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O Recife Que Precisamos discute projetos para o Capibaribe

Mais que um cartão-postal, o Capibaribe é um verdadeiro ícone do Recife. Revitalizar o velho “cão sem plumas” - como o chamava o poeta João Cabral – para que seja tão importante para o recifense quanto o Tâmisa o é para o londrino é uma das propostas do movimento O Recife que Precisamos. Criado pelo Observatório do Recife há quatro anos, o movimento tem como um dos objetivos pautar as discussões das eleições municipais para que os candidatos se apropriem de temas essenciais para a melhoria da qualidade de vida na cidade. É o caso da recuperação do rio. “Entre as reivindicações estão a implantação do saneamento básico para evitar que o Capibaribe e seus canais recebam e distribuam lixo pela capital pernambucana”, informa Fernando Braga, sócio da TGI e integrante do movimento. A proposta - juntamente com sugestões de outros quatro temas – foi levada para os candidatos a prefeito em 2012. Todas essas proposições foram construídas de forma coletiva a partir da escuta da sociedade. A Revista Algomais participou desse processo, publicando matérias sobre o movimento e mobilizando o recifense pelas redes sociais. Eleito, Geraldo Julio decidiu encampar o tema. A prefeitura estabeleceu um convênio com o Inciti – Pesquisa e Inovação para as Cidades (uma rede de pesquisadores da UFPE) para o desenvolvimento do projeto Parque Capibaribe, que é gerido pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Mais do que revitalizar o rio, o projeto prevê a transformação da cidade a partir do seu principal curso d'água. A ideia é humanizar as suas margens, integrando-as com espaços verdes, envolvendo 42 bairros margeados pelo rio. Essas áreas serão articuladas com diferentes meios de transporte: bicicletas, veículos motorizados, pedestres, barcos, etc. As transformações serão realizadas a partir de soluções simples e visam mudar a forma como o recifense se relaciona com o espaço público. E como o rio serpenteia o Recife inteiro, o projeto visa transformar a capital pernambucana numa cidade parque até o ano de 2037, quando completa 500 anos. O QUE FOI FEITO Para debater o que já foi executado do projeto e o que falta avançar na execução foi realizada uma reunião entre os integrantes do Observatório do Recife e Circe Monteiro, membro do Inciti, que está à frente do Parque Capibaribe. A sala da TGI, onde aconteceu o encontro, ficou lotada, demonstrando o interesse que o rio desperta na população. Circe disse que a ideia da cidade parque ainda está se consolidando. Embora o projeto tenha três anos, explica a professora, ele é de grande complexidade, além de ser elaborado com a participação da sociedade. “Queremos ativar os espaços antes de projetá-los”, justifica. Estratégia que foi empregada na primeira etapa a ser feita do Parque Capibaribe: o Jardim do Baobá. Localizada por trás da Estação Ponte D'Uchoa, a área foi palco de um evento que levou as pessoas a conhecerem a centenária árvore do local situada às margens do rio. “Veio muita gente, o que mostra a carência de espaços públicos”, constata Circe. O Jardim do Baobá é o marco zero do Parque Capibaribe e está sendo construído através de uma mitigação ambiental do Real Hospital Português. Será uma área de lazer, com brinquedos, mesas e bancos. Ainda nas Graças, moradores locais conseguiram reverter a construção de um corredor expresso de quatro faixas, entre as pontes do Capunga e da Torre para uma via com aspecto de parque. Ela terá integração com o rio, ciclovia, mirante e passarela de pedestres – propostas inspiradas no Projeto Parque Capibaribe. A Via-Parque terá financiamento da Caixa Econômica e está em fase de licitação. NOVAS PROPOSTAS Durante o debate, os participantes sugeriram novas propostas ao projeto. Uma delas refere-se à necessidade de implantar condições para que as áreas do rio, onde residem moradores com menor poder aquisitivo, não sejam alvo da especulação imobiliária, que serão valorizadas após as intervenções do projeto. O Parque dos Manguezais é outra área de alvo da preocupação deles. Eles querem saber como o espaço será incluído no projeto. Trata-se de uma área de 320 hectares, que deveria ser uma unidade de conservação, margeadas pelas duas pistas da Via Mangue. O projeto Parque dos Manguezais faz parte de uma ação mitigadora da prefeitura em razão da construção dessa via e prevê intervenções como oceanário, trilhas ecológicas, Academias da Cidade, mirantes e piers. Mas a Marinha, dona do terreno, não chegou a um consenso sobre o assunto com a gestão municipal. Realizar intervenções no Parque dos Manguezais para sensibilizar as pessoas para a preservação da área é uma das propostas sugeridas. Para garantir a proteção ao rio, foi sugerida a implantação de uma Unidade de Conservação de Paisagem do Capibaribe. O combate a poluição também foi ressaltado, a partir da recuperação dos córregos e riachos, vista como ação emergencial para evitar o efeito das mudanças climáticas e os problemas de drenagem. Também foi proposta a mobilização e educação da população que vive às margens do rio, independente de classe social. A inclusão foi outro ponto defendido pelos participantes do debate que sugeriram que seja garantida a acessibilidade universal às rotas que levam às travessias e espaços públicos de convivência às margens dos rios. E, como é prática comum entre governantes do País não dar continuidade às obras do seu antecessor, os participantes sugeriram ainda a elaboração de um Plano de Manutenção a cada marco inaugurado do projeto. Outra ideia é utilizar-se do Parque Capibaribe como oportunidade de qualificação radical da execução das obras públicas. O próximo encontro do movimento vai debater o Centro do Recife.

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14º Festival A Letra e A Voz segue com programação nesta quinta (25)

O segundo dia do 14º Festival Literário do Recife – A Letra e A Voz, nesta quinta-feira (25), traz para o público uma programação variada, que conta com duas mesas de debates, lançamento de três livros de produção feminina, e a performance artística Pérolas Negras. Todas as atividades trazem temas que reforçam a ideia do Festival de oferecer o “microfone” para as mulheres, já que existe uma produção literária latente e relevante feita por elas no país, e, sobretudo, em Pernambuco. As atividades seguem até o dia 28 de agosto com mesas de diálogo, recitais e a tradicional Feira do Livro. Às 17h, abrindo a programação, tem início a mesa de debates Conversa com a poesia, com Socorro Nunes (CE), Clarissa de Figueirêdo (PE) e Mariana Tabosa (PB). A conversa será mediada pelo pernambucano Pedro Américo de Farias, licenciado em Letras e pós-graduado em Educação de Adultos. Logo após, às 18h, acontecem os lançamentos de três produções literárias: O que ficou da fotografia, de Socorro Nunes; Tempos de Alice, de Clarissa de Figueirêdo e A mulher-fósforo, de Mariana Tabosa. Na sequência, o público confere a performance artística Pérolas Negras, com Anastácia Rodrigues. Formada em Letras, pós-graduada em Linguística e cantora com larga atuação em óperas e recitais, Anastácia Rodrigues faz sua estreia com performance individual, remontando “um antigo desejo de dar corpo e voz às mulheres invisíveis, fortes e segregadas, transformadoras de suas realidades desiguais, resistindo ao esquecimento”, conta. A performance tem a direção de Sônia Guimarães. Finaliza a programação desta quinta (25), a mesa De quem é a escrita? Do homem, da mulher ou da gente?. Os debates serão conduzidos pela arte-educadora, poeta e atriz paraibana de Umbuzeiro, Silvana Menezes, e pela gaúcha Carol Bensimon, escritora e mestre em Escrita Criativa pela PUC-RS. Quem faz a mediação é a pernambucana Mariane Bigio, comunicadora social e pós-graduada em Cultura e Comunicação.

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Renomado roteirista Doc Comparato traz seminário de roteiro ao Recife

“O roteiro é a crisálida, enquanto o filme é a borboleta. É possível fazer de um bom roteiro, um filme ruim, mas é impossível fazer um bom filme com um roteiro ruim”, defende Doc Comparato, renomado roteirista e dramaturgo, que apresenta seu Seminário Da Criação ao Roteiro, em Recife, entre os dias 5 e 9 de setembro, 5 a 9 de setembro, das 9h às 12h, no Recife Office Rooms, em Boa Viagem, sob a batuta da Art & Sonhos Produções. Com mais de trinta anos dedicados ao audiovisual, Luiz Felipe Loureiro Comparato ou mais comumente Doc Comparato nasceu no Rio de Janeiro. Médico de formação, recebeu uma bolsa de estudos nesta área na Inglaterra, nos anos 70. Já de volta ao Brasil, se dedicou ainda por dez anos tanto ao ofício da saúde, em paralelo à escritura de livros e roteiros, entre os quais materiais para várias séries e minisséries da Globo, Record e Emissoras de Televisão da América Latina e Europa, até que em 1980, após convite do cineasta Bruno Barreto, para escritura do roteiro de ‘’Beijo no Asfalto”, Doc decide mergulhar de vez no cinema, literatura, teatro e televisão. Entre seus trabalhos estão o best-seller Roteiro, livro didático sobre o assunto, traduzido para países da América Latina e Europa; assim como Da Criação ao Roteiro – considerado clássico da bibliografia sobre roteiros no Brasil, também traduzido para aquelas localidades. No currículo do carioca, se destacam ainda as primeiras séries brasileiras: Plantão de Polícia, Quarta Nobre, Mulher e A Justiceira, bem como minisséries produzidas para TV, como Lampião e Maria Bonita (1982), primeira minissérie latino-americana, e O Tempo e O Vento (1985) – esta última baseada na obra homônima de Érico Veríssimo. Transeunte entre as artes literárias e cinematográficas/televisivas, Doc – que já trabalhou ao lado de grandes mestres da escrita mundial como os Prêmios Nobel de Literatura, José Saramago e Gabriel Garcia Márquez (com este último na série Me Alugo para Sonhar para a TVE espanhola, também disponível em livro), confessa que nem sempre um bom roteirista saberá escrever um bom livro ou um autor de teatro não será, necessariamente, um bom roteirista. “No roteiro e no teatro a palavra é explícita. Na literatura o uso da palavra é implícito. Cada um tem sua técnica, sua linguagem, seu jeito de atingir o público, por isso tento dominar as técnicas específicas empregadas em cada suporte e retransmiti-las da melhor maneira possível”, pontua. Doc acrescenta: “A literatura é o princípio de tudo. Basta dizer que o roteiro é escrito, ele não é dito, nem exibido. O roteiro é apresentado no papel, o que faz dele, de certa forma, um gênero literário. O que define um bom roteirista, por sua vez, é a capacidade de contar uma história com clareza, técnica e emoção. E principalmente com a imagética: pensar em imagens. ” Pela primeira no Recife, Comparato apresenta o seminário Da Criação do Roteiro, dividido em cinco encontros e já ministrado em alguns países da Europa e América Latina, que abordará as etapas que constroem o roteiro. “Falaremos sobre a ideia, conflito, personagens, ação dramática, tempo dramático e unidade dramática. A perspectiva é fazer com que os alunos descubram que o roteirista tem que vencer uma série de obstáculos como: Qual é a minha ideia? Que conflito vou explorar? Quem vai viver essa história? Quando? Onde? Como vou construir essa história? Por que que estou contando isso? Aonde vou chegar?”, detalha. Confira a pequena entrevista cedida pelo roteirista: Como você avalia o atual cenário de produção cinematográfica/televisiva no Brasil e no mundo? No atual cenário existe muita opção, já que existem diversas mídias para exibição desses materiais. Mas, tanto hoje como no passado, está valendo a assertiva do cineasta russo Serguei Eisenstein que disse que 70% da produção cinematográfica é ruim, 20% são bons, e apenas 10% dos filmes produzidos são realmente imperdíveis. (risos) Como o cinema pernambucano se encaixa nesse cenário? Atualmente os melhores e mais originais filmes produzidos no Brasil são oriundos do cinema pernambucano. Não por acaso, nas últimas três edições do Festival do Rio, o prêmio de Melhor Filme ficou com produções de Pernambuco, como O Som ao Redor, Sangue Azul e Boi Neon. Acho que o cinema pernambucano está vivendo um grande momento, mas precisa de mais investimento. Acho importante para o Brasil que exista um núcleo de produção cinematográfica fora do eixo Rio-São Paulo. Isso está oxigenando a produção nacional, e principalmente o reconhecimento da profissão de roteirista.

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Olhe pelo Recife: cidadania a pé

A partir das caminhadas propostas pelo Observatório do Recife cresceu o número de interessados em conhecer a cidade a pé. Seja por motivações de saúde, lazer ou turismo, diversos outros grupos se espalharam pela capital e municípios vizinhos promovendo o pedestrianismo. Desse fenômeno, que é apenas um dos aspectos que promove a volta das pessoas aos espaços públicos, nasceu recentemente o movimento "Olhe o Recife - Cidadania a pé", com a proposta de reunir esses grupos para conseguir influenciar as políticas públicas urbanas em prol de cidades mais humanizadas. "Percebo que existem muitos grupos, mas que estão isolados. O momento é de conectar essas pessoas e dar uma forma de movimento para influenciar as políticas públicas para defender uma melhor condição de se caminhar na cidade e  promover o respeito aos pedestres", afirma a empresária e integrante do "Olhe o Recife - Cidadania a pé", Cristina Queiroz. Após o lançamento dos "Mandamentos do pedestre recifense" (ver abaixo), o movimento tem algumas ações a serem realizadas ainda neste ano. Cristina afirma que o movimento pretende construir um site para divulgar informações sobre a cidadania a pé, a participação em eventos nacionais sobre mobilidade, além de continuar promovendo as caminhadas pelo Recife. "Isso fortalece a cultura de caminhar pela cidade", sugere. Em Pernambuco, Cristina cita entre os grupos que promovem a cidadania a pé estão o Caminhadas domingueiras, o Sem rumo, o Trilhas urbanas do sol, o Meninos e meninas nas ruas, entre outros. Pernambuco tem inclusive a caminhada anual de Santo Amaro (que faz o percurso de Jaboatão até Taquaritinga, as duas cidades que tem o mesmo santo como padroeiro e que ficam a 170 quilômetros de distância). "Esses grupos são bem diversos. Cada um tem uma característica. Alguns são motivados pelo contato com a natureza, outros pelo conhecimento histórico dos lugares. É muito agradável conhecer a cidade a pé, além de que esses grupos promovem a ampliação dos ciclos de amizade", disse Cristina Queiroz. *Por Rafael Dantas - repórter da Revista Algomais

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UFPE promove Seminário sobre Questão Urbana

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Habitação e Saneamento Ambiental (Nephsa) da UFPE realiza o I Seminário Internacional Questão Urbana – Habitação, Desigualdades Socioespaciais e Territoriais na Contemporaneidade. O evento acontece, nos dias 17 e 18 deste mês, no Auditório Professor Denis Bernardes, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), no Campus Recife da Universidade. O seminário tem como objetivos contribuir para a discussão acerca da questão urbana e da cidade, oportunizando conhecimento e confrontando perspectivas; propiciar o debate no meio acadêmico, junto à sociedade civil e aos demais sujeitos interessados sobre a temática; problematizar, ampliar e socializar o conhecimento sobre a questão urbana, a habitação, o saneamento ambiental e a transversalidade com pobreza, cidade, saúde, assistência social e as dinâmicas socioespaciais e as territorialidades; e também fortalecer processos de discussão no âmbito do Serviço Social referente à prática profissional no campo da habitação e suas interfaces como parte da formação profissional. A programação do dia 17 começa às 7h30, com o credenciamento. Às 8h30, tem início a solenidade de abertura, e, às 9h, começa a palestra de abertura, intitulada “Espaços Urbanos, Migrações e Identidades:Mulheres Migrantes naCidade Intercultural e Global Contemporânea”, ministrada pela professora Maria Natália Ramos, da Universidade Aberta de Lisboa – CEMRI/UAb – Portugal. A coordenadora da mesa será a professora Rosa Maria Cortês de Lima, do Departamento de Serviço Social e do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFPE. A docente também coordena o Nephsa e é a atual chefe do Departamento de Serviço Social. O seminário acontece nos turnos da manhã e da tarde. A programação completa está disponível na página do Nephsa no Facebook. O evento tem parceria com a Universidade Aberta de Lisboa e apoio da UFPE, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) da UFPE, do CCSA-UFPE, do Departamento de Serviço Social da UFPE e do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFPE. O seminário faz parte das comemorações dos 70 anos da UFPE. Mais informações Núcleo de Estudos e Pesquisas em Habitação e Saneamento Ambiental (Nephsa) nephsa.ufpe@gmail.com

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Conta de luz puxa inflação na RMR

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de julho apresentou variação de 0,79% e ficou acima da taxa de 0,33% de junho na Região Metropolitana do Recife. Com este resultado, o acumulado no ano para a capital pernambucana saltou para 5,37%. Considerando os últimos doze meses, o índice ficou em 8,57%.  O aumento de 4,94% na energia elétrica residencial, registrado pelo IBGE no período,  foi um dos itens responsáveis por puxar para cima a inflação. Entre as 13 regiões avaliadas, a recifense foi a que mais elevou a conta de luz. A inflação de 0,96% no setor de alimentos também contribuiu para a elevação de preços acima da média nacional. A energia elétrica residencial entra na classificação de "habitação" do IBGE, que subiu 1,21% em julho. Nesse segmento, os combustíveis domésticos (0,99%) e os aluguéis e taxas (0,22%) também tiveram inflação. No setor de alimentos, os vilões foram os itens de cereais e leguminosos (inflação de 14,11%) e de leite e derivados (4,15%). O IPCA na RMR em julho foi o terceiro maior do Brasil, ficando atrás apenas das RM de Salvador (0,92%) e da RM de Goiana (0,81%). A pesquisa que mede mensalmente a inflação foi publicada hoje (10) pelo IBGE.   *Rafael Dantas - repórter da Revista Algomais

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Sítio Trindade recebe Projeto Fusão Cultural

A partir da segunda quinzena de agosto, o Sítio Trindade recebe o Projeto Fusão Cultural que vai disponibilizar oficinas gratuitas em cinco atividades: grafite, teatro, artesanato, violão e introdução à música. Cada oficina oferece 30 vagas que são destinadas a pessoas com idade a partir de 16 anos. As inscrições podem ser feitas na secretaria do Sítio, no horário das 8h às 17h, que fica na Estrada do Arraial, 3259, bairro de Casa Amarela. O Projeto Fusão Cultural é uma realização da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Enfrentamento ao Craque e Outras Drogas, com apoio da Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura Cidade do Recife. As atividades serão realizadas de 15 de agosto a 16 de dezembro, sempre as segundas, quartas e sextas-feiras, nos horários das 9h às 11h e das 14h às 16h. Nas segundas-feiras, no período da tarde, serão realizadas as oficinas de dança e grafite. Nas quartas-feiras, pela manhã, tem aula de introdução à música, e no horário da tarde dança, teatro, artesanato, grafite, violão e música novamente. Nas sextas-feiras as oficinas serão de introdução à música e aulas de violão, pela manhã, e teatro e artesanato pela tarde. O Projeto Fusão Cultural tem como objetivo utilizar a cultura como ferramenta à prevenção da comunidade em torno do Sitio Trindade. Na oportunidade, será compartilhada também com os participantes a história cultural do espaço, destacando um dos seus fundadores, Miguel Arraes, que em 2016, estaria completando 100 anos do seu nascimento. Informações pelo telefone 3355-3410. Serviço: Inscrições para o Projeto Fusão Cultural Quando: segundas, quartas e sextas-feiras (de 15 de agosto a 16 de dezembro) Local: Sítio Trindade, na Estrada do Arraial, 3.259, bairro de Casa Amarela. Horário: 9h às 11h (Manhã) e 14h às 16h (Tarde) Inscrições gratuitas na secretaria do Sítio Informações: 3355.3410 (Da Secretaria de Cultura do Recife)

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Lançada a convocatória para participantes da Festa do Livro

A partir desta quarta-feira (3), os interessados em participar da Festa do Livro já podem se inscrever. A convocatória foi lançada no Diário Oficial do Município na terça (2) e também pode ser encontrada no site da Prefeitura do Recife. Estão sendo selecionadas propostas para exposição e comercialização de livros e outras atividades literárias durante a Festa, que acontece dentro da programação da 14ª edição do Festival Recifense de Literatura – A Letra e a Voz, promovido pela Prefeitura, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife. O material deve ser entregue até a próxima segunda-feira (8), no horário das 8h às 12h e das 13h às 17h, na Gerência Operacional de Literatura e Editoração, que fica no Teatro Barreto Junior, bairro do Pina. Autores locais e nacionais, livreiros, cordelarias, editoras, sebos ou vendedores de livros autônomos e demais interessados podem participar. Da proposta deve constar a com descrição de atividades dentro do setor livreiro, incluindo experiências em eventos literários e perfil dos acervos. O resultado da convocatória será divulgado através de publicação no Diário Oficial e na Gerência Operacional de Literatura e Editoração. Os selecionados terão três dias úteis para apresentar documentação. O descumprimento da entrega de documentos desabilitará o proponente selecionado. O 14º Festival Recifense de Literatura – A Letra e a Voz acontece de 24 a 28 de agosto, na Avenida Rio Branco, bairro do Recife.

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A mostra, a dança e a cidade do Recife (Por Romildo Moreira)

Há projetos indispensáveis para o desenvolvimento da arte, porque significam estímulo, reciclagem, troca de experiências, etc. Isso do ponto de vista de quem a pratica. E não é muita a diferença quando observada pela ótica do público, que se beneficia com tais projetos, tendo neles a oportunidade de se inteirar do que está sendo produzido na atualidade (em pluralidade de expressão, diversidade de formato e do inusitado na criação), sem precisar atravessar fronteiras. Nesse aspecto, a cidade do Recife contribui, e muito, com as linguagens artísticas, visto que todas elas têm eventos como festivais e mostras anuais, que atribuem esses benefícios ao movimento cultural da cidade, deixando-a “antenada” e instigada a produzir cada vez mais. Para o segmento das artes cênicas, o segundo semestre de cada ano na capital pernambucana tem uma sucessão de mostras e festivais que em muito contribuem com a produção do teatro, da dança e do circo, como já falamos aqui em oportunidades passadas. Cada um dos festivais com sua cota de importância e com o seu público fiel, fazendo o moinho da arte girar também a economia da cidade maurícia. Se somarmos a quantidade de artistas, técnicos e produtores visitantes, que aqui permanecem por no mínimo três dias, em função da participação na programação de cada festival, veremos que o quantitativo de hospedagem, alimentação e transporte desse contingente, no final do exercício, representa uma elevada posição no faturamento dos respectivos setores de serviços.  Ver-se então mais um benefício impulsionado pelo setor cultural, o econômico. Agora chegou a vez dos refletores focarem a Mostra Brasileira de Dança, que no período de 29 de julho a 7 de agosto, ofertará uma série de espetáculos espalhados em palcos como: Teatro de Santa Isabel; Teatro Hermilo Borba Filho; Teatro Apolo, Teatro Arraial Ariano Suassuna e Teatro Luiz Mendonça, assim como em espaços cênicos alternativos. – A MDB 2016, em busca de abrir mais espaços para o exercício da dança, está levando ao Compaz do Alto Santa Terezinha (Zona Norte da cidade) em duas oportunidades, ações como: uma visita guiada do Balé Teatro Guaíra, do Paraná, no dia 30 de julho e um programa intitulado Dança Solidária, no dia 7 de agosto, composto por vários grupos e bailarinos pernambucanos, interagindo com o mais novo equipamento público de vivências que o Recife dispõe, oferecendo lazer cultural à comunidade do entorno, e o que é melhor, com entrada franqueada ao público. Aproveitamos para parabenizar à coordenação da Mostra por esta iniciativa e também à direção do Compaz  por receber calorosamente os artistas em suas instalações, o que certamente resultará em frutos futuros e que a comunidade do Alto Santa Terezinha agradece desde já. A Mostra Brasileira de Dança escolheu uma personalidade emblemática da dança no Recife para homenagear este ano, que é a bailarina e coreógrafa Mônica Lira. Isso pelo conjunto de atividades em função do engrandecimento da dança local que ela, há muito, empreende. Mônica Lira criou e mantém o Grupo Experimental, um dos mais bem sucedidos grupos artísticos do Recife; foi uma das criadoras do Festival de Dança do Recife (ao lado de Shiro e Andrea Carvalho); abriu e mantém o Espaço Experimental, que além de sede do grupo serve de espaço cênico para espetáculos de teatro e dança, e também para a formação de novos bailarinos nos cursos que lá são oferecidos; coreografa com frequência espetáculos de teatro, e figura entre os atuantes e criadores do Movimento Dança Recife (agrupamento sem fins lucrativos que atua especificamente em política cultural), entre outras performances, que justificam a homenagem. – Aqui registramos os sinceros parabéns a Mônica Lira pela merecida homenagem. Pois é, são de eventos contínuos como os festivais que povoam a cidade, que o público recifense pode se manter interagindo com a arte que o país produz, tornando-se mais culto e, provavelmente, mais humano e feliz, como desejam os artistas em suas criações.

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Recife oferece a primeira pós-gradução em nutrição vegetariana do país

A Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), em parceria com a Faculdade Santa Helena, acaba de lançar o primeiro curso de pós-graduação em nutrição vegetariana do Brasil no Recife. As matrículas já estão abertas e as aulas começam no mês de setembro. O curso tem duração total de 22 meses e será reconhecido pelo Ministério da Educação. Além desse curso, passa a ser ofertada também a pós-graduação em alimentação vegetariana, voltada para profissionais de outras áreas. A pós-graduação em nutrição vegetariana tem o objetivo de levar informações atualizadas sobre aspectos nutricionais e de saúde da alimentação vegetariana estrita, ou seja, sem consumo de nenhum alimento de origem animal. Tiago Franca Barreto, que é coordenador acadêmico da SVB Recife e responsável pela implementação da pós-graduação explica que existe uma enorme carência de conhecimento no assunto, o que incentivou a criação do curso. “O curso traz mais informações sobre as especificidades da dieta vegetariana, oferecendo capacitação aos profissionais de diversas áreas que precisam atender demandas de pacientes vegetarianos e daqueles que desejam adotar a alimentação vegetariana.” Entre os temas abordados durante a pós-graduação estão nutrição estética e esportiva; práticas integrativas e ética em alimentação. Além das aulas teóricas, oferece aos alunos atividades práticas de gastronomia e também de atendimento clínico e prescrição nutricional. O curso pretende, ainda, capacitar profissionais para atuar em pesquisas, docência em cursos de graduação e pós-graduação que abordem os diversos aspectos relacionados ao vegetarianismo. Entre os docentes estão o médico Eric Slywitch e as nutricionistas Ana Ceregatti e Paula Gandin. Cerca de 70% dos professores são de outros estados. Haverá também um curso de pós-graduação em alimentação vegetariana, voltada para profissionais graduados em outras áreas. O conteúdo do curso será bastante similar ao da pós em nutrição vegetariana, porém com um viés mais multidisciplinar e interdisciplinar, focando em aspectos filosóficos, sociológicos, antropológicos e organizacionais. A pós-graduação em alimentação vegetariana também terá início em setembro, e terá duração de 18 meses.

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