasil, tendo como destaque as mais de 55 mil usinas fotovoltaicas inseridas apenas no mês de março de 2025. A energia solar lidera o segmento, representando 37,68 GW da capacidade instalada no País, seguida por fontes como biogás e energia eólica. O avanço desse tipo de geração acontece mesmo com a inserção de impostos nos equipamentos. O interesse dos brasileiros em garantir uma conta mais barata tem se refletido em um sistema elétrico mais descentralizado e sustentável, essencial para a segurança energética e a transição para um modelo mais eficiente e competitivo no País. CULTURAL LIVRARIA E CAFETERIA É INAUGURADA EM CARUARU COMO ESPAÇO DE REFLEXÃO E ENCONTRO DE IDEIAS A cidade de Caruaru ganhou no último sábado (26) um local para os apreciadores de livros: a Cultural Livraria e Cafeteria, localizada na Av. Assis Chateaubriand, 131, no bairro Maurício de Nassau. Com acervo voltado para áreas como filosofia, sociologia e literatura, o espaço une livros, cinema e cafés especiais em um ambiente dedicado à formação crítica e ao debate de ideias. Idealizada por Rita Valença, a livraria oferece programação cultural permanente, com debates, clubes de leitura e exibição de filmes no cine-auditório Janice Valença. RECIFE COFFEE MOVIMENTA ECONOMIA CRIATIVA E PREVÊ CRESCIMENTO DE 15% NO SETOR DE CAFETERIAS ESPECIAIS EM 2025 O Recife Coffee completa uma década consolidado como um dos principais fes￾tivais de cafés especiais do Brasil e se prepara para injetar fôlego na economia criativa de Pernambuco. Com expectativa de atrair mais de 200 mil pessoas entre 4 de maio e 8 de junho, o evento deve gerar um aumento de até 15% no faturamento das 39 cafeterias participantes, além de estimular o consumo consciente e valorizar cadeias produtivas sustentáveis de café especial. Na edição deste ano participam 39 cafeterias de Pernambuco. Embora a maioria esteja na capital, há unidades participantes em Gravatá, Jaboatão, Olinda e Taquaritinga do Norte. TGI E INTG OFERECEM CURSO DE GESTÃO ESTRATÉGICA COM FOCO PRÁTICO E EXPERIÊNCIA LOCAL Com mais de três décadas de atuação em Pernambuco, o INTG - Instituto de Gestão abre inscrições para a nova turma do curso Gestão Estratégica de Negócios, voltado para empresários e gestores que desejam aplicar soluções eficazes no dia a dia da empresa. Com base em uma metodologia própria e comprovada, o curso alia teoria e prática a partir de desafios reais enfrentados pelo empresariado local, garantindo uma experiência de aprendizado aplicável e transformadora. As aulas acontecem em maio, sempre às terças-feiras, das 17h às 20h30, na sede do INTG, no bairro do Espinheiro. Mais informações e matrículas no link: gestao.intg.org.br MAIS R$ 288 MILHÕES EM FINANCIAMENTO DA CAIXA PARA PERNAMBUCO A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, assinou um contrato com a Caixa Econômica Federal na última quinta-feira (24), garantindo um financiamento de R$ 288 milhões por meio da linha de crédito Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento). Os recursos serão utilizados em diversas obras de infraestrutura, beneficiando todas as regiões do Estado. O Governo de Pernambuco aguarda autorização da Alepe para contratar um outro empréstimo de R$ 1,5 bilhão, que será destinado à execução de obras em estradas, segurança, educação e em equipamentos da área da saúde, nos setores hídrico, urbano e rural. PROJETO REPENSE REÚSE LEVA ECONOMIA CIRCULAR AO RECIFE COM DESCARTE CONSCIENTE DE TÊXTEIS O projeto Repense Reúse, da Humana Brasil, chegou ao Recife com o objetivo de mudar a forma como roupas, calçados e acessórios usados são descartados. Com 65 contêineres distribuídos por locais estratégicos, em parceria com a Prefeitura do Recife e outras instituições, a iniciativa promove o descarte consciente e solidário, ajudando a reduzir os resíduos têxteis, um dos maiores poluentes ambientais.

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Brasil bate recorde na criação de pequenos negócios no primeiro trimestre de 2025

Crescimento de MEIs impulsiona empreendedorismo formal e coloca país entre os líderes globais em negócios estabelecidos O primeiro trimestre de 2025 foi histórico para o empreendedorismo no Brasil. O país registrou a abertura de mais de 1,4 milhão de novos pequenos negócios entre janeiro e março, segundo levantamento do Sebrae. Desse total, os microempreendedores individuais (MEIs) responderam por 78% dos novos registros no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), com um salto de 35% em relação ao mesmo período de 2024. O avanço reflete o ambiente favorável para empreender, marcado por políticas de estímulo à formalização, facilitação do crédito e promoção da inovação. A pesquisa aponta ainda um crescimento de 28% na criação de micro e pequenas empresas. O setor de serviços liderou a abertura de novos negócios no trimestre, com 63,7% do total, seguido por comércio e indústria da transformação. A tendência é puxada por um número crescente de brasileiros que apostam no próprio negócio como alternativa de renda e autonomia. Hoje, o país tem 47 milhões de pessoas à frente de algum tipo de empreendimento, seja formal ou informal. Um dos destaques é o crescimento da chamada Taxa de Empreendedores Estabelecidos – com mais de três anos de operação – que passou de 8,7% em 2020 para 13,2% em 2024. O resultado consolidou o Brasil na sexta posição do ranking global de empreendedores estabelecidos, ultrapassando economias como Reino Unido, Itália e Estados Unidos. A região Sudeste concentra o maior volume de aberturas, com São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro no topo do ranking estadual. Sul e Nordeste também se destacam no cenário nacional.

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Confiança no futuro do mercado de trabalho atinge menor nível desde 2017, aponta pesquisa da Robert Half

Índice de Confiança da Robert Half (ICRH) revela otimismo pontual entre empregados, mas mostra queda generalizada nas expectativas futuras A confiança no futuro do mercado de trabalho brasileiro registrou, em março de 2025, o menor índice desde o início da série histórica, em 2017. De acordo com a 31ª edição do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH), o indicador referente aos próximos seis meses caiu de 45,4 para 43,3 pontos (-2,1 p.p.), refletindo uma percepção mais pessimista sobre o cenário futuro. Já o índice atual consolidado recuou de 39,9 para 38,6 pontos (-1,3 p.p.), revelando estabilidade com leve tendência de retração. Na contramão desse movimento, apenas os trabalhadores empregados demonstraram ligeira melhora na avaliação do presente, com aumento de 43,9 para 45,9 pontos (+2,0 p.p.). Ainda assim, a expectativa futura entre eles também caiu, passando de 46,3 para 44,6 pontos. Recrutadores e desempregados indicaram perda de confiança tanto no cenário atual quanto nas projeções para os próximos meses. Entre os principais fatores que ajudam a sustentar o índice de curto prazo está a taxa de desemprego, que atingiu 6,2% na população em geral e apenas 3% entre trabalhadores qualificados — cenário de quase pleno emprego para este público. Contudo, a instabilidade econômica ainda impacta as perspectivas. A maior parte dos recrutadores (60%) considera o ambiente econômico atual ruim e 48% acreditam em piora no médio prazo. Ainda assim, 82% mantêm otimismo em relação ao setor em que atuam. O levantamento também revela as preferências de quem está em busca de uma nova oportunidade: benefícios, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, possibilidade de trabalho remoto ou híbrido, distância entre casa e empresa e perspectiva de crescimento são os principais critérios na escolha de uma vaga. Atualmente, 62% dos empregados se sentem seguros em seus cargos. Para Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul, o momento exige cautela estratégica. “Chama a atenção que o indicador futuro tenha atingido o patamar mais baixo da série. Porém, isso reflete o ambiente de transformações constantes que vivemos. Paralisar não é a solução — o ideal é planejar e agir com estratégia”, avalia.

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