Arquivos Urbanismo - Página 51 De 98 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Urbanismo

Garanhuns: Magia do Natal em novo formato neste ano

Uma das principais festividades do calendário turístico de Garanhuns, a Magia do Natal, ganhou um novo formato neste ano devido à pandemia. A decoração e iluminação especial do Palácio Celso Galvão, sede do Poder Executivo, e de praças, como a Tavares Correia - que abriga o Relógio das Flores - e Souto Filho, popularmente conhecida como Fonte Luminosa, foram mantidas e estão abertas para visitação. A partir desta semana está programada uma grade de apresentações reduzidas que serão realizadas no Relógio de Flores, Fonte Luminosa e na avenida Santo Antônio. A apresentação segue até o Dia de Natal, 25 de dezembro. A apresentação da Ave Maria, por exemplo, acontecerá a partir desta sexta-feira (20), às 18h. Nesta edição, a Orquestra Manoel Rabelo também fará uma breve apresentação, que dará início ao passeio do Trem do Papai Noel, que receberá uma criança por assento, mantendo o distanciamento obrigatório em relação à Covid-19. Os passeios acontecerão sempre às sextas e sábados. Para garantir a segurança de moradores e visitantes durante o evento, a Secretaria Municipal de Saúde estabeleceu uma série de medidas preventivas ao contágio pela Covid-19. Rotineiramente, a Vigilância Sanitária, estará realizando supervisões e abordagens de caráter orientativo, junto aos comerciantes de alimentos e bebidas cadastrados, além de bares, restaurantes e lanchonetes. Também será realizado o trabalho orientativo de inspeção nos hotéis e pousadas do município. Outra ação, consistirá na sanitização de ruas e espaços públicos da cidade, com foco nos locais com maior fluxo de pessoas. O trabalho será realizado com desinfetantes profissionais de baixa toxicidade, que reduzem os riscos de contaminação, eliminando micro-organismos como vírus, bactérias e fungos.

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Planejamento de Longo Prazo para o Recife?

Apresentamos a seguinte pergunta aos prefeituráveis: “A maioria dos programas de governo alcançam o máximo o período do mandato. Qual a sua percepção sobre a necessidade de um planejamento de longo prazo para o Recife?” Confira abaixo as respostas na íntegra. DELEGADA PATRÍCIA Nossa ideia de gestão é organizar a casa e dar condições para que as próximas dêem continuidade ao que dá certo. Estamos abertos às boas ideias. Não vamos dar fim ao que funciona. Pelo contrário, vamos dar continuidade e otimizar os projetos, implementando e dando condições para as ideias que dêem qualidade de vida à nossa população. JOÃO CAMPOS Pensar o Recife para daqui a 10, 15, 20 anos é fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável em áreas estratégicas, a exemplo da educação. Em 2007, ao assumir o Governo de Pernambuco, Eduardo Campos encontrou a educação do ensino médio em 21° lugar no ranking nacional do Ideb. O trabalho feito com planejamento, meta e resultado, foi o que levou a educação de Pernambuco ao 1° lugar neste mesmo ranking. Nesse mesmo sentido, percebemos que a educação no Recife passa por um processo de transformação. Em 2013, a situação era crítica e, agora, Ideb para a o ensino básico já registra o Recife como a capital que mais cresce em relação aos anos finais. Caberá a próxima gestão o desafio de avançar na alfabetização na idade certa e na ampliação do número de creches, algo que temos como prioritário, inclusive com a meta de dobrar o número atual. Para seguir avançando, não só nessa área, mas também em todas as outras, já foi assumido o compromisso com o Plano Recife 500 anos, iniciativa que nasceu em 2015 através de parceria entre a Prefeitura do Recife e a Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES), e que tem por objetivo pensar a cidade a longo prazo, como foco em projetos para serem desenvolvidos até 2037. MENDONÇA FILHO Pensar a longo prazo é uma obrigação de qualquer gestor. Sempre atuei na administração pública combatendo os problemas do presente, mas com um olhar para o futuro. Foi graças a essa preocupação que consegui tirar do papel a Reforma do Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular, projetos estruturadores e que vão impactar positivamente a educação brasileira no médio e longo prazo. Qual a visão de futuro que Geraldo Júlio deixou para o Recife? Depois de oito anos de mandato não conseguiu entregar um plano de mobilidade, mesmo o Recife figurando entre os piores trânsitos do mundo. Na educação estamos entre as piores capitais brasileiras segundo o IDEB, o Plano Diretor prefeitura tenta aprovar de maneira atropelada, em pleno processo eleitoral. Como é possível ver, planejamento de longo prazo não é a marca do PSB. Como compromisso para o futuro, minha primeira bandeira é que a discussão do Plano Diretor deva ficar para o próximo ano. o Projeto de Lei nº 28/2018, apresentado à Câmara dos Vereadores em dezembro de 2018, não pode ser votado em 3 meses, durante uma pandemia e no fim de um mandato. O novo prefeito precisa ter a oportunidade de discutir alternativas fundamentais para a gestão do município, tendo em vista que o Plano Diretor é a ferramenta central para o planejamento das cidades. MARÍLIA ARRAES Eu represento a única candidatura que desde o início do ano, mesmo antes da pandemia, começou a debater o Recife de verdade, unindo a sociedade, as comunidades e segmentos organizados. E dei a esse debate o nome de Recife Cidade Inteligente. Desde o início dessa conversa coletiva, que na pandemia se intensificou por meio de lives e entrevistas a rádios comunitárias, nosso maior propósito foi colocar as pessoas no centro das decisões, escutar o que os recifenses querem de verdade, não apenas no sentido da necessidade imediata, mas como podemos planejar o futuro. E de todo esse debate nasceu o nosso plano de governo, de longe o melhor entre todos os candidatos, e até um livro que tive a felicidade de apresentar neste período de campanha chamado “Recife – horizonte de desafios”. São dois documentos que estão disponíveis em plataformas virtuais, como as nossas redes sociais, que falam de como planejamos o futuro do Recife, colocando como eixo central o combate às desigualdades. Recife já teve grandes gestores e obras que entraram para a história da cidade, como a retirada das palafitas e a via mangue, que são obras que o PT legou à cidade com a contribuição decisiva do ex-presidente Lula. É preciso investir em obras que tenham continuidade ao longo do tempo, que não se restrinjam ao horizonte de um governo, e isso se faz olhando principalmente para a necessidade real das pessoas. É esse o Recife Cidade Inteligente que todos queremos e que vamos implementar a partir de 2021. CHARBEL MAROUN É tradição de prefeitos buscarem criar obras ou programas para darem uma marca a sua gestão e com isso se projetarem politicamente. Assim, referidos programas duram apenas o período do mandato. A nossa proposta é trabalhar com a estrutura existente e extinguir o que não deu certo. Como marca queremos mostrar uma gestão eficiente e não obras e monumentos. Recife precisa de planejamento de longo prazo para resolver problemas de estado que em uma ou duas gestões não seriam possíveis resolver como o trânsito, saneamento básico, melhorias da educação, melhoria da saúde, alagamentos, moradias em áreas de risco, vagas em creches, regularização fundiária urbana, dentre outras. Assim, nossas ações serão realizadas trabalhando três premissas, rapidez para início de implementação, com base em evidências e que sejam duradouras e não terminem com o mandato. Não vincularei programas a imagem da gestão, para evitar que prefeitos futuros abandonem o programa por ser bandeira de outro gestor. CORONEL FEITOSA É crucial haver um bom planejamento na gestão de uma cidade, pois é por meio dele que é possível enxergar as melhores opções para os setores de economia, saúde, educação, mobilidade, entre outros. Quatro anos é tempo suficiente para se executar boas ações e planejar futuras gestões. É fundamental

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Aos senhores Vereadores do Recife

Eu me chamo Maria Bacallá, tenho 16 anos e curso o 3° ano do Ensino Médio no Colégio Equipe (rede particular). Apresento-me para deixar claro o meu lugar de fala e venho, através deste documento, exercer a cidadania, levantando questionamentos e fomentando o debate. Como é de conhecimento geral, as eleições municipais se aproximam e esse momento traz as perguntas: “O que os jovens esperam para o Recife? Os jovens se mostram engajados? Ou apenas passam a votar quando atingem a maioridade, devido ao caráter obrigatório desse ato?”. Os dados divulgados pelo TSE apontam que o eleitorado situado na faixa etária 16-17 anos corresponde apenas a 0,7% do total dos votantes brasileiros, valor muito inferior quando comparado ao 1,61%, registrado em 2016. Poderia-se argumentar que tal redução se deve à pandemia do Novo Coronavírus. Apesar do provável impacto, esse decrescimento é uma tendência a qual é ilustrada pela imagem abaixo: Esse infográfico é o reflexo do distanciamento dos adolescentes em relação à política. Muitos sentem que Política é um conceito abstrato, não conhecem os vereadores da própria cidade e, até mesmo, ignoram a sua função. Esse fenômeno conduz à falta de engajamento e à alienação e, por conseguinte, à descrença e à inércia (isso pode ser comprovado pela queda de 44%, no período 2010-2018, no número de filiados a partidos políticos, na faixa de 16 a 24 anos, segundo o TSE). Sem participação ativa nos rumos da própria cidade, o afastamento da esfera macro (estado e União) também é agravado. Em relação à minha experiência, nesses três anos de Ensino Médio, não me recordo de ter discutido, em sala de aula ou com um colega, qualquer Projeto de Lei em pauta na Câmara dos Vereadores. Essa é a realidade de adolescentes que têm acesso a um ensino de altíssimo nível e que possuem as ferramentas para dispor de informações. Agora, mudemos o foco para alunos do Ensino Público, os quais costumam frequentar colégios de qualidade deficitária, nas periferias, e apresentam condições adversas de várias ordens. Poucos terão os instrumentos para compreender o significado do jogo político e a função que cada um desempenha nele. Assim, constata-se que a educação de qualidade (desde os anos iniciais) é fundamental, mas não é suficiente. Logo, aprendizagem precisa ser acompanhada pelo desenvolvimento do espírito crítico. Dessa forma, é essencial que o vínculo entre os vereadores e os jovens seja estreitado. Visitas escolares (das redes particular e pública) à Câmara Municipal deveriam ser mais frequentes. O Projeto “Visite a Câmara” (criado em 2009, pela Resolução 241), implantado na cidade de São Carlos, deu oportunidade a alunos de aprenderem o papel do Poder Legislativo na própria instituição citadina. Além disso, a mobilização de vereadores em visitar escolas (não só em momentos de campanha eleitoral), de forma a promover debates os quais contemplem suas propostas efetivas, reforça a conexão com o jovem, desperta o seu sentimento de agente ativo na vida política e auxilia na compreensão sobre as competências do vereador. Ademais, o interesse de jovens pelos rumos políticos da cidade passa pela ocupação dos espaços públicos. A conversa de vereadores com os recifenses, nas ruas, fica muito restrita ao período eleitoral. Inúmeras praças do Recife também permanecem continuamente desocupadas, sem a presença de atividades que desenvolvam a criticidade dos jovens. Projetos como o “História ao Ar Livre”, desenvolvido pelos professores Rodrigo Bione, Luiz Paulo Ferraz e Júlia Ribeiro, caminham na contramão dessa tendência ao promover encontros gratuitos em diferentes pontos da cidade. Sem auxílio econômico do Poder Público, tais reuniões já debateram tópicos a exemplo da “Revolução Pernambucana de 1817” e “Violência contra a mulher”. Além de ampliar o leque de conhecimentos históricos, o ouvinte se torna consciente de seus próprios direitos e nota que o seu voto e suas ações produzem impacto. Desse modo, é evidente a aproximação do cidadão da vida política, posto que ele percebe a necessidade de mobilização. O movimento de aproximação juvenil da conjuntura pública leva a outros benefícios: líderes comunitários surgem, elencando reivindicações de seu grupo e encaminhando a vereadores. Esses recebem mais cobranças, os serviços melhoram e os níveis de corrupção caem, devido à fiscalização direta da sociedade civil. Diante de tudo o que foi explanado, eu volto à pergunta “O que os jovens esperam para o Recife?”. Certamente, uma cidade mais inclusiva, com espaços públicos valorizados e educação pública de qualidade. Mas é, principalmente, o Recife que, na verdade, espera uma maior atuação dos jovens e isso não vai acontecer se ficarmos de braços cruzados. Espero que essa curta reflexão sirva para que os senhores também pensem em alternativas cujo objetivo seja estimular o engajamento político. *Maria Bacallá é estudante do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Equipe

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A preservação da história que precisamos

Desde a sua primeira edição, o projeto O Recife que Precisamos faz uma defesa da preservação dos marcos históricos e culturais da cidade, com um destaque para a necessidade de um olhar mais atencioso para o Centro. Sobre esse tema, perguntamos aos candidatos: “O centro do Recife guarda muito da história pernambucana, embora tenha muitos problemas de preservação. Quais as suas propostas para a preservação e exploração de todo o acervo histórico de cidade, em especial do Centro do Recife? DELEGADA PATRÍCIA Temos uma proposta de ocupação dos edifícios históricos do centro do Recife. Os térreos serão ocupados pelo comércio e os andares superiores por moradia. Para isso, vamos reduzir o IPTU nesses locais e incentivar que as pessoas voltem a morar no centro. Nossa proposta de segurança, o Blinda Recife, também vai atender a essa demanda. Com uma cidade mais iluminada e mais segura, as pessoas terão a possibilidade de ocupar novamente esses locais históricos. JOÃO CAMPOS Primeiro, é importante reforçar novamente a proposta do Projeto Antônio Vaz, que compreende uma gestão territorializada e integrada do centro da cidade: o Bairro do Recife e os bairros que compõem a Ilha de Antônio Vaz (São José, Santo Antônio, Joana Bezerra e Cabanga). O objetivo é dar uma atenção ao centro expandido da cidade com uma proteção por completo. Precisamos olhar essas localidades de forma integrada. Precisamos ter um cuidado específico de zeladoria urbana, de segurança e proteção do comércio. Vamos promover um escritório específico para poder focar no centro do Recife, de otimização para licenças e autorizações, contando também com a instituição de um conselho consultivo com órgãos como Ademi, Fecomércio, CDL, universidades, movimentos, associações e entidades com representação social. Assim, preservação e exploração da área serão feitas de forma adequada. Mas, além disso, vejo com muito otimismo a construção do Centro de Convenções de médio porte e do hotel-marina no Bairro do Recife, que vão impulsionar o turismo da região e reforçar a realização de eventos culturais dos mais diversos. MENDONÇA FILHO A cidade do Recife possui um conjunto arquitetônico, urbano e paisagístico que diz muito sobre a memória não apenas do nosso estado, mas também da formação da sociedade brasileira. E a prefeitura tem um papel fundamental na preservação desse patrimônio. Infelizmente, o que temos visto é a negligência da gestão do PSB com a nossa cultura. O Teatro do Parque é o mais representativo exemplo desse abandono. Fechado em 2010, completou 100 anos (em 2015) sem festa e sem público, pois está a mais de 10 anos fechado. Em nossa gestão trabalharemos em estreita parceria com o IPHAN para preservação do patrimônio cultural de nossa cidade. Iremos promover a reestruturação dos mercados públicos e seus entornos, para que o cidadão veja esses espaços como impulsionadores da economia local e elementos da identidade cultural. Para o centro do Recife, vamos realizar uma radical estruturação, promovendo a geração de emprego, habitação em prédios abandonados e trazendo entes públicos para ocuparem o centro. Já estabeleci conversas com o IFPE para a vinda de todos os estudantes dos cursos superiores da instituição. Isso dará um novo ânimo ao bairro, garantindo maior circulação, e impulsionando a economia local. MARÍLIA ARRAES A retomada econômica do Recife passa diretamente pela revitalização e reurbanização do Centro da Cidade. E isso também significa retomar o valor histórico, turístico e comercial que o nosso centro da cidade possui. Tenho conversado muito com entidades e segmentos que atuam no centro, como o CDL e o Porto Digital. E sempre digo a estes atores, que estão interessados na recuperação do centro, que não podemos abrir mão também do investimento em habitação. Precisamos levar as pessoas para morar no centro. São vários prédios abandonados que têm o valor venal abaixo do valor de débito da Prefeitura. Podemos fazer uma parceria com a construção civil, por exemplo. Também podemos fornecer incentivos fiscais para que o comércio volte a ter o protagonismo no centro, além de fazer convênios para que trabalhadores que já são da região possam morar nessas habitações. Assim também diminuiremos o problema do trânsito na cidade. Esse é um processo que só irá acontecer com uma parceria entre a Prefeitura e parceiros que também queiram mudar a cara da nossa cidade. A CDL, o Porto Digital e setores da construção civil, por exemplo, pensam o Centro como a gente pensa. CHARBEL MAROUN Para valorizar o centro do Recife, necessitamos trazer as pessoas novamente para morar na região. Pessoas de todas as classes sociais. E para isso, precisamos permitir que empreiteiras e construtoras possam reformar e construir moradias, retirando todas as normas que inviabilizam. Assim, já começaremos a tornar novamente atrativos os imóveis da região. Através de um compromisso firmado com o Porto Digital permitiremos que investidores revitalizem ruas e calçadas do centro e do Recife Antigo, sendo remunerados com a Contribuição de Melhoria a ser criada. Sem burocracia os imóveis abandonados terão atratividade comercial o que possibilitará a venda, reforma, construção e manutenção pela iniciativa privada. CORONEL FEITOSA Eu tenho um projeto de habitação no centro do Recife para recuperar os prédios antigos e levar as pessoas para morarem nesses prédios. Mas para que as pessoas sejam incentivadas de ir para o centro, vamos levar, inicialmente, como exemplo, empresas e órgãos públicos para o Centro do Recife. Irei transformar o centro do Recife em um referencial turístico, com segurança 24h. Também haverá saneamento e embutimento da fiação; fomento do comércio e de eventos que valorizem a cultura e os artistas locais. Quero transformar os espaços abandonados em espaços gastronômicos, comerciais, turísticos e culturais a exemplos de bares, restaurantes, museus, cinema, livrarias, lojas, etc.

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Finalizadas obras no Sobrado do Imperador de Igarassu

Do Iphan Traçado urbano irregular, casarões centenários e a primeira igreja construída no Brasil. Estes são apenas alguns dos atrativos do município de Igarassu, onde está localizado o imóvel conhecido como Sobrado do Imperador, parte da memória da cidade. A fim de preservar este legado do Centro Histórico igarassuano, a edificação acaba de passar por obras de conservação e manutenção. As intervenções receberam aproximadamente R$ 180 mil em investimentos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo. Iniciadas em janeiro de 2020, e após um período de suspensão em virtude da atual pandemia, as obras foram encerradas em outubro deste ano. As intervenções visam a conservação continuada do prédio, que passou por obras completas de restauração em 2009. O escopo dos trabalhos que acabam de ser finalizados contemplou limpeza e reparos no telhado e na cantaria; pintura de paredes; retificações e conservação em assoalho de madeira; conserto e pintura de esquadrias; imunização contra cupins, entre outros serviços. Destaca-se também a construção de um anexo com dois banheiros na parte externa junto ao Sobrado, que segue as normas de acessibilidade. Esta melhoria busca atender aos visitantes, pois havia apenas um sanitário na construção, no andar superior. Desde 2010 o prédio abriga o Escritório Técnico do Iphan em Igarassu, bem como a Casa do Patrimônio, espaço onde são promovidas diversas ações culturais e educativas. Com regularidade, oficinas, palestras e exposições movimentam o casarão: o trabalho continuado tem contribuído para aprofundar o conhecimento do público sobre Patrimônio Cultural, assim como estimula vínculos com o próprio sobrado, cenário de experiências marcantes para os frequentadores. O Sobrado do Imperador Construído entre os séculos XVII e XVIII, o bem consiste em um dos mais notáveis imóveis do Centro Histórico da cidade. O sobrado foi erguido com recursos advindos do imposto da carne no então povoado de Igarassu. Os primeiros usos foram diversificados, mas convergiram em abrigar instituições do poder oficial, como casa de aposentadoria, cadeia e Câmara. Em 1972, o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico de Igarassu foi inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Instituto. No século XIX, a edificação passou por transformações intensas. Acrescentou-se ao prédio uma ornamentação de referência neoclássica, vertente estilística que chega ao Brasil por influência da Missão Francesa em 1816 e permanece dominante ao longo daquele século. Mesmo com as alterações, foi mantida a essência da arquitetura seiscentista. Tais traços se mostram nos espaços permeados por jogos de cheios-e-vazios e pela conformação dos elementos em cantaria, que consiste em blocos de rocha bruta talhados de forma a constituir sólidos geométricos. O nome Sobrado do Imperador remete à visita de Dom Pedro II, que esteve no prédio em cinco de dezembro de 1859, quando realizava uma viagem pela região Nordeste. O evento ajudou a consolidar histórias de que a edificação foi construída no século XIX, o que não é historicamente acurado. Naquele ano o imóvel apenas foi preparado para recepcionar o monarca. A história de Igarassu Igarassu é considerada por alguns estudiosos como o primeiro núcleo de povoamento do País. Mais consensual é o título de segunda vila a ser criada no Brasil, após São Vicente, no atual estado de São Paulo. A cidade foi fundada em 27 de setembro de 1535, após a vitória dos portugueses sobre os índios Caetés. Na ocasião, o Capitão Afonso Gonçalves mandou erigir no local uma capela consagrada aos Santos Cosme e Damião, hoje a mais antiga existente no Brasil. Começa a surgir no alto da colina um modelo de implantação que materializava o poder administrativo e religioso colonial português. O estabelecimento de uma praça e de um largo delimitado por igreja, câmara, cadeia e demais prédios de propriedades e funções proeminentes consistia na estrutura inicial de povoamento, que se repetiria em Olinda e em outras cidades brasileiras. Há duas explicações para a origem do nome, ambas de tradição indígena. Segundo a primeira, teria como fonte os termos do tupi Igara e Assu, que significam, respectivamente, “canoa” e “grande”. Os historiadores acreditam que a designação teria vindo da exclamação de surpresa dos índios ao avistarem as imensas caravelas portuguesas. A outra possibilidade é de que remeta a três palavras indígenas: Ig = água ou rio; Guara = ave aquática; e Açu = grande. Desta forma, Igarassu significaria Rio dos Grandes Pássaros, também em alusão às embarcações que despontavam na costa durante os primeiros anos da colonização.

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A importância da consciência cidadã para os eleitores

*Por Luisa Albuquerque As eleições municipais de Recife, nesse ano de 2020, ocorrerão no próximo dia 15 de novembro e, nesse período pré-eleitoral, diversos cidadãos começam a refletir sobre o que eles desejam para as próximas gestões da sua cidade. É possível, em uma análise inicial, inferir que um desejo em comum de toda a população da metrópole pernambucana é a implementação de políticas que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos recifenses. Isso é melhor elucidado ao se perceber que problemas como a falta de mobilidade urbana, a precariedade da saúde pública e a degradação do meio ambiente não são temas contemporâneos, isto é, são problemas arcaicos que reverberam até os dias atuais. Entretanto, as pessoas não podem perder a esperança de equacioná-los. Em uma visão secundária, é cabível mencionar que também se espera para o Recife a resolução de problemas como a mendicância, que assola a metrópole há muito tempo. Podemos citar como exemplo dessa questão preocupante as palafitas próximas à Via Mangue, localizada na Zona Sul de Recife. Esse fato não é algo recente na história da cidade, uma vez que João Cabral de Melo Neto, poeta recifense, escreveu, em 1955, o livro "Morte e Vida Severina", obra que retrata as condições miseráveis de um retirante nordestino que, em certa parte do livro, acaba tendo que morar em palafitas as quais, infelizmente, permanecem na paisagem da cidade até a contemporaneidade. Além disso, é imprescindível ressaltar que um dos principais desejos dos cidadãos para as próximas gestões da cidade do Recife é a melhoria dos problemas de violência urbana. Segundo a ONG mexicana Segurança, Justiça e Paz, Recife ocupa a 22ª posição no ranking de cidades mais violentas do mundo, dado esse que contrasta com o pensamento do sociólogo Zygmunt Bauman quando, em seu livro “Confiança e Medo”, disse que as cidades surgiram, muitas vezes, como local de segurança e proteção. Entretanto, na conjuntura atual, é muito comum o sentimento de medo nas cidades, por conta da falta de segurança pública. É inconcebível falar dos planos dos recifenses sem citar a melhoria do sistema educacional na metrópole pernambucana. A educação exerce um papel de extrema importância na sociedade, inclusive, o de prevenir diversos problemas citados acima, como a degradação do meio ambiente ou o problema de segurança pública, uma vez que a falta de instrução deixa o indivíduo em situação de vulnerabilidade social, por isso se pode falar do poder transformador da educação. É possível, a partir de diálogos multidisciplinares, principalmente nas instituições de ensino, debater sobre o absurdo que é a violência no cotidiano urbano. Além disso, almeja-se, para a cidade do Recife, que tanto os administrados como os poderes constituídos, incluindo o Legislativo e o Executivo, reconheçam a importância das instituições escolares, na medida em que formam alunos cientes do seu papel na sociedade, desejando instituições de ensino que discutam assuntos que vão além dos muros da escola e que, como consequência disso, promovam vínculos da educação com a cidadania e a democracia. Chegou a hora de os cidadãos recifenses exercerem o direito democrático que lhes foi garantido na Constituição de 1988, contribuindo, com o voto consciente, para mudar o cenário atual de violação cotidiana dos direitos e garantias individuais e coletivos. Eis o caminho para que se tenha, de fato, a concretização da sociedade idealizada pela Constituição. *Luisa Albuquerque é estudante do 3º Ano do Ensino Médio do Colégio Equipe

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Parecer técnico aponta inaptidão para construção de empreendimento no Poço da Panela

Da Fundação Joaquim Nabuco A construção de 21 mil metros quadrados de uma unidade da rede Atacado dos Presentes no número 2069 da avenida 17 de Agosto, Poço da Panela, na Zona Norte do Recife, impactará negativamente o entorno. Na Capital pernambucana, qualquer edificação não-habitacional a partir de 15 mil m² é considerada de impacto. Na área em questão, protegida pela Lei dos 12 Bairros, o parâmetro cai para 5 mil m². Ou seja, quatro vezes a área apontada por lei. Fato que consta no Estudo de Impacto Urbano Simplificado solicitado pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). A análise teve à frente o reconhecido arquiteto e urbanista Milton Botler. Responsável por encabeçar ações para frear a construção, a Fundaj questiona as inconsistências no projeto e a falta de conformidade com as legislações relacionadas. “Fica claro, no parecer, que o empreendimento não se preocupa com o ambiente do entorno, especialmente urbanístico, histórico e ambiental. Não há estudo de empreendimento de impacto e estudo de impacto de vizinhança, na forma devida, além de insuficientes abordagens ao tema”, aponta o presidente da Fundaj, Antônio Campos, que critica o fato da instituição federal, vizinha ao local, não ter sido convidada para discutir o projeto e seus efeitos na área. O terreno em questão está circunvizinho à zona histórica que compreende o Poço da Panela e ao campus sede Fundaj, em Casa Forte, onde está localizado o Solar Francisco Ribeiro Guimarães, declarado Imóvel Especial de Preservação. Por isso, o imóvel deve atender às exigências legais e uma Orientação Prévia para Empreendimento de Impacto (Opei), do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, em que se considere o patrimônio natural e cultural. O diálogo com equipamentos urbanos e comunitários presentes no entorno — e com os próprios moradores — também está previsto. Determinações não atendidas e comprovadas no estudo solicitado pela Fundaj. O campus Casa Forte, onde a Fundaj está projetando o Complexo Cultural Gilberto Freyre, também está com três edificações em processo de tombamento estadual e federal em andamento — além do Solar Francisco Ribeiro e seus anexos, os edifícios Gil Maranhão, onde funciona o Museu do Homem do Nordeste, e o Paulo Guerra, onde fica a Editora Massagana, a Sala Calouste Gulbenkian e o setor administrativo da Fundação. "É uma das áreas mais importantes no sentido histórico-cultural da cidade, de ocupação secular, que foi sede de vários engenhos. A Lei dos 12 Bairros determinou uma maior preocupação dos empreendedores com o espaço público e a paisagem urbana”, esclarece o urbanista Vitor Araripe, que integra o estudo dirigido por Botler. O parecer de mais de 100 páginas foi encaminhado à Prefeitura do Recife, Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Ministério Público e Organização dos Advogados do Brasil (OAB). Paralelamente, outro parecer sobre o impacto viário — exigido pela Opei — foi encomendado, diante da insuficiência do apresentado pela empresa. “Se trata de um grande empreendimento, que, por isso, tem o dever de considerar seu efeito. Lutamos por uma cidade mais inclusiva e que respeite o seu patrimônio histórico, urbanístico e natural”, defende Antônio Campos. Problema antigo O terreno onde o Atacado dos Presentes pretende construir uma de suas unidades já foi alvo de ações na justiça e tem réus com uma multa de R$ 1,578 milhão em aberto, a ser revertida ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD). No local, funcionou a clínica psiquiátrica Casa de Saúde São José. O imóvel foi adquirido pelo Carrefour em meio ao processo de classificação como Imóvel Especial de Preservação (IEP), a pedido da Secretaria de Cultura do Recife. Em 2009, no entanto, ele foi derrubado de forma irregular, de acordo com o então juiz da 21ª Vara da Justiça Federal, Francisco de Barros e Silva. Desta vez, o novo imbróglio implica outra rede varejista. Segundo aponta a linha do tempo levantada pelo Estudo de Impacto Urbano Simplificado, a partir da análise dos documentos disponíveis no portal de licenciamentos da Prefeitura do Recife, o projeto arquitetônico foi apresentado em agosto de 2019. Em maio deste ano, a Secretaria Executiva de Licenciamento e Controle Ambiental concedeu uma Licença Prévia, revogada em menos de dois meses, no dia 13 de julho. Após a Fundação Joaquim Nabuco pedir a suspensão da construção. Ainda de acordo com o parecer, segue em aberto diversos elementos, como estudos de circulação, volume de tráfego e a conversa com o entorno.

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Janelas Casacor em exposição até dezembro em Pernambuco

Enquanto a Casacor 2020 foi adiada devido à pandemia, o projeto “Janelas”, que tem o objetivo de refletir sobre a casa a partir do pós pandemia, já chegou à Pernambuco. No Brasil 12 cidades estão envolvidas na ação que começou na última sexta-feira (6) e segue até o dia 20 de dezembro. Entre as novidades deste ano estão as instalações em Brasília Teimosa e na Comunidade de Entra Apulso. O Shopping Recife concentra a maior parte dos ambientes. Com a CASACOR adiada em função do momento atual, o conceito da edição “Janelas” é propor experiências físicas e digitais, batizada de “figital”, para expor as reflexões do nosso tempo e para o futuro. Além de contemplar os ambientes através das vitrines, gratuitamente, as pessoas poderão usar QR Code para fazer tour virtual e ainda acompanhar a produção de vários conteúdos, através das redes sociais. Serão gerados vídeos com narrativas dos arquitetos sobre seus espaços e direcionamento dos visitantes ao Marketplace dos patrocinadores e fornecedores envolvidos. Os 13 Ambientes “Janelas CASACOR” serão instalados em contêineres com fachadas de vidro, que vão poder ser contemplados em vários pontos estratégicos e de grande visibilidade do Recife. No total, serão sete unidades com 15 metros quadrados e outras seis unidades com 30 metros quadrados de área. “O mais gratificante é que, em um ano cheio de dificuldades, o Janelas CASACOR de Pernambuco será recheado de belas novidades e está sendo planejado para interagir de forma harmônica com a cidade e sua paisagem”, explicam Isabela Coutinho e Carla Cavalcanti. O projeto “Janelas”, idealizado pela CASACOR Brasil, ganhou adesão e apoio logístico da Prefeitura do Recife, que autorizou a instalação dos contâiners em áreas estratégicas da cidade. Todo o planejamento e viabilidade do projeto foram acompanhados de perto pelo secretário Túllio Ponzi, de Inovação Urbana. “Não poderíamos deixar de apoiar um projeto que está totalmente alinhado com as normas de biossegurança e, ao mesmo tempo, oferece experiências diversas tanto para os recifenses, quanto para os turistas que passarão pela nossa cidade nesse período”. O Shopping Recife será o local com maior concentração de ambientes. Cinco espaços estarão estrategicamente visíveis no primeiro piso do mall, além de espaço para exposição de objetos e utilitários de arte e design dos artesãos, apoiados pelo SEBRAE, por Michele Gil Rodrigues. “Estamos sempre em busca de novidades para os nossos clientes. Mais uma parceria com a CASACOR, que promete fazer sucesso aqui no Shopping, com grandes oportunidades e ideias de decoração neste novo momento”, adianta Renata Cavalcanti, gerente de Marketing. Ainda no centro de compras, uma caixa de vidro projetada pela arquiteta Marylia Nogueira para a Deca, um dos patrocinadores nacionais da exposição. Na área social C (próximo do acesso aos cinemas) mais dois espaços, sendo um assinado por Dubeux e Vasconcelos para o Minha Casa Financiada, e outro da UNINASSAU, com projeto de estudantes e seus orientadores do curso de Arquitetura. Completando o conjunto de vitrines do Shopping Recife, na área externa da 5ª, estará o ambiente da Moura Dubeux, com ambientação de Zirpoli Arquitetura. Circuito social e navegabilidade Os outros contâiners estarão em pontos de grande visibilidade no Recife. No Parque Dona Lindu, a proposta das Arquitetas PE trás a moradia pós COVID. No 2º Jardim de Boa Viagem, dois ambientes: André Carício será o arquiteto do espaço da Haut Incorporadora, e Ju Nejaim. Márcia Nejaim e Suzana Azevedo prometem um belo projeto para o ambiente da Vivix Vidros Planos, no Marco Zero. We Arquitetos é o escritório da vitrine da Rua da Aurora. Na Jaqueira, Romero Duarte Arquitetos. Um dos destaques é a alternativa dos visitantes fazerem um circuito fluvial, por alguns ambientes. Através da navegabilidade, é possível acessar pontos de para próximos a algumas vitrines, às Margens do Capibaribe. “Teremos barcos credenciados, com todos os equipamentos de segurança, para fazer o circuito fluvial CASACOR, com paradas em todos os conteiners acessíveis através do Rio”, explica Isabela. Outro destaque do Janelas CASACOR, são dois ambientes com função social e propostas de moradias de baixo custo, com soluções criativas, funcionais e estéticas. Em ambos os casos, os espaços serão doados para as comunidades. Um desses espaços ficará em Brasília Teimosa, com projeto de Josemar Costa e André Azevedo, para as Tintas Coral. O projeto de Luiza Nogueira também será implantado no Entra Apulso, em uma parceria com o Instituto Shopping Recife. “Poder proporcionar essa experiência aos moradores de Entra Apulso é motivo de muita alegria. Uma novidade que também estará no Shopping Recife e seu entorno, democratizando o acesso à arquitetura para todos os públicos”, celebra Ione Costa, presidente do instituto. Uma das novidades desta edição é que a mostra ganha destaque regional, com um dos ambientes no Agreste, mais precisamente no Difusora Shopping, com espaço da Copergás, assinado pelo escritório PMZ Arquitetura. “Este é o primeiro passo rumo à interiorização da CASACOR em Pernambuco. A nossa ideia é expandir e contemplar outras cidades do estado já a partir do próximo ano”, finaliza Carla. VIVIX O Marco Zero do Recife, principal cartão postal da capital pernambucana, abraça o sofisticado Studio VIVIX da Vivix Vidros Planos, empresa patrocinadora da edição especial “Janelas CASACOR”, . O ambiente da Vivix, que é um Studio completo, tem assinatura do escritório Nejaim Azevedo Arquitetos Associados das arquitetas Marcia Nejaim e Suzana Azevedo. Às margens do Rio Capibaribe e com vista privilegiada para o Parque das Esculturas Francisco Brennand, o Studio VIVIX promete chamar a atenção de turistas e recifenses. A vitrine do espaço foi construída com os vidros laminados da linha VIVIX Lamina e poderá ser contemplada tanto em terra firme, para quem estiver circulando pelo Marco Zero, como também em passeios de barcos credenciados pela mostra, que farão o circuito fluvial CASACOR passando por ambientes próximos ao rio. Além disso, o público também poderá ter acesso ao espaço da Vivix em visita virtual guiada pelas autoras do projeto, no site oficial da CASACOR. SERVIÇO: JANELAS CASACOR 6 DE NOVEMBRO A 20 DE DEZEMBRO 13 AMBIENTES - Shopping Recife (Seis ambientes) Dubeux Vasconcelos Arquitetura –

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Lançamento do livro “Parque Capibaribe: A Reinvenção do Recife Cidade Parque”

Da Prefeitura do Recife Um projeto para o futuro é feito com as ideias, o esforço e a vontade de muitas pessoas. Ele é concebido, nasce, se desenvolve e nunca para de evoluir. O Parque Capibaribe é um desses projetos para o futuro. Um projeto para um Recife mais sustentável, mais integrado com o meio ambiente, trazendo as pessoas para o centro desta vivência. Iniciado em 2013 em um convênio da Prefeitura do Recife com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através do INCITI - Pesquisa e Inovação para as Cidades, sob gestão atual da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, e com previsão de conclusão para 2037, data comemorativa dos 500 anos do Recife, o Parque Capibaribe ganha agora seu primeiro registro em formato livro: “Parque Capibaribe: A Reinvenção do Recife Cidade Parque”. A publicação foi lançada ontem, na Prefeitura do Recife. O prefeito Geraldo Julio fez o lançamento em uma reunião online com representantes da sociedade civil e atores públicos ligados ao projeto tais como o Reitor da UFPE Alfredo Gomes; os coordenadores do projeto Roberto Montezuma, Circe Monteiro e Luiz Vieira e o arquiteto, coordenador da reunião e representante da sociedade civil pelo Observatório do Recife, Francisco Cunha. O novo olhar sobre a cidade e sua relação com o rio já rendeu resultados concretos para a cidade em espaços públicos como o Jardim do Baobá, pedra fundamental do Parque Capibaribe, nas Graças e da Praça Otávio de Freitas, no Derby, remodelada com base nas diretrizes do projeto. “Hoje é um dia histórico, a gente está muito feliz, eu sei que é um dia de emoção para todos que estão participando dessa reunião por tanto trabalho, dedicação e suor. Foi muito importante mexer com as pessoas no ambiente físico, nas reuniões e oficinas, nos espaços de participação da população, dentro da Universidade, os movimentos que aconteceram nos bairros, as caminhadas conduzidas por Chico com a participação de todos nós, tudo isso mexeu muito com a cidade e muito com cada um. E esse é o ponto principal desse projeto, ele marca não só pelo produto, mas pela forma, a forma como chegamos até aqui” comentou o prefeito Geraldo Julio durante a reunião. “A gente está vivendo o momento mais crítico da vida urbana do Planeta, com a pandemia piorou, então tudo o que puder ser feito para a melhorar a vida nas cidades e para transformar as cidades em cidades mais humanas vão ter grande mérito. Precisamos dessa transformação para morar na cidade que queremos para os nossos filhos, nossa família e para os cidadãos”, complementou ele. Já o reitor da UFPE Alfredo Gomes comentou sobre a importância da perspectiva de integração do projeto. “É uma alegria estar com a Prefeitura nesta parceria e estamos à disposição para dar continuidade a esta parceria. Entregamos com muita alegria esse livro. Quero fazer o reconhecimento a todos, tivemos mais de 300 pesquisidores envolvidos nessa ação. Muita pesquisa e cruzamento de dados. O trabalho dá uma grande esperança de que os rios promovam a integração e a união da cidade, e não de divisão da cidade. Parabenizo aos envolvidos nessa ação tão importante, em especialmente aos coordenadores. Que possamos construir uma cidade cada vez mais justa, igualitária e inclusiva”, disse ele. Representando a sociedade civil organizada, Francisco Cunha afirmou que o lançamento do livro é um marco histórico do “mais importante plano urbanístico da história do Recife. “Terminamos descobrindo por essa extraordinária pesquisa realizada que o rio, que corta a cidade, é o meio de realizar a conexão da cidade, uma forma de sutura. Queria homenagear a todos que estão participando e dizer que para mim este é o maior estudo e o mais importante plano urbanístico feito no Recife. Esta é uma iniciativa de reinvenção da cidade. Esse trabalho chegou onde chegou porque o prefeito Geraldo Julio, pessoalmente, foi patrocinador desse projeto.” A Reinvenção do Recife Cidade Parque narra a origem e as diretrizes que construíram o projeto Parque Capibaribe. Fala sobre essa visão de futuro que carrega em si os elementos necessários para a promoção de um reencontro com o Capibaribe e a reestruturação da cidade ao redor deste rio nas próximas duas décadas. Um projeto de uma cidade mais verde, que favorecerá a conexão com a natureza através da gradativa recuperação das águas e matas ciliares e na criação de espaços abertos, coletivos, inclusivos. Uma iniciativa que abraça processos sustentáveis para o enfrentamento dos desafios de um planeta em transformação, com efeitos tanto climáticos quanto econômicos. “Foi um trabalho histórico de mais de 300 pesquisadores durante oito anos para entregar uma visão de futuro. Um projeto inovador, inclusivo, que tem o objetivo de transformar Recife em uma cidade mais saudável, pacífica e próspera. O Parque Capibaribe é uma tentativa de redescobrir a alma de vanguarda do Recife nestas águas do rio”, explicou o urbanista Roberto Montezuma, coordenador do INCITI. Também à frente da coordenação do Parque Capibaribe, Circe Monteiro avaliou que o livro é um dos produtos do projeto Parque Capibaribe com produção de conhecimento transversal, envolvendo áreas como economia, sociologia, engenharia, comunicação, design. “Esse projeto foi uma experiência extremamente inovadora e quebrou vários paradigmas na forma de se pensar a cidade”, comentou ela. E Luiz Vieira, mais um coordenador do Parque Capibaribe, fez a apresentação do conteúdo do livro: “é uma grande honra apresentar esse livro, o resultado do projeto Parque Capibaribe”. Em mais de 300 páginas com textos e amplo material fotográfico, pesquisadores do INCITI, atores públicos e profissionais que trabalharam no processo de criação do projeto fazem um grande ensaio, registro e diagnóstico dos primeiros anos desta ação duradoura para o Recife. Desde a concepção até as ativações de novos espaços da cidade, como no caso do Jardim do Baobá, nas Graças, e da Praça Otávio de Freitas, no Derby. Mas o livro não deixa de fora as ações pontuais, como as reuniões e atividades que fortaleceram ao longo dos anos a identidade do projeto junto aos recifenses. Além disso tudo, “Parque

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PCR indica Colégio da Sagrada Família para classificação como Imóvel Especial de Preservação

Da Prefeitura do Recife Diante da notícia de fechamento do Colégio da Sagrada Família, localizado na Praça de Casa Forte, o prefeito Geraldo Julio, por meio da Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural (DPPC)/Secretaria de Planejamento Urbano e da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, com o intuito de salvaguardar o patrimônio educacional do Recife, decidiu indicar o conjunto arquitetônico do colégio como Imóvel Especial de Preservação (IEP), de acordo com a lei Municipal de n° 16.284/97. O colégio encerrará as atividades de ensino em 2021. A iniciativa está alinhada com o processo já iniciado pela Prefeitura do Recife com a criação do Plano de Ordenamento Territorial, no qual a DPPC propôs uma atualização conceitual das Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural (ZEPH), que foram renomeadas para Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Cultural (ZEPP), possibilitando uma abrangência maior do rico acervo patrimonial da cidade. As propostas, inseridas no âmbito da atualização da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS), incluem também a ampliação de polígonos de ZEPH existentes e a criação de novas Zonas em vários bairros da cidade, incluindo o bairro de Casa Forte. No entanto, essas iniciativas, que contemplarão não só imóveis isolados, mas sim áreas urbanas, dependem da aprovação do Plano Diretor, que se encontra há dois anos aguardando votação na Câmara Municipal do Recife. Conforme a Lei, para realizar a classificação do imóvel como IEP é necessária a elaboração de um parecer técnico da DPPC para avaliar se ele preenche os requisitos exigidos. Depois de elaborado, o parecer é submetido ao Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) que vota pela sua inclusão, ou não, no rol de IEPs por meio de Decreto Municipal. A análise do parecer sobre o imóvel do Colégio da Sagrada Família pelo CDU está prevista para acontecer na próxima reunião do Conselho, que deve acontecer no fim do mês de novembro. A Prefeitura do Recife informa que, desde 2013, classificou 107 imóveis como Imóveis Especiais de Preservação. Em 1997, quando foi promulgada a Lei Municipal 16.284, foram classificados 154 imóveis como IEPs. Até o início da atual gestão, apenas mais 2 imóveis foram classificados como Especiais de Preservação pelo município. Histórico - O Colégio da Sagrada Família faz parte de uma congregação francesa fundada por Santa Emília de Rodat e se instalou no local atual, terras do antigo Engenho Casa Forte, desde 1907. O imóvel, composto por convento, colégio e capela, encontra-se preservado e está localizado ao fundo da Praça de Casa-Forte, recentemente tombada pelo IPHAN, como obra do Paisagista Burle Marx (1936), formando junto com a Igreja de Casa Forte um importante conjunto arquitetônico da Zona Norte do Recife.

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