Arquivos Prevenção - Página 2 De 8 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Cuidados com a alimentação no carnaval

Comer na rua, delivery de fast foods e bebida alcoólica é a cara do carnaval pra muita gente. Mas, para a alegria durar além dos dias de festa, os foliões precisam ter cuidados especiais com a alimentação. De acordo com a coordenadora e professora do núcleo de pós-graduação em nutrição da Faculdade IDE Joyce Moraes é bom evitar sair para farra em jejum. “O desjejum deve ser caprichado, pois é a refeição mais importante no período e irá garantir energia suficiente para se pular até o horário da próxima, já que dificilmente terá hora certa para ocorrer”. A sugestão da nutricionista é colocar uma fonte de proteína, como ovos, carnes ou frango, adicionando uma raiz, a exemplo do inhame, macaxeira e babata doce. “Nessa refeição, não pode exagerar na fritura, pois o folião pode ficar enjoado na hora da folia. Frutas fontes de potássio, como banana e abacate, também são boas opções para o café da manhã, que vão evitar cãibras e garantem o um bom funcionamento do sistema muscular”, explica. Outra sugestão é incluir os cereais integrais na dieta, como a granola, a aveia e os farelos, pois são uma ótima fonte de energia e retardarem a sensação de fome por mais tempo. Ao cair no passo, o folião também acaba caindo em tentação com a grandes ofertas de comidas nas ladeiras e avenidas. O primeiro ponto é beber bastante água e água de coco, sendo recomendado de dois a três litros por dia para evitar desidratação, principalmente se estiver consumindo bebidas alcoólicas, que também vai evitar ressacas. “E as bebidas devem estar bem geladas para não causarem náuseas”, sugere a docente da Faculdade IDE. Cuidados ao comer na rua Já o coordenador e professor da pós-graduação em controle de qualidade dos alimentos da Faculdade IDE, Fábio Portella, alerta também para a origem dos alimentos folia, visto que a maioria das pessoas acaba comendo na rua. “O folião deve ficar atento ao tipo de comida e como ela está acondicionada. Mariscos, frutos do mar, alimentos muito manipulados, como pastelões, tortas, maionese, molhos e cremes, devem ser evitados, pois exigem rigorosos controle de qualidade, que muitas vezes não possui logística adequada no meio do carnaval”. Entre as dicas, preferir alimentos lacrados e evitar amendoim cozido, pelo risco potencial de contaminação por aflatoxinas, toxina fúngica. “Em caso de dúvida, solicitar o certificado emitido pela Vigilância Sanitária Municipal/Estadual. Este certificado deve ficar visível, mas caso não esteja, o consumidor pode solicitar”, orienta Fábio. Sobre os produtos que, geralmente, ficam expostos nas barraquinhas, o professor conta que há riscos de contaminação, mesmo se aquecidos. “O problema da chapa com carne e macaxeira, por exemplo, é saber como eles foram acondicionados antes do preparo e nas condições higiênicas da própria chapa. Além disso, a macaxeira, devido ao alto teor de carboidratos, pode fermentar, caso sofra contaminação bacteriana, e a carne, devido ao elevado teor de nutrientes, é um alimento de extrema perecibilidade. Logo, caso esses alimentos já estejam estragados ou contaminados, o preparo, mesmo com o calor da chapa, não vai garantir a segurança do alimento”, finaliza professor de controle de qualidade dos alimentos da Faculdade IDE. Exagerou? Confira as dicas para o dia seguinte E pra quem exagerou na festa, a sugestão da professora de pós-graduação em nutrição da Faculdade IDE Joyce Moraes é tomar gengibre em pó pela manhã, que pode ser misturado no suco, café ou água, garantindo o bom funcionamento do estômago e do fígado. “Já chás como boldo, alcachofra, hibisco, alecrim e dente-de-leão podem auxiliar nos sintomas da ressaca. Deve-se ingerir uma xícara de manhã e outra ao chegar da folia e outra antes de dormir, sem adoçar”, detalha Joyce. Segundo a nutricionista, uma boa receita para preparar o fígado para a folia é bater duas folhas de couve com talo e tudo, adicionar uma fruta, água de coco e um pedaço de gengibre. É só bater tudo no liquidificador e tomar sem adoçar. “Sugiro beber a vitamina pela manhã, ao acordar, e à noite, antes de dormir”. Outra receitinha é bater duas colheres de sopa de clorofila com suco de laranja ou de abacaxi e cubos de gelo. Essa pode adoçar! É outra ideia para tomar no desjejum ou à noite, após ingestão de bebidas alcoólicas. FACULDADE IDE – A Faculdade IDE, mantida pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional, desde 2006, promove pós-graduações na área de saúde, contando com mais de 120 cursos nas áreas de medicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição, educação física, psicologia e fonoaudiologia. Autorizada pelo MEC, na portaria nº 852, de 30/12/18, passou a oferecer também graduações, como de Estética e Recursos Humanos. Com sede no Recife, no Pina, tem presença em oito estados do N/NE. Mais informações (81) 3465.0002, 0800 081 3256 e www.faculdadeide.edu.br.

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Curta a folia sem alergia – Veja as orientações dos especialista

Muita diversão e viagem, é isso que promete o Carnaval. Para curtir a folia, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) preparou algumas orientações para evitar possíveis reações alérgicas relacionadas ao spray de espuma, maquiagem e alimentos. Confira: Spray de espuma – Dependendo da composição do produto, algumas pessoas podem apresentar alergias de contato após a exposição a estas substâncias. O mais comum, entretanto, seriam as reações irritativas que, além da pele, podem irritar os olhos e as vias aéreas, causando sintomas nasais como obstrução e coriza, além de falta de ar e sibilância. “Após o contato com o produto, a região afetada deve ser lavada com água corrente em abundância. Importante ressaltar que as reações alérgicas de contato acontecem mais tardiamente, entre dois e três dias. Nesse caso, pode ser necessário o uso de corticoides tópicos e anti-histamínicos por via oral”, explica Dr. Clóvis Eduardo Santos Galvão, membro do Departamento Científico de Alérgenos da ASBAI. Maquiagem – Muito usada nessa época do ano, a maquiagem pode desencadear a dermatite de contato. Dois cuidados são muito importantes para evitar uma reação alérgica: o primeiro é se atentar ao prazo de validade porque, neste caso, pode acontecer uma contaminação por fungos, o que não é uma reação alérgica. O segundo é com algumas substâncias que estão no produto e que podem causar alergias. “Se ao passar a maquiagem ocorrer coceira, vermelhidão na pele e ardência, tire imediatamente o produto da pele com bastante água fria, sabonete e procure um especialista para que ele possa fazer o diagnóstico correto e identificar o agente causador da alergia”, orienta a Dra. Alexandra Sayuri Watanabe, diretora da ASBAI. Algumas dicas de como prevenir reações alérgica à maquiagem: - Use produtos de qualidade certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); - Guarde a maquiagem em lugar fresco e protegido da luz solar; - Não use produtos que estejam com o prazo de validade vencido; - Não compartilhe maquiagens com outras pessoas; - Se tiver dúvidas sobre um determinado cosmético, peça orientação ao seu alergista, para evitar reações desagradáveis. Alergia Alimentar – O camarão está entre os principais alimentos causadores de alergias. As alergias são imprevisíveis e podem ocorrer em qualquer fase da vida, ainda que o indivíduo já tenha ingerido o alimento outras vezes. No Brasil não há estatísticas oficiais, porém, a prevalência das alergias alimentares parece se assemelhar com a literatura internacional, onde cerca de 8% das crianças e 2% dos adultos são acometidos. "O fato de já ter ingerido camarão e nunca ter apresentado reação não significa que, em algum momento da vida, a pessoa não possa começar a ter alergia por esse alimento. Indivíduos com asma, rinite e dermatite atópica são um pouco mais predispostos do que a população geral, mas isso não é uma regra", alerta a Dra. Renata Cocco, Coordenadora do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Sobre a ASBAI - A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1972. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cuja missão é promover a educação médica continuada e a difusão de conhecimentos na área de Alergia e Imunologia, fortalecer o exercício profissional com excelência da especialidade de Alergia e Imunologia nas esferas pública e privada e divulgar para a sociedade a importância da prevenção e tratamento de doenças alérgicas e imunodeficiências. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.

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Resfriados, gripes e os cuidados com a automedicação

Sol, chuva e carnaval. Nessa época do ano, devido mudanças de temperaturas e aglomerados em tempos de folia, resfriados e gripes são bastantes comuns. Para combater os sintomas, a maioria recorre diretamente às farmácias em busca de analgésicos, antitérmicos, xaropes e descongestionantes. Apesar de muitos desses medicamentos estarem disponíveis nas prateleiras, já que podem ser adquiridos sem prescrição médica, não são isentos de riscos, como alerta o farmacêutico Diego Medeiros, coordenador e professor da pós-graduação em farmácia clínica, com ênfase na prescrição farmacêutica da Faculdade. Seja qual for a infecção viral, com um “simples” resfriado, que têm início mais lento e leve, ou uma gripe, mostrando sintomas mais fortes, sendo provocada, geralmente, pelos vírus Influenza (tipos A e B), os cuidados com a automedicação devem ser os mesmos. “O paciente pode e deve procurar orientação do farmacêutico na hora de comprar um remédio. Além de orientar o paciente quanto ao uso dos medicamentos, o profissional deve esclarecer que, se os sintomas não minimizarem com o uso dos medicamentos em determinado período, um médico deve ser procurado para uma investigação sobre o quadro do paciente”, explica o professor da pós-graduação em farmácia clínica da Faculdade IDE. Entre os sintomas mais comuns de gripes e resfriados estão a coriza, irritação nos olhos, dor de garganta e tosse. Por se tratar de um transtorno autolimitado, até certo ponto, a população busca tratamento para os sintomas pontuais. “É comum o emprego de analgésicos para as dores e febre, anti-histamínicos e descongestionantes nasais para as corizas e entupimento do nariz. Inclusive, muitos medicamentos apresentam vários fármacos em associação num único comprimido ou cápsula, como Coristina e Multigripe”, conta o farmacêutico Diego Medeiros. Mas qualquer um desses remédios, se usados com frequência e por um tempo maior que o recomendado, podem causar sérios prejuízos à saúde. Um deles são os descongestionantes, que trazem riscos com o uso prolongado. “Como evento adverso provoca o que chamamos de ‘efeito rebote’, quando o corpo adquire dependência a uma determinada substância. Então, na ausência dela, o organismo provoca sintomas que acabam estimulando você a administrar a substância. Por exemplo, o corpo causa congestão nasal se não administrar um descongestionante, tornando assim o paciente dependente do medicamento”, explica o professor de farmácia da Faculdade IDE Diego Medeiros. Além disso, alguns descongestionantes podem ser absorvidos pela circulação e promover a ação em receptores ao longo do corpo, não somente na mucosa nasal, podendo causar problemas cardíacos. Segundo o farmacêutico, uma dica é usar solução hipertônica nasal, que é um soro fisiológico mais forte, como alternativa ao descongestionante nasal. Outro alerta é com os analgésicos e antitérmicos, podendo causar problemas gástricos. “O paracetamol não deve ser utilizado em grandes quantidades, pois oferece risco de toxicidade hepática. Já o AAS pode provocar sangramento nos pacientes. Logo, esses medicamentos não devem ser usados por mais de cinco dias. Caso persistam os sintomas, o médico deverá ser consultado para um diagnóstico mais preciso”, orienta professor de farmácia Diego Medeiros. Propaganda de medicamentos para gripes incentivam a automedicação? É comum ver muitos comerciais de medicamento para gripes. Mas é importante procurar um médico ou farmacêutico antes de usar até esses medicamentos "liberados"? De acordo com o coordenador e professor da pós-graduação em farmácia clínica da Faculdade IDE, Diego Medeiros, a busca pelos farmacêuticos se torna mais fácil à população, “pois estes medicamentos, em geral, são de venda livre e há uma cultura de que as pessoas já se diagnosticam por conta própria. O que, em si, não é errado. O farmacêutico, por estar presente com maior facilidade, tende a promover os esclarecimentos com mais facilidade”. Além disso, as pessoas também tendem a minimizar a necessidade de ir a um médico, por muitas vezes acharem ser "só uma gripezinha". “É aí que o farmacêutico, não só orienta o paciente quanto ao uso dos medicamentos, como deve orientar um médico deve ser procurado para uma investigação sobre o quadro do paciente, caso os sintomas não minimizarem com o uso dos medicamentos”, detalha o profissional de saúde, lembrando que as farmácias devem contar com farmacêuticos em tempo integral para prestar orientações quanto ao uso dos medicamentos. Inclusive, a indicação e prescrição de medicamentos dentro da farmácia é uma prerrogativa exclusiva dos farmacêuticos, bem como a intercambialidade, ou seja, a troca de medicamentos. Isso porque, algumas pessoas acabam pedindo orientação para os atendentes nas farmácias, muitas vezes por não entendem as diferenças nas funções. “Os auxiliares de farmácia têm função primordial na farmácia, mas não compete a eles essa atividade, pois não possuem competência técnica para assumir essa responsabilidade”, explica o farmacêutico. ARBOVIROSES – Muitas vezes confundidos com gripes, os sintomas de arboviroses, como a zika, chikungunya e dengue, para muitos enfermos são muito intensos e o uso de compostos químicos ajudam a aliviar os incômodos causados pela doença. Mas a ingestão dessas substâncias sem orientação médica pode agravar ainda mais o caso. “Se não houver o devido acompanhamento, as pessoas podem estar utilizando medicamentos em dosagens elevadas para poder contornar sintomas como uma febre alta. Nesse caso, o fato de estar mascarando a febre alta com medicamentos pode levar o paciente a complicações e agravos da condição clínica”, pontua o professor de farmácia da Faculdade IDE Diego Medeiros.

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Novas tecnologias visam reduzir mortes por doenças cardiovasculares

Maria Fernanda Ziegler  – Dispositivos que auxiliam o coração a bombear sangue enquanto o paciente aguarda por um transplante, técnicas cirúrgicas menos invasivas e um hidrogel que, no futuro, vai permitir a impressão 3D de órgãos e tecidos em laboratório. Essas são algumas das soluções que estão sendo desenvolvidas por pesquisadores paulistas para combater a principal causa de morte no país e no mundo: as doenças cardiovasculares. As inovações visam criar alternativas terapêuticas para pacientes com condições graves, como é o caso da insuficiência cardíaca – responsável por 27,5 mil mortes anuais no país segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). De acordo com a entidade, a cada 90 segundos uma pessoa morre no Brasil em decorrência de problemas diversos no coração. “Um transplante no Brasil demora cerca de dois anos. Além da oferta limitada de órgãos, é preciso levar em conta uma série de fatores que dificultam o procedimento. O número de pacientes com problemas cardiovasculares é muito grande e, por isso, é importante desenvolvermos dispositivos no país a preços mais acessíveis”, disse José Roberto Cardoso, pesquisador da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), durante o Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação sobre “Novas Tecnologias para o Coração”. O evento foi organizado pela FAPESP e pelo Instituto do Legislativo Paulista na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em dezembro. O próximo encontro da série será no dia 26 de março e terá como tema Indústria 4.0. Assistência ventricular A equipe de Cardoso, que inclui pesquisadores do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, desenvolve um dispositivo de assistência ventricular para pacientes adultos com insuficiência cardíaca – condição em que o órgão não consegue bombear o sangue adequadamente. O equipamento serve como uma bomba para ser implantada ao lado do coração do doente, com a finalidade de complementar ou suprir a função cardíaca debilitada. O projeto é apoiado pela FAPESP. “O dispositivo visa auxiliar o coração debilitado durante o período de espera pelo transplante, mantendo níveis fisiológicos de pressão e fluxo, reduzindo a mortalidade de pacientes na fila de espera e após o transplante”, disse. De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes, em 2016 foram realizados 353 transplantes de coração no Brasil. Estudos indicam que a mortalidade de pacientes na fila de espera pode chegar a 40%. “Precisamos encontrar uma solução nacional e não simplesmente copiar os materiais usados lá fora, que são caros e inviáveis para o Sistema Único de Saúde. No comparativo entre um dispositivo importado e um nacional, o importado ficaria em R$ 800 mil, enquanto o nacional em R$ 100 mil”, disse. Outro projeto, também apoiado pela FAPESP, busca desenvolver um dispositivo de assistência ventricular para pacientes pediátricos que necessitam de um transplante cardíaco. A pesquisa foi vencedora do prêmio Péter Murányi 2015 . “Em nosso país não temos opção de suporte circulatório de longa duração para pacientes cardiopatas pediátricos e juvenis com insuficiência cardíaca grave. Trata-se de um grupo de pacientes com necessidades específicas. Estamos desenvolvendo uma bomba pulsátil que atua conectada ao coração por meio de cânulas”, disse Idágene Cestari, diretora da Divisão de Bioengenharia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FM) da USP. De acordo com a pesquisadora, a bomba do dispositivo é controlada por um console à beira do leito, onde são ajustados todos os parâmetros de suporte ao coração, como a frequência de batimentos da bomba, por exemplo. “Esse sistema de suporte requer a hospitalização do paciente e é indicado para pacientes em lista de espera para o transplante cardíaco. Em outro projeto dessa mesma linha de pesquisa, estamos desenvolvendo um dispositivo implantável que permite a assistência por tempo mais prolongado e não requer a hospitalização do paciente após o implante do dispositivo”, disse Cestari. Prótese inédita Também foi apresentada durante o ciclo ILP uma técnica conhecida como endobentall, que une duas tecnologias – inserção de válvulas por cateter e stents – para criar uma prótese única, que pode ser inserida pela perna do paciente e conduzida até o coração. O método pode substituir uma grande cirurgia na válvula do coração e na artéria aorta. “Graças à técnica, desenvolvida com o apoio da FAPESP, hoje não precisamos mais abrir o peito do paciente e parar o coração para tratar uma doença grave, como estenose aórtica associada a aneurisma de aorta ascendente. Isso certamente vai contribuir para a redução de risco e de mortalidade desses pacientes”, disse Diego Felipe Gaia dos Santos, professor de Cirurgia Cardiovascular da Unifesp. A equipe liderada por Gaia foi a primeira a tratar, em humano, problemas na válvula aórtica (saída de sangue do coração) e ao mesmo tempo a aorta ascendente (vaso que leva sangue para o coração e outros órgãos) sem a necessidade de abrir o paciente. Órgãos do futuro Outros métodos de engenharia apresentados visam, no futuro, desenvolver órgãos e tecidos artificiais. A empresa TissueLabs, apoiada pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequena Empresas (PIPE-FAPESP), desenvolve um hidrogel que permite a impressão 3D de órgãos e tecidos em laboratório. A startup fabrica e vende hidrogéis de diferentes tecidos para pesquisadores de várias partes do mundo. O material pode ser usado tanto em estudos in vitro como em modelos animais. Para produzir o hidrogel, a empresa usa órgãos de animais. “Retiramos todas as células dos órgãos de porcos, deixando só a matriz extracelular, as proteínas comuns a todos os animais (tanto humanos quanto os porcos). A partir dessa matriz fabricamos o hidrogel, que é misturado com células-tronco ou mesmo células adultas já diferenciadas. Com isso, é possível imprimir essa composição no formato tridimensional de um órgão ou de um tecido”, disse Gabriel Liguori , pesquisador do InCor. Para fins didáticos, Liguori costuma fazer um paralelo entre a técnica e a construção de uma casa. “Os tijolos seriam as células, e o nosso material, o cimento. Nosso objetivo é dar suporte para que as células-tronco tenham uma estrutura tridimensional”, disse. “É claro que esses órgãos ainda estão muito distantes de se tornarem realmente funcionais. Com o nosso material já é possível fabricar tecidos, ainda que

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No mês de conscientização sobre Saúde Mental, especialistas falam das demências

“Meus ontens estão desaparecendo e meus amanhãs são incertos. Então, para que eu vivo? Vivo para cada dia. Vivo o presente”. A reflexão é da personagem central do livro Para Sempre Alice, uma renomada neuro-linguista que, ironicamente, descobre e passa a conviver com a Doença de Alzheimer. Assim como a personagem, cerca de 1,2 milhões de pessoas, a maioria com 60 anos ou mais, vivem com demências no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). No mês marcado pela conscientização sobre a Saúde Mental, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) alerta para a importância das demências, doenças neuro-degenerativas, de curso crônico, irreversível, que causam a diminuição progressiva das funções cognitivas, alterações de comportamento e perda da capacidade funcional. Segundo a psicóloga especialista em Gerontologia, Eloisa Adler, a longevidade é um desafio do século XXI. Doenças como o câncer e as demências têm maior prevalência com o avançar da idade. “Uma pessoa acometida por uma demência perde progressivamente a sua autonomia, ou seja, a capacidade de fazer suas próprias escolhas e tomar decisões”. O médico geriatra Paulo Canineu detalha que os primeiros sintomas geralmente são de alterações da memória recente. “Também pode haver mudanças de comportamento, ansiedade e depressão, evoluindo lentamente para perda de nexo, incontinências fecal e urinária e imobilidade física, que pode levar a pessoa a ficar acamada”, diz. “A autonomia, um referencial fundamental da Bioética contemporânea, como um princípio lapidar da liberdade de escolhas, é comprometida precocemente na devastadora Doença de Alzheimer”, acrescenta a médica geriatra Claudia Burlá. Família e atendimento especializado De acordo com Canineu, tratar uma pessoa que teve infarto, por exemplo, é diferente de tratar outra com uma demência, como a Doença de Alzheimer, a mais frequente entre elas. “Enquanto a primeira depois de um ano pode melhorar, fazendo uma reabilitação e melhorando os hábitos, a segunda, terá uma evolução progressiva por mais precoce que seja o diagnóstico e o início do tratamento”, explica. Nesse momento a presença e o envolvimento da família são essenciais, enfatiza Burlá: “Os familiares têm responsabilidade de proteger e cuidar da pessoa idosa com diagnóstico de algum tipo de demência”. De acordo com a especialista, além disso, não adianta apenas prescrever remédios, mas realizar um trabalho integrado, multi-interdisciplinar de reabilitação cognitiva e suporte familiar. Adler e Burlá complementam que a abordagem integrada geronto-geriátrica é a base para a maximização da autonomia e otimização funcional da pessoa idosa nos diferentes cenários do processo do envelhecimento.

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Pé diabético no verão: caminhada na praia requer proteção

No verão, caminhar pela praia é uma das atividades mais prazerosas para se fazer ao ar livre. Mas para quem é portador de diabetes, o ato pode trazer sérias implicações, se alguns cuidados não forem tomados. Um dos problemas mais graves nos diabéticos é a neuropatia que diminuiu ou elimina a sensibilidade protetora e deixa-os propensos a desenvolver lesões decorrentes de trauma ou contato com superfícies muito quentes, como a areia da praia. “As bolhas decorrentes de uma simples caminhada na praia são comuns em pacientes diabéticos e, frequentemente, evoluem com lesões sérias mais profundas, que se não forem bem conduzidas, podem terminar em infecção e, eventualmente, na amputação do pé”, explica o presidente da ABTPé, Dr. José Antônio Veiga Sanhudo. O número de brasileiros portadores de diabetes mellitus aumentou mais de 60% nos últimos 10 anos, estimando-se que hoje a doença afete quase 9% da população geral e 27% das pessoas com mais de 65 anos de idade. Dados do Ministério da Saúde, referentes aos meses de janeiro a julho de 2019, dão conta de que, no período, foram realizadas 9.019 cirurgias de amputações de membros no SUS (Sistema Único de Saúde), em decorrência do diabetes. A enfermidade apresenta dois impactos à saúde dos pés: fluxo sanguíneo reduzido para membros inferiores e neuropatia periférica - danos nos nervos, sendo essa consequência apontada como causadora da típica redução de sensibilidade nas pernas e nos pés. “Com a perda da sensibilidade, os machucados, normalmente, não são sentidos. Então, é indispensável o uso de calçado quando for à praia e evitar andar, especialmente, sobre a areia quente ou pedras. O mesmo serve para piscina, nunca andar descalço em superfícies que podem estar superaquecidas”, ressalta o Dr. Sanhudo. “É importante, inclusive, o uso de uma proteção mesmo dentro da água, como sapatos próprios para desportos náuticos ou meias de surfista”, completa o especialista. Evitando problemas Além das recomendações mencionadas por Dr. Sanhudo, outras ações devem ser executadas para prevenir problemas e manter a saúde do pé diabético: - Diariamente, examine os pés em um ambiente bem iluminado ou peça a ajuda de alguém para verificar a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor. Mediante qualquer observação diferente, procure um médico imediatamente. -Mantenha os pés sempre limpos e, antes de banhá-los, teste a temperatura da água com o seu cotovelo para evitar queimaduras. - Ao enxugar os pés, a toalha deve ser macia e, ainda sim, não a esfregue na pele. - Mantenha a pele hidratada para evitar rachaduras, mas seque bem entre os dedos e ao redor das unhas para evitar macerações. - Use meias sem costura, de algodão ou lã e evite sintéticos, como nylon. Dê preferência por meias brancas, pois facilitam a identificação de sangramentos ou drenagem de secreção. - Antes de cortar as unhas, é preciso lavá-las e secá-las bem. Para cortar, usar um alicate apropriado ou uma tesoura de ponta arredondada. O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas e sem tirar a cutícula. Recomenda-se evitar idas a manicures ou pedicures, dando preferência a um profissional especializado, como o podólogo, o qual deve ser avisado do diabetes. - O ideal é não cortar os calos, nem usar lixas. - Os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Para as mulheres, recomenda-se os sapatos com saltos quadrados, que tenham, no máximo, 3 cm de altura. Também é importante não utilizar calçados novos por mais de uma hora por dia, até que estejam macios.

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Saiba como lidar com os calos nas mãos que surgem devido à musculação

A musculação é uma das práticas de exercícios físicos mais vantajosas para o organismo, promovendo uma série de benefícios que incluem melhora da postura corporal, redução de gordura, tonificação dos músculos, entre diversos outros. Porém, em meio a tantas vantagens existem também alguns prejuízos, como o surgimento de calos, problema que causa grande desconforto estético, além de também atrapalhar o seu desempenho durante o treino. “Os calos são áreas da camada mais externa da pele que se tornaram duras, grossas e rígidas devido ao atrito constante causado em uma determinada região”, explica dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Podendo surgir em qualquer região do corpo, dependendo da atividade responsável por causar o atrito, os calos decorrentes da musculação aparecem geralmente nas mãos devido ao modo como utilizamos os aparelhos e equipamentos da academia, sendo a barra de supino o objeto que mais contribui para o surgimento destas alterações por causa da forma como é segurada. “Mas é possível prevenir os calos através de alguns cuidados, como fazer uso de luvas de proteção na hora de pegar peso. Caso as luvas te atrapalhem, usar giz ou cal nas mãos também é uma opção, já que estas substâncias facilitam o uso correto do aparelho, permitindo que este escorregue sem causar grande pressão ou atrito”, recomenda a dermatologista. “Outra boa dica é fazer uso de um creme hidratante especifico para a área das mãos, de preferência que contenha ureia em sua formulação. O uso deste produto duas vezes por dia pode ajudar a prevenir os calos." Porém, se você já sofre com calos a boa notícia é que é possível tratá-los. A proteção da área afetada é fundamental, então, novamente, o uso de luvas e faixas é recomendado. É importante que de modo algum você fure, corte, ou lixe os calos em casa, pois isso pode causar feridas, sangramentos e infecções, além de promover um efeito rebote, onde a pele se regenera mais espessa, piorando o quadro. “O ideal então é que você consulte um dermatologista. Ele poderá, por exemplo, receitar cremes formulados com ativos queratolíticos, como o ácido salicílico, que dissolve a queratina presente no calo, eliminando-o e deixando a pele macia novamente”, finaliza a Dra. Paola Pomerantzeff. DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais. http://www.drapaola.me/

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Você já teve dor de dente?

Uma das dores mais insuportáveis é a de dente, que pode surgir pelos seguintes fatores: retração gengival (dor provocada por frio e calor), fraturas dentais e cárie, sendo que essa última pode evoluir para a dor do “canal”. A dor começa pela estrutura dentária abaixo do esmalte do dente, chamada dentina, já existente na coroa dental. Ela pode atingir qualquer faixa etária, já que a dor está relacionada ao cuidado com os dentes e à higiene bucal diária. Fio dental e escovações corretas após refeições, são essenciais para uma boa saúde bucal. Mas o que fazer se a dor de dente te pegar? Segundo o Dr. José Henrique de Oliveira, cirurgião dentista e diretor do INPAO Dental - Instituto de Previdência e Assistência Odontológica, até chegar ao cirurgião dentista, é recomendado tomar um analgésico para diminuir o incômodo. “Porém, se a dor for causada por problema de canal, nenhum remédio será capaz de levar alívio ao paciente, sendo apenas o cirurgião dentista capaz de resolver a causa da dor”, explica. Dicas de Escovação Dental: — Não tenha pressa. Esse é um hábito diário que deve ser feito com cuidado. A boa escovação dura pelo menos dois minutos. — Sua escova deve alcançar o sulco gengival, que é o espaço entre gengiva e dente, onde se instala a placa bacteriana, formada por resíduos de alimentos e bactérias. — A escova deve estar inclinada na lateral dos dentes, mais ou menos num ângulo de 45 graus, pressionando levemente o sulco gengival para as cerdas penetrarem nesse espaço. — Depois do posicionamento correto, basta ‘varrer’ a sujeira com movimentos para baixo (da gengiva para os dentes), pelo menos cerca de oito a 10 vezes em cada dente. Isso vale para as partes externa e interna do arco dental. — Movimentos de vaivém são ideais para escovar as superfícies dos dentes, tanto da parte inferior quanto superior. — A escova de dentes deve ser trocada a cada três meses ou no primeiro sinal de desgaste. Como usar o fio dental para prevenir doenças bucais — Use pelo menos após as refeições. — Fio ou fita? Tanto faz, mas não deve desfiar e deve ser usado corretamente. — O tamanho ideal do fio a cada uso é de 30 a 40 cm. Utilize sempre um espaço de fio dental limpo em cada dente. — Pratique esse hábito de frente para o espelho, isso vai facilitar observar se você está fazendo os movimentos corretamente. — O fio deve abraçar o dente, entrando no sulco gengival, por todos os lados. Depois de entrar, deve deslizar para baixo para retirar a sujeira. — Realize essa ação com movimentos delicados para não machucar sua gengiva. — Primeiro utiliza-se o fio dental e depois faz-se a escovação. Ao final de tudo, escovar a língua. — O uso de enxaguantes bucais, sem álcool, é facultativo.

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Cresce consumo de óculos pirateados, aumento preocupa oftalmologistas

Segundo uma sondagem de opinião realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), no Recife, 91% da população compra produtos ilegais por serem mais baratos. As mulheres lideram o consumo de itens específicos, sendo 35,7% referente a compra de óculos de sol falsificados. Com a chegada do verão, o acessório torna-se item importante na hora de compor o look, no entanto, é preciso prestar atenção em um detalhe muito importante: óculos falsos podem causar danos irreversíveis para a visão. Quando se trata desse assunto, o prejuízo vai muito além do financeiro, tem estreita ligação com problemas nos olhos, tornando-se uma questão de saúde. A oftalmologista Camila Ventura, do HOPE, destaca que o maior perigo de usar óculos de sol falsificados é o fato deles não protegerem os olhos dos raios nocivos à visão. “Quando expostos à claridade, a pupila, entrada natural de luz no olho, se fecha. Esse é um ajuste do organismo para controlar a entrada de luminosidade. Ao colocar óculos escuros inadequados, diminuímos está resposta à luz, o que permite maior entrada de luz nos olhos e como ele não tem o filtro necessário para bloquear raios ultravioletas, UVA e UVB, acaba causando danos à retina”, explica. Se a paciente tiver alguma lesão de pele na pálpebra, precursora de câncer, a exposição contínua pode levar ao aparecimento de tumor de pele. “Ou seja, além de realizar a proteção dos olhos, a função dos óculos também é proteger as pálpebras, isso justifica ainda mais a importância do uso apropriado deste acessório” alerta Camila. Entre as doenças oculares que mais aparecem em decorrência da exposição excessiva do sol sem a proteção adequada, estão as lesões na retina, o pterígio (crescimento de tecido conjuntival sobre a córnea), os tumores de pálpebra conjuntiva e o aparecimento precoce da catarata. Pra evitar a compra de óculos sem proteção, a médica aconselha: “A principal estratégia para evitar a compra de óculos falsos, é procurar uma ótica de qualidade e confiança”, finaliza a médica.

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Desgaste no quadril está entre as principais queixas nos consultórios ortopédicos

Entre os problemas que afetam a qualidade de vida causados pela doença, o desgaste no quadril está entre os mais frequentes. O Dr. Marco Aurélio Neves, ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, comenta que esta é uma das principais queixas dos pacientes, devido à dor e impacto na realização de atividades diárias. O que é Artrose A artrose causa degeneração das cartilagens, sendo mais comum em pessoas com idade acima de 45 anos. “Embora também possa acontecer com os jovens, a doença tende a aparecer e aumentar com o avanço da idade e acomete as articulações em geral, sendo mais evidente no quadril por ser uma base de sustentação do corpo e dos movimentos das pernas”, revela o especialista. Ele explica que, quando há desgaste na cartilagem do quadril, os principais movimentos que fazemos com as pernas e com a coluna se restringem aos poucos. Os ossos do fêmur e da bacia começam a raspar. “Muitos pacientes contam que sentem esse atrito e, muitas vezes, um estalo a cada passo”, comenta. Sintomas O especialista recomenda procurar um ortopedista diante de sinais como estes: Dor no quadril, que piora ao andar ou ao passar muito tempo sentado; Mancar ao andar; Formigamento ou dormência nas pernas; Dor que percorre a perna na parte interna, do quadril até o joelho; Queimação na batata da perna; Mais dificuldade de movimentar a perna ao acordar; Sensação de ter osso raspando ao se movimentar; Dificuldade de calçar os sapatos ou levantar uma cadeira, por exemplo. Quanto mais a doença se agrava, mais restritos se tornam os movimentos, é aí que começam as dores e limitações. Dr. Neves conta que o paciente passa a ter dificuldade para andar, ficar de pé por muito tempo e realizar atividades simples do dia-a-dia, como calçar os sapatos ou dirigir. Nesses casos, o procedimento mais indicado é a Artroplastia Total do Quadril (ATQ), cirurgia de colocação de prótese. “Como não é uma cirurgia de urgência, nós avaliamos e indicamos para o paciente que tem desgaste avançado ou cuja dor esteja causando um impacto muito grande na sua vida”, explica o médico. Como funciona a ATQ A cirurgia consiste na substituição da articulação afetada por uma prótese. Realizada no Brasil desde a década de 60, atualmente a técnica sofreu atualizações importantes que impactam na recuperação dos pacientes. O ortopedista explica o que mudou: “ao invés de manipular os nervos e músculos, o médico apenas afasta o intervalo entre dois músculos na frente do quadril, para chegar no quadril e colocar a prótese”. Isso é possível porque a incisão é feita na parte da frente do quadril, e não ao lado ou atrás, como era realizando antes. Além disso, a técnica é feita com a ajuda de uma mesa cirúrgica especialmente desenvolvida para esse tipo de procedimento. Dessa forma, a operação tende a ser menos agressiva, com recuperação mais rápida e menos dolorosa, reduzindo também os riscos de complicações inerentes à cirurgia. “Pouco tempo após fazer a colocação da prótese, o paciente já consegue ficar de pé”, frisa. Além de reduzir o tempo de internação, que passa a ser de somente um dia, o número de medicamentos administrados também diminui. Dr. Neves ainda ressalta que o processo de reabilitação é menor, fazendo com que o paciente retorne às suas atividades normais rapidamente.

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