Arquivos Pernambuco - Página 89 De 106 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Trocando em Miúdos a caminho da Terra do Tio Sam

Um passatempo que se transformou em empreendimento. Foi assim que as designers Amanda Braga e Juliane Miranda criaram, há 12 anos, a empresa de acessórios femininos Trocando em Miúdos. Com um singular investimento inicial de R$ 60, as sócias conquistaram, ao longo do tempo, um público feminino no Recife com seus brincos, colares e anéis de design exclusivo. Agora elas se preparam para ir além das fronteiras do mercado pernambucano. O caminho será aberto com o e-commerce e com a ousada estratégia de abrir um ponto de vendas nos Estados Unidos. A venda dos primeiros produtos em solo norte-americano será realizada por meio de parceria com uma boutique localizada em Miami, no estado da Flórida. A decisão pela cidade resultou de uma pesquisa de mercado que apontou a presença de um público bastante latino residente no local, mais característico às peças da marca. “O material colhido na pesquisa foi muito rico e importante para que escolhêssemos quais os principais produtos para testar, de fato, num primeiro momento de venda”, explica Amanda Braga. “A Women’s Business Marker, juntamente com a influencer Paty Magalhães (@chefpaty), também foram responsáveis por fazer a ponte entre a Trocando em Miúdos e a Earthy Chic Boutique, loja das sócias Eileen Carrion e Priscilla Reyes, localizada no Design District de Miami, que nos receberá para a primeira venda especial da marca nos EUA”, detalha a empresária. Foi também de olho em outros mercados que as empresárias investiram em um novo site com tecnologia para facilitar a venda por essa plataforma. “Com esse investimento, até o final de 2018, projetamos que o comércio online represente entre 15 e 18% do nosso volume, trazendo a reboque uma maior presença geográfica da marca não só no Brasil, mas em outros países”, aponta Amanda Braga. Uma projeção do negócio é levar a sede para São Paulo, o que irá viabilizar a compra de matéria-prima e o trabalho das vendas online. “Lá os contatos e o networking seriam valiosos pra gente, além de suprir a nossa necessidade do e-commerce e de venda nos Estados Unidos”, revela Juliane. A cidade tem papel ativo não só na profissionalização da empresa – com fornecedores e participação em eventos e feiras – como também no amadurecimento da marca como fonte de inspiração e inovação dos materiais. Com a expectativa de expansão das vendas, as jovens empresárias também investiram R$ 65 mil numa máquina a laser para corte das peças de acrílico, deixando a produção mais ágil e com menos etapas: “a rapidez e facilidade de prototipar a peça, de repor a mercadoria, são muito maiores. Isso deu uma super ajuda no faturamento da gente. O tempo do produto, da reposição e o da encomenda agora é muito mais curto”, compara Juliane. Reformar a principal loja da marca, localizada no bairro do Espinheiro, no Recife, foi outro investimento realizado. “É a nossa menina dos olhos. O fluxo lá é muito grande, e chega a ser 50% das vendas de toda a empresa. Ela estava há cinco anos com a mesma cara. A reforma foi boa pra renovar os ares, as energias”, explica Amanda. O cuidado com atendimento às clientes foi outra forma do empreendimento se destacar. Flores e brigadeiros, além do compartilhamento de informações da empresa com o seu público, por meio de um Clube do Livro e das “Sextas do Afeto”, ajudaram a consolidar uma clientela, que vai desde mulheres de 25 anos até senhoras na casa dos 70. “Acreditamos que dividir conhecimento é uma forma incrível de fazer algo diferente. As Sextas do Afeto são momentos em que preparamos as lojas para receber as clientes, e ressignificar nosso relacionamento com elas”, explica Juliane. Em encontros mensais aos sábados, os participantes do clube elegem um livro para o debate daquela edição e divulgam o evento nas redes sociais. Tantas inovações e investimentos projetam para a empresa um crescimento de 13% em relação ao faturamento de 2017. Nada mal para uma marca que teve início como um passatempo entre amigas. “A Trocando não começou como empresa. A gente não visava lucro. Já tínhamos uns materiais em casa e com R$ 60 compramos outros e fomos reinvestindo. Fizemos colares de botão e eles foram ganhando a cidade”, conta Juliane. Ela acredita que o diferencial da marca são as ideias de criação das peças, advindas da bagagem cultural das sócias, que pesquisam sobre temas como música, literatura, artes visuais e sociologia. “A gente se apaixonou por Tarsila do Amaral, aí montamos uma coleção. Ela é resultado desse afeto, dessa admiração inspirada na artista”. O mesmo aconteceu com Almodóvar, Clarice Lispector, entre muitos outros que inspiraram as designers. *Por Laís Arcanjo, da Revista Algomais (redacao@algomais.com)

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A era dos bebês sedentários

Se por um lado a tecnologia trouxe novas e até pouco tempo inimagináveis perspectivas para a medicina, por outro, suas facilidades também estimulam o sedentarismo. Uma situação que nos deixa mais vulneráveis às doenças crônicas, diminuindo nossa qualidade de vida e longevidade. Longas horas diante das telinhas nos fazem esquecer o passar do tempo e a necessidade de manter o corpo em atividade física. Nem mesmo as crianças pequenas escapam dessa sedução causada por dispositivos eletrônicos. E hoje já se fala até em bebês sedentários. “Essa denominação tem sido aplicada em bebês que gastam horas por dia frente a aparelhos com tela, em especial tablets e celulares, ou ficam períodos longos acordados em cadeiras tipo bebê-conforto”, conceitua João Guilherme Alves, diretor de ensino e pesquisa do Imip, um dos palestrantes do CAM FPS. A Sociedade Canadense de Pediatria, segundo o médico, recomenda que crianças abaixo dos 2 anos não utilizem esses dispositivos e permaneçam menos de uma hora em berço ou cadeiras enquanto acordadas. Para as que têm entre 2 a 4 anos, a orientação é de uma hora de tela por dia. “Quando não estão dormindo, elas devem ter menos de uma hora, em berço ou cadeira”, adverte o médico. O Imip também realizou uma pesquisa recente, na qual 84% dos bebês estudados apresentavam um comportamento sedentário, ou seja, tinham várias horas de tela, mesmo ainda sem completar o segundo ano de vida. Esse percentual foi mais alto do que o encontrado no Canadá (68%). Nesse mesmo estudo, observou-se que o primeiro contato da criança com a tela ocorria muito cedo, por volta dos cinco meses de idade. “Também foi observado que quanto mais horas as mães gastavam frente à TV, mais tempo seus filhos eram expostos à tela. Isso parece demonstrar claramente que os hábitos dos pais passam para os filhos”, conclui João Guilherme. Para as crianças maiores, as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) são de que a prática de exercícios na infância seja realizada, no mínimo, uma hora por dia, com intensidade moderada a vigorosa para fortalecimento muscular e ósseo. Deve ser em sua maior parte aeróbica, mas também inclui atividades de força ou anaeróbicas. Exercícios musculares para crianças e adolescentes, segundo a OMS, melhora aptidão física e composição corporal, incluindo aumento da massa óssea-muscular e redução da gordura. “Mas devem ser feitos após avaliação médica, com prática supervisionada por profissional habilitado e exercícios progressivos”, recomenda João Guilherme. Uma boa maneira de estimular a malhação entre os pequenos é a educação física. “Estudos comprovam que se trata de uma importante intervenção para prevenir as doenças crônicas degenerativas que têm início na infância”, ressalta o diretor do Imip. Apesar dessa importância, João Guilherme afirma que essas aulas são negligenciadas. “Em colégio públicos do Recife, menos da metade dos alunos (44,7%) são assíduos, isto é, frequentam ao menos 80% das aulas. Esse percentual nas escolas privadas é mais elevado, 86%”, revela. Os pais também devem ficar atentos para investir em programas de atividade física extraescolar, que podem incluir até academias de ginástica para crianças. Pois é, elas não são feitas só pra gente grande. Mas devem oferecer segurança e orientação de profissionais habilitados. Sair das quatro paredes e fazer passeios com a garotada em áreas verdes e parques infantis é outra dica importante. “Estudos recentes têm evidenciado que quanto maior a área verde de uma cidade e o número de parques, menor é o surgimento de várias doenças em seus habitantes”, justifica João Guilherme. *Por Cláudia Santos, editora da Revista Algomais (claudia@algomais.com)

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Estreia Clube de Leitura Cepe Editora

Facilitar e baratear o acesso ao livro, ampliando as fronteiras do hábito de ler. Essa é a principal finalidade do Clube de Leitura Cepe Editora. “A iniciativa reflete uma política de valorização dos produtos editoriais da Cepe Editora. Somente este ano lançaremos 82 livros”, declara o presidente da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), Ricardo Leitão. O clube oferece descontos especiais, tanto nos livros como nas publicações mensais (Revista Continente e Suplemento Pernambuco), além de promoções exclusivas. A ideia vem também como uma maneira de contemplar os usuários do e-commerce da Cepe, que crescem significativamente. Atualmente, são 1.500 usuários cadastrados, que automaticamente migrarão para o Clube de Leitura. De 2016 para 2017, as vendas na plataforma digital cresceram 137%. E o primeiro semestre deste ano já fechou com crescimento de 20% em relação ao semestre passado. A meta é duplicar esse número até agosto de 2019. Os descontos são de 15% para os livros, sem diferenciar títulos de catálogo e lançamentos. Já para a assinatura da Continente e jornal literário Pernambuco, o desconto chega a 30%. O participante do clube também ganha três meses de assinatura da versão digital da Continente, disponível para tablets e celulares. Basta se inscrever no site www.cepe.com.br/lojacepe. Fazer parte do clube e de suas vantagens especiais é totalmente gratuito. Atualmente, a Cepe Editora, que completa dez anos em 2018, conta com 351 títulos disponíveis em seu catálogo, entre livros e revistas.

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Pesquisa E&E aponta que a interiorização do crescimento econômico e a segurança cidadã são temas estratégicos para o futuro do Estado

Diante de uma concentração histórica de investimentos na capital, o desenvolvimento do interior é um dos assuntos estratégicos para os próximos anos, de acordo com o corpo técnico da pesquisa Empresas & Empresários. O estudo, que é realizado pela TGI e pelo INTG e patrocinado pelo Governo de Pernambuco, destacou ainda que o avanço da segurança, numa perspectiva cidadã, frente à crescente onda de violência urbana que atingiu todo o País, é outro tema a ser tratado como prioridade. Na avaliação de Ecio Costa, economista e sócio da CEDES, o planejamento que prioriza o desenvolvimento no interior traz uma série de vantagens para o Estado. Ele aponta que a geração de renda e empregos fora da região metropolitana contribuem para a manutenção da população na Zona da Mata, Agreste e Sertão. Isso evita o maior adensamento da capital e reduz os problemas socioeconômicos promovidos pelo inchaço populacional. “O aumento da aglomeração urbana pode fazer com que o custo de vida aumente muito e, em decorrência disso, haja uma demanda por salários mais altos. Isso leva as indústrias a perderem competitividade. Ao aproveitar todos os potenciais do território e a mão de obra do interior, o efeito é contrário. Aumenta a competitividade industrial”, aponta Ecio Costa. Direcionar investimentos para o interior, no entanto, exige infraestrutura de logística e fornecimento de eletricidade, água e internet. De acordo com o economista Pedro Neves de Holanda, a diversidade e a dinâmica da economia do interior são fundamentais para o futuro de Pernambuco. “Qualquer projeto de desenvolvimento do Estado deve incluir os polos econômico e todas atividades geradas no interior. Do setor agropecuário, de confecção, gesseiro, tecnológico, turístico, entre outras atividades”. Ele aponta como parâmetro o case do Estado de São Paulo no século passado. “O transbordamento da dinâmica econômica para o interior aconteceu com a chegada de parques industriais, centros de pesquisa e tecnologia e investimentos no geral. Neste sentido, deve-se considerar os potenciais vocacionais já existentes nos diversos polos. Os efeitos imediatos seriam a elevação de número de empregos e renda. E no decorrer do tempo, com a sustentabilidade dessas atividades, a tendência é de melhorias sociais”, avalia Neves. SEGURANÇA Um dos fatores que impactam o desenvolvimento do interior é a insegurança. Um problema que, a partir das experiências internacionais bem-sucedidas de combate à violência, deve ser enfrentado dentro dos princípios da segurança cidadã. “Nos últimos 30 anos, no Brasil, a questão da violência urbana foi tão somente enfrentada por meio da repressão policial. É um modelo fracassado. As boas experiências internacionais mostram ser preciso conciliar a repressão qualificada com políticas de prevenção à violência. Segurança cidadã significa prevenção. É garantir o direito a uma cidade mais justa e equitativa”, defende Murilo Cavalcanti, secretário de Segurança Urbana do Recife. Ele aponta que o caminho para alcançar esse patamar passa por estimular o convívio pacífico nos territórios e difundir a cultura de paz e não violência. Além disso, deve-se orientar a população acerca das normas de convivência urbana. Murilo destaca que a violência está migrando para o interior do País. “Hoje cidades que não tinham nenhum histórico de violência estão amargando índices muito altos. Tudo isso é resultado da falta de perspectiva para a juventude aliada ao acesso fácil a álcool, drogas e armas de fogo, além da 'cultura de morte' muito presente no Nordeste brasileiro. A educação aliada a espaços de convivência cidadã é um bom caminho para se reverter essa escalada da violência”. O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antônio de Pádua, afirma que há um esforço também em aproximar a polícia e a sociedade. “Buscamos investir não apenas na repressão e investigação policial, mas também na prevenção, orientação e cidadania”. Ele destacou o projeto Comunidade Segura, que está promovendo orientações odontológicas, emissão gratuita de documentos, palestras educativas, entre outras ações. “Ainda do ponto de vista da prevenção, a PM está implementando em alguns bairros do Recife e Caruaru, um sistema de policiamento baseado na polícia comunitária do Japão, referência mundial nesse tipo de trabalho. Firmamos um termo de cooperação que trouxe um modelo focado na integração entre polícia e comunidade, que tem dado muito resultado na prevenção à violência”, explica. Na próxima edição, teremos uma reportagem com os principais candidatos ao governo de Pernambuco sobre os temas apontados como estratégicos pela E&E.

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Brasileiros avaliam desempenho geral de suas cidades. Recife fica com nota média 5,9

Diariamente, milhares de brasileiros se deparam com questões importantes em sua rotina, como falta de lazer, saúde, educação, entre outros pontos que poderiam ser melhoradas em suas cidades e, consequentemente, impactando diretamente na qualidade de vida da população. Um estudo exclusivo realizado pelo Viva Real, empresa do Grupo ZAP, mostrou a avaliação dos brasileiros sobre o desempenho geral de suas cidades, a nota média ficou em 6,0. O estudo “Mapa da Qualidade de Vida 2018 - Viva Real”, entrevistou moradores de 12 capitais do país para decifrar diversos tópicos relacionados ao tema. Ao todo, as capitais representam 28% do PIB brasileiro. Ao questionar sobre a satisfação geral quanto a cidade onde residem, numa escala de 0 a 10, sendo 0 péssimo e 10 excelente, o levantamento mostrou que as melhores médias são de Curitiba e Florianópolis, ambas com 7,5. Já o Rio de Janeiro ficou com a menor média, 4,7. As demais cidades ficaram com as seguintes notas: Brasília (7,1), Belo Horizonte (6,9), Goiânia (6,7), Salvador (6,3), Fortaleza (6,2), São Paulo (6,2), Recife (5,9) e Porto Alegre (5,5). Os entrevistados indicaram que os pontos mais críticos relacionados às cidades são emprego e saúde pública. Isso contempla tanto o tempo para agendamento de consultas e exames quanto a qualidade do atendimento e das instalações. Quanto à educação, ensino superior foi bem avaliado, mas creches e berçários precisam de melhorias. O estudo também focou na avaliação sobre a vizinhança (bairro) de cada entrevistado. A avaliação geral desse quesito foi positiva e superior a da cidade, 72% dos respondentes citaram notas de 7 a 10 e a média foi 6,5. Já Brasília (7,2), Curitiba (7,1), Porto Alegre (7,1) e Florianópolis (7,0), foram as cidades mais satisfeitas. As que tiveram a menor taxa de satisfação foram: Rio de Janeiro (6,2), São Paulo (6,4), Salvador (6,5), Fortaleza (6,5), Goiânia (6,5), Recife (6,7) e Belo Horizonte (6,7). Foi comum entre as capitais a satisfação quando a própria habitação e da vizinhança, assim como saneamento básico, comércio e serviços. Entretanto, diversos pontos podem ser melhorados para elevar a qualidade de vida da população. No trânsito, fluidez e segurança foram os piores avaliados. Ligado a isso, a mobilidade pode ser melhorada sob a ótica de presentes, pavimentação, qualidade calçadas e acessibilidade. Além disso, o nível de poluição sonora também preocupa já que 68% indicaram nota de 0 a 6. Outro ponto que também preocupa a população, de acordo com os dados, é a falta de ação para despoluição e prevenção de rios, lagos e represas. Neste caso, a nota média foi apenas 3,2. Rio de Janeiro tem pior oferta de emprego A pesquisa também questionou os entrevistados sobre a avaliação do emprego nas cidades. De forma geral, os brasileiros avaliaram os empregos nas cidades em 4,3. O Rio de Janeiro teve a pior média com 3,7%, seguido de Porto Alegre (4,4), Belo Horizonte (4,8) e São Paulo (5,1). Para jovens com até 24 anos, o Rio de Janeiro permanece com a pior média (3,9), seguido de Belo Horizonte (4,6), Porto Alegre (4,8) e São Paulo (5,2). Para idosos, o cenário mostra-se pior, com o Rio de Janeiro (2,1) sendo o que obteve a menor nota, em seguida Porto Alegre (2,5), São Paulo (2,8) e Belo Horizonte (2,8). Os números mostram uma insatisfação por parte dos moradores em suas cidades, com notas que pouco se aproximam do 10. A pesquisa foi realizada com 3.990 respondentes nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

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Em tempos de desemprego, pernambucanos buscam alternativas

As altas taxas de desemprego em Pernambuco e no Brasil não são apenas uma fotografia momentânea. Na avaliação dos especialistas, o cenário da desocupação está mais para um filme que tem como protagonista o desmonte recente da economia brasileira. Um roteiro que não foi revertido com as mudanças nas leis trabalhistas e que começa a ser afetado também por uma revolução tecnológica, que promete atingir uma parcela maior de trabalhadores. Até então apenas o “chão de fábrica” teve suas funções substituídas por robôs, mas a perspectiva para um futuro próximo é que a inteligência artificial substitua também cargos nos escritórios. Para enfrentar a escassez de postos de trabalho e ter expectativas melhores, muitos profissionais investem em outros caminhos para geração de renda, como o empreendedorismo e o cooperativismo. A prestação de serviços com apoio de aplicativos, como o modelo do Uber, e a aposta no setor de franquias também são alternativas em crescimento no Estado. “No País a crise bateu na porta no último trimestre de 2014. O cenário do emprego em 2015 foi negativo. Tivemos o pior ano de nossas vidas em 2016. Em 2017, parou de piorar, numa estabilidade perto do fundo do poço, da qual ainda não saímos”, afirma Lúcia Garcia, coordenadora de pesquisa do mercado de trabalho do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Ela avalia que em 2018, a conjuntura que vivemos guarda semelhanças numéricas ao epicentro da crise de 2008, quando ocorreu o estouro da bolha especulativa nos Estados Unidos. “De lá para cá, o capitalismo não dá respostas efetivas para crise global”. A especialista afirma que a crise do emprego no Brasil foi impulsionada por dois fatores da economia brasileira que afetaram diretamente Pernambuco: a paralisia do setor de petróleo e gás e das grandes obras financiadas pelo Governo Federal. A Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE aponta que no Estado a taxa de desemprego no último trimestre de 2014 era de 8,3%. No último trimestre de 2017, o percentual subiu para 17,9%. O fechamento de postos de trabalho só no primeiro semestre deste ano foi de 10 mil vagas, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. Como Pernambuco passava há anos por uma onda crescente de investimentos industriais e de infraestrutura, a queda foi sentida de forma mais intensa. Jovens como Marcelly Arcanjo, 23 anos, que se preparava para ocupar uma vaga no polo naval, foi surpreendida com o encolhimento do setor. Tecnóloga em construção naval e com curso técnico em automação industrial, ela não conseguiu emprego. “Quando comecei os cursos havia uma grande oferta de oportunidades na área. Ao concluir era zero o número de vagas”, lamenta. Em reação à crise do setor recém-nascido em Pernambuco, Marcelly migrou de área. Voltou aos estudos e está em formação como técnica em eletrônica. “Troquei de foco para ter maior aceitabilidade no mercado de trabalho. Estou fazendo também iniciação científica, em um projeto de inovação para melhorar a mobilidade urbana. Isso me abre oportunidades tanto para o empreendedorismo como para a carreira acadêmica”, relata. Seguir para o mestrado na área de transportes está nos planos da estudante. Após ter sido demitido de um emprego de vendedor no comércio do Centro do Recife, Raul Teixeira, 23 anos, começou a trabalhar como motorista de Uber. “A crise me prejudicou bastante. Minha esposa estava grávida também. Tive que trabalhar de alguma forma. Decidi arriscar no Uber e não me arrependo”. Apesar de satisfeito com o novo ofício, que lhe remunera melhor que o comércio e proporciona flexibilidade dos horários, ele afirma não estar acomodado. Após iniciar e trancar cursos na área de logística e segurança do trabalho, formações em alta com a retomada industrial anterior à crise, ele está dividido entre fazer graduação em direito e tentar uma carreira pública ou montar seu próprio negócio. “Trabalhar como Uber abriu muito a minha visão. Hoje estou trabalhando para mim. Nunca pensei nisso antes. Minha ideia era sempre buscar emprego. Mas depois dessa experiência, vi que posso investir em algo e conseguir ganhos maiores que ser empregado”, revê Teixeira. Para sobreviver a esse cenário, a criatividade do brasileiro está sendo posta à prova. Um terreno fértil para o chamado “empreendedorismo por necessidade”. De acordo com o consultor do Sebrae, Vitor Abreu, esse fenômeno é caracterizado quando uma pessoa monta um negócio movida pela urgência. “É um tipo de empreendedor que aumenta em tempos de desemprego, quando as pessoas têm dificuldade de retornar ao mercado de trabalho e precisam voltar a gerar renda. Não necessariamente pela identificação de uma boa oportunidade”, explica. A pressa em voltar a ter remuneração, inclusive, faz com que esses empreendedores queimem algumas fases importantes da estruturação de uma pequena empresa. O que aumenta o risco de mortalidade do negócio, de acordo com o especialista. “Trabalhamos muito para evitar que na necessidade as pessoas não pulem etapas do planejamento. Isso faz com que comecem de fato a buscar mais a identificação de uma oportunidade”, afirma. Um dos caminhos acessados pelos empreendedores é a busca pelo setor de franchising. Andrea Fonseca era trainee na área administrativa de uma grande construtora nacional quando os cortes de pessoal a alcançaram. Enquanto ainda estava no emprego, ela visitou uma feira de franquias onde conheceu a marca que seria a sua aposta. Investiu numa unidade da Mister Mix em Camaragibe. Com bons resultados, assumiu uma outra loja em Jaboatão dos Guararapes e, recentemente, uma terceira no Shopping Camará. O conhecimento em administração e gestão aprendido na faculdade e na experiência profissional foi importante para consolidar a iniciativa. “Sempre pensei em montar um negócio. A demissão foi importante para essa passagem. Aproveitei a oportunidade e sempre tive resultado. Não foi fácil passar pelos piores dias da crise, mas aprendi bastante. Virei praticamente uma funcionária, fazendo parte do quadro. Mas estou bastante satisfeita”, conta a empresária. Hoje ela já recebe mais do que no antigo emprego e comemora o fato denão ter que viajar tanto como na

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Enel Green Power promove sessões de cinema ao ar livre no interior de Pernambuco

Projeto CineSolar, que utiliza energia solar como fonte de energia nas projeções, faz parte das iniciativas de Responsabilidade Social da companhia Iniciativa foi criada para oferecer atividades diferenciadas para trabalhadores e comunidades próximas aos parques da empresa nas regiões A Enel Green Power promove, nos dias 9 e 10 de agosto, o CineSolar, projeto itinerante de cinema ao ar livre que utiliza energia solar como fonte de energia. As exibições serão realizadas próximas a usina de Fontes, no município de Tacaratu, na região do Médio São Francisco. Serão promovidas sessões de cinema gratuitas, entre longas e curtas metragens, além de oficinas e uma exposição, unindo arte, cinema e sustentabilidade. O projeto prevê, ainda, a realização de atividades culturais e de educação ambiental em escolas e comunidades locais, abordando aspectos econômicos, sociais, ecológicos, éticos e estimulando a consciência ambiental, em especial, frente aos desafios específicos de cada região. “O CineSolar nos permite compartilhar atitudes em prol da preservação ambiental, já realizadas em nossos empreendimentos, para as comunidades vizinhas, que muitas vezes estão localizadas em áreas remotas. Pouco a pouco a nossa presença é percebida como um agregador de valor na região", destaca Márcia Massoti, Diretora de Sustentabilidade da Enel Brasil. Além da exibição dos filmes, serão realizadas oficinas de estímulo à construção de fornos solares, que reduzem o consumo de gás e de lenhas. O projeto também oferecerá oficinas audiovisuais nas comunidades, abordando temas da permacultura (criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos), bioconstrução e os objetivos do desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidadas (ONU). A iniciativa é realizada em parceria com a Brazucah Produções que, acreditando no potencial brasileiro de geração de energias renováveis, tem o objetivo democratizar o acesso à cultura com ações como o Cine Solar. “Além de possibilitar o acesso à produção audiovisual nacional, queremos trabalhar com ações sustentáveis que multipliquem a conscientização ambiental e mostrem a força que a energia solar tem no país”, comenta Cynthia Alario, diretora da produtora.   Sobre o CineSolar É o primeiro cinema itinerante do Brasil que utiliza energia limpa e renovável – a solar – para funcionar.  Além da projeção de filmes, o projeto promove arte e sustentabilidade por meio de oficinas e atividades artísticas e lúdicas. A iniciativa conta com um furgão equipado com um sistema de captação de energia solar, capaz de gerar a própria energia para alimentar toda sua estrutura de funcionamento. Desde o início das atividades, em 2013, o Cinesolar, em seus diversos circuitos, realizou cerca de 670 sessões com a exibição de mais de 50 longas e 100 curtas-metragens com a temática socioambiental em 260 cidades. A iniciativa percorreu mais de 70 mil km pelo país e ofereceu cerca de 180 oficinemas, com 5,5 mil participantes, aproximadamente. Nesse período, foram economizados mais de 1.777,6 kW de energia elétrica, o que equivale a cerca de 5,1 mil horas de uma geladeira ligada sem interrupções.   Sobre a Enel Green Power A Enel Green Power, divisão de Energias Renováveis do Grupo Enel, dedica-se ao desenvolvimento e operação de energias renováveis em todo mundo, com presença na Europa, Américas, Ásia, África e Oceania. A Enel Green Power é um líder global no setor de energia verde, com uma capacidade gerenciada de cerca de 40 GW através de um mix de geração que inclui energia eólica, solar, geotérmica, biomassa e hidroelétrica, e está na vanguarda da integração de tecnologias inovadoras, nas plantas renováveis de energias.   Sobre a Brazucah A Brazucah é uma produtora cultural e uma agência de comunicação que tem como objetivo a formação de público para o cinema brasileiro. Desde 2002 no mercado, a Brazucah desenvolve projetos culturais com foco no cinema nacional e sua democratização, em parceria com organizações, empresas e marcas.  Em seus projetos Cinesolar, Cinesolarzinho, Cine Autorama e CineB, em conjunto, a Brazucah realizou mais de 1.500 eventos para um público superior a 200 mil espectadores.   Programação: Petrolândia - PE  Data: 10 de agosto – sexta-feira Sessão Cinesolar Horário: às 19h Endereço: Em frente à Escola Estadual Lagoinha, Comunidade Lagoinha Oficinema e Oficina Forno Solar Horário: 14h30 às 17h Endereço: Escola Estadual Lagoinha, Comunidade Lagoinha

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17º Congresso Brasileiro de Gastropediatria será realizado pela primeira vez em Pernambuco

Já está tudo pronto para o 17º Congresso Brasileiro de Gastropediatria - Gastroped, a ser realizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em conjunto com a Sociedade de Pediatria de Pernambuco (Sopepe). Sob o tema Construindo Pontes Entre a Ciência e o Cuidado, o evento acontecerá de 29 de agosto a 1º de setembro, no Hotel Armação, na praia Porto de Galinhas, município de Ipojuca, Região Metropolitana do Recife. Pela primeira vez no Estado, o Gastroped deverá receber cerca de 1.500 congressistas, entre gastropediatras, pediatras, nutricionistas e estudantes da área de saúde, que desfrutarão de uma estrutura especial nos quatro dias do evento. Serão três salas simultâneas, duas de gastroenterologia pediátrica e uma de hepatologia pediátrica, permitindo que os participantes vivenciem uma imersão em diversos temas relacionados à saúde infantil. A programação se inicia com um pré-congresso, no qual serão ministrados cursos com temas que vão da imersão em alergia à proteína da vaca (ALPV), coordenado pelo médico Emanuel Sarinho, presidente do Departamento de Alergologia da SBP, e pela gastropediatra Kátia Brandt, ao suporte nutricional e gastropediátrico no prematuro, coordenado pela nutróloga Graça Moura, membro da comissão organizadora do Gastroped em Pernambuco. Presidente do congresso e vice-presidente da Sopepe, Kátia Brandt presidirá a conferência inaugural Enteropatia Ambiental: Ontem e Hoje, ministrada pela professora Gisélia Alves, que inicia a programação da quinta-feira (30). Ela explica que a conversa abordará o agravo repetido ao intestino decorrente de um ambiente contaminado por micro-organismos. “Esse tipo de contaminação acontece principalmente através da água, em ambientes de pior condição socioeconômica, carentes de água de boa qualidade e acesso ao saneamento básico”, detalha Kátia. “As crianças expostas a esses fatores sofrem um aumento da população bacteriana intestinal, o que causa inúmeros transtornos, como a má absorção de nutrientes provenientes dos alimentos e repetidos episódios de diarreia”, completa. As descobertas mais recentes sobre o assunto, segundo Kátia Brandt, são as consequências em longo prazo de tal contaminação, como o favorecimento à desnutrição da criança, à redução do crescimento, o maior risco de baixa estatura e um menor desempenho intelectual, comprometendo as pessoas por toda vida. A gastropediatra também ministrará aula sobre a doença do refluxo na criança com paralisia cerebral, detalhando as complicações resultantes de um sofrimento precoce do cérebro, geralmente em bebês com falta de oxigenação durante o nascimento, e as medidas particulares para tratar esse grupo de crianças. As inscrições para o 17º Gastroped estão abertas e devem ser feitas através do site www.gastroped2018.com.br, onde também é possível conferir a programação completa do congresso.   Serviço 17º Congresso Brasileiro de Gastropediatria - Gastroped Quando: 29 de agosto a 1º de setembro Onde: Hotel Armação, Porto de Galinhas, Ipojuca - Pernambuco Inscrições: www.gastroped2018.com.br/inscricoes Mais informações: www.gastroped2018.com.br  

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Prêmio Pernambuco de Propaganda abre inscrições para edição 2018

Estão abertas as inscrições para a nona edição do Prêmio Pernambuco de Propaganda (PPP-2018), a mais importante premiação da região voltada para o mercado publicitário. O evento é uma iniciativa do Sindicato das Agências de Propaganda de Pernambuco (Sinapro-PE), presidido pelo publicitário Daniel Queiroz, com apoio da Associação Brasileira das Agências de Publicidade – Abap-PE. As inscrições deverão ser feitas presencialmente até o dia 20 de agosto na sede do Sinapro-PE, no bairro da Madalena, no Recife. Poderão concorrer anúncios criados em agências pernambucanas filiadas ao Sinapro e ao Abap, veiculados em qualquer cidade do Brasil no período de 1º de julho de 2017 a 30 de junho de 2018. O regulamento completo está disponível no site do PPP 2018: www.pppe.com.br. Nesta edição, o PPP terá uma nova categoria: “Design”, que avaliará as melhores peças de Identidade Visual, Editorial, Pôster/Cartaz e Design de rótulos e embalagens. Os participantes também poderão inscrever seus trabalhos nos seguintes meios, categorias e plataformas: - TV e Cinema (comercial de qualquer duração nas categorias Produtos, Serviços, Varejo, Institucional e Comunitário e Educação Pública); - Jornais e Revistas (Anúncios de qualquer formato – nas categorias Produtos, Serviços, Varejo, Institucional e Comunitário e Educação Pública); - Comerciais de Rádio (Spots ou jingles de qualquer duração nas categorias Produtos, Serviços, Varejo, Institucional e Comunitário e Educação Pública); - Digital (Peças nos formatos Display, Hotsites, Vídeos, Mobile, Apps, Games, Ações em Mídias Digitais e Campanhas Digitais). - Outdoor e Busdoor (Peças nas categorias Produtos, Serviços, Varejo, Institucional e Comunitário e Educação Pública) - Mídia Out-Of-Home (Mídia exterior ou indoor, com exceção de outdoor e busdoor, nas categorias Produtos, Serviços, Varejo, Institucional e Comunitário, Educação Pública e Painel Digital) - Campanhas (Peças nas categorias Produtos, Serviços, Varejo, Institucional e Comunitário, Educação Pública e 360º) - Promoção (Ações nas categorias Peça, Série de Peças, Campanha, Ação, Evento e Campanha Digital). Estudantes universitários também poderão participar da premiação, na categoria Jovens Talentos. Para participar, os universitários deverão criar, em duplas, uma campanha em prol do Instituto HandsFree, organização localizada no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, que trabalha no desenvolvimento, apoio e divulgação de tecnologias que possam ajudar pessoas com deficiências físicas severas. A campanha do PPP 2018 foi criada pela Agência Um, vencedora da categoria Agência do Ano da edição 2017 da premiação. A divulgação traz o mote “Ninguém resiste a uma ideia quentinha saindo do forno”, que associa o método de fabricação de pães ao processo de criação das agências, utilizando frases como “Criatividade é fermento” e “Pão sem glúten vende. Campanha sem ideia é bronca”.

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Espetáculo “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião” será apresentado em Serra Talhada

Há 80 anos o terrível encontro entre militares do Governo Getulista e cangaceiros liderados por Lampião e sua esposa, Maria Bonita, praticamente pôs fim à chamada Era do Cangaço. Essa história é contada em detalhes no espetáculo “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião”. A peça com texto de Anildomá Willans de Souza e direção de José Pimentel será encenada entre os dias 25 e 29 de julho, sempre às 20h, na Estação do Forró (antiga Estação Ferroviária), em Serra Talhada, como parte da programação do “Tributo a Virgolino - A Celebração do Cangaço”, evento promovido pela Fundação Cabras de Lampião para recordar os 80 anos da morte do cangaceiro mais famoso. Numa realização da Fundação Cultural Cabras de Lampião, com patrocínio do FUNCULTURA/Secretaria de Cultura/Governo do Estado de Pernambuco e Prefeitura Municipal de Serra Talhada, além de diversas empresas locais, a montagem, que teve sua estreia em julho de 2012, com absoluto sucesso, deve reunir mais de 50 mil pessoas nesses cinco dias da temporada. A entrada é franca. São 50 atores e 70 figurantes, além de 40 profissionais na equipe técnica e administrativa. No elenco, atores da própria Serra Talhada, mas também do Recife e de Olinda, além da atriz e cantora Roberta Aureliano, que interpreta Maria Bonita e é natural de Maceió (AL) mas passou toda a infância em Serra Talhada. O ator e dançarino Karl Marx, 27 anos, vive o protagonista. Integrante do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, ele comemora 13 anos à frente do mesmo papel, em outras montagens: “a responsabilidade é grande porque se trata de um personagem que mexe com a imaginação das pessoas, que influenciou a cultura popular sertaneja, os valores morais e até o modo de viver do nosso povo”. Para ele, é um orgulho revelar o lado humano de Lampião. “Este trabalho é mais do que um desafio profissional. É quase uma missão de vida, ainda mais quando se trata de Cangaço, tema polêmico que gera divergências, contradições e até preconceitos”, conta. A história “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião” reconta a vida do Rei do Cangaço, Lampião, desde o desentendimento inicial de sua família com o vizinho fazendeiro, Zé Saturnino, ainda em Serra Talhada. Para evitar uma tragédia iminente, seu pai, Zé Ferreira, fugiu com os filhos para Alagoas, mas acabou sendo assassinado por vingança. Revoltados e querendo fazer justiça com as próprias mãos, Virgolino Ferreira da Silva e seus irmãos entregaram-se ao Cangaço, movimento que deixou muito político, coronel e fazendeiro apavorado nas décadas de 1920 e 1930 no Nordeste. Temidos por uns e idolatrados por outros, os cangaceiros serviram como denunciantes das péssimas condições sociais daquela época. A peça conta a história de Lampião no cangaço até o trágico momento de sua morte. É que na madrugada do dia 28 de julho de 1938, na grota de Angico, em Sergipe, onze integrantes do bando de cangaceiros, inclusive os já então famosos líderes Lampião e Maria Bonita, foram mortos e tiveram suas cabeças decepadas pelos militares. O “molho” que rege toda a história da peça é o perfil apresentado deste homem, símbolo do Cangaço, visto por um outro viés, mais humano. “Mostraremos ao público um Lampião apaixonado, que sentia medo e que era afetuoso. Vamos apresentar não somente a sua postura diante da guerra travada contra os coronéis e fazendeiros, contra a polícia e toda a estrutura de poder, mas também a postura de um homem que amava as poesias e sua gente”, revela Anildomá. Ambientada em cima de uma ribanceira de terra batida, durante uma hora e meia, a encenação acontece, contando com uma arrojada trilha sonora - além das vozes gravadas dos intérpretes, inclui obras de Chico Science a Amelinha, além de músicas do cancioneiro popular como Mulher Rendeira e a canção Se Eu Soubesse, na voz da atriz e cantora Roberta Aureliano, intérprete da Maria Bonita. A iluminação é detalhista e há efeitos especiais que são assinados, assim como os cenários, pelo mago da cenografia pernambucana Octávio Catanho (Tibi), parceiro de José Pimentel em todos os seus outros trabalhos.   Mais informações: MUSEU DO CANGAÇO / FUNDAÇÃO CULTURAL CABRAS DE LAMPIÃO CLEONICE MARIA / ANILDOMÁ WILLANS DE SOUZA / KARL MARX (87) 3831 3860/(87) 99938 6035/(87) 99918 5533/(87) 99615 3656 E-mail: cabrasdelampiao@gmail.com  

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