Arquivos Teatro - Página 5 De 13 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Bruna Caram estreia show no Recife

Por Yuri Euzébio “Recife,/Terra salgada/Gente doce/Não é minha casa/Mas é como se fosse”. Essa linda declaração de amor em forma de poesia foi retirada de um dos inúmeros versos escritos pela cantora, atriz, poeta e escritora paulista Bruna Caram. Nos preparativos para chegar no Recife e fazer o show de estreia da turnê de seu mais novo disco, “Alívio”, uma gentil e cativante Bruna atendeu a coluna para um papo leve e descontraído como parece ser sua própria maneira de levar a vida. Entre sorrisos e poesia, a artista, que espera seu primeiro filho, esbanjou bom humor e simpatia, mas também a firmeza de quem tem certeza do caminho que está trilhando. “Eu nasci no Recife nos meus sonhos. É verdade, eu venho há muitos anos já pro Carnaval e na primeira vez, eu vim sozinha e sem conhecer ninguém, mas saí completamente apaixonada”, recordou. “Na época eu ia lançar ainda o meu primeiro disco e desde então, eu venho fazer show aqui. Eu comemorei a cada ano, cada show que eu fiz, cada momento e pra mim é muito emblemático começar na cidade que, fora de São Paulo, eu tenho meu maior público e que sempre me recebe de braços abertos como se eu estivesse em casa”, celebrou entusiasmada. Nesse novo projeto, Bruna aposta mais uma vez na sua produção autoral como compositora, assinando seis das nove músicas do álbum, produzido por André Moraes. Mesclando uma gama diversa de influências, a cantora se consolida como uma das grandes letristas da sua geração. “Sempre meus parceiros foram grandes influências até porque eles me ajudaram a sair do armário como compositora. Então devo muito a gente como Chico César, Zeca Baleiro, Roberta Sá e vários outros”, explicou. O disco é permeado pelos ritmos brasileiros que fizeram parte da formação musical da musicista como xote, baião, choro e maracatu. Em “Alívio”, Bruna transmite a ideia da cura pela música. “Eu digo que o disco não se chama “Paz”, porque paz é como se estivesse tudo tranquilo, o alívio é quando se tem uma tormenta, quando se consegue apaziguar depois de um furacão”, resumiu a “cantatriz”. “Há tempos que eu acredito que a música, e a arte no geral, tem o poder de instruir as pessoas, de conscientizar e de dar coragem a quem ouve”, ponderou a multiartista. Segundo a cantora, apesar de estar mergulhada em seu novo disco, seus outros projetos continuam firmes. “O meu lado atriz está muito vivo, eu exercito muito no palco, fazendo shows. Quanto à parte da literatura, esse ano eu vou lançar um livro novo, meu segundo de poesia”, anunciou. “ E com certeza eu ainda vou trabalhar muito como atriz. Alguns projetos eu não pude abraçar esse ano, porque a música me tomou por completo”, continuou. “Eu voltei a ser preparadora vocal também, abri uma empresa em São Paulo, que chama Cor e Voz, onde eu atendo outros artistas também como Emicida, Rashid, o Rael, Marcelo Jeneci”, explicou.“Justamente por eu ser a minha própria empresária, de ter a minha própria empresa, foi o que me abriu as portas pra eu poder organizar melhor e a cada momento olhar melhor pra cada uma das artes que formam o meu todo”, detalhou consciente. “Isso me deu condições de fazer teatro no palco, lançar o livro, lançar o disco e lançar uma pessoa no mundo”, pontuou bem-humorada. Desde o Carnaval que passou por aqui ainda na juventude, Bruna faz questão de manter uma estreita e forte relação com Pernambuco e não pretende se desvencilhar disso nunca, fazendo parte de seus planos uma aproximação ainda maior “Além de gostar muito das pessoas daí e de admirar muitos cantores e compositores, eu acho o cinema pernambucano incrível”, destacou. “Como atriz eu tenho muita vontade de fazer cinema, muito antes de fazer novela que é uma coisa digamos pop e, se fosse em Pernambuco, seria melhor ainda”, desejou. “Eu tenho uma ligação com São Paulo, eu acho que nós nos complementamos, mas eu não imagino o que seria do Brasil sem Pernambuco. Eu só me aproximo e agradeço sempre”, concluiu. Esse colunista é quem agradece o privilégio e a oportunidade de conversar com uma figura tão solar e artística quanto a cantora paulista e tenho certeza que Pernambuco também se envaidece com tão encantadora fã. SERVIÇO Lançamento cd “Alívio” de Bruna Caram Teatro Apolo – Hermilo Hoje, 20/09/2019 21 horas Ingressos: R$ 40 e R$ 20 meia entrada    

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Trilhas sonoras de cinema amanhã (11) no Teatro de Santa Isabel

Trilhas sonoras que marcaram época no cinema serão apresentadas na edição especial do Quartas Musicais, projeto promovido pelo Conservatório Pernambucano de Música, nesta quarta-feira (11). O concerto, que reúne a Orquestra de Câmara de Pernambuco, o Coro de Câmara do Conservatório Pernambucano de Música e a Liberi Cia. Artística, acontecerá às 20h, no Teatro de Santa Isabel. O público pode retirar o ingresso para o show gratuitamente na bilheteria do local uma hora antes do seu início. “As músicas apresentadas no concerto são grandes sucessos da Broadway, bem como nos cinemas e nos palcos brasileiros. O repertório inclui uma homenagem a Chico Buarque pelos 75 anos de vida e 55 de carreira. Esta é uma produção pernambucana, dos arranjos e solistas, ao coro e orquestra. O show com essa roupagem foi apresentado no Festival de Inverno de Garanhuns e foi um sucesso. Tenho certeza de que o público presente também aproveitará muito o momento de celebração da boa música”, destaca a gerente geral do Conservatório Pernambucano de Música, Roseane Hazin. Temas como o do filme “O rei leão”, “Mamma Mia”, “Os miseráveis” e “A Bela e a Fera” fazem parte do repertório cantado pelos solistas Gleyce Melo, Madson de Paula e Mônica Muniz. “Estamos muito felizes de interpretar essas trilhas de musicais, como as de “Cats’ e ‘Chicago’, ao lado do Coro de Câmara e do Liberi, que é um grupo especializado nesse tipo de música. A homenagem a Chico Buarque será com parte do repertório de ‘Grande circo místico’. Será um momento dedicado à música vocal”, explica o regente da Orquestra de Câmara de Pernambuco, José Renato Accioly. As canções “I dreamed a dream”, “Did you hear the people sing?” e “One day more”, de Os miseráveis, além de “You’re the one that I want” e “Summer Nights”, de Grease, também serão interpretadas. Os arranjos, a orquestração e adaptação são de Jetro Rodrigues. Com um currículo vasto de espetáculos, a Orquestra de Câmara de Pernambuco investe em um repertório eclético, realizando concertos que vão do erudito ao popular. As parcerias com os solistas eruditos e músicos populares são uma prática do conjunto musical, que já fez concertos com nomes como o violinista austríaco David Frühwirth, os pianistas Elyanna Caldas e Fábio Martino, Quinteto Violado e muitos outros. Atualmente sob a regência da maestrina Mônica Muniz e co-repetição do pianista Jetro Rodrigues, o Coro de Câmara do CPM foi criado em 2012 e atua com destaque nos palcos pernambucanos, apresentando um repertório variado que vai da música sacra à ópera com obras de compositores como Bach, Mozart, Verdi e Händel entre outros. A Liberi Cia. Artística é formada por cantoras e cantores de alto nível vocal, que dominam do canto popular ao erudito. O repertório da companhia conta com clássicos da música americana, incluindo musicais e artistas ícones da cultura pop, canções consagradas da nossa rica MPB e algumas peças da música erudita.   SERVIÇO ESPETÁCULO ‘MUSICAIS’ (QUARTAS MUSICAIS EDIÇÃO ESPECIAL) – Quarta-feira, 11 de setembro, às 20h, no Teatro de Santa Isabel (Praça da República, S/N, Santo Antônio). Ingressos podem ser retirados gratuitamente na bilheteria do teatro uma hora antes do início do concerto.  

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Em Transiterrifluxório o público é instigado a vivenciar diferentes perspectivas sensoriais

Criado a partir do desdobramento de uma longa pesquisa em dança intitulada Contraespaço, lançada há quatro anos, sob o estímulo da intrigante arquitetura da iraquiana-britânica Zaha Hadid, o novo espetáculo Transiterrifluxório do grupo Cláudio Lacerda/Dança Amorfa, dirigido pelo coreógrafo, bailarino, professor e pesquisador Cláudio Lacerda, tem estreia marcada para os próximos dias 13 e 14, às 20h, no Centro Cultural Benfica, em Recife. A temporada é composta por oito apresentações e segue nas sextas e sábados, dias 20 e 21, 27 e 28 de setembro e 4 e 5 de outubro, sempre no mesmo horário. Após as apresentações os bailarinos farão uma breve conversa com o público com o intuito de trocar ideias e impressões. O acesso às exibições é gratuito, porém limitado a 50 pessoas por dia e tem classificação etária livre. Os ingressos serão distribuídos uma hora antes. Para garantir o acesso das pessoas com deficiência motora e mobilidade reduzida, a montagem é encenada num espaço acessível e também oferece acessibilidade comunicacional por meio da distribuição de programas em braille. Transiterrifluxório, espetáculo de dança contemporânea, foi desenvolvido a partir da curiosidade pelas obras e modos de operar de Hadid, que tem em suas criações trabalhos radicais, ora cheios de curvas, ora com arestas pronunciadas convergentes e divergentes, com grandes espaços vazados e dissoluções entre verticalidade e horizontalidade, num estado de fluidez e complexidade sem cortes que seguem meticulosos processos criativos. A montagem conta com o incentivo do Fundo de Incentivo à Cultura do Estado de Pernambuco (Funcultura) e produção executiva assinada por Clarisse Fraga, do Bureau de Cultura. Segundo o diretor, Cláudio Lacerda, responsável pela concepção do espetáculo, o grupo, que é formado ainda pelos bailarinos Jefferson Figueirêdo, Juliana Siqueira e Stefany Ribeiro, trabalhou com a imaginação espacial, corporal e de movimento estimuladas pela dinâmica e pelas linhas existentes nas obras da arquiteta. “Juntos, esses elementos nos propiciaram diferentes perspectivas em relação aos olhares internos, a sensibilidade alterada de nossas superfícies, modos de fricção entre nossos corpos, propostas de habitação nos diversos espaços que criamos em cena, sejam eles reais ou imaginados/ários. Também ampliou as possibilidades das nossas relações, de afetar e ser afetado, de desestabilizar e de apoiar, de se deixar levar e, por fim, de manter os pés bem plantados no chão”, explica. Em Transiterrifluxório, o grupo pretende trazer aos espectadores a materialidade e a cinestesia produzidas por essas vivências. O próprio título já é bem sugestivo ao brincar com as palavras trânsito, território e fluxo, deixando-as contaminarem-se entre si e se borrarem, espelhando o que foi desenvolvido durante o processo. “É um espetáculo proposto para ser exibido fora da caixa cênica, em espaços alternativos que comportem ambientes separados diversos, promovendo uma fricção entre o material de movimento produzido no processo, organizado em módulos, e a responsividade aos espaços, procurando maneiras interessantes de habitá-los, em itinerância”, salienta Lacerda. Ele diz que em cada prédio nos quais o grupo tem dançado, a exemplo da Igreja da Sé, em Olinda; Faculdade de Arquitetura da UFBA, em Salvador; e Sesc Petrolina, no sertão pernambucano; as limitações encontradas funcionaram como estimuladores, colocando a dança para sobreviver nesses espaços, em um diálogo no qual os bailarinos se nutrem deles e, simultaneamente, lhes dão vida, habitando-os. “A nossa dança se adapta aos ambientes respeitando as condições características, explorando um meio caminho entre coreografia e obra site-specific. É um espetáculo que se fundamenta na exploração dos mais diversos ambientes de um prédio escolhido”, completa o idealizador. Em cada ambiente, juntamente aos módulos de dança – para esta temporada serão usados 10 módulos, cada um com uma média de 5 minutos de duração –, também serão exploradas ambientações sonoras e possibilidades de projeções de vídeos com imagens editadas das filmagens in loco de prédios e objetos projetados por Hadid em Londres e Roma, captadas por Cláudio Lacerda, na ocasião do seu doutorado Sandwich na Inglaterra (Coventry University), no final de 2016. A proposta, segundo os bailarinos, para as sessões de Transiterrifluxório é convidar o público a acompanhar a itinerância do grupo na habitação de cada espaço do Centro Cultural Benfica. “Queremos despertar a curiosidade dos espectadores para que cada um possa fazer a sua própria leitura da nossa obra”, enfatiza Cláudio. Sobre o Grupo: O grupo Cláudio Lacerda/Dança Amorfa, dirigido pelo coreógrafo, bailarino, professor e pesquisador Cláudio Lacerda, dedica-se à pesquisa de linguagem e à experimentação em dança contemporânea. Em atividade desde 1997, cada criação é desenvolvida através de processos de pesquisa nos quais novos vocabulários de dança são explorados, com uma preocupação tanto com o conceitual quanto com o artesanal. Ao longo desses anos, vários temas têm sido visitados na criação em dança: pesquisa não narrativa de movimento, em Deslocado (1999) e Deslocado-Relocado (2002); moda, em O Diafragma Fecha (1999); indivíduo versus sociedade, em Dual (2000); corpo e cidade, em A Cidade no meu Corpo (2001); investigação arquitetural e dos cidadãos, na obra site-specific Interferência Amorfa sobre Ponte da Boa Vista (2001); repetição e transformação, em Vento Poeira Larva (2005); dissolução do sujeito, em Interregnum (2006, 2008); multiplicidades do real e do sujeito, em Real/Duplo (2010). O interesse pela arquitetura desconstrutivista como elemento inspirador para a criação em dança iniciou em 2008 e constituiu a Trilogia da Arquitetura Desconstrutivista, que gerou: as obras coreográficas Deserto Aresta (2008) e Espaçamento (2011); o projeto de pesquisa Des-com-po-si-ção (2009); e o livro Pesquisa Trilogia da Arquitetura Desconstrutivista (2011). De 2014 para cá, a obra da arquiteta iraquiana-britânica, Zaha Hadid, tem sido o foco de interesse a pesquisa e criação em dança do grupo, inclusive sendo tema do doutorado em Artes Cênicas desenvolvido por Lacerda na Universidade Federal da Bahia (UFBA). A pesquisa em dança Contraespaço, incentivada pelo Funcultura-PE, foi desenvolvida com a contribuição dos bailarinos Cláudio Lacerda, Jefferson Figueirêdo, Juliana Siqueira, Orunmillá Santana e Stefany Ribeiro, sob a direção de Lacerda. O grupo foi estimulado por imagens de obras de Hadid, conceitos arquitetônicos relacionados à sua obra e autores de dança e filosofia como Gaston Bachelard (filosofia), Maxine Sheets-Johnstone (dança e filosofia), Rudolf Laban (dança),

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Santa Isabel em Cena recebe o espetáculo "O Ideal e a Glória"

O projeto educacional Santa Isabel em Cena recebe, nesta terça (3), às 14h, o espetáculo "O Ideal e a Glória". Baseado na obra “Do ideal e da Glória – Problemas Inculturais Brasileiro”, lançando em 1977, a peça é protagonizada pelo ator Edjalma Freitas e tem direção de Quiércles Santana. Produzido por Osman Lins, o texto apresenta reflexões sobre o ato de escrever, o ofício de escritor - suas dores e desafios. Autor dos romances “A Rainha dos Cárceres da Grécia” e “Avalovara”. Osman dedica, neste ensaio, um olhar atento aos problemas da cultura brasileira, o empobrecimento cultural, a ausência da leitura e espaço para seus escritores. O Projeto de Educação Patrimonial – Santa Isabel em Cena é destinado a instituições de ensino, ONGs, centros comunitários, grupos artísticos e demais interessados. Durante o encontro, os visitantes passeiam pelos pavimentos do Teatro de Santa Isabel e tomam contato com sua deslumbrante arquitetura. Em seguida, assistem a uma apresentação cultural gratuita, com o objetivo de aproximá-los das linguagens artísticas. Serviço Projeto Santa Isabel em Cena Visitação e exibição da peça ""O Ideal e a Glória" Terça, dia 3, às 14h Teatro de Santa Isabel - Praça da República S/N Entrada gratuita, mediante agendamento. Para agendamentos de grupos e/ou instituições de ensino enviar e-mail para: teatrodesantaisabel.educativo@gmail.com

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Trilogia do Feminicídio aborda casos reais em formato de peça teatral

Com incentivo do Funcultura, através da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo do Estado de Pernambuco, o projeto TRILOGIA DO FEMINICÍDIO traz à tona o universo de quatro mulheres e suas histórias: “APARECIDA”, “TRIZ” e “COISAS QUE ACONTECEM NO QUINTAL”, e estreia no dia 04 de setembro no Teatro Hermilo Borba Filho. Baseados em histórias reais, esses espetáculos possuem direção executiva e artística de Eric Valença e foram formulados a partir de pesquisas com vítimas de violência doméstica, delegadas e profissionais em centros de acolhimento. No elenco estão as atrizes Gheuza Senna, Nínive Caldas, Laís Vieira e Tati Azevedo. Em curta temporada, TRILOGIA DO FEMINICÍDIO possui mais três datas no Teatro Hermilo Borba, com apresentações nos dias 05, 11 e 12 de setembro. Todos os espetáculos serão apresentados no mesmo dia, em horários seguidos e com bilheteria diferenciada com valor promocional de R$10 acrescido da doação de um item de higiene pessoal. Toda a renda será revertidapara compra de objetos de uso e asseio para serem doados a mulheres encarceradas e crianças nascidas no sistema penitenciário do estado de Pernambuco. O foco principal destas apresentações cênicas é o drama do feminicídio, onde cada fragmento mostra personagens que vivenciam a violência no cotidiano independentemente de sua condição social, status e história de vida. São relatos de mulheres que foram subjugadas, violadas, assediadas, exploradas, torturadas e perseguidas fisicamente, psicologicamente e moralmente. Para Eric Valença, além da denúncia, um dos objetivos da TRILOGIA DO FEMINICÍDIO é o de fortalecer a rede que cuida das mulheres que estão sendo ressocializadas. “Acreditamos que temos o dever de humanizar esse contexto e acreditamos que será através da arte em forma de teatro que vamos alcançar um maior número de pessoas”, explica. Sinopse dos espetáculos: APARECIDA, interpretada por Gheuza Senna, é o passional que não existe, é a morte em cores apresentada ao público. O desenvolvimento da personagem de Gheuza se deu em pesquisas realizadas no Centro de Referência Clarice Lispector, na Delegacia da Mulher através de boletins de ocorrências e no IML. "Aparecida é também uma referência a Nossa Senhora de Aparecida e gira em torno da força da mulher negra, ao mesmo tempo que questiona a posição da mulher com relação a esse poder que ela tem dentro da sua profissão. Ela faz uma análise entre ser mulher e ser negra dentro do universo da polícia e da investigação dos crimes de feminicídio", conta Gheuza. “TRIZ”, interpretada por Nínive Caldas e Laís Vieira, é onde vemos o círculo vicioso e o abuso introduzido na vida de forma involuntária. A pesquisa dos papéis das duas atrizes foram aprofundada através de conversas com psicólogas, assistentes sociais e advogadas junto ao Centro de Referência Clarice Lispector e a Secretaria Executiva de Ressocialização - SERES. "A peça TRIZ fala não só da violência física mais também da violência psicológica, da pergunta que não tem resposta: O por quê da pessoa se submeter a essa situação?", conta Nínive. “COISAS QUE ACONTECEM NO QUINTAL”, interpretada por Tati Azevedo, mostra o que está em todo lugar, com a triste constatação de uma verdade revelada. Para a criação desses personagens, Tati realizou uma pesquisa no Centro de Referência Clarice Lispector, na Igreja Universal do Reino de Deus e na Delegacia da Mulher. A peça traz três personagens: uma mulher trans, a Pastora Adélia e Mainha, uma parteira e rezadeira. "A peça é aquilo que nunca queremos encontrar ou o que temos e não queremos revelar. É a violência domesticada na alma da mulher desde seu nascimento. É uma herança com o manto da obrigação, da subserviência, de não ter vontade própria, de estar à margem da pobreza e da ignorância” revela Tati. Serviço: TRILOGIA DO FEMINICÍDIO “Aparecida” / “Triz” / “Coisas que Acontecem no Quintal” Local: Teatro Hermilo Borba Filho Dias: 04, 05, 11 e 12 de setembro Quarta / 04/09 18:30 COISAS QUE ACONTECEM NO QUINTAL 19:40 APARECIDA 21:00 TRIZ Quinta / 05/09 18:30 TRIZ 19:40 COISAS QUE ACONTECEM NO QUINTAL 21h APARECIDA Quarta / 11/09 18:30 APARECIDA 19:40 COISAS QUE ACONTECEM NO QUINTAL 21h TRIZ Quinta / 12/09 18:30 TRIZ 19:40 COISAS QUE ACONTECEM NO QUINTAL 21h APARECIDA Preço: R$ 10,00 (Promocional) + 1 item de higiene pessoal a ser doado

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Paulo Miklos: "Sou fã da música e do cinema pernambucanos"

Por Yuri Euzébio Olá!! Eu sou Yuri Euzébio e começo hoje um espaço dedicado à música, aqui no site da Revista de Pernambuco.  Falaremos sobre a cena nacional, novidades que estão surgindo, shows, lançamentos e tudo o mais que envolva ritmo, melodia e letra. Sempre com o sotaque pernambucano, claro. No debut, teremos nada mais nada menos do que Paulo Miklos. Paulo Miklos é um artista inquieto. Músico reconhecido, com longa passagem em uma das mais importantes bandas de rock brasileiro, Titãs, ele mantém em paralelo uma premiada carreira de ator no cinema e estreou nos palcos de teatro há dois anos com uma peça sobre um músico. Ora porque não unir as duas paixões?? Ainda mais contando a história de um dos grandes ícones do jazz norte-americano Chet Baker, morto em 1988? No último domingo, o espetáculo desembarca no Recife e um simpático Paulo atendeu a coluna, por telefone, para conversar sobre essa mais nova empreitada em sua carreira. “Dezessete anos depois da minha estreia como ator no cinema em O Invasor, eu finalmente tive tempo e o convite pra estrear nos palcos”, destacou entusiasmado. Após, o lançamento do seu terceiro disco solo, o primeiro desde que anunciou sua saída dos Titãs, o cantor recebeu o convite do produtor Fábio Santana para estrelar a peça escrita por Sérgio Roveri e dirigida por João Jardim. “O teatro é uma experiência fundamental para o ator e me faltava isso. Depois de O Invasor, fiz diversos longas-metragens, recebi algumas premiações, fiz novela na TV, só faltava mesmo vivenciar uma história no palco”, confidenciou o ex-titã. Em Chet Baker – Apenas Um Sopro, o artista une duas paixões, a atuação e a música, além de celebrar uma de suas grandes influências sonoras. “A peça se passa na década de 1960 e aborda o lado humano e conturbado do Chet Baker, ele é espancado na rua em São Francisco, perde os dentes e acompanhamos sua volta ao estúdio de gravação, sem saber se ele vai conseguir ou não gravar alguma coisa. Ele tem que superar a desconfiança tanto do público quanto dos próprios amigos e outros artistas” provocou. A relação de Paulo com Chet Baker não vem de agora. Sua admiração pelo trompetista surgiu há bastante tempo e foi amor à primeira vista; “Conheci o Chet Baker na adolescência e me interessei muito pelo jazz, cantando e tocando trompete, porque eu sempre toquei flauta transversal desde criança. Quando soube da influência pra bossa nova, reconhecida inclusive pelo mestre João Gilberto, só me fez admirá-lo ainda mais” recorda o compositor. “Com o processo todo da peça, tive que me debruçar novamente sobre a vida dele, li biografias, assistir documentários e vejo como ele é um artista único e lançou uma tendência, um estilo com uma maneira cool de cantar, bem suave”, relembrou o compositor. A grande expectativa da peça é saber o desfecho do drama vivido pelo músico, se ele irá conseguir superar as dificuldades e voltar a tocar ou não. “Nós já sabemos o que aconteceu, ele superou e teve uma carreira brilhante, entrou para a história com sua voz que era quase a continuação do trompete que ele tocava” destacou o músico. Mesmo com a peça agora rodando por todo o Brasil, o músico continua a fazer shows de seu último CD A Gente Mora no Agora (2016) e não demonstra nenhuma preocupação em equilibrar as duas carreiras. No último Festival de Gramado, Paulo Miklos foi eleito melhor ator pelo filme O Homem Cordial, reconhecimento de que caminha na direção certa. Perguntado sobre a música e o cinema pernambucanos, o artista demonstra estar totalmente conectado com o que acontece aqui, relatando um carinho especial pela terra. “Sou muito fã tanto do cinema, como da música pernambucanos. Conheci pessoalmente Kleber Mendonça Filho agora em Gramado, sou muito fã dos filmes dele. Assim como os de Cláudio Assis, Lírio Ferreira e outros”, revelou entusiasmado. “Na música, eu sou apaixonado pela cena pernambucana, basta dizer que a produção musical do meu disco mais recente, A Gente Mora No Agora, ficou à cargo do Pupillo, baterista da Nação Zumbi” celebra. Miklos transmite uma energia boa e isso se reflete tanto em sua música quanto em sua obra cinematográfica, figura solar, mesmo quando era mais ligado ao rock dos Titãs, ele parece não saber ou não se importar com o status que ocupa dentro da música e do cinema brasileiro. E é isso que cativa seus fãs, incluindo aqui o autor dessa coluna que vos escreve.

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Trilogia do Feminicídio aborda casos reais em formato de peça teatral

Com incentivo do Funcultura, através da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo do Estado de Pernambuco, o projeto TRILOGIA DO FEMINICÍDIO traz à tona o universo de quatro mulheres e suas histórias: “APARECIDA”, “TRIZ” e “COISAS QUE ACONTECEM NO QUINTAL”, e estreia no dia 04 de setembro no Teatro Hermilo Borba Filho. Baseados em histórias reais, esses espetáculos possuem direção executiva e artística de Eric Valença e foram formulados a partir de pesquisas com vítimas de violência doméstica, delegadas e profissionais em centros de acolhimento. No elenco estão as atrizes Gheuza Senna, Nínive Caldas, Laís Vieira e Tati Azevedo. Em curta temporada, TRILOGIA DO FEMINICÍDIO possui mais três datas no Teatro Hermilo Borba, com apresentações nos dias 05, 11 e 12 de setembro. Todos os espetáculos serão apresentados no mesmo dia, em horários seguidos e com bilheteria diferenciada com valor promocional de R$10 acrescido da doação de um item de higiene pessoal. Toda a renda será revertida para compra de objetos de uso e asseio para serem doados a mulheres encarceradas e crianças nascidas no sistema penitenciário do estado de Pernambuco. O foco principal destas apresentações cênicas é o drama do feminicídio, onde cada fragmento mostra personagens que vivenciam a violência no cotidiano independentemente de sua condição social, status e história de vida. São relatos de mulheres que foram subjugadas, violadas, assediadas, exploradas, torturadas e perseguidas fisicamente, psicologicamente e moralmente. Para Eric Valença, além da denúncia, um dos objetivos da TRILOGIA DO FEMINICÍDIO é o de fortalecer a rede que cuida das mulheres que estão sendo ressocializadas. “Acreditamos que temos o dever de humanizar esse contexto e acreditamos que será através da arte em forma de teatro que vamos alcançar um maior número de pessoas”, explica. Sinopse dos espetáculos: APARECIDA, interpretada por Gheuza Senna, é o passional que não existe, é a morte em cores apresentada ao público. O desenvolvimento da personagem de Gheuza se deu em pesquisas realizadas no Centro de Referência Clarice Lispector, na Delegacia da Mulher através de boletins de ocorrências e no IML. "Aparecida é também uma referência a Nossa Senhora de Aparecida e gira em torno da força da mulher negra, ao mesmo tempo que questiona a posição da mulher com relação a esse poder que ela tem dentro da sua profissão. Ela faz uma análise entre ser mulher e ser negra dentro do universo da polícia e da investigação dos crimes de feminicídio", conta Gheuza. “TRIZ”, interpretada por Nínive Caldas e Laís Vieira, é onde vemos o círculo vicioso e o abuso introduzido na vida de forma involuntária. A pesquisa dos papéis das duas atrizes foram aprofundada através de conversas com psicólogas, assistentes sociais e advogadas junto ao Centro de Referência Clarice Lispector e a Secretaria Executiva de Ressocialização - SERES. "A peça TRIZ fala não só da violência física mais também da violência psicológica, da pergunta que não tem resposta: O por quê da pessoa se submeter a essa situação?", conta Nínive. “COISAS QUE ACONTECEM NO QUINTAL”, interpretada por Tati Azevedo, mostra o que está em todo lugar, com a triste constatação de uma verdade revelada. Para a criação desses personagens, Tati realizou uma pesquisa no Centro de Referência Clarice Lispector, na Igreja Universal do Reino de Deus e na Delegacia da Mulher. A peça traz três personagens: uma mulher trans, a Pastora Adélia e Mainha, uma parteira e rezadeira. "A peça é aquilo que nunca queremos encontrar ou o que temos e não queremos revelar. É a violência domesticada na alma da mulher desde seu nascimento. É uma herança com o manto da obrigação, da subserviência, de não ter vontade própria, de estar à margem da pobreza e da ignorância” revela Tati. Serviço: TRILOGIA DO FEMINICÍDIO “Aparecida” / “Triz” / “Coisas que Acontecem no Quintal” Local: Teatro Hermilo Borba Filho Dias: 04, 05, 11 e 12 de setembro Quarta / 04/09 18:30 COISAS QUE ACONTECEM NO QUINTAL 19:40 APARECIDA 21:00 TRIZ Quinta / 05/09 18:30 TRIZ 19:40 COISAS QUE ACONTECEM NO QUINTAL 21h APARECIDA Quarta / 11/09 18:30 APARECIDA 19:40 COISAS QUE ACONTECEM NO QUINTAL 21h TRIZ Quinta / 12/09 18:30 TRIZ 19:40 COISAS QUE ACONTECEM NO QUINTAL 21h APARECIDA Preço: R$ 10,00 (Promocional) + 1 item de higiene pessoal a ser doado

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Christiane Torloni é Maria Callas em "Master Class"

Após temporadas bem-sucedidas desde 2015, “Master Class”, versão de um dos mais premiados e aclamados espetáculos da Broadway, retorna aos palcos numa grandiosa turnê por 12 cidades brasileiras. Estrelada por Christiane Torloni, a montagem é uma comédia-dramática escrita pelo premiado autor norte-americano Terrence McNally, que chega ao Brasil através da Maestro Entretenimento, apresentado pelo Ministério da Cidadania e Bradesco Seguros, com patrocínio da Lorenzetti. O espetáculo conta com direção do encenador José Possi Neto e direção musical do maestro Fábio G. Oliveira, ambos à frente de um elenco formado por consagrados atores/cantores do atual cenário teatral musical brasileiro. A peça vem ao Recife para três sessões, dias 30 e 31 de agosto e 1º de setembro, no Teatro RioMar. Ingressos estão à venda a partir de R$ 25. No palco com Torloni estão as sopranos/atrizes Julianne Daud ('O Beijo da Mulher Aranha', ópera 'Joanna de Flandres', 'A Flauta Mágica', ópera 'Salvator Rosa', 'New York, New York - O Musical'), Raquel Paulin ('Mamma Mia!', 'Shrek', 'Mudança de Hábito', 'Os Dez Mandamentos', 'Rent') e Laura Duarte. Ainda o tenor/ator Jessé Scarpellini ('Les Miserables', 'Wicked', 'O Homem de la Mancha', 'Mulheres à Beira de um ataque de Nervos', 'A Madrinha Embriagada'); o ator e pianista Rafael Marão; além do tenor/ator Rodrigo Filgueiras. “Master Class” é um dos poucos espetáculos produzidos na Broadway a alcançar enorme sucesso internacional. Foram 598 apresentações apenas em sua temporada de estreia, em 1995, quando então recebeu o prêmio Desk Drama Award de Melhor Espetáculo da Broadway, além de três prêmios Tony Award (o Oscar do teatro americano): Melhor Atriz,Melhor Atriz Coadjuvante e o cobiçado prêmio de Melhor Espetáculo da Broadway. Após sua estrondosa temporada de estreia, “Master Class” percorreu o mundo – foi apresentado em quase uma centena de países tão diferentes como Japão, Polônia, Alemanha, Coreia, Itália, Portugal, Filipinas, Grécia, Brasil, além dos principais centros teatrais do mundo, como o West End, em Londres, e em Paris, onde o papel de Maria Callas foi interpretado pela grande atriz francesa Fanny Ardant, sob a direção de Roman Polanski. Em 2011, uma nova produção de “Master Class” foi realizada na Broadway, alcançando um sucesso não menos estrondoso, desta vez tendo como protagonista a atriz americana Tyne Daly. E exatamente como havia acontecido em 1995, o espetáculo tem recebido "revivals” em várias partes do mundo, incluindo esta produção brasileira protagonizada por Christiane Torloni que, nos anos 2015, 2016 e 2018, alcançou enorme sucesso de crítica e público nas temporadas em São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais do País. Christiane foi agraciada como Melhor Atriz com o Prêmio Aplauso Brasil, o Prêmio Quem e o Prêmio Arte Qualidade Brasil, afora indicações como a do Prêmio Shell. Terrence McNally baseou o enredo de “Master Class” nas lendárias séries de aulas magnas (master classes) proferidas pela diva maior da ópera mundial, a greco-americana Maria Callas, no início dos anos 1970, na Juilliard School, famosa escola de música de Nova York. Na peça, Callas repreende os alunos da mesma maneira enérgica com que os encoraja a seguir e perseguir seus sonhos. Durante esses encontros, confronta os desapontamentos e dissabores de sua própria vida e de seu relacionamento com o célebre bilionário, o armador grego Aristóteles Onassis. De forma genial e habilidosa, o espetáculo faz o público rir e se emocionar com este que é considerado um dos mais belos textos da literatura teatral de todos os tempos. PRODUÇÃO – A direção está a cargo do talentoso José Possi Neto, encenador de espetáculos também ligado ao teatro musical, com várias realizações bem-sucedidas nesse gênero. Possi teve oportunidade de dirigir o maiores nomes do teatro brasileiro: Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Irene Ravache, Tarcísio Meira, Glória Menezes, Marieta Severo, Beatriz Segall, Raul Cortez, Marília Pêra. “Master Class” é a nona vez que ele e Christiane Torloni trabalham juntos no teatro. Os cenários foram criados e executados por Renato Theobaldo, experiente cenógrafo que tem contribuído enormemente para o teatro e para o universo da ópera. Seu projeto para a cenografia de “Master Class” procurou trazer para o palco o clima das grandes casas de ópera do mundo através de estruturas criadas em tecido especialmente tratado para receber luz e projeções. O design de luz foi desenvolvido pelo veterano iluminador Wagner Freire. Figurinos são assinados pelo renomado figurinista Fábio Namatame, sendo que os modelos femininos (incluindo os da própria Maria Callas) foram confeccionados pela butique paulistana Claudeteedeca, o que garantiu alta qualidade, autenticidade e elegância. A trilha sonora não poderia ser mais apropriada para um espetáculo de tão alta qualidade artística: trechos famosos de obras de três dos maiores compositores da história da música: Bellini, Puccini e Verdi, executados ao vivo pelos atores/cantores e acompanhados pelo ator/pianista. A produção e realização de “Master Class” está inteiramente a cargo da Maestro Entretenimento: empresa brasileira que, desde a sua fundação, em 1996, apresenta intensa atividade nas mais variadas vertentes artísticas. Sob direção de seu fundador, o Maestro Fábio G. Oliveira e de sua sócia, a cantora lírica Julianne Daud, a Maestro Entretenimento tem realizado importantes produções artísticas: programas de TV, projetos corporativos especiais, organização e produção de festivais de música e arte, concertos com orquestras e big bands, produção de grandes óperas, como 'Don Pasquale', de Donizetti, 'A Flauta Mágica', de Mozart, 'Salvator Rosa', de Carlos Gomes, o restauro e a primeira edição das partituras e a montagem da ópera 'Joanna de Flandres', de Carlos Gomes. Em 2011, a Maestro Entretenimento produziu pela primeira vez no mundo 'New York, New York - O Musical', que acabou se consagrando como um dos espetáculos de maior sucesso dos últimos tempos, tendo sido apresentado em três anos consecutivos. Em 2013, idealizou e produziu o musical 'Zuzubalândia'. Em 2015, 2016 e 2018 realizou as temporadas de 'Master Class' pelo Brasil. Sobre Maria Callas (Nova Iorque, 2 de dezembro de 1923 / Paris, 16 de setembro de 1977) – Foi uma cantora lírica norte-americana de ascendência grega, considerada a mais renomada e influente cantora de ópera do século 20 e a maior soprano

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Clássico Carmen, de Bizet, encerra primeira edição do Festival de Ópera do Recife

Uma das óperas mais encenadas do repertório clássico mundial, Carmen, de Georges Bizet, chega ao centenário palco do Santa Isabel em uma superprodução encerrando a primeira edição do Festival de Ópera do Recife. A realização é da Gárgula Produções e Academia de Ópera e Repertório da UFPE. As sessões serão realizadas nos dias 22, 23 e 24 deste mês, sempre às 19h. Os ingressos (R$ 50 e R$ 25 meia) estarão à venda na bilheteria do teatro. A obra, lançada em 1875 em Paris, conta em quatro atos a história de uma bela cigana que, com seu temperamento forte e indomável, conquista o cabo Don José, que por ela se amotina contra seus superiores e deserta, enlouquecendo quando ela volta suas atenções para o toureiro Escamillo. Carmen tem aproximadamente 2h30 de duração e foi inspirada no romance homônimo escrito por Prosper Mérimée. A iniciativa do Festival é do Maestro Wendell Kettle, Diretor Artístico-Musical e Regente da Sinfonieta UFPE e da Academia de Ópera e Repertório (AOR), com produção da Gárgula Produções. Segundo Kettle, o Festival "visa, entre outras importantíssimas metas - as quais vão da valorização dos profissionais pernambucanos de ópera à formação de público para as artes líricas -, inserir Pernambuco no roteiro dos grandes Festivais de ópera do País e coroar um árduo, mas deleitoso processo de efervescência operística no Estado, assim como o reencontro e a redescoberta do amor dos pernambucanos pela ópera". Doutor em Regência Sinfônica e Operística pelo Conservatório Estatal “Rimsky-Korsakov” de São Petersburgo (Rússia), o maestro Wendell Kettle chegou a Recife em agosto de 2016 após ser aprovado no concurso para professor de regência da UFPE. Desde então, tem transformado e dinamizado a vida operística na cidade: criou a Academia de Ópera e Repertório e a Sinfonieta UFPE com os quais já realizou, ao longo desses três anos, sete concertos corais-sinfônicos com destaque aos compositores brasileiros Villa-Lobos, Villani-Côrtes, Pe. José Maurício, Camargo Guarnieri e Ernst Mahle. SERVIÇO I Festival de Ópera do Recife apresenta Carmen, de Bizet Onde: Teatro de Santa Isabel (Santo Antônio) Quando: 22, 23 e 24 de agosto, às 19h Ingressos: R$ 50, R$ 25 (meia)

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Livro desvenda história dos teatros e casas de espetáculos do Recife

“Teatro em cena – edifícios e casas de espetáculos do Recife” é o tema do livro de autoria da arquiteta pernambucana, Luiza Andrada, que será lançado no dia 22 de agosto, às 18h, na Livraria Jaqueira. Na ocasião, a autora faz uma breve explanação da publicação que traz um levantamento tipológico dos edifícios e salas de espetáculos do Recife a partir do século XIX apresentando as variações das edificações, hierarquias e sua relação com o contexto urbano, o período histórico e a sociedade que produziu esse rico patrimônio material da capital pernambucana. A obra foi escrita com base no trabalho de pesquisa desenvolvido na graduação em Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), em 2012, sob a orientação da professora e arquiteta, Amélia Reynaldo, e só agora será lançada com o incentivo do Fundo de Incentivo à Cultura do Estado de Pernambuco (Funcultura) e produção executiva assinada por Clarisse Fraga, do Bureau de Cultura. De acordo com a autora, a escolha do tema se deu devido à importância dos edifícios e salas de teatro, e à singularidade destes exemplos enquanto tipologia. Além disso, ela destaca a carência de estudos mais aprofundados e específicos sobre as edificações, mesmo sendo algumas delas protegidas por uma legislação que, na teoria, garante a preservação. “É notória a necessidade de difusão desse conhecimento dos prédios culturais da cidade. E o livro é uma forma de ampliar esse conhecimento e contribuir para a sua preservação e valorização”, considera Andrada. Na pesquisa elaborada pela autora, ficou demonstrado que o teatro sempre teve uma grande aceitação por parte do público recifense desde as primeiras encenações ao ar livre, até os dias de hoje. Uma citação da atriz Geninha da Rosa Borges atesta: “O século passado tinha um interesse muito vivo pelos espetáculos cênicos, a ponto até de alguns particulares, inclusive escritores, manterem palcos próprios em suas residências, encenando peças em família”. Em Pernambuco, as primeiras manifestações teatrais eram apresentadas ao ar livre, pelas ruas antigas de Olinda e Recife. Apenas em 1722, o Recife passa a contar com um teatro permanente, com a construção da “Casa da Ópera”, denominada depois de Teatro São Francisco, demolido em 1850. Depois, com a chegada dos cinemas no Recife, em 1895, várias casas de espetáculo foram utilizadas nos primeiros anos para exibição cinematográfica. O Teatro de Santa Isabel foi um dos que funcionou como cinema. Depois houve a proliferação de cines-teatros como o Pathé e o Royal, na Rua Nova, e o Polytheama, na Barão de São Borja. Em meados do século XX, após muitas casas de espetáculos serem transformadas em cinemas e igrejas de cultos evangélicos, houve um crescente esvaziamento das edificações. Edifícios próprios para teatros implantados em lotes urbanos não foram mais construídos. E o que se predomina atualmente são as salas construídas como um espaço dentro de outros edifícios, como por exemplo, o Centro de Convenções de Pernambuco. Em “Teatro em cena - edifícios e casas de espetáculos do Recife”, o leitor se depara com um verdadeiro apanhado histórico, onde é possível identificar os edifícios e casas de espetáculos existentes e demolidas, ao longo dos séculos XIX e XXI, num total de 44 teatros, sendo 29 construídos de fato para exibição de espetáculos e 12 como um espaço de apresentações artísticas dentro de outros edifícios. A relação contempla desde o mais antigo, o Teatro Apolo (1840), até a última edificação neste período, o Luiz Mendonça (2011). Outros 3 teatros que são: Ideal Cinema, Dramático e Faz que Olha foram listados, porém não foi possível identificar as datas de construção por falta de registros que comprovem. A idéia da autora foi fazer uma relação do contexto urbano no qual a sociedade recifense estava inserida no final do século XIX e início do XX, quando a cidade vivia um crescimento, uma efervescência social, política e intelectual, onde se buscava novas formas e espaços de convivência que sofriam influência de aspectos culturais de países europeus, especialmente a França. E a construção de teatros traria a modernidade desejada à época. “Ir a uma casa de espetáculos era um novo acontecimento social, um evento importante onde às pessoas podiam ver e ser vistas”, destaca Luiza Andrada. Na publicação, a autora identifica as duas categorias de teatros existentes que são os que foram construídos para a finalidade e as salas de espetáculos localizadas dentro de outro edifício, como parte do programa arquitetônico. No entanto, do total de teatros listados no livro, o foco foi dado à categoria dos que possuem edificação própria, contemplando 17, sendo que 13 ainda existem e 4 foram demolidas. São 15 edifícios construídos e 2 localizados ao ar livre, são eles: Apolo, Santa Isabel, Valdemar de Oliveira, Parque, Hermilo Borba Filho, Sítio da Trindade, Joaquim Cardozo, Maurício de Nassau, Luiz Mendonça, Barreto Júnior, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Concha Acústica da UFPE e Arraial, e os demolidos Cineteatro Pathé, Cineteatro Royal, Teatro Polytheama e Cineteatro Moderno. A obra também mostra que a maior parte das casas de espetáculo do Recife localiza-se relativamente próxima e em locais com grande fluxo de pessoas. As construções estão em áreas privilegiadas, perto de lagos, praças e ruas movimentadas. E que a maior concentração de edifícios e salas de teatro está no centro da cidade, enquanto as casas de espetáculos mais recentes estão mais distantes do centro. O projeto do livro, um rico documento de preservação e identidade cultural do Recife, é direcionado a arquitetos, historiadores, engenheiros, gestores e produtores culturais, estudantes, professores, profissionais das artes cênicas e ao público em geral interessado na arquitetura e história dessas edificações. “Pelo levantamento de dados que contêm é uma importante fonte para projetos de restauro e conservação dos equipamentos culturais da cidade. Além de ser uma guarda da memória dos edifícios que já foram demolidos, valorizando o patrimônio material do Estado”, aponta a produtora, Clarisse Fraga. Cada exemplar é acompanhado de um QR code com a versão em pdf acessível do livro. SERVIÇO: Lançamento Livro: Teatro em Cena, de autoria da arquiteta Luiza Andrada

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