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Conheça mitos e verdades sobre o câncer de pele

A proximidade do verão, período que marca a alta nas temperaturas em todo o país, acende um importante alerta: a exposição prolongada ao sol sem proteção adequada pode levar a consequências importantes à saúde. Além de causar o envelhecimento precoce, o contato direto com raios nocivos aumentam em até 10x o risco de câncer de pele, o mais incidente entre os brasileiros, correspondendo a um total que ultrapassa a marca de 185 mil novos casos a cada ano - cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). E apesar de uma considerável parcela da população acreditar que sabe lidar com o sol por viver em um país tropical, campanhas de conscientização como o Dezembro Laranja são essenciais para que informações precisas sejam transmitidas e assim seja possível reduzir os índices deste tipo de câncer, evitável na maioria das situações. “Já são décadas de campanhas alertando sobre a necessidade de proteger a pele da exposição aos raios ultravioletas do sol – UVA e UVB – com filtro solar e com barreiras físicas, como roupas e chapéus, por exemplo. Mas ainda precisamos superar as barreiras da desinformação, especialmente sobre mitos em relação ao câncer, como, por exemplo, achar que apenas pessoas de pele clara têm risco aumentado de desenvolver a doença ou que o uso de protetor solar só é necessário em momentos de lazer, quando na verdade essa deveria ser parte da nossa rotina essencial diária”, diz o oncologista Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas. E mesmo com os avanços da ciência e da medicina que garantem qualidade de vida e bem estar aos pacientes, o médico é categórico em afirmar que a melhor forma de combater o câncer de pele é a vigilância ativa para identificação de possíveis sinais de alerta e o foco na prevenção. Por isso, o Instituto Oncoclínicas - iniciativa do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas para promoção à saúde, educação médica continuada e pesquisa - realiza neste mês uma série de ativações nas redes sociais para alertar sobre a importância dos cuidados com a pele como forma efetiva de achatar os índices de ocorrência da doença. Com o mote “A melhor dica é viver bem”, a ação é direcionada à sociedade em geral, e ressalta uma importante informação: proteja sempre a pele contra os raios solares e busque aconselhamento especializado para que o diagnóstico aconteça o quanto antes. Nem todo câncer de pele é igual O oncologista Sergio Jobim Azevedo, líder do grupo de pele da Oncoclínicas, explica que existem dois tipos de câncer de pele: o melanoma e o não melanoma (o mais comum deles). Entre os sintomas do câncer de pele não-melanoma estão a presença de lesões cutâneas com crescimento rápido, feridas que não cicatrizam e que podem estar associadas a sangramento, coceira e algumas vezes dor. Esses sinais geralmente surgem em partes do corpo que costumam ficar mais expostas ao Sol, tais como rosto, pescoço e braços. Já os indícios do câncer de pele do tipo melanoma - cuja incidência representa apenas 3% dos casos dos tumores de pele, mas com um grau elevado de agressividade, o que eleva suas chances de letalidade - costumam se manifestar através de pintas escuras que apresentam modificações ao longo do tempo. “Esse tipo de tumor pode aparecer na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Feita pela própria pessoa ou pelo profissional de saúde, a observação regular das pintas do nosso corpo permite identificar novos sinais ou mudanças previamente não existentes. Isto deve ser levado à atenção do médico para que, havendo necessidade, sejam realizados exames mais complexos e, assim, obter o diagnóstico necessário”, reforça Sergio Azevedo. Pessoas com histórico familiar de melanoma e/ou que tenham um volume maior que 50 pintas pelo corpo também devem manter a vigilância ativa para controle dos riscos de desenvolver a doença. As alterações avaliadas como suspeitas são classificadas como “ABCDE” - Assimetria, Bordas irregulares, Cor, Diâmetro, Evolução. “Quando descoberta em fase inicial, a indicação é que seja realizada a ressecção cirúrgica das lesões por especialista habilitado para adequada abordagem das margens ao redor do tumor. E isso vale tanto para os casos de câncer de pele melanoma como para os não-melanoma. A cirurgia de fato é capaz de resolver a maioria dos casos, fazendo com que quaisquer outros tratamentos complementares sejam raramente necessários”, reforça Sergio Azevedo. Dependendo do subtipo, estágio e extensão da doença, o especialista conta que outras condutas de tratamentos podem ser empregadas. Em casos mais avançados e com metástase, especificamente de melanoma, a imunoterapia - uma medicação que ativa o sistema imunológico para que ele se torne capaz de combater as células malignas - tem provado ser uma alternativa com bons resultados para a qualidade de vida e bem estar dos pacientes. Outro tipo de intervenção nestes cenários avançados, para um número limitado de pacientes cujo melanoma apresenta uma mutação nos gene BRAF, é o uso de medicamentos orais que inibem a proliferação celular anormal. Para esclarecer as dúvidas mais comuns sobre o câncer de pele, o oncologista da Oncoclínicas Sergio Azevedo comenta 12 mitos e verdades relacionados à doença: 1 – É preciso usar protetor em dias nublados. Verdade. Os raios ultravioleta, principalmente o UVA, estão presentes na mesma intensidade em dias nublados, portanto, o uso de protetor solar é imprescindível. 2 – O risco é maior no verão. Verdade. O que determina maior risco de incidência de câncer de pele é o índice ultravioleta (IUV), que mede o nível de radiação solar na superfície da Terra. Quanto mais alto, maior o risco de danos à pele. Esse índice é mais alto no verão, porém pode ser alto em outras épocas do ano. 3 – Existe exposição ao sol 100% segura. Mito. É preciso evitar excessos e sempre tomar sol com moderação. E os cuidados devem ser seguidos o ano inteiro e vale intensificá-los no verão. Isso inclui evitar ao máximo se expor diretamente

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Dica de prevenção: cuidados ao chegar em casa

Evelyne Solidonio, biomédica e coordenadora do curso de Biomedicina do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), orienta que os profissionais que estão trabalhando nos serviços essenciais e as pessoas que estão indo fazer as compras básicas no período de isolamento social devem deixar os sapatos fora de casa para garantir uma maior segurança contra a infecção do coronavírus e ter cuidados específicos com as roupas. "Não entrar calçado em casa. As roupas devem ser removidas ao chegar em casa. Podem ficar na roupa suja, mas não devem ser usadas novamente sem lavagem. O sabão é eficaz na destruição do vírus. Assim, uma lavagem simples (água e sabão) já é suficiente". Em situações de compras, ela explica também como desinfectar as sacolas e produtos ao chegar. "Os produtos devem ser higienizados com uma solução de água e hipoclorito (água sanitária). No rótulo da água sanitária tem a proporção ideal para a confecção da solução. Essa solução pode ser passada com auxílio de papel toalha em todo o produto, observando as áreas mais manipuladas. Esperar secar e pode guardar no armário. As frutas e verduras devem ser removidas da embalagem e higienizadas", explica a biomédica.

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IOR comunica suspensão de atendimento eletivo e manutenção de serviço de emergência

Em razão das recomendações da Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde do Governo de Pernambuco e do Recife e Conselho Brasileiro de Oftalmologia - CBO, o INSTITUTO DE OLHOS DO RECIFE - IOR informa que vai suspender seu atendimento eletivo (consultas, exames e cirurgias), nas unidades do Espinheiro e Boa Viagem, a partir desta quinta-feira, dia 19 de março de 2020, após o encerramento do expediente, às 18h. A suspensão temporária das atividades visa impedir a concentração de pessoas (pacientes e funcionários), nas instalações do IOR, evitando a propagação do Coronavírus (Covid-19). O IOR manterá o seu serviço de EMERGÊNCIA 24 HORAS aberto para os atendimentos de urgência. O Instituto de Olhos do Recife - IOR acompanhará diuturnamente todas as informações e protocolos publicados pelos governos federal, estadual e municipal para poder retomar as suas atividades, assim que as autoridades recomendarem. Importante ressaltar, neste momento, que a população siga as instruções governamentais, sobretudo, em relação ao isolamento social, para proteção de sua saúde. Mudanças no calendário de atendimento do IOR poderão ser acompanhadas pelas nossas redes sociais, no Facebook e no Instagram. Durval Valença Filho - Diretor Médico INSTITUTO DE OLHOS DO RECIFE - IOR

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Nem toda tontura é labirintite

Por Yuri Euzébio* Quando uma pessoa sente “o mundo rodar”, na maior parte das vezes, já pensa logo que está com labirintite. Mas não é bem assim, existem também outras causas que provocam a sensação de tontura e vertigem. Na verdade, até a palavra labirintite é mal-empregada. “Ao pé da letra, esse termo refere-se apenas à inflamação do labirinto, que é uma região interna da orelha ligada às funções de audição e de equilíbrio”, conceitua Alberto Monteiro, otorrinolaringologista do Hospital Jayme da Fonte. O termo correto para o conjunto de enfermidades que afetam o labirinto é labirintopatia. A confusão existe, segundo os otorrinos, porque há um senso comum entre pacientes e até médicos não especialistas de que toda tontura seja labirintite. Há também muita confusão entre vertigem e tontura. De acordo Luiza Gondra, otorrinolaringologista e preceptora do Ambulatório de Otoneurologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, tontura é um termo genérico para a característica em que o paciente percebe o espaço girando, sem a sensação de estar em movimento. Já a vertigem é justamente quando o paciente sente, ele próprio, rodando ou girando, ou seja, uma falsa sensação de deslocamento. Segundo Luiza, os sintomas da labirintopatia estão relacionados, basicamente, a tontura, perda auditiva, zumbido e flutuação da audição, que é quando a audição do paciente fica “flutuando” com dias bons e outros ruins. Se o paciente não apresentar inflamação no labirinto, está descartada a hipótese de ser labirintite. As causas da labirintopatia podem ter diversas origens, que passam por motivos pouco óbvios, como a alimentação. “O consumo abusivo de café, refrigerantes, doces e gordura irrita o labirinto. Infelizmente, poucas pessoas se atentam que uma dieta pouco saudável influencia na manifestação da doença”, alerta Monteiro. Há ainda questões vasculares, que são os problemas de circulação sanguínea na  no cérebro e a obstrução dos vasos que acabam afetando o labirinto. “Entretanto, uma das causas mais comuns é a questão emocional, como ansiedade e estresse, que influenciam no funcionamento dos órgãos causando, como por exemplo, dores de estômago e enxaqueca, mas também podem acabar descompensando o labirinto”, alerta Monteiro, acrescento que em alguns casos pode até provocar a perda de audição. DIAGNÓSTICO O diagnóstico do sintoma da tontura se dá por meio de testes clínico e complementares. “Às vezes, precisamos de alguns exames focados no labirinto, chamados de exame ortoneurológico, além de imagem e laboratoriais para investigar algum distúrbio e, principalmente, um exame físico. Ser avaliado por um médico é imprescindível para descobrir algum indício do que pode ser aquela tontura”, detalhou Luiza. Monteiro chama a atenção para uma averiguação detalhada do paciente. “É preciso fazer uma investigação, com exame de sangue para ver se há distúrbio metabólicos, se é diabético, se o colesterol está alto, identificando qualquer um desses fatores, o tratamento envolve a correção desse indicativo”. “Após investigação com auxílio dos exames otoneurológicos e confirmada a labirintopatia, é indicado o tratamento específico  para o labirinto, que pode ser por meio de medicamentos, correção dos hábitos de vida e até mesmo manobras ou exercícios de habituação do labirinto”, informa Luiza.  Muitas vezes o tratamento é realizado em conjunto com profissionais de outras especialidades, caso seja comprovada alterações como diabetes e hipertensão. Esses especialistas que precrevem os medicamentos em conjunto com uma dieta. A automedicação, segundo a otorrinolaringologista, não deve ser realizada. Apesar de ainda não ser de conhecimento geral, a taxa de incidência dessas doenças é alta. De acordo com os especialistas, algo em torno de 40% a 60% da população tem algum tipo de tontura ou vertigem, acometendo mais os idosos e as crianças. Por isso, se você apresentar algum dos sintomas elencados, procure um otorrinolaringologista.      

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Torção de tornozelo pode causar danos para a vida toda

Quem nunca sofreu uma torção no tornozelo? É estimado que a cada 25 anos de vida, uma pessoa percorra o equivalente a uma volta ao mundo a pé. Sendo assim, a chance de pisar em falso em uma caminhada não é pequena. Na prática esportiva, então, a entorse, como também é chamado, é muito comum e considerada o motivo mais frequente para atendimentos emergenciais. A maioria das pessoas considera a torção um problema sem consequências e logo volta às atividades normais, mas o fato é que a entorse do tornozelo pode ser uma lesão grave e deixar sintomas para o resto da vida, como explica o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), Dr. José Antônio Veiga Sanhudo. “Estima-se que pelo menos 10% dessas lesões evoluam com sequelas, especialmente quando o tratamento é negligenciado”, ressalta. O tornozelo é a base do corpo e, ao torcê-lo, o ideal é passar por consulta com um especialista para uma avaliação correta da gravidade da lesão. “O médico vai avaliar a necessidade de exames complementares, como radiografias, para descartar fraturas e, eventualmente, ressonância nuclear magnética para quantificar a extensão da lesão ligamentar, a possiblidade de lesão tendinosa e/ou de cartilagem associadas”, explica Dr. Sanhudo. Graus da torção Quando uma entorse de tornozelo acontece, um ou mais ligamentos no lado interno ou externo (mais comumente) sofreram estiramento, ruptura parcial ou ruptura total. A gravidade da lesão varia de acordo com o grau de ruptura das estruturas ligamentares e é classificado de I a III. Grau I – leve (distensão): ligeiro estiramento dos ligamentos, com formação de edema e presença de dor. Grau II – moderado: ruptura parcial dos ligamentos e instabilidade da articulação, com presença de edema e rigidez na movimentação. Dor de intensidade moderada. Grau III – grave: ruptura total dos ligamentos e muita instabilidade no pé, com grande dificuldade para manter-se em pé e dor intensa. “A entorse do tornozelo compreende graus variados de lesão ligamentar, que via de regra cicatrizam bem, mas que se não imobilizadas e supervisionadas por um especialista, muitas vezes cicatrizam alongadas, sem a tensão adequada, o que, na maioria das vezes, provoca instabilidade articular, com perda da segurança, falseios e entorses de repetição”, fala o presidente da ABTPé. Dependendo do grau de instabilidade e sintomas residuais, uma cirurgia para reparo ligamentar pode ser necessária. A causa mais comum desse desfecho é o tratamento inadequado. “Muitas entorses são tratadas sem orientação médica adequada e o indivíduo acha que ficou curado até notar que o seu tornozelo não é mais o mesmo”, salienta o especialista. “O tratamento da lesão, que outrora envolvia longos períodos com bota gessada, hoje é, na maioria das vezes, realizado de forma funcional com imobilizações elásticas que bloqueiam alguns movimentos, mas permitem a deambulação com uso de calçados regulares”, conclui Dr. Sanhudo. A duração do tratamento é de 6 a 12 semanas, habitualmente e, quase sempre, envolve uma fase inicial de imobilização funcional – como explicado pelo especialista, seguida de reabilitação.

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Tratamento contra o câncer de mama pode ficar menos agressivo

Uma substância inédita desenvolvida no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP apresentou resultados promissores na busca por um tratamento menos agressivo para pacientes com câncer de mama. Após ser misturado com a Doxorrubicina – um dos quimioterápicos utilizados no combate à doença -, o novo composto permitiu que o medicamento tivesse 95% de sua concentração reduzida, mantendo a mesma eficácia. “Diminuindo a concentração do fármaco, é possível evitar uma série de efeitos colaterais, como queda de cabelo, náuseas, perda de peso, problemas cardíacos, entre outros. Muitas vezes, esses efeitos são tão fortes que o paciente precisa tomar outros remédios para conter os sintomas”, explica Andrei Leitão, professor do IQSC e orientador do estudo. Além de reduzir os efeitos colaterais, a utilização de medicamentos em menores concentrações no combate ao câncer de mama poderá baratear o custo de seu tratamento, possibilitando que mais pessoas sejam atendidas. Durante a realização do trabalho, que levou cerca de dois anos para ser concluído, os cientistas estudaram diversas substâncias criadas no Grupo de Química Medicinal & Biológica (NEQUIMED) do Instituto com o objetivo de combiná-las com fármacos já disponíveis no mercado para o tratamento do câncer. “Nós fizemos várias análises para entender os mecanismos de ação de alguns compostos e descobrir qual era o mais promissor para impedir a evolução da doença”, revela Talita Alvarenga, autora da pesquisa e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Bioengenharia, oferecido em parceria pelo IQSC, Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). A substância selecionada pelos pesquisadores é constituída, basicamente, de aminoácidos quimicamente modificados. O novo composto tem potencial para “frear” uma eventual migração da doença pelo organismo (metástase) e foi combinado com a Doxorrubicina, quimioterápico conhecido por sua utilização no tratamento de vários tipos de câncer. “A pergunta que norteou nosso trabalho foi a seguinte: o que aconteceria se misturássemos um medicamento que, sabidamente, mata as células cancerosas com uma substância que inibe sua multiplicação? “, questiona Andrei. Após aplicarem a combinação desenvolvida em células humanas com câncer (testes in vitro), os cientistas foram surpreendidos pelos resultados. “Utilizando a nossa substância em conjunto com o medicamento, foi possível obter a mesma eficácia que ele teria se fosse aplicado sozinho, mas com uma concentração de quimioterápico 33 vezes menor, o que equivale a uma redução de 95%”, comenta Talita, que teve sua pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Outro resultado interessante observado pelos pesquisadores foi que o composto combinado passou a se comportar de forma mais seletiva, ou seja, atacando majoritariamente as células cancerosas e preservando as células saudáveis. De acordo com o professor do IQSC, a terapia combinada possui diversas funções dentro da medicina e tem sido amplamente adotada por profissionais da área da saúde, principalmente para aumentar a eficiência de alguns tratamentos. No caso do câncer, a utilização de substâncias em conjunto surge como uma alternativa interessante para conter a doença, que pode se tornar resistente a alguns medicamentos convencionais por se tratar de uma enfermidade que apresenta muitas variações, subtipos e reações dentro do organismo dependendo do fármaco utilizado para o seu controle. Outro exemplo citado pelo docente é a Aids, cujo tratamento demanda um coquetel de remédios combinados para combater os sintomas gerados pela ação do vírus HIV. “Essas combinações precisam ser testadas no laboratório, pois não há modelos computacionais suficientes que possam prever os efeitos de todas essas misturas”, complementa o docente. Vilão frequente – Segundo estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o Brasil deve registrar cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama em 2020, o que significa cerca de 61 ocorrências a cada 100 mil mulheres. A maior incidência da doença será no Estado de São Paulo, onde são esperados mais de 18 mil casos. Em 2017, o País registou 16.724 óbitos por câncer de mama, o segundo tipo que mais acomete as mulheres, perdendo apenas para o de pele não melanoma. No mundo, o câncer de mama é o mais comum entre o público feminino – só em 2018, foram registrados 2,1 milhões de casos. Fatores como obesidade, sedentarismo, menopausa tardia, além de questões genéticas, hereditárias e ambientais, contribuem para o aumento do risco de desenvolver a doença. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para mulheres afetadas pelo câncer de mama, com a realização de exames, cirurgias, radioterapia e quimioterapia. Como forma de estimular a prevenção e o diagnóstico precoce, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos, sem sintomas ou sinais da doença, façam a mamografia a cada dois anos e realizem regularmente o autoexame. Os próximos passos da pesquisa da IQSC serão os testes em animais, que devem começar neste primeiro semestre, no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, em São Paulo. Se todos os resultados obtidos até o momento se confirmarem nas etapas seguintes do estudo, inclusive nos testes em humanos, a expectativa é de que a substância possa estar no mercado em alguns anos.

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Coronavírus: máscaras e álcool em gel têm alta nas vendas em janeiro

Atentos ao alcance global do Covid-19, doença causada pelo coronavírus, brasileiros têm se mostrado preocupados com a epidemia chinesa e já buscam métodos de prevenção. De acordo com o Farmácias APP aplicativo de vendas online de saúde e beleza do Brasil, as vendas de máscaras e álcool em gel refletem essa tendência, com alta exponencial em janeiro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Nesse sentido, as máscaras de proteção tiveram destaque expressivo. A categoria registrou aumento de 117% no volume de vendas e de 113% no faturamento em relação a janeiro de 2019. Para o Farmácias APP, os resultados apresentados seguem a tendência de alta já registrada em 2019, acrescida do coronavírus. “No ano passado, esses itens registraram crescimento de 12%. Somando este dado com a epidemia do coronavírus, as vendas foram impulsionadas, atingindo este aumento tão significativo”, explica a companhia. Prevenção no dia a dia A compra dos itens é um passo importante para a prevenção do Covid-19, mas, para completá-la, o Farmácias APP destaca algumas ações simples para potencializar o cuidado com a saúde. “Lavar sempre as mãos ao longo do dia, cobrir o nariz e a boca ao espirrar e tossir, não compartilhar objetos de uso pessoal e manter ambientes bem ventilados são alguns exemplos já recomendados pelo Ministério da Saúde e que devem ser seguidos sempre”, finaliza a companhia.

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Casos de sífilis têm aumento no Brasil

As doenças sexualmente transmissíveis causam, desde sempre, transtornos na saúde pública e na vida das pessoas. Além das mais conhecidas, como o HIV, a herpes genital e a gonorreia, por exemplo, outras têm surgido ou evoluído com o passar do tempo. No Brasil, uma das DSTs que mais tem avançado é a sífilis. Segundo um relatório do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2018 a doença teve um aumento de 4.157% nos casos. De acordo com o estudo, só durante o ano de 2018, mais de 246 mil pessoas adquiriram a doença no Brasil. A sífilis tem como principal forma de transmissão as relações sexuais desprotegidas, ou seja, sem o uso de preservativo. A doença é considerada uma infecção sistêmica crônica, de transmissão sexual e vertical (quando é transmitido da mãe para o bebê), provocada pela bactéria espiroqueta Treponema pallidum. ‘‘A sífilis é caracterizada por quatro etapas: primária - quando ocorre de 10 a 90 dias após o contato sexual, formando-se uma úlcera indolor com base endurecida, rica em treponemas (um gênero de bactéria); secundária, quando surge de seis semanas a seis meses após o contágio, formando-se lesões doloridas na pele e mucosas em forma de roséola; sífilis latente, período no qual não há sinais clínicos da doença, mas há reatividade nos testes imunológicos que detectam os anticorpos, e sífilis terciária, ocorrendo cerca de 2 a 40 anos após o contágio, com lesões nodulares que podem provocar degenerações ósseas, cardiovasculares e neurológicas’’, diz o professor dos cursos de pós-graduação da Área da Saúde do Centro Universitário Internacional Uninter, Willian Barbosa Sales. A sífilis preocupa as autoridades por ser uma doença de fácil propagação e pelo aumento de contaminação nos últimos anos. Para evitar uma maior propagação, o Ministério da Saúde tem feito campanhas de prevenção e de alerta para a população. Para Sales, há uma forma de prevenção muito eficaz contra sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis. ‘‘A melhor maneira é o sexo seguro, com o uso correto e regular da camisinha feminina ou masculina’’, conclui. Aos casos já confirmados, há esperança. A doença pode ser tratada e tem cura, mas, de acordo com o professor, é preciso que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível. Para identificar a doença, existem alguns sintomas que podem ser observados, por exemplo: Sífilis primária · Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias; normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. Sífilis secundária · Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. · Manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias; · Febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. Sífilis latente – fase assintomática · Não aparecem sinais ou sintomas; · É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção); · A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária. Sífilis terciária · Pode surgir de 2 a 40 anos após o início da infecção; · Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

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Cuidados com a alimentação no carnaval

Comer na rua, delivery de fast foods e bebida alcoólica é a cara do carnaval pra muita gente. Mas, para a alegria durar além dos dias de festa, os foliões precisam ter cuidados especiais com a alimentação. De acordo com a coordenadora e professora do núcleo de pós-graduação em nutrição da Faculdade IDE Joyce Moraes é bom evitar sair para farra em jejum. “O desjejum deve ser caprichado, pois é a refeição mais importante no período e irá garantir energia suficiente para se pular até o horário da próxima, já que dificilmente terá hora certa para ocorrer”. A sugestão da nutricionista é colocar uma fonte de proteína, como ovos, carnes ou frango, adicionando uma raiz, a exemplo do inhame, macaxeira e babata doce. “Nessa refeição, não pode exagerar na fritura, pois o folião pode ficar enjoado na hora da folia. Frutas fontes de potássio, como banana e abacate, também são boas opções para o café da manhã, que vão evitar cãibras e garantem o um bom funcionamento do sistema muscular”, explica. Outra sugestão é incluir os cereais integrais na dieta, como a granola, a aveia e os farelos, pois são uma ótima fonte de energia e retardarem a sensação de fome por mais tempo. Ao cair no passo, o folião também acaba caindo em tentação com a grandes ofertas de comidas nas ladeiras e avenidas. O primeiro ponto é beber bastante água e água de coco, sendo recomendado de dois a três litros por dia para evitar desidratação, principalmente se estiver consumindo bebidas alcoólicas, que também vai evitar ressacas. “E as bebidas devem estar bem geladas para não causarem náuseas”, sugere a docente da Faculdade IDE. Cuidados ao comer na rua Já o coordenador e professor da pós-graduação em controle de qualidade dos alimentos da Faculdade IDE, Fábio Portella, alerta também para a origem dos alimentos folia, visto que a maioria das pessoas acaba comendo na rua. “O folião deve ficar atento ao tipo de comida e como ela está acondicionada. Mariscos, frutos do mar, alimentos muito manipulados, como pastelões, tortas, maionese, molhos e cremes, devem ser evitados, pois exigem rigorosos controle de qualidade, que muitas vezes não possui logística adequada no meio do carnaval”. Entre as dicas, preferir alimentos lacrados e evitar amendoim cozido, pelo risco potencial de contaminação por aflatoxinas, toxina fúngica. “Em caso de dúvida, solicitar o certificado emitido pela Vigilância Sanitária Municipal/Estadual. Este certificado deve ficar visível, mas caso não esteja, o consumidor pode solicitar”, orienta Fábio. Sobre os produtos que, geralmente, ficam expostos nas barraquinhas, o professor conta que há riscos de contaminação, mesmo se aquecidos. “O problema da chapa com carne e macaxeira, por exemplo, é saber como eles foram acondicionados antes do preparo e nas condições higiênicas da própria chapa. Além disso, a macaxeira, devido ao alto teor de carboidratos, pode fermentar, caso sofra contaminação bacteriana, e a carne, devido ao elevado teor de nutrientes, é um alimento de extrema perecibilidade. Logo, caso esses alimentos já estejam estragados ou contaminados, o preparo, mesmo com o calor da chapa, não vai garantir a segurança do alimento”, finaliza professor de controle de qualidade dos alimentos da Faculdade IDE. Exagerou? Confira as dicas para o dia seguinte E pra quem exagerou na festa, a sugestão da professora de pós-graduação em nutrição da Faculdade IDE Joyce Moraes é tomar gengibre em pó pela manhã, que pode ser misturado no suco, café ou água, garantindo o bom funcionamento do estômago e do fígado. “Já chás como boldo, alcachofra, hibisco, alecrim e dente-de-leão podem auxiliar nos sintomas da ressaca. Deve-se ingerir uma xícara de manhã e outra ao chegar da folia e outra antes de dormir, sem adoçar”, detalha Joyce. Segundo a nutricionista, uma boa receita para preparar o fígado para a folia é bater duas folhas de couve com talo e tudo, adicionar uma fruta, água de coco e um pedaço de gengibre. É só bater tudo no liquidificador e tomar sem adoçar. “Sugiro beber a vitamina pela manhã, ao acordar, e à noite, antes de dormir”. Outra receitinha é bater duas colheres de sopa de clorofila com suco de laranja ou de abacaxi e cubos de gelo. Essa pode adoçar! É outra ideia para tomar no desjejum ou à noite, após ingestão de bebidas alcoólicas. FACULDADE IDE – A Faculdade IDE, mantida pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional, desde 2006, promove pós-graduações na área de saúde, contando com mais de 120 cursos nas áreas de medicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição, educação física, psicologia e fonoaudiologia. Autorizada pelo MEC, na portaria nº 852, de 30/12/18, passou a oferecer também graduações, como de Estética e Recursos Humanos. Com sede no Recife, no Pina, tem presença em oito estados do N/NE. Mais informações (81) 3465.0002, 0800 081 3256 e www.faculdadeide.edu.br.

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Curta a folia sem alergia – Veja as orientações dos especialista

Muita diversão e viagem, é isso que promete o Carnaval. Para curtir a folia, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) preparou algumas orientações para evitar possíveis reações alérgicas relacionadas ao spray de espuma, maquiagem e alimentos. Confira: Spray de espuma – Dependendo da composição do produto, algumas pessoas podem apresentar alergias de contato após a exposição a estas substâncias. O mais comum, entretanto, seriam as reações irritativas que, além da pele, podem irritar os olhos e as vias aéreas, causando sintomas nasais como obstrução e coriza, além de falta de ar e sibilância. “Após o contato com o produto, a região afetada deve ser lavada com água corrente em abundância. Importante ressaltar que as reações alérgicas de contato acontecem mais tardiamente, entre dois e três dias. Nesse caso, pode ser necessário o uso de corticoides tópicos e anti-histamínicos por via oral”, explica Dr. Clóvis Eduardo Santos Galvão, membro do Departamento Científico de Alérgenos da ASBAI. Maquiagem – Muito usada nessa época do ano, a maquiagem pode desencadear a dermatite de contato. Dois cuidados são muito importantes para evitar uma reação alérgica: o primeiro é se atentar ao prazo de validade porque, neste caso, pode acontecer uma contaminação por fungos, o que não é uma reação alérgica. O segundo é com algumas substâncias que estão no produto e que podem causar alergias. “Se ao passar a maquiagem ocorrer coceira, vermelhidão na pele e ardência, tire imediatamente o produto da pele com bastante água fria, sabonete e procure um especialista para que ele possa fazer o diagnóstico correto e identificar o agente causador da alergia”, orienta a Dra. Alexandra Sayuri Watanabe, diretora da ASBAI. Algumas dicas de como prevenir reações alérgica à maquiagem: - Use produtos de qualidade certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); - Guarde a maquiagem em lugar fresco e protegido da luz solar; - Não use produtos que estejam com o prazo de validade vencido; - Não compartilhe maquiagens com outras pessoas; - Se tiver dúvidas sobre um determinado cosmético, peça orientação ao seu alergista, para evitar reações desagradáveis. Alergia Alimentar – O camarão está entre os principais alimentos causadores de alergias. As alergias são imprevisíveis e podem ocorrer em qualquer fase da vida, ainda que o indivíduo já tenha ingerido o alimento outras vezes. No Brasil não há estatísticas oficiais, porém, a prevalência das alergias alimentares parece se assemelhar com a literatura internacional, onde cerca de 8% das crianças e 2% dos adultos são acometidos. "O fato de já ter ingerido camarão e nunca ter apresentado reação não significa que, em algum momento da vida, a pessoa não possa começar a ter alergia por esse alimento. Indivíduos com asma, rinite e dermatite atópica são um pouco mais predispostos do que a população geral, mas isso não é uma regra", alerta a Dra. Renata Cocco, Coordenadora do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Sobre a ASBAI - A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1972. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cuja missão é promover a educação médica continuada e a difusão de conhecimentos na área de Alergia e Imunologia, fortalecer o exercício profissional com excelência da especialidade de Alergia e Imunologia nas esferas pública e privada e divulgar para a sociedade a importância da prevenção e tratamento de doenças alérgicas e imunodeficiências. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.

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