Arquivos Música - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Música

Grupo Confluir celebra São João no Teatro de Santa Isabel

O Grupo Confluir, do Conservatório Pernambucano de Música, irá apresentar o espetáculo "Saudade, o meu remédio é cantar!" no Teatro de Santa Isabel. A peça, que homenageia Luiz Gonzaga e conta com poesias inéditas de Milton Júnior, promete celebrar os festejos juninos e reforçar a importância do Rei do Baião. A apresentação gratuita está marcada para o dia 16 de junho, às 20h. No espetáculo, o Grupo Confluir, que completou 10 anos em 2022, combina músicas e poesias, incluindo clássicos de Luiz Gonzaga como "Que nem jiló" e "Baião", além de composições de Sivuca e Dominguinhos. A diretora geral, Janete Florencio, destaca que a escolha do tema saudade foi uma forma de expressar os sentimentos represados durante o período de isolamento social vivido na pandemia. A peça é dividida em três atos: "A Feira", que retrata cenas cotidianas de pessoas que migraram do sertão para trabalhar em uma feira na cidade grande; "A Fé", que explora a religiosidade por meio do canto e do movimento, transmitindo a esperança por dias melhores; e "A Festa", que revela o prazer em ser feliz com forró e muita animação. A diretora explica que a inspiração do espetáculo foi mostrar aspectos importantes da vida do povo nordestino, explorando sentimentos como saudade, tristeza, fé e alegria. SERVIÇO “Saudade, o Meu Remédio é Cantar!” Onde: Teatro de Santa Isabel – Praça da República, Santo Antônio Quando: 16 de junho (sexta), às 20h (Foto: Francisco Mesquita) Entrada gratuita, os ingressos devem ser retirados na bilheteria do Teatro, a partir das 19h.

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Lirinha: "Construir emoções e histórias por meio dos sons"

O artista fala do seu mais recente disco solo, uma criação experimental, dentro de uma estética onírica, que teve influência do slam, a competição de poesia falada da cultura hip hop. Também comenta como o trabalho com o Cordel do Fogo Encantado contribui para popularizar a poesia. (Foto: Thaís Taverna) A partir de um desejo de experimentação, de imaginar e inventar coisas novas, José Paes de Lira, o Lirinha, produziu MÊIKE RÁS FÂN, um disco em que esse experimentalismo é elaborado de forma intimista, numa atmosfera onírica que também nos remete ao cosmos. Não por acaso ele menciona Glauber Rocha, nesta entrevista concedida a Cláudia Santos por videoconferência, em São Paulo, onde reside. O cineasta baiano recorreu a uma “estética do sonho” para encontrar saídas para o surrealismo da realidade brasileira. Lirinha fez o mesmo para abrir as possibilidades da criação. Nessa empreitada, o músico, escritor, cantor e compositor de Arcoverde se encantou pela voz e pelos sons. Um encantamento que o levou à ideia de conceber o novo trabalho a partir de uma fictícia rádio cósmica que recebe o já reportado nome de MÊIKE RÁS FÂN. Talvez nem tão fictícia assim já que, no segundo semestre, Lirinha planeja lançar um podcast. Nesta entrevista, ele fala das concepções desse novo disco, da experiência de usar uma ferramenta de inteligência artificial numa das faixas e de como seu trabalho com o Cordel do Fogo Encantado tem descartado a concepção de que brasileiro não gosta de literatura. Isto porque em seus shows uma multidão costuma declamar com ele poemas de Zé da Luz ou João Cabral de Melo Neto. Quando a gente ouve seu novo disco, a impressão que temos é de uma atmosfera cósmica, um tanto onírica. De onde vem essa inspiração? Esse disco nasce de um desejo de experimentação com essa atmosfera da invenção, desde o próprio título do disco que são palavras que não existem: MÊIKE RÁS FÂN, um nome inventado para uma também fictícia rádio cósmica, interplanetária. A ideia da rádio é para construir emoções e histórias por meio dos sons, do áudio. E esse é um poder que a rádio tem. Então o disco segue dessa forma, quase todas as canções indicam essa ligação com a imaginação, com o sonho, talvez com a influência da estética do sonho que é algo que eu conheci por meio de Glauber Rocha. Mas o próprio Glauber Rocha já cita outras influências para esse conceito da estética dos sonhos. Há uma música do disco que diz que “tem palavras pra inventar” que é a música Oyê e é isso que conduz, vamos assim dizer, a narrativa do disco: o sonho, a imaginação, o entendimento dessa metáfora do universo como uma realidade aberta que ainda está sendo criada, desenvolvida. Outra coisa que chama atenção no disco é que assim como outros trabalhos que você fez, você declama muita poesia. Só que antes você recitava e depois cantava. Desta vez a fala permeia a música, você quase não canta. O material de divulgação do disco, afirma que você está investigando o som, a voz. Isso está relacionado com esse processo? Tem a ver com esse processo, tem a ver com isso da primeira pergunta que eu te disse sobre a rádio. A ideia da rádio é exatamente essa experimentação que eu trago de um determinado estudo desses últimos anos da rádio arte, que é muito ligado à voz, ao grão da voz, ao corpo da voz. Também tive inspiração nos movimentos de declamação, de récita, aqui na periferia de São Paulo, através do slam, do gênero que hoje está muito forte dentro do universo do hip hop. As experiências do rap com as vozes é algo que também me interessa porque eu comecei como declamador, a minha primeira função artística, meu primeiro envolvimento com a música foi com a poesia falada dita em voz alta. Como dizia João Cabral de Melo Neto: “poesia para a voz alta”, dita, declamada. Comecei a desenvolver o meu trabalho com música, mas a canção era uma coisa, a poesia era outra, entendia como movimentos separados. Esse disco é o momento que eu tento fazer com que essas duas coisas se fundam e que a minha interpretação passe a ser entre essas duas expressões: música e poesia. Considero que é o meu trabalho em que eu mais consegui unir esses dois elementos. São construções harmônicas, em alguns casos complexos, com muitos instrumentistas, mas a interpretação é mais ligada à fala. A gente pode definir como um canto falado — que é um exercício de outros artistas também — e que eu acho que, de alguma forma, com esse disco, contribuo com essa discografia do canto falado. Você usou um recurso de inteligência artificial numa das faixas. Como foi essa experiência? Foi na música Antes de Você Dormir. Ela fala desse momento que precede o sono, o mergulho no adormecer. Eu já tinha pensado algumas coisas sobre isso, que nesse momento nós experimentamos algumas coisas sobre-humanas, vamos dizer assim, temos a capacidade de teletransporte, temos o poder de modificar nossa massa física, tudo através do sonho. Essa ferramenta é bem comum hoje, é um programa que transforma texto em fala, a gente escreve um texto e uma voz traduz esse texto, fala. Mas o que há de interessante para mim é que esse corpo não existe, essa voz ganha uma materialidade, mas ela é feita por inteligência artificial. Porém, ela ganha expressividade também, faz uma entonação de declamação. Eu deixei a voz um pouco confusa propositalmente, pois meu interesse não era que entendessem, mas era a sua textura mesmo. É uma voz em inglês falando sobre um momento de lançamento de um foguete, que está prestes a alçar voo. Achei muito curioso que existia essa ferramenta e trouxe para o disco mais uma textura de voz. Existem várias texturas no disco, várias participações e de várias formas. Tem uma música chamada Bebe, que Nash Laila, que é uma atriz, gravou num rádio intercomunicador mesmo, não é um plugin

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Silvério Pessoa: "A cultura está dentro do grande guarda-chuva da economia criativa"

Secretário de Cultura de Pernambuco, empossado há menos de dois meses, o músico Silvério Pessoa celebra nos próximos dias o seu primeiro carnaval como gestor público. Os desafios são maiores que apenas apoiar a retomada do ciclo cultural, mas está também no campo da reestruturação do setor, que sofreu por anos com a pandemia e com toda desarrumação das políticas públicas nacionais, após a dissolução do Ministério da Cultura. "Acreditamos que a cultura tem um valor e uma importância tal e qual a saúde, a educação e a segurança. Isso está dentro de um grande guarda-chuva que se chama a economia criativa. O artista deve ser protagonista do seu negócio, gerenciar sua carreira, desenvolver atitudes de autonomia diante do mercado, dos negócios da cultura. Isso pode ser no artesanato, na moda, no cinema, no teatro, na dança na música, na literatura, em todas as linguagens, possibilitando o artista de inserir sua prática no mundo de forma sustentável". Em síntese, Silvério Pessoa defende que o artista viva da sua própria arte e saiba conduzir a carreira. Além da Pandemia, Silvério destacou que a classe artística sofreu com o desmanche das políticas culturais nacionais nos últimos quatro anos. "O carnaval vem de uma parada abrupta, mas os nossos problemas não vieram só pelo coronavírus. Agora com a volta do Minc (Ministéro da Cultura), há uma esperança. Essa retomada exigirá de nós paciência, colaboração, espírito de coletividade". Acerca da sua gestão da secretaria de cultura, Silvério defendeu que o foco principal será no fomento da arte das periferias e subúrbios, não só da Região Metropolitana do Recife, mas da Zona da Mata, do Agreste e do Sertão. "Quando liberamos recurso para um mestre ou um artista, há todo um giro financeiro. Vocês não imaginam como um show de um artista, seja destacado nacionalmente ou não, faz circular recursos financeiros. Seja o maracatu, a escola de samba, a cirandeira, a costureira, até na montagem do palco dos festivais". Além do alcance de vários profissionais e artistas, festividades como o Carnaval têm também uma distribuição bem abrangente pelo território pernambucano. "O foco principal do Carnaval é o Recife e Olinda, mas posso declinar um pouco esse olhar. Em Triunfo, os caretas têm uma circulação destacável. Arcoverde hoje movimenta um espaço significativo no Carnaval pernambucano. Bezerros está retornando com um dos carnavais mais destacados com papangus. Nazaré da Mata promove o encontro com o Maracatu Rural, sem falar nos bois, orquestras. Diria, inclusive, usando linguagem jovial, que o barato é sair do centro e procurar esses outros carnavais, não diria alternativos, mas que revelam a essência mais próxima da cultura do povo. Isso só se encontra no interior". Na entrevista, questionei o secretário acerca do pagamento dos artistas, visto que há uma reclamação quase histórica da demora para recebimento de cachês dos shows e eventos. Silvério explicou que como músico, ele conhece de perto essa realidade e enfrentar essa burocracia é uma das metas do governo para acelerar os pagamentos, mas pediu paciência. "Estou na secretaria primeiramente como músico, como artista. Isso pode me ajudar a desenvolver ideias e ações para facilitar a vida do artista principal e dos instrumentistas. Mas não temos nem 60 dias de gestão ainda. Estamos herdando uma estrutura pensada há 16 anos, que vinha tocando a cultura. É nosso pensamento e particularmente a minha sensibilidade de resolver essa questão porque passei por isso. Já passei um ano para receber um cachê. Já passei 6 meses. Sei de uma forma vivencial dessa dificuldade. Não era fácil. Às vezes fazia um caixa, um saldo de giro para remunerar os músicos até receber da instituição para saldar o serviço. Agora no interior da estrutura, dentro da máquina, é que se percebe como é difícil e complexa essa dinâmica para girar essa questão financeira de cachês.O desejo e vontade é imediata, mas o caminho não é tão fácil. Exige do artista estar devidamente formal, constituído dentro da burocracia, com suas certidões. Confesso que é muito complexo, mas temos ideias e vamos tentar viabilizar os pagamentos dos artistas. Serão remunerados da forma mais imediata possível. Não é um desejo distante, mas a gente precisa ter tempo, colaboração e crédito da classe artística", finalizou Silvério Pessoa.

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Maya lança novo single em parceria com Felipe S. da Mombojó

Via assessoria de imprensa. Com colaboração de Felipe S. da Mombojó, a cantora e compositora Maya lança QueCalor, seu segundo single pelo selo Tratore. A faixa ainda conta com a participação de Chiquinho, da Mombojó, Habacuque Lima (SP), nos sintetizadores, e Gabriel Moraes, na guitarra, mixagem de China e masterização de Estevan Sinkovitz (SP). Na canção, a cidade do Recife aparece enquanto pano de fundo, mas também personagem principal. A figura do tubarão – já enraizada no inconsciente coletivo da cidade – é o antagonista. Os arranha-céus existentes na cidade nos lembram de que a lógica falocêntrica impera até aqui, e é essa mesma lógica que invade o litoral.Por conta do desenvolvimentismo desenfreado e o consequente desequilíbrio ecológico, os tubarões acabaram se tornando, inclusive, um dos símbolos turísticos da capital. Mas os tubarões de não são apenas os que são expulsos de seu habitat e atacam os banhistasna praia de Boa Viagem. E nem apenas uma metáfora para a especulação imobiliária do litoral. Em seu novo lançamento, MAYA traz novamente uma reflexão sobre como a cidade, seu tecido urbano e suas violências são presença constante na maneira como a artista vivencia o Recife. Essa potência de sua canção, que já havia se manifestado em Papametralha (2021), seu primeiro lançamento, agora aparece fundida ao calor, aos tubarões e as próprias vivências da artista na cena cultural pernambucana. O projeto gráfico, as fotos de divulgação e o visualizer compõem sua criação e reitera sua simbologia ao trazer referências do cinema, seja do clássico Tubarão (1975), de Steven Spielberg, quanto a filmes de terror independentes e ao próprio cinema pernambucano. A construção da música de MAYA passa também pelo audiovisual, e é impossível separar a importância de uma coisa da outra em sua obra. Tanto que algumas de suas principais inspirações para compor as sonoridades que ela constrói em sua obra são, além do manguebeat, as trilhas sonoras de filmes de artistas como John Williams, John Carpenter e Ennio Morricone.Para a compositora, Que Calor é uma provocação para que possamos olhar em volta e atentarmos à nossa própria história e para onde estamos sendo conduzidos tão velada e violentamente”. O lançamento é um grito na voz de uma jovem e corajosa artista independente de Pernambuco em meio a um Recife cujas cenas artísticas costumam ser predominantemente masculinistas, cada vez mais sufocado pelo concreto dos prédios, pelas ilhas de calor, pela angústia dos trânsitos. Maya entende que enquanto a arquitetura “moderna” denuncia e deflagra os reflexos diante dos inúmeros edifícios espelhados, ficam os questionamentos: somos coniventes? Ou apenas formiguinhas-alvo dessas grandes lupas?Que Calor está em todas as plataformas de streaming e conta também com uma live session com Felipe, que está disponível no YouTube. Sobre a artista Maya é cantora, compositora, letrista e produtora pernambucana. A relação com a música foi iniciada ainda na carreira no jornalismo cultural e na crítica de cinema, sempre pensando em trilhas sonoras, assunto que foi tema de estudo de sua monografia. Essencialmente, seu entusiasmo em fazer música vem de sua relação com o cinema. Foi essa forma de arte que fez MAYA vivenciar seus primeiros processos de criação para trilhas de vídeos, sempre de forma intuitiva, dentro de um universo de referências que vai de compositores desde Ennio Morricone até John Carpenter, além de bandas/artistas como Portishead, Massive Attack, Beyoncé e Gal Costa. O primeiro single Papametralha (2021), lançado durante a pandemia, deflagra violências urbanas cotidianas - numa mistura de elementos sensoriais orgânicos em meio a uma estética distópica. Que Calor (2022), lançada em parceria com Felipe S. da Mombojó e mixada por China, é seu segundo lançamento, trazendo o calor do Recife e os tubarões da praia de Boa Viagem como metáfora para as violências que atravessam a urbe.

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Marília Parente volta aos palcos em show com banda no Recife

Na próxima quinta (9), compositora pernambucana apresenta repertório autoral, incluindo canções inéditas, no Bar Iraq, localizado na Boa Vista Via assessoria de imprensa. A próxima quinta-feira (9) marcará o retorno da cantora e compositora pernambucana Marília Parente aos palcos. A artista se apresentará, acompanhada por sua banda de apoio, no Bar Iraq, localizado no bairro da Boa Vista, área central do Recife, a partir das 20h. O evento contará ainda com discotecagem de Juvenil Silva. Na ocasião, Marília fará seu primeiro show aberto ao público desde março de 2020, quando tiveram início as medidas sanitárias de prevenção à covid-19 em Pernambuco e na maior parte do Brasil. "Eu tinha lançado meu primeiro disco no fim de 2019, de modo que a pandemia comprometeu completamente nosso planejamento de circulação e divulgação do trabalho. O público teve poucas oportunidades de assistir a esse show, motivo pelo qual resolvemos insistir nesse repertório, que foi enriquecido com algumas canções inéditas e singles posteriores ao álbum", explica a artista. No show, Marília canta e toca violão, craviola e teclado. Ela será acompanhada pela guitarra de Juvenil Silva, o baixo de Diego Gonzaga e a bateria de Caio Wallerstein. Artistas como Isadora Lubambo e Nívea Maria (Verdes & Valterianos) farão participações especiais. O evento integra o projeto “Na Medida do Possível”, que ocupa o Iraq às quintas. Em dezembro, a iniciativa promoverá ainda shows da bandas Jambre e Verdes & Valterianos, respectivamente, nos dias 16 e 23. Serviço//Marília Parente e Banda + DJ Juvenil Onde: Rua do Sossego, 179, Boa Vista, Recife-PE Quando: 9/dez (quinta-feira), às 20h Ingressos: Na hora ou garantido antecipadamente no Sympla, através do link: https: //www.sympla.com.br/show-marilia-parente---projeto-na-medida-do-possivel__1429667  

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Produtores do Recife anunciam espetáculo com músicas de Reginaldo Rossi

Os dois irmãos pernambucanos Ana Letícia Lopes e Gabriel Lopes, produtores de teatro musical, que nesta semana registraram uma foto ao lado da recém inaugurada estátua de Reginaldo Rossi, apresentam no último domingo (14), data que se estivesse vivo, o Rei do Brega faria 78 anos de idade, um presente para os fãs e admiradores do artista: a produção do “Musical Borogodá”. O espetáculo comédia que além de reunir músicas de Rossi, vai mostrar uma história que tem um pouco do que todo recifense gosta: romance, gaia e muito brega. Escrita e dirigida por Gabriel Lopes, a comédia musical tem previsão de estreia para o primeiro semestre de 2022. Os fundadores da produtora Nível 241 contam que a proposta de montar o projeto nasceu em 2017, no período em que produziram a versão recifense do espetáculo “Aladim, O Musical”. Gabriel conta que ele e a irmã amam musicais originais brasileiros. Mas, sentiam falta de mais espaço para um trabalho que agregasse ao jeitinho regional. “Durante a temporada do Aladim que montamos em Recife, trabalhamos para acrescentar elementos e referências locais. Mas por que não produzir um que seja 100% local?”, dispara Gabriel Lopes, sobre Recife ter Reginaldo Rossi, como um dos seus maiores símbolos da cultura pernambucana, considerado o Rei e patrono do Brega. Ana Letícia conta que é necessário manter vivo o reinado de Rossi, artista que morreu em 2013. “Suas músicas não só retratam a vida cotidiana de uma população através de temas comuns, elas também atravessam todas as classes sociais de forma democrática e com fácil entendimento, fazendo com que permaneçam vivas na cultura popular independente da época”, reforça. Com um roteiro totalmente original, o espetáculo tem mais de 30 músicas do Rei do Brega. A montagem, que teve sua primeira leitura em 2019, neste ano de 2021 está realizando a prática de montagem. Com direção Musical de Douglas Duan e coreografias assinadas por Stepson Smith. O Borogodá: A história contada em “Borogodá” se passa na cidade do Recife em meados da década de 60. Uma homenagem ao município que o cantor Reginaldo Rossi nasceu, ao momento auge da Jovem Guarda e também o período de lançamento do primeiro disco do cantor, ''O Pão'', que conta com o título ''No Claro ou no Escuro''. Este hit, e sucessos como "Garçom", "A Raposa e as Uvas", "Lua de Mel", "Mon Amour”, “Meu Bem, Ma Famme", "Leviana", estão entre as músicas que fazem parte do enredo do espetáculo. O tributo conta a história do contador Toni, que no dia do aniversário de casamento descobre que a esposa o trai com um famoso cantor de Rock da época. Ao conhecer Clara, ex-esposa do astro, em um bar no centro do Recife, percebem que foram enganados e decidem se vingar do casal que acaba de anunciar o casório. Os personagens da história prometem levar o público para dentro das músicas, os apresentando a personagens que, até então, viviam apenas no imaginário. O famoso "Garçom" toma forma e finalmente descobrimos quem é a tal "Leviana" de quem ele tanto falava.

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Sonora Coletiva convida Romulo Fróes para falar sobre a pluralidade da MPB

Se musicalmente o século XX foi marcado pelo surgimento da canção brasileira e seus diversos gêneros, da bossa nova e do tropicalismo, e da chamada música popular brasileira (MPB), tendo os discos, o rádio e a TV como meios de difusão, o início do século XXI parece ter ampliado exponencialmente os horizontes da música produzida no país a partir do surgimento e uso de novas tecnologias de gravação e divulgação. Os impactos que tais mudanças têm operado, inclusive na criação de melodias e letras, por exemplo, e na invenção de novos gêneros musicais serão temas do bate papo com o compositor, cantor e produtor musical paulista Romulo Fróes, que acontecerá na próxima quarta-feira (16), às 19h, pelo canal do Canal multiHlab, no YouTube, como parte das atividades do Sonora Coletiva, da Revista Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Um dos nomes mais importantes de uma geração que já foi identificada como “Nova” ou “Novíssima” MPB, Romulo Fróes vai conversar com os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, responsáveis pelo canal experimental multimídia Sonora Coletiva. Os três pesquisadores da Fundaj vêm igualmente desenvolvendo atividades relacionadas ao Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), coordenado por Cristiano Borba, no âmbito da música produzida em Pernambuco entre 1970 e 2000. O paulista Romulo Fróes tem oito álbuns individuais, e três com o grupo Passo Torto, do qual fez parte, e participou de discos de vários artistas. Tem músicas gravadas por Elza Soares, Ná Ozetti, Juçara Marçal, Rodrigo Campos, Jards Macalé, entre outros, além de ter produzido o álbum de Elza Soares, A Mulher do Fim do Mundo. Ao lado da pernambucana Alice Coutinho, é coautor da música que dá título ao álbum e se tornou uma espécie de hino de coletivos femininos. Logo depois coproduziu outro álbum da cantora carioca, Deus é Mulher, e fez a direção artística do aclamado álbum Besta Fera, de Jards Macalé. Além de escrever sobre a temática da live, durante a pandemia, Romulo Fróes passou a ministrar cursos e oficinas sobre a música popular brasileira.

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Nova banda no Recife lança o seu primeiro single

Apesar do momento difícil que atravessamos, a música pernambucana não para de produzir novidades e nos surpreender com lançamentos incríveis de novos artistas e bandas da cena local. Em meio a uma das maiores crises sanitárias do século XXI, a música serve como um oásis, um bálsamo de calmaria e aconchego ou simplesmente como um desafogo pra tanta notícia pesada que estamos recebendo diariamente. A pandemia vem servindo, inclusive, como inspiração para as bandas locais, como é o caso d’O Quartinho, que lançou o seu primeiro single nas plataformas digitais recentemente. Intitulada Sem Pressa, a canção fala de um tempo e de uma cidade que não existem mais. Baseada na nova rotina pandêmica que nos rodeia, a música exala a saudade de momentos juntos daqueles que amamos, e de explorar os lugares e as sensações fora de casa. Mas também nos ensina a perceber os detalhes e o lado fantástico de vivenciar nosso lar por tanto tempo. A faixa resgata na memória os momentos ensolarados de outrora, por meio de uma combinação de gêneros característicos da cidade, como o swingado do bailinho e o rock alternativo, com uma aura indie-rock misturado com elementos característicos daqui de Pernambuco. O Quartinho inicia sua trajetória na cena musical alternativa bebendo da fonte dos ritmos mais populares da cidade do Recife. A banda procura não taxar um único gênero para definir  seu estilo, mas é notório que tem como destaque forte influência da sua identidade sonora a base rítmica do Brega recifense. O conjunto evidencia nas suas canções tudo o que eles respiram dentro da capital pernambucana. Com o típico gingado do recifense, e um toque romântico e nostálgico, eles contam histórias individuais, compostas a partir da observação dos acontecimentos e como dialogam sobre eles. Um grande diferencial do conjunto está no fato dos integrantes se apropriarem cada vez mais das tecnicidades da produção musical, sendo eles próprios os produtores da faixa, feita em casa mesmo. Eles entregam um material repleto de identidade, criatividade e planejamento aos ouvintes. Um nome pra ficar de olho. Evoé!   O Quartinho é: Carlos Eduardo (Cadu) - Voz, guitarra e teclado Pedro Vilela - Voz, guitarra e teclado Lucas Bezerra - Voz e baixo Manoel Malaquias - Voz e bateria   Siga a banda nas redes sociais: Instagram: @oqu4rtinho Twitter: @oqu4rtinho

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The Raulis e Felipe S. lançam single hoje

Documentar um momento histórico em forma de música. Foi com essa proposta que os Raulis, trio pernambucano de sufcumbia instrumental, convidou o conterrâneo Felipe S., que é vocalista do Mombojó, para uma parceria inédita. O desafio era construir, produzir e gravar uma música à distância, devido ao novo cenário de pandemia. E deu certo, a faixa "Distante Desejo" vem com o balanço inconfundível do surfcumbia dos Raulis e a composição certeira de Felipe S.. O resultado já está nas plataformas digitais para esquentar os corações. Distante Desejo vem refletir sobre esse atual momento de forma descontraída, usando e abusando da tecnologia para amenizar saudades e fazer música. A faixa, que faz parte da sequência de lançamentos da banda para o ano de 2020, vem de forma dançante, divertida e poética fazer um apelo à quarentena, ao distanciamento social, trazendo a mensagem de acalanto e esquentando os corações dos saudosos. Seguindo a estética sonora da Mixtape "Raulis apresenta o SURFCUMBIA", lançada em fevereiro deste ano, a música vem com a presença de fortes elementos eletrônicos, beats ousados e reefs ardidos. A influência da cúmbia, dos ritmos latinos como o brega e seus desdobramentos, o reggaeton e o surfmusic fazem o single cumprir os requisitos do surfcumbia, que é influenciar o balanço dos corpos a cada batida. O som quente, colorido e muito dançante é fruto de uma profunda pesquisa e experimentos dos integrantes durante os oito anos de existência da banda. Produzindo à Distância Sem a possibilidade de realizar shows e lives, a banda agora aponta para um caminho de criação e novos lançamentos. Para isso, The Raulis segue experimentando novas texturas musicais, se debruçando em novas pesquisas estéticas e também tecnológicas, que permitam a criação e a produção de uma faixa à distância, cada um de sua casa. "Foi uma experiência completamente nova. Primeiro tivemos que encontrar a tecnologia adequada e depois encaixar em uma dinâmica de grupo. Mas, o resultado foi bem interessante porque trouxe novas possibilidades de produção", explicou o DJ Rauli, Gabriel Izidoro. A parceria dos integrantes dos Raulis e Felipe S. já é antiga, mas é a primeira vez que compõem juntos para uma produção da banda. Juntou-se a admiração pelo artista e amigo, com a importância de dar uma voz para essas batidas e nasceu "Distante Desejo", uma história emocionante de saudade e o uso de tecnologias para amenizá-las. Ação de Lançamento Para incrementar esse lançamento, a marca Raulis se juntou em uma collab com a Big Car Crew e a Cervejaria Central para desenvolver a "Distante Desejo". A Cerveja é um estilo Saison para agradar todos os gostos, com toque refrescante, moderadamente amarga, com um final seco e frutado de malte suave. A ação, vem acompanhada do apelo de presentear a sua maior saudade com a música em primeira mão e uma boa cerveja gelada para brindar pelas telas. Sobre The Raulis A banda nasceu em Recife/PE há oito anos e soma o EP The Raulis 2015, o Disco The Raulis 2017, single "Sem Querer Sonhar", uma parceria com Samuel Samuca, em 2019 e Mixtape "Raulis Apresenta o Surfcumbia", em fevereiro de 2020. Radicada em São Paulo desde 2016, a banda hoje conta com o mascarado, Arthur Dossa na guitarra, o DJ Rauli, Gabriel Izidoro nos teclados, guitarra e samples e o Dj Rauli Arquétipo Rafa na bateria eletrônica e Synths. Os Raulis já passaram por importantes festivais como Coquetel Motolov, Festival de Inverno de Garanhuns, Jack Daniel's Festival, Piknic, Forró da Lua Cheia, Timbre Instrumental, show case da Porto Musical e outros, como também em Unidades Sescs como Belezinho (SP), Bom Retiro (SP), Campinas (SP) e São José dos Campos (SP).

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Projeto Mulungu lança seu primeiro single

Mesmo nesse período difícil de pandemia, a música pernambucana não para. O Projeto Mulungu, formado pelos pernambucanos Jáder e Guilherme Assis com o potiguar Ian Medeiros e uma das melhores novidades da cena musical recifense, lançou ontem (29/05) o clipe do single No Ar. AO faixa incorpora elementos tropicais e leves, marcados pela voz suave com um sotaque sutil e charmoso do vocalista. A música faz parte do projeto O Que Há Lá, gravado entre 2018 e 2020 pelo grupo e tem participações especiais de Henrique Albino (Sax), além do coro formado por Uma, Felipe Castro e Sofia Freire. O clipe traz uma colagem de vários posts de redes sociais, memes, lembranças e gifs – tudo entrecortado por uma performance artística intensa e visceral realizada pelo vocalista da banda. No Ar é um presente do grupo aos amantes da boa música e das artes, um alento em meio à escuridão desses tempos. Uma verdadeira flor no deserto. Com lançamento previsto ainda para esse ano, o disco do grupo já vem cercado de boas expectativas e tem tudo para ser uma das grandes produções da música local. Dê uma chance e veja essa pérola. Não vai haver arrependimento!!

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