Arquivos Urbanismo - Página 3 De 98 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Caixa Econômica lança linha de crédito para retrofit residencial no Centro do Recife

Programa Recentro avança com financiamento exclusivo para revitalização de imóveis voltados à moradia na região central da cidade A Prefeitura do Recife e a Caixa Econômica Federal anunciaram uma nova linha de crédito para retrofit de imóveis com fins residenciais no Centro da capital pernambucana. A iniciativa foi apresentada durante a segunda edição do evento “Conexão Recentro: um centro de oportunidades”, promovido na última terça-feira (10) pelo Gabinete do Centro do Recife. O encontro reuniu 167 empresários, investidores e proprietários de imóveis no auditório da Caixa, em Santo Amaro. O retrofit, conceito que une modernização e preservação arquitetônica, é o foco do novo financiamento imobiliário, que integra o programa Minha Casa Minha Vida e utiliza recursos do FGTS e do SBPE. Com taxas de juros mais baixas que as praticadas no mercado e condições mais vantajosas que os financiamentos tradicionais, a proposta visa facilitar a reocupação do Centro com moradias. A linha de crédito é direcionada a incorporadoras e empresas da construção civil interessadas em reabilitar edificações antigas para uso habitacional. Segundo Ana Paula Vilaça, chefe do Gabinete do Centro do Recife, a parceria com a Caixa representa um passo decisivo para a transformação da área central da cidade. “O retrofit é uma ferramenta super importante para viabilizar a revitalização urbana. E com a Caixa possibilitando aos investidores e empresários uma linha de financiamento, era tudo o que faltava para que os negócios se concretizem”, declarou. Já o superintendente de Rede da Caixa, Marcelo Maia, reforçou o papel do banco como agente de desenvolvimento urbano. “Isso reforça o papel da CAIXA como agente de desenvolvimento através de suas linhas de crédito, em especial o Retrofit, um produto muito alinhado com o objetivo de revitalização e reocupação urbana do centro através da moradia", afirmou. O evento também contou com a palestra de Marcelo Falcão, especialista em retrofit e fundador da Somauma, incorporadora com atuação na reabilitação de edifícios no centro de São Paulo. A participação foi gratuita e contribuiu para fomentar o debate sobre oportunidades de investimento em áreas urbanas centrais. Para obter o financiamento da Caixa, os projetos precisam ser previamente analisados e aprovados, com documentação completa do imóvel e do projeto executivo. A primeira edição do Conexão Recentro ocorreu em fevereiro, em parceria com o Banco do Nordeste e a Sudene, reunindo mais de 100 empresários. Além dos financiamentos, a Prefeitura mantém incentivos fiscais previstos na Lei do Recentro, com isenções de ITBI, ISS e IPTU, e já investiu mais de R$ 200 milhões em obras de infraestrutura para estimular a revitalização do Centro.

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Rafael Simoes. foto juana carvalho

Conexão Ademi-PE acontece nesta quarta e debaterá centros urbanos

Evento promovido pela Ademi-PE traz dados inéditos, debate sobre retrofit e analisa os centros urbanos do Recife e de outras capitais nordestinas. Foto: Juana Carvalho Nesta quarta-feira (11), o setor da construção civil pernambucano tem encontro marcado no Conexão Ademi-PE 2025. Promovido pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), o evento será realizado a partir das 19h no restaurante Solar do Douro, no Empresarial JCPM, no Pina, Zona Sul do Recife. Com foco no presente e no futuro das cidades, a programação propõe uma imersão nos centros urbanos de Pernambuco, estabelecendo paralelos com outras capitais nordestinas e lançando luz sobre os desafios e oportunidades no Recife e Região Metropolitana. “O Conexão Ademi-PE é um momento crucial para empresários, tomadores de decisão de construtoras, representantes estratégicos do poder público e especialistas do mercado se aprofundarem em questões relevantes do setor, pois é uma oportunidade de conhecer dados e tendências de mercado, além de discutir temas relevantes para o mercado imobiliário pernambucano”, revela o presidente da Ademi-PE, Rafael Simões.   Muito mais que uma agenda de networking, o Conexão Ademi-PE se firmou como um espaço estratégico para quem acompanha de perto os rumos do mercado imobiliário. A cada edição, o encontro apresenta dados inéditos levantados pela Brain Inteligência Estratégica e promove um debate de alto nível com especialistas do setor. Neste ano, o foco recai sobre o Centro do Recife, com a divulgação dos números do primeiro trimestre e uma leitura das tendências que devem orientar os próximos passos da requalificação urbana. A pauta ganha fôlego com o avanço do programa Recentro, as mudanças trazidas pela nova Lei de Uso e Ocupação do Solo (LPUOS) e o crescimento do retrofit como solução para áreas degradadas. A análise será conduzida por Gisele Pereira, da Brain, e comentada por Leandro Vasconcelos, da Aço Verde Brasil, e Avelar Loureiro, da ACLF Empreendimentos — vozes experientes que devem ampliar a visão sobre o potencial transformador do centro da capital pernambucana. “As discussões sobre a revitalização do centro da capital pernambucana e as oportunidades de investimento em retrofit prometem nortear as decisões e investimentos do mercado imobiliário para os próximos anos, impactando diretamente o desenvolvimento econômico da região”, finaliza Rafael Simões. 

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Regulação urbanística e ambiental: desafios para a atividade empresarial

*Por Ivon Pires No último mês de maio de 2025, empreendimentos localizados no município pernambucano de Ipojuca, onde ficam situadas as praias turísticas de Porto de Galinhas e Muro Alto, foram objeto de medidas administrativas de embargo, com base em apontamentos relacionados ao licenciamento ambiental e urbanístico. Embora alguns casos apresentem de fato inconsistências formais ou materiais, também há situações em que as determinações de suspensão de obras ou atividades resultam de interpretações controversas da legislação por parte do poder público. É importante destacar que, diante da complexidade normativa que rege o ordenamento territorial em municípios litorâneos como Ipojuca — onde coexistem leis federais, estaduais, municipais e instrumentos específicos como o Plano Diretor e a Lei de Gerenciamento Costeiro — nem sempre os critérios adotados pelos órgãos de fiscalização refletem com precisão o alcance e os limites legais aplicáveis a cada caso concreto. Nesse contexto, o olhar técnico e jurídico especializado exerce papel essencial não apenas na estruturação de novos empreendimentos, mas também na análise, defesa e regularização de empreendimentos já existentes que se veem questionados por decisões administrativas. A atuação fundamentada de profissionais qualificados pode: Identificar inconsistências técnicas ou jurídicas nos autos de embargo, notificação ou autuação, permitindo a apresentação de defesa adequada e fundamentada; Demonstrar a conformidade do empreendimento com a legislação vigente, inclusive por meio de pareceres, estudos e documentação comprobatória; Evitar ou reverter sanções indevidas, como multas, interdições e paralisações, preservando o funcionamento da atividade econômica; Estabelecer interlocução institucional estratégica com os órgãos competentes, visando esclarecer dúvidas e buscar soluções administrativas com segurança jurídica. A experiência também demonstra que, tanto na fase de concepção quanto na fase de operação, a antecipação de análises jurídicas e técnicas especializadas é uma medida estratégica para mitigar riscos regulatórios, assegurar a conformidade normativa e evitar prejuízos operacionais, financeiros e reputacionais. Por fim, ressalta-se que, em regiões com alta sensibilidade ambiental e complexidade regulatória, como o litoral do estado de Pernambuco, a atuação preventiva e defensiva de equipes multidisciplinares não é apenas recomendável, mas estratégica para a continuidade e regularidade dos empreendimentos.

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Audiência pública debate a ameaça de privatização do Metrô do Recife

Debate na Câmara do Recife escancara divergências sobre futuro do sistema metroviário, com falas contundentes de parlamentares, trabalhadores e estudantes A Câmara Municipal do Recife foi palco de uma audiência pública acalorada sobre a proposta de privatização do Metrô do Recife. A iniciativa, promovida pela vereadora Cida Pedrosa (PCdoB), reuniu representantes de trabalhadores, estudantes, movimentos sociais e a gestão da CBTU. “Eu sou lulista, eu apoio esse governo, mas o governo Lula não pode ser aquele que porá uma pá de cal no metrô do Recife”, declarou a parlamentar, que cobrou coerência da base aliada. As contradições políticas do rumo do metrô do Recife ficaram evidentes em várias declarações da vereadora e dos convidados. "O governo Temer e Bolsonaro sucatearam todas as empresas públicas com uma única intenção. Sucateia, não investe, depois diz que é inoperante, depois diz que não dá lucro e privatiza. Será uma verdadeira contradição o metrô do Recife ser privatizado na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva”, criticou Cida Pedrosa. O presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco, Luiz Soares, reforçou que a proposta de privatização representa um retrocesso. “A gente precisa é dos investimentos, a gente precisa é de um sistema com qualidade”, afirmou. Segundo ele, privatizar o metrô significaria precarizar ainda mais o transporte público e aprofundar a exclusão social. “Privatização é tarifa mais cara, é exclusão, é precarização. É menos acesso, é mais desemprego. Privatizar o metrô é negar o direito ao transporte público de qualidade. Não é no governo Lula que a gente vai privatizar o metrô do Recife. A gente não elegeu ele para isso”. Representando os estudantes, João Mamede, presidente da União dos Estudantes de Pernambuco, destacou a importância do metrô para a mobilidade da juventude. “O movimento estudantil é um parceiro histórico pela luta do transporte de qualidade. Defendemos um transporte que não seja público só de nome. Temos a concepção do transporte como direito que está escrito na Constituição Federal. Gostaríamos de estar discutindo a gratuidade e a expansão do metrô do Recife. Se esse é um projeto de reconstrução nacional, é preciso que o governo assuma um lado mais firme em defesa do metrô público”, afirmou. Ele ressaltou que o sistema metroviário é essencial para garantir o acesso à educação e ao trabalho. Já a superintendente da CBTU Recife, Marcela Campos, reconheceu os desafios da operação diária diante do sucateamento do sistema. “O metrô é a espinha dorsal do transporte metropolitano, pois ele alimenta todo o sistema rodoviário. A defesa hoje da gestão da CBTU é a recuperação do sistema, a reestruturação e o aporte financeiro. Sem investimento, não tem condições de realizar a recuperação do sistema. Não dá para esperar até 2027”, declarou. Ela explicou que a gestão local não tem poder de decisão sobre o modelo a ser adotado, mas defendeu a manutenção do sistema público. A deputada estadual Dani Portela (PSOL) fez uma fala emocionada ao se somar à mobilização. “Essa luta não começou agora. Desde o governo anterior tentam sucatear para depois privatizar. Água, energia, transporte: nada disso pode ser mercadoria. O que se vende, se perde. O transporte público é um direito constitucional. A gente precisa sair daqui com um compromisso de comunicação com a população. Porque o discurso de que privatizar melhora o serviço já foi desmentido em muitos lugares.” Dani se colocou à disposição da luta na Assembleia Legislativa e questionou a falta de escuta real nas audiências promovidas pelo Governo do Estado. A parlamentar prometeu a realização de uma audiência pública na Alepe no segundo semestre. Participaram da mesa ainda Deco Costa, representante da Comissão de Direito Sindical da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), e Kleiton Pimentel, da União Metropolitana de Estudantes Secundaristas de Pernambuco (UMES-PE). A audiência pública lotou o plenarinho da Câmara do Recife e contou com forte presença de moradores, trabalhadores e representantes de movimentos sociais. O encontro reforçou o posicionamento coletivo contra a privatização e apontou a necessidade urgente de investimentos para a melhoria do metrô.

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Conorte adota tecnologia Euro 6 e reforça compromisso com a sustentabilidade

Nova frota reduz em até 77% a emissão de poluentes e contribui para melhoria da qualidade do ar nas cidades Com foco em sustentabilidade e inovação, o Conorte está modernizando sua frota de ônibus com a adoção da tecnologia Euro 6, reconhecida por seu alto desempenho na redução de emissões de poluentes. A novidade representa um avanço significativo na preservação ambiental e no cuidado com a saúde pública, beneficiando diretamente a população das áreas atendidas pelas empresas do consórcio. Ao todo, 149 veículos já operam com o novo padrão tecnológico, que supera a versão anterior, Euro 5, ao minimizar a emissão de gases nocivos e partículas tóxicas. Os ônibus Euro 6 contam com novos componentes no sistema de exaustão, que permitem atender às normas ambientais mais exigentes da atualidade. A iniciativa posiciona o Conorte como referência em transporte urbano sustentável no Brasil. A implementação da Euro 6 resulta em uma redução de até 77% das emissões de NOx (óxidos de nitrogênio) e HC (hidrocarbonetos), principais agentes responsáveis pela poluição atmosférica. Essa diminuição tem impacto direto na qualidade do ar e na saúde da população, reduzindo a incidência de doenças respiratórias e outros males associados à exposição prolongada a poluentes do diesel. Além da modernização da frota, o Conorte adota práticas sustentáveis no seu dia a dia, como o gerenciamento correto de resíduos sólidos e líquidos e a execução de um programa de rendimento de diesel que visa o uso mais eficiente do combustível. As empresas do consórcio também possuem certificações ISO 9001 e 14001, reforçando o compromisso com padrões de qualidade e responsabilidade ambiental. Com a adoção da tecnologia Euro 6, o Conorte dá mais um passo decisivo rumo a um transporte coletivo mais limpo e eficiente, promovendo um modelo de mobilidade urbana alinhado às demandas ambientais contemporâneas e ao bem-estar coletivo.

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Recife inaugura novo sistema viário no Ipsep com foco em transporte público e mobilidade ativa

Obra de R$ 42 milhões inclui binário entre avenidas, faixas exclusivas de ônibus, abrigos e acessibilidade para pedestres A Prefeitura do Recife entrega hoje (6), o novo sistema viário do bairro do Ipsep, como parte do projeto de requalificação urbana da Zona Sul, que totaliza R$ 42 milhões em investimentos. A intervenção, que inclui binário entre as avenidas Recife e Mascarenhas de Moraes, faixas exclusivas para ônibus e novos abrigos, tem como objetivo melhorar a fluidez do trânsito, priorizar o transporte coletivo e garantir mais segurança para pedestres. Com 1,6 km de corredores exclusivos para ônibus e 11 novos abrigos, a obra tem 25% de financiamento municipal e o restante por meio da Caixa/FGTS. O novo binário conecta importantes vias da região por meio das ruas Jean Emile Favre, Itacari, Raimundo Diniz, Rio Maranhão e Pampulha. As faixas exclusivas para ônibus funcionarão nos dias úteis, das 6h às 8h, nos trechos com maior fluxo, otimizando o tempo de deslocamento nos horários de pico. Além das mudanças na circulação de veículos, a requalificação urbana contemplou melhorias na drenagem, na rede de esgoto e no abastecimento de água, bem como a instalação de piso intertravado e concreto nas calçadas, garantindo mais acessibilidade. Também foram modernizadas a iluminação pública e a rede de telecomunicações, com o embutimento de cabos. A área ainda receberá 400 novas árvores, reforçando o cuidado ambiental da intervenção. “Conseguimos organizar melhor o fluxo de veículos e dar prioridade ao transporte coletivo, com atenção especial à mobilidade ativa e à segurança viária”, afirmou Luis Henrique Lira, presidente da URB. Taciana Ferreira, presidente da CTTU, destacou a implantação de faixas de pedestre com travessia elevada como medida para proteger os pedestres. Para auxiliar a população na adaptação ao novo sistema, agentes de trânsito estarão presentes nos primeiros dias de funcionamento e, em caso de dúvidas, o teleatendimento da CTTU está disponível pelo 0800.081.1078.

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Poluição dos rios e calor extremo lideram preocupações ambientais no Recife

Pesquisa revela percepção dos recifenses sobre impactos das mudanças climáticas na cidade A poluição dos rios e mares é o problema ambiental mais grave enfrentado pela população do Recife, segundo 43% dos moradores entrevistados pela pesquisa Viver nas Cidades: Meio Ambiente e Mudanças Climáticas 2025, realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis e pelo Ipec. A pesquisa, divulgada nesta terça-feira (3), aponta ainda que enchentes e alagamentos (33%) e a poluição do ar e sonora (ambas com 32%) também preocupam os recifenses. Quando questionados sobre os efeitos das mudanças climáticas, a maioria dos entrevistados na capital pernambucana apontou o calor excessivo como o principal impacto. “Para mais de metade das pessoas, o calor excessivo é a principal consequência”, revela o estudo. Em contraste, apenas 8% mencionaram as enchentes e 1% destacaram o deslizamento de terras como efeitos relevantes. A pesquisa também avaliou o papel das prefeituras no enfrentamento da crise climática. No Recife, 82% da população acredita que os governos municipais devem agir ativamente no combate às mudanças do clima. Entre as ações mais esperadas estão a redução do uso de combustíveis fósseis no transporte público, o aumento das áreas verdes, a reciclagem e a compostagem dos resíduos sólidos. O controle do desmatamento e da ocupação de áreas de manancial também foi destacado por 45% dos recifenses. O levantamento abrangeu 3.500 pessoas em dez capitais brasileiras, incluindo Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Apesar das diferenças regionais, o calor extremo foi citado como a principal consequência das mudanças climáticas em nove dessas cidades. A exceção foi Porto Alegre, onde as enchentes lideram as preocupações da população. A iniciativa tem cofinanciamento da União Europeia e faz parte de um programa voltado ao fortalecimento da sociedade civil e dos governos locais na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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86% dos recifenses apoiam a reutilização de prédios abandonados para moradia

Segurança, infraestrutura e moradia acessível são pontos-chave para atrair novos moradores e recuperar prédios abandonados Apesar da atual degradação urbana, o centro do Recife ainda desperta interesse como opção de moradia. É o que mostra uma pesquisa do Núcleo de Inteligência de Mercado da UniFafire, que ouviu mais de 780 pessoas na Região Metropolitana do Recife. Embora 92% dos entrevistados não morem no centro e 68% afirmem não ter intenção de fazê-lo, 27% demonstraram disposição para viver na área central caso haja melhorias, especialmente em segurança e infraestrutura. Entre os fatores que afastam moradores estão a falta de segurança (43,75%), o ruído e a poluição (21,47%) e o alto custo de vida (17,66%). Por outro lado, a proximidade do trabalho e dos estudos (32,76%) e o fácil acesso ao transporte público (24,5%) são aspectos valorizados. Para atrair mais pessoas, 63% dos entrevistados apontam que melhorias urbanas são indispensáveis, enquanto 25% mencionam a importância de incentivos fiscais. Além disso, 41% se inscreveriam em um programa de moradia acessível no centro, e 86% apoiam a reutilização de edifícios abandonados. A pesquisa também investigou quais modelos habitacionais seriam mais bem recebidos. Apartamentos compactos lideram com 40% de preferência, seguidos por imóveis com uso misto — lojas no térreo e residências nos andares superiores — com 31%. Modelos alternativos, como coabitação e habitação social, também foram lembrados. A maior parte dos respondentes tem entre 18 e 31 anos, o que reforça a abertura do público jovem a formatos de moradia mais flexíveis e urbanos. “É urgente a necessidade do poder público em repensar o papel dos centros urbanos. A pesquisa sugere que existe interesse e abertura da população para habitar a área central da cidade, mas é fundamental que essa reocupação ocorra com segurança, infraestrutura de qualidade e modelos habitacionais acessíveis. A reutilização de edifícios abandonados, quando bem planejada, pode ser uma resposta concreta à crise habitacional e à degradação das áreas históricas”, observa o arquiteto e urbanista José Adriano Pereira, consultor da pesquisa e doutorando na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. No entanto, a pesquisa aponta um alerta: 56% dos entrevistados nunca ouviram falar de políticas públicas para revitalização dos prédios abandonados nas áreas centrais. “É um número que acende um alerta sobre a importância de dar visibilidade às iniciativas públicas e fortalecer o diálogo entre governos, investidores e a sociedade”, afirma José Adriano. Para ele, o desafio é transformar o desejo em realidade. “O centro da cidade é desejado, mas ao mesmo tempo evitado. Para reverter esse quadro, é preciso investir em requalificação urbana, políticas de habitação acessível e incentivo à reutilização dos imóveis abandonados”, conclui.

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Bicicletas reduzem demanda por ônibus e impactam o transporte urbano

Estudo mostra que cada nova bicicleta pode substituir até 52 passagens mensais no sistema coletivo e revela efeitos econômicos e ambientais O uso crescente de bicicletas tem transformado a mobilidade urbana e reduzido a demanda pelo transporte coletivo, segundo estudo conduzido por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). A pesquisa apontou que cada nova bicicleta em circulação resulta na retirada de até 52 passagens mensais do sistema de ônibus. O fenômeno está associado principalmente a reajustes na tarifa do transporte público e ao aumento do preço dos combustíveis, dois fatores que estimulam a migração para meios alternativos de locomoção. A infraestrutura cicloviária também exerce forte influência nesse comportamento. A cada R$ 0,10 de aumento na passagem, surgem 1.068 bicicletas a mais. Quando o combustível sobe esse mesmo valor, outras 1.520 bicicletas entram em circulação. Já a construção de cada novo quilômetro de ciclovia corresponde ao acréscimo de 333 bicicletas. Os dados foram obtidos a partir da análise de um intervalo de dez anos, entre 2010 e 2019, com base em informações oficiais sobre transporte público e aquisição de novos modais. “A sustentabilidade é uma prioridade máxima para as administrações municipais, especialmente nos grandes centros urbanos, onde parcela significativa dos habitantes depende do transporte público. Devemos nos lembrar, no entanto, que os sistemas municipais de transporte enfrentam diversos desafios, incluindo disponibilidade, desempenho, segurança, conforto e valor da tarifa. Do outro lado, as bicicletas, apoiadas por incentivos públicos em razão de seu apelo ambiental, competem com o transporte público”, afirma Luis André Fumagalli, pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR. A troca do ônibus pela bicicleta, segundo os pesquisadores, tende a ser definitiva. Usuários que fazem essa transição dificilmente retornam ao transporte coletivo, exceto em condições climáticas extremas. A comparação com outros veículos também é significativa: um novo carro equivale à perda de 25 passagens mensais, enquanto cada motocicleta corresponde a 201 passagens a menos. O cenário aponta para uma mudança estrutural no padrão de mobilidade, com impactos diretos na receita dos sistemas públicos de transporte. Fumagalli destaca que os dados levantados devem orientar o planejamento urbano. “As bicicletas estão absorvendo consideravelmente os passageiros do transporte público e, conscientemente ou não, a administração da cidade vem contribuindo para essa tendência por meio de investimentos em ciclovias dedicadas, serviços de compartilhamento de bicicletas elétricas e bicicletários no centro da cidade”, comenta. A pesquisa foi publicada na revista científica Journal of Infrastructure, Policy and Development. ServiçoA pesquisa completa está disponível em: https://systems.enpress-publisher.com/index.php/jipd/article/view/5452

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Recife abre inscrições para 7ª Conferência Municipal da Cidade com 452 vagas

Encontro vai eleger delegados para conferências estadual e nacional e nova formação do Concidade Estão abertas, até 12 de junho, as inscrições para a 7ª Conferência Municipal da Cidade do Recife, que ocorrerá nos dias 19 e 20 de junho, no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, no bairro da Madalena. Com o tema “Construindo a Política de Desenvolvimento Urbano: caminhos para cidades inclusivas, democráticas, sustentáveis e com justiça social”, o evento convida a população a debater os rumos do desenvolvimento urbano da capital. Serão disponibilizadas 452 vagas, sendo 402 para delegados e 50 para observadores. Os delegados terão direito a voz e voto nas deliberações, além de poderem se candidatar a uma das 30 vagas para representar Recife na Conferência Estadual. Também será eleita uma nova composição do Conselho da Cidade do Recife (Concidade), com 45 titulares e 45 suplentes, representando o poder público, a sociedade civil, o setor empresarial e a academia. Durante o encontro, os participantes se dividirão em seis Salas Temáticas com foco em habitação, mobilidade, planejamento urbano, sustentabilidade, segurança e direitos humanos. As propostas discutidas serão apresentadas em plenária e poderão integrar a pauta das conferências estadual e nacional. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site do Conselho da Cidade do Recife. Prefeitura realiza 6ª Conferência dos Direitos da Pessoa Idosa do Recife A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Juventude, junto ao Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (COMDIR), promove nos dias 4 e 5 de junho a 6ª Conferência dos Direitos da Pessoa Idosa do Recife. O evento, com o tema “Envelhecimento Multicultural e Democracia: Urgência por equidade, Direitos e Participação”, será realizado na Universidade Católica de Pernambuco, das 8h às 17h, reunindo 120 delegados eleitos e representantes da sociedade civil para discutir os desafios e as políticas públicas voltadas à população idosa. Durante os dois dias, os participantes debaterão temas relacionados à Política Nacional da Pessoa Idosa, com foco na promoção, defesa e garantia dos direitos desse público, além da eleição dos representantes do Recife para a Conferência Estadual. O encontro visa sensibilizar a sociedade sobre o envelhecimento plural e fortalecer a participação social na construção de ações que garantam o envelhecimento com dignidade. Serviço:6ª Conferência dos Direitos da Pessoa Idosa do RecifeLocal: Auditório José de Anchieta, Bloco G – Universidade Católica de PernambucoData: 4 e 5 de junhoHorário: 8h às 17hInformações: (81) 3355-8534 | comdirrecife@gmail.com

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