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Oftalmopediatra orienta sobre cuidados com a visão das crianças na pandemia

Nesta sexta-feira (10) é comemorado Dia Mundial da Saúde Ocular. para lembrar a data, o IOR (Instituto de Olhos do Recife) alerta a população pernambucana, especialmente aos pais, sobre a importância do acompanhamento da saúde dos olhos das crianças. “Neste período de pandemia e isolamento social, em que as crianças trocaram as aulas presenciais, pela educação à distância, alguns cuidados são indispensáveis para manter a visão saudável”, explica a oftalmopediatra do IOR, Priscila Andrade. A principal orientação diante desta pandemia é reforçar a higiene das mãos, reduzindo assim a possibilidade de contágio pela Covid-19. “As crianças devem ser instruídas sobre a necessidade de lavar bem as mãos, para mantê-las sempre limpas, mesmo dentro de casa, além de evitar coçar os olhos. Se precisarem manipular os óculos ou usar colírio nos olhos, devem sempre lavar as mãos antes”, orienta a médica. Outro cuidado é com a higiene dos óculos de grau. “Embora eles sejam uma proteção mecânica, pois atuam como uma barreira para que o vírus não atinja a mucosa do olho, e dificultem que a criança toque os olhos, sem a higiene adequada, podem contribuir para a contaminação com o novo coronavírus”, alerta Priscila. Por isso, sempre ao tirar ou por os óculos as crianças devem higienizá-los com água e sabão neutro e, de preferência, secá-los com papel toalha bem macio. TELAS – O isolamento social tem intensificado o uso de aparelhos eletrônicos, como celulares, tablets, laptops e computadores, especialmente em estudos online. Frente a essa etapa, que deve se estender por mais alguns meses, no Brasil, a recomendação é que os pais monitorem e tentem controlar o tempo de exposição das crianças frente as telas. Segundo orientações da Sociedade Brasileira de Oftalmopediatria (SBOP), crianças abaixo de dois anos não devem usar nenhum dispositivo. Já para aquelas com idade entre 2 e 5 anos o tempo recomendado é de uma hora por dia e crianças acima de cinco anos, o ideal é no máximo duas horas de uso. “Como elas estão passando por um momento atípico, em que necessitam estudar de forma online, os pais podem minimizar os malefícios do uso excessivo de eletrônicos, controlando essa rotina”, explica a doutora Priscila. Uma das medidas é diluir o tempo de estudo, evitando que a criança passe horas consecutivas assistindo as aulas ou realizando as tarefas. “A cada trinta minutos de uso, eles devem dar uma pequena pausa, olhando sempre para longe, para relaxar o músculo que faz a focalização para perto. Após o estudo, se já tiver ultrapassado o limite diário recomendado, a criança não dever usar mais telas”, orienta a oftalmopediatra. Além de causar fadiga, a luz azul emitida pelos eletrônicos pode contribuir para o ressecamento dos olhos e assim gerar sintomas como ardor, queimor, sensação de corpo estranho, lacrimejamento, coceira e até mesmo embaçamento da visão. Crianças que possuem algum problema visual, que ainda não foi diagnosticado, ou até mesmo aquelas que já usam óculos ou fazem algum tratamento, com o aumento do uso das telas podem ter mais queixas neste período. “Elas podem cansar mais rápido, ter dor de cabeça ou outros sintomas, após as aulas. Então, o ideal é tentar reduzir ou pelo menos diluir a exposição, para minimizar danos”, aconselha a médica. DISTÂNCIA - Quanto à distância ideal para uso desses aparelhos, a regra é muito simples: quanto mais longe e maior a tela, melhor. “Orientamos usar o dispositivo a uma distância de 50 centímetros a um metro, entre o rosto e a tela. Se possível, deve-se se evitar assistir aulas e vídeos longos em celulares ou tablets, pois quanto menor a tela, mais próximo ao rosto o instrumento fica e mais prejuízos pode gerar aos olhos”, explica a doutora Priscila. A recomendação é usar preferencialmente o computador ou a televisão. A criança não deve esquecer de usar os óculos de grau. “Quem já tem óculos, principalmente com lentes antirreflexo que bloqueiam a luz azul, deve reforçar ainda mais seu uso, porque assim protegerá seus olhos dos danos relacionados à luz, além de gerar conforto e aumentar sua produtividade nos estudos”, indica a médica. Aos pais, a médica aconselha aproveitar esse momento de convívio mais intenso para verificar se as crianças apresentam algum sintoma relacionado à visão. “Se a criança aproximar o rosto das telas, fechar um pouco mais os olhos para conseguir enxergar, trocar letras parecidas ou, ao final dos estudos, se queixar de dor de cabeça, ficar sonolenta ou diminuir o rendimento nos estudos, os pais devem procurar, o quanto antes, um oftalmopediatra”.

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Abril marrom: mês de alerta contra a cegueira

Abril é o mês da campanha sobre a importância da prevenção e combate às diversas causas de cegueira. Simbolizada pelo laço na cor marrom, seu objetivo é conscientizar a população e reduzir a incidência dos principais problemas de visão. Nesta época de alerta, a oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura, explica quais são as principais causas de cegueira reversível e as irreversíveis. De acordo com ela, as principais causas da cegueira que são possíveis de recuperar a visão: erros refrativos, catarata, opacidade da córnea, descolamento de retina (reversível se operado com urgência) e enxaqueca. Já as principais irreversíveis, destacam-se: glaucoma avançado, DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade), retinopatia diabética avançada, deficiência de vitamina A (principalmente em crianças), neurite óptica (uma inflamação no nervo óptico, que leva as informações da retina para o cérebro) e ambliopia (popularmente conhecido como “olho preguiçoso”). “A cegueira ou perda de visão podem ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo oftalmologista. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e evite a automedicação. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um especialista”, explica Catarina Ventura. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 75% dos casos de cegueira no mundo são tratáveis. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, estima-se que existam 37 milhões de cegos no mundo. E 82% das pessoas que vivem com a cegueira têm mais de 50 anos. A médica do Instituto do Olhos Fernando Ventura destaca cinco pontos que ajudam a manter a saúde dos olhos em bom estado: 1. Mantenha seus exames de rotina em dia – visite frequentemente o oftalmologista, principalmente após os 40 anos. 2. Não fumar – O tabagismo está diretamente relacionado a muitos efeitos nocivos à saúde, incluindo a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). 3. Alimentação equilibrada – Uma deficiência de vitaminas e minerais pode prejudicar e muito a função da retina. 4. Use óculos de sol – Óculos escuros bloqueiam os raios ultravioletas. Pode retardar o desenvolvimento de catarata e proteger os olhos da luz solar direta. 5. Equipamentos de proteção – a cegueira pode ocorrer por conta de acidentes de trabalhos ou esportes que apresentam perigo aos olhos. Então óculos com vedação lateral previnem fatalidades.

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Epidemia de míopes

De acordo com o Censo Oftalmológico de 2014, existem cerca de 68 milhões de pessoas míopes no Brasil. E esse número vem aumentando. Pesquisas apontam que em 2050, metade da população brasileira terá miopia. Essa deficiência visual dificulta a visualização de objetos que estão a certa distância. Isso acontece porque o foco da imagem se forma, incorretamente, antes da retina. Essa formação pode ser motivada por duas razões: ou porque a córnea é muito curva ou porque o olho é mais comprido que o normal. “Quando nascemos nossos olhos têm um tamanho menor que o do adulto, ou seja, são hipermétropes. Quando essa hipermetropia não existe ou é muito pequena, as crianças ao crescerem vão desenvolver com muita probabilidade miopia”, explica Durval Valença, oftalmologista e sócio-fundador do IOR (Instituto de Olhos do Recife), que indica realizar o exame preventivo na criança entre os 3 e 4 anos. As causas mais comuns do distúrbio são relacionadas a hábitos como ler muito próxima do objeto (livro, tablet etc) e coçar os olhos, o que faz com que a córnea fique mais curva, ocasionado a chamada miopia de índice, onde o foco fica antes da retina. Após os 30 anos de idade, esse risco começa a ser menor. Alterações hormonais, diabetes e catarata também podem causar o problema. Há cerca de 20 anos, a hereditariedade era o fator mais preponderante. Hoje em dia, isso já não é tão comum. Mesmo pessoas que não são míopes passaram a ter filhos com miopia. O estilo de vida adotado pela população nas últimas décadas tem sido o principal motivo que fez crescer exponencialmente a incidência do distúrbio. De acordo com a última metanálise da Academia Americana de Oftalmologia, até 2050 a previsão é de que 50,7% dos brasileiros tenham miopia. Isso representa um aumento de 83% no número de caso em relação a 2014. AO AR LIVRE “O aumento está muito atrelado à educação, ao tempo em que se permanece lendo, principalmente com atividades indoor, realizadas dentro de casa”, esclarece Fábio Casanova, oftalmologista e diretor do Memorial Oftalmo. Segundo o especialista, quando estamos ao ar livre a luminosidade natural nos dá menos probabilidade de desenvolver uma futura miopia, ao contrário da luz artificial. O uso recorrente das novas tecnologias, com destaque para os aparelhos celulares, é hoje o maior fator de risco, já que levam os usuários a ler a uma distância bem próxima dos dispositivos e a permanecerem em ambientes fechados. Foi justamente a utilização excessiva de eletrônicos e a leitura muito próxima ao rosto que desencadearam na recepcionista Luciana Anacleto, de 23 anos, miopia e astigmatismo. “O uso de celular, computador, muita televisão, e o fato de eu quase ‘enfiar a cara no caderno para escrever’ fez com que eu passasse a não enxergar de forma nítida. De uns tempos para cá descobri que estou com miopia”, conta Luciana, que não tem histórico do distúrbio na sua família. O problema pode ser solucionado por meio de óculos, lentes de contato ou, em casos extremos, por procedimento cirúrgico. Os óculos e a lente de contato não corrigem a miopia, mas oferecem um foco adequado para a retina. E esqueça a crença de que se o míope não usar óculos ou lentes poderá ter o grau aumentado. Isso é mito! Já a cirurgia é considerada um tratamento, porque corrige a miopia. Chamada de cirurgia refrativa, é feita na córnea com o emprego do laser e indicada para ser realizada após os 21 anos, quando o grau da miopia está estabilizado. O procedimento também soluciona casos de astigmatismo (irregularidade na córnea que causa distorção de imagem) ou hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto). O procedimento não requer muitos cuidados no pós-operatório. “A cirurgia é rápida e segura. O paciente é operado nos dois olhos no mesmo dia. O tempo de duração é de no máximo 15 minutos. Ele sai com um protetor de plástico, para evitar que coce o olho. No outro dia ele entra no consultório sorrindo porque já está enxergando tudo”, salienta Durval Valença. “Aqueles que apresentam graus mais fortes passam uma semana usando protetor, só o retiram na hora de dormir”. Somente no IOR, segundo o diretor executivo do instituto, Afonso Medeiros Filho, foram feitas 513 cirurgias refrativas em 2017. Quando o paciente míope é mais velho, entre os 50 e 65 anos, pode haver uma alteração do cristalino associado a uma catarata. Nesse caso a própria cirurgia de catarata também pode corrigir o distúrbio. Rodrigo Arthur é acompanhado por Valença desde o início do seu problema, aos 8 anos de idade. Hoje, aos 21, realizou há menos de um mês, a cirurgia a laser, uma vez que seu grau havia estabilizado fazia dois anos. Um dia após o procedimento já conseguia enxergar tudo perfeitamente. “Não tenho do que reclamar”, comemora o paciente. Já Laila Araújo, de 21 anos, tem 8 graus. Desde a bisavó da família, o histórico é de grau de miopia bem alto. Quando era mais nova, precisou passar por uma cirurgia ótica: “eu tive um princípio de descolamento de retina nos dois olhos e fiz um procedimento cirúrgico para corrigir esse problema”. O desejo de Laila é fazer a cirurgia refrativa, mas o grau ainda não está estabilizado, e mesmo com o procedimento cirúrgico, ela ainda precisará usar os óculos com um grau abaixo do que ela utiliza hoje. “Meu médico disse que a partir dos 21 anos eu já poderia fazer a cirurgia, porém meu grau não está estacionado e todo ano ele aumenta um pouquinho”. Cuidados Para prevenir problemas futuros na visão, os cuidados devem começar de muito cedo. Os pais devem estimular as crianças a brincarem ao ar livre e evitar passar muito tempo com os olhos a uma distância muito perto dos objetos, seja lendo, escrevendo, vendo televisão ou utilizando aparelhos eletrônicos, como celulares, tablets, entre outros. Fábio Casanova conta que nas escolas públicas da China, têm-se colocado em muitos lugares anteparos paras as crianças de 6 e 7 anos não aproximarem o rosto dos

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Cirurgia personalizada: um avanço na cura da catarata

A tecnologia está inserida na medicina de forma cada vez mais inovadora. Graças ao seu avanço, os tratamentos ganharam novas versões, que estão aperfeiçoando os procedimentos médicos e tornando mais rápida a recuperação do paciente. Na oftalmologia, a cirurgia de catarata – única maneira de curar a doença – é um dos recursos que foram beneficiados pela tecnologia. Hoje, o procedimento pode ser feito com instrumentos modernos e maior eficiência em relação ao método tradicional. Um exemplo deste avanço é a cirurgia personalizada de catarata, que se diferencia por fazer um mapeamento individual para cada caso. "Existe uma personalização que torna tudo voltado especificamente para o olho do paciente", comenta a médica oftalmologista do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), Bruna Ventura. "Enquanto a cirurgia convencional utiliza um método padrão, hoje nós realizamos exames para analisar e definir onde serão efetuados os cortes, que são minúsculos, mas conseguem refinar a visão. Cada olho tem características distintas e o local do corte depende dessas particularidades. Pode acontecer de a mesma pessoa ter dois procedimentos diferentes, um para cada olho", complementa. Os materiais também tiveram melhorias. Na cirurgia tradicional, o oftalmologista utiliza o bisturi para fazer uma incisão de 2 a 3 milímetros na córnea. Em seguida, são utilizados outros instrumentos para aspirar os tecidos opacos. Por fim, a abertura é costurada com pequenos pontos. Este método é totalmente manual, o que torna o procedimento mais lento. Já o procedimento moderno utiliza laser e faz uma incisão de até 1,5mm, além de inserir uma lente intraocular para corrigir problemas de visão. "A implantação da lente ocular também passa por um processo de personalização. Precisamos analisar qual tipo de lente será implantado, e isso vai depender das características do olho do paciente", explica Bruna Ventura. "Com a alta tecnologia, temos aparelhos para medir e identificar as características de cada olho. Com base nisso, a cirurgia é programada", conclui a doutora.

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Vitaminas ajudam a enxergar melhor

Você sabia que a comida pode interferir na saúde dos olhos? Por exemplo, a vitamina D é fundamental para a visão, evitando doenças. Ela está presente em alimentos como carnes, peixes, como salmão e sardinha, frutos do mar, como mariscos, e ainda no ovo, leite, fígado, queijos e cogumelos. Já a vitamina E, de origem vegetal, em alimentos como cereais integrais, óleos vegetais e sementes e ajudam a prevenir contra a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). Elaboramos seis perguntas para o médico do Instituto de Olhos Fernando Ventura, Alexandre Ventura, sobre como a alimentação ajuda a melhorar a visão. Como a alimentação pode auxiliar em uma boa saúde ocular? Alimentos ricos em antioxidantes podem ajudar a manter uma boa visão, como gema de ovo, vegetais verde-escuros e legumes amarelos, vermelhos e alaranjados e frutas cítricas e seus sucos. Alimentação cuidadosa e balanceada é fundamental para os olhos. Comida com bastante vitaminas A, D, E e B12 protege contra a progressão de problemas de visão. O consumo de gorduras em excesso pode contribuir para problemas na saúde dos olhos? Sim. Pode acelerar o aparecimento de doenças como a catarata, olho seco e Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). Quais dicas alimentares você daria para a manutenção de uma boa saúde dos olhos? A falta de algumas vitaminas em nosso organismo pode apresentar problemas como a acomodação visual, distúrbios na percepção das cores, secura nos olhos, sensibilidade à luz, cegueira noturna e queda na resistência do sistema imunológico. Então a dica seria comer, quando possível, peixes, frutas, legumes, verduras, alho, cebola, amoras, cerejas, óleo de linhaça, azeite virgem, entres outros. Todos esses contam com substâncias que ajudam a melhorar a visão. É verdade que os baixos índices de vitaminas D e E podem afetar a saúde ocular? Quais doenças estão relacionadas com essa deficiência? A vitamina D é importante para manter os níveis de cálcio no corpo e sua hipovitamisose é encontrada principalmente em pessoas que não se expõem ao sol ou com problemas na dieta. Sua deficiência está relacionada com a Degeneração Macular Relacionada a Idade (DMRI). Já a vitamina E é importante contra os danos oxidativos em nossas células. Também é usada no tratamento da DMRI, além de ser importante para postergar a catarata. Qual o papel das vitaminas D e E na manutenção de uma boa saúde dos olhos? A vitamina D leva oxigênio para a retina, mantém as células sadias e em funcionamento. Já a vitamina E tem um papel antioxidante importante, pois protege a membrana das células. Essa vitamina ajuda na prevenção da catarata e, também, da degeneração das células da mácula. Por que o consumo de alimentos fonte de ômega 3, luteína e zeaxantina é incentivado para a manutenção da saúde ocular? Por possuir grande potencial anti-inflamatório. Esse protege a retina e pode ajudar a retardar o aparecimento de doenças como a DMRI, já que preserva os pequenos vasos sanguíneos que irrigam os olhos. Sem contar que melhora a lubrificação dos olhos, que ajuda na prevenção do olho seco, que é muito comum. O ômega 3 está na retina dos olhos, é importante seu consumo para que seja renovado.

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Computador e celular podem afetar visão e pele

Se você costuma ficar horas diante de computador ou smartphone, não esqueça de usar filtro solar. Pode parecer uma recomendação estranha, mas especialistas afirmam que a luz desses aparelhos estimulam a liberação de radicais livres, que impulsionam a produção de melanina. Resultado: manchas na pele. Também afeta a produção de fibroblastos (células que produzem o colágeno que dá sustentação à pele). E aí pode acelerar o envelhecimento. “Mas não se deve ficar alarmado”, tranquiliza Patrícia Guimarães, dermatologista do Real Derma (Hospital Português). “A luz solar é muito mais danosa. Oito horas de exposição à luz do computador equivalem a 1 minuto e 20 segundos exposto aos raios UVA e UVB”, compara a médica. Os efeitos, portanto, são perceptíveis no longo prazo em pessoas que permanecem muito tempo usando esses equipamentos. Entretanto, é possível se prevenir com o uso de filtro solar. Mas, atenção: “deve-se utilizar os protetores físicos, a maioria dos produtos vendidos nas farmácias são filtros químicos”, adverte a dermatologista. A luz emitida por esses aparelhos também podem ser uma das causas da insônia. É fácil entender o porquê: possuímos um relógio biológico, no qual, no período de 24 horas a produção de grande parte dos hormônios aumenta e diminui de forma cíclica, condicionando o nosso corpo em aspectos como o sono e a vigília. Esse ritmo diário é regulado por estímulos, como a luz. Por isso, pessoas que usam computadores e gadgets à noite podem ter problemas para dormir. “Luz forte e branca, cientificamente é uma condição para a insônia”, explica Bernardo Cavalcanti, oftalmologista do Hope. O médico afirma também ser cada vez mais frequente adolescentes e crianças com miopia e acredita-se que seja pelo intensivo uso das novas tecnologias. “O esforço visual para a visão de perto aumentou com esses aparelhos e isso provocou uma redução da capacidade para enxergar de longe”, explica. Aumentou também as queixas de olho seco. “Ao permanecer muito tempo no computador passamos a piscar menos, reduzindo a lubrificação da lágrima na superfície do olho”, esclarece o oftalmologista. Mas, pode-se amenizar esses efeitos. Basta fazer intervalos de 10 minutos a cada 45 ou 60 minutos de uso desses aparelhos. “Recomenda-se também situar a tela do computador abaixo da linha de visão para que a maior parte da pálpebra cubra o olho e o lubrifique”, orienta o médico.

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