Arquivos Urbanismo - Página 77 De 99 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Urbanismo

Boa Viagem vira exposição de fotos de Bruno Recifense

O olhar apaixonado do fotografo Bruno Recifense por Boa Viagem vira exposição no Shopping Recife, entre hoje (27) e o dia 2 de junho, no piso L1, próximo ao restaurante Tio Armênio. Ao todo, 12 fotos, de 60×80 cm, integram a mostra que retrata os antagonismos do bairro que é cartão postal de Pernambuco. As imagens foram registradas de diversos ângulos, das coberturas dos arranha céus, da praia, praças, entre outros símbolos desse tradicional bairro da capital pernambucana. A iniciativa da exposição é do movimento Amigos de Boa Viagem, liderado pelo empresário Paulo Muniz, que se reúne para promover ações e proposições para melhorar a qualidade de vida e preservação do bairro. “A ideia da mostra é chamar atenção para a beleza de Boa Viagem que deve ser cuidada e mantida. As fotos de Bruno Recifense inspiram e motivam uma luta por um bairro melhor”, pontua Paulo que convidou a produtora cultural e empresária Juliana Lins para juntos assinarem a curadoria e produção da exposição. “Juliana tem um olhar diferenciado para arte que foi imprescindível para a montagem desta mostra”, finaliza Paulo. As imagens estarão disponíveis à venda e parte do valor será destinado ao Instituto Shopping Recife para apoio em projetos sociais.

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Projeto de reciclagem de óleo de cozinha é destaque em encontro no México

Estudantes e professores da Escola Santa Maria, de Timbaúba, participaram esta semana do “II Encontro Latino Americano de Grupos de Semeadores e Líderes de Investigação”, que aconteceu na cidade de Puebla, no México, com tema “Construção de Formadores de Paz em Ciência, Tecnologia e Inovação”. O trabalho apresentado foi realizado pelos alunos da Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida – COM VIDA e tem como título “Óleo de cozinha, veneno para os rios”. Um dos objetivos da inciativa é desenvolver ações sócios ambientais com a comunidade escolar e a sociedade local para o reaproveitamento do óleo de cozinha. No caso de Timbaúba, esse resídio pode contaminar o Rio Capibaribe Mirim, que corta a cidade. “Estamos expandindo nosso projeto para o mundo. Está sendo uma experiência muito prazerosa”, disse a estudante Maria Luiza. Para a estudante Suellen Lucena foi uma grande alegria perceber que muitos outros jovens estão preocupados com a questão da preservação do meio ambiente. “Além de apresentar nosso trabalho, adquirimos muitos conhecimentos novos”, completou. A Escola Santa Maria é parceira do programa Mundo Limpo Vida Melhor, desenvolvido pela ASA Indústria, que já reciclou mais de 7,8 milhões de litros de óleo de cozinha, ajudando a preservar cerca de 156 bilhões de litros de água, pois um litro de óleo pode contaminar até 20 mil litros de água. O óleo reciclado é utilizado na fabricação do sabão em barra Bem-Te-Vi. “Além de fabricar produtos de qualidade, a ASA Indústria desenvolve várias ações de preservação ambiental através do Mundo Limpo. Temos responsabilidade com os consumidores e com o meio ambiente”, pontou Wagner Mendes, diretor de Marketing e Trade da ASA.

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Governo do Estado anuncia investimento de R$ 505 milhões para recuperação de estradas

O governador Paulo Câmara lançou ontem o Programa de Reestruturação de Malha Viária “Caminhos de Pernambuco”. O investimento total será de R$ 505 milhões até 2022 para a recuperação de dois mil quilômetros de rodovias, o que representa 40% do Estado. “Em um momento como este, em que o Brasil ainda vai demorar muito para dar uma sustentabilidade ao seu crescimento, a situação faz com que seja preciso redobrar a atenção em áreas tão essenciais. Os recursos são poucos, mas precisam ser bem gastos. Vamos priorizar esse investimento nos próximos quatro anos, dando um foco muito forte já no primeiro”, informou o governador Paulo Câmara. “São alcances necessários dentro de um olhar emergencial. Por isso, estamos priorizando neste primeiro ano o que está mais urgente, mas não vamos deixar de olhar tudo o que precisa ser feito nos próximos anos”, acrescentou. O Programa busca otimizar a gestão do pavimento, priorizando ações de manutenção corretiva e preventiva voltadas para a garantia da trafegabilidade nas estradas, além de maior durabilidade do pavimento. O foco está nos serviços de capinação, desobstrução dos dispositivos de drenagem, requalificação asfáltica, além de sinalização vertical e horizontal. Ao longo de dois meses, cerca de 50 profissionais percorreram todos os 5.554,5 km das estradas pavimentadas do Estado para fazer o diagnóstico a partir do levantamento das necessidades de cada rodovia. (Com informações do Blog do Governo de Pernambuco)

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Estudo aponta que nível do mar poderá aumentar mais de dois metros

Cientistas afirmam que o nível do mar está subindo mais depressa do que o previsto. A causa: o degelo das geleiras na Antártida e Groenlândia. Um estudo, que previu que o mar subiria menos de um metro até ao ano de 2100, está sendo contestado porque cientistas acreditam que esse total poderá duplicar. O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), produzido em 2013, previa que o nível do mar subiria no máximo de um metro até ao ano de 2100. Sem uma significativa redução das emissões do gás de efeito de estufa, as águas poderiam subir entre 52 e 98 centímetros. Contudo, um novo estudo, mais abrangente, prevê que o nível do mar poderá aumentar mais de dois metros, se as emissões continuarem na sua trajetória, e se as temperaturas subirem até 5 graus Celsius. A hipótese, no entanto, é extrema, e a probabilidade de as temperaturas subirem 5 graus é de 5%. Cientistas alertam, porém, para o fato de que 5% é ainda um percentual considerável e que corresponde a um elevado risco. (Da Agência Brasil)

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Prefeitura do Recife implanta quatro novas rotas cicláveis na cidade

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) e da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), realizará, até julho, a implantação de quatro novas rotas cicloviárias na cidade. Batizadas de João Medeiros, Visconde de Jequitinhonha, Várzea e Maurício de Nassau, elas vão ter, no total, 12 km extensão. As novas rotas estão em consonância com o Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife (PDC/RMR) e farão conexão com a malha cicloviária já existente, beneficiando as zonas Sul e Oeste da cidade. Com isso, Recife passará a contar com 82 km de rotas cicláveis, representando um aumento de mais 240% na extensão dos corredores permanentes, que era de 24 km em 2012. A Ciclofaixa João Medeiros já teve o serviço de sinalização iniciado. A rota terá 2 km de extensão e começará na Rua Professor João Medeiros, a partir da Delegacia de Boa Viagem até o cruzamento com a rua Félix de Brito e Melo, seguindo pela rua General Edson Amâncio Ramalho até se conectar com a Ciclofaixa Antônio Falcão e retornando pela Rua Professor Arnaldo Carneiro Leão. A nova rota também irá proporcionar a ligação com as já existentes: Via Mangue, Jardim Beira Rio e Shopping RioMar. Ainda na Zona Sul, será implantada a Ciclofaixa Visconde de Jequitinhonha, que terá 1 km de extensão e formará um circuito com a Orla de Boa Viagem e Avenida Armindo Moura. Após a conexão com a Ciclofaixa Setúbal, a nova rota seguirá pela Avenida Visconde de Jequitinhonha e ruas Setúbal e Baltazar Passos, até se conectar com a Ciclovia Orla de Boa Viagem e Ciclofaixa Brasília Teimosa. Na Zona Oeste, será implantada a Ciclofaixa Várzea, que terá 6 km de extensão. A rota começará na Avenida Afonso Olindense, a partir da Avenida Caxangá, e segue pela Rua Rodrigues Ferreira até a Praça Pinto Damásio. Ela continua nas ruas Azeredo Coutinho, Francisco Lacerda, João Francisco Lisboa e Avenida Acadêmico Hélio Ramos e Avenida Professor Luiz Freire até se conectar, através de pontilhão sobre a BR-101, com a Rota Antônio Curado. Já a Ciclofaixa Maurício de Nassau, que terá 3 km de extensão, passará pela Rua Doutor João Lacerda, no Cordeiro, seguindo pela Avenida Maurício de Nassau e Rua Nossa Senhora da Saúde, até se conectar com a Ciclofaixa Inácio Monteiro. As novas rotas também se conectarão com as já existentes: Antônio Curado, Cavouco, Tiradentes, Arquiteto Luiz Nunes, Estrada do Bongi, Jardim São Paulo e Compaz Ariano Suassuna. Para regulamentar a implantação das novas rotas, a CTTU vai realizar a manutenção de toda sinalização vertical e horizontal das vias correspondentes. Além disso, a maior parte dos percursos passará a ter velocidade regulamentada de 40 km/h onde for ciclofaixa ou 30 km/h onde for ciclorrota. É importante ressaltar que, com o objetivo de dar mais segurança viária a todos os modais, a CTTU também irá realizar a proibição dos estacionamentos existentes nas vias nas quais as rotas serão implantadas. Durante as semanas seguintes ao início da operação de cada novo equipamento, que acontecerão conforme o serviço de sinalização for concluído, serão destacadas equipes de agentes e orientadores de trânsito para realizar o trabalho de monitoramento e orientação nos locais. É importante ressaltar que aqueles que insistirem no descumprimento da sinalização podem ser notificados. As multas podem ser grave, em caso de estacionamento irregularmente na ciclofaixa (R$ 195,23 e 5 pontos na CNH); ou gravíssima multiplicada por 3x, se transitar na ciclofaixa (R$ 880,41 e 7 pontos na CNH). (Do PCR)

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Notre Dame e o Recife (por Francisco Cunha)

Acompanhando o noticiário sobre o terrível incêndio da catedral de Notre Dame em Paris, no mês passado, chamou-me a atenção a reação emocionada dos franceses à tragédia. Mais impressionado ainda fiquei ao ver que vários deles, a começar pelo próprio presidente Emmanuel Macron, disseram algo do tipo: “uma parte de nós queimou também!”. Ao ver aquilo, lembrei imediatamente da frase do sociólogo Francisco de Oliveira (que foi superintendente-adjunto da Sudene na época de Celso Furtado) referindo-se ao Recife: “Uma cidade é sonhada, é mítica ou não é cidade.” O que me leva a concluir que as cidades queridas, porque sonhadas, são míticas. Lembrei também de que quando Caetano Veloso veio ao Recife, em 2003, receber na Assembleia Legislativa o título de cidadão pernambucano, disse textualmente: “Pernambuco entrou na minha vida aos 4 anos de idade através de uma canção de Capiba. Botei o nome de minha irmã por causa dela. Nós de lá do interior da Bahia olhávamos o Recife como o mundo olhava para Paris.” Essa época referida por Caetano era 1945. Três anos depois, em 1948, outro “estrangeiro”, argelino, o escritor Albert Camus, disse da cidade: “Positivamente, gosto do Recife, Florença dos Trópicos, entre suas florestas de coqueiros, suas montanhas vermelhas, suas praias brancas.” Mais de meio século antes, um dos mais ilustres dos recifenses, Joaquim Nabuco, disse: “O Recife, como Veneza, é a cidade que sai da água e que nela se reflete, é uma cidade que sente a palpitação do oceano no mais profundo dos seus recantos.” Paris, Florença, Veneza e nem precisava tanto… Certamente nós mesmos não nos olhávamos como cada uma dessas cidades icônicas mas, com certeza, naquelas épocas, nos víamos bem melhor do que nos vemos agora. O que foi que mudou? A resposta a essa pergunta, com certeza, daria ensejo a inúmeras dissertações de mestrado mas arrisco um palpite: a explosão populacional pela qual a cidade passou no Século 20. Só para ter uma ideia: a população duplicou de cerca de 500 mil habitantes, em 1950, para mais de 1 milhão em 1970. Hoje, a população está em torno de 1,6 milhão. A cidade “inchou” como disse Gilberto Freyre. Quais os sonhos e os mitos que sobrevivem a essa avalanche? Precisamos resgatá-los para evitar que queimem sem nem mesmo nos darmos conta disso.

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Revista Algomais em duas finais do Prêmio Urbana 2019

A série de reportagens Transporte Pública e Cidadania, do jornalista Rafael Dantas, e a matéria Apaixonados por Ônibus, da universitária Laís Arcanjo, publicadas na Revista Algomais, são finalistas da 15ª edição do Prêmio Urbana 2019. A premiação, que  destaca pautas construídas em temas como mobilidade, transporte público e desenvolvimento urbano, é organizada pelo Urbana-PE (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco), em parceria com o Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (SinjoPE). O trabalho “Transporte Público e Cidadania” concorre na categoria Série de Reportagens Impressas. As matérias foram publicadas entre os meses de abril e julho de 2018, discutindo questões relacionadas a melhoria da qualidade de vida urbana das cidades. Confira as reportagens nos links a seguir: http://revista.algomais.com/urbanismo/cidade-para-carros-ou-para-pessoas http://revista.algomais.com/urbanismo/o-transito-que-adoece-as-cidades http://revista.algomais.com/sem-categoria/avancos-e-desafios-apos-4-anos-do-brt-na-regiao-metropolitana-do-recife http://revista.algomais.com/exclusivas/inovacao-para-o-passageiro   A matéria “Apaixonados por Ônibus”, finalista na categoria estudante, apresentou um grupo de buzólogos, fãs do transporte público, que colecionam fotos, brinquedos e souvenirs de ônibus. Confira a reportagem no link a seguir. http://revista.algomais.com/noticias/apaixonados-por-onibus Os vencedores serão anunciados em evento no próximo dia 22 de maio, no Armazém Blun’elle. A Algomais foi premiada nas duas últimas edições do Prêmio Urbana-PE de Jornalismo.  

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Vasco da Gama no Mais Vida nos Morros

A comunidade do Vasco da Gama, na Zona Norte, recebeu o nono capítulo do programa Mais Vida Nos Morros, coordenado pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria Executiva de Inovação Urbana. O evento aconteceu na quadra do Vasco da Gama, localizada na Rua Catinguá, e contou com feirinha de culinária sustentável, brincadeiras para as crianças e apresentação das cantoras Nena Queiroga e Bia Villa Chan em homenagem aos dias das mães. Durante os três últimos meses, através de encontros, conversas e metodologias de participação colaborativa, os moradores se uniram para pensar como poderiam melhorar o lugar em que moram e colocar em prática suas ideias e sonhos. Na rua Agreste, por exemplo, a motivação dos moradores deu origem a um jardim e a uma farmácia viva com plantas medicinais e aromáticas, em um local que há muito tempo servia como ponto de lixo. “O programa vem mudando a vida dos moradores. No Vasco da Gama vizinhos que nunca haviam se falado hoje trocam ideias sobre o bairro”, conta o Secretário de Inovação Urbana Tullio Ponzi. Os moradores também receberam oficinas que os ajudaram a repensar em alternativas para o descarte do lixo. A compostagem reaproveita resíduos orgânicos. Já a culinária sustentável utiliza alimentos que normalmente jogamos fora, como a casca da banana. O artesanato, por sua vez, reutiliza resíduos sólidos, a exemplo de plástico, vidro, papel e metal. “Estamos criando incentivos para estimular uma mudança de comportamento do morador em relação a separação do seu lixo. É muito importante o poder público estar se desafiando e encontrando novas soluções para os problemas urbanos e ambientais”, acrescenta Tullio. Na Escola Municipal Chico Science uma horta foi construída pelas crianças e servirá como um verdadeiro laboratório para os estudantes multiplicarem os conhecimentos para toda a comunidade. As ruas, calçadas e as escadarias tiveram intervenções artísticas para incentivar a brincadeira através de jogos lúdicos desenhados e pintados nas paredes e no chão. Cada detalhe, cada estímulo, ajuda diretamente a desenvolver a criatividade, a autoconfiança e a capacidade de aprendizado da criança no espaço público, que hoje é pensando para elas. A arte urbana espalhada pelo morro foi baseada na escuta dos moradores para entender quais eram os elementos que mais representavam a comunidade e por meio da cor devolver o orgulho do morador pelo seu território. Um dos pontos fortes do programa é o engajamento e a mobilização dos próprios moradores, que atuam ativamente selecionando os tons e trabalhando com a mão de obra. No Vasco da Gama, a empresa Coral, parceira do Programa Mais Vida Nos Morros, esteve presente com 6.590 litros de tintas nas cores escolhidas por cerca de 350 famílias que pintaram suas casas. “Mais do que proteger e embelezar as casas, os espaços públicos e patrimônios históricos, inspirando moradores, voluntários e cidadãos em uma grande onda de cor, mudança e otimismo, nosso movimento é para que as pessoas – e especialmente os jovens e as crianças – se apropriem dos ambientes de sua comunidade, mudem e aproveitem a energia renovada desses espaços”, afirma Elaine Poço, diretora de Sustentabilidade da AkzoNobel para América Latina. No Vasco da Gama dois vazios urbanos se tornaram a extensão das casas das famílias servindo como áreas de encontro e convivência entre os moradores: o Espaço Jardim e o Espaço Rosa. Buscando também os potenciais que já existiam no local, a quadra foi totalmente reformada, recebeu novo gradil, recuperação estrutural e pintura. Em anexo, o parque infantil recebeu uma cerca nova, banquinhos para os pais irem com os filhos e recuperação dos brinquedos. O Mais Vida Nos Morros é uma política pública de cidadania e desenvolvimento sustentável para os morros do Recife, onde o próprio morador é o protagonista da transformação da sua comunidade. O programa teve seu início em 2016 e já beneficiou diretamente mais de 13 mil recifenses em passou por 12 áreas, são elas: Alto do Maracanã, Córrego do Jenipapo, Mangabeira, Alto José do Pinho, Ibura, Alto Santa Isabel, Morro da Conceição, Sítio São Brás, Beberibe e Vasco da Gama. As comunidades do Campo da União e do Burity atualmente estão em andamento com os moradores. O Mais Vida nos Morros foi reconhecido recentemente como referência nacional para inovação em políticas públicas pelo Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos – ONU-Habitat. Além da participação direta dos moradores, da Tintas Coral, o programa conta com o apoio das empresas Asa, Rota (Mídia Exterior), Italiana, Cimento Forte, ConcrEpoxi, Bem-te-vi, Deskontão, Armazém Achaqui e Grupo KarneKeijo.

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Ainda sem regras, patinetes invadem as cidades

Quem anda pelo centro de grandes cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, certamente, já esbarrou em patinetes elétricos, verdes ou amarelos, aparentemente largados pelas esquinas ou calçadas. A alternativa de transporte já chegou também ao Recife. Surgiu de forma discreta, levantando a curiosidade do brasileiro e, aos poucos, começou a cair no gosto popular, transformando-se em “febre”. Desde a chegada do serviço de aluguel desses equipamentos, é comum ver pessoas circulando rapidamente entre os pedestres ou mesmo entre os carros em pequenos patinetes elétricos. Na avaliação de especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a nova opção traz vantagens para a mobilidade de grandes cidades. Entretanto, é necessário que o Poder Público regulamente o uso do equipamento para que haja regras que garantam a segurança de usuários, motoristas e pedestres. Professor do Programa de Engenharia de Transporte do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ronaldo Balassiano defende o aumento no número de opções de transporte, sobretudo nos locais onde os carros são os grandes poluidores. “Do ponto de vista de se locomover em distâncias pequenas, entre 5 km ou 6 km, nas redondezas de casa ou do trabalho, o patinete traz uma contribuição boa para a mobilidade urbana. O grande problema é que as nossas autoridades, responsáveis por regular esses modos, continuam na idade da pedra. O patinete já vem sendo usado nos Estados Unidos e na Europa há alguns anos. Por que nós não nos preparamos para um mínimo de regulamentação?”, questionou. Os equipamentos, alimentados por uma bateria, podem chegar a uma velocidade máxima de 20 km por hora, tornando difícil frear ou mesmo desviar de um obstáculo a tempo de evitar uma queda ou colisão. Especialista em mobilidade, Balassiano destacou que a regulamentação do Poder Público trará mais segurança. Segundo ele, não se trata de “engessar” o modo de transporte, mas evitar acidentes, uma vez que os patinetes alcançam velocidades muito altas para serem usados nas calçadas. “Se atropelar um idoso, uma criança ou uma gestante, a chance de acontecer um acidente grave é muito alta. Por outro lado, nas ruas, a gente sabe que os carros e os ônibus não respeitam nem as bicicletas, o que dirá os patinetes”, advertiu Balassiano. Na avaliação dele, o ideal é que os patinetes trafeguem em ciclovias ou ciclofaixas, juntamente com as bicicletas. Na França, para alugar um patinete, é preciso ter uma carteira de motorista, colocando um veículo que vai ter uma certa velocidade nas mãos de quem já tem alguma ideia de como dirigir”, completou o especialista, sugerindo o desenvolvimento de uma grande campanha conjunta, entre o Poder Público e as empresas, de conscientização dos usuários. Mobilidade e segurança Com quase 50 anos de profissão, o taxista Augusto César dos Santos diz que falta respeito por parte das pessoas que andam de patinete no centro do Rio de Janeiro. Eles se misturam ao pesado trânsito urbano das vias centrais, ziguezagueando entre carros e ônibus. Consciente dos riscos e dos benefícios do patinete, a atuária Samara Alce que trabalha no Centro do Rio diz que usa o modal para se deslocar com mais rapidez pelas ruas, mas tem cuidado com a velocidade e não trafega entre os carros. “Eu tenho muito cuidado para usar o patinete. Quem sabe usar bem, sabe qual o objetivo do patinete, não vai se meter em acidente. Só se envolve em acidente quem quer se arriscar”, disse Samara, que já utilizou quatro vezes o meio de transporte, mas sente falta de que seja oferecido capacete aos usuários. Para o estudante de direito Igor Santos, o patinete é seguro, desde que se preste atenção ao terreno e se tenha o mínimo de habilidade. Ele costuma usar o equipamento para integrar o transporte de barcas, na Praça 15, com as estações de metrô na Avenida Rio Branco. “É tranquilo. Eu pego daqui para a barca ou de lá para o metrô. É mais rápido”, disse enquanto desbloqueava o equipamento – procedimento padrão feito com o telefone celular, após um cadastramento prévio de dados, incluindo um número de cartão de crédito, para debitar o valor do uso. Agência Brasil  

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Estudo revela os desdobramentos da pobreza na vida de crianças e jovens brasileiros

A Fundação Abrinq acaba de lançar uma nova edição do Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil. A publicação reúne mais de 20 indicadores sociais relacionados às crianças e adolescentes, como mortalidade, nutrição, gravidez na adolescência, cobertura de creche, escolaridade, trabalho infantil, saneamento básico, acesso a equipamentos de cultura e lazer, violência, entre outros. Desta vez, os indicadores foram relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas, compromisso global do qual o Brasil é signatário para a promoção de desenvolvimento justo, inclusivo e sustentável até 2030. “Além de ser uma publicação prática para consulta, o Cenário da Infância e da Adolescência é capaz de mostrar um retrato do Brasil quanto à garantia de direitos para essa faixa etária, permitindo o monitoramento dos desafios que precisamos vencer para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, diz o presidente da Fundação Abrinq, Carlos Tilkian. “Acreditamos que as crianças e adolescentes devem ser foco prioritário de ação para os países comprometidos com o desenvolvimento sustentável, com a redução da pobreza e das desigualdades e com a promoção de sociedades mais justas e pacíficas”, acrescenta Heloisa Oliveira, administradora executiva da organização. Editado no formato de um caderno de bolso, o documento é uma fotografia da população de 0 a 19 anos, que já representa 33% do total de habitantes no Brasil, de acordo com o IBGE (2016). No recorte que abrange a faixa etária de 0 a 14 anos, por exemplo, o estudo revela que ainda há 17,3 milhões de crianças e adolescentes – equivalente a 40,2% desse universo – vivendo em situação domiciliar de pobreza. Entre as regiões que apresentam a maior concentração de pessoas que vivem com renda domiciliar per capita mensal igual ou inferior a meio salário mínimo, o Nordeste e o Norte do país continuam apresentando os piores cenários, com 60% e 54% das crianças, respectivamente, vivendo nessa condição. Já os dados sobre a extrema pobreza – número de famílias que possuem renda per capita inferior a ¼ de salário mínimo – destacam que 5,8 milhões (ou 13,5%) de crianças e jovens de 0 a 14 anos vivem nessas condições. A estatística é melhor compreendida quando reveladas as condições de vida das famílias brasileiras: 55 milhões de pessoas, algo como 30% da população, vivem em situação de pobreza no Brasil, sendo que 18 milhões deste total se encontram em situação de extrema pobreza. As precárias condições de vida dessa parcela da população geram um círculo vicioso do qual dificilmente a criança ou o adolescente pobre conseguem escapar, vendo suas vidas condenadas ao mesmo padrão econômico do que o de seus pais. Meninas engravidam precocemente. Em 2016, 17,5% dos bebês nascidos no Brasil foram de mães adolescentes. O Nordeste e Sudeste lideram os índices de gravidez antes dos 19 anos de idade, com 167.573 e 161.156 partos, respectivamente. Jovens ou não, essas futuras mamães precisam lidar com a falta de acesso às consultas no pré-natal. De acordo com o Ministério da Saúde, quase um terço (32,2%) das mães brasileiras foram menos de 7 vezes ao médico para acompanhar a saúde do bebê durante a gestação. No Nordeste, esse percentual chega a 40% de mães com acompanhamento inadequado de pré-natal. Após o parto, o baixo índice de aleitamento materno e a falta de acesso à alimentação de qualidade acabam impactando a nutrição da criança em seus primeiros anos de vida. Em 2017, 12,5% da população entre 0 a 5 anos no Brasil tinha a altura baixa ou muito baixa para a sua idade, sendo o maior percentual de ocorrências no Nordeste, com 18% de suas crianças em situação de desnutrição. A infraestrutura inadequada também causa situações em que a criança cresce desprotegida em sua comunidade. Dados do Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos (2016), apontam que as principais formas de violência contra as crianças são a negligência, violência psicológica, violência física e violência sexual, sendo comum a vítima sofrer vários tipos dessas agressões simultaneamente. Na adolescência, é a vez de esse jovem brasileiro ser vítima da violência. O Cenário da Infância e da Adolescência mostra que 18,4% dos homicídios cometidos no Brasil em 2016 vitimaram menores de 19 anos de idade – quase sempre (80,7%) assassinados pelo uso de armas de fogo. O Nordeste concentra a maior proporção de homicídios de crianças e jovens por armas de fogo (85%) e chega a superar a proporção nacional, chegando a 19,8% de jovens vítimas de homicídios sobre o total de ocorrências na região. Os indicadores selecionados para o Cenário da Infância e da Adolescência podem ser encontrados também no portal criado pela Fundação Abrinq “Observatório da Criança e do Adolescente” (observatoriocrianca.org.br), onde os dados são apresentados por estados e municípios, podendo ser feita comparação entre eles. Como na edição anterior, a publicação deste ano também apresenta a Pauta Prioritária da Infância e Adolescência no Congresso Nacional, com as principais proposições legislativas em trâmite no Senado Federal e Câmara dos Deputados e os respectivos posicionamentos da Fundação Abrinq, sempre baseados na efetivação e proteção de direitos da criança e do adolescente no Brasil.

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