Da Prefeitura do Recife
O prefeito Geraldo Julio visitou o Teatro do Parque, que passou por um minucioso e grandioso trabalho de requalificação e restauro de suas estruturas e está pronto para voltar à cena cultural da cidade. Na visita, o prefeito anunciou a programação de três dias para reabertura do teatro, que será entregue ao público a partir do próximo dia 11 de dezembro. A celebração contempla várias linguagens, começando na sexta (11), com um concerto da Banda Sinfônica do Recife, e segue no sábado (12) e no domingo (13), com exibição de filme e espetáculo teatral.
“Uma alegria que não existem palavras para descrever a reinauguração do Teatro do Parque. Ele está totalmente restaurado, voltando às condições históricas de 1929, mas com toda a modernidade que a gente trouxe de equipamentos, a parte de cenografia, está tudo muito bonito, feito com muito carinho e muito cuidado. Peças que foram fabricadas e encontradas também em leilões de antiquário, recuperação, fabricação de novos equipamentos, sempre preservando a parte histórica, levando a 1929”, comentou o gestor municipal. “Uma emoção muito grande, um teatro histórico da nossa cidade, muito bonito, que faz parte da vida dos recifenses e um cinema também de grande qualidade. Eu estou muito feliz. A área externa também, o parque do Teatro do Parque também está muito bonito. Durante o dia, a noite, a iluminação cênica também, está tudo muito bonito. A alegria, como eu disse no início, não tem palavras que descrevam”, complementou ele.
Nos próximos dias, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, lançará o edital de ocupação da pauta do teatro, que, aos 105 anos de idade, vai poder voltar a contar e ostentar toda a beleza de sua história e arquitetura, sem ter nenhum de seus capítulos cobertos por tinta, descaso ou gesso.
A grandiosa intervenção realizada pela Prefeitura do Recife no equipamento histórico combinou obras civis com um delicado trabalho de restauro de toda a estrutura predial, bem como de elementos decorativos, para devolver as características do projeto arquitetônico original de 1929 à casa de espetáculos, que se sagrou unanimidade entre públicos de todos os estilos e preferências estéticas, idades e perfis socioeconômicos.
“Trata-se da obra mais importante para a cultura do Recife em muitos anos. Estamos devolvendo à cidade nosso maior teatro municipal, com mais de 800 lugares, preparado para todas as linguagens e acessível a todos os públicos”, celebrou Diego Rocha, presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife
Passado e futuro dividirão espaço nas novas instalações do Teatro. Do ponto de vista técnico, o Parque será alçado à condição de uma das mais bem equipadas casas de espetáculo da capital pernambucana, com maquinário cênico de última geração, climatizado, com acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção ou deficiência, câmeras, sistema e cortina de prevenção contra incêndio.
Entre outras intervenções, foram recuperados alicerces e sistema de drenagem do prédio histórico, já bastante danificados, além de retiradas as tubulações de refrigeração aparentes e muitas camadas de gesso e pintura, que escondiam a beleza do projeto arquitetônico, devolvendo à casa de espetáculos as características de 1929, com direito a murais laterais do palco recuperados, pisos e cores nas paredes e colunas reproduzidas com rigor histórico, em respeito à beleza e à história do equipamento cultural presente nas memórias afetivas de muitas gerações de recifenses.
Um dos únicos teatros-jardim do Brasil, o Parque ganhou ainda um projeto de paisagismo especial e convidativo ao público. Além de ser um espaço que promoverá o encontro de pessoas, o jardim do Teatro será uma extensão do palco, podendo ser cenário para apresentações ao ar livre.
Importante ressaltar que o trabalho de recuperação da estrutura predial do teatro, executado pelo Gabinete de Projetos Especiais, em articulação com a Fundação de Cultura Cidade do Recife, foi fundamental para que toda a obra de reforma e restauração pudesse acontecer. A primeira fase da obra teve como objetivo sanar os problemas mais urgentes encontrados na estrutura da edificação para cessar a degradação crescente que vinha acontecendo. Todo o madeiramento, além de telhas, calhas e rufo do telhado tiveram que ser substituídos. Tubulações e fiações das instalações elétricas também precisaram ser completamente refeitas, além das instalações hidrossanitárias e do sistema de drenagem do teatro.
Depois começou o trabalho de pesquisa histórica para identificação dos registros mais antigos da aparência do Teatro ao longo de sua existência, que levou em consideração fotografias e documentos, além dos elementos encontrados no próprio prédio, encobertos por muitas décadas de intervenções superficiais e pouco cuidadosas. O resultado das prospeções foi a escolha do ano de 1929, quando o Parque ganhou status de cine-teatro, como referência para a requalificação do prédio. Só a partir daí, o restauro foi iniciado, em paralelo às obras civis.
Em seguida, foram executadas obras complementares, relativas à subestação, instalações elétricas, acústica, paisagismo e climatização, dentre outras intervenções já concluídas.
Também já foram instalados os equipamentos de luz, som e cênicos. As cadeiras, que passaram por serviços de restauro, foram devolvidas à plateia, assim como os seculares lustres de cristal foram recolocados nos corredores que contam tantas histórias.