Arquivos prevenção - Página 5 de 8 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Subtipo agressivo de câncer de pulmão poderá ser tratado com imunoterapia

Após 30 anos sem avanços na área, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar o primeiro tratamento inicial para pacientes com câncer de pulmão de pequenas células em caso de doença extensa: a imunoterapia atezolizumabe, da Roche, adicionada à quimioterapia. Esse é um tipo agressivo de tumor, com taxa de mortalidade de 87%. O novo tratamento de primeira linha diminui o risco de progressão do câncer e morte, aumentando assim o tempo de vida. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil tem 31,2 mil novos casos de câncer de pulmão ao ano - o segundo mais incidente em homens (atrás do de próstata) e o quarto em mulheres (depois de mama, intestino e colo do útero). Em torno de 15% dos casos são de pequenas células e, entre esses, 70% correspondem a doença extensa. O paciente com esse subtipo de câncer tem, em média, 65 anos e sintomas agudos como tosse (geralmente com sangue), dor no tórax, cansaço e perda de peso sem causa aparente. A maioria é fumante ou tem histórico de exposição por tempo prolongado ao tabaco. O atezolizumabe já é utilizado no Brasil para tratar câncer de pulmão de não pequenas células, tumores uroteliais e, em breve, câncer de mama triplo-negativo, cuja indicação foi aprovada pela Anvisa em maio. Essa imunoterapia bloqueia o PD-L1, proteína encontrada no tumor que impede o sistema imunológico do paciente de atacar o câncer. Ao minar este mecanismo de defesa do tumor e associar a quimioterapia, o tratamento consegue ser mais eficiente contra a doença. O estudo IMpower 133 avaliou 403 pacientes e mostrou que 52% do grupo que recebeu atezolizumabe mais quimioterapia ainda se mantinham vivos (sobrevida global) em 12 meses em comparação com 38% no grupo que usou apenas quimioterapia. Em sobrevida livre de progressão, que é quanto tempo os pacientes viveram sem que o câncer piorasse, a diferença foi que, em 6 meses, havia 31% dos pacientes sem piora no grupo da combinação de imunoterapia com quimioterapia contra 22% no grupo de apenas quimioterapia e, em 12 meses, 13% contra 5%. Desde a década de 1970, mais de 40 estudos de fase III avaliaram cerca de 60 moléculas em primeira linha de tratamento, manutenção e segunda linha, mas falharam por fatores diversos. “Durante décadas, ficou inalterado o padrão de tratamento para câncer de pulmão de pequenas células com doença extensa. Após muitas tentativas de buscar opções, os resultados com a imunoterapia representam um momento marcante para a oncologia”, afirma Gilberto Castro Júnior, professor da Faculdade de Medicina da USP e presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT). “Trata-se de um avanço real nesse cenário, tornando o atezolizumabe mais a carboplatina e etoposídeo [quimioterapia] o novo tratamento padrão para a primeira linha, enquanto continuam os esforços no campo da pesquisa em torno dessa doença, que ainda permanece sendo muito agressiva”, conclui o especialista.

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De mãe para filho: doenças verticalmente transmissíveis comprometem saúde e vida do feto

Gerar um filho é sonho da maioria das mulheres, mas essa fase exige mudanças e diversos cuidados com a saúde. Alimentação balanceada, atividade física orientada e um extenso calendário de consultas passam a fazer parte da rotina da mulher. No rol dessas mudanças, os exames diagnósticos figuram como protagonistas não apenas na avaliação do desenvolvimento do feto, mas para controle da saúde da mãe e na detecção de doenças verticalmente transmissíveis. “A avaliação criteriosa da gestante é imprescindível, pois existem diversas doenças, que muitas vezes a mulher nem sabe que é portadora, e podem ser transmitidas durante a gestação ou no parto. O ideal é que a paciente que planeja ter um filho realize alguns exames antes mesmo de engravidar”, comenta a ginecologista obstetra, Lea Amaral Camargo. A toxoplasmose, doença infecciosa que pode ser adquirida principalmente por meio de alimentos crus ou mal lavados, como peixe ou carne crua, pode causar malformações importantes, especialmente se adquirida no primeiro trimestre de gravidez. Embora tenha tratamento, os efeitos colaterais também são indesejáveis e intensos. Já a rubéola, se adquirida no primeiro trimestre da gravidez, gera riscos de malformações gerais que podem causar surdez, retardo no crescimento intrauterino e problemas cardíacos e de visão. Por afetar o diretamente feto, também é comum abortamento e parto prematuro. A temida febre Zika causa microcefalia no feto, uma má-formação associada ao retardo mental em 90% dos casos. A malformação fetal também pode ser causada pelo Citomegalovírus, além dos riscos de surdez, retardo mental e epilepsia. Algumas infecções sexualmente transmissíveis também são de alto risco para o feto. A sífilis, além de aumentar o risco de parto prematuro ou aborto, pode provocar surdez, hidrocefalia e anomalias nos dentes e nos ossos. Já o herpes genital pode ser transmitido para o feto durante a gestação ou no momento do parto, se a mãe estiver com a doença ativa, causando sequelas na pele e cérebro. O HIV, vírus presente em mais de 827 mil pessoas no Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 2016, pode ter risco reduzido de transmissão da mãe para o feto, se forem administrados medicamentos antivirais durante a gestação. Porém, ainda assim, o bebê não pode ser amamentado no peito, porque o vírus é transmitido pelo leite. Exames moleculares garantem maior precisão no diagnóstico “A prevenção, por meio de vacinas e cuidados, sempre será a melhor alternativa para a saúde. No entanto, a detecção precoce de uma doença também colabora consideravelmente para o tratamento da mãe e prevenção da saúde do feto”, comenta a ginecologista. Com esse objetivo, os médicos vêm contando com o auxílio da biologia molecular na obtenção de resultados mais rápidos e precisos. Exames moleculares conseguem detectar patógenos em amostras de locais onde nem sempre o agente infeccioso é percebido com facilidade. “Testes baseados na tecnologia de PCR em tempo real podem detectar, em alguns casos, o DNA do agente patológico mesmo que a pessoa não tenha desenvolvido a doença. Além disso, os resultados costumam ficar prontos em algumas horas”, revela o especialista do laboratório da Mobius Life Science, Lucas França. A empresa desenvolve e distribui kits para exames diagnósticos que detectam infecções sexualmente transmissíveis, o citomegalovírus, diversos tipos de herpes e do HPV. O grande diferencial do exame molecular com genotipagem para HPV é capacidade de identificar 36 tipos do vírus, entre eles 18 com alto risco de evolução para câncer. Além disso, é um importante aliado na prevenção do câncer de colo de útero, causado principalmente pelos tipos 16 e 18 do vírus: com um resultado negativo no teste molecular, mais sensível e completo que o Papanicolau, a mulher pode ficar de três a cinco anos isenta de repetir o procedimento

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Diabetes: doença crônica e silenciosa

Pé diabético, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, retinopatia, nefropatia, neuropatia, entre outras, são complicações que podem surgir se o diabetes não for tratado de forma adequada. No dia 26 de junho, comemora-se o Dia Nacional do Diabetes, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e educação sobre a doença. Uma pesquisa do Ministério da Saúde indicou que entre 2006 e 2016 foi registrado um aumento de 61,8% nos casos de diabetes no país. Em paralelo, o número de casos de obesidade cresceu 60%. O diabetes é uma doença crônica e silenciosa, com a qual a pessoa deverá conviver durante a vida toda, podendo causar inúmeras complicações ao longo de seu desenvolvimento, comprometendo a qualidade de vida do paciente. Especialistas ressaltam que o aumento da incidência da doença deve-se a vários fatores, entre eles a falta de cuidados com a saúde, estilo de vida cada vez mais acelerado, e baixa atenção com a alimentação. De acordo com Henrique Eloy, médico especialista em cirurgia, endoscopia bariátrica e gastroenterologia, o sobrepeso e a obesidade também são fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes. “ O diabetes tipo 1 é mais comum em pessoas com idade abaixo dos 35 anos, já o tipo 2 acontece por resistência à ação da insulina, sendo que a obesidade é uma das principais responsáveis”, diz. Para os pacientes portadores de obesidade associada a diabetes, o tratamento é fundamental para o controle da doença. A perda de peso nesses pacientes pode ser tanto através de dietas, atividades físicas ou mesmo procedimentos endoscópicos, como o balão intragástrico, sutura endoscópica e cirurgias. “A indicação cirúrgica é de suma importância para que haja um bom controle a longo prazo do diabetes. Tanto é necessária que já existe uma orientação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, para que possam ser indicados para a cirurgia bariátrica, aqueles pacientes que apresentam obesidade leve associada ao diabetes, dado o grande benefício que a intervenção cirúrgica resulta para o controle da doença”, ressalta Henrique Eloy. O diabetes não pode ser dissociado de outras doenças glandulares. Além da obesidade, outros distúrbios metabólicos (excesso de cortisona, do hormônio do crescimento ou maior produção de adrenalina pelas adrenais) podem estar associados à doença.

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Zumbido no ouvido: O que é e como tratar?

O zumbido é uma percepção de um som na cabeça e pode parecer como um apito, um assobio, um zumbir, um chiar, um rugir ou até mesmo um gritar. Pode parecer que vem apenas de um ouvido ou de ambos, de dentro da cabeça ou à distância, constante ou intermitente, estável ou pulsante. No Brasil, mais de 28 milhões de pessoas – de todas as idades – sofrem do problema. O índice é um alerta para aqueles que sofrem de perda auditiva e, por isso, o diagnóstico com um profissional habilitado é fundamental para o tratamento correto. Segundo a Fonoaudióloga Luiza Diamantino, da Telex Soluções Auditivas, a maioria das pessoas que procura ajuda médica apresenta um estado constante de zumbido e, em muitos casos, algum grau de perda auditiva. “Os principais causadores da perda auditiva são: ruído alto, medicamentos que danificam os nervos auriculares, cera afetada, infecções, tumores vasculares, envelhecimento, entre outros”, alerta. Ainda segundo Luiza, grande parte dos zumbidos é "sensorineural", o que significa que é devido à perda auditiva no nível da cóclea ou do nervo coclear. “Vale ressaltar, ainda, que o problema pode se originar em outros lugares. O zumbido pode ter origem de alguma alteração hormonal, pressão alta, alterações nos níveis de glicose e até de origem muscular.” conta. A fono também lembra que, após o diagnóstico, além de tratar problemas associados – como depressão ou insônia –, existem várias estratégias que podem ajudar a tornar o transtorno menos incômodo. “É fundamental ficar ciente que nenhuma abordagem específica funciona para todos. É possível que um mesmo paciente possa precisar experimentar várias combinações de técnicas antes de encontrar uma que funcione efetivamente”, finaliza.

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Junho: Mês internacional de conscientização da infertilidade

A infertilidade é o pesadelo das pessoas que sonham em ter filhos. A doença, que se caracteriza pela incapacidade de reprodução, acomete 80 milhões de pessoas em todo o mundo e 15% de todos os casais, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso, com o objetivo de informar e incentivar a prevenção e o tratamento do problema, a Associação Americana de Infertilidade (AIA), junto com a Associação de Apoio Internacional aos Pacientes Inférteis (ICSI), elegeu, em 2002, junho como o Mês Internacional de Conscientização da Infertilidade. De acordo com o urologista e especialista em Fertilidade e Saúde Sexual do Homem, Filipe Tenório, a campanha é importante porque reforça a necessidade de procurar auxílio médico assim que a doença for identificada. “Algumas pessoas ainda não sabem que há tratamento adequado para os problemas que causam a infertilidade. Mesmo nos casos considerados irreversíveis, ainda há a possibilidade de induzir uma gravidez através da fertilização in vitro”, explica. “É importante incentivar a busca pelo tratamento”, salienta. O diagnóstico da infertilidade é feito através da realização de exames. Na mulher, são feitas avaliações dos óvulos, das trompas e útero. Também são analisados outros problemas que podem causar a doença, como endometriose. “Já nos homens é indicado fazer o espermograma, que vai avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozoides”, esclarece Tenório. Segundo o especialista, cerca de 40% dos casos de infertilidade são representados por disfunções no sistema reprodutor dos homens. “A causa mais comum é a varicocele, dilatação das veias do testículo que faz com o sangue fique preso e aumente a temperatura, diminuindo a produção de espermatozoides”, aponta Tenório ressaltando que obstruções no epidídimo, no ducto deferente e na próstata, e desequilíbrios dos hormônios sexuais (muito comum em usuários de anabolizantes e homens obesos), também podem acarretar o quadro. “Além disso, a infertilidade pode ter origem genética e pode ser motivada por outros fatores, como uso de drogas, quimioterapia e radioterapia”, afirma. O tratamento ideal vai variar de acordo com a causa, podendo ser cirúrgico ou com medicamentos. Quando a causa não pode ser sanada, os médicos encaminham os pacientes para dois tipos de tratamento: inseminação, que insere os espermatozoides dentro do útero para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozoides; e a fertilização in vitro, na qual a fecundação dos óvulos e espermatozoides é feita em laboratório.

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Prefeitura instala Brigada Contra o Mosquito Aedes aegypti em escola municipal do Ipsep

A Prefeitura do Recife iniciou, nesta quinta-feira (6), a instalação de novas Brigadas Contra o Mosquito Aedes aegypti. A ação, que ocorre durante a programação da Semana do Meio Ambiente, começou pela Escola Municipal Luiz Vaz de Camões, no Ipsep, e continua, nesta sexta-feira (7), com a inclusão do Mercado Público da Madalena, às 8h30. As brigadas são grupos formados em instituições públicas e privadas, que são capacitados pela Secretaria de Saúde do Recife para atuar na prevenção e controle do mosquito transmissor das arboviroses – dengue, chikungunya e zika. A Luiz Vaz de Camões é a primeira escola pública a ter uma brigada e formou uma equipe com cerca de 20 estudantes para serem agentes multiplicadores de informações sobre como evitar a proliferação do Aedes aegypti na comunidade em que vivem. O gerente de Vigilância Ambiental do Recife, Jurandir Almeida, explicou que essa é uma estratégia que se soma à atuação da Prefeitura do Recife nas visitas às residências. “Os estudantes passam boa parte do dia na escola e podem se expor aos riscos de um ambiente com criadouros, por isso é importante que também haja esse cuidado aqui. Eles serão orientados sobre quais ações precisam ser desenvolvidas para nos ajudar no combate ao mosquito tanto no entorno da escola quanto em suas casas”, comentou. Os brigadistas vão inspecionar o ambiente, utilizando um questionário próprio, para detectar e remover criadouros ou depósitos que possam ser favoráveis à reprodução dos mosquitos. Eles receberão um check list para não esquecer quais tarefas precisam ser feitas para garantir os cuidados necessários durante as vistorias sistemáticas. O monitoramento no local costuma ser feito mensalmente, mas, sempre que for necessário, os brigadistas podem solicitar a visita dos Agentes de Controle Ambiental e Controle de Endemias (Asaces) antes dos 30 dias. Na Escola Luiz Vaz de Camões, ainda serão instaladas quatro ovitrampas, que são armadilhas controladas pela Vigilância Ambiental e que reproduzem as condições ideais para as fêmeas dos mosquitos depositarem os seus ovos. Por meio dessas armadilhas, é possível mensurar o índice de infestação do inseto no local. As ovitrampas serão periodicamente recolhidas pela Secretaria de Saúde do Recife para contagem dos ovos existentes e avaliação do impacto das ações desenvolvidas. A estudante do 6º ano Julia Vitória Adelino, 11 anos, será uma das brigadistas da Escola e contou que sempre esteve engajada para combater o mosquito. “Antes mesmo de começar a brigada na escola, eu e outros colegas já mexíamos em uns pneus que tinham por aqui para não deixar acumular água. Agora, temos esse compromisso maior de não deixar se formar nenhum foco. Me sinto muito importante de ajudar com isso e poder levar informação para outras pessoas”, disse a adolescente, orgulhosa. Para a professora de Ciências Viviane Barbosa, essa ação de conscientização dos estudantes vai ajudar a trabalhar, de forma prática, o tema das arboviroses. “Com a instalação das armadilhas, os alunos ainda poderão investigar o desenvolvimento dos mosquitos, avaliar a época do ano em que mais aparecem e perceber quais as melhores condições para reprodução. Esses conhecimentos podem ser aplicados para fazer uma campanha ainda mais eficaz”, detalhou. Como prevê, o Plano de Enfrentamento às Arboviroses, outras brigadas serão instaladas em unidades de ensino e públicas e privadas. Desde 2017, foram implantadas mais de 150 brigadas e 150 ovitrampas nos oito distritos sanitários do município, em lugares como o edifício-sede da Prefeitura, colégios, nos dois Centros Comunitários da Paz (Compaz), em clubes como o Náutico, entre outras instituições. Mais de 760 brigadistas foram treinados pela Vigilância Ambiental do Recife, com o objetivo de engajar a sociedade civil no combate aos focos do Aedes aegypti. ARBOVIROSES - Este ano, até o começo do mês de junho, foram notificados 1.538 casos de arboviroses, sendo 1.295 de dengue, 200 de chikungunya e 43 de zika. Dentre estas notificações, foram confirmados 429 casos de dengue, 32 de chikungunya e quatro de zika. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 9,9% dos casos notificados e de 32,6% dos casos confirmados. SEMANA DO MEIO AMBIENTE – Desde a última segunda-feira (3), a Secretaria de Saúde do Recife vem desenvolvendo ações de educação e saúde ambientalem escolas, unidades de saúde, mercados públicos e outros espaços da cidade em alusão à Semana do Meio Ambiente. Entre os temas abordados estão os cuidados com a água e o descarte correto do lixo, a redução do impacto dos desastres ambientais sobre a saúde pública, prevenção e cuidados para evitar o aparecimento de arboviroses, escorpiões e ratos.

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Artrite: inflamação da articulação pode ter causas diversas

A inflamação de uma articulação, a denominada artrite, pode ser ocasionada por diversos fatores. Quem explica é Emílio Weingraber, médico reumatologista que integra o corpo clínico do Hospital Dona Helena, localizado em Joinville (SC). “Entre eles, estão trauma (como bater o joelho em uma queda, por exemplo), infecções por bactérias, vírus e fungos, alguns tipos de câncer e doenças reumatológicas (como artrite reumatoide, artrite psoriática, espondiloartrites, gota, lúpus, entre outras)”, aponta. Segundo o especialista, em geral, o paciente com artrite sente inchaço, dor e dificuldade para movimentar as articulações acometidas. Dependendo da causa, pode também ocorrer aumento da temperatura e vermelhidão. “Artrites causadas por infecções bacterianas e algumas doenças reumatológicas podem ocasionar deformidades irreversíveis nas articulações acometidas. A maioria das doenças reumatológicas que causa artrite também aumenta o risco de infarto e AVC”, adverte. Os fatores de riscos também são diversos. “Depende da doença que a estiver causando. Por exemplo, pacientes fumantes e com problemas dentários têm uma chance maior de desenvolver um quadro de artrite reumatoide mais grave”, explica Emílio. A artrite reumatoide é uma doença de origem autoimune marcada pela destruição progressiva de uma membrana que recobre as articulações. Estima-se que 2 milhões de brasileiros sejam afetados por essa condição. O diagnóstico da artrite é feito somente com o exame físico realizado pelo médico. Para definir a causa, o profissional pode pedir diversos exames de sangue e de imagem. A prevenção e tratamento dependem do que a ocasiona. “Câncer e infecções podem ser prevenidos com hábitos alimentares saudáveis, exercícios, evitar cigarro, bebidas e drogas e uso de preservativo nas relações sexuais”, evidencia o reumatologista. “Já o tratamento para artrite pode variar de antibióticos para infecções bacterianas até medicamentos imunossupressores em doenças reumatológicas. Algumas causas, como as infecções virais, bacterianas e câncer podem ter cura. Nos demais casos, o tratamento tem por objetivo controlar a inflamação e evitar deformidades no futuro.”

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Exame de sangue pode avaliar eficácia do tratamento em pacientes com câncer de pele

O câncer de pele é um dos tipos mais recorrentes de câncer no Brasil, correspondendo a 33% de todos os diagnósticos desta doença no país, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Entre os tratamentos da doença estão a retirada cirúrgica do melanoma e, em casos mais graves, o uso de medicamentos que agem diretamente na destruição da célula cancerígena. O problema com esta segunda intervenção é a dificuldade de se monitorar o sucesso do tratamento e o retrocesso, ou não, da doença. Para resolver este problema pesquisadores da NYU School of Medicine and Perlmutter Cancer Center iniciaram estudos neste campo e chegaram à conclusão de que exames de sangue podem ser capazes de precisar o quão bem um tratamento contra o câncer de pele está funcionando. “Isso é possível devido ao fato das células cancerígenas, à medida que morrem, espalharem seu DNA pela corrente sanguínea, onde pode ser medido, o que permite melhor diagnóstico e direcionamento do tratamento com base no DNA de cada tumor individualmente”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Para o estudo, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 345 pacientes com melanoma de grau III e IV, quando o tumor já se espalhou da pele para outros órgãos, e que possuíam mutações do gene BRAF, que desempenha um papel fundamental em grande parte dos melanomas. Estes pacientes não podiam ser tratados cirurgicamente e eram parte de um grupo maior participando de testes clínicos de medicamentos desenvolvidos para atingir especificamente cânceres com mutações no gene BRAF. “Após análises, o principal achado do estudo foi o fato dos tumores com mutação do gene BRAF poderem ser detectados pelo exame de sangue em 93% dos pacientes antes do início do tratamento”, afirma a especialista. Além disso, os pesquisadores descobriram que os níveis de DNA dos tumores circulando pelo sangue não era mais detectável em 40% dos pacientes que tiverem um resultado clínico positivo após um mês de tratamento direcionado. Em contrapartida, os outros 60% dos pacientes ainda apresentavam níveis detectáveis do DNA de tumores circulando na corrente sanguínea após o mesmo período, indicando que não estavam respondendo bem ao tratamento. Estes sobreviveram, em média, apenas mais 14 meses. Segundo a médica, o método convencional de identificar a progressão da doença em pacientes com melanoma é através de tomografias e marcadores a cada três meses. “Sendo assim, a vantagem do exame de sangue proposto pelo estudo é o fato de poder ser realizado em um período de tempo menor e possuir uma janela de detecção maior dos índices do gene BRAF no sangue dos pacientes, o que pode ser de grande auxílio para os médicos, visto que estes podem realizar os exames de forma mais frequente e eficiente, com resultados disponíveis dentro de poucos dias”, destaca a dermatologista. O próximo passo dos pesquisadores agora é testar a eficácia do monitoramento das amostras de sangue dos pacientes em longos períodos de tempo. Além disso, eles pretendem determinar se as decisões de tratamento baseadas nos resultados dos exames de sangue podem realmente aumentar as chances de sobrevivência do paciente. “Se futuros estudos se provarem bem-sucedidos, os exames de sangue em pacientes com melanoma podem oferecer um indicio precoce da eficácia do tratamento contra a doença, oferecendo a possibilidade de o médico adaptá-lo ou não”, finaliza a Dra. Paola Pomerantzeff. Estudo: https://www.news-medical.net/news/20190516/Blood-test-can-assess-effectiveness-of-treatment-in-patients-with-skin-cancer.aspx

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Epidemia de suicídio pode ser contida

Uma epidemia silenciosa. Uma pessoa morre por suicídio a cada 45 minutos no Brasil, segundo o Boletim Epidemiológico, do Ministério da Saúde. Em Pernambuco são 337 casos por ano, quase um por dia. O País, conhecido pela alegria, tem visto crescer a taxa de pessoas que dão fim as suas vidas, motivadas pela tristeza e pela solidão. Especialistas analisam como a crise, as pressões da vida moderna e as novas tecnologias influenciam essa epidemia. Um mal que não tem remédio, mas, a boa notícia é que pode ser prevenido. Por isso, o Ministério da Saúde instituiu a campanha Setembro Amarelo, dedicando este mês à conscientização da importância da prevenção. De acordo com Kátia Petribú, presidente da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria e professora da UPE, o suicídio é originado de muitos fatores. Mas a quase totalidade dos casos está ligada à depressão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 100 pessoas depressivas, 15 decidem colocar fim à própria vida. O aumento dos casos de suicídio no Brasil nos últimos anos (73% entre 2000 e 2016) pode ter relação com fatores socioeconômicos, como a crise. “Violência, insegurança pública, falta de perspectiva para os jovens e baixa de qualidade da educação angustiam a população e influenciam esse cenário”, aponta Petribú. A exposição nas redes sociais é outro fator recente que está relacionado aos índices de suicídio, na avaliação dos especialistas. O vazamento de fotos íntimas, principalmente de jovens e adolescentes, é um dos fatores mais conhecidos que levam as vítimas a tomarem a decisão de desistir da vida. É na timeline desses espaços digitais que se constrói uma narrativa fake, isto é, falsa, da vida, que esconde problemas de ordem pessoal e simula relacionamentos que também não existem. “A exposição pública nas redes sociais apresenta sempre pessoas bonitas, em momentos de felicidade. A tristeza é rara. Mas na vida real, muitas dessas pessoas estão solitárias, tristes. Todo o sucesso, beleza e amizades não existem”, afirma a psiquiatra. Ela conta ainda que a internet acabou ampliando o acesso à informação sobre métodos de suicídio, que antes eram mais restritos. Os milhares de amigos do Facebook não representam relacionamentos de fato, na análise do psicólogo e pastor Jades da Cunha Jr. “Uma pessoa que pensa muito em suicídio pode ter o laço social fragilizado. Na sociedade atual, o sujeito moderno se sente muito abandonado, sem relacionamentos aprofundados. Os vínculos digitais são muito superficiais”, explica. O contraponto a isso é a rede de prevenção criada pelos relacionamentos, sejam familiares ou de amizade. “As pessoas julgam alguém com pensamento suicida como um covarde. Mas ele não está tentando tirar a vida. O anseio é por acabar a dor de viver. Porém, quando um indivíduo com ideias suicidas tem laços sociais mais aprofundados, pode se sentir menos isolado e encontrar uma saída criativa para o problema que o está afligindo. O problema é que na sociedade que construímos, as pessoas caminham juntas, mas estão sozinhas”, diagnostica Jades. O psicólogo ressalta que o homem contemporâneo tem menos períodos de pausas no cotidiano do que nas gerações anteriores. Aumenta-se assim a pressão e diminui o necessário tempo de repouso e dedicado aos relacionamentos. “Antes, o trabalho se encerrava e as pessoas largavam da vida profissional. Hoje, levamos serviço para casa. Resolvemos problemas de clientes pelo Whatsapp. Não há mais hiatos entre a vida familiar e o emprego”, critica. Voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV), Airton Siqueira afirma que o apoio emocional e a prevenção do suicídio são os grandes serviços prestados pela instituição e buscados pelas pessoas com pensamentos suicidas, pelo telefone 188. Em 2017, a organização recebeu 2,5 milhões de telefonemas. “O CVV oferece um amigo temporário. Nosso objetivo é fortalecer as pessoas emocionalmente, não é dar conselhos. Os nossos voluntários são facilitadores para que a pessoa possa desabafar e, nesse momento, consigo mesma, entender que é possível resolver seus problemas”. O voluntário afirma que o isolamento é uma das grandes dificuldades das pessoas que cometem suicídio. “Numa ocasião, uma pessoa nos ligou dizendo que há uma semana não dava uma palavra com ninguém. Outra situação foi o seguinte relato: estou rodeada por pessoas, mas me sinto só”, comenta Siqueira. Ele revela que o pertencimento a algum grupo social é um fator de proteção, mas mesmo nesses espaços nem sempre as pessoas se abrem em momentos de angústia mais acentuados. Ele alerta que amigos e parentes devem se preocupar frente a alguns sintomas. “Quando a pessoa está muito retraída, ou quando começa a não ter disposição para nada, como fazer uma atividade física ou mesmo a higiene pessoal. A agressividade fora do comum também pode ser um sinal que algo vai mal e que o parente ou amigo está precisando de apoio”, conta. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Especialistas alertam sobre a importância do preventivo

Mesmo na sociedade contemporânea, ainda existe um número significativo de mulheres que não realizam anualmente o preventivo, fazendo do exame um grande tabu. Conhecido também como Papanicolau, ele deve ser realizado por todas as mulheres, sexualmente ativas ou não, com o objetivo de diagnosticar precocemente lesões precursoras do câncer do colo de útero. O preventivo é um exame realizado no próprio consultório ginecológico, onde se é coletada uma amostra do material do colo do útero a fim de analisar a natureza das células – e, eventualmente, detectar a presença de alterações, inclusive o HPV, Papiloma Vírus Humano. Ainda muito frequente no público feminino, esse vírus atinge a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões percursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus. De acordo com a ginecologista da Clínica SiM, Dra. Marcela Costa, existem mais de 200 tipos de HPV e cada tipo pode criar verrugas em diferentes partes do corpo, mas, hoje, 150 deles já foram identificados e sequenciados geneticamente. ”A forma de transmissão mais comum é o contato íntimo desprotegido e, por isso, o HPV pode ser considerado uma doença sexualmente transmissível”, comenta. No primeiro contato sexual, uma em cada 10 meninas chega a entrar em contato com o vírus. Conforme o tempo passa, entre 80 e 90% da população já entrou em contato com o vírus alguma vez na vida, mesmo que não tenha desenvolvido lesão. Mas é importante lembrar que mais de 90% das pessoas conseguem eliminar o vírus do organismo naturalmente, sem ter manifestações clínicas. Além do contágio pelo contato pele a pele, o HPV apresenta mais dois tipo de transmissão: o vertical e o por uso de roupas íntimas e toalha. No primeiro caso, ocorre quando os bebês que nascem de parto normal entram em contato com a área infectada da mãe, e o segundo só seria possível se a pessoa vestisse a roupa íntima da pessoa contaminada logo depois que ela a tenha tirado. Outro ponto importante é que o paciente pode transmitir o vírus mesmo que esteja sem sintomas e ele pode demorar poucos meses pra se manifestar, ou até anos e nunca se manifestar.  Para evitar esse contágio com o HPV, a Organização Mundial de Saúde realiza campanhas, anualmente, falando sobre a importância do uso da camisinha e de tomar a vacina quadrivalente que engloba quatro tipos de vírus e é realizada em três doses. “Existem formas muitas simples de prevenir o câncer de colo do útero e o exame de citologia oncótica ou Papanicolau é um deles. As pacientes a partir de um ano com vida sexual ativa já deve realizá-lo”, explica, acrescentando que uma boa conversar com a ginecologista para tirar dúvidas é imprescindível.   Serviço BOA VISTA Onde: Avenida Conde da Boa Vista, 710 Quando: De segunda a sexta, das 6h às 17h; aos sábados, 6h às 12h Telefones: (81) 4042.9660 Site: www.clinicasim.com Instagram: @clinica.sim Facebook: /clinicasim SHOPPING TACARUNA Onde: Av. Gov. Agamenon Magalhães, nº 153, Santo Amaro Quando: De segunda a sábado, das 6h30 às 22h; aos domingos, 12h às 20h Telefones: (81) 4042-9660

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