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Orquestra Malassombro por Luara Olivia 2

Orquestra Malassombro lança novo álbum em tributo ao Recife com show no Teatro do Parque

Festa com frevo celebra a cultura pernambucana com grandes nomes da música local A Orquestra Malassombro celebra a renovação do frevo e sua forte conexão com a cultura de Pernambuco no lançamento de seu novo álbum, Recife, início, meio e fim, no dia 2 de fevereiro, às 18h, no Teatro do Parque. O evento promete uma verdadeira festa com frevo, reunindo artistas como Flaira Ferro, Henrique Albino, Surama, Laila Campelo, Karlson Correia, além de uma emocionante gravação com o mestre Claudionor Germano. Com ingressos a R$ 15, disponíveis no Sympla e no Instagram da orquestra (@orquestramalassombro), o show trará ao público a energia vibrante do Recife, cidade que inspira e move o grupo. Composto por dez faixas, o álbum destaca a diversidade do frevo e sua relação com os hábitos e cenários urbanos da cidade. Rafael Marques, maestro da orquestra, explica: "A proposta do álbum é falar sobre um Recife que a gente habita. O frevo canção, de bloco e de rua, já em seus títulos, histórica e tradicionalmente cantam, evocam o Recife e seus compositores, suas personalidades, ruas". O repertório inclui músicas como Quentura Demais, sobre o calor da cidade, e Dona do Meu Cordão, que aborda a relação com Recife. As faixas transitam pela riqueza cultural e social da capital pernambucana, explorando temas como amor, desigualdade e folia. Além do show de lançamento, o álbum Recife, início, meio e fim, gravado no estúdio Carranca e com previsão de lançamento nas plataformas digitais em fevereiro, inclui composições que homenageiam a cidade e seus moradores. Entre elas, a faixa-título, que exalta locais emblemáticos como a praia de Boa Viagem e o mercado de São José. A Orquestra Malassombro reafirma seu compromisso com a valorização da música pernambucana e do frevo como parte vital da cultura nacional. SERVIÇOShow de lançamento de Recife, início, meio e fimQuando: 2 de fevereiro, às 18hOnde: Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81, Boa Vista)Quanto: R$ 15 (ingresso social)

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Exposicao Ariano RioMar Recife Credito Arnaldo Carvalho

Exposição imersiva sobre Ariano Suassuna estende temporada no RioMar Recife

Mostra interativa, que já atraiu milhares de visitantes, fica em cartaz até 9 de março de 2025. Foto: Arnaldo Carvalho A exposição imersiva “O Auto de Ariano, o Realista Esperançoso” segue em cartaz no RioMar Recife até 9 de março de 2025. Com grande sucesso de público, a mostra oferece uma experiência sensorial única, explorando a trajetória e o universo criativo de Ariano Suassuna. A iniciativa, cocriada pelo espaço Luzzco e João Suassuna, neto do escritor, combina cenografia envolvente, tecnologia interativa e elementos autênticos do autor. Instalada em uma área de mais de 1.200 metros quadrados, a exposição conta com 13 salas temáticas, exibindo manuscritos inéditos, fotos raras, trechos de peças e vídeos. Além de suas obras, o público pode conhecer aspectos pessoais do autor, como sua cadeira e o traje que costumava usar. Em relação à versão apresentada na Paraíba, a edição recifense traz novidades, incluindo um maior número de salas e itens inéditos de Suassuna. Os ingressos variam entre R$ 35 e R$ 80, com opções de combo para famílias. As entradas estão disponíveis na plataforma Fever e no aplicativo do RioMar Recife. A exposição funciona de segunda a sábado, das 9h às 22h, e aos domingos e feriados, das 12h às 21h. Serviço📍 Exposição “O Auto de Ariano, o Realista Esperançoso”📌 RioMar Recife – Av. República do Líbano, 251, Pina – Recife📆 Em cartaz até 9 de março de 2025🕒 Segunda a sábado: 9h às 22h | Domingos e feriados: 12h às 21h🎟️ Ingressos: R$ 35 a R$ 80 (vendas no app RioMar Recife e na plataforma Fever)

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Nuvem Bruno Vilela

Exposição Serpentário inaugura programação artística de 2025 na Galeria Marco Zero

Mostra reúne obras inéditas de Bruno Vilela, Giovanna Simões e Juliana Lapa, com curadoria de Bruna Rafaella Ferrer, explorando as simbologias da serpente. Acima, a obra Nuvem, de Bruno Vilela. (Foto: Gabriela Lacet) A Galeria Marco Zero inicia sua temporada artística de 2025 com a exposição Serpentário, que será aberta ao público em 29 de janeiro, às 18h. A mostra coletiva, com curadoria de Bruna Rafaella Ferrer, traz trabalhos inéditos de Bruno Vilela, Giovanna Simões e Juliana Lapa. Inspirada nas simbologias ligadas às serpentes, a exposição propõe um diálogo entre os artistas e suas pesquisas, abordando temas como transformação, espiritualidade e narrativas interiores. A data da inauguração coincide com o início do Ano da Serpente no calendário chinês, fortalecendo o simbolismo central da mostra. Os três artistas pernambucanos, amigos e colaboradores há mais de uma década, compartilham interesses que transitam entre arte, psicanálise e espiritualidade. Giovanna Simões apresenta obras como as 22 cartas do Tarô Aurora, criadas ao longo de dois anos, e a instalação interativa O Oráculo da Serpente, que conecta o público a mensagens inspiradoras. Para a artista, “a arte é um reflexo de um processo espiritual e uma extensão de nossas conexões mais profundas.” Juliana Lapa contribui com 20 trabalhos que expandem as investigações iniciadas na sua última exposição individual, explorando memórias femininas e narrativas oníricas. Entre suas obras destacam-se Aguaceiro e Roda a saia, espalha as entranhas, que combinam técnicas de estratigrafia e guache. “São camadas de histórias que emergem de sonhos e reflexões sobre o feminino, a violência e o mistério”, explica Juliana. Já Bruno Vilela exibe séries como Nuvens Estranhas e Sapare Sunrise, resultado de sua pesquisa sobre fenômenos ópticos e influências culturais, como os sarapes mexicanos. “Os 25 dias no México foram transformadores. Vi nas cores desses tecidos populares uma abstração ligada ao nascer e pôr do sol, que traduzi em pinturas que combinam modernismo latino e neoconcretismo”, comenta o artista. Serpentário é uma jornada coletiva que celebra a individualidade dos artistas e suas confluências criativas. A curadora Bruna Rafaella Ferrer destaca que a expografia reflete a natureza sinuosa da serpente, unindo mistério e dualidade. A mostra promete ser um marco na programação artística da galeria em 2025.

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Fachada IAHGP FotoKeila Castro

Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano celebra 163 anos com reabertura do Museu em fevereiro

Instituto também empossa novos membros na celebração da próxima terça-feira (28). Foto: Keila Castro O Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), um dos principais guardiões da memória de Pernambuco, completa 163 anos nesta terça-feira (28) com uma Sessão Magna comemorativa, aberta ao público. O evento, marcado para às 19h, ocorrerá no auditório do IAHGP, no bairro da Boa Vista, em Recife, e celebrará, além do aniversário do Instituto, os 371 anos da Restauração Pernambucana, momento histórico que expulsou os invasores holandeses do Estado. Durante a cerimônia, serão empossados 12 novos sócios, com destaque para Mário Muniz, graduado em Direito e Medicina, e auditor da Receita Federal, que assume o posto de sócio efetivo. Em paralelo às comemorações, o IAHGP também celebra as melhorias estruturais realizadas ao longo do último ano, incluindo a reestruturação do Museu do IAHGP. Este processo visa proporcionar uma experiência mais imersiva e informativa para os visitantes, reorganizando o acervo de maneira a contextualizar os períodos históricos de forma narrativa. “Estamos trabalhando em etapas para que, em breve, todas as salas do museu possam ser reabertas, mostrando o acervo de valor singular que preservamos no Instituto”, afirmou Dirceu Marroquim, historiador e sócio do IAHGP, que será o orador da noite. Em julho de 2024, o Museu já havia reaberto a Sala da Restauração, que explora a ocupação holandesa e a Guerra da Restauração. Na próxima terça-feira (28), será inaugurado um novo módulo: a Sala das Revoluções. Esta sala reúne objetos históricos sobre os momentos de turbulência vividos em Pernambuco nos anos de 1817 (Revolução Pernambucana), 1821 (Convenção de Beberibe) e 1824 (Confederação do Equador), aprofundando o conhecimento sobre o ciclo revolucionário no Estado. A previsão é de que o Museu esteja totalmente reaberto ao público em fevereiro de 2025. A atual presidente do IAHGP, Margarida Cantarelli, reforçou a importância de tornar o Museu acessível a diferentes públicos, como estudantes, pesquisadores e turistas. “As intervenções e obras previstas para serem concluídas em 2024 se estenderam por conta de entraves burocráticos. Estamos confiantes de que, com o cumprimento dessas exigências, iremos finalizar as obras para a ampliação da estrutura física do prédio”, explicou a presidente. Com a conclusão das reformas, o IAHGP ganhará mais espaço, permitindo uma melhor organização do acervo e a criação de uma nova experiência de expografia. A reestruturação do Museu não só ampliará as possibilidades de exibição, mas também proporcionará mais interatividade e aprendizado, favorecendo a comunicação direta com o público e destacando a importância da preservação da história de Pernambuco. "A história de Pernambuco é permanente", destacou Margarida Cantarelli, reforçando a missão contínua do IAHGP de manter a memória histórica viva e acessível. Os novos sócios a serem empossados na Sessão Magna do IAHGP incluem Mário Muniz, advogado e médico, que assume como sócio efetivo, e os associados honorários Adilson Agrícola Nunes, juiz de Direito aposentado; Bruno Almeida de Melo, especialista em Gestão Ambiental e Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente; Débora Assis Mendes, especialista em conservação e restauração de bens culturais; Flávio José Gomes Cabral, professor e doutor em História; Josemary Pereira Borba, consultora pedagógica em educação infantil; e Luanna Maria Ventura dos Santos Oliveira, doutora em História. Também serão empossados como associados correspondentes Flávio Emanuel Lopes Leandro Furtado, professor e ex-diretor de Cultura de Bodocó; Johny Santana de Araújo, doutor em História Social; Júlio Caio César Rodrigues Vasconcelos Sobrinho, especialista em História de Alagoas; Júlio Lima Verde Campos de Oliveira, especialista em História Militar; e Maria do Socorro Barros y Durán, historiadora e fundadora de movimentos culturais na Mata Sul pernambucana. Serviço:A visitação ao Museu do IAHGP está temporariamente suspensa devido às obras de reestruturação. Entretanto, pesquisadores e estudantes podem consultar o acervo e realizar atendimentos presenciais aos sábados pela manhã ou enviar consultas pelo e-mail: arqueologico@iahgp.org.

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Cicero Dias Creditos Divulgacao

Farol Santander apresenta mostra de Cícero Dias com obras inéditas no Brasil

Exposição celebra o legado do artista pernambucano, com destaque para a inédita “Cabaré” O Farol Santander São Paulo inaugura hoje (24 de janeiro) a exposição Cícero Dias – com açúcar, com afeto. A mostra reúne 42 obras do artista pernambucano, sendo algumas delas exibidas pela primeira vez no Brasil. Com curadoria de Denise Mattar, produção da MG Produções e consultoria de Sylvia Dias, filha do artista, a exposição estará aberta até o dia 27 de abril no 22º andar do centro cultural. A iniciativa celebra os sete anos do Farol Santander e conta com o apoio do Ministério da Cultura, Santander Brasil e Emdia. Entre os destaques, está a aquarela Cabaré (1920), nunca antes exibida no Brasil. Adquirida por colecionadores brasileiros após décadas na Europa, a obra integra o núcleo inicial da mostra, que explora o lirismo onírico da década de 1920. Outro destaque é a tela Casa Grande do Engenho Noruega (1933), que ilustrou a capa de edições do clássico Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre. A exposição também inclui obras táteis, promovendo acessibilidade, como Baile no Campo (1937). A exposição traça a trajetória de Cícero Dias em núcleos temáticos, desde as aquarelas dos anos 1920 até sua produção dos anos 1980. O público poderá explorar momentos marcantes de sua carreira, como a fase surrealista em Paris e o período abstrato dos anos 1950, quando integrou o Grupo Espace na Europa. Mesmo tendo vivido boa parte de sua vida fora do Brasil, o artista manteve uma conexão profunda com sua terra natal, Pernambuco, refletida em suas obras. Maitê Leite, vice-presidente do Santander Brasil, destaca a importância do evento: “Apresentar a obra de Cícero Dias é resgatar uma parte essencial do modernismo brasileiro e celebrar a riqueza cultural do Nordeste, que influenciou tanto o trabalho do artista”. Já Denise Mattar, curadora da exposição, reforça a singularidade de sua arte: “Cícero Dias trouxe um lirismo vibrante que desafiou as convenções da época, tornando sua obra atemporal”. Além de peças cedidas por colecionadores particulares, como Gilberto Chateaubriand e Marcos Simon, a mostra conta com obras do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e do Museu de Arte Brasileira da FAAP. A programação ainda inclui registros fotográficos e digitais, exibindo a convivência do artista com nomes como Pablo Picasso, Alexander Calder e Paul Éluard. Cícero Dias, nascido em 1907 no Engenho Jundiá, Pernambuco, é um dos grandes nomes do modernismo brasileiro. Sua obra, marcada pela diversidade estilística, rompeu fronteiras ao dialogar com vanguardas internacionais. A exposição no Farol Santander celebra não apenas seu talento artístico, mas também a essência lírica que resgata as paisagens e as memórias de sua terra natal.

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selton melo

O amigo Selton Melo

*Por Bruno Moury Fernandes Há uma cena que vale um prêmio, mas que nunca será estampada em capa de jornal. Não estava no roteiro, não tinha holofotes direcionados, nem contava com direção de arte. Selton Mello, em sua cadeira no Globo de Ouro, mais parecia um homem de plateia do que um astro do cinema. E por que não? Era seu momento de ser amigo, e ele brilhou como nunca. Câmera na mão, olhos marejados e um sorriso que transbordava uma coisa rara: alegria genuína pelo sucesso alheio. Fernanda Torres subiu ao palco e levou o Globo de Ouro de melhor atriz, mas quem ganhou meu respeito eterno foi Selton. E é sobre isso que precisamos falar: quantos amigos temos que fotografam, filmam, choram e vibram com o nosso sucesso? Esses são raros, raríssimos. Mais escassos do que um roteiro de filme brasileiro com orçamento generoso. E não me refiro aos aplausos protocolares, à palmada no ombro e aos “parabéns, você merece” ensaiado. Refiro-me ao descontrole da alegria, ao choro emocionado, àquelas palmas que ficam vermelhas de tanto bater. Ah, como é fácil ser amigo na dor! A dor é democrática, nos humaniza, nos iguala. Quem nunca apareceu com uma panela de sopa ou um conselho clichê no momento de crise? Estar lá quando tudo vai mal é importante, claro, mas exige um esforço quase automático. E depois, convenhamos, há sempre aquele pequeno consolo egoísta: “pelo menos não sou eu que estou passando por isso”. Mas o sucesso do outro… ah, esse dói em quem não está preparado para ser grande. O sucesso alheio escancara nossas inseguranças, joga luz no palco vazio das nossas conquistas. Requer generosidade genuína, aquela que não espera troféu nem camarim. É difícil olhar para o outro brilhando e não sentir uma pontada de inveja ou, no mínimo, um desconforto em ter que assistir ao show da primeira fila. Selton, com sua câmera trêmula e lágrimas sinceras, é o anti- -herói perfeito para esse enredo de amizades modernas. Ele nos ensina, sem querer, que ser amigo no sucesso do outro é uma arte. E talvez seja mesmo algo que só os grandes artistas, os que já ensaiaram tantas quedas e ressurgiram tantas vezes, conseguem fazer com naturalidade. Fernanda ganhou o Globo de Ouro, mas foi Selton que protagonizou a cena que deveria ser lembrada. A plateia dos grandes amigos é pequena. Se é que existe. São poucos os que realmente vibram quando acertamos na mosca. Selton fez isso. Sem ensaio, sem maquiagem. No filme da vida, ele não quis ser protagonista, mas uma espécie de diretor de fotografia da alegria alheia. E eu cá me pergunto: quantos Seltons temos na vida? E, mais importante: para quantos já fomos Selton?

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Recife celebra a música erudita com recital gratuito nesta sexta-feira

Evento marca o encerramento da Oficina de Ópera do Recife com apresentação especial em Boa Viagem Nesta sexta-feira (24), às 19h30, o Recife será tomado por uma experiência cultural única. A Oficina de Ópera do Recife encerra suas atividades com um recital gratuito na Igreja Batista Emanuel, em Boa Viagem. O espetáculo promete emocionar o público com árias e trechos icônicos do repertório operístico, interpretados por vozes lapidadas ao longo do curso. Durante a oficina, os participantes aprimoraram técnicas de canto e interpretação, sob a orientação de profissionais renomados. A apresentação final reflete todo esse aprendizado, oferecendo uma oportunidade imperdível para amantes da música clássica e para quem busca novas experiências culturais. Com produção da Sonetto e apoio da Prefeitura do Recife, por meio do Sistema de Incentivo à Cultura (SIC), o evento reforça o compromisso com a democratização da arte e a valorização de talentos locais. "A proposta é fomentar a arte lírica na cidade, contribuindo para a formação de novos talentos e oferecendo uma experiência cultural diferenciada." ServiçoO que: Recital de Encerramento da Oficina de Ópera do RecifeQuando: Sexta-feira (24), às 19h30Onde: Igreja Batista Emanuel (R. Maria Carolina, 500 – Boa Viagem, Recife)Quanto: Entrada gratuitaInformações: (81) 99142-6351

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Funcultura Divulgacao

Com orçamento recorde, Funcultura lança editais e iniciativa focada no Patrimônio

Governo de Pernambuco amplia verba para R$ 39 milhões e cria edital inédito para preservação cultural O Governo de Pernambuco deu início a uma nova etapa de incentivo à cultura no Estado com o lançamento dos editais 2024/2025 do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura). Este ano, o programa atinge o maior orçamento de sua história: R$ 39 milhões, um aumento de 22% em relação aos R$ 32 milhões de 2023. Além disso, pela primeira vez, será lançado um edital exclusivo para o setor de Patrimônio Cultural, atendendo a uma antiga demanda de produtores culturais e especialistas. “Estamos aumentando os recursos que serão repassados para diversas linguagens culturais. Uma novidade deste ano é o lançamento de um edital específico para o Patrimônio, em reconhecimento à riqueza e diversidade de nossa cultura e história”, destacou a governadora Raquel Lyra. Os cinco editais (Audiovisual, Música, Microprojeto, Geral e Patrimônio) estarão disponíveis a partir desta quarta-feira (22) no Mapa Cultural de Pernambuco (www.mapacultural.pe.gov.br). As inscrições começam no dia 1º de abril e serão realizadas exclusivamente pela plataforma. Para participar, os produtores culturais precisam atualizar o Cadastro de Produtor Cultural (CPC) até o dia 17 de março e possuir um perfil de “agente” no sistema. Edital de Patrimônio: Preservação em FocoEntre os avanços desta edição, o lançamento do edital de Patrimônio Cultural é o grande destaque. Com um orçamento de R$ 3,5 milhões, o edital contempla dez categorias de incentivo, incluindo restauração de bens tombados, preservação de acervos museológicos, salvaguarda do patrimônio imaterial e capacitação profissional. As inscrições para este edital específico ocorrerão de 14 de abril a 13 de maio. “O Funcultura é uma ferramenta essencial para a valorização da cultura em Pernambuco. O novo edital reflete o compromisso do governo em preservar e difundir nosso patrimônio cultural, fortalecendo a cadeia produtiva do setor”, afirmou Renata Borba, presidente da Fundarpe. Investimento que Gera Emprego e RendaA ampliação do orçamento também é vista como uma oportunidade para impulsionar o setor cultural e gerar impacto econômico positivo. Segundo a secretária de Cultura do Estado, Cacau de Paula, o incremento nos recursos permitirá maior circulação de artistas, aumento de projetos aprovados e geração de empregos. “Nossa meta é dinamizar o setor cultural em todas as regiões do Estado, promovendo qualificação e formação de plateias, sempre de forma democrática”, reforçou. ServiçoPara informações completas sobre os editais e inscrições, acesse o Mapa Cultural de Pernambuco: www.mapacultural.pe.gov.br. Dúvidas podem ser esclarecidas na Fundarpe ou pelo e-mail disponível na plataforma.

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frei Caneca abertura

Frei Caneca: um herói esquecido pelo Brasil

Aos 200 anos de sua morte, o mártir permanece pouco lembrado no País e mesmo em Pernambuco, apesar da sua importância para a independência do Brasil *Por Rafael Dantas Há 200 anos, o Frei Caneca vivia seus últimos dias. Preso na capital pernambucana, o religioso e líder revolucionário, que participou dos dois maiores movimentos políticos da história de Pernambuco, seria executado pelos seus feitos e por suas ideias no dia 13 de janeiro de 1825. O grande pensador da Confederação do Equador e sobrevivente da Revolução Pernambucana de 1817 foi fuzilado, mas sua mensagem permaneceria viva. Ainda que até hoje não tenha o reconhecimento merecido, nem em Pernambuco, nem no Brasil. Mais que uma liderança política local, Frei Caneca é um dos grandes revolucionários do País. As repetidas amputações do território Pernambucano, que perdeu muito da sua extensão para a Bahia e para Alagoas, foram represálias aos movimentos da então província que balançaram o Reinado de Dom João VI em 1817 e o Império de Dom Pedro I em 1824. As rupturas com o poder central e a conclamação de outras províncias para a construção de um País com um sistema de governo mais sofisticado indicam a força desses movimentos. Mesmo com poucos meses de resistência, ambas as revoluções vividas por Frei Caneca foram marcadas por batalhas, com muitos mortos, articulações políticas intensas e mensagens em prol de uma ordem política muito avançada para a época. É por esses e outros motivos que muitos historiadores comparam a dimensão dada no País a Frei Caneca e a Tiradentes. Ambos terminaram mortos com as revoluções com as quais se envolveram. Mas enquanto o mineiro Joaquim José da Silva Xavier virou um mito nacional, com uma praça monumental em sua homenagem em Ouro Preto e registros fartos nos livros didáticos, as reverências ao pernambucano Joaquim da Silva Rabelo são muito mais tímidas, mesmo no Estado de Pernambuco. UM LÍDER POLÍTICO INTELECTUAL Frei Caneca não foi o presidente da Confederação do Equador, mas de longe é o mais reconhecido. Vindo de uma família humilde, que morava num local considerado periférico do Recife na época, ele era um intelectual. Com os ideais que aprendeu nos livros que teve acesso em seus estudos, com especial atenção ao período do Seminário de Olinda, o religioso contestou Dom Pedro I. “Mesmo jamais tendo saído da sua província natal, exceto pela temporada na Bahia, ele se tornou um dos homens mais cultos e um dos maiores pensadores políticos do País, além de notável poeta. Juntando-se a isso muita coragem, energia, carisma e capacidade de comunicação, afora um grande amor pelo povo brasileiro, reuniram-se nele os ingredientes para formar um líder político como jamais se vira antes por aqui”, escreveu sobre Frei Caneca em seu livro Pernambuco - Histórias e Personagens do jornalista Paulo Santos de Oliveira. Os principais embates que levaram a Confederação do Equador em 1824 eram relacionados ao autoritarismo de Pedro I. A centralização do poder nacional, ainda hoje questionada, estava no foco do problema naquele ano. Dom Pedro I havia indicado para governar Pernambuco Francisco Paes Barreto. Porém, os pernambucanos escolheram Manoel de Carvalho. Um ano antes, o monarca havia ainda dissolvido a Assembleia Constituinte e criado ele mesmo um projeto de constituição, também rejeitado por suas ideias centralistas e autoritárias. “A gente pode considerar o Caneca como um ideólogo. Parte das questões relacionadas com a ideologia do movimento de 1824 era sobre os enfrentamentos de entendimento do que seria pátria, cidadão e república. Ele fala muito sobre a federação. Ação política em direção à concentração de poderes na mão do Executivo – no caso, o imperador – fez com que o Frei Caneca rechaçasse todo esse modelo que considerava já ultrapassado diante dos novos momentos que se viviam, já depois da Revolução Francesa e de muitas revoluções liberais”, afirmou o historiador e professor da Unicap Flávio Cabral. ENFRENTAMENTO AO AUTORITARISMO Havia um conjunto de pensamentos defendidos por Frei Caneca que representava um verdadeiro terremoto no sistema escravista, centralizador e com forte influência lusitana do Brasil da época. E diante de um líder autoritário, como Dom Pedro I, ter um habilidoso intelectual em Pernambuco era um problema. Embora seja lembrado principalmente por 1824, Caneca já estava presente em 1817. O professor Flávio Cabral rejeita a ideia de que ele era apenas um mero estagiário nesse primeiro movimento, mas destaca uma atuação forte do jovem no primeiro levante contra a Coroa Portuguesa. “Eu encontrei uma documentação que afirmava que Frei Caneca distribuiu panfletos na hora da bênção da bandeira de Pernambuco, onde hoje é a Praça da República. Ele saiu pelo meio do povo entregando panfletos, falando sobre a nação, glorificando a pátria naquele momento histórico. Por sua atuação, ele foi preso após a revolução na Bahia e só foi sair em 1821 da cadeia”, afirmou o pesquisador, que lembrou ainda que o líder escreveu um Plano de Educação para Pernambuco durante o Governo de Gervásio Pires. “Era fabuloso! Na época, a educação no País não existia, mas ele chega a apresentar à Junta de Governo um plano interessantíssimo”. O próprio fato de ser um religioso enfrentando a maior autoridade do País por si já era um fato político revolucionário para o pesquisador Carlos André Silva de Moura, que é historiador e professor da Universidade de Pernambuco. “Todos os ideais do Frei Caneca foram revolucionários. Desde ser um padre que questionou o status quo daquele período à possibilidade de rompimento com o governo central. Imagine um padre, que tem toda uma tradição, uma necessidade de uma hierarquia, questionar o governo central! Isso no Século 19 era algo muito difícil”, salientou. Unir carisma, força política e intelectualidade não é uma tarefa fácil sequer no Século 21. Mas Frei Caneca conseguiu unir essas habilidades em pleno Século 19 – sendo religioso e político – com outra característica muito valorizada atualmente: a capacidade de comunicação. UM COMUNICADOR ACIMA DA MÉDIA Como religioso, Frei Caneca era um orador, que mesmo muito jovem foi professor de uma disciplina de retórica. Ele

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Recife meu amor

Megamurais no Recife: Galeria de arte a céu aberto

Além de embelezar o centro, o edital Megamurais favorece a revitalização da região e também contribui para a valorizar e dar oportunidades aos artistas urbanos *Por Rafael Dantas Que o Recife é um berço da arte, não é novidade para ninguém. O que surgiu como uma inovação em meio aos edifícios dos seus bairros centrais são os megamurais em homenagem às manifestações musicais locais, que começam a embelezar a cidade e a impulsionar a visibilidade do grafite recifense. A partir de um edital público, foram selecionados 24 projetos para dar mais cores ao cinza urbano da Boa Vista. A capital pernambucana foi escolhida há três anos pela Unesco como um dos destinos globais da música, unindo-se à Rede de Cidades Criativas. A iniciativa já ganhou as fachadas de nove prédios e até o final do ano outras construções receberão a criatividade e a assinatura dos artistas urbanos. O projeto dos megamurais no Recife, idealizado em 2021, tem como objetivo transformar a paisagem urbana da cidade por meio da arte. A iniciativa, coordenada pelo Gabinete de Inovação Urbana da Prefeitura do Recife, em parceira com o Recentro, busca revitalizar espaços públicos e criar uma verdadeira galeria de arte a céu aberto. A previsão é que, até o final do ano, o circuito tenha até três novas obras de grande escala. Além de embelezar o Centro da cidade, a secretária-executiva, Flaviana Gomes, ressalta o impacto positivo do projeto. “A arte tem esse poder de transformação, de atrair o turista e impactar a economia criativa, a cultura e o conhecimento.” Ela ressalta que a iniciativa também promove a inclusão social, pois muitos artistas envolvidos vêm de periferias e trazem suas histórias e forças para as criações que vão marcando a paisagem urbana dos recifenses. O esforço do Recife de investir nesses megamurais faz parte de uma tendência crescente de utilizar murais gigantes como uma forma de revitalização urbana em cidades ao redor do mundo, segundo o professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas, Thiago Soares. Essa prática visa a transformar áreas urbanas cinzentas e sem vida, marcadas pela predominância de concreto, em espaços vibrantes e visualmente atraentes. “A elaboração dos murais na cidade coloca o Recife dentro de um circuito um pouco mais global, que eu acho que no Brasil teve início em 2016, na ocasião dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, quando o grande muralista Eduardo Kobra pintou uma série de murais numa área que era muito árida no Rio de Janeiro.” O pesquisador avalia que a presença dessa arte em grande escala nas fachadas de prédios e em espaços públicos promove uma conexão mais profunda entre os cidadãos e a cidade. RECONHECIMENTO PARA A ARTE URBANA As telas gigantes estão mudando a concepção da cidade acerca do trabalho desses artistas urbanos. Essa é a percepção que eles relatam após executar os painéis. Uma maior compreensão da manifestação artística do grafite e, mesmo, mais oportunidades de trabalho são mencionados por todos. “Cada megamural entregue repercute na cena artística como um todo, não só dos coletivos artísticos. Reverbera para a classe”, ressalta Flaviana. Essa abordagem valoriza a arte urbana e fortalece os vínculos entre a cultura local e a população. Um dos nomes que teve a oportunidade de assinar um megamural na cidade foi Marquinhos ATG, nome artístico de José Marcos Santos. O projeto Recife Meu Amor, no Edifício Santa Apolônia, proporcionou um reconhecimento maior do seu trabalho no cenário artístico, abrindo portas para novas oportunidades. Ele consolidou parcerias importantes com empresas, como a Iquine, e ampliou seu portfólio com projetos de grande escala. “Meu maior projeto é levar minha arte para cada vez mais lugares, para mais longe”, diz Marquinhos, expondo o desejo de ampliar o alcance da sua arte. O trabalho de Marquinhos ATG, marcado por temas como o ser feminino e a religiosidade, já tem atravessado fronteiras. Seu talento e dedicação o levaram a realizar murais em diversas cidades do Brasil, como Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Fortaleza. A participação no projeto dos Megamurais trouxe ainda mais legitimidade para a trajetória de Micaela Almeida. Ela tem observado um aumento no respeito pela arte urbana no Recife, que antes enfrentava preconceito. Ela é a autora do painel Naná Vasconcelos, Sinfonia e Batuques. A obra de Micaela Almeida preenche nada menos que 200 metros quadrados do Edifício Guiomar, que fica em frente ao Parque 13 de Maio e bem próximo da Faculdade de Direito do Recife. “Profissionalmente falando, é um trabalho que fica mais exposto, isso traz um reconhecimento da mídia e da população, legitimando minha trajetória. Além dessa legitimação profissional, vemos pessoas respeitando mais a arte em si, vendo a importância do impacto da arte na cidade.” A seleção para participar de um festival internacional com mulheres no Peru é uma das novidades na sua carreira após expor sua obra a um público tão amplo na capital pernambucana. Ela foi uma das poucas grafiteiras do Brasil selecionadas e a única do Nordeste. BOLHAS “FURADAS” E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL A participação de Nathê Ferreira no projeto dos Megamurais representou uma nova fase em sua carreira, trazendo uma maior dimensão ao seu trabalho. O painel Nossa Rainha já se Coroou, assinado por ela e por Fany Lima no Edifício Almirante Barroso, não apenas expandiu seu alcance artístico, mas também quebra barreiras, atingindo novos públicos. "O megamural furou bolhas, alcançando pessoas que nem sequer pensavam em grafite. Ele consegue atingir muito mais gente". Ela lembra que já teve prédios pintados em São Paulo, mas esse foi seu primeiro no Recife. Ela avalia que a experiência também contribuiu para o desenvolvimento de um mercado local para esse tipo de arte e de produção, um fenômeno que ainda estava em formação. O projeto está estimulando uma cadeia de prestadores de serviços para esse segmento, segundo Nathê. Além de seu impacto artístico, a grafiteira vê essa arte como uma ferramenta de transformação social e econômica. Ela, que nasceu e foi criada no subúrbio de Jaboatão

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