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Rota Paudalho de Fe e Tradicao Igreja de Nossa Senhora do Rosario Credito Josue Filho Prefeitura do Paudalho

Nova rota de turismo religioso impulsiona economia local em Paudalho

Parceria entre Sebrae e Prefeitura fortalece atrativos históricos e espirituais do município, com foco no desenvolvimento sustentável da Zona da Mata Norte. Na imagem acima, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Foto: Josué Filho - Prefeitura do Paudalho O município de Paudalho, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, ganha um novo impulso para o turismo religioso com o lançamento da rota Paudalho de Fé e Tradição. A iniciativa integra o projeto da Rota Religiosa de São Severino dos Ramos, desenvolvido em parceria entre o Sebrae Pernambuco e a Prefeitura local, com o objetivo de valorizar a fé, o patrimônio histórico e a cultura regional como vetores de crescimento econômico sustentável. Localizado a cerca de 50 quilômetros do Recife, o município abriga um dos maiores centros de peregrinação do Nordeste: o Santuário de São Severino dos Ramos. O novo roteiro propõe um itinerário que conecta igrejas seculares e espaços de valor simbólico, promovendo a visita a templos como a Igreja de Nossa Senhora do Desterro — refúgio de padres capuchinhos durante a invasão holandesa — e a Igreja do Rosário dos Homens Pretos, construída em 1778 por negros escravizados e libertos. A rota chega ao mercado com guia bilíngue (português e inglês) e busca atrair diferentes perfis de visitantes, unindo espiritualidade, arquitetura e memória social em uma mesma experiência turística. Segundo o Sebrae, o trabalho inclui também ações estruturantes como visitas técnicas, pesquisas de campo, reuniões com parceiros, criação de identidade visual e desenvolvimento de materiais promocionais. “Paudalho é conhecida por sua forte tradição de fé e celebrações populares. Esse novo roteiro tanto vai valorizar como contribuir para promover o turismo religioso na cidade, que já recebe milhares de romeiros durante o ano inteiro, especialmente entre os meses de setembro e abril, época de maior fluxo neste que é um dos principais destinos de peregrinação do Nordeste”, destaca Esther Barros, analista do Sebrae Pernambuco. A segunda etapa do projeto será concluída em agosto, com a entrega do Mapa Turístico de Paudalho. O material trará informações sobre os principais atrativos históricos, culturais e serviços da cidade. “Mesmo com a praticidade oferecida por aplicativos para celular e outros conteúdos digitais, um mapa em papel continua sendo um dispositivo ideal para contemplar perfis específicos de viajantes. Ele também segue funcional em áreas onde banda larga e acesso a dados podem não estar disponíveis, além de contribuir para a experiência do usuário ser ainda mais completa e satisfatória e podem até ser usados como suvenir”, complementa Esther. Em setembro, será lançado o terceiro produto da consultoria: um folder com os equipamentos do trade turístico local. “Nosso papel é contribuir para transformar o potencial já existente no município em oportunidade concreta de desenvolvimento regional sustentável. Quando bem estruturado, o turismo religioso gera renda, empregos e novas oportunidades de negócios, preserva a cultura viva do território e ainda atrai novos públicos, diversificando e fortalecendo a economia da cidade de forma contínua e planejada”, finaliza a analista do Sebrae.

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Cecilia Costa UFPE

“A APA Aldeia-Beberibe é um tesouro ameaçado. Precisamos de coerência e coragem para defendê-la”

Cecília Costa, pesquisadora da UFPE, destaca a importância da Área de Proteção Ambiental, situada na  Região Metropolitana do Recife, e os riscos de projetos como o Arco Viário e a Escola de Sargentos. Ela ressalta a necessidade urgente de políticas públicas que valorizem os serviços ambientais para proteger esse patrimônio natural. Cecília Costa, doutora em ecologia e pesquisadora da Universidade Federal de Pernambuco, acumula mais de uma década de estudos na APA (Área de Proteção Ambiental) Aldeia-Beberibe, situada na Região Metropolitana do Recife. Com trabalhos que vão desde o levantamento de biodiversidade até a percepção ambiental das comunidades locais, ela é uma das vozes acadêmicas na defesa desse território que está sob alvo de muitas tensões. Nesta entrevista, Cecília detalha a riqueza biológica da região, os riscos impostos por projetos como o Arco Viário e a Escola de Sargentos, e a urgência de implantar políticas públicas que reconheçam e remunerem os serviços ambientais prestados pela floresta. Ao longo da conversa, a professora compartilha percepções valiosas sobre a defaunação (perda de animais) histórica no Nordeste, a presença de espécies ameaçadas como a jaguatirica, o papel estratégico da vegetação na recarga dos aquíferos e o potencial da APA para se tornar referência em desenvolvimento sustentável. Ela alerta: “Precisamos sair da politicagem e ter coerência. O desenvolvimento precisa ser compatível com os objetivos da APA”. A APA Aldeia-Beberibe pode resistir à pressão da especulação imobiliária já existente e dos grandes empreendimentos anunciados, como o Arco Metropolitano e a Escola de Sargentos do Exército? Já existem várias questões que precisam ser resolvidas, e é muito importante não ampliar ainda mais o problema. Esses empreendimentos promovem mais desmatamento e fragmentação da Mata Atlântica nesse território, trazendo ainda mais gente para o local, o que pode comprometer definitivamente os objetivos da APA. Além da fragmentação e do desmatamento, e do Arco Viário Metropolitano é a maior ameaça à integridade da APA pois causa atropelamentos da fauna, poluição sonora e atmosférica. Essa será uma rodovia que receberá intenso tráfego de caminhões para conectar o Porto de Suape com as empresas que estão mais ao norte da região metropolitana. Além da poluição atmosférica, existem as cargas perigosas que representam um risco para a contaminação das águas superficiais e do lençol freático da região, usados para abastecimento da população.  Os projetos do Arco e da Escola de Sargentos têm uma série de impactos negativos para a conservação da biodiversidade e dos serviços ambientais da região, mas o principal problema é o adensamento populacional. Infelizmente, o governo nunca conseguiu resolver as consequências disso. Não há fiscalização que dê conta de impedir a constante invasão de áreas para moradias, além do aumento dos empreendimentos imobiliários que ampliam o uso dos recursos naturais, além da produção de lixo, esgoto e impermeabilização do solo.  Existe algum território em Pernambuco em que o poder público conseguiu dar conta da especulação imobiliária? Não tem. O maior exemplo que a gente tem talvez seja a praia mais linda do Brasil, que é Porto de Galinhas. Ela está altamente adensada, com esgoto sem tratamento e já em processo de verticalização, que também já começou a acontecer em Aldeia.  Então, a gente tem que evitar projetos que promovam mais adensamento populacional no território, porque assim a gente consegue manter os serviços ambientais desse território que são tão importantes para a qualidade de vida na Região Metropolitana do Recife.  De quais serviços ambientais a senhora está tratando? Uma coisa importantíssima acerca da Mata Atlântica em avançado processo de regeneração, como é o caso da APA, é que ela remove e armazena o gás carbônico da atmosfera. Esse é o principal causador do aquecimento global, das mudanças climáticas que estamos vendo. Toda vez que a mata aumenta sua biomassa, ou seja, está se tornando mais densa, significa que ela está estocando carbono. E toda vez que ela está se tornando mais rala ou sendo removida, significa que ela está liberando gás carbônico para a atmosfera.  O trecho de floresta no território do Exército aumentou bastante em biomassa nos últimos 40 anos e, desde a criação da APA em 2010, outros trechos também estão se recuperando. Então esse é o cenário ideal para a remoção de carbono da atmosfera, de modo que uma alternativa rentável e sustentável para a região é o pagamento aos moradores por serviços ambientais e a venda de créditos de carbono.  Há também duas áreas de abastecimento público de água dentro da APA Aldeia-Beberibe. Uma delas é a barragem de Botafogo e a outra é o Açude do Prata, que fica dentro do Parque Estadual de Dois Irmãos. Esta última, é uma água de excelente qualidade, por estar dentro de uma unidade de conservação de proteção integral, sendo um ótimo exemplo para compreender como a natureza contribui para produzir água de qualidade, além de reduzir os custos com o tratamentoda da água. Assegura a boa saúde da população que usa dessa água.  As florestas da APA Aldeia-Beberibe também provêm vários outros serviços ambientais que quase ninguém dá valor, pois não se paga por eles e nem se pensa sobre eles. Se eu perguntar quanto você pagou de taxa de polinização este mês, você vai falar: “Não paguei nada”. Apesar disso, você se alimentou de mamão, laranja, milho, café e muitos outros frutos ou grãos, o que significa que os insetos fizeram o serviço de polinização.  Quanto você pagou de taxa de ar puro? Quanto você pagou de taxa de produção de solo fértil? Quanto você pagou de taxa de chuva?  Você certamente vai me responder: “Também não paguei por nada disso”. Mas então quem está fazendo esse serviço? São milhares de espécies que trabalham dia e noite gratuitamente para manter todos esses serviços e assim assegurar nossa qualidade de vida. Mas se não dermos as condições necessárias para que os ecossistemas continuem trabalhando, eles irão colapsar e nossa qualidade de vida também. Já existem lugares onde os polinizadores estão desaparecendo e os agricultores têm que alugar colmeias ou pagar para as pessoas levarem os pólens de

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Especialistas debatem riscos legais de empreendimentos imobiliários no litoral

Evento do Urbano Vitalino Advogados aborda estratégias preventivas e segurança jurídica no setor, com foco em licenciamento e regulamentação ambiental Com o litoral em expansão imobiliária, construtoras e incorporadoras enfrentam crescentes desafios legais para viabilizar projetos em áreas costeiras. Para discutir os riscos e caminhos preventivos nesse cenário, o Urbano Vitalino Advogados realiza, no dia 7 de agosto, o encontro Empreendimentos Imobiliários em Área Litorânea – Riscos e Aspectos Preventivos, das 17h às 21h, no Restaurante Bargaço, localizado no Novotel Recife Marina. Voltado para agentes do mercado imobiliário, o evento reunirá especialistas do setor público e privado para debater temas como legalização de projetos, due diligence, licenciamento ambiental e as implicações penais do descumprimento das normas. A proposta é oferecer uma visão prática e estratégica, evitando situações como embargos, anulação de licenças e suspensão de vendas — problemas recorrentes em empreendimentos mal estruturados juridicamente. "O mercado imobiliário em áreas litorâneas vive um momento de grande expansão, mas desenvolver esses empreendimentos sem a devida assessoria pode trazer surpresas desagradáveis [...] Nosso objetivo é mostrar um caminho mais seguro aos empresários, antecipando riscos e garantindo a viabilidade de seus projetos”, afirma Thiago Bezerra, sócio da área de direito imobiliário do Urbano Vitalino Advogados. Entre os palestrantes estão nomes como Rafael Simões (ADEMI), Eduardo Elvino e Renata Farias (CPRH), além dos sócios do Urbano Vitalino Advogados: Thiago Bezerra (direito imobiliário), Ana Carolina Famá (direito ambiental) e Luiz Mário Guerra (direito penal econômico). A programação inclui painéis técnicos e um momento de networking com happy hour. Serviço📌 Empreendimentos Imobiliários em Área Litorânea – Riscos e Aspectos Preventivos📅 7 de agosto de 2025🕔 17h às 21h – com happy hour📍 Restaurante Bargaço – Cais de Santa Rita, 46, Novotel Recife Marina📧 Inscrições: marketing@urbanovitalino.com.br

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fiacao Foto Hesiodo Goes Secom

Pernambuco investe R$ 300 milhões para embutir fiação no Bairro do Recife

Primeira etapa do projeto cobre quase metade da Ilha do Recife e promete impacto positivo no turismo, no setor elétrico e na economia digital. Foto: Hesíodo Góes - Secom O Governo de Pernambuco anunciou um investimento superior a R$ 300 milhões para o embutimento da fiação elétrica no Bairro do Recife, uma das áreas mais emblemáticas da capital. A primeira etapa do projeto, realizada em parceria com a Neoenergia, receberá R$ 185 milhões e contemplará 46% da rede elétrica da ilha, com a instalação subterrânea de 43 quilômetros de cabos, cinco câmaras de manobra e a modernização da infraestrutura que atende cerca de 1.150 unidades consumidoras. Com início no Marco Zero, Cais da Alfândega e Praça do Arsenal, a intervenção busca qualificar o espaço urbano e fortalecer o ambiente de inovação e turismo do centro histórico. "Hoje é um dia histórico para o Recife. Acabamos de anunciar a autorização para que a Neoenergia contrate uma empresa responsável pelo embutimento de toda a fiação do Bairro do Recife. Com essa iniciativa, garantimos mais beleza para o bairro, mais segurança no fornecimento de energia e a melhoria na qualidade dos serviços de internet, algo essencial para o Porto Digital, que está no coração do centro", afirmou a governadora Raquel Lyra. O projeto é considerado estratégico tanto para a preservação do patrimônio histórico quanto para a consolidação do Recife como polo de tecnologia. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, o embutimento trará mais segurança elétrica e estabilidade no fornecimento de energia para as empresas instaladas no Porto Digital, uma das âncoras da nova economia no estado. A execução do plano será coordenada por um grupo de trabalho e envolve a colaboração de diversos atores, como o município do Recife e empresas de telecomunicações. “É um projeto que exige a colaboração de diversos agentes, desde as empresas de telefonia até o poder público. A proposta é embutir toda a fiação que hoje está exposta, utilizando calhas subterrâneas e um projeto de engenharia estruturado”, explicou João Paulo Rodrigues, diretor de Relações Institucionais da Neoenergia. Além da modernização da rede elétrica, o governo estadual tem promovido uma série de investimentos para revitalizar o centro da cidade, com ações que incluem restauração de espaços culturais e expansão da habitação social. O conjunto de iniciativas reforça o compromisso com a recuperação urbana e o desenvolvimento econômico sustentável da capital pernambucana.

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Startup pernambucana lança sistema de monitoramento de alagamentos em Olinda

Com apoio de mais de R$ 300 mil do Governo de Pernambuco, projeto Ih, Alagou amplia atuação na Região Metropolitana do Recife A cidade de Olinda será a primeira a receber o sistema Ih, Alagou, solução tecnológica de monitoramento de alagamentos desenvolvida com recursos do Governo de Pernambuco. A iniciativa é fruto de editais da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti/PE), da Facepe e do COMPET Soluções, somando mais de R$ 300 mil em investimentos. O projeto visa alertar comunidades em áreas de risco e prevenir desastres climáticos, por meio da instalação de sensores e ações de educação ambiental em pontos críticos da cidade. A primeira etapa foi apresentada nesta terça-feira (23), no auditório da Prefeitura de Olinda, com previsão de instalação de até 10 sensores — chamados de EcoPostes. O plano agora é expandir a solução para os 14 municípios da Região Metropolitana do Recife, com apoio da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil e um novo aporte de R$ 256 mil, via programa estadual Desafios.Gov. A meta é integrar 56 dispositivos entre sensores de alagamentos, geológicos e pluviômetros automatizados, além de desenvolver um Centro de Gerenciamento de Desastres Metropolitano. “Esse apoio foi fundamental... fez com que a gente materializasse essa ideia e expandisse essa tecnologia”, destacou Lucas Leônidas, CEO da Ih! Alagou. Formada por jovens de diversas áreas como geografia, jornalismo, engenharia e biologia, a Ih, Alagou surgiu com um protótipo no Museu Espaço Ciência e ganhou força ao unir inovação social, ciência cidadã e justiça climática. “Para o Governo de Pernambuco, investir em soluções como a Ih, Alagou significa fortalecer políticas públicas baseadas em evidências, ampliar a participação social e impulsionar uma ciência que gera impacto real na vida das pessoas”, afirmou a secretária Mauricelia Montenegro.

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Bezerros serra negra parque

Bezerros conquista R$ 1,5 milhão para requalificação do Pólo Cultural da Serra Negra

Projeto apoiado por Lucielle Laurentino e Mendonça Filho vai ampliar infraestrutura turística e cultural em área de 5.800 m² A Prefeitura de Bezerros garantiu mais de R$ 1,5 milhão em investimentos para a construção e requalificação do Pólo Cultural da Serra Negra. Os recursos são oriundos do Programa de Apoio a Projetos de Infraestrutura Turística, do Ministério do Turismo em parceria com a Caixa Econômica Federal, e foram viabilizados por articulação da prefeita Lucielle Laurentino e do deputado federal Mendonça Filho. A proposta visa ampliar o acesso, a acessibilidade e a infraestrutura de eventos no espaço, um dos principais cartões-postais do Agreste pernambucano. Com projeto arquitetônico desenvolvido pela Secretaria de Turismo e Cultura de Bezerros, o novo espaço contemplará cerca de 5.850 m² com melhorias estruturais como calçamento, piso intertravado, pista de cooper, banheiros, quiosques, bares, iluminação e áreas de convivência. O processo licitatório para execução da obra já foi aberto, conforme o Diário Oficial do Município Nº 381, de 23 de julho de 2025. “Costumo dizer que tudo que é bom, pode melhorar e sendo assim, estamos imensamente felizes por conquistar mais recursos para investir nesse pedacinho do paraíso”, afirmou a prefeita Lucielle Laurentino. A revitalização prevê ainda a instalação de bancos, pergolados, canteiros e uma área voltada para atividades físicas e de lazer. O objetivo é não apenas qualificar o ambiente para moradores e turistas, mas também fortalecer a realização de eventos tradicionais que já ocorrem na Serra Negra, como o São João, reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco, o Festival Pernambuco Meu País e a Semana Paixão pela Serra. Localizado a 10 km do centro de Bezerros e cerca de 115 km do Recife, o Pólo Cultural da Serra Negra está situado a 957 metros de altitude, oferecendo clima ameno, paisagens naturais exuberantes e uma rica programação cultural. Com temperaturas entre 15º e 25º C durante a maior parte do ano, o espaço é um dos principais destinos turísticos do interior do estado e recebe milhares de visitantes durante o calendário festivo.

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Evento debate soluções integradas para habitação popular no Recife

II Seminário Recife Cidade Parque propõe olhar sistêmico sobre moradia, urbanização e qualidade de vida nas periferias Discutir moradia popular como parte essencial da cidade e não como solução isolada é a proposta do II Seminário Recife Cidade Parque – Os desafios da habitabilidade no Recife, que acontece nos dias 6 e 7 de agosto, no auditório do Apolo 235, no Bairro do Recife. Reunindo pesquisadores, gestores públicos e organizações da sociedade civil, o evento defende que habitação de qualidade deve estar integrada a infraestrutura urbana, mobilidade, áreas verdes e serviços essenciais. Com realização do Projeto Recife Cidade Parque — fruto de parceria entre a UFPE e a Prefeitura do Recife —, o seminário abordará temas como urbanização de áreas sensíveis, regularização fundiária, impacto das mudanças climáticas e racismo ambiental. “Vamos discutir dentro de uma abordagem sistêmica, que vá além de paradigmas dos programas de habitação, nos quais a moradia é concebida sem estar atrelada ao acesso a uma infraestrutura urbana de qualidade. É um modelo em que não se formam cidades, mas guetos urbanos”, afirma o professor Roberto Montezuma, coordenador do projeto. Entre os destaques da programação estão as conferências de Marcos Boldarini, sobre urbanização na Região Metropolitana de São Paulo, e de Nora Libertun de Duren, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que abordará os caminhos para a habitabilidade sustentável na América Latina. Também estão previstas mesas sobre políticas públicas como o Minha Casa Minha Vida e o Periferia Viva, além de experiências nacionais e internacionais em habitação social, como a Vila Redenção e a Villa 20, em Buenos Aires. O evento vai além da teoria e apresenta práticas concretas de urbanização em territórios periféricos do Recife, como a Zeis João de Barros, a comunidade da Ilha de Deus e a primeira favela do Recife. Pesquisadores da UFPE, representantes de coletivos de arquitetura e organizações como o Habitat para a Humanidade contribuirão com análises e propostas baseadas na vivência e atuação em campo. A programação inclui ainda uma mesa-redonda com representantes da prefeitura e do governo federal. Serviço:II Seminário Recife Cidade Parque – Os desafios da habitabilidade no Recife📅 6 e 7 de agosto📍 Apolo 235 (Rua do Apolo, 235, Bairro do Recife)🔗 Inscrições gratuitas: bit.ly/4lrgdf4 PROGRAMAÇÃO COMPLETA 9h às 12h Abertura Felipe Matos - Secretaria Desenvolvimento Urbano - PCR  Felipe Cury - Secretaria de Habitação - PCR  Vitor Araripe – Ministério das Cidades - Governo Federal Roberto Montezuma - Projeto Recife Cidade Parque - UFPE Palestra: Habitabilidade no Recife Cidade Parque  Lúcia Veras e Roberto Montezuma (UFPE e Projeto Recife Cidade Parque) Conferência: Urbanização em áreas ambientalmente sensíveis: experiência na Região Metropolitana de São Paulo Marcos Boldarini - Arquiteto e Urbanista Debate Mediador: Luiz Vieira (UFPE e Recife Cidade Parque) 14h às 18h Panorama - Recife • Perspectiva histórica da habitação de interesse social - Ângela Souza (UFPE) • Participação popular na construção de soluções para a regularização urbanística e fundiária de habitação de interesse social - Danielle Rocha (UFPE) • Estudos de uso e ocupação do solo: pesquisa Recife Cidade Parque - Rosa Cortês (UFPE) • Plano Local de Habitação de Interesse Social - Felipe Cury (Secretário de Habitação - PCR) •  Emergências climáticas, racismo ambiental e direito à moradia - Joice Paixão (GRIS Solidário)  Intervalo (15min) • Urbanização da primeira Zeis do Recife: João de Barros - Ronald Vasconcelos (UFPE) • Urbanização da primeira favela do Recife: Vila Redenção -  Aline Souto (UFPE) • Ilha de Deus uma década depois - Norah Neves (PCR) Debate Mediador: Fabiano Diniz (UFPE e Projeto Recife Cidade Parque) Quinta-feira 7/08 9h às 12h Panorama - Políticas Públicas • Minha Casa Minha Vida - Marcelo Maia de Almeida (Caixa Econômica Federal) • Periferia Viva - Vitor Araripe (Ministério das Cidades) • Promorar - Secretaria de Projetos Especiais - PCR • Programa Moradia Legal - Fabiano Diniz (UFPE e Projeto Recife Cidade Parque) • Perspectivas - Habitat para Humanidade - Socorro Leite (ONG Habitat para  Humanidade) Debate Mediadora: Nancy Nery (Secretaria de Habitação – PCR) Intervalo (15min) Conferência: Rumo à Habitabilidade Sustentável na América Latina Nora Libertun de Duren - Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID Debate  Mediador: Fernando Diniz (UFPE) 14h às 18h Panorama - Experiências • Laboratório de projetos na graduação DAU/UFPE - Bruno Lima (UFPE) e Fábio Mosaner (UFPE) • Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social - ATHIS/UFSC - Ricardo Wiese (UFSC) • Projetos de habitação de interesse social - Alexandre Hoddap (Coletivo Peabiru - SP) • Villa 20 - Buenos Aires - Martín Motta e Beatriz Pedro (Universidade de Buenos Aires - UBA) Debate Mediador: Roberto Montezuma (UFPE e Projeto Recife Cidade Parque) Intervalo (15min) Mesa redonda: Construindo o Futuro  Felipe Matos, Felipe Cury, Vitor Araripe, Roberto Lins, Marcelo Maia de Almeida e Roberto Montezuma Mediador Francisco Cunha (TGI e ARIES)

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trem passageiros freepik

Sudene estuda trem de passageiros entre Recife e Caruaru e ferrovia de carga no Sertão

Parceria com a UFPE visa fortalecer mobilidade, logística e desenvolvimento regional em Pernambuco A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) anunciou a realização de dois estudos para implantação ou revitalização de ferrovias estratégicas em Pernambuco. Em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a iniciativa busca ampliar a malha ferroviária do estado, conectando polos produtivos e melhorando a mobilidade. Os projetos fazem parte da estratégia do Governo Federal para tornar a logística regional mais eficiente e competitiva. O primeiro estudo irá avaliar a viabilidade de um trem de passageiros entre Recife e Caruaru, em um trajeto de cerca de 120 km. A proposta analisa o reaproveitamento de estruturas remanescentes e considera a construção de uma nova ferrovia, caso necessário. “É uma ação importante por envolver o polo têxtil, de confecções, além de contribuir significativamente do ponto de vista do turismo e melhorar a mobilidade da BR-232”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. Já o segundo estudo mira a requalificação ou instalação de um trecho ferroviário de cerca de 250 km entre Petrolina e Salgueiro, com foco no escoamento de cargas. A ferrovia ligaria o polo da fruticultura irrigada do Vale do São Francisco à Transnordestina, facilitando o acesso aos portos de Suape (PE) e Pecém (CE). Segundo Cabral, essa integração pode reduzir em até 40% os custos logísticos em relação ao transporte rodoviário. As duas iniciativas se somam a outras propostas do Ministério dos Transportes para expandir o transporte ferroviário no Nordeste, como os trechos Salvador–Feira de Santana (BA), Fortaleza–Sobral (CE) e São Luís–Itapecuru Mirim (MA). A expectativa é que os estudos da Sudene, realizados com apoio da UFPE, sejam finalizados no primeiro trimestre de 2026. “O transporte ferroviário é uma política de Estado para impulsionar a economia e requalificar a malha brasileira. Ao conectar os modais rodoviário, ferroviário e hidroviário, ganhamos em competitividade, atraímos investimentos e abrimos portas para novos mercados internacionais”, reforçou Danilo Cabral.

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CASA COR PE 2025

CASACOR Pernambuco 2025 ocupará complexo histórico no Recife Antigo com 32 escritórios de arquitetura

Mostra será realizada entre 4 de outubro e 30 de novembro no Complexo Niágara S.A, com ambientes que propõem reflexões sobre o futuro das cidades e o morar urbano A CASACOR Pernambuco 2025 já tem data e local confirmados: entre os dias 4 de outubro e 30 de novembro, a mais completa mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas acontece no Complexo Niágara S.A, no coração do Recife Antigo. Os projetos vão ocupar os 3.000 m² dos edifícios históricos Niágara e Aliança, que compõem um mesmo bloco interligado. A Avenida Rio Branco, uma das vias mais emblemáticas do bairro, será o endereço dessa imersão criativa sobre formas de habitar e conviver nas cidades. Com o tema “Semear Sonhos”, a edição deste ano convida arquitetos e visitantes a repensarem o futuro das cidades e o modo de morar nas áreas urbanas. A proposta é estimular reflexões sobre espaços mais sustentáveis, coletivos e integrados à natureza, a partir de ambientes como apartamentos, quartos, cozinhas, lofts, lojas, praças e áreas para restaurante, bar, café e arena de eventos. A mostra contará com 32 escritórios brasileiros selecionados pela curadoria da CASACOR, que aposta em um olhar múltiplo e diverso. Entre os nomes confirmados estão Duna Arquitetura, FV Arquitetos, PMZ Arquitetura, Michelle Padilha, Jaime Portugal, Dani Pessoa, Estúdio NOI, Cecília Lemos, André Carício, Tarcísio Dantas e Estúdio Carlos Fortes, além de novos talentos e estreantes na exposição. A ideia é reunir experiências, estilos e trajetórias distintas que dialoguem com o tema proposto. Serviço:CASACOR Pernambuco 2025📅 De 4 de outubro a 30 de novembro de 2024📍 Complexo Niágara S.A — Av. Rio Branco, esquina com a Rua do Apolo, Bairro do Recife

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Infraestrutura atual não atrai novos ciclistas, alerta Ameciclo

Apesar do aumento na quilometragem das ciclovias, infraestrutura segue precária, com baixo padrão de segregação e integração quase inexistente com outros modais. Mesmo com o crescimento no número de quilômetros de ciclovias na Região Metropolitana do Recife (RMR), a percepção de quem pedala segue marcada por insegurança e frustração. Para a Ameciclo, os avanços ainda não são capazes de atrair novos usuários nem de garantir conforto e proteção aos ciclistas. Em entrevista ao repórter Rafael Dantas, o coordenador da entidade, Daniel Valença, aponta os principais gargalos da mobilidade ativa, critica a ausência de integração entre modais e defende que o poder público precisa, enfim, priorizar investimentos na mobilidade sustentável. Como a Ameciclo avalia o aumento da infraestrutura para a ciclomobilidade na RMR? O que avançamos e o que permanece como ponto crítico? A Ameciclo avalia que houve um avanço no número de quilômetros de infraestrutura cicloviária, principalmente na cidade do Recife. No entanto, é preciso qualificar esse avanço: será que ele está trazendo, de fato, benefícios para quem pedala e para a população em geral? Investir em quem pedala é investir em uma cidade mais segura, menos poluída e com menos engarrafamentos — mas o que temos visto é uma infraestrutura extremamente precária. Grande parte da malha cicloviária é composta por ciclorrotas e ciclofaixas. As ciclorrotas não têm segregação do fluxo de veículos motorizados e muitas vezes estão localizadas em vias de alto fluxo e velocidade, como a Rua do Riachuelo (dividindo espaço com o BRT) e a Avenida Beberibe (em frente ao mercado), onde ciclistas disputam espaço com ônibus e todo o caos da via. Já as ciclofaixas, geralmente em vias secundárias ou terciárias, têm pouca segregação e sofrem com invasões por motos em movimento ou carros estacionados. A pergunta que fazemos é: deixaríamos um filho, uma mãe ou uma pessoa idosa usar essas vias com segurança? A resposta, para quem pedala no Recife, é não. O que os estudos mostram sobre as expectativas dos ciclistas em termos de infraestrutura? Nossa pesquisa Perfil Ciclista mostra que, em 2013, quando havia pouca infraestrutura, os ciclistas apontavam arborização e educação no trânsito como principais demandas. Hoje, com a infraestrutura visível, mesmo que precária, a principal reivindicação é justamente mais estrutura cicloviária. Isso indica que quem já pedala se fideliza ao modal, mas o sistema atual não atrai novos ciclistas. O número de pessoas que pedalam há mais de cinco anos aumentou, enquanto o de iniciantes caiu — ou seja, não estamos conseguindo renovar esse público. A infraestrutura precisa oferecer segurança imediata, com mais segregação e melhor tratamento nos cruzamentos, mas também precisa ser atrativa: mais larga, confortável, permitindo que as pessoas pedalem lado a lado. A Prefeitura até tem um bom Manual de Desenho de Ruas, com padrões adequados de qualidade, mas ele precisa ser efetivamente seguido. A infraestrutura precisa oferecer segurança imediata, com mais segregação e melhor tratamento nos cruzamentos, mas também precisa ser atrativa. Quais os números de violência no trânsito referentes aos ciclistas? O medo de atropelamento é hoje um dos principais entraves para que mais pessoas adotem o modal? Os números são assustadores. Entre 2022 e 2024, a violência no trânsito em geral mais do que dobrou — um aumento de 140%, com crescimento mês a mês. Os dados da CTTU mostram que saímos de 2 mil sinistros para mais de 4.400. E vale lembrar que a CTTU chega em apenas cerca de 40% dos sinistros. Isso significa que, no Recife, mais de dez pessoas por dia são vítimas de sinistros no trânsito. Em relação aos ciclistas, o relatório mais recente de segurança viária da CTTU, lançado em 2023, aponta que dez ciclistas morreram em 2023 em solo recifense. Além disso, quase 500 ciclistas foram vítimas de sinistros com atendimento do SAMU. Esse número é considerado com vítima justamente porque o SAMU foi acionado. É importante destacar que esse dado de 473 ciclistas vítimas é muito maior que o de 2022, mas também porque passaram a incluir os atendimentos do SAMU, o que não era feito anteriormente. Mesmo assim, é alarmante: dá quase um ciclista ferido por dia e um morto por mês. O medo de pedalar, de fato, não está necessariamente associado apenas a morrer atropelado. A sensação de insegurança no trânsito é o que afasta as pessoas da bicicleta e as empurra para outros modos, mesmo que mais perigosos, como as motos, ou menos sustentáveis, como os carros. Como é a integração entre a bike e os demais modais na RMR? Avançamos em algo? Olha, eu vou até citar um fato curioso que eu vi: um terminal integrado, que foi privatizado — acho que em Paulista — recebeu até um bicicletário novo, supermoderno, que tem identificação biométrica para você colocar a sua bicicleta lá dentro. Então, é uma novidade pra gente ter conseguido saber desse bicicletário em terminais de integração. Mas, não há nenhuma integração. O que tinha um pouco era o bike-metrô, mas o metrô está completamente precarizado. E a própria Bike PE, que também tem diminuído a qualidade das bicicletas, não consegue fazer realmente uma integração com Olinda e Paulista. Pela distância entre as estações e pela falta de infraestrutura cicloviária que integre essa região. O que previa o plano diretor era que toda a infraestrutura cicloviária estivesse conectando o Recife e as cidades vizinhas por bicicleta. E isso poderia fazer essa integração modal. Mas não há nenhum avanço, na verdade, de integração entre bicicleta com ônibus ou com metrô. Fala-se muito em mobilidade sustentável atualmente. O deslocamento por bicicletas traz vantagens para a cidade, para a saúde e ainda não polui. As políticas públicas locais e nacionais apontam para uma maior atenção e investimento ao modal? Existe, sim, um arcabouço legal já muito consistente para priorizar os modos sustentáveis — bicicleta, caminhada e transporte coletivo. A Política Municipal de Mobilidade Urbana e o Manual de Desenho de Ruas são avanços. Mas, na prática, falta vontade de mudar a infraestrutura e atacar o problema na raiz. Os investimentos ainda se concentram no

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