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País deve ter 17 mil novos casos de câncer no colo do útero até 2025

(Da Agência Brasil) O câncer no colo do útero foi responsável por 6.627 mortes no Brasil, em 2020. A estimativa do Ministério da Saúde é que, de 2023 a 2025, cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com o tumor, causado pelo papilomavírus humano (HPV). Esse vírus é facilmente transmitido na relação sexual; isso porque apenas o contato com a pele infectada já é o suficiente para a contaminação. “Estima-se que em torno de 70% a 80% da população, em geral, já teve algum contato com o vírus. Existem inúmeros tipos de vírus, mais de 50 tipos de cepas diferentes do vírus e não são todos eles que vão causar o câncer. Tem alguns que causam só verruga e outros que nem vão se manifestar”, explica a ginecologista Charbele Diniz. A Campanha Julho Verde-Escuro chama a atenção para a importância de exames preventivos e do diagnóstico precoce dos chamados cânceres ginecológicos – aqueles que afetam um ou mais órgãos do aparelho reprodutor feminino. As ocorrências mais frequentes desse tipo de câncer no Brasil são de tumores no colo do útero, no corpo do útero e no ovário. Diretrizes da OMS De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é possível, no futuro, erradicar tumores malignos no colo do útero no Brasil. Para isso, é necessário que a população siga as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). As mulheres entre 25 e 35 anos devem fazer os exames preventivos e as pacientes que forem diagnosticadas com alterações devem receber o tratamento correto. As meninas e meninos entre 9 e 14 anos de idade devem se vacinar contra o HPV. Para aumentar a imunização, o ideal é que a vacina seja tomada antes da primeira relação sexual. Desde 2014, o governo disponibiliza a vacina quadrivalente contra o HPV. Hoje, meninas e meninos entre 9 e 14 anos podem receber o imunizante no Sistema Único de Saúde. Além dos adolescentes, pessoas imunossuprimidas com até 45 anos também podem se vacinar na rede pública. Apesar de a vacina estar disponível gratuitamente, muitos pais não levam seus filhos adolescentes para se vacinarem por uma falsa crença de que vão estimular uma iniciação sexual precoce. “A gente tem a vacina disponível, é uma vacina cara, é uma vacina que está aí, mas que não está sendo utilizada. São vários tabus, de o povo brasileiro achar que você está expondo a questão sexual para a filha adolescente. Mas é mais uma vacina comum como outra qualquer”, explica o chefe do Departamento de Ginecologia Oncológica do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Gustavo Guitmann. A psicóloga Andreia Medeiros trabalha com adolescentes e tem uma filha de 15 anos, a estudante Sofia van Chaijk, que tomou a vacina contra o HPV, orientada pela mãe. “É um mito [a ideia]  que vai estimular [a iniciação sexual precoce]. Não falar sobre o assunto vai prevenir? É o contrário”, diz a psicóloga. “Ter consciência dos benefícios, dessa prevenção e do contrário também, do risco que eles correm, é uma forma de cuidado”, acrescenta. “Eu agradeço minha mãe também por ter me vacinado contra HPV porque a gente conhece uma pessoa que infelizmente faleceu de câncer no útero por conta de HPV. Então ela nem precisou me convencer muito também. Ela já sabia das consequências”, completa Sofia.

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Mudanças climáticas deixam brasileiros mais ansiosos

Pesquisa da Veolia com a Elabe posiciona o Brasil entre os 10 países que se sentem mais fragilizados em relação ao meio ambiente, com 84% dos brasileiros expressando um “sentimento de vulnerabilidade ecológica e climática”, ante 71% da média mundial. Foram entrevistadas 25 mil pessoas em 25 países dos cinco continentes (cerca de 1.000 por país), considerando peso demográfico e impacto nas emissões de gases de efeito estufa (GEE). Quinto maior emissor mundial, o Brasil elevou em 12,2% suas emissões no ano passado, em comparação com 2021, com o desmatamento respondendo por metade do lançamento de CO2 na atmosfera. O cenário de degradação ambiental aguçada nos últimos anos refletiu nas respostas dos entrevistados: 87% dos brasileiros se dizem preocupados com o desaparecimento de flora e fauna, contra 74% da média dos outros países. Além disso, um a cada três brasileiros está muito preocupado e ansioso com o futuro a ponto de desistir de projetos de longo prazo, como ter filhos, constata o levantamento.

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Complexo Hospitalar da UPE realiza inédito duplo transplante em hospitais universitários

Na última quarta-feira (24), ocorreu um feito inédito no Complexo Hospitalar da Universidade de Pernambuco (UPE) com a realização de um duplo transplante, envolvendo órgãos destinados a instituições públicas e universitárias. O Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) realizou o transplante de fígado, enquanto o Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco - Prof. Luiz Tavares (PROCAPE) realizou o transplante de coração. Ambos os órgãos foram obtidos de um único doador do Hospital da Restauração. A estratégia para a realização dos transplantes exigiu um intenso trabalho das equipes multiprofissionais, que dedicaram 23 horas de esforço, envolvendo praticamente todas as áreas dos hospitais. A coordenação das ações foi realizada pelas equipes dos dois hospitais e pela superintendência hospitalar da UPE. A Profª Socorro Cavalcanti, Reitora da UPE, parabenizou os servidores pela realização dessas conquistas em prol da população, destacando o papel pioneiro da equipe de saúde da UPE, como no caso do transplante cardiológico 100% pelo SUS, realizado no PROCAPE em 2023. “Mais uma vez a nossa equipe de saúde se destaca em ações pioneiras, como a realização do transplante cardiológico 100% SUS, efetivado no PROCAPE em 2023. Gostaria de parabenizar os servidores da UPE, que possuem participação em cada conquista para a população”, destacou a Profª Socorro Cavalcanti, Reitora da UPE.  Os pacientes receptores estão em bom estado clínico, conforme o esperado no pós-operatório, demonstrando o compromisso da UPE e de seus profissionais com a assistência à saúde pública e a formação de profissionais, sempre em benefício da população e dos usuários do Sistema Único de Saúde.

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6 dicas para desintoxicar o organismo pós-Carnaval

Os excessos geram uma sobrecarga nos órgãos responsáveis por processar e eliminar as toxinas Se você se esbaldou no carnaval, com direito a muitos drinques e comidas gordurosas, é hora de cuidar do corpo, que já está sob efeito do acúmulo de toxinas, substâncias prejudiciais que geram a formação de radicais livres (moléculas altamente reativas que “atacam” as células do corpo). Segundo Claudia Chang, doutora e pós-doutora em Endocrinologia e Metabologia pela USP, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e coordenadora e professora da pós-graduação em Endocrinologia do Instituto Superior de Medicina (ISMD); isso significa que os radicais livres provocam a oxidação (consomem o oxigênio disponível), interferindo nos processos metabólicos do organismo. “Sendo assim, há uma sobrecarga nos órgãos responsáveis por processar e eliminar essas toxinas, como fígado, rins e intestinos, prejudicando todo o funcionamento do corpo. Por esta razão, após os dias de excesso, sentimos inchaço (devido à retenção de líquidos), a pele perde o viço, o cansaço vem com tudo e a imunidade cai”, explica Claudia Chang. Para ajudar no processo de desintoxicação, confira 6 dicas que irão renovar seu organismo: Hidrate-se mais do que o habitual Após o carnaval, tomar muita água ao longo do dia se torna regra. Sucos, água de coco e chás (dê preferência ao chá verde, boldo e erva-cidreira) também são recomendados, mas precisam ser naturais. Os industrializados possuem alto teor de sódio, corantes, aromatizantes e outras substâncias que vão sabotar sua desintoxicação. “Vale lembrar que tomar muita água estimula também o funcionamento dos rins e, consequentemente, a produção de urina, que é por onde o excesso de líquidos, o sódio e as toxinas serão eliminados”, reforça Chang. Consuma vegetais de folhas verde-escuras Brócolis, espinafre, chicória e couve, além das verduras amargas, como rúcula e agrião, são fontes de fibras importantes, que ajudam a limpar o organismo, melhoram a digestão e diminuem a absorção de gorduras e toxinas. Aposte em castanhas, sementes e grãos Estes proporcionam uma maior ingestão de vitamina E (com ação antioxidante) e ômega-3 (ácido graxo com poder anti-inflamatório). Além disso, eles oferecem minerais como cálcio, cobre, magnésio, manganês e selênio, essenciais para o equilíbrio das reações bioquímicas do organismo. Entre eles, estão amêndoas, castanhas, avelãs, castanha-do-pará, castanha-de-caju, nozes, pistache, semente de chia, trigo, cevada, aveia, centeio, semente de girassol e linhaça. Invista nas frutas certas Frutas ricas em água e com baixas calorias, como melancia e melão, devolvem a hidratação perdida. “Já a laranja, o abacaxi e a maçã podem ser eficazes por conter enzimas benéficas à drenagem de impurezas, potencializando a renovação do fígado”, diz Claudia Chang. Retome sua rotina de sono Depois de tantos dias de folia, dormindo tarde e com má qualidade de sono, é hora de reajustar seu relógio biológico. “É durante o sono que o corpo trabalha para equilibrar diversas funções do organismo. Uma noite bem dormida regula os processos metabólicos e hormonais do corpo, além de ter função restauradora ao eliminar toxinas e fortalecer o sistema imunológico”, ressalta Chang. Reforce os cuidados com a pele O cirurgião plástico Luís Maatz, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que também atua com procedimentos estéticos não invasivos, sugere redobrar os cuidados com a pele após o carnaval. Ele reforça que o consumo em excesso de bebidas alcoólicas causa desidratação cutânea e acelera o envelhecimento, já que diminui a oxigenação dos tecidos e aumenta a produção de radicais livres. “Para metabolizar uma molécula de álcool, o organismo precisa abrir mão de nove moléculas de água. A partir do momento em que não há moléculas de água o suficiente para a hidratação, o corpo começa a retirar da pele, deixando-a desidratada e sem viço”, explica Luís Maatz. Sendo assim, o médico recomenda alguns procedimentos para reaver a pele saudável. Um deles é a aplicação do ácido hialurônico, uma substância injetável que, além de corrigir rugas já formadas, devolve perdas de volume e contribui para a hidratação da pele. Outro tratamento indicado são os bioestimuladores de colágeno, substâncias aplicadas na face para estimular a produção de novas fibras de colágeno, proporcionando a reestruturação da pele. “Com a aplicação, a pele retoma a produção das fibras de elastina e do próprio colágeno, responsável pelo equilíbrio e viço da pele”. Por fim, a drenagem linfática ajuda a eliminar toxinas e líquidos acumulados em excesso nos tecidos corporais. “A massagem estimula o funcionamento do sistema linfático através de movimentos circulares, favorecendo a eliminação de toxinas e metabólitos, aumentando a oxigenação dos tecidos e a absorção de nutrientes por meio do trato digestório”, finaliza Luís Maatz.

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Estudo revela que pandemia deixou mais de 40 mil crianças órfãs de mãe no Brasil

Pesquisadores alertam que a morte de um progenitor, especialmente da mãe, pode favorecer desfechos adversos ao longo da vida Um estudo inédito de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicado na revista científica Archives of Public Health, revela que a pandemia de covid-19 deixou 40.830 crianças e adolescentes órfãos de mãe no Brasil até o final de 2021. A pesquisa se baseou nos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, em 2020 e 2021, e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), entre 2003 e 2020. Os pesquisadores alertam que a morte de um progenitor, especialmente da mãe, pode favorecer “desfechos adversos ao longo da vida e tem graves consequências para o bem-estar da família”. Para exemplificar, o artigo alerta que “a experiência da epidemia do HIV/SIDA têm demonstrado que as crianças órfãs são particularmente vulneráveis a nível emocional e comportamental, exigindo programas de intervenção para atenuar as consequências psicológicas da perda de um dos progenitores”. O coordenador do Observa Infância, da Fiocruz, Cristiano Boccolini, um dos autores da pesquisa, defendeu que o País precisa adotar urgentemente "políticas públicas intersetoriais de proteção à infância". “Considerando a crise sanitária e econômica instalada no Brasil, com a volta da fome, o aumento da insegurança alimentar, o crescimento do desemprego, a intensificação da precarização do trabalho e a crescente fila para o ingresso nos programas sociais, é urgente a mobilização da sociedade para a proteção da infância”. Como seguir em frente Segundo Beatriz Mendes, psicóloga especialista em luto do Morada da Paz, há maneiras dos filhos prosseguirem sem esse porto seguro, sem esquecer alguém tão especial. “Não esquecemos quem amamos, quem marca a nossa história. Seguir em frente não significa esquecer, mas integrar essa pessoa em nossa vida de um outro modo”, enfatiza. “Integralizamos a ideia de que quem amamos não existe mais presente fisicamente, mas ela segue em nossa história, nas nossas memórias e em tudo o que somos. Honrar isso é importante e pode nos ajudar a seguir em frente”, continua a psicóloga. Superar a morte de um pai ou mãe não se revela fácil, pois trata-se de uma figura afetiva essencial para o nosso crescimento e desenvolvimento como adultos sadios e cidadãos. Beatriz Mendes comenta que a ideia de superar é “complicada”, pois o luto não é um obstáculo que, após superado, deixa de existir. “A perda é uma vivência que marca nossa biografia para sempre, e a forma de olhar para essa marca pode se transformar ao longo do tempo. Diante de uma perda, somos convocados a atribuir significados. Somos lançados, também, em um processo de readaptação ao mundo e à nossa própria vida. A forma de lidar com isso será variada, e será fundamental haver apoio e suporte das pessoas que são significativas, além de respeito ao próprio sentir, ao próprio processo”, explica. A psicóloga Beatriz Mendes frisa que o luto não tem prazo de validade. Assim, cada um vai vivê-lo de um jeito singular, sendo o sofrimento imensurável. “Não podemos comparar dores, assim como vínculos. Cada qual sabe da história vivida e tem um modo de se articular com a sua dor, o seu luto. Não somos pessoas ruins por não atendermos a uma demanda social de modos de viver o luto”, ressalta Beatriz. Para ela, a forma de lidar será compatível com os recursos de enfrentamento de cada um, pois o luto é um processo natural, capaz de modificar os caminhos da nossa vida. “Entender que não precisamos passar por isso sozinhos pode ser uma forma de lidar de modo mais salutar. Apesar disso, é preciso lembrar que, diante de uma dificuldade significativa de retornar a uma rearticulação com a vida, é importante ponderar sobre a possibilidade de pedir ajuda a um profissional”, conclui. Falando sobre a morte com as crianças É muito comum os familiares evitarem falar com as crianças sobre a perda de um ente querido, principalmente nos primeiros anos de vida. No entanto, mostrar a verdade e responder honestamente os questionamentos dos pequenos acerca da morte pode ajudá-los a compreender melhor sobre a finitude da vida. Com essa proposta, o Cemitério e Crematório Morada da Paz apresenta o projeto Turma do Vilinha, que fornece informações aos adultos para desmistificar o debate a respeito do luto infantil. Com uma linguagem acessível para todas as idades, a Turma do Vilinha evidencia um grupo de amigos que tem como missão ajudar crianças a enfrentar o luto. Jogos educativos, e cartilhas virtuais do projeto podem ser acessados gratuitamente no site www.turmadovilinha.com.br, desenvolvido pela equipe da Psicologia do Luto do Morada da Paz. A psicóloga especialista em luto do Morada da Paz, Mariana Simonetti, responsável por desenvolver o projeto Turma do Vilinha, explica que as crianças, assim como os adultos, também se entristecem e notam ausências e perdas. “Acontece uma quebra de vínculo e é normal sentir saudades. Por isso, para a criança não ficar criando falsas expectativas de uma suposta volta, devem receber explicações compatíveis com a idade”, alerta. Além disso, ela destaca que para o luto ser ressignificado e superado da melhor forma, ele precisa ser vivenciado e reconhecido. Exatamente com essa proposta de desmistificar, mostrando a verdade e respondendo honestamente os questionamentos dos pequenos acerca da morte, ajudando-os no processo de compreensão da finitude da vida, o projeto Turma do Vilinha fornece materiais que favorecem a expressão dos sentimentos na infância.

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Dia da Gula

Dia da Gula: você sabe a diferença entre fome e compulsão alimentar?

O dia 26 de janeiro é o Dia da Gula. E, apesar das brincadeiras com a gula e a vontade de comer sem parar e em todas as horas, compulsão alimentar é coisa séria! Você sabe a diferença entre a compulsão alimentar e a fome? Essa pode parecer uma pergunta simples, mas é comum as pessoas confundirem os sintomas. De acordo com a nutricionista e docente do curso de Nutrição da Wyden, Joseane Almeida Santos Nobre, existem fatores externos que podem desencadear a compulsão alimentar. O transtorno de compulsão alimentar pode atingir qualquer pessoa e de diferentes faixas etárias. “Algumas causas que podem levar a compulsão alimentar são o estresse, os hábitos de vida não saudáveis e as questões genéticas”, explica a docente. Ainda segundo a nutricionista, a compulsão alimentar não deve ser confundida com outros transtornos alimentares, como anorexia e bulimia. “Compulsão não é comer um pouquinho a mais no final do ano, compulsão alimentar é um quadro de transtorno alimentar, com alterações psicológicas recorrentes, ou seja, é algo que acontece com frequência. A pessoa consome grande quantidade de comida, mesmo sem sentir fome e, assim que termina de comer, começa a desenvolver um sentimento de culpa”, afirma. A nutricionista alerta para alguns comportamentos e sintomas da compulsão alimentar. “Muitas vezes existe um alimento gatilho, que a pessoa acredita que ao consumi-lo já irá começar a comer descontroladamente”. Hábitos de comer muito rápido ou comer escondido de outras pessoas também podem ser sinais de compulsão alimentar. “Ao longo da vida, a pessoa vai desenvolvendo todos esses sintomas até chegar num ponto em que ela não consegue mais parar”, observa a nutricionista.  Diante de qualquer um dos sintomas, é imprescindível procurar por um profissional especializado para o diagnóstico, ou seja, o psicólogo e o próprio nutricionista.

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Pandemia reduz a realização de transplantes

*Por Rafael Dantas “V ocê precisa fazer um transplante”. Essa frase assusta muitos pacientes. Ao mesmo tempo abre o caminho para uma nova vida, que só é possível graças ao avanço tecnológico e das ciências médicas e ao robusto programa do Sistema Único de Saúde. Havia um cenário crescente de cirurgias e de redução da fila de transplantes até 2019, quando chegou a pandemia que fez reduzir muito a realização de transplantes. Meses após o pico da Covid-19, o Brasil e Pernambuco vivem um período de retomada gradual das doações. No entanto, existem ainda 2.644 pacientes aguardando sua vez na fila apenas no Estado. Uma luta contra o relógio travada diariamente. De acordo com dados da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), a mortalidade dos pacientes na fila de transplantes no Brasil cresceu de 2,5 mil mortes em 2019 para 4,2 mil mortes em 2021. A associação informa que ao menos nove pessoas faleceram por dia aguardando transplante no primeiro trimestre de 2022. “A pandemia trouxe um impacto monstruoso. Tínhamos avançado bastante no volume de transplantes por ano. Percebemos até uma redução da negativa familiar, aumentando a quantidade de doações. Mas a pandemia foi um tsunami. Regredimos em números a quase sete anos de trabalho. Desde 2020 estamos em recuperação gradual, mas ainda não voltamos ao patamar pré-pandemia”, afirmou Noemy Gomes, coordenadora da CT-PE (Central de Transplantes de Pernambuco). Ela conta que um dos maiores impactos foi na fila de transplante de córnea, que desde 2015 era considerada zerada (quando o paciente espera menos de 30 dias pela realização do procedimento). Após a chegada da Covid-19 ao Brasil, o tempo de espera chegou a ser superior a um ano. “Hoje temos uma fila de quase mil pessoas para transplante de córnea. Chegamos a fazer metade do volume de transplantes que a gente fazia antes”, afirma Noemy. A superintendente-geral do Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), Tereza Campos, conta que o serviço de transplantes da instituição sofreu com a situação nacional de falta de doadores e, consequentemente, com a queda na realização de cirurgias durante a pandemia. O hospital é o maior centro de transplantes do Norte e Nordeste. “A principal causa da queda na taxa de efetivação da doação foi o aumento de 60% da taxa de contraindicação à doação, que passou de 15%, em 2019, para 24% em 2021. Esse aumento foi devido às medidas tomadas no início da pandemia para evitar a transmissão da Covid-19 pelo transplante, pois o risco de transmissão era desconhecido. Diante desse contexto, o Imip adota todas as medidas necessárias para garantir a segurança do paciente, para recuperar a performance de 2019 e continuar salvando vidas. No momento, estamos desenvolvendo campanhas nas nossas redes sociais e na instituição para conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos.” O técnico em informática Ramon Carlos, 29 anos, alguns anos antes da pandemia fez o transplante de córnea nos dois olhos. O problema na visão foi percebido ainda na adolescência e trouxe prejuízos no desempenho escolar. O diagnóstico de ceratocone o levou inicialmente ao uso de uma lente de contato e a necessidade posterior do transplante, que foi realizado no Imip. “Usei lente de contato até que chegou a minha vez na fila. Estava tenso, obviamente, com medo que o organismo não aceitasse a córnea. Mas a cirurgia foi um sucesso. Passei alguns dias com tampão no olho e depois passei a usar óculos simples que já corrigiam a visão. Três anos e meio depois, tive a recomendação de fazer o transplante do outro olho também. Hoje enxergo muito bem. Acabaram as dificuldades de estudo, de prática de esportes, que eu não conseguia fazer sem as lentes”, conta Ramon Carlos. Anos após o transplante, ele precisa apenas manter o uso de um colírio e ter um acompanhamento médico anual. Enquanto a espera de Ramon era para ter melhor qualidade de vida, os pacientes de outros órgãos vivem uma corrida contra o tempo para se manterem vivos enquanto aguardam a cirurgia. Além de córnea, Pernambuco realiza transplantes de coração, fígado, rins, rim com pâncreas e medula. De forma excepcional, também realizou transplantes de osso no Hospital Otávio de Freitas, que está em processo de credenciamento para realização do procedimento. A ampliação do tempo de espera pela cirurgia de alguns desses órgãos tem uma relação direta com a taxa de mortalidade, segundo Noemy Gomes. DESAFIOS APÓS O AUGE DA PANDEMIA Com atuação há mais de 10 anos no setor, o médico Cesar Lyra, coordenador de Transplantes de Fígado no Real Hospital Português, considera que a conscientização familiar é a grande dificuldade para ampliar as doações. “O Sistema Nacional de Transplantes é muito bem estruturado do ponto de vista organizacional. As filas por gravidade e compatibilidade funcionam muito bem e quase 85% de todas as cirurgias são realizadas com financiamento do SUS, mesmo nos hospitais privados O maior desafio hoje é aumentar a oferta de órgãos. Sobretudo os que não têm tratamento substitutivo, como fígado e coração. As pessoas que desejam ser doadoras de órgãos devem disseminar a conscientização em suas famílias. Dizer sempre que é doador de órgãos. Isso é importante para a decisão afirmativa por parte dos familiares no momento da perda do ente querido”. O chefe do Programa de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português, Rodolfo Calixto, afirma que nessa modalidade, o impacto da pandemia foi mais acentuado nos três primeiros meses da circulação do vírus. Após esse período, as cirurgias voltaram aos poucos e hoje estão normais. “Atendemos pacientes que não poderiam esperar a pandemia passar para receber o transplante.” Tereza Campos aponta entre os grandes desafios: “a dificuldade das famílias em autorizar a doação; o desconhecimento de parcela da sociedade sobre o assunto; o curto intervalo de tempo entre a retirada do órgão e sua implantação; além das constantes altas nos custos de insumos diretos e indiretos somados a uma tabela de repasses do SUS defasada em mais de uma década”. Um dos esforços em curso para

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Incidência de câncer de mama em pacientes jovens é a maior em dois anos

Diagnóstico tardio é a preocupação de médicos nesses casos De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) é estimado que a cada ano do triênio 2020-2022, ocorram 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil. A doença, que comumente afeta mulheres acima dos 50 anos, agora, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), está com aumento de incidência entre pacientes mais jovens, antes dos 35 anos. Nos últimos dois anos, a SBM demonstrou que o câncer de mama entre as mulheres mais jovens representou 5% do número total de casos. Antes, essa porcentagem era de 2%. Causas - Existem fatores de risco que contribuem para o surgimento da doença, como o estilo de vida não saudável, mulheres que não querem engravidar, ou têm gestação tardia - após os 30 anos -, sedentarismo, obesidade, rotina estressante e alimentação inadequada. “O câncer de mama em mulheres jovens é ainda mais preocupante, porque o tumor, quando descoberto, é mais agressivo, já que as pacientes antes dos 35 anos não fazem a prevenção e o rastreio da doença adequados. Então, quando o diagnóstico é feito, a condição já está em estado avançado”, explica a mastologista Alessandra Saraiva, da Multihemo Oncoclínicas. Prevenção e tratamento - Para prevenir o câncer de mama, é necessário adotar um estilo de vida saudável e realizar a prevenção primária. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que o exame seja feito anualmente em mulheres a partir dos 40 anos, mas também pode ser feito por mulheres de 25 e 30 anos que apresentem fatores de risco. “Sugerimos sempre ter o hábito de se consultar e procurar médicos, mesmo antes dos 40 anos, e solicitar os exames de mama. Não necessariamente a mamografia, pode ser a ultrassonografia. Em alguns casos, como pacientes que tenham histórico familiar desse tipo de câncer, podemos acrescentar a ressonância ou até mesmo antecipar a mamografia”, afirma Alessandra. Além disso, é importante ter uma alimentação equilibrada combinada com a prática de exercícios físicos e controle de peso. O tratamento varia para cada caso, já que depende do tipo de tumor, estágio da doença, idade da paciente e outros fatores, mas os biomedicamentos combinados com quimioterapia são os mais indicados.

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Academias Recife promovem competição entre polos neste sábado (8)

Evento deverá incentivar integração entre os alunos de todas unidades Reunindo todos os 23 polos espalhados pela capital pernambucana, as Academias Recife realizam neste sábado (8), às 6h, uma nova edição do "Se Mexe Academia Recife". O evento, que promove uma integração entre os alunos, acontecerá no Parque Santana, localizado na Zona Norte da cidade. Durante a atividade, será realizada uma competição entre as unidades das Academias Recife, com caráter eliminatório e resultando em um vencedor. Na última edição do evento, que reuniu cerca de 500 pessoas no Parque da Macaxeira, Zona Norte do Recife, o polo da Várzea se destacou como campeão. Além da disputa, a programação prevê diversas atividades durante o Se Mexe, com o objetivo de estimular a prática de exercícios físicos de forma descontraída. Nesta edição, os destaques são os aulões de dança e aerobox, que deverão movimentar os participantes inclusive nos intervalos da competição.

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Inteligência Artificial da Saúde

*Por Rafael Toscano A inteligência artificial ainda não dominou toda humanidade, mas certamente já invadiu a área da saúde, agregando uma tecnologia que pode salvar vidas e melhorar a assistência médica para milhões de pessoas ao redor do mundo. Ela já está nos ajudando a personalizar a prestação de cuidados, tornar hospitais mais eficientes e tratamentos mais acessíveis, através de ferramentas para o auxílio da tomada de decisão. Mas como isso é possível? IA é o processo de ensinar um modelo computacional usando grandes e complexos conjuntos de dados. O modelo aprende com esses dados em um processo de treinamento para construir sua capacidade de tomar decisões ou prever resultados quando apresentado a novos dados. Em saúde, estamos falando de acesso a um modelo computacional que aprende, baseado na experiência de milhares de outros pacientes, se um tratamento funcionará e o que será mais eficaz para o paciente com base nos seus sintomas individuais. Assim como, os modelos de IA estão ajudando os médicos a aprender os padrões demonstrados por pacientes com sintomas parecidos ou até informações genéticas semelhantes, para a tomada de decisões bem informadas sobre seu diagnóstico e suas opções de tratamento. Essas técnica têm demonstrado eficiência até para pacientes com Câncer. O diagnóstico de câncer pode ser extremamente complicado, tanto para os médicos na tomada de decisões do diagnóstico de um câncer primário ou secundário, quanto para os pacientes, na compreensão dos riscos e índices de sucesso das opções de tratamento. É justamente para o aumento das taxas de sucesso que a IA se torna um diferencial, com a capacidade de coleta de informações de várias fontes. Alimentando modelos de dados dos exames de sangue do paciente, imagens de raio-X de lesões suspeitas, informações genéticas de uma biópsia de tecido, etc. Dessa forma, um modelo de IA treinado pode consolidar rapidamente essas informações e apresentar previsões de alta precisão do diagnóstico do paciente, opções de tratamento com maior probabilidade de sucesso e prognóstico. A IA está nos dando a capacidade de ter uma compreensão mais refinada e detalhada da saúde humana que nunca havíamos tido. Os próximos anos serão vitais para a concepção dos marcos regulatórios que definirão a aplicação dessa tecnologia incrível para a saúde, para que de fato possa impactar milhões de vidas ao redor do mundo. Rafael Toscano é gestor financeiro, Engenheiro da Computação e Especialista em Direito Tributário, Gestão de Negócios. Gestor de Projetos Certificado, é Mestre em Engenharia da Computação e Doutorando em Engenharia com foco em Inteligência Artificial aplicada.

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