Universo tropicalista do Vivencial será revisitado a partir de agosto

O teatro Hermilo Borba Filho será palco do espetáculo “Puro lixo, o espetáculo mais vibrante da cidade”, homenagem ao Grupo de Teatro Vivencial (GTV) coletivo de artes cênicas das décadas de 70 e 80 e que marcou época por sua inovação na linguagem, por abrir espaço para transformistas e oferecer espetáculos em horários até então inéditos. No total, serão 10 espetáculos encenados aos sábados e domingos, sempre a partir das 18h, entre os dias 13 de agosto e 4 de setembro.

A montagem, realizada através de recursos do Funcultura, leva assinatura de Antonio Cadengue na direção com texto-roteiro de Luís Augusto Reis inspirado no artigo ‘Vivencial Diversiones apresenta frangos falando para o mundo’, publicado pelo jornal Lampião na Esquina, em 1979, por ocasião da inauguração do espaço próprio do grupo, o Vivencial Diversiones, que ficava nos limites entre Recife e Olinda.

No elenco, nomes como Stella Maris Saldanha (que também assina a produção), Paulo Castelo Branco e Eduardo Filho darão vozes a colagens e microcontos bem ao estilo que caracterizavam as encenações da companhia original, com procedimentos de poesia, paródia alta cultura misturada ao pop-chulo, Carnaval e política, crueldade, inocência e ingenuidade.

Nos dias 20 e 21, os espetáculos contam com sessões de áudio-descrição O Vivencial – De vida curta, mas profícua, o Vivencial reuniu nomes míticos das artes cênicas como Guilherme Coelho (diretor do grupo), Fábio Coelho, Ivonete Melo, Suzana Costa, Américo Barreto e Henrique Celibi e legou à posteridade sua transgressão estética e ideológica. Confrontando as tensões culturais existentes da época, se caracterizou como um grupo de resistência avesso aos movimentos regionalista e armorial, ambos ancorados em marcos modernistas, mas fiéis a visões aristocratizantes.

Transgressão em 3 atos – a encenação de Puro Lixo coroa o projeto Transgressão em 3 atos, originado em 2008 através de uma vasta pesquisa dos professores Stella Maris, Alexandre Figueiroa e Cláudio Bezerra, que revisitaram três importantes coletivos para as artes cênicas locais: O Teatro Hermilo Borba Filho, O Teatro Popular do Nordeste e o Grupo de teatro Vivencial. A pesquisa resultou na publicação de um livro (2011) e na encenação dos espetáculos Os Fuzis da Senhora Carrar (2010) e O auto do Salão do Automóvel (2012) que dialogavam com as linguagens do Teatro Hermilo Borba Filho e do teatro Popular do Nordeste, respectivamente.

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