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Eduardo Caldas: "Prioridade na Reforma Tributária é retirar a complexidade"

Simplificar é a principal meta da reforma tributária, tema que deverá pautar o congresso nacional no primeiro semestre de 2023. Essa é a análise de Eduardo Caldas, que é CFP® (planejador financeiro) e sócio do CMS Invest. No mercado e entre os especialistas não há uma expectativa de redução da carga de tributos. No entanto, há quase um consenso de que a redução da complexidade na arrecadação já será uma vitória importante para a economia do País. "A grande prioridade de fato é tirar a complexidade que existe hoje na questão tributária das pessoas jurídicas. Hoje são vários impostos e o que se busca é simplificar . Chamam o Brasil de manicômio tributário por conta da alta complexidade que existe. Isso tiraria um grande peso dos empresários." COMPLEXIDADE COMPLICA PRINCIPALMENTE EMPRESAS MENORES E MAIS JOVENS Eduardo Caldas conta que devido a essa alta complexidade muitas empresas menores, ou mesmo aquelas que estão em fase de crescimento, acabam tendo um custo operacional elevado para ter um financeiro alinhado às necessidades impostas pela legislação. "Na prática, é esperado que seja criado um novo imposto e dentro dessa caixa estariam IPI, PIS, Cofins, ISS… Todos que teoricamente empresa pagaria, só que reunidos em um único imposto". SIMPLIFICAÇÃO PODE ATRAIR INVESTIMENTOS O sócio da CMS Invest destaca que uma mudança na legislação que traga mais simplicidade ao sistema tributário brasileiro tem uma capacidade elevada de potencializar a atração de investimentos estrangeiros para o País. "Os investidores internacionais não conseguem entender como funciona o arcabouço tributário das empresas no Brasil. É mais fácil para o estrangeiro comprar participação e deixar a empresa brasileira tocar a operação do que uma corporação estrangeira vir e abrir uma unidade no País. Se trouxer simplificação, o nível de entendimento do investidor estrangeiro vai crescer e permitir que ele traga a empresa para cá." PREOCUPAÇÃO Um aspecto jurídico que acende o sinal amarelo para a classe empresarial, na opinião de Caldas, é a mudança de um detalhe na legislação, relativo ao chamado voto de qualidade. Trata-se de um mecanismo que era usado para o desempate em decisões do Carf, que é o tribunal administrativo responsável pelo julgamento dos recursos dos contribuintes contra autuações de cobrança de impostos feitas pela Receita Federal. Atualmente, as disputas nesses casos são decididas sempre favoravelmente aos contribuintes. "Esse aspecto traz uma preocupação porque não há um direcionamento claro ainda do Governo Federal. Há uma expectativa de haver simplificação, mas ainda não se tem uma especificidade de como irá funcionar efetivamente". *A reforma tributária foi tema também da reportagem de capa da semana da Algomais

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Guedes enviará proposta da reforma tributária em duas semanas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje (12) que o governo deve enviar ao Congresso Nacional proposta para a reforma tributária, “acoplável” ao texto que está em tramitação. Após reunião extraordinária com secretários estaduais de fazenda, integrantes Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), o ministro disse que o governo vai enviar uma proposta de criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), com unificação de tributos sobre consumo. “Está indo super bem. Estamos mandando um IVA dual. Eles [os estados], por sua vez, tem as propostas de como fazer a deles. Vamos mandar a nossa, mas acoplável. Começa em duas semanas, está chegando um pedaço, que é o IVA dual, vamos entrar com PIS, Cofins, e vai andar tudo direitinho”, disse. O secretário de Fazenda do Pernambuco e coordenador do Comitê dos Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz), Décio Padilha, disse que o ministrou quer construir uma proposta conjunta com os estados. “Ele disse que não quer mandar uma PEC [Proposta de Emenda à Constituição] isolada. A proposta dele será construída em conjunto com os estados”, explicou, acrescentando que foi formado um grupo de trabalho para debater sobre a reforma. Padilha disse que o ministro sugeriu a retirada dos municípios da proposta, mas os secretários consideram importante fazer a reforma com todos os entes da federação. Outra proposta do governo federal, segundo no secretário, seria a criação de um fundo para compensação de perdas de arrecadação. “Pela proposta do governo de um IVA dual, a União ficaria com uma alíquota e os estados com outra. Diferente da nossa [dos estados], que um IVA único dividido para estados e municípios e União”. O secretário de Fazenda do Piauí, Rafael Tajra Fonteles, disse que o ministro não deixou claro como será o envio da proposta do governo federal, se por meio de PEC, por exemplo. “O ministro disse que vai fazer sugestões ao texto que já está tramitando”. Fonteneles acrescentou que a reforma tributária gera necessidade de compensação para alguns estados e municípios e isso poderá ser resolvido com uma descentralização de recursos, por meio da proposta do governo federal de um novo pacto federativo. “A ideia é que haja a união das duas agendas [reforma tributária e Pacto Federativo] para que seja viável a reformulação do sistema tributário nacional”, disse Fonteles. (Da Agência Brasil)

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Estados e municípios devem se adequar à Previdência até julho

Estados e municípios têm até 31 de julho de 2020 para se adequarem às novas regras previstas na reforma da Previdência, feita por meio da Emenda Constitucional nº 103. O prazo está definido na Portaria nº 1.348, publicada na edição de hoje (4) do Diário Oficial da União. Apesar de ainda depender da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Paralela, em tramitação no Congresso Nacional, para alterar as regras de aposentadorias para estados e municípios a reforma da Previdência já deve ser considerada pelas unidades da Federação. A PEC Paralela tem a função de definir as regras de aposentadoria e pensão de morte, idade mínima, regras de concessão e cálculo dos benefícios para servidores estaduais e municipais. As demais regras da reforma da Previdência já se aplicam aos estados e municípios. Regras Uma dessas regras é a alíquota de contribuição dos servidores ativos, aposentados e pensionistas. Estados e municípios que não adotarem a tabela progressiva da União devem ter alíquota de, no mínimo, 14%. A tabela progressiva da União varia de 7,5% a 22%, de acordo com o salário do servidor. “Para os municípios e até para alguns estados, adotar a tabela regressiva poderá gerar perda de receita porque a remuneração [dos servidores] é mais baixa”, explicou hoje (4) o secretário adjunto de Previdência do Ministério da Economia, Narlon Gutierre Nogueira. Além disso, estados e municípios também terão que instituir regime de previdência complementar. Todas as alterações devem ser feitas por lei, que deverá estar em vigor até 31 de julho. Após a vigência da lei, estados e municípios terão prazo de 90 dias para implementar as mudanças. O cumprimento das regras é exigência para que estados e municípios tenham o Certificado de Regularidade Previdenciária, necessário para receber transferências voluntárias da União e fazer financiamentos com bancos públicos federais. (Da Agência Brasil)

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Reforma da Previdência é promulgada pelo Congresso

Quase nove meses depois de ser oficialmente proposta pelo governo, nesta terça-feira (12), deputados e senadores, em uma sessão conjunta do Congresso Nacional, promulgaram a reforma da Previdência. O texto altera regras de aposentadorias e pensões para mais de 72 milhões de pessoas, entre trabalhadores do setor privado que estão na ativa e servidores públicos federais. Considerada um marco dos 300 dias do governo Bolsonaro, a solenidade presidida pelo presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) também foi acompanhada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Alcolumbre minimizou a ausência do presidente da República, Jair Bolsonaro e do ministro da Economia,Paulo Guedes na sessão. “Eu acho que não é sinal de nada. A gente ás vezes faz um cavalo de batalha por uma fotografia. As emendas constitucionais sempre foram promulgadas em sessões solenes especiais do Parlamento brasileiro. Nessas sessões muitas delas o presidente da República e ministros não vieram. Não será a presença do presidente da República ou do ministro que vai chancelar esse encontro, essa promulgação”, avaliou Alcolumbre ao chegar ao Senado. O presidente do Senado destacou ainda a importância do trabalho do Congresso na aprovação da reforma da Previdência. “Promulgaremos as mudanças no sistema previdenciário brasileiro, o maior dos últimos 30 anos. Isso foi um esforço coletivo, de todos os parlamentares, da Câmara dos Deputados, dos senadores”, disse. Ainda segundo ele, a ideia é que hoje ainda a Casa vote o segundo turno da Pec Paralela à reforma da Previdência. Se aprovado, com o mínimo de 49 votos no plenário, o texto - que abre caminho para que estados e municípios adotem as mesmas regras para seus servidores por meio de uma lei ordinária - seguirá para análise dos deputados, onde terá que passar por uma Comissão Especial e por dois turnos de votação. A proposta inicial do governo previa economia de R$ 1,2 trilhão em 10 anos. Com as alterações feitas pelo Congresso, caiu para R$ 800 bilhões no mesmo período. As regras da reforma entram em vigor imediatamente com a promulgação da emenda constitucional. (Da Agência Brasil)

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Governadores do NE propõem reforma tributária com foco na justiça fiscal

Os governadores de todos os estados que compõem a região nordeste do Brasil anunciaram que apoiam uma proposta de reforma tributária que trate da questão da justiça fiscal e diminua a regressividade do atual sistema. Baseados na Reforma Tributária Solidária, um movimento suprapartidário escrito por mais de 40 especialistas e encabeçado pela Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital) e pela Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), os governadores tornaram pública uma carta na qual reforçam a importância do uso da tributação como instrumento para a diminuição da desigualdade social no País. “Acreditamos que temos, diante de nós, uma oportunidade histórica de avançar. Para isso, é necessário reformar a regressividade de nosso sistema tributário, instituindo a tributação progressiva sobre renda e patrimônio dos modelos praticados pelas economias mais desenvolvidas, fortalecer os Fundos Regionais, bem como preservar os mecanismos de financiamento do Estado Social de 1988, tal qual prevê o projeto de Reforma Tributária Sustentável, Justa e Solidária, de forma a redistribuir renda para fomentar a demanda interna, requisito para o crescimento econômico e justiça fiscal”, aponta o documento. Segundo o presidente da Fenafisco, Charles Alcantara, esta é a primeira alternativa de reforma tributária atual que trata do principal problema do sistema, a sua regressividade. “Temos muitas propostas no Congresso, mas nenhuma delas traz soluções para mudar a triste realidade: hoje no Brasil, quem ganha mais paga menos e quem ganha menos paga mais tributos. Para se ter ideia, o Imposto de Renda de Pessoa Física isenta 70% da renda de quem ganha mais de 240 salários mínimos. Enquanto uma pessoa com rendimentos de 5 salários não encontra esses descontos, afora os impostos sobre o consumo, que pesam mais sobre os que ganham menos”, afirma. Além da questão social, a carta dos governadores também reconhece a importância da simplificação na tributação sobre o consumo, apoiando a proposta de construção unânime dos Secretários de Fazenda dos Estados no Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários Estaduais da Fazenda).

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Marcos Cintra participará de seminário sobre Reforma Tributária no Recife

Depois de a Reforma da Previdência ter sido aprovada, na última terça-feira (6), em 2° turno na Câmara dos Deputados, chegou a vez da tributária entrar de vez na pauta econômica do Legislativo. Para ampliar a discussão sobre as propostas apresentadas pelos diversos setores da sociedade, a Faculdade de Direito do Recife (FDR) promoverá seminário sobre o tema próximo dia 5 de setembro, a partir das 18h30. O evento, que é gratuito, será promovido pelo Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Entre os participantes que irão compor a mesa, o secretário Especial da Receita Federal, Marcos Cintra, com a palestra “A reforma tributária do Executivo”; o ex-ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio e ex-senador da República, Armando Monteiro Neto, que apresentará a palestra “A importância da reforma na agenda de modernização do País”; o superintendente da Receita Federal da 8ª Região (SP), Giovani Campos, que falará sobre “O contencioso administrativo e judicial e a reforma”; o diretor jurídico da Fiat Chrysler Automobiles para América Latina e vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima, além do doutor e professor de Direito Tributário da UFPE Eric Castro e Silva. Com a reforma, Municípios, Estados e União terão os seus sistemas tributários alterados. Na União, deixam de existir o IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) e o PIS/COFINS; nos Estados, extingue-se o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é o tributo que mais arrecada no País; e, nos municípios, o ISS (Imposto sobre Serviços) também sofre mudanças. “Alterando-se os tributos de cada um dos entes federados, tem que ver como fica a autonomia destes, já que vai haver um impacto na receita. Essa questão é o que se chama de pacto federativo, ou seja, como cada ente se financia para prestar os serviços para a população. Hoje, há uma dependência dos Estados e Municípios para com a União. A reforma pode altera substancialmente esse quadro”, declara o advogado e professor de Direito Tributário da UFPE, Dr. Eric Castro e Silva. Ainda segundo o professor Eric Castro e Silva, que está à frente da organização do seminário, o objetivo do evento é contribuir para o debate nacional. “Discutiremos as várias propostas hoje existentes (a do congresso, do governo federal, dos governadores e dos empresários) e tentaremos aproximar a discussão de toda a sociedade, já que as mudanças afetam a vida de todo o cidadão brasileiro, sem distinção”, afirma. A atividade dá direito a horas NAC, reconhecidas pela Faculdade de Direito do Recife. O interessado precisa se cadastrar no site https://bit.ly/33dLN8m para realizar a inscrição e contribuir com qualquer tipo de material de limpeza, que será doado para a CasaRosa, ONG que faz acolhimento e ajuda no tratamento de mulheres com câncer de mama em Pernambuco. Programação do evento Abertura Prof. Dr. Francisco Queiroz Diretor e Professor Titular da FDR A reforma tributária do Executivo Prof. Dr. Marcos Cintra Secretário Especial da Receita Federal A importância da reforma na agenda de modernização do País Dr. Armando Monteiro Neto Ex-Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-Senador da República O contencioso administrativo e judicial e a reforma Prof. Dr. Giovani Campos Superintendente da RFB da 8ª Região (SP) Impactos da reforma no setor produtivo Prof. Márcio Lima Diretor Jurídico da Fiat Chrysler Automobiles para América Latina Vice-Presidente da ANFAVEA A Reforma e o Pacto Federativo Prof. Dr. Eric Castro e Silva Professor da FDR (UFPE), Mestre pela Universidade de Cambridge e Doutor pela USP SERVIÇO Seminário Reforma Tributária Onde: Salão Nobre da Faculdade de Direito do Recife (Praça Adolfo Cirne, s/n, Boa Vista) Quando: 5 de setembro de 2019, às 18h30 Inscrições: https://bit.ly/33dLN8m

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Onyx e Guedes se reúnem para discutir reforma da Previdência

A reforma da Previdência foi tema de uma reunião, logo cedo, hoje (6), no Palácio do Planalto, entre os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Economia, Paulo Guedes. A conversa durou cerca de duas horas. A proposta será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro quando ele tiver alta médica em São Paulo, e depois encaminhada ao Congresso Nacional. Guedes se reuniu ontem (5) com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No encontro, Maia disse que vai respeitar os prazos regimentais e prevê dois meses entre tramitação e votação da proposta na Câmara. Maia ressaltou que o ideal é garantir 320 votos favoráveis para aprovação da proposta na Câmara. Pela Constituição, são necessários 308 votos. Guedes adiantou que a estimativa do governo federal é economizar R$ 1 trilhão em dez anos a partir da execução da reforma. Segundo ele, o governo federal trabalha com mais de uma proposta de mudanças na Previdência. (Da Agência Brasil)

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Argentina anuncia pacote de reforma fiscal (por Ecio Costa)

O economista Ecio Costa comenta a política argentina de enxugamento da máquina estatal e de tarifar exportações para alcançar o equilíbrio fiscal. Um debate que o Brasil está discutindo nas eleições presidenciais. Confira o comentário do especialista, que analisa os possíveis impactos no Brasil. Veja o vídeo.  

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Banheiros do Mercado da Encruzilhada passam por grande reforma

A Prefeitura do Recife continua trabalhando para melhorar os mercados públicos da cidade. Para isso, os banheiros do Mercado da Encruzilhada estão passando por uma grande reforma e devem ser entregues até outubro. O objetivo é dar mais conforto aos clientes e permissionários do mercado. Essa é mais uma ação da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, por meio da Autarquia de Serviços Urbanos do Recife (Csurb), no equipamento, que passou por um grande ordenamento e recebeu uma nova ala de alimentação em novembro de 2017. A obra acontece graças a uma parceria firmada com a loja Ferreira Costa. A reforma vai trocar toda a instalação hidráulica dos banheiros, além de colocar novo revestimento, pias e vasos sanitários. Também serão instalados trocadores infantis nos banheiros masculino e feminino. A gerente geral de Projetos da Csurb, Ana Paula Lins, explica como a obra foi programada. “A primeira fase da é a intervenção no banheiro masculino. Logo depois, prevista para ter início até o fim de julho, os banheiros femininos receberão as melhorias”, comenta. Enquanto as cabines dos homens estão fechadas, um banheiro localizado na área de eventos do mercado está sendo utilizado por eles. Para a presidente da Csurb, Berenice Andrade Lima, a reforma faz parte de um pacote de ações elaboradas com o objetivo de atrair ainda mais a população aos mercados. “Nós temos trabalhado para lembrar ao recifense que os mercados fazem parte da tradição e do dia a dia da cidade. Além da reforma que está em andamento, a inauguração dos novos boxes e iniciativas como o Viva o Mercado tem se mostrado eficientes nesse sentido”, finaliza. Além dos banheiros masculino e feminino, sete boxes de serviços de costura, sapateiro e itens de telefonia, localizados na parte externa do mercado, também vão ser requalificados pela Csurb. Eles vão ter novos revestimentos, cobertas e a parte elétrica trocadas. Agosto. NOVOS BOXES - Em novembro, foi inaugurada a nova alameda de alimentação, com três novos boxes no Mercado da Encruzilhada. Os novos empreendimentos são: padaria e pizzaria, pastelaria e um bar com cervejas artesanais e uma beer cave. Essa é mais uma ação da Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Serviços Urbanos (Csurb), para atrair o público e melhorar a experiência do recifense com os mercados públicos. Desde 2014, foram investidos mais de R$ 530 mil na melhoria do equipamento. A abertura dos novos empreendimentos foi possível graças a um ordenamento feito no interior do mercado. A Csurb tem trabalhado para promover uma ampla requalificação dos mercados públicos da cidade. O Mercado da Encruzilhada recebeu nova pintura em toda a fachada, em parceria com a Iquine, além de ter os banheiros externos totalmente reestruturados.

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83% dos desempregados admitem não estar bem informados sobre a reforma trabalhista

São tantas as novidades e mudanças com a nova legislação trabalhista, como jornada e remuneração flexíveis, possibilidade de divisão das férias em três períodos e permissão de tempo menor para o almoço, que muitos brasileiros ainda não tiveram tempo de refletir sobre o impacto da ‘Reforma Trabalhista’ em suas vidas. Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com brasileiros que estão desempregados atualmente revela que 83% dos entrevistados admitem não estar bem informados sobre a recente mudança na legislação trabalhista. Apenas 16% reconhecem ter informações suficientes sobre o assunto. O desconhecimento é elevado em todos os estratos sociais, mas maior entre os de mais baixa escolaridade. Sancionada pela presidência da República em julho do ano passado, e posta em vigor a partir de novembro, as novas leis permanecem cercadas de incertezas por parte dos consumidores. De acordo com o levantamento, os brasileiros desempregados mostram-se divididos quanto à possibilidade de a reforma trabalhista promover um aumento na oferta de vagas de emprego. Para 31%, as mudanças na legislação não devem exercer qualquer efeito no mercado de trabalho, enquanto 26% não possuem uma opinião formada sobre o assunto. Quase um quarto (24%) dos entrevistados acredita que haverá diminuição de postos de trabalho, ao passo que 19% esperam um aumento na quantidade de vagas. “É preciso derrubar alguns mitos sobre a modernização das leis trabalhistas. A visão negativa que alguns consumidores têm sobre as alterações está relacionada ao desconhecimento a respeito do tema, como aponta a pesquisa. Apesar da reformulação, direitos considerados fundamentais para os trabalhadores foram mantidos na nova configuração, como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o décimo terceiro salário, o seguro desemprego e a licença maternidade, por exemplo”, explica o presidente da CNDL, José Cesar da Costa. O presidente da entidade ainda explica que os efeitos da mudança, contudo, não serão sentidos de forma imediata, uma vez que o país se encontra em um processo lento de saída da recessão. “É cedo para colher frutos da nova legislação. Assim como o peso da carga tributária torna o país menos competitivo, a rigidez de uma legislação trabalhista como a brasileira limita a oferta de trabalho. A recente modernização das leis é importante para o país superar os problemas de produtividade. Com a economia melhorando, mais empresários tendem a aderir às novas regras”, afirma Costa. Desempregados mostram-se divididos sobre benefícios do chamado ‘Trabalho Intermitente’. Mesmo assim, 50% aceitariam contratação neste regime Uma das principais novidades da Reforma Trabalhista é a regulamentação do chamado ‘Trabalho Intermitente’, uma modalidade de contratação com carteira assinada em que não há jornada fixa de trabalho. Dessa maneira, o funcionário passa a ser remunerado por hora, de acordo com o tempo trabalhado. Essa modalidade não substitui a atual jornada fixa, mas é apresentada como uma opção a mais disponibilizada no mercado. Sobre essa alteração, as opiniões dos entrevistados também estão divididas. Quase um quarto (24%) dos desempregados considera a medida positiva e 23% classificam a nova modalidade de contratação de forma negativa. Para um terço (33%), ela é regular. Outros 20% não responderam ou não tem opinião formada. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, alguns tipos de trabalho se enquadram melhor na lógica da jornada flexível, como prestadores de serviços e algumas áreas do comércio. “É o caso, por exemplo, de serviços de bares e restaurantes, cujo pico de movimentação se dá em horários específicos e podem se valer dessa nova regra. Ou então do comércio, que geralmente fica mais aquecido em determinadas datas comemorativas”, explica a economista. Levando em consideração os trabalhadores desempregados que consideram a modalidade de trabalho intermitente como algo positivo, 37% consideram que a mudança criará mais postos de trabalho, fazendo com que o desemprego recue. Outros 27% acreditam que o trabalhador poderá exercer mais de uma atividade por meio do trabalho intermitente e, assim, aumentar a sua renda e 25% imaginam que a informalidade poderá diminuir. Já para os que classificam o trabalho intermitente como uma mudança ruim para a população, 44% interpretam que a alteração implica em perda de direitos trabalhistas, ao passo que 19% não acreditam que ela será suficiente para fazer a informalidade diminuir no país. De modo geral, 50% dos desempregados brasileiros declaram-se interessados em trabalhar sob o regime de trabalho intermitente, seja pela possibilidade de conciliar a jornada de trabalho com outras atividades, como estudos, por exemplo (17%), poder ser contratado de forma integral após um período como intermitente (17%) ou receber benefícios que não existem no mercado informal (15%). “Independentemente dos níveis de aprovação ou desaprovação da reforma trabalhista, a única forma de preparar-se para os efeitos da mudança é informar-se e saber cada vez mais a respeito. Só o conhecimento da nova legislação pode tornar o trabalhador apto a fazer as melhores escolhas para suas atividades profissionais e, ao mesmo tempo, ajudá-lo a estar atento ao cumprimento dos direitos que continuam garantidos na Constituição”, analisa o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

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