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Corpo ativo, mente sã: fortalecendo corpo e mente para uma vida equilibrada

Presidente do CREF/PE, Lúcio Beltrão, orienta sobre a importância do exercício físico e a saúde mental. Por Jademilson Silva Manter uma rotina de exercícios físicos orientados por Profissionais de Educação Física traz benefícios não apenas para a saúde física, mas também para a saúde mental, conforme já mencionou a Organização Mundial da Saúde (OMS), em diversas ocasiões. Existe, inclusive, um bom nível de evidências científicas que sugerem que os exercícios físicos orientados melhoram a cognição, reduzem os riscos de doenças psiquiátricas (como depressão e ansiedade) e as chances de desenvolvimento de enfermidades neurodegenerativas (como o Alzheimer). Dados divulgados em 2022 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mostram que quase 1 bilhão de pessoas vivem com transtorno mental, sendo 14% adolescentes. Segundo a pesquisa, depressão e ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia. O Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Mudança de estilo de vida O presidente do Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região/Pernambuco (CREF12/PE) e especialista em Saúde Mental (UPE), Prof. Lúcio Beltrão (CREF 003574-G/PE), informa que é importante buscar sempre a orientação com um Profissional de Educação Física. “A diferença entre o medicamento e o veneno está na dose. O mesmo pode ser dito a respeito da prática de exercício físico, uma vez que é preciso respeitar, dentre outros, o princípio da individualidade, pois cada pessoa responde de maneira diferente a um mesmo estímulo. Duração, local, horário, frequência, volume, cadência, ritmo, intensidade, especificidade, regime de treinamento, tempo de repouso, modalidade, dentre outras, são variáveis determinantes para o alcance de resultados positivos. A partir de uma boa avaliação física o Profissional de Educação Física é capaz de prescrever com segurança um treino específico baseado nas características individuais e nos objetivos almejados por cada aluno” aponta o especialista. Alguns efeitos do exercício físico podem ser sentidos no mesmo dia, como ficar mais ativo e atento. No entanto, os maiores benefícios dos exercícios são alcançados com a prática regular. Esses efeitos podem ser potencializados quando combinados com outros hábitos saudáveis como não fumar, evitar consumo excessivo de álcool e ter um sono regular. “É preciso uma mudança de mindset. Precisamos ter equilíbrio em nossas vidas. Ter tempo para a família, amigos, trabalho, estudo, lazer e bons hábitos. O cuidado deve ser integral. Exercício físico orientado, alimentação saudável, espiritualidade, convívio social, religiosidade, sono e propósito fazem a diferença quando se trata de prevenir a ocorrência de lesões e de doenças metabólicas, cardiovasculares, pulmonares, musculoesqueléticas, psiquiátricas e neurológicas. A sociedade precisa entender que não há hierarquia entre os profissionais de saúde. Todos são fundamentais e precisam trabalhar de maneira multiprofissional com muita comunicação, interação e planejamento com vistas ao cuidado integral do paciente” explica Lúcio Beltrão. É incontestável os benefícios do exercício físico sobre os diferentes sistemas corporais, inclusive para melhorar a saúde mental. O exercício físico feito com frequência pode ter um impacto profundamente positivo na depressão, na ansiedade, no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, dentre outros. Também alivia o estresse, melhora a memória e o estado de humor e ajuda a dormir melhor. O Profissional de Educação Física é, sem dúvidas, essencial no tratamento e prevenção dos transtornos mentais. Em diversas cidades há serviços nas Academias da Saúde, Academia da Cidade, Unidade Básica de Saúde (UBS), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), aulões, Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), entre outras opções públicas e privadas. Para se movimentar e melhorar o equilíbrio mental, há diversas opções gratuitas. Colaborou com a reportagem Prof. Lúcio Beltrão é Profissional de Educação Física, presidente do Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região/Pernambuco (CREF12/PE) e especialista em Saúde Mental, (CREF 003574-G/PE). Fez Residência Multiprofissional em Saúde Mental na Faculdade de Ciências Médicas da UPE. @luciobeltrao A dor lombar também pode afetar a saúde mental? Quem responde é o professor Gustavo Arruda, que é Profissional de Educação Física e especialista em coluna "Um dos aspectos mais interessantes da dor lombar é que, caso permaneça mais de 12 semanas sem resolução (de maneira contínua ou intermitente), ela recebe a contribuição de mecanismos neurofisiológicos específicos, que também estão presentes em fenômenos que dizem respeito à saúde mental. Um dos pontos estudados em pacientes com depressão, por exemplo, é o processo de ruminação mental. Esse processo consiste na repetição de pensamentos tristes ou sombrios, e isso não é incomum para quem sente dor lombar crônica. “Será que vou ficar assim pra sempre?” ou “Espero que eu não tenha o mesmo fim de ‘fulano’, ele precisou fazer cirurgia” são pensamentos que habitam a mente de um paciente com dor lombar crônica. Esse espaço mental pode ser nocivo, um terreno fértil para germinar a depressão. Além disso, a dor lombar crônica, a depender da severidade, pode provocar a quebra da função social e relacional. Afinal, é muito difícil alguém querer sair de casa para se divertir quando está com dor. Esse ponto também está presente nos estados depressivos, que por sua vez, retroalimentam o sistema num ciclo vicioso: a função social é quebrada por conta da dor, a depressão aparece e reduz ainda mais a função social -- agravando também o quadro de dor. É um buraco sem fundo. A boa notícia é que o remédio mais eficaz no tratamento da dor lombar crônica também é excelente para afastar a ruminação mental (e assim, diminuir o risco ou a profundidade de processos depressivos): o bom e velho tênis no pé, para gastar um pouco de energia por pelo menos 20 minutos, de 5 a 7 vezes por semana. Escolha aquela opção que mais agrada, adote o acompanhamento de um profissional especializado e familiarizado com os processos de dor e depressão, e tenha um ótimo 2024". Professor M.Sc. Gustavo Arruda @treinadordecoluna Escola realiza colônia de férias A Escola Primeiro Passo, em Boa Viagem, realiza colônia de férias até 19 de janeiro, voltada para crianças a partir de um ano com autonomia para caminhar. Durante a semana, das 8h às 12h e das 13h30 às

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Desperte seu potencial: transforme metas em conquistas com atividades físicas em 2024!

Preparamos um guia para você treinar com foco em 2024, além de cultivar um estilo de vida saudável. Convidamos quatro experts, referências em suas áreas, para orientá-lo no ano novo e nunca mais parar de treinar Por Jademilson Silva 2024 já está às portas e muitas promessas de projetos começam a serem traçadas na mente das pessoas. Surgem os projetos: verão, fitness, barriga zero, etc. Possuir um projeto é importante, obviamente. Mas, quando se fala em treino, temos que ter atitudes para uma vida equilibrada e que não se limite a um período de tempo. Estratégias focadas nas mudanças de hábitos nocivos para hábitos de qualidade de vida, são essenciais para um estilo de vida mais saudável e sustentável. Luana Ponsoni, personal trainer, argumenta: “Eu não gosto muito do termo 'projeto', porque todo projeto tem dia para começar e acabar. Gosto de estimular as pessoas a pensarem sobre a importância da mudança de hábitos, com foco na melhoria do estilo de vida. Essa ideia favorece a aderência aos treinos e ajuda a diminuir as desistências. Diferente dos “projetos”, que costumam ter metas muito exigentes (perder 5kg em 1 mês, por exemplo), a melhoria dos hábitos de vida deve acontecer de forma mais branda e gradual. Falando especificamente sobre o exercício físico, o segredo é, em 2024, traçar pequenas metas a serem cumpridas todos os dias até que o hábito de se exercitar esteja consolidado. Assim, quando menos se espera, realizar uma sessão de treino pode se tornar um cuidado tão natural quanto escovar os dentes.”, diz. Todos os anos, costumam surgir novidades na área de treinamento. Algumas se consolidam, outras nem tanto. Luana Ponsoni traça perfil de atividades físicas para 2024: “Vejo os esportes de praia com muita força e atraindo cada vez mais praticantes, seja vôlei de praia, futevôlei ou beach tennis. São atividades divertidas, ao ar livre. Também envolvem o contato com outras pessoas, indispensável à manutenção da saúde mental. Gostaria, porém, de enfatizar uma modalidade de treino que nunca sai de moda e extremamente necessária à saúde: a musculação. É importantíssima para a melhora do metabolismo, dos níveis de força, para a saúde articular e manutenção da funcionalidade na terceira idade”, revela Luana Ponsoni. Como fazer em 2024. E durante toda vida... O ideal é atrelar o treinamento cardiorrespiratório (caminhada, corrida, pedalada e esportes de uma maneira geral) aos exercícios resistidos (musculação, crossfit, calistenia). A ênfase no tipo de exercício vai depender dos objetivos individuais, seja para fins estéticos, esportivos ou por questões de saúde. “O importante é começar pelo que a pessoa mais se identifica e ir inserindo o outro aos poucos. Mas volto a reforçar a necessidade de atenção especial à massa muscular. A partir da quarta década de vida, ela começa a diminuir. O estágio crítico desse processo é a sarcopenia, quando há queda acentuada de massa muscular, déficit de força e prejuízos perigosos à funcionalidade”, alerta Ponsoni. Do bebê ao idoso: mantenha o hábito da atividade física O treinamento físico traz benefícios para todas as idades, e isso inclui uma variedade de atividades físicas, como nadar, correr, fazer musculação e praticar esportes como o jiu-jitsu. No entanto, é importante adaptar a intensidade e a abordagem do treinamento de acordo com a idade e as condições individuais. “Treinar é para todas as idades. Os bebês já podem fazer natação a partir dos 6 meses. Antes disso, há exercícios que ajudam a desenvolver as curvaturas naturais da coluna vertebral e fortalecem as musculaturas do pescoço, importantes para a sustentação da cabeça e evolução nos processos de sentar, engatinhar e andar. Artes marciais, como judô e jiu-jitsu, trabalham com crianças a partir dos 4 anos. E a musculação pode ser realizada a partir dos 7, com a devida orientação de um profissional de Educação Física especializado. A ideia de que criança não pode fazer musculação é um grande mito. Na vida adulta, os exercícios físicos são bem-vindos a qualquer idade. E, após os 60, nem se fala. Até o idoso acamado, a depender do caso, pode manter certo nível de atividade com a condução do profissional de Educação Física ou Fisioterapeuta. Portanto, não existe novo demais, nem velho demais, diz a personal trainer.  Luana Ponsoni finaliza com um conselho para 2024: "Pense que gostando ou não de se exercitar, você sempre vai sair de uma sessão de treino melhor do que chegou. Isso é incontestável, porque é químico. O exercício libera endorfina, neurotransmissor que nos dá aquela sensação prazerosa. Então, sempre que pensar em desistir do treino, pense nisso: você sempre sairá melhor! Não tem como se arrepender. Bom, não conheço ninguém que tenha", conclui. Check-up na saúde para alunos novos ou veteranos É importante a pessoa fazer check-up na saúde clínica e cardiológica antes de começar uma atividade física ou esportiva. O aluno que já pratica qualquer tipo de treino também deve fazer exames rotineiros, principalmente aqueles que realizam treinos de alta intensidade. Sempre serão necessários exames cardiológicos periódicos, preferentemente anualmente ou caso surja alguma sintomatologia relacionada ao aparelho cardiovascular. O cardiologista Carlos Japhet da Matta Albuquerque diz quais os procedimentos para um check-up: “Incialmente realizar consulta com cardiologista, com história clínica detalhada, exame físico, cálculo do IMC, seguido de eletrocardiograma, exame de laboratórios básicos, como hemograma, glicemia de jejum, colesterol total e frações, triglicerídeos, ácido úrico, ureia, creatinina, TGO e TGP, TSH e sumário de urina.  Em segundo plano, teste ergométrico computadorizado e ecodopplercardiograma dependendo do exame clínico cardiológico e seus achados, ou outros como, Holter, MAPA ou MRPA. Os exames podem variar em relação à idade.: "Os pacientes mais jovens, abaixo de 30 anos, desde que não tenham queixas, ou outras comorbidades, ou mesmo antecedentes familiares de patologia cardiovascular, o exame clínico cardiológico, eletrocardiograma e exames de laboratório são suficientes. Naqueles com idade superior, deve realizar o teste ergométrico e o ecodopplercardiograma. E nos idosos ou aqueles com comorbidades e/ou antecedentes familiares de patologia cardiovascular se faz necessário outros exames dependendo dos achados clínicos, como cintilografia do miocárdio, tomografia das artérias coronárias

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