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Urbanismo

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Novo Cais promete transformar a mobilidade, resgatar memória ferroviária e ampliar áreas verdes

Com investimentos superiores a R$ 140 milhões, intervenção urbana articula mobilidade sustentável, lazer e valorização do patrimônio histórico no Cais José Estelita O Recife está passando por uma grande transformação urbana com a requalificação do Cais José Estelita. A iniciativa, conduzida pelo Consórcio Novo Recife em parceria com a Prefeitura, IPHAN e SPU, articula mobilidade, cultura e meio ambiente. O projeto integra um novo sistema viário, dois grandes parques públicos — incluindo o Parque da Memória Ferroviária — e a restauração de edificações históricas, promovendo a reconexão entre o centro da cidade, a Zona Sul e sua frente d’água. A proposta rompe com modelos de urbanismo fechados ao adotar fachadas ativas nos novos empreendimentos, criando um espaço mais acessível e integrado à vida urbana. Com 90% da malha viária concluída, a nova infraestrutura inclui binário com faixas amplas, ciclovias seguras, calçadas acessíveis e redes subterrâneas para energia, internet, saneamento e gás natural. Um dos principais impactos será a fluidez no trânsito entre o Centro e a Zona Sul, beneficiando motoristas, ciclistas e pedestres. “Esse projeto representa um modelo de cidade mais inclusiva e conectada, onde a mobilidade não é pensada apenas para carros, mas também para pedestres, ciclistas e o transporte coletivo”, afirma Eduardo Moura, diretor regional da Moura Dubeux. A intervenção também resolve gargalos históricos de alagamento, por meio de um novo sistema de drenagem pluvial interligado à Bacia do Capibaribe. A criação do parque da orla, prevista para iniciar no primeiro semestre de 2025, trará mais de 33 mil m² de área verde à beira da Bacia do Pina. O espaço contará com ciclovias, parcão para pets, áreas infantis, iluminação em LED, videomonitoramento e a restauração de imóveis históricos para usos culturais e comerciais. A transformação da antiga alça viária do Cabanga em área verde com lago e vegetação nativa é outro destaque do projeto paisagístico. Segundo o CEO da Moura Dubeux, Diego Villar, “a criação do parque na orla é, talvez, a face mais visível de um esforço maior de reconexão do Recife com sua paisagem, sua história e sua gente”. Já o Parque da Memória Ferroviária, com 55 mil m², valoriza o patrimônio industrial do Recife, incluindo a restauração da estação ferroviária, da caixa d’água e de aproximadamente 30 galpões e casarios históricos. A ideia é transformar o antigo eixo ferroviário — que ligava o interior ao porto para o escoamento do açúcar — em um polo cultural e econômico, com ações educativas, usos criativos e integração ao Porto Digital. “Resgatar esse patrimônio é devolver à cidade pedaços fundamentais da sua história”, destaca Eduardo Moura. A execução do parque depende de aprovação do Iphan, Prefeitura e Fundarpe, e a primeira etapa será iniciada ainda em 2025. Com previsão de entrega do sistema viário para junho de 2025 e conclusão dos parques até 2026, o Novo Cais promete alterar profundamente a dinâmica urbana do Recife. A cidade ganha em mobilidade sustentável, qualidade ambiental e valorização do espaço público, com uma proposta de cidade viva e inclusiva. “Queremos que as pessoas se sintam parte desse lugar, que venham caminhar, pedalar, contemplar e conviver. O Novo Cais é um espaço pensado para todos”, afirma Diego Villar. ServiçoPrevisão de entrega do novo sistema viário: junho de 2025Conclusão do parque da orla e da memória ferroviária: até o final de 2026

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Recife sedia conferência global sobre justiça climática e adaptação comunitária

Evento internacional reúne representantes de 56 países e antecipa debates estratégicos para a COP30, em Belém De 12 a 16 de maio, Pernambuco se torna o epicentro do debate global sobre mudanças climáticas com a realização da 19ª Conferência Internacional sobre Adaptação Comunitária (CBA19), no Cais do Sertão, no Recife. Promovido pelo International Institute for Environment and Development (IIED) e apoiado pelo Governo do Estado, o encontro acontece pela primeira vez na América Latina e reúne cerca de 450 participantes de 56 países. O objetivo é discutir estratégias comunitárias de resiliência frente a eventos climáticos extremos, em um momento-chave de preparação para a COP30, marcada para novembro, em Belém (PA). Com o tema "Como Podemos Obter Uma Adaptação Justa e Equitativa?", a CBA19 propõe um formato dinâmico de intercâmbio entre comunidades tradicionais, governos, ONGs e especialistas de diversas regiões do mundo. A programação inclui quatro plenárias, 27 sessões paralelas, painéis relâmpago, oficinas interativas e o festival cultural “Clima de Mudança”, que será realizado na quarta-feira (15), das 16h às 20h, no vão livre do museu, com acesso gratuito. Destaque também para o “Shark Tank climático”, no qual até 20 startups terão a chance de desenvolver soluções ambientais com apoio técnico e investidores internacionais. As atividades se estruturam em torno de três eixos principais: adaptação liderada localmente, soluções urbanas de base comunitária e práticas baseadas na natureza, com valorização de saberes indígenas e tradicionais. Além do conteúdo apresentado no Cais do Sertão, haverá visitas guiadas a comunidades do Grande Recife e de cidades do interior. Esses encontros in loco permitirão aos participantes observar como diferentes regiões enfrentam os desafios impostos pela crise climática com criatividade, inovação e articulação comunitária. A conferência também será um espaço de articulação política e técnica. No último dia, será realizado um fórum de encerramento com os principais aprendizados do evento, sintetizando mensagens-chave para serem levadas à COP30. A proposta é alinhar práticas locais às metas internacionais estabelecidas no Acordo de Paris e fortalecer a presença do Sul Global no debate climático. Pernambuco, único estado brasileiro convidado a apresentar suas políticas públicas na London Climate Action Week, em 2024, reforça sua liderança na agenda ambiental ao sediar a CBA19. A secretária estadual de Meio Ambiente, Ana Luiza Ferreira, avalia que o evento coloca o estado em posição estratégica. “A conferência representa uma oportunidade estratégica para Pernambuco compartilhar suas experiências e iniciativas. Além disso, a CBA19 dará visibilidade não apenas às iniciativas locais, mas também será um momento importante para conhecer boas práticas e inovações de todo o planeta na busca por soluções equitativas para a adaptação climática”. Já Paul Mitchell, do IIED, destaca: “As conferências da CBA são baseadas em princípios de equidade e inclusão. Estamos entusiasmados por poder ter esta conversa em Recife”. ServiçoCBA19 – Conferência Internacional sobre Adaptação Comunitária às Mudanças Climáticas📍 Local: Cais do Sertão – Recife (PE)📅 Data: 12 a 16 de maio de 2025🌐 Programação completa: https://www.cba19.org🎟️ Ingressos esgotados

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Os 500 anos do Centro do Recife

*Por Sérgio Buarque ​​Final de tarde, o sol ainda iluminava a Avenida Guararapes, um boulevard arborizado e de largas calçadas e ciclovias, homens e mulheres circulando, entrando e saindo dos edifícios, muitos já sentados no Bar Savoy tomando chope e conversando sobre o aniversário do Recife. No dia seguinte, o Recife completará 500 anos, a capital mais antiga do Brasil. Às 18h, final de expediente, empresários e funcionários das empresas começam a descer dos belos edifícios e caminham pela calçada, alguns seguindo para seus apartamentos na própria avenida ou ruas próximas, outros pegando suas bicicletas, muitos encostando nos bares do Centro para o happy hour. Descem também os funcionários públicos das várias secretárias e órgãos do governo que ocupam edifícios do bairro que foram retrofitados.  Início da noite, muitos dos moradores saem de casa e circulam para fazer compras, tomar um café ou um drinque nas redondezas. Todo o bairro mostra uma grande vitalidade humana e econômica, num espaço público urbanizado, arborizado e muito bem iluminado, seguro e arejado. É uma quarta-feira como outra qualquer – exceto por ser véspera do aniversário dos 500 anos do Recife – nos bairros centrais habitados e com movimentação intensa de negociantes, visitantes, que buscam entretenimento ou compras, e turistas encantados com a qualidade urbana e com a riqueza do patrimônio histórico e cultural.  Na manhã seguinte, 12 de março de 2037, pouco antes das 9h, as ruas do Centro do Recife recomeçam a movimentação de pessoas, moradores saindo para o trabalho e milhares de funcionários e empresários chegando para as atividades profissionais. O movimento ainda era escasso, quando um carro elétrico desce da ponte Duarte Coelho e estaciona na Rua do Sul. Desceram do automóvel o prefeito do Recife, o presidente de Portugal e a princesa de Orange representando o rei Guilherme Alexandres dos Países Baixos na cerimônia dos 500 anos do Recife. Os três caminham pela avenida saudando as pessoas que circulam pelo Centro, o anfitrião mostrando os encantos da arquitetura e indicando os pontos de maior significado. “Aqui estão as principais secretarias do governo federal e estadual e uma universidade e algumas das principais empresas de tecnologia e economia criativa do Brasil”. Dobraram pela esquerda na Avenida Dantas Barreto, elegante e arborizada, seguindo para conhecer a Praça da República com as suas belas e elegantes edificações, e voltaram pela Rua do Imperador.  O prefeito mostrou com entusiasmo a Capela Dourada e iam descendo para a Praça da Independência quando a princesa, com grande entusiasmo, apontou para a placa diante do prédio da esquina da Rua Primeiro de Março: Memorial Marcgrave – Primeiro observatório astronômico da América do Sul. Durante a visita, a princesa suspirava e repetia: “Meu pai insistiu que eu deveria conhecer este memorial. Ele estudou história em Leiden e sabia tudo sobre esse observatório de Marcgrave”.  Contendo a animação da princesa, o prefeito destacou a importância da Praça da Independência e, depois, levou os visitantes a um bondinho que desceu a avenida Dantas Barreto até o Cais José Estelita, andaram pela praça admirando a Bacia do Pina e vendo por trás o Forte das Cinco Pontas, cheio de história dos dois povos. Pegaram o carro e foram almoçar no restaurante Leite para encanto do presidente português que terminou a refeição comendo um pastel de nata e tomando uma taça de vinho do Porto. Depois do almoço, caminharam sem pressa numa rota arborizada, passaram em frente à Casa da Cultura, admirando a bela arquitetura que serviu de prisão, atravessaram a ponte da Boa Vista e entraram na Rua da Imperatriz, a esta altura com uma grande movimentação de homens, mulheres e crianças entrando e saindo das lojas protegidos pela sombra das árvores.  O prefeito convidou os dois para descansar tomando um sorvete na Sorveteria Imperatriz, famosa pelos gelados de frutas tropicais, e depois caminharam pela rua movimentada por grandes artistas até a Praça Maciel Pinheiro. Na praça restaurada e com as edificações recuperadas e coloridas, os convidados ficaram encantados quando o prefeito comentou que ali tinha vivido uma comunidade de judeus asquenazes fugidos dos pogroms da Europa oriental no final do Século 19 e início do Século 20, e apontando para a casa da esquina, comentou: “Ali viveu Clarice Lispector, uma judia que fugiu da Ucrânia e foi uma das maiores escritoras brasileiras no século passado”. O prefeito deixou o bairro do Recife para o restante da tarde. Chegaram de carro ao Marco Zero. “O Recife nasceu aqui. Mas, como disse o grande pintor pernambucano Cícero Dias: Eu vi o mundo... ele começava no Recife”. Do Marco Zero, olhando para oeste, eles viram as avenidas Rio Branco, pedestrianizada, e a Avenida Marques de Olinda, arborizada e com amplas calçadas, vibrantes de pessoas circulando, alguns bares começando a abrir as portas. “Neste bairro, lembrou o prefeito, temos um dos maiores polos tecnológicos do Brasil com centenas de empresas de tecnologia da informação, produzindo software e games para clientes de todo o mundo”.  Eles desceram pela avenida Rio Branco e o orgulhoso prefeito indicou o caminho para a Rua do Bom Jesus – “considerada uma das mais belas do mundo” – que tinha sido chamada antes de Rua dos Judeus, “porque aqui, lembrou o prefeito, viveram os judeus sefarditas que fugiram da Inquisição de Portugal para viver livres no Recife holandês”. A Princesa abriu um sorriso de orgulho. Entraram na Sinagoga para uma visita rápida. Depois, passaram pela Praça do Arsenal, admirando a Torre Malakoff e descobrindo a história que vincula o seu nome a um monumento disputado numa batalha violenta na Guerra da Criméia no Século 19. Desceram pela praça e, já cansados, se sentaram para tomar o tradicional maltado do Recife, exclusivo da lanchonete que tem mais de 100 anos, a mistura de sorvete de baunilha e malte da semente do cacau. Voltaram a caminhar e, de vez em quando, o prefeito mostrava uma escultura de um poeta pernambucano e, em alguns, chegava a declamar alguns trechos de poemas. Finalmente, desceram até o Paço Alfândega, vendo as edificações da

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Pernambuco anuncia R$ 41 milhões para revitalização da BR-232

Investimento federal e estadual viabiliza obra inédita em trecho crítico da rodovia, beneficiando mais de 1,6 milhão de usuários O Governo de Pernambuco anunciou, nesta terça-feira (6), em Brasília, um investimento de R$ 41 milhões para a revitalização de 25,5 quilômetros da BR-232, entre o viaduto de Itapacurá (BR-408) e a travessia urbana de Vitória de Santo Antão (PE-050). O aporte, articulado junto ao governo federal, marca a primeira grande intervenção na via desde a duplicação, há mais de 20 anos. A obra será executada ao longo de até 36 meses e contempla manutenção preventiva, corretiva e emergencial, com impacto direto para cerca de 1,68 milhão de usuários. O anúncio foi formalizado com a assinatura da ordem de serviço pela governadora Raquel Lyra e pelo ministro dos Transportes, Renan Filho. “Essa é mais uma ação do programa PE na Estrada. Esse trecho era muito crítico e nós vamos investir na sua revitalização com recursos de emendas de deputados e da bancada federal de Pernambuco”, afirmou a governadora. O ministro destacou a articulação com o estado: “A agenda de Pernambuco, que considera rodovias e a ferrovia Transnordestina, está andando bem e vamos seguir trabalhando.” Além de nova pavimentação, a intervenção incluirá a recuperação de placas de concreto, que nunca haviam passado por restauração, conforme explicou o secretário estadual de Mobilidade e Infraestrutura, Diogo Bezerra. O trecho requalificado se soma a outros projetos de infraestrutura rodoviária em curso no estado, como a duplicação da BR-232 até Serra Talhada, com início previsto para 2026. Ainda na capital federal, a governadora anunciou investimentos de R$ 112,7 milhões na recuperação da PE-027 (Estrada de Aldeia), com edital a ser publicado no próximo dia 28 de maio. Também foram discutidas obras estruturantes como a duplicação da BR-104, em audiência com o prefeito de Toritama, além de encontros com parlamentares e ministros para reforçar a agenda de desenvolvimento regional.

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Rodovias do Litoral Sul de PE devem receber mais de 170 mil veículos no feriadão do Dia do Trabalhador

Concessionárias Rota dos Coqueiros e Rota do Atlântico operam em esquema especial entre os dias 30 de abril e 5 de maio para atender aumento de até 30% no tráfego. Foto: Priscyla Lôbo Mais de 170 mil veículos devem circular pelas rodovias do Litoral Sul de Pernambuco durante o feriado prolongado do Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio. A previsão de tráfego, válida entre os dias 30 de abril e 5 de maio, representa um crescimento de até 30% em relação ao mesmo período de 2023. O maior movimento é esperado nas rodovias PE-009 (Rota do Atlântico), que leva a destinos como Porto de Galinhas e Muro Alto, e na Rota dos Coqueiros, que dá acesso às praias do Cabo de Santo Agostinho. A quarta-feira (30) e a quinta-feira (1º) devem concentrar o maior volume de veículos no sentido litoral. O fluxo tende a se intensificar novamente no retorno do feriado, entre o domingo (4) e a segunda-feira (5). Para agilizar a viagem, as concessionárias recomendam o uso das pistas automáticas com TAGs eletrônicas ou o pagamento por aproximação com cartão de débito. As concessionárias Rota dos Coqueiros e Rota do Atlântico, do Grupo Monte Rodovias, atuarão com esquema especial de monitoramento 24h, reforço nas equipes de campo, atuação de papas-filas nos pedágios e serviços de assistência como reboque, atendimento pré-hospitalar e carro-pipa. A orientação é redobrar os cuidados com a revisão preventiva, respeito aos limites de velocidade e evitar consumo de álcool antes de dirigir. Serviço de atendimento ao usuário:📞 Rota dos Coqueiros: 0800 281 0281📞 Rota do Atlântico: 0800 031 0009

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Crianças lideram engajamento climático e ampliam espaço da agenda ESG nas escolas

Dados apresentados na Bett Brasil 2025 mostram que 73,4% das crianças entre 7 e 14 anos já se preocupam com a crise climática, revelando papel decisivo da educação ambiental no futuro do planeta A preocupação com o meio ambiente começa cedo. Segundo dados apresentados na Bett Brasil 2025, 73,4% das crianças de 7 a 14 anos já se dizem preocupadas ou muito preocupadas com as mudanças climáticas. O levantamento integra a Pesquisa Nacional sobre Mudanças Climáticas, realizada pelo Movimento Escolas pelo Clima em parceria com a Reconectta, e confirma o protagonismo da faixa etária mais jovem no ativismo ambiental. O dado reforça a importância de inserir a sustentabilidade como valor fundamental nas práticas pedagógicas. O tema ganhou destaque no painel “Do local ao global: Educação e ESG como estratégias para um mundo sustentável”, conduzido por Thaís Brianezi (USP e SECLIMA) e Edson Grandisoli (Escolas pelo Clima). Eles discutiram como a educação pode integrar políticas públicas, sociedade civil e setor privado em torno da agenda ESG. Thaís apresentou um projeto da Fapesp que articula educação ambiental e comunicação, com destaque para a formação de professores em escolas municipais de São Paulo e o uso da plataforma MonitoraEA para acompanhamento contínuo das ações. Edson Grandisoli reforçou a gravidade do cenário atual, em que seis dos nove limites planetários já foram ultrapassados, e destacou o papel otimista e mobilizador das crianças. “Quando analisados de forma conjunta, essa faixa dos 7 aos 14 anos é a que soma mais qualidades para encampar ações de ativismo climático, especialmente mulheres. Temos um público interessado nessa pauta, e precisamos aproveitar isso”, afirmou. A relação entre educação e ESG também foi debatida por Ewerton Fulini (Instituto Ayrton Senna) e Carmen Murara (Grupo Marista). Fulini lembrou que a educação é o ponto de partida da agenda ESG, pois é onde se formam valores e competências. Já Carmen destacou os dois compromissos centrais das instituições de ensino: a formação cidadã dos estudantes e a sustentabilidade do próprio produto educacional. “Todos precisam se envolver nessa pauta. É assim que ela começa, e é preciso darmos o exemplo”, concluiu. Serviço:A Bett Brasil 2025 segue até 1º de maio no Expo Center Norte, em São Paulo. Mais informações: www.bettbrasileducar.com.br. 4o

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Nova APE-009 em Muro Alto reforça turismo e mobilidade no Litoral Sul de Pernambuco

Governadora Raquel Lyra entrega estrada restaurada em Ipojuca e impulsiona infraestrutura turística com investimento de R$ 18 milhões. Foto: Yacy Ribeiro A governadora Raquel Lyra entregou na última sexta-feira (25) a nova APE-009, também conhecida como Estrada de Muro Alto, no município de Ipojuca. A obra, que integra o programa PE na Estrada, recebeu um investimento de R$ 18 milhões para requalificar 5,2 quilômetros entre a PE-009 e a Praia de Muro Alto, fortalecendo a mobilidade local e impulsionando o turismo em uma das regiões mais visitadas do Brasil. "É uma via que tem uma demanda turística grande, além da necessidade de mobilidade dos moradores, e estava difícil de trafegar. Agora, podemos entregar uma obra que já está servindo à população", destacou a governadora. A estrada, que registra um fluxo médio de 1.184 veículos por dia, passou por completa reconstrução, incluindo pavimentação em CBUQ nos trechos de maior tráfego, blocos intertravados nas áreas turísticas, ciclofaixa, nova drenagem e sinalização. A reestruturação resolve antigos problemas de buracos e desgaste da via, melhorando a experiência de deslocamento para moradores e turistas. "É importante a gente falar dessa obra e lembrar porque essa obra tinha que acontecer, tinha muito buraco aqui", afirmou o morador Luan Carvalho. Autoridades ressaltaram a importância da nova APE-009 para o desenvolvimento econômico e turístico da região. "Hoje a gente chega com a APE-009 renovada, visando a melhoria das pessoas e também do turismo", declarou o secretário de Turismo e Lazer, Kaio Maniçoba. O prefeito de Ipojuca, Carlos Santana, também celebrou a entrega: "O turista não vai mais hesitar em vir para Porto de Galinhas. E vai voltar a ser o maior ponto turístico do país".

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Uma rota para revitalizar o Centro do Recife

O Centro do Recife na Rota do futuro propõe a revitalização da região central da cidade, a partir do resgate da habitação e da vitalidade urbana e econômica O Centro do Recife, como o de muitas capitais brasileiras e mundiais, foi sendo fragmentado ao longo das décadas. Um verdadeiro processo de envelhecimento das cidades que, como um quebra-cabeça antigo, suas peças foram se desconectando em meio às inúmeras mudanças econômicas e sociais que o município atravessou. O esforço de reconectar esse território nasce com a concepção de um plano que é de longo prazo mas que, nos últimos meses, já conseguiu vitórias importantes. Algumas ações já têm resultados reais e concretos, enquanto outras apontam para uma regeneração dos bairros centrais nos próximos anos com horizonte em 2037, marco dos 500 anos da fundação do Recife. Nas últimas décadas, por diferentes motivos, a cidade também perdeu algumas peças que foram atividades econômicas e se deslocaram para edifícios empresariais em outros bairros em ascensão. Parte do lazer de rua e mesmo do comércio foi reposicionado nos shoppings. A falta de estacionamento e a fuga dessas empresas levou também à saída de moradores. Associado a essas peças perdidas, diversos problemas de controle urbano, de mobilidade e, especialmente, de segurança combinaram em um incômodo cenário de abandono. Desde a criação do Recentro – o Gabinete do Centro do Recife – há uma série de iniciativas que aponta para a remontagem desse quebra-cabeças que estão ancoradas no recém-lançado plano estratégico de desenvolvimento para a área central do Recife, O Centro do Recife na Rota do Futuro. O documento foi desenvolvido em parceria pelo Recentro, pela Aries (Agência Recife para Inovação e Estratégia) e pelo ICPS (Instituto da Cidade Pelópidas Silveira). “Nesse processo participativo, usamos diversos instrumentos para garantir que a escuta fosse plural, como é a cidade. Fizemos reuniões com a instância de governança do Recentro, com universidades, com a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), com representantes da cultura e com outros diversos atores estratégicos. Também realizamos uma pesquisa de percepção, tanto presencial quanto online, que teve mais de 12 mil respostas. Com isso, conseguimos mapear as dores, os desejos, os potenciais e a visão de futuro que as pessoas têm para o Centro do Recife”, afirmou Mariana Pontes, diretora-presidente da Aries. "Fizemos reuniões com universidades, com a CDL, com representantes da cultura e outros atores, e uma pesquisa de percepção que teve mais de 12 mil respostas. Conseguimos mapear as dores, os desejos, os potenciais e a visão de futuro que as pessoas têm para o Centro do Recife". Mariana Pontes A estratégia de revitalização, segundo Mariana, está ancorada no conceito “Habitar o Centro”. Essa visão propõe não apenas o retorno das moradias à região mas, também, o resgate da vitalidade urbana e econômica por meio de uma ocupação multifuncional, com circulação de pessoas ao longo do dia e oferta diversificada de serviços. Para isso, o plano se sustenta em três pilares: dinamização econômica, desenvolvimento sociocultural e resiliência ambiental.  Na prática, o plano se desdobra em programas e projetos que traduzem esses eixos em ações concretas. Entre os destaques estão o Centro para Morar, que incentiva a habitação na área central; o Centro Inclusivo, voltado à equidade no uso do espaço urbano; e o Centro Histórico Dinâmico, que valoriza o patrimônio com novas funções. Outros programas incluem o Centro Seguro, focado na segurança, o Centro em Movimento, com foco na mobilidade, e o Centro Parque Resiliente, que integra soluções ambientais à paisagem urbana. Esse quebra-cabeça não é composto apenas pelo Bairro do Recife, que já tem um processo mais acelerado de recuperação desde a chegada, décadas atrás, do Porto Digital e de empreendimentos mais recentes, como o Moinho Recife. Mas o desafio de regeneração contempla a ilha de Antônio Vaz e parte do também histórico bairro da Boa Vista. Ciro Pedrosa, gerente de projetos da Aries, explicou ainda que além da escuta popular e dos diversos estudos já realizados sobre esse território, o plano levou em consideração também a experiência de outras cidades que enfrentam o mesmo problema de esvaziamento e decadência dos seus centros urbanos. “É o que a gente chama no plano de benchmarking, que é o olhar para outras cidades. Estudamos casos como o do Rio de Janeiro, que teve o processo de revitalização da região central, principalmente da área portuária. Olhamos também para a cidade do Porto, em Portugal, para Nantes, na França. A ideia era justamente ver o que essas outras cidades fizeram e fazem com suas áreas centrais para inspirar aqui o nosso desenho de estratégia para o Centro do Recife”.  "Estudamos o Rio de Janeiro, que teve o processo de revitalização da região central, principalmente da área portuária. Olhamos também para Porto, em Portugal, e Nantes, na França. A ideia era ver o que essas cidades fizeram e fazem para inspirar nossa estratégia." Ciro Pedrosa Uma das gratas surpresas desse processo de escuta popular foi o desejo forte de metade da população (49,4%) de morar no Centro, caso houvesse oferta de moradia. Quando questionados o que mais esperavam do futuro dessa região, 87% responderam que desejavam que fosse mais segura e limpa.  O QUE JÁ ESTÁ EM TRANSFORMAÇÃO O plano indicou dois caminhos para alcançar a reestruturação do Centro, que  já apresentam resultados visíveis. Um deles é a reabilitação urbana (por meio da preservação e requalificação de áreas antigas, integrar o território às dinâmicas contemporâneas, sem perder sua identidade histórica e cultural) e a dinamização econômica (a partir do “fortalecimento, diversificação e modernização das atividades econômicas no Centro do Recife”). Um dos marcos desse processo foi a Lei do Recentro que, além de criar o Gabinete, oferecia redução ou isenção do IPTU e outras taxas para quem recupera imóveis no Centro. No início, havia burocracias que dificultavam o acesso ao incentivo fiscal. Porém, mudanças foram introduzidas que facilitaram esse acesso. Quatro anos após o lançamento da lei, a secretária Ana Paula Vilaça já apresenta resultados desse esforço, como ter conseguido aprovar 37 obras de restauros em

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Impacto da construção da Escola de Sargentos em Aldeia será debatido na UPE

A mesa-circular integra a programação da Semana da Terra da universidade e receberá a vereadora Liana Cirne, o presidente do Fórum Socioambiental de Aldeia Herbert Tejo e o coordenador do Fórum Econômico da FCAP Mauro Ferreira Lima A Faculdade de Administração e Direito da Universidade de Pernambuco (FCAP) promove hoje, a partir das 19h, a mesa-circular com o tema "Projeto e Construção da Escola de Sargentos e seu impacto na Área de Proteção Ambiental Aldeia-Beberibe". A implantação do empreendimento do Exército Brasileiro é uma das pautas ambientais mais sensíveis do Estado, com previsão de desmatar 94 hectares de Mata Atlântica. O encontro contará com a presença da vereadora do Recife Liana Cirne (PT), o presidente do Fórum Socioambiental de Aldeia Herbert Tejo e também o Dr. Mauro Ferreira Lima, que é coordenador do Fórum Econômico da FCAP. O evento terá a mediação das professoras Andréa Bandeira e Waldênia Leão, respectivamente coordenadora e vice-coordenadora da Licenciatura em Ciências Sociais. Apesar dos impactos ambientais, visto que se trata de uma região de aquíferos e do maior fragmento de Mata Atlântica ao norte do Rio São Francisco, a chegada da Escola de Sargentos trará ao Estado um investimento bilionário, estimado em R$ 1,8 bilhão para a construção do complexo educacional e das vilas militares. Nas últimas semanas, o Fórum Socioambiental de Aldeia apresentou duas novas alternativas locacionais como propostas para a instalação da instituição com menor impacto ambiental. A programação, que integra as atividades da Semana da Terra da UPE acontecerá no Auditório João Coutinho, na Av. Sport Clube do Recife, 252, na Madalena. LEIA TAMBÉM

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Rua Nova 2

O plano mais importante desde Maurício de Nassau

*Por Francisco Cunha Discurso feito no lançamento do plano estratégico O Centro do Recife na Rota do Futuro, dia 09/04/25 Quando do lançamento da “ordem de serviço” do Plano do Centro, aqui mesmo neste Moinho retrofitado, só que lá no quarto andar, cheguei a dizer que aquele era um dos dias mais importantes de minha vida. O mesmo digo hoje. E por que eu falo da importância desses dias? Quando criança, adolescente e jovem adulto, o Centro da cidade era o meu centro das atenções e, porque não dizer, também, meu “parque de diversões”, como também, de milhares de outras pessoas: Quis o destino, todavia, que após viver o apogeu do Centro do Recife, eu fosse testemunha ocular e angustiada de um longo e sofrido processo de decadência que já está por completar cinco séculos de lenta e continuada agonia. Mas quis o destino também que eu tivesse a felicidade de, desde o ano 2000, dar consultoria à CDL Recife e, lá, dedicar-me, junto com os diretores, à frente deles Fred Leal, a buscar alternativas para reverter a decadência. Infelizmente sem sucesso, muito embora tenhamos tentado de tudo. Talvez tenhamos conseguido, no máximo, reduzir um pouco o ritmo da queda mas, sem nem de longe, sequer, conseguir interrompê-la. Depois de muito esmurrar a ponta da faca, entendemos que nenhum processo efetivo de reversão seria possível sem que o Poder Público Municipal se tornasse o principal protagonista da recuperação. E foi com essa certeza que acompanhamos com entusiasmo a decisão corajosa do prefeito João Campos de assumir o Centro como uma das prioridades da sua gestão. E, aí, mais uma vez, o destino me encontrou na presidência do Conselho da Aries – Agência Recife para Inovação e Estratégia e, nessa condição, podendo ajudar a viabilizar a elaboração do Plano Estratégico de Longo Prazo do Centro do Recife que estamos tendo a grande satisfação de entregar hoje. Nesta jornada tive também a muito grata satisfação de estreitar relações com a competente Ana Paula Vilaça que, hoje, considero uma amiga que ganhei do Recentro. Daí, eu gostar de dizer que o Recentro é feito de coragem e competência. Pude me aproximar também de Washington Fajardo, um urbanista de mão cheia, sensível ao apelo humanizado dos afetos como vetor de recuperação das cidades. Sem falar de Sérgio Buarque, consultor competente e sensível além de amigo de longa data. Desde o início da empreitada do plano que fiz questão de alertar a competente equipe da Aries comandada por Mariana Pontes que devíamos evitar duas armadilhas: (1) o plano perfeito; e (2) o plano unânime. Cinquenta anos de experiência cotidiana com o planejamento (desde o primeiro dia da faculdade de arquitetura e urbanismo) me ensinaram que assim como “não existe vento favorável para quem não sabe para aonde quer ir”, também não há mapa infalível do caminho. O mapa vai se redesenhando ao caminhar. Ele ajuda, orienta, mostra a direção, mas não é perfeito. O melhor plano sempre será o próximo. A experiência também ensina que não há plano unânime, sempre existirão os que não concordarão com ele, uns por vaidade, outros por desconhecimento, outros mais por não se sentirem contemplados. O fundamental é ter feito todo o esforço possível para contemplar todas as facetas como, tenho certeza, foi feito com este que está sendo entregue hoje. O primeiro plano de fato estratégico do centro desde que Maurício de Nassau sonhou fazer da Mauriciópolis a capital do Brasil Holandês, traçando para ela o primeiro plano urbanístico renascentista do continente americano. São praticamente os contornos da Cidade Maurícia que se transformaram no Centro atual do Recife e da sua região metropolitana, uma das principais do País. E é, justamente, este contorno que é objeto do plano que está sendo entregue hoje. Não é corriqueira a missão de recuperar o Centro degradado da capital mais antiga do Brasil, uma das cidades coloniais mais antigas do continente. Porque esse Centro Histórico é, aprendi depois de caminhar centenas de quilômetros por ele, um museu vivo da história de Pernambuco e, mais do que isso, da história do Brasil. Portando, a missão é tão grande quanto desafiadora só que, agora, com o plano, ou seja, com um norte e um roteiro amplamente validado. Meu agradecimento em nome pessoal e da cidade, ao prefeito João Campo; ao vice-prefeito Victor Marques; ao secretário Felipe Matos e equipe; à chefe do escritório do Centro, Ana Paula Vilaça e equipe; aos consultores especiais Sérgio Buarque e Whashington Fajardo; a Mariana Pontes e Ciro Pedrosa no comando da competente equipe da Aries; aos colaboradores e colaboradoras do plano; bem como aos integrantes da governança do Centro. O nosso desafio se reforça hoje com o plano O Centro na Rota do Futuro mas, tenho certeza, que este dia já está inscrito na história da cidade e de que em 12 de março de 2037, quando do aniversário de 500 anos do Recife, a foto estará lá, na linha do tempo da exposição comemorativa. Espero que todos aqui estejamos lá também comemorando os avanços conseguidos e a recuperação tornada irreversível do nosso Centro. Muito obrigado pela atenção!

O plano mais importante desde Maurício de Nassau Read More »