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Música

Período de inscrições da segunda edição do som na arena na reta final

O período de inscrições da segunda edição do concurso Som na Arena está na reta final. Previstas para se encerrarem no dia 15/07, de acordo com o edital do concurso, as inscrições foram abertas no dia 15/06. A primeira edição do Som na Arena ocorreu em 2016 e contou com 120 bandas inscritas, sendo 18 selecionadas para se apresentarem no palco. Em 2017, o esquema se repete: 18 bandas serão selecionadas por uma curadoria especializada e, posteriormente, começam a se apresentar no dia 6 de agosto. O Som na Arena terá duração de seis domingos, desde a primeira eliminatória até a finalíssima. O concurso não restringe estilos: bandas e artistas de quaisquer gêneros musicais podem se inscrever. As apresentações das bandas ocorrem na Arena de Pernambuco, durante o projeto Domingo na Arena. Além da oportunidade de mostrar seu trabalho para um público que beira os sete mil presentes em média a cada domingo, os grupos concorrerão a prêmios. O terceiro colocado ganhará uma apresentação no Domingo na Arena, com cachê de R$1.500. O grupo vice-campeão ganhará duas apresentações em municípios pernambucanos a serem definidos, com cachê de R$2.000 por apresentação. A banda campeã ganhará, além de três shows em cidades do Estado a serem definidas, com cachê de R$3.000 por apresentação, terá também custeada a gravação de um CD com 10 músicas. Para realizarem a inscrição, cantores(as) e bandas devem seguir as instruções do edital, presente no link http://bit.ly/EditalSomnaArenaII (Governo do Estado de Pernambuco)

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Projeto Música na Igreja apresenta concerto na Madre de Deus

O projeto Música na Igreja, que oferece concertos musicais em templos históricos da cidade, retoma as atividades com um concerto da Orquestra do Centro Social Dom João Costa. A igreja que recebe o projeto é a Madre de Deus, um dos mais preciosos espaços históricos do Recife e do Brasil. O evento é no próximo domingo (2), às 17h e é aberto ao público. O projeto é da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer do Recife. A orquestra é formada por crianças e adolescentes que participam de ações no Centro, que funciona no Alto do José do Pinho. São 45 anos de trabalho social no local, com foco no resgate da cidadania. Os 40 integrantes do grupo executarão músicas como “Zeal” de Matt Conaway, Morte de Vaqueiro, de Luiz de Gonzaga e A padroeira, em homenagem aos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida. No mesmo dia, os jovens da orquestra também conhecerão o Museu Cais do Sertão. Além mergulhar na história do local, os músicos terão acesso ao vasto de acervo musical disponível no Museu, inclusive ligado a uma das músicas que executarão no concerto. A igreja - A Madre de Deus foi construída na segunda metade do século XVII e também integra o projeto Recife Sagrado, projeto da Seturel que abre as portas dos principais templos do centro da cidade com mediadores bilígues, que apresentam os locais aos visitantes. Serviço: Música na Igreja Local: Igreja Madre de Deus – Rua Madre de Deus, s/n, Bairro Do Recife Dia: 02/07 Hora: 17h

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Aula de música erudita para jovens recifenses no Teatro de Santa Isabel

O projeto Concertos para a Juventude, oferecido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura, sobe ao palco do Teatro de Santa Isabel nesta terça-feira (23), às 10h, com o objetivo de formar novas plateias para música erudita no Recife. A apresentação é destinada a alunos de escolas públicas e privadas, músicos e jovens em geral. A aula-concerto tem iniciativa e coordenação do maestro titular da Orquestra Sinfônica do Recife, Marlos Nobre, e acontece sempre na véspera dos concertos oficiais da Orquestra Sinfônica do Recife no Teatro de Santa Isabel, equipamento cultural da Prefeitura do Recife. Durante o concerto, os jovens poderão conhecer um pouco mais sobre a Abertura em Ré, do padre José Maurício Nunes Garcia, e histórias sobre a vida deste religioso e compositor do período colonial. Será executada também a clássica Marcha Nupcial, do compositor, pianista e maestro alemão do início do período romântico Felix Mendelssohn. O concerto encerra com a Sinfonia nº 40 em sol menor, do célebre compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, muito conhecida por conta do filme Amadeus O projeto Concertos para a Juventude tem como prioridade atuar na formação musical de jovens do Recife, desenvolvendo entre esse público o interesse pela música clássica. Tudo isso por meio de um bate papo descontraído com o maestro Marlos Nobre, que revela casos interessantes sobre autores e composições famosas. Para muitos dos jovens que participam do projeto, os concertos oferecem não só a oportunidade de ver pela primeira vez uma orquestra tocar, mas também de conhecer o Teatro de Santa Isabel. Escolas interessadas em participar dos Concertos para a Juventude podem realizar o agendamento pelo telefone: 3355-3323. CONCERTO OFICIAL ­– No dia seguinte, às 20h da quarta-feira (24), a Orquestra Sinfônica do Recife, a mais antiga em atividade ininterrupta, volta a subir ao palco do Santa Isabel para realizar o terceiro concerto oficial de 2017. A apresentação é aberta ao público e gratuita. O repertório será o mesmo tocado para os estudantes. Para assistir, basta retirar o ingresso no teatro uma hora antes da apresentação. (PCR)

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Conservatório reverencia a tradição do violão em Pernambuco

O Conservatório Pernambucano de Música (CPM) dedica o mês de maio para celebrar a tradição do violão em Pernambuco. O instrumento, que legou ao Estado nomes como João Pernambuco, Zé do Carmo e Henrique Annes, é o personagem principal do IV Seminário de Violão José Carrión, que leva o nome do espanhol responsável por difundir o violão erudito no Nordeste. “Trata-se de um evento especial para o Conservatório porque ele já está na quarta edição e celebra um grande mestre. Carrión foi professor de Júlio Moreira, de Henrique Annes e de Vital Joffily, que estão no Seminário. Foi responsável por formar toda uma geração de violonistas no Nordeste, não só em Pernambuco”, destaca a gerente geral do CPM, Roseane Hazim. Realizado por meio do Funcultura/Fundarpe, com apoio do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife, o Seminário José Carrión começará em grande estilo: com concerto gratuito no Teatro de Santa Isabel, reunindo violonistas consagrados e a Orquestra de Câmara de Pernambuco. O maestro José Renato Accioly será o regente da noite, dedicada a Henrique Annes, que celebra 70 anos de idade e mais de cinco décadas de música. O homenageado terá duas peças executadas pela orquestra,Mandacaru, assinada em parceria com Benny Wolkoff, e Mesclado, composição de Annes que ganhou arranjos de Ewerton Sarmento, o Bozó. O programa inclui ainda o Concerto para violão e orquestra de cordas em ré maior, de Vivaldi, com solo de Júlio Moreira. A noite será encerrada com o Concerto para dois violões, oboé e orquestra de cordas de Radamés Gnatalli, executado pela Orquestra de Câmara, tendo como solistas Cláudio Moura (violão) Roberta Belo (oboé) e Guilherme Calzavara (violão). Este último assina a direção musical do Seminário José Carrión. “Realizar mais uma edição é de grande importância. O evento já é reconhecido nacionalmente, pois por meio dele muitos músicos importantes tiveram a oportunidade de se apresentar no Recife. O Nicolas de Souza Barros, que fará recital, tem uma carreira internacional consolidada; o Nonato Luiz é reconhecido, tem vários CDs gravados, é um grande compositor e tem um trabalho maduro. Estamos trazendo ainda Glauber Rocha, que participa dos principais eventos da área, e o Marcelo Fernandes, que é do Mato Grosso do Sul e tem vasta experiência internacional. A intenção é trazer o melhor que temos no País e destacar os grandes nomes da região, a exemplo de Annes e Cláudio Moura”, detalha Calzavara. Resgatar os ex-alunos de José Carrión é outra proposta dos organizadores. “Carrión foi o grande mestre do violão nos anos 60. É muito especial reunirmos três profissionais, grandes violonistas, que estudaram com ele. Temos Annes, Vital Joffily e Júlio Moreira, que já está com 83 anos”, destaca o diretor musical. ATIVIDADES PARALELAS Além do concerto de abertura, o Seminário contará com recitais diários gratuitos, pela manhã e à tarde, no auditório do CPM. Uma vasta programação de atividades para estudantes e profissionais está disponível até o dia 20 (segue programação em anexo). SERVIÇO IV Seminário de Violão José Carrión. De hoje (16) a 20 de maio. Abertura, hoje (16), 19h30, no Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio, Recife. F.: 3355-3323). Distribuição dos ingressos a partir das 18h30. Recitais, workshops e masterclasses, no auditório do Conservatório Pernambucano de Música (Av. João de Barros, 594, Santo Amaro, Recife). Informações: 3183-3419. LEIA MAIS Por causa do rádio me arranjei por toda a vida Conservatório realiza concerto em homenagem a Revolução de 1817    

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Isadora Melo lança primeiro álbum e faz show no Teatro Santa Isabel

Revelação da música brasileira contemporânea, a cantora Isadora Melo lança seu disco de estreia, Vestuário, no dia 20 de outubro. O álbum estará disponível nas principais lojas do Brasil e em todas as plataformas de streaming. No Recife, ela faz show no Teatro de Santa Isabel, com entrada gratuita. O disco conta com participação de músicos conceituados, como Jaques Morelenbaum, e expoentes da música nacional, como Zé Manoel e Juliano Holanda Uma das apostas máximas da nova safra de cantoras brasileiras, a pernambucana Isadora Melo lança no dia 20 de outubro o primeiro álbum da carreira: Vestuário. Aos 27 anos, sua voz é referência pela precisão e personalidade. Está presente em diversos discos da cena recifense contemporânea, cruzando fronteiras em participações na televisão, como na série Amorteamo (TV Globo) e no teatro, escalada por João Falcão para compor o elenco do musical Gabriela. Após dois anos do lançamento de seu primeiro EP (Isadora Melo, 2014), a artista já tem também na trajetória o convite para compor o time do projeto Cantoras do Brasil. Desatando nós para uma nova roupagem da canção brasileira, com a refinada formação de bandolim, acordeon, baixo acústico e violão, a voz de Isadora é reforçada pelo acompanhamento de respeitados músicos da cena pernambucana: Rafael Marques (Arabiando e Saracotia), Julio Cesar (Arabiando), Walter Areia (ex-Mundo Livre S/A e Areia e Grupo de Música Aberta) e Juliano Holanda (Orquestra Contemporânea de Olinda) - que assina a produção do disco -, respectivamente. No álbum, as canções Partilha e A joia do EP de estreia, lançado em 2014, ganham novos arranjos para se juntar à outras dez faixas de seu repertório. Interpretando canções de Juliano Holanda, Júlio Holanda, Glauco César, Zé Manoel, Kassin, Mavi Pugliesi, Hugo Linns, Clara Simas, Paulo Paes, Hugo Coutinho, Walter Areia e Caio Lima, Isadora nos presenteia com uma das mais belas vozes da música contemporânea. Vestuário conta ainda com as participações dos músicos e parceiros Karlson Correia, Clara Torres, Zé Manoel e o renomado violoncelista Jaques Morelenbaum (arranjador de trabalhos emblemáticos de Tom Jobim, Caetano Veloso, Gal Costa e Ivan Lins), em canções como Pequena, Ave d’alma e O de mais valia. À convite do parceiro Juliano Holanda, que assinou a produção musical do EP e do disco Vestuário, Isadora Melo participou, em 2015, da trilha sonora da minissérie global Amorteamo. A colaboração, que inicialmente seria na interpretação de algumas músicas, culminou com a artista sendo integrada ao elenco da série. A cantora e atriz recebeu, na sequência, o convite do diretor João Falcão para integrar o musical Gabriela, baseado na obra de Jorge Amado, que ficou em cartaz entre junho e agosto de 2016 no Teatro Cetip, em São Paulo. TRAJETÓRIA Foi no hall de entrada do Centro de Artes e Comunicação da UFPE que Isadora se deparou com sua primeira oportunidade como cantora e atriz, aos dezoito anos: um cartaz anunciava inscrições para o coro Baile do Menino Deus, tradicional espetáculo que celebra anualmente o ciclo natalino em um dos mais importantes palcos da cultura pernambucana, o Marco Zero do Recife. "Era um espetáculo que eu sempre ia e amava. Já conhecia o coro antigo por conta do meu pai e vivi a minha infância toda cantando as músicas do espetáculo", releva. Na audição, Isadora chamou a atenção do diretor Ronaldo Correia de Brito com sua voz firme e suave a ponto de ser escolhida como uma dos três solistas principais e integrando o elenco da montagem de 2008 a 2010, retornando em 2012 para continuar atuando e cantando até agora. Paralelamente a isso, ao lado do grupo Arabiando, do qual foi vocalista entre 2009 e 2012, entrou nas rodas de samba e chorinho do Recife, angariando elogios de público e crítica como revelação da nova canção pernambucana. Após o pontapé inicial, a identificação como cantora e atriz veio de forma muito natural, através da consolidação de seus trabalhos. Apesar da curta idade, não faltam experiências. Aos 27 anos, a cantora acumula no currículo importantes apresentações nos palcos do ExcentriCidades, Museu do Estado de Pernambuco, Festival Contemporâneos, do histórico Teatro de Santa Isabel, além de passagens pelas cidades de Bordeaux e Orleans (França), e Lisboa (Portugal). Somam-se à estas, participações em shows do grupo Arabiando (do qual foi vocalista entre 2009 e 2012) e Zoca Madureira; e nos discos de artistas como Trio Pouca Chinfra, Orquestra Contemporânea de Olinda, Zé Manoel e Juliano Holanda. Ao lado dos compositores Juliano Holanda e Zé Manoel, já passou por festivais de renome como o Festival MIMO, Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), Festival Rec-Beat, A Noite do Desbunde Elétrico e Prata da Casa do Sesc Pompeia, sempre despertando interesse do público e crítica especializada. Em 2016, Isadora integrou ainda coletânea Música a retalho - Gravações avulsas, da Phono Produções, que lançou em formato digital cinco promessas da música pernambucana.

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Mozart e Mendelssohn pela Orquestra Sinfônica do Recife

Os amantes da música erudita e o público em geral estão convidados para o 7º Concerto Oficial da Orquestra Sinfônica do Recife. Neste programa, a OSR, regida pelo maestro titular Marlos Nobre, executa a Abertura: As grutas de Fingal (The Hebrides), de Felix Mendelssohn, e a Sinfonia número 39, de Mozart. O concerto acontece nesta quarta (28) no Teatro Santa Isabel, às 20h. A entrada é franca, com ingressos distribuídos 1h antes da apresentação. O 7º Concerto Oficial da OSR será iniciado com uma peça do compositor alemão Felix Mendelssohn (1809-1847), a Abertura: As grutas de Fingal. A composição é um poema sinfónico composto por Felix Mendelssohn em 1830. O seu nome provém da Gruta de Fingal, uma das ilhas Hébridas Interiores, na costa da Escócia. Apesar da denominaçáo de "Abertura", a obra é independente e converteu-se em peça frequente do repertório orquestral. Mendelssohn dedicou a obra ao rei Frederico Guilherme IV da Prússia, então Príncipe da Prússia. Na segunda parte do concerto, a OSR executa um clássico do repertório sinfônico universal: a Sinfonia número 39, do renomado compositor alemão Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). A composição começa com uma introdução majestosa (Adagio) destacando as fanfarras pelo grupo de metais. Segue-se imediatamente um Allegro em forma sonata, com alguns contrastes bem marcados de intensidade, bem no estilo galante da época, e que que são tão habituais em suas primeiras sinfonias.

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Patrícia na luta pela obra de Naná Vasconcelos

“Eu sou um Brasil que o Brasil não conhece”. Patrícia, viúva de Naná Vasconcelos, lembra que o músico se apresentava com essas palavras, traduzidas em diferentes línguas, para as multidões que o acompanharam pelo mundo. Naná faleceu aos 71 anos em março, sete meses após ser diagnosticado com câncer de pulmão, e transpirou a música dos seus ancestrais até o último segundo. No período em que lutava contra a doença, o percussionista pernambucano trabalhou no álbum que fecharia sua viagem sonora através do sagrado: O Budista Afrobudista. No projeto inspirado em cânticos e mantras sacros, Naná transforma a dor em música. “O processo de produção de todo o disco foi marcado pela grandeza de Naná em superar o momento difícil que enfrentava”, revela Patrícia Vasconcelos. Ela, que nos últimos oito anos trabalhou ao lado do marido como produtora, lamenta a falta de conhecimento da maioria dos brasileiros diante da imensa obra do músico. “O trabalho de Naná é muito mais valorizado em outros países do que no Brasil. Aqui, as pessoas ainda não despertaram para a sua genialidade”, desabafa. O percussionista gravou a maioria das músicas de O Budista Afrobudista em um reprodutor de som portátil e outra parte compôs já internado, ao lado do compositor e multi-instrumentista Egberto Gismonti e do maestro Gil Jardim, antigos parceiros musicais. “O trabalho está praticamente completo. Falta gravarmos apenas três faixas. O mais importante, agora, é captar recursos”, explica Patrícia, que está produzindo o álbum. Seu desejo é lançá-lo ainda este ano, em dezembro. O nome da obra é inspirado no título de uma reportagem publicada pelo jornal argentino La Nación no ano passado: “El budista afro de la percusión” (O budista afro da percussão, em tradução livre). “Quando leu a matéria, Naná me disse: 'Que bonito! Meu próximo disco terá essas palavras'”, lembra Patrícia. A música homônima está sendo finalizada por Egberto Gismontti que recebeu, no hospital, instruções precisas do percussionista através de gestos e até batuques no lençol da cama ou em embalagens de comida. Gil Jardim ficou encarregado de produzir outra importante canção-mantra do álbum, Amém e amem, dizeres grafados na lápide de Naná. A música Respire Fundo e Diga 33, trilha do espetáculo de balé do projeto Dança Vida, de São Paulo, também surgiu como uma espécie de cura. “Todo dia, um médico da equipe que tratava Naná o examinava e pedia que respirasse fundo e dissesse '33'. Já exausto de todo o tratamento, ele acabou se irritando”, relembra Patrícia. “Após algumas conversas”, conta, “Naná se refez e disse que faria uma música em homenagem à orientação. Para mim, é uma lição de superação. Durante todo o tempo, ele esteve consciente e se curando por meio da sonoridade do que sentia. Eu vejo esse trabalho como uma mensagem de paz”. Outros planos Dentre as prioridades de Patrícia na missão de preservar a história de Naná Vasconcelos, está a parceria com os diretores pernambucanos André Brasileiro e Tuca Siqueira, na produção do documentário Caminhos. Previsto para ser lançado no final de 2017, o filme apresentará imagens atuais e de acervo pessoal, narrando momentos notáveis da vida do músico. Para além dos primeiros projetos, a ideia de Patrícia é reunir toda a obra de Naná e abrir um museu. A proposta também é criar exposições itinerantes e uma retrospectiva dos 16 anos em que o músico comandou a abertura do Carnaval do Recife, focando no trabalho social desenvolvido por ele durante as festas de Momo. “Desejo inaugurar um espaço físico para que as pessoas possam ter acesso à obra dele. Quero que o local seja um referencial para o mundo”, revela. Por Maria Regina Jardim

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Geraldo Maia apresenta novo álbum nesta quinta

O cantor e compositor Geraldo Maia apresentará seu novo álbum, Avia, nesta quinta-feira (18), a partir das 21h, na Creperia Rouge, em Casa Forte, na Zona Norte do Recife. O trabalho, seu 11º, foi lançado em dezembro do ano passado e apresentado recentemente no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Hoje, o público recifense terá a oportunidade de assistir ao show completo de Avia, com letras de viés político e líricas e um som intimista. Entre os trabalhos, composições de amigos como Marco Polo, Paulo Marcondes, Tibério Azul e Marcelo Pereira. Ao lado do artista, estarão os músicos Breno Lira (guitarra e violão), Mestre Lua (percussão) e Caca Barreto (baixo acústico).

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Compositor Onildo Almeida ganha filme inspirado em sua obra

O lançamento do longa pernambucano Onildo Almeida: Groove Man acontece no dia 24 de agosto, às 19h, no Sesc Caruaru. A produção teve sua primeira apresentação - para convidados e imprensa - no último sábado (13), dia do aniversário de 88 anos do cantor e compositor caruaruense. O filme fala sobre as músicas de Almeida, autor de clássicos como “A feira de Caruaru”, que em 1957 rendeu a Luiz Gonzaga seu primeiro disco de ouro; e “Sai do sereno”, executada por Gilberto Gil, ainda no exílio em Londres e que marca seu primeiro disco no retorno ao Brasil. A obra é um musical, onde se cria um universo cinematográfico dentro das próprias composições de Onildo. O artista é um nome de peso e uma personalidade de extrema relevância para música popular brasileira. Chico Buarque, Caetano Veloso, Marinês, Jackson do Pandeiro e Maysa são alguns dos que têm ou tiveram em seus repertórios composições de Onildo Almeida, que no alto dos seus 87 anos mantém-se compondo e contando histórias de uma vida inteiramente dedicada à música e à cultura popular. “Groove Man” foi idealizado pelos jornalistas Helder Lopes e Claudio Bezerra e produzido pela Viu Cine. O filme tem a duração média de 80 minutos e foi feito através de um processo de metalinguística, ou seja, onde a obra dialoga com ela mesma. “Groove Man” tem a participação de grandes nomes junto a Onildo Almeida, como Junio Barreto, Maciel Melo, Gilberto Gil, João do Pife e o grupo Cara de Doido. A locação do filme aconteceu pelas ruas de Caruaru, Alto do Moura e Olinda. Para os diretores de “Groove Man” coube o compromisso de reconhecer Onildo Almeida e retribuir os momentos que foram proporcionados por ele através de suas canções. “Desde o começo do ano, estamos dedicados a mapear, ouvir e analisar as mais de 600 músicas de Onildo, pesquisar sobre a história do forró e a importância de Caruaru na sua obra. Agora, chegou o momento de apresentar tudo que foi transformado em cinema e mostrar para o mundo a importância do nosso Onildo Almeida”, comentou Helder Lopes.  

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Tenho projeto de escrever um livro

Conhecido pelo virtuosismo com que interpreta desde frevos, MPB até o Hino de Pernambuco, o músico Cláudio Almeida nem sempre dedicou-se à arte. Durante muito tempo eram os números e não as notas musicais que faziam parte do seu trabalho como economista. Nesta conversa com a Revista Algomais, ele conta como fez essa virada na carreira, suas parcerias com artistas como Spok , Zeca Baleiro e Alceu Valença e até a participação que teve no cinema. Como foi ser criança em Pesqueira? Muito bom. Meu pai, Osvaldo de Almeida, era músico. Tocava clarinete, saxofone e trombone. Mas não queria que a gente estudasse música. Acabei tocando guitarra em conjuntos de iê-iê-iê. Eu gostava de bateria, ele ainda comprou uma para mim. Toquei bateria, um tempo depois. A arte de minha mãe era com as mãos, tudo o que for de bordado, doces, culinária ela fazia. Foi uma das pioneiras que vendeu renda renascença. Chegou a vender uma toalha para a rainha Elizabeth, quando veio ao Brasil. Tive três irmãos. Só o mais velho toca piano, conhece muito música erudita. Seu pai era profissional de música? Não. Ele trabalhava e tocava nas horas vagas, tocava também num programa de rádio famoso. Era muito respeitado. Nunca quis vir para o Recife. A felicidade dele era tocar em Pesqueira. No rádio era líder de audiência por 13 anos. Era solista, tocava clarinete ou saxofone no rádio e trombone no Carnaval. Quando você veio para o Recife e o que mais o marcou? Tinha 18 anos, vim fazer cursinho. Meu pai faleceu em junho do mesmo ano. O que me marcou musicalmente foram as músicas que eu ouvia. A Rádio Jornal do Commercio já era muito boa. Tinha muito status. Ainda está lá um auditório grande. Iam muitos cantores daqui ou mesmo de fora. Tínhamos facilidade de ouvir tudo, de Tom Jobim a Elis Regina e Luiz Gonzaga. Como foi a formação musical? Meu pai sempre me passava as músicas. Eu ia ouvindo, assimilando, sendo influenciado. Ele gostava até de música erudita, mas tocava também músicas populares. Meu primeiro instrumento foi a bateria e eu ensaiava com os meninos da cidade, com uns 16 anos. Mas não tocava em público. Não tive professor de violão, meu irmão começou a aprender, não dava muito para a coisa. Mas eu aprendi muito rápido. Meu pai se admirava como eu estava avançando. Ele vibrava muito no fundo. Ele chorava, quando me ouvia já mais velho. Vim para o Recife estudar economia na UFPE. Passei também na Unicap. Nem esperava, pois não tinha cabeça. Meu pai estava recém-falecido, mas minha mãe me deu força para enfrentar a vida. No Recife, passei 10 anos sem pegar em instrumentos, entre 1969 a 1979, quando comprei meu primeiro violão. Nem o de Pesqueira era meu. Mandei comprar em São Paulo, com o meu salário, e fui buscar no aeroporto. Já estava tocando choro uns amigos.Trabalhei muito tempo em empresa privada, depois em 1985 comecei a compor mais. Por que ficou 10 anos sem tocar? Algo em relação à morte de seu pai? Só se for inconsciente. Mas acho que quando viemos para cá foi para estudar. Estudando e trabalhando não dava para ficar tocando violão. Eu não tinha instrumento, morava em casa de estudante. Não tinha nem clima para tocar. Sempre fui muito dedicado em colégio e faculdade. Ao me formar, logo fui empregado. Trabalhei fazendo projetos para Sudene, BNDES. Por que a opção por economia? Acho que tinha influencia do meu tio, que foi chefe do IBGE em Pesqueira. Era uma pessoa muito culta, apesar de ter apenas o primeiro grau. Teve influência de pesquisas dele. E também tinha jeito para matemática e projetos. Como foi a carreira em economia? Foi boa, trabalhei uns 12 anos em empresa privada. Depois atuei no Condepe e me aposentei no Estado. Ao chegar no Estado, tive facilidade para desenvolver a minha carreira musical. Compus o primeiro frevo de bloco. Após 10 anos sem pegar no violão, lancei no primeiro disco, um compacto, as três músicas que meu pai tinha deixado escritas e fiz um choro, em 1979. Investi também no Carnaval e, como solista de violão, só depois. Meu primeiro disco solo no violão só aconteceu em 1998. Tem algum momento na carreira que deu uma virada? Quando comecei a fazer solos em shows. Quando ninguém falava no Hino de Pernambuco, toquei para 10 mil pessoas no Festival da Seresta, só com o violão. Depois no Teatro Guararapes da mesma forma. Daí nasceu o projeto Pernambuco Imortal, que era para gravar o hino. Aquela história toda começou comigo. Em todos os meus shows eu terminava com um solo do hino. Muito antes daquele projeto que divulgou bastante o hino no Estado. Após assumir esse lado solista, acredito que minha carreira virou. Apesar de não ter estudado, faço arranjos por intuição. Faço em partitura também. O computador me ajudou. Quando tenho dúvida, falo com algum maestro. No meu último disco, uma homenagem a Zé Dantas, todos os arranjos são meus. Entre os cantores com que você tocou, quais o marcaram mais? Cauby Peixoto. Fiz a música Dançando na rua. Fiz o instrumental, um amigo fez a letra, Fernando Azevedo, que é pediatra, autor daquela música do Galo: Acorda, Recife. Acorda. Ele fazia muitos shows comigo. Cauby disse que foi uma das músicas mais bonitas que ele ouviu. Entrou nos supersucessos dele. Isso foi em 1997. Gravei também com Alceu Valença. Geraldo Azevedo também gravou música minha. Zeca Baleiro gravou o primeiro frevo dele através de mim. Escrevi a harmonia e Spok fez um arranjo para sopro. Sugeri ainda colocar uma gaita, e Zeca adorou. É uma música de Nelson Ferreira que ele gosta muito. Tentamos modernizar, trazer uma linguagem nova para o frevo. Como foi a experiência com o Carnaval? Papai já tocava Carnaval, era considerado um dos melhores trombonistas de Pernambuco. Ele tocava nos quatro dias e levava muitos frevos em casa para ensaiar. Meu primeiro frevo, aliás, nunca foi gravado. Cheguei

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