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Paulo Dantas agrodan

"Hoje somos o maior produtor e exportador de mangas do Brasil"

Diretor da empresa agrícola conta que iniciou os negócios sem conhecer agronomia, num período de hiperinflação e optou por cultivar uma fruta sem tradição na região do São Francisco. Mesmo assim, teve êxito ao exportar para a Europa. Também fala dos projetos sociais nas áreas de saúde e educação e dos planos para conquistar o mercado interno. "A Agrodan tinha tudo para dar errado”, conta o diretor-geral da empresa Paulo Dantas, num misto de orgulho e satisfação por ter construído, junto com os familiares, a maior produtora e exportadora de mangas do Brasil. Mas por que a empresa não daria certo? Engenheiro elétrico, funcionário da Chesf e professor da UPE, ele nada entendia dos negócios rurais, assim como seu pai, médico reconhecido em Belém de São Francisco, e seus outros irmãos. Mas a família possuía umas terras na cidade banhada pelo Velho Chico e o professor pensou que seria interessante cultivá-las com irrigação, para obter uma renda extra. Porém, além de desconhecer agronomia, a conjuntura era desfavorável, com a hiperinflação corroendo a economia brasileira e, para agravar, além de uva e banana, Dantas decidiu plantar mangas, uma cultura sem tradição na na região, outro fator desfavorável para o êxito do empreendimento. Mas foi justamente a manga que salvou o seu projeto, por ser comercializada com altos preços no mercado europeu. Hoje a empresa familiar possui sete fazendas, que produzem 30 mil toneladas de manga por ano e apresentou o faturamento em torno de R$ 168 milhões em 2024 e este ano a expectativa é ampliar para R$ 220 milhões.  Nesta entrevista a Cláudia Santos, Paulo Dantas conta a história de sucesso da Agrodan e destaca como esse êxito tem sido compartilhado com os 1.400 empregados, que recebem participação nos lucros, e com a população de Belém de São Francisco, beneficiada com ações de assistência de saúde. Preocupado com o analfabetismo na região, ele também ergueu a Escola Profª Olindina Roriz Dantas, que atualmente oferece educação de qualidade do maternal ao ensino médio. E os planos não param por aí. “Estou inclinado a fazer um curso técnico agrícola de alto nível usando tecnologias, ofertando um grande laboratório para aprender a cultivar”, arquiteta o ex-professor. Como surgiu a Agrodan? A Agrodan é uma empresa familiar que, em 2025, completa 38 anos, fundada por mim juntamente com meus pais e irmãos. Meu pai, Álvaro Dantas, tinha uma fazenda que havia comprado da herança dos cunhados, mas não realizava nenhum cultivo. Em 1987, eu estava como engenheiro da Chesf e dei a ideia aos meus irmãos de usar as terras plantando algo para ter um rendimento extra. Não sabíamos nem o que plantar. Nenhum de nós era da área agrícola. Meu pai era médico, meu irmão era recém-formado em engenharia mecânica, eu engenheiro elétrico, tive que aprender agronomia para ficar à frente do negócio junto com meu irmão e também outros irmãos que entraram como sócios.  Conversamos com pessoas do ramo, em Petrolina, e resolvemos plantar frutas numa parte das terras. Eram 41 hectares, escolhemos 8 para uva, porque uva já era uma cultura tradicional, 14 para banana, porque, em um ano, essa fruta começa a dar retorno, e em 19 hectares, o projetista sugeriu goiaba mas eu sugeri mudar para manga. Convencemos nossos pais a colocarem os bens como garantia de um financiamento bancário e começamos esse projeto, que era desacreditado devido a ingredientes desfavoráveis.  O primeiro deles era a hiperinflação brasileira, pois o financiamento que fizemos era indexado à inflação, naquela época, de 15 a 20% ao mês, e a dívida subia todos os dias. O segundo ingrediente desfavorável era a falta de conhecimento da família com agricultura. Na parte da produção, ficávamos meu irmão e eu, minha mãe ajudava muito no financeiro e meu pai ia todos os dias ao banco, para ver como estava a dívida, que subia sempre, mas ninguém tinha intimidade com agricultura.  Outro fator desfavorável era que, na época, ninguém produzia manga e não havia consultores que entendessem dessa fruta para ensinar ou implementar projetos, como há muitos hoje em Petrolina.  Então, a Agrodan tinha tudo para dar errado e foi sorte ter feito essa opção, porque, quando começou a produção, o preço da manga era muito alto. Os comentários sobre meu pai, na cidade, eram: “vai perder tudo, os filhos o colocaram num abismo”. Meu pai se assustava com o crescimento exponencial da dívida e chegou a dizer que só conseguiríamos pagar se a uva fosse de ouro. Não foi uva de ouro, mas foi manga com o preço de ouro (risos).  Um amigo me apresentou a um japonês chamado Victor Kikuti, que já havia começado a produzir manga,  nos ensinou sobre colheita e até a diferenciar os tipos, qual era a manga Tommy e a Haden.  Vitor também me apresentou a um cliente dele de São Paulo. Assim, em 1990, começamos a vender manga em São Paulo com um preço altíssimo e, apesar da hiperinflação, os anos de 1990 e 1991 foram suficientes para pagar toda dívida do financiamento.  Hoje, temos 1125 hectares de mangas próprias e mais 250 hectares de mangas de parceiros. Temos sete fazendas, essa primeira que é a principal, duas na Bahia e quatro nas ilhas que pertencem a Belém de São Francisco. Hoje nós somos os maiores exportadores do Brasil, principalmente para a Europa, que é nosso mercado principal. E o grande desafio é conquistar o mercado interno e gerar muitos empregos. Assim, queremos continuar crescendo na Europa, mas crescer mais no mercado interno, vendendo aqui as variedades novas que vêm surgindo. Começamos com Tommy e Haden. A manga Haden já se erradicou, ainda temos a Tommy e temos ainda a Kent e a Keitt, são mangas quase sem fibra, sem aquele fiapo. A que se deve o crescimento da Agrodan no mercado europeu e quais os desafios desse mercado atualmente? A Agrodan é forte no mercado da Europa. Nosso faturamento de 2024 foi 97% de exportação e apenas 3% de mercado interno. Por isso, um grande desafio é abrir

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Assentamento Galiléia diversifica produção com plantas ornamentais

Do blog do Governo de Pernambuco O Assentamento Galiléia, localizado no município de Vitória de Santo Antão, além de ser referência na produção de alimentos de base familiar, também vem se destacando no cultivo de plantas ornamentais. A produção vai além do plantio e comercialização de plantas, envolvendo um cuidadoso processo sustentável na montagem do terrário e produção de fontes. Hoje, o manejo de suculentas, rosas do deserto e cactos vêm conquistando espaço paralelo à comercialização das hortaliças, principal arranjo produtivo do assentamento, que é assistido pelo Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado (SDA). O responsável pela produção das plantas ornamentais é o agricultor Carlos Alberto Correia da Conceição, de 46 anos, que vive há 12 anos no assentamento Galiléia, junto com a sua família. “Comecei a manejar e produzir plantas ornamentais nas horas livres, como forma de deixar o sítio mais bonito e aliviar o estresse”, explicou o agricultor, que foi beneficiado pelas ações do Governo do Estado com título de concessão da terra, documento que proporciona a segurança jurídica para os assentados produzirem e acessarem as políticas de desenvolvimento da vida no campo, como o acesso aos créditos rurais. Com o tempo, a habilidade que começou como lazer se transformou em uma possibilidade de ampliar a renda da família. Atualmente, a comercialização das plantas ornamentais desponta entre os produtos da família do agricultor, que produz ainda hortaliças e vende nos mercados de Vitória e de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes. As plantas são cultivadas por meio de um processo de sustentabilidade ambiental, manejadas em vasos confeccionados pela família a partir da reutilização de materiais que seriam descartados no lixo. Assim, materiais como isopor, pias quebradas, filtros de barro, pedaços de panos, entre outros objetos se transformam em obras de arte, que agregam valor aos produtos comercializados. HISTÓRIA DE GALILÉIA - Localizado numa área com mais de 500 hectares, o Engenho Galiléia é considerado o primeiro assentamento da América Latina. A história do assentamento é reconhecida no Brasil e na América Latina como o marco da Reforma Agrária, que teve início no Nordeste e contribuiu na ascensão das Ligas Camponesas, movimento responsável por reestruturar uma nova postura política em prol da melhoria das condições de vida no campo em todo o País. O movimento de resistência resultou na desapropriação de antigos engenhos que se tornaram espaços coletivos, formados por homens e mulheres do campo, organizados em associações.

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Petrolina também produz coco

Bom solo, muita água e sol o ano inteiro. Quando se fala em Vale do São Francisco, essas três características remetem quase automaticamente à produção de manga e uva. Mas esses três elementos naturais também são ideais para a produção de um fruto que já foi “moda” entre os produtores de Petrolina: o coco. Segundo o engenheiro agrônomo e consultor, Pedro Ximenes, nos anos de 1990 os coqueiros ocupavam enormes áreas irrigadas em Petrolina, mas a forte variação no preço do fruto no mercado interno, em especial durante os meses mais frios, reduziu drasticamente a produção no município do Sertão pernambucano. "O preço é altamente variável. A gente costuma dizer que coco é feito picolé, ele só vende quando está bem quente. Quando as temperaturas estão amenas, ele tem um baixo consumo", explicou. Nos meses mais frios, de maio a outubro, a unidade chega a ser vendida por R$ 0,25, no máximo a R$ 0,35, que representa a média do custo de produção. Em janeiro,o preço sobe para R$ 1, o que significa mais de 10% de lucro. Com a proximidade do Carnaval, o valor tende a aumentar ainda mais, já que a demanda também cresce. “A produção de coco de Petrolina vai para as principais capitais do Nordeste e para a região Sudeste. Quem praticamente estipula o preço do coco são os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Quando eles solicitam nossos frutos, o preço aumenta abruptamente”, pontuou o engenheiro agrônomo. Quem pensa que a produção atual é pequena ou insignificante, se engana. Só no Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho, a estimativa mensal de produção é de 14 milhões de cocos. São 1.100 caminhões carregados do fruto que abastecem, principalmente, as regiões litorâneas do Brasil todos os meses. Na alta temporada, com o preço do fruto a R$ 1, estima-se que só os 2.200 lotes do Nilo Coelho injetem cerca de R$ 14 milhões na economia do município. Em Petrolina, 95% dos coqueiros são da variedade anão precoce, que começa a produzir entre 2,5 a 3 anos após o plantio, tem mais água e menos óleo do que os outros tipos e é usado na comercialização da água de coco. “Existem algumas fazendas que produzem até 400 frutos pé/ano, uma produção muito boa. Mas, esse coco para indústria não é tão interessante, porque tem menos óleo. Quem quer plantar pensando na indústria, para o beneficiamento da polpa, é preciso investir no coqueiro gigante, que produz menos, em média 250 a 280 frutos pé/ano, mas ele tem a quantidade de óleo e um período de prateleira (demora mais para apodrecer) bem maiores”, explicou Ximenes. Regiões litorâneas do Nordeste e o estado de Minas Gerais também investem em coco, porém para a produção da polpa utilizada para os subprodutos industrializados, como coco ralado e bolos. Entretanto, no Vale do São Francisco, produtores como Ednaldo da Silva, têm como foco a venda do coco in natura. Há 22 anos ele iniciou o plantio da cultura no Núcleo 5 (N-5) do Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho em Petrolina. Atualmente, ele possui quase seis mil coqueiros que colocam no mercado cerca de um milhão de cocos por ano. Independentemente do preço de venda, o produtor segue com os cuidados nos lotes durante todo o ano. No manejo, a irrigação é a aliada mais valiosa. Para produzir os frutos carregados de água coco doce, que abastece o litoral brasileiro durante o verão, cada coqueiro precisa de quatro horas de rega. Por isso, a conta de água do produtor é salgada, por mês são gastos R$ 15 mil a R$ 16 mil. “O segredo do coco é a água. São 300 litros de água por planta, 75 litros de água por hora. Existem lugares que têm coco, mas a água é salobra. O gosto é diferente, o nosso é mais doce", garante Ednaldo Silva que abastece os mercados do Rio Grande do Sul, de Goiás, do Distrito Federal, além de Minas Gerais. Além de ser exemplo de persistência, Ednaldo é um empreendedor nato. Nasceu em Sertânia, município localizado no Sertão do Moxotó. Tentou a vida no Paraná e em São Paulo, mas foi em Petrolina que ele começou a trabalhar com a terra. Trocou a roça “rasteira” com culturas como a macaxeira e a batata, e investiu na fruticultura irrigada. Mesmo sem formação na área, começou vendendo cocos, adquiriu lotes, ampliou o negócio e hoje possui até caminhão para fazer a entrega da mercadoria. Conhecedor de cada etapa da produção, Ednaldo tem funcionários fieis contratados há anos. “Não é qualquer um que trabalha com coco. Tem que ser profissional mesmo. O (coqueiro) anão chega a 15, 20 metros de altura e é preciso usar escada para retirar o cacho. Por isso, é só para quem sabe trabalhar mesmo. Eu tenho trabalhador que está comigo há mais de 20 anos", orgulha-se. De acordo com Ednaldo, como a produção de coco é mensal, não há um período específico de safra, como ocorre com outras culturas. “O corte do coco geralmente é feito a cada 30 dias. Mas no tempo mais quente, a gente corta em 20, 25 dias. No tempo mais ruim, em 40 dias”. Apaixonado pela cultura no tempo bom e no ruim, Ednaldo é inspiração fora e dentro de casa. Dos três filhos, Naiana Andrade da Silva já definiu o caminho profissional inspirada no pai. Está cursando o 8º período do curso de engenharia agronômica na Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco) e assegura que dará continuidade ao trabalho iniciado por Ednaldo quando ela estava com apenas 1 ano de vida. “Quero trabalhar tanto ajudando meu pai na produção, como auxiliando outros produtores também. Ele passa seis meses de muita dificuldade (período de inverno), mas não se deixa abalar por isso. Isso me inspira”, afirmou a estudante. O coco desponta como nova alternativa para o Vale do São Francisco, inclusive para o mercado externo. Segundo Pedro Ximenes, países como Portugal já sinalizaram interesse na exportação da fruta. Contudo, os produtores ainda

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Setor da Cachaça lança manifesto com iniciativas para estimular crescimento do mercado

O Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) lançou hoje, em São Paulo, o Manifesto da Cachaça, que fala sobre as oportunidades não exploradas para o desenvolvimento do setor e apresenta uma série de iniciativas visando a valorização do destilado nacional. Apesar da longa trajetória da Cachaça, que nasceu há cerca de 500 anos, junto com o Brasil, esse símbolo nacional ainda tem desafios a vencer. Buscando fomentar o crescimento do mercado, o documento aborda a importância da ampliação dos esforços de promoção e proteção internacional da Cachaça como produto exclusivo e genuinamente brasileiro; a reavaliação da carga tributária da Cachaça, que atualmente é o produto mais taxado do Brasil, com uma carga tributária de mais de 80%, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT); e, ainda, o combate à clandestinidade e à informalidade do setor que, em número de produtores, é superior a 85%, de acordo com o IBRAC. "Se a categoria tiver melhores condições de mercado, o segmento da Cachaça poderá continuar a contribuir de forma sustentável para a arrecadação e impulsionar ainda mais empregos no país", diz Carlos Lima, diretor executivo do Instituto Brasileiro da Cachaça. O setor conta com cerca de 4 mil marcas, pertencentes a cerca de 1,5 mil produtores registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e gera mais de 600 mil empregos, direta e indiretamente. Considerando a atual capacidade instalada de produção – 1,2 bilhão de litros – e o tamanho do mercado externo de bebidas destiladas, os atuais números de exportação são baixos, somente 1% da produção segue para outros países. A Tequila, por exemplo, tem 70% de seu volume de produção comercializado para mais de 190 países, gerando ao México uma receita anual superior a 1 bilhão de dólares. Segundo Cristiano Lamego do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (SINDBEBIDAS/MG), atualmente, a grande questão são os "altos impostos, já que a Cachaça não recebe estímulos à altura de uma bebida reconhecida como um patrimônio do Brasil. Nosso símbolo maior de brasilidade, a Cachaça, tem que ser valorizada e promovida no exterior e para isso precisamos de uma revisão nos impostos federais que incidem sobre o produto e também da revisão do sistema de cobrança por substituição tributária nos estados brasileiros", complementa Cristiano. Para a presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça, do MAPA, o primeiro passo para trabalhar a defesa da Cachaça é ter dados acurados sobre o setor. "A Câmara está à disposição para que possamos trabalhar em uma iniciativa público-privada para atualizar a base de dados do Ministério da Agricultura. Nós queremos que a Cachaça seja o nosso símbolo nacional, precisamos tratar dessas questões que são entraves para o desenvolvimento da categoria". SOBRE O IBRAC O Instituto Brasileiro da Cachaça - IBRAC é uma entidade privada, de abrangência nacional, sem fins lucrativos, criada com o objetivo de defender os interesses da Cachaça nos mercados nacional e também internacional. Tem entre os seus associados as principais empresas (micro, pequenas, médias e grandes) do segmento produtivo, sejam elas produtoras, estandardizadoras ou engarrafadoras, de vários Estados do Brasil.

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Governo reduz para 2,5% previsão de crescimento do PIB para 2019

A equipe econômica reduziu para 2,5% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano. A estimativa consta da proposta de Orçamento Geral da União para 2019, encaminhada ao Congresso Nacional. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que fixa os parâmetros para o Orçamento do ano seguinte, o governo previa crescimento de 3,03% para a economia em 2019. Em relação à inflação, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi mantida em 4,25% para 2019. A variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para 2018, que servirá para fixar o salário mínimo em 2019, aumentou para 4,20%. Na LDO, aprovada pelo Congresso em julho, a previsão estava em 3,3%. O Orçamento também incorporou a alta recente do dólar e do preço internacional do barril de petróleo. A estimativa para a taxa de câmbio média em 2019 passou de R$ 3,33 para R$ 3,62. As projeções para a cotação média do barril de petróleo saltaram de US$ 60,55 para US$ 74 no próximo ano. As estimativas foram divulgadas pelo Ministério do Planejamento, mas são de autoria da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. (Da Agência Brasil)

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CNI aponta que produção aumentou e emprego ficou estável em março

A produção aumentou e o emprego ficou estável na indústria brasileira em março. É o que indica a Sondagem Industrial divulgada ontem (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a confederação, o crescimento da produção em março foi mais intenso do que o usual para o mês. O índice de evolução da produção, de 55,2 pontos, ficou 8,7 pontos acima do de fevereiro e é 2,1 pontos maior do que a média histórica dos meses de março. Os indicadores da Sondagem variam de zero a 100 pontos. Quando estão acima de 50 pontos indicam aumento da produção e do emprego no setor. O índice de evolução do número de empregados permaneceu estável em 49,6 pontos. Segundo a CNI, como está próximo da linha divisória dos 50 pontos, indica que o número de empregados apresentou estabilidade de fevereiro para março. Esse foi o segundo mês seguido de estabilidade após uma sequência de quedas. O indicador de nível de estoques, em relação ao planejado, ficou em 50,6 pontos, pouco acima da linha divisória de 50 pontos, indicando que os estoques estão levemente acima do planejado. O indicador de utilização da capacidade instalada subiu de 64% em fevereiro para 66% em março. Com isso, a ociosidade é de 34%. Expectativas Os índices de perspectivas para os próximos seis meses estão mais baixos do que em março, embora os indicadores ainda apontem para o aumento da demanda, da compra de matérias-primas, das exportações e do emprego. O índice de expectativa de demanda caiu para 58,4 pontos, o de compras de matérias-primas recuou para 56 pontos, o de número de empregados ficou em 50,8 pontos e o de quantidade exportada alcançou 55,4 pontos. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram empresários otimistas. O indicador de intenção de investimento também recuou frente a março e ficou em 52,9 pontos em abril. Mesmo com a segunda queda consecutiva, o índice está 5,9 pontos acima do de abril de 2017. O indicador varia de zero a cem pontos. Quando maior o índice, maior é a disposição dos empresários para investir. Ainda de acordo com a Sondagem Industrial, a elevada carga tributária, com 42,6% das assinalações, foi o principal problema enfrentado pelas empresas no primeiro trimestre. Em seguida, com 34,5%, aparece a falta de demanda interna e, em terceiro lugar, com 23,1% das menções, aparece a falta ou o alto custo da matéria-prima. Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre 2 e 12 de abril com 2.214 empresas. Dessas, 932 são pequenas, 778 são médias e 504 são de grande porte. (Agência Brasil)

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Valor da produção agropecuária brasileira deve ter queda de 5,2% em 2018

A estimativa para o valor da produção agropecuária brasileira (VBP, na sigla utilizada) de 2018 está em R$ 515,9 bilhões. A projeção foi divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento hoje (13). O total é 5,2% menor do que o registrado em 2017, consolidado em R$ 544,2 bilhões. No detalhamento por segmentos, o valor das lavouras deve fechar o ano em R$ 346,1 bilhões, 5,7% abaixo do desempenho do ano passado. Já a estimativa de VBP para a agropecuária é de R$ 169,8 bilhões, 4,1% menor do que o consolidado de 2017. Se considerados os produtos das lavouras, nove vêm seguindo a tendência de redução do valor, como arroz, cana-de-açúcar, feijão, milho, laranja e uva. Já oito apresentam aumento de faturamento, entre os quais algodão, batata, cacau, café, soja, tomate e trigo. Já na produção agropecuária, a queda projetada de 4,1% no faturamento se deve, principalmente, ao desempenho pior do frango, da carne suína, de leite e de ovos. A diminuição do preço de aves já vem de um processo de mais de dois anos, segundo o ministério. Entre as regiões, o Centro-Oeste ocupa a liderança do ranking do VBP, seguido de Sul, Sudeste, Nordeste e Norte. Até 2017, o Sul ocupava a primeira colocação. Entre os estados, o melhor desempenho está, até o momento, com Mato Grosso, superando o líder até então, São Paulo. (Agência Brasil)

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Produção de veículos aumenta em fevereiro, diz Anfavea

A produção de veículos no país aumentou 6,2% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2017, passando de 201,1 mil unidades para 213,5 mil. Comparada à produção de janeiro, houve queda de 2,1%. Em janeiro e fevereiro, a produção cresceu 15% ante o primeiro bimestre do ano anterior. Os dados foram divulgados ontem (6), pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “Foi um bom fevereiro: passou da linha dos 200 mil. Lembrando que, em 2016, tivemos oito meses abaixo disso e, no ano passado, alguns meses. Ao que tudo indica, não vamos reduzir dessa linha. O bimestre também foi positivo, quase na média dos últimos 10 anos”, afirmou o presidente da Anfavea, Antonio Megale. Segundo a Anfavea, as vendas aumentaram 15,7% ante fevereiro do ano passado, ao passar de 135,6 mil para 156,9 mil veículos vendidos. Na comparação com janeiro, entretanto, houve queda de 13,4%. No primeiro bimestre, foram licenciados 338,1 mil veículos, o que representa aumento de 19,5% em relação mesmo período do ano passado. “O número de fevereiro é interessante. Houve queda em relação a janeiro, mas fevereiro teve quatro dias úteis a menos. O número não é ruim, está acima do de fevereiro de 2017 e mostra crescimento. Se considerarmos o emplacamento diário com a média de 8,7 mil, é um bom começo de ano. O crescimento no bimestre não é grande, mas mostra recuperação. Estamos abaixo da média dos últimos 10 anos, mas estamos na trajetória de crescimento, o que é mais importante” afirmou Megale. A exportação de veículos montados cresceu 42,9% % em fevereiro na comparação com janeiro, ao atingir as 66,3 mil unidades. Em relação a fevereiro no ano passado, a venda para o exterior caiu 1,2% e no bimestre, aumento de 7,2%. “Foi um número expressivo no mesmo padrão do ano passado. Batemos recorde histórico para o bimestre com um número positivo que mostra que a força das exportações vai trazer um bom ano. Acordos comerciais que estão evoluindo estão ajudando a consolidar nossas exportações”, ressaltou o presidente da Anfavea. De acordo com a associação, o emprego no setor automobilístico teve estabilidade entre janeiro e fevereiro, com elevação de 1,1%, passando de 128,9 mil postos de trabalho para 130,4 mil em fevereiro. Ante fevereiro de 2017, quando havia 127,2 mil postos ocupados, o setor registrou aumento de 2,5%. “A pequena variação mostra que, a conta-gotas, a situação está melhorando. Em janeiro, havia 1721 pessoas em lay-off e PPE e em fevereiro esse número é de 1344 pessoas. São 936 em PPE e 498 em lay-off [suspensão temporária do contrato de trabalho]. Praticamente 300 pessoas a menos e, gradualmente, caindo, à medida que as fábricas vão retomando a produção, aumentando turnos e chamando mais pessoas”, acrescentou Megale. (Agência Brasil)

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Produção literária e exposição individual marcam nova série de J.de Moura

Ao longo dos últimos 45 anos, o artista plástico pernambucano José de Moura (J. de Moura) recorreu à pintura e ao desenho para verter sua profícua produção criativa. Agora, envereda por novos caminhos, e através da literatura dramática, apresenta o texto para teatro Dr. Aluísio - profissão palhaço, escrito em coautoria com o dramaturgo baiano Romualdo Lisboa. Através da peça, resgata a fantástica história do seu tio Aluízio, pobre, negro e que cansado de ser humilhado, abandona o emprego de bancário para virar palhaço de circo, na esperança de aplacar a tristeza do mundo. O livro/catálogo e a exposição, que reúne 70 quadros inéditos relacionados ao tio e ao seu lúdico universo circense, ganham noite de lançamento/abertura na próxima quinta-feira, 1º de março, às 19h, no Museu do Estado. Com curadoria de João Câmara, o livro/catálogo reúne textos assinados por Raul Henry, Ariano Suassuna, João Câmara, Romualdo Lisboa, Weidson de Barros, Marcos Vinícius Vilaça, do próprio José de Moura (”Sempre que estou pintando, estou contando uma história. Pintar é criar, é inventar histórias em formas e cores.”) e poemas Maria de Lourdes Hortas e Jaci Bezerra. Além de relacionar os quadros que compõem a exposição individual, a publicação traz ainda obras especialmente criadas por outros grandes nomes das artes plásticas, como Pragana, Maurício Arraes, Pedro Dias, Gil Vicente, João Câmara, entre outros.“Produzir uma exposição do artista José de Moura não é apenas produzir uma atividade ligada às artes plásticas, ela se expande, vai além, é uma verdadeira homenagem à cultura popular”, destaca Rinaldo Carvalho, responsável pelo projeto expográfico. A exposição, que ficará aberta à visitação pública até o dia 12 de abril, ocupará das três galerias do Museu do Estado, revelando os personagens presentes no texto teatral, as obras dos artistas convidados e quadros da série Mangue, que também dialogam com o universo do Dr. Aluísio. A abertura também contará com performance circense, apresentação de mamulengos e encenação da peça teatral. O projeto conta com o apoio da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) Serviço Lançamento do livro/catálogo e abertura da exposição Dr. Aloísio, profissão palhaço Data: 01.03.2018, quinta-feira Horário: 19h Local: Museu do Estado de Pernambuco (Mepe) Endereço: Avenida Rui Barbosa, 960, Graças *O livro/catálogo tem distribuição gratuita

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Produção siderúrgica brasileira tem expansão em janeiro

A produção brasileira de aço bruto totalizou 2,9 milhões de toneladas em janeiro deste ano, com expansão de 1,3% em relação a igual mês de 2017, com destaque para Rio de Janeiro e Minas Gerais, que responderam por 910 mil toneladas e 909 mil toneladas produzidas, respectivamente. Já a produção de laminados somou 1,9 milhão de toneladas, aumento de 6,3% comparativamente ao mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados ontem (20) pelo Instituto Aço Brasil (IABr). O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em janeiro de 2018 foi de 1,6 milhão de toneladas, crescimento de 12,7% sobre o mesmo mês de 2017. As vendas no mercado doméstico alcançaram 1,4 milhão de toneladas, com incremento de 14,2% sobre janeiro de 2017. Mercado externo As exportações siderúrgicas brasileiras atingiram 1,4 milhão de toneladas e valor de US$ 795 milhões em janeiro de 2018, revelando ampliação de 6,9% em volume e de 41,2% em valor, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já as importações totalizaram 217 mil toneladas, evolução de 3,8% frente a janeiro de 2018. Em termos de valor, as compras no exterior alcançaram total de US$ 241 milhões, alta de 39,3% na mesma base de comparação. Siderurgia mundial Em todo o ano passado, o Brasil produziu 34,365 milhões de toneladas de aço bruto, aumento de 9,9% sobre 2016, liderando o 'ranking' de produtores siderúrgicos da América Latina. Em segundo lugar, aparece o México, com 19,947 milhões de toneladas e expansão de 6% sobre o ano anterior. Em termos globais, entretanto, a liderança absoluta continua sendo exercida pela China, que produziu 831,730 milhões de toneladas em 2017, revelando incremento de 5,7% sobre 2016. (Agência Brasil)

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