Arquivos Pernambuco - Página 77 De 109 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Bailarino do Royal Ballet de Londres no Recife

Um dos maiores nomes do balé clássico mundial, Thiago Soares está em turnê pelo Brasil com um espetáculo inédito, com convidados especiais como os bailarinos Danilo D’Alma, Ingrid Silva, Mayara Magri, Paula Alves e Renata Tubarão. Depois de passar por Campo Grande (MS), “Thiago Soares e Amigos” chega ao Teatro Guararapes, em Olinda, em 29 de agosto (quinta), com a participação da primeira solista do Royal Ballet de Londres, Mayara Magri. Os dois dividirão o palco com dançarinos pernambucanos que serão selecionados por meio de uma audição a ser realizada no dia 25 de agosto (domingo). No mesmo dia da audição, haverá, ainda, workshops para o público. Entre agosto e outubro, a turnê passará ainda por Curitiba (PR), Goiânia (GO), Cuiabá (MT), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). A cada local, uma nova audição será feita. As cinco cidades que abrem o projeto foram escolhidas pelo primeiro bailarino convidado pelo Royal Ballet de Londres por serem locais em que ele nunca se apresentou, numa tentativa de descentralizar as artes cênicas, promover o intercâmbio entre bailarinos e de revelar novos talentos na dança. “O espetáculo surgiu da necessidade de ir onde o público está. Convidei amigos dançarinos brasileiros, alguns que moram no exterior, para dividir essa experiência comigo. E está sendo incrível”, adianta Thiago Soares. “Estou muito empolgado para as audições. Tenho um real interesse em descobrir e trabalhar com novos talentos, conhecer como dançam. Então, todos que tenham aquela paixão pela dança, que acreditem ter talento e queiram fazer parte, são bem-vindos para a seleção”, convida o bailarino. “Thiago Soares e Amigos” apresentará um pouco da dança universal, trazendo coreografias de estilos diferenciados – do clássico a danças urbanas — mostrados para o público em um mesmo espetáculo. A AUDIÇÃO Thiago Soares selecionará, pessoalmente, os bailarinos (homens e mulheres), maiores de 11 anos, para integrar o elenco do espetáculo “Thiago Soares e Amigos”. Os interessados devem apresentar uma coreografia (solo, duo, pas de deux, grand pas de deux, trio ou conjunto) de seu próprio repertório nas modalidades balé clássico, dança contemporânea, jazz, sapateado, danças populares e danças urbanas. Data: 25 de agosto, às 17h (domingo) Local: Ballet Gonzalez – Rua José Nunes da Cunha 303, Piedade, Jaboatão dos Guararapes. Mais informações e inscrições: www.pantanalemdanca.com/thiago-soares-e-amigos-audicao SOBRE THIAGO SOARES Thiago Soares viveu sua infância e adolescência na cidade do Rio de Janeiro. Aos nove anos, buscou uma escola de dança para aperfeiçoar seus movimentos na dança de rua e, mais tarde, aos 15 anos, ingressou no balé clássico. Aos 17 anos já estava no corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 2001, participou do Concurso Internacional do Ballet Bolshoi, na Rússia, e conquistou a medalha de ouro, disputada entre mais de 270 candidatos. A vitória foi um marco na história da dança nacional, já que foi a primeira e única conquistada por um brasileiro até hoje. Após isso, foi convidado para estagiar no Balé Kirov, tornando-se o segundo estrangeiro a integrar a companhia em 100 anos de história. No ano seguinte, foi convidado a integrar o corpo de baile do Royal Ballet de Londres. Em 2002, foi promovido a solista; em 2004, passou a ser primeiro solista e foi premiado como a artista revelação masculino de dança clássica. E então, em 2006, conquistou o posto de Primeiro Bailarino do Royal Ballet. Fora do Royal Ballet, Thiago Soares se apresenta ainda como convidado nos principais teatros do mundo. Já teve passagem pelos Teatro Alla Scalla di Milano, Teatro Argentino de La Plata, Bolshoi, Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Estonian National Opera, Teatro dell’Opera di Roma e o Munich National Theatre. Desde 2008, promove a realização de um espetáculo especial, “Thiago Soares & Friends”, que levou aos palcos brasileiros, estrelas da dança internacional como Alicia Amatriain, David Makhateli, Jason Reilly, Laura Morera, Marianela Núñez, Natalia Kremen e Ricardo Cervera, sendo visto em várias capitais do país. Em 2017 Thiago foi condecorado pelo embaixador do Brasil na Inglaterra, Eduardo dos Santos, com a honraria de Cavaleiro da Ordem do Rio Branco, uma condecoração da diplomacia brasileira em razão de serviços e méritos excepcionais. Em 2018 Thiago lançou um documentário interacional, que conta a trajetória de sua vida, chamado “Primeiro Bailarino”, onde ele define sua carreira por sua capacidade de desafiar os próprios limites e de se reinventar. SERVIÇO “THIAGO SOARES E AMIGOS” 29/08, às 20h – Olinda – PE Local: Teatro Guararapes – Av. Profº Andrade Bezerra S/N, Salgadinho. Convidada: Mayara Magri. Ingressos: entre R$ 60 e R$ 120 (à venda no site Ticket Fácil). No dia do espetáculo, os cem primeiros que adquirirem o ingresso na bilheteria, pagam R$ 50. INFORMAÇÕES Instagram: @thiagosoareseamigos Facebook: @Thiago-Soares-E-Amigos-1848532355246802 Site: www.pantanalemdanca.com/thiago-soares-amigos Audições: www.pantanalemdanca.com/thiago-soares-e-amigos-audicao Workshop: www.pantanalemdanca.com/thiago-soares-amigos-workshop

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Estudantes de Olinda são orientados na luta contra as arboviroses

Estudantes do ensino fundamental I do Núcleo Educacional Positivo, no bairro de Ouro Preto, Olinda, receberam nesta quarta-feira (21.08) orientações sobre arboviroses e dicas de como combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Equipes do Centro de Vigilância Ambiental de Olinda (CEVAO) repassaram informações, de forma lúdica, para as crianças de como evitar focos do transmissor da zika, dengue e chikungunya. Os técnicos estão desenvolvendo o mesmo trabalho em várias outras unidades de ensino da cidade. Os agentes, além de entregar panfletos e passar videos educativos, levaram maquetes e materiais lúdicos para atrair a atenção da garotada e atingir o público infantil. "O nosso objetivo é com todas as gerações. Nós estamos preocupados com controle das arboviroses e isso é um trabalho coletivo não só dos adultos, mas de todas as pessoas. É uma demanda não só de casa, mas de todos os espaços", destacou a gerente do CEVAO, Kalina Siqueira. As equipes abordaram também a questão da reutilização de materiais, reciclagem, descarte correto do lixo, evitar água parada e outros conhecimentos da Educação Ambiental.

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Yes, Nordeste manda bem no rockabilly

A cidade de Natal se torna a capital do rockabilly no dia 7 de Setembro. A partir das 15h, o Wesley's Bar Capim Macio promove o festival Nordeste Rockabilly Combo, dedicado a esse que é um dos subgêneros pioneiros do rock and roll, surgido nos Estados Unidos no começo da década de 1950. O Nordeste Rockabilly Combo é a reunião das três principais bandas de rockabilly do Nordeste na atualidade: a anfitriã Dasta & The Smokin' Snakes (Wild Records), de Natal, que faz o pré-lançamento do álbum Get Wild or Get Gone; Joanatan Richard & His Beatful Boys (Ipojuke Records), de Caruaru (PE), que lança seu mais recente EP, Roses and Thorns; e Allycats, do Recife, que que lança seu álbum de estreia, On the Road. Junto com a banda convidada Jubarte Ataca (Surf Music Nervoso), também de Natal, as atrações prometem seis horas do mais primitivo, visceral e pulsante ritmo que já existiu no planeta. Tudo feito na tropical e escaldante paisagem nordestina. No Nordeste Rockabilly Combo, sertão e mar se encontram em uma celebração da resistência da música autoral e autêntica, resgatando e renovando o rock'n'roll para a atualidade. Serviço: Nordeste Rockabilly Combo - sábado, 7 de setembro, das 15h às 2h, no Wesley's Bar Capim Macio (Rua Alexandre Câmara, 1.773, Capim Macio, Natal, Rio Grande do Norte). Ingressos antecipados no Sympla: https://www.sympla.com.br/nordeste-rockabilly-combo__618551

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419ª Reunião do Seminário de Tropicologia fala sobre poesia de Manuel Bandeira

O fidelizado Seminário de Tropicologia da Fundação Joaquim Nabuco chega a sua 419ª edição, no próximo dia 27 de agosto, com o tema: “Manuel Bandeira e Gilberto Freyre: um encontro singular”. Desta vez, o palestrante será o sociólogo e escritor, José Almino de Alencar e Silva Neto. A programação acontecerá no campus de Casa Forte, na Sala Gilberto Freyre, às 14h30. “Já estamos focando em Gilberto Freyre para homenageá-lo pelo seu aniversário de 120 anos que acontece em março do próximo ano”, destacou Fátima Quintas, coordenadora do Seminário de Tropicologia. Na vida adulta de Manuel Bandeira, Gilberto Freyre o convidou para escrever um poema sobre o Recife. Foi aí que o poeta produziu a obra: “Evocação do Recife”, falando sobre sua infância na cidade. Esse contato entre os dois influenciou as produções futuras deles. “Nesse sentido, vou falar da importância do encontro para o material e sobre como o diálogo entre escritores, no geral, ajuda na criatividade dos mesmos”, afirmou José Almino. Para escolher o palestrante convidado, foram levados em conta a maneira de expor os conteúdos e a linguagem clara usada pelo mesmo. “Ele procura entender a sociologia e a antropologia por meio de uma visão humanista e subjetiva, sem rigidez nesse processo. A compreensão dele é ampla e aberta”, afirmou Fátima Quintas.

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É chegada a hora de Milton Nascimento e o “Clube da Esquina”

O Teatro Guararapes estará lotado para receber Milton Nascimento, dia 24 de agosto. Os ingressos para o show “Clube da Esquina” esgotaram mais de um mês antes da apresentação. Iniciada em março deste ano, a nova turnê de Bituca tem sido ovacionada pela crítica e aplaudida por um público imenso, que vem lotando os shows pelo Brasil e exterior. Quem produz a gira no Recife e em João Pessoa é a pernambucana Plas Produções. No repertório do show, estão confirmadas algumas canções que marcam a trajetória desse ícone da MPB, de seus parceiros musicais e, claro, do povo brasileiro. Entre elas, “Maria, Maria”, “Um Girassol da Cor de Seu Cabelo”, “Paisagem da Janela” e “Clube da Esquina 2”. “Eu nunca tinha pensando em fazer algo que juntasse os dois discos do Clube, mas agora me veio um sentimento de que era hora de fazer isso. E essa turnê 'Clube da Esquina' com certeza vai ser um acontecimento muito mágico mesmo, pra não dizer mais... Quero trazer uma ideia que possa unir as pessoas. E tenho certeza de que este será o meu projeto mais especial em todos esses anos”, revela Milton. Em cena, ele estará acompanhado por Wilson Lopes (guitarra e violão), Beto Lopes (guitarra e violão), Alexandre Ito (baixo), Ademir Fox (piano), Widor Santiago (metais), Lincoln Cheib (bateria), Zé Ibarra (vocal) e Ronaldo Silva (percussão). A direção artística é de Augusto Nascimento, e a direção musical tem assinatura de Wilson Lopes. CLUBE DA ESQUINA - Após o estrondoso sucesso de "Travessia" em 1967, Milton Nascimento começou sua premiada carreira internacional e gravou três discos importantes na sequência. O mais revolucionário foi o quarto: o duplo "Clube da Esquina", que levou também o nome de Lô Borges na capa. Hoje é uma unanimidade entre os fãs de Milton Nascimento em todo mundo que o álbum se tornou um marco definitivo na história da música. Milton é o principal responsável pela criação do disco, lançado em 1972 e que, de seu surgimento até hoje, segue transformando mentes e corações com a mesma força. Um dos sites de maior influência na cena contemporânea, o Pitchfork, dos Estados Unidos, lançou recentemente um artigo ressaltando a qualidade musical do disco - que considera um dos mais ambiciosos da história da música brasileira - e lembra o contexto em que ele surgiu, em plena ditadura militar. “A música de Milton Nascimento vai do terreno ao angelical; e pode ser ao mesmo tempo misteriosa e franca, direta; assombrosa e sublime", escreveu o jornalista norte-americano Andy Beat. Já o prestigiado crítico Jon Pareles, do jornal The New York Times, após um concerto no badalado Lincoln Center, em Nova York, escreveu a seguinte frase: "Milton Nascimento, tesouro nacional". Em 2017, o álbum "Clube da Esquina 1" comemorou 45 anos e, em 2018, foi a vez do "Clube da Esquina 2" completar 40 anos. Foi assim, diante da chegada de datas tão importantes que, pela primeira vez, Milton tomou a decisão de dedicar um projeto inteiro ao Clube da Esquina. Para o cantor, “a turnê pretende trazer ao público um resgate dos grandes clássicos dos dois álbuns, com maior foco no primeiro disco. Inclusive, músicas que o público nunca escutou ao vivo”. SERVIÇO Milton Nascimento na turnê "Clube da Esquina" Dia 24 de agosto (sábado), às 21h Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco Informações: (81) 3182-8020 Classificação: 16 anos

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Armazém Centenário e cervejaria Capunga inauguram novo espaço

Nesta quinta-feira (22), às 20h, o Armazém Centenário e a cervejaria Capunga inauguram a Laje Capunga. O espeço ocupa o mezanino do Armazém Centenário e promete movimentar a noite da Zona Norte do Recife. O local contará com lounge temático que comporta 30 pessoas e tem como proposta reunir amigos para jogar conversa fora e curtir o som da casa. “A inauguração é resultado de uma parceria antiga ente o bar e a cervejaria. Estamos muito felizes por poder oferecer mais esse espaço para os nossos clientes” afirma o sócio do Centenário, Mário Teles. A música da festa de inauguração fica por conta do Dj Incidental que promete animar o público com o melhor da MPB, músicas latinas e de artistas locais. Para acompanhar a cerveja gelada da Capunga, um cardápio de petiscos que traz opções como: filé de sol aos 3 queijos com pepperoni, escondidinho de camarão no dendê e bolinhos de chambaril em seu pirão. Serviço: Inauguração da Laje Capunga Data: Quinta-feira- 22 de agosto de 2019 Horário: 20h Local: Armazém Centenário Rua Barão de Itamaracá, 10 - Espinheiro Valor: Entrada Gratuita  

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Um passo para regulamentação do grafite no Recife

A Câmara Municipal do Recife aprovou, esta semana, o Projeto de Lei Ordinária 222/17, que regula a prática do grafite na cidade. Quem praticar o ato, sem a devida autorização, pode pagar multa de até R$ 6 mil reais e deve arcar com as despesas de restauração do bem. A expectativa é de que a iniciativa iniba a danificação dos patrimônios públicos e preserve o conforto ambiental e estético no município do Recife. O PLO passará ainda pela apreciação do Poder Executivo Municipal e pode ser vetado nesta fase final. O projeto, contudo, tramitava com um ponto polêmico para o comércio, pois propunha também regras para os estabelecimentos que comercializam tintas em embalagens do tipo aerossol. “Esses comerciantes deveriam manter registro de todo comprador, controle de estoques e a manutenção dos registros de venda pelo prazo de três anos. Um controle de alto custo para o comércio e, consequentemente, para o consumidor”, explica o Assessor Legislativo da Fecomércio-PE, César Souza. Com atuação da Federação, o projeto foi aprovado sem esses dispositivos que ditavam mais obrigações para os comerciantes da cidade. O Brasil já possui legislação específica sobre o ato de desenhar, riscar ou escrever sem a devida autorização. A pena para quem comete essa infração é de 3 meses a 1 ano de detenção e multa. Com aprovação da PLO, o Recife agora considera que grafite é a expressão artística em forma de desenho e escrituras com o objetivo de valorizar o bem móvel ou imóvel, com prévia autorização. A infração inicial é de R$ 3 mil reais, mas se o ato for realizado em monumento, bem tombado ou unidades protegidas, a multa será dobrada.

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Livro desvenda história dos teatros e casas de espetáculos do Recife

“Teatro em cena – edifícios e casas de espetáculos do Recife” é o tema do livro de autoria da arquiteta pernambucana, Luiza Andrada, que será lançado no dia 22 de agosto, às 18h, na Livraria Jaqueira. Na ocasião, a autora faz uma breve explanação da publicação que traz um levantamento tipológico dos edifícios e salas de espetáculos do Recife a partir do século XIX apresentando as variações das edificações, hierarquias e sua relação com o contexto urbano, o período histórico e a sociedade que produziu esse rico patrimônio material da capital pernambucana. A obra foi escrita com base no trabalho de pesquisa desenvolvido na graduação em Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), em 2012, sob a orientação da professora e arquiteta, Amélia Reynaldo, e só agora será lançada com o incentivo do Fundo de Incentivo à Cultura do Estado de Pernambuco (Funcultura) e produção executiva assinada por Clarisse Fraga, do Bureau de Cultura. De acordo com a autora, a escolha do tema se deu devido à importância dos edifícios e salas de teatro, e à singularidade destes exemplos enquanto tipologia. Além disso, ela destaca a carência de estudos mais aprofundados e específicos sobre as edificações, mesmo sendo algumas delas protegidas por uma legislação que, na teoria, garante a preservação. “É notória a necessidade de difusão desse conhecimento dos prédios culturais da cidade. E o livro é uma forma de ampliar esse conhecimento e contribuir para a sua preservação e valorização”, considera Andrada. Na pesquisa elaborada pela autora, ficou demonstrado que o teatro sempre teve uma grande aceitação por parte do público recifense desde as primeiras encenações ao ar livre, até os dias de hoje. Uma citação da atriz Geninha da Rosa Borges atesta: “O século passado tinha um interesse muito vivo pelos espetáculos cênicos, a ponto até de alguns particulares, inclusive escritores, manterem palcos próprios em suas residências, encenando peças em família”. Em Pernambuco, as primeiras manifestações teatrais eram apresentadas ao ar livre, pelas ruas antigas de Olinda e Recife. Apenas em 1722, o Recife passa a contar com um teatro permanente, com a construção da “Casa da Ópera”, denominada depois de Teatro São Francisco, demolido em 1850. Depois, com a chegada dos cinemas no Recife, em 1895, várias casas de espetáculo foram utilizadas nos primeiros anos para exibição cinematográfica. O Teatro de Santa Isabel foi um dos que funcionou como cinema. Depois houve a proliferação de cines-teatros como o Pathé e o Royal, na Rua Nova, e o Polytheama, na Barão de São Borja. Em meados do século XX, após muitas casas de espetáculos serem transformadas em cinemas e igrejas de cultos evangélicos, houve um crescente esvaziamento das edificações. Edifícios próprios para teatros implantados em lotes urbanos não foram mais construídos. E o que se predomina atualmente são as salas construídas como um espaço dentro de outros edifícios, como por exemplo, o Centro de Convenções de Pernambuco. Em “Teatro em cena - edifícios e casas de espetáculos do Recife”, o leitor se depara com um verdadeiro apanhado histórico, onde é possível identificar os edifícios e casas de espetáculos existentes e demolidas, ao longo dos séculos XIX e XXI, num total de 44 teatros, sendo 29 construídos de fato para exibição de espetáculos e 12 como um espaço de apresentações artísticas dentro de outros edifícios. A relação contempla desde o mais antigo, o Teatro Apolo (1840), até a última edificação neste período, o Luiz Mendonça (2011). Outros 3 teatros que são: Ideal Cinema, Dramático e Faz que Olha foram listados, porém não foi possível identificar as datas de construção por falta de registros que comprovem. A idéia da autora foi fazer uma relação do contexto urbano no qual a sociedade recifense estava inserida no final do século XIX e início do XX, quando a cidade vivia um crescimento, uma efervescência social, política e intelectual, onde se buscava novas formas e espaços de convivência que sofriam influência de aspectos culturais de países europeus, especialmente a França. E a construção de teatros traria a modernidade desejada à época. “Ir a uma casa de espetáculos era um novo acontecimento social, um evento importante onde às pessoas podiam ver e ser vistas”, destaca Luiza Andrada. Na publicação, a autora identifica as duas categorias de teatros existentes que são os que foram construídos para a finalidade e as salas de espetáculos localizadas dentro de outro edifício, como parte do programa arquitetônico. No entanto, do total de teatros listados no livro, o foco foi dado à categoria dos que possuem edificação própria, contemplando 17, sendo que 13 ainda existem e 4 foram demolidas. São 15 edifícios construídos e 2 localizados ao ar livre, são eles: Apolo, Santa Isabel, Valdemar de Oliveira, Parque, Hermilo Borba Filho, Sítio da Trindade, Joaquim Cardozo, Maurício de Nassau, Luiz Mendonça, Barreto Júnior, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Concha Acústica da UFPE e Arraial, e os demolidos Cineteatro Pathé, Cineteatro Royal, Teatro Polytheama e Cineteatro Moderno. A obra também mostra que a maior parte das casas de espetáculo do Recife localiza-se relativamente próxima e em locais com grande fluxo de pessoas. As construções estão em áreas privilegiadas, perto de lagos, praças e ruas movimentadas. E que a maior concentração de edifícios e salas de teatro está no centro da cidade, enquanto as casas de espetáculos mais recentes estão mais distantes do centro. O projeto do livro, um rico documento de preservação e identidade cultural do Recife, é direcionado a arquitetos, historiadores, engenheiros, gestores e produtores culturais, estudantes, professores, profissionais das artes cênicas e ao público em geral interessado na arquitetura e história dessas edificações. “Pelo levantamento de dados que contêm é uma importante fonte para projetos de restauro e conservação dos equipamentos culturais da cidade. Além de ser uma guarda da memória dos edifícios que já foram demolidos, valorizando o patrimônio material do Estado”, aponta a produtora, Clarisse Fraga. Cada exemplar é acompanhado de um QR code com a versão em pdf acessível do livro. SERVIÇO: Lançamento Livro: Teatro em Cena, de autoria da arquiteta Luiza Andrada

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Projeto Santa Isabel em Cena recebe Orquestra Sinfônica do Recife e Elyanna Caldas

Nesta semana, a erudição tem encontro marcado com novos públicos no Teatro de Santa Isabel. A partir das 9h da terça-feira (20), o Projeto Santa Isabel em Cena recebe mais uma edição dos Concertos para Juventude, realizados mensalmente pela Orquestra Sinfônica do Recife, para formar público para a música erudita. Antes de assistir à apresentação dos músicos, sob o comando do maestro Marlos Nobre, com direito a muita conversa sobre compositores e composições clássicas, os participantes farão um passeio pelo teatro, conhecendo suas instalações e histórias. A programação é gratuita e dedicada aos estudantes. No domingo (25), o Santa Isabel em Cena dedica sua programação ao público da terceira idade. O teatro receberá a pianista Elyanna Caldas, fundadora do curso de Música da Universidade Federal de Pernambuco e presidente, por duas ocasiões, do Conservatório Pernambucano de Música, para um recital que começará às 17h e custará R$ 10. Informações e agendamentos: (81) 3355-3323.

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Lody e o doce mais doce

“A monocultura da cana-de-açúcar foi a primeira grande ocupação colonial no Brasil”, diz o antropólogo e escritor Raul Lody em Doce Pernambuco. O título será lançado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) no dia 24 de agosto, dentro do projeto Tengo Lengo Tengo, no Museu Cais do Sertão. Antes dos autógrafos, Lody conversa com o escritor Frederico de Oliveira Toscano, autor do título vencedor do Prêmio Jabuti de 2015: À francesa – A Belle Époque do comer e do beber no Recife, editado pela Cepe. O debate intitulado Um papo doce acontecerá a partir das 17h. O 10º título de Lody focado no tema açúcar foi prefaciado por uma das maiores autoridades em antropologia da alimentação, Xavier Medina, presidente da Associação Internacional de Antropologia da Alimentação, sediada em Barcelona. A partir de uma abordagem histórica e etnocultural, em Doce Pernambuco o autor transcorre sobre o que chama de civilização do açúcar, especiaria desejada e rara no início dos caminhos que uniam Ocidente e Oriente. O antropólogo conta que o grama do ingrediente equivalia ao do ouro, de forma que chegava a ser ofertado como presente nobre. Nos 25 capítulos das 251 páginas Lody enumera cada uma dessas delícias do acervo gastronômico de Pernambuco, verdadeiros patrimônios como o alfenim, que o autor considera uma verdadeira expressão em arte popular feita de açúcar. Cita ainda o abacaxi e o caju como frutas telúricas emblemáticas do Brasil: “As frutas tropicais trazem um frescor nativo”, completa. Como num roteiro, o pesquisador traz receitas tradicionais nas páginas do Doce Pernambuco, título que amplia pesquisas e documentações antropológicas situadas nos contextos sociais e culturais. Desse modo, o leitor poderá fazer novas conexões entre as cozinhas orientais e as cozinhas tradicionais de Pernambuco. “O protagonismo do doce e do açúcar da cana sacarina são representações notáveis da identidade alimentar e do acervo gastronômico, que vive no cotidiano, nas casas, nas comidas de rua, nas padarias, e nas festas”, diz. Quem poderia imaginar que a rabanada tem procedência judaica ou que o filhós traduz uma receita muçulmana? “Dá-se ao que se come um sentido ampliado do lugar de feitura e do lugar do consumo”, salienta. A cartola, por exemplo, sobremesa tão pernambucana, nasce da combinação gastronômica da banana, “musa paradisíaca” da Ásia, com o queijo em sua versão de manteiga, culminada pela mistura de canela, que chegou do Ceilão pulverizada juntamente com o açúcar. É assim, de forma quase poética que o autor refere-se ao açúcar e suas combinações. No início das páginas de Doce Pernambuco, que contextualiza historicamente essa cultura, Lody discorre sobre a civilização do açúcar comoação coordenada pelos elementos: histórico, econômico, social, ecológico e cultural, que resultam na formação e no comportamento, identificando o homem brasileiro e, em especial, o homem nordestino. “Para Pernambuco, tudo isso é muito mais notável. A partir da plantation da cana-de-açúcar, não apenas à mesa se vive o açúcar; mas se vive no português que falamos, na arquitetura, nas tradições religiosas, nas festas populares, nos hábitos alimentares, nas escolhas estéticas, entre tantas outras”, explica. De acordo com o pesquisador, para a população do Nordeste há uma construção de imaginários e de maneiras de ver o mundo e de se autorrepresentar que transita pelos engenhos, que expõe desde o melado ou o mel de engenho até o açúcar moreno-mascavo. E com orgulho telúrico diz-se que “o doce de Pernambuco é o doce mais doce”. O AUTOR Raul Lody é antropólogo, museólogo, professor e pesquisador. Especialista em antropologia da alimentação com projetos de pesquisas no Brasil e no exterior, criador do Grupo de Antropologia da Alimentação (Fundação Gilberto Freyre), do Museu da Gastronomia Baiana. Também é um grande estudioso das religiões afro-brasileiras, com inúmeros livros publicados sobre o tema. Açúcar está fortemente presente na obra de Raul Lody, com nove títulos publicados sobre a temática: Caminhos do açúcar, Vocabulário do açúcar, À mesa com Gilberto Freyre, A doçaria tradicional de Pelotas, A cozinha pernambucana em Gilberto Freyre, Do mucambo à casa-grande, Desenhos e pinturas de Gilberto Freyre(Companhia Editora Nacional, 2007), e o mais recente que é o Museu Virtual do Açúcar, além de ter sido o organizador do Dicionário do doceiro brasileiro. Serviço Lançamento do livro Doce Pernambuco Data: 24 de agosto Horário: 17h às 19h Local: Museu Cais do Sertão Endereço: Avenida Alfredo Lisboa, s/n, Recife Antigo Preço do livro: R$ 40,00 (impresso) e R$ 12,00 (e-book)

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