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Era uma vez uma ferrovia: Pernambuco luta pelo ramal para Suape que ficou fora da Transnordestina

*Por Rafael Dantas A história da Transnordestina, desde 2006, segue com obras atrasadas e muitas controvérsias, a última delas refere-se a um aditivo assinado pela ANTT e a empresa TLSA de excluir o trecho até Suape, preservando o de Pecém. Há interpretações de que essa alteração também pode prejudicar a construção do ramal ou de uma outra ferrovia até o porto pernambucano pela empresa Bemisa. Especialistas rechaçam os critérios técnicos da escolha e alertam que somente uma ação conjunta dos políticos pernambucanos pode reverter a situação. A construção do ramal ferroviário Salgueiro-Suape sofreu uma derrota no apagar das luzes de 2022. Um aditivo ao contrato de concessão assinado entre a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e a Transnordestina Logística SA excluiu o trecho pernambucano do projeto. A partir de agora, a ferrovia seguirá apenas para o Porto de Pecém, no Ceará, deixando o maior porto do Nordeste sem uma conexão ferroviária. O projeto lançado em 2006, pelo então presidente Lula em seu primeiro mandato no Governo Federal, tinha previsão de ser concluído em 2010. Com uma sequência de atrasos e uma suspensão de repasse de recursos do Tribunal de Contas da União por indícios de irregularidades, a Transnordestina chega a 2023 sem um vagão em operação. A amputação do ramal pernambucano do projeto, apesar de frustrante principalmente para o Complexo Industrial e Portuário de Suape, não é uma surpresa. Em 2021, o então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou em um evento realizado pelo jornal Valor que Pernambuco não teria mais um ramal da ferrovia Transnordestina. Na ocasião, ele justificou que não havia viabilidade para fazer a conexão até Suape, indicando que não havia demanda para as duas pernas do projeto. Questionada pela redação da Algomais sobre a razão de optar por Pecém, a empresa TLSA respondeu que as definições que constam no aditivo ao contrato foram avaliadas por vários anos por diversos entes, como a Valec (atual Infra S.A.), Ministério dos Transportes, ANTT, TCU (Tribunal de Contas da União) e a própria Transnordestina Logística. “Estes estudos consideraram de forma técnica as diversas interferências ocorridas no traçado aprovado, bem como uma minuciosa avaliação técnica e comercial de cargas origem x cargas destino realizada por consultoria internacional que, ao final, apontou como a melhor opção a solução detalhada no aditivo e referendada por unanimidade pelo TCU”, informou a assessoria de imprensa da TLSA. Essa justificativa técnica, no entanto, é contestada por vários especialistas. A distância entre Salgueiro, que é o ponto de entroncamento entre os dois ramais, e Suape é aproximadamente 100 quilômetros a menos que o percurso até Pecém. Além da diferença de investimentos para a construção, a operação de qualquer trem teria um custo agregado na verdade de 200 quilômetros, somando os trajetos de ida e volta. Mas as contestações não param por aí. O fato de Suape ter não apenas um porto, mas também um complexo industrial, as composições da ferrovia que trariam para o litoral os grãos e minérios da região de Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), levariam de volta para o Sertão nordestino diversos produtos que são fabricados em Pernambuco ou que chegam ao Estado nos diversos centros de distribuição instalados na sua região metropolitana. “Tecnicamente é uma questão equacionada. Suape tem o trajeto mais curto e de menor custo operacional. O problema são interesses particulares da concessionária, que opera o terminal privativo do Porto de Pecém. Pernambuco está sendo prejudicado”, afirmou o doutor em engenharia civil e professor aposentado da UFPE, Maurício Pina. O engenheiro critica inclusive o fato de abrir mão de um dos ramais. Pina explica que a concepção dessa ferrovia é ainda dos tempos de Dom Pedro II, que tinha a perspectiva de integrar o Litoral e o Sertão do Nordeste. Inicialmente, inclusive, o projeto seguia até Petrolina, onde também se conectaria à Hidrovia do Rio São Francisco. “Para a região será péssimo não construir os dois ramais e não tem nenhum sentido de construir só o do Ceará”, avalia. Sobre as referidas alterações de traçado, mencionadas na resposta da TLSA, Francisco Martins, ex-presidente do Complexo de Suape, explica que foram três mudanças. A primeira foi a Variante Serro Azul, uma necessidade devido à construção da Barragem de Serro Azul, realizada após as enchentes da Mata Sul há mais de uma década. A segunda chamada Variante das Cidades retirou o traçado dos centros urbanos, por não se tratar de uma ferrovia de passageiros. “Como é um trem expresso de cargas, o projeto o desviou dos centros urbanos para evitar transtornos. Essa mudança, inclusive, encurtou o traçado original”, conta Francisco Martins. Essas duas já foram apresentadas e aprovadas pela ANTT. A terceira é a Variante do Convida, um projeto que prevê um pequeno desvio para não seccionar um empreendimento privado. Um outro aspecto de contestação dos especialistas sobre a “justificativa técnica” de exclusão de Suape é o fato de os estudos realizados nunca terem sido publicizados. A pesquisa encomendada pela Valec à Consultoria McKinsey permanece em sigilo. UMA ALTERNATIVA À TRANSNORDESTINA Francisco Martins, que também é engenheiro e ex-diretor de Planejamento e Gestão do Complexo de Suape, defende que Pernambuco persiga outra alternativa de construção do ramal Salgueiro-Suape e que pare de falar de Transnordestina. “Existe uma solução para Pernambuco e ela passa por esquecer a expressão Transnordestina. Prefiro chamar de conexão ferroviária de Suape. Essa concessionária nunca levou Pernambuco a sério. Frente às diferenças competitivas entre Suape e Pecém não dá nem para conversar. O porto cearense não tem carga de retorno. Do ponto de vista ambiental, em cada viagem de ida e volta são mais 200 quilômetros de locomotivas movidas a óleo diesel indo para o Ceará. A opção por Suape é muito menos poluente”, comparou o ex-presidente de Suape. Um dos fatores que comprova a maior competitividade do ramal pernambucano foi a opção da Bemisa, empresa detentora de uma mina de minério de ferro no Piauí, por construir uma ferrovia ligando Curral Novo (PI) até Suape. Em anúncio realizado no ano passado no Palácio do Campo

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PIB de Pernambuco cresceu apenas 0,7% em 2022

De acordo com boletim divulgado pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem), vinculada à Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento regional, no acumulado de 2022 o PIB Pernambucano cresceu apenas 0,7% em relação ao ano anterior. No mesmo período, o desempenho da economia no País foi de crescimento de 2,9%. No 4º trimestre de 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco, a preços de mercado, ficou em – 0,4% em relação ao trimestre anterior do mesmo ano, enquanto o patamar do PIB nacional foi de 1,9%. Em termos de valores correntes, a economia pernambucana no trimestre estudado agregou R$ 68,6 bilhões em valores correntes. No olhar em cada setor, em 2022, a agropecuária cresceu 6,8%; a indústria teve um desempenho de -2,6% em relação ao ano de 2021; e os serviços avançaram 1,2% no período. A análise setorial apenas do 4º trimestre revelou crescimento de 0,5 % para a agropecuária; queda de -2,8% para a indústria; e leve subida de 0,1% para o setor de serviços. O coordenador geral do PIB-PE pela Agência Condepe/Fidem, Maurílio Lima, destacou que nesta primeira divulgação no retorno da instituição à Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento regional e, no momento da nova gestão governamental que se inicia a nível federal, nos estados, em particular em Pernambuco, “começa também o ciclo de Planejamento no estado, para o qual a Agência Condepe/Fidem cumpre uma de suas atribuições , que é a de gerar informações para dar suporte à politicas públicas voltadas para o desenvolvimento estadual”. ANÁLISES SETORIAIS NO ANO DE 2022 Na agropecuária, as lavouras temporárias agregaram 18,5%, com destaque para mandioca, feijão, milho, melancia, melão e batata doce. As lavouras permanentes tiveram índices positivos de 0,6%, sendo encabeçadas porcafé, banana, castanha-de-caju, maracujá, goiaba, uva e coco-da-baia. A pecuária teve uma queda de -1,5%. Destaque positivo para a para leite, bovinos e suinocultura. Já no setor industrial, a indústria da transformação teve um comportamento positivo de 0,6%; a construção civil ficou com – 3,5%; e a produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana representou recuo de –11,4%. Nos serviços, as atividades em destaque são: administração, saúde e educação públicas com 2,3%; atividades imobiliárias e aluguéis 1,6% e outros serviços com 0,5%. ANÁLISES SETORIAIS NO 4º TRIMESTREA Agência Condepe-Fidem apontou que na agropecuária, as lavouras temporárias tiveram índices positivos de 0,9% em destaque para a mandioca, feijão, milho, melancia, melão e batata-doce. Lavouras permanentes tiveram um decréscimo de -1,6%, sendo positiva para a café, banana, castanha-de-caju, maracujá, goiaba, uva e coco-da-baia. A pecuária teve um decréscimo de -1,4%, com destaque positivo para leite, bovinos e suinocultura. No setor industrial, que teve um comportamento negativo de -2,8%, os números da indústria da transformação recuaram em -0,6%; outros – 2,1% foram da construção civil; e, da produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana a queda foi de –13,1%. O setor de serviços teve um acumulado anual de 0,1%. As atividades em destaque são: atividades imobiliárias e aluguéis 1,6% e outros serviços com 1,4%.

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Novo Atacarejo inaugura em Carpina primeira loja do plano de expansão para 2023

Esta será a segunda loja em operação na cidade da Zona da Mata e que abre as portas nesta quinta, dia 09, às 9h, na Rua Conselheiro João Alfredo, 262, gerando 250 novos empregos. Ainda este mês, a previsão é inaugurar mais uma loja no Recife A rede pernambucana Novo Atacarejo inaugura hoje (9) a segunda loja em Carpina, na Zona da Mata Norte. A unidade fica na Rua Conselheiro João Alfredo, 262, Santa Cruz, em Carpina, no trevo que dá acesso a cidades vizinhas como Tracunhaém, Nazaré da Mata, Condado e Lagoa de Itaenga. O empreendimento é a primeira unidade do plano de expansão da rede pernambucana para este ano. Ainda este mês, a previsão da rede de atacarejo é inaugurar mais uma loja no Recife. Com a inauguração do Novo Carpina Trevo, sobe para 19 o número de unidades que entram em operação no Estado, em três anos de atuação da rede. “Foi em Carpina onde começou a história do Novo Atacarejo, com a abertura da primeira loja, em 2019, gerando 300 empregos e ajudando a cidade a se desenvolver e a atender outros municípios da Zona da Mata Norte do Estado. Agora, são mais 250 empregos, novos tributos à cidade e colaborando para abastecer estabelecimentos e pessoas empreendedoras que produzem alimentos para gerar renda”, adiantou o diretor de Marketing do Novo Atacarejo, Milton Amorim.  O Novo Carpina Trevo será climatizado e ocupará 3.780 metros quadrados de área de vendas.

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Mulheres ocupam mais de 80% dos cargos de liderança da maior fábrica de confecções de PE

A força feminina na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, já é conhecida. Foram as mulheres costureiras e empreendedoras que lideraram historicamente a transformação da cidade no coração do polo de confecções. Na maior fábrica da região, a Rota do Mar, não é diferente. A força feminina está presente em todos os setores e prevalece na gestão. Dos 28 cargos de liderança, 23 são ocupados por mulheres (82%) e os demais (13%) por homens. Elas ocupam cargos de presidência, direção, gerência, subgerência e coordenação. A empresa hoje conta com 380 colaboradores, dos quais 170 são mulheres. Os desafios em busca da equidade de gênero em geral ainda são enormes. O relatório Women in Business 2022, da consultoria Grant Thornton, revela que 38% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres. Em 2019, apenas 25% das posições de liderança estavam sob o comando feminino. Apesar do avanço, as mulheres ainda não desfrutam da justa representatividade do seu desempenho no mercado. Empresas como a Rota do Mar são exemplos de como é possível transformar esse cenário ao entender o perfil de cada mulher e ajudar a desenvolver o potencial de cada uma em particular. Na opinião de Ana Carolina de Lima, coordenadora de check- list/corte, as mulheres podem ser tudo que quiserem ser. “Tudo depende do valor que damos aos nossos esforços e sonhos. O que digo para outras mulheres: faça acontecer! Não espere para amanhã, faça hoje. Você não faz ideia do quão longe pode chegar e tudo começa quando você tenta. Se fizer tudo com amor e lealdade você pode ir muito longe”, declarou. Já Renata Balbino, gerente de loja em Caruaru, ressalta a cobrança por perfeição na conciliação de papéis da vida pessoal e profissional. “Podemos errar, temos defeitos, mas não precisamos dar conta sempre de tudo. Mulheres devem inspirar, liderar, mostrar que são verdadeiras heroínas, não das histórias em quadrinhos, mas da vida real. O fato de sermos mães, donas de casa, esposas e filhas muitas vezes nos sobrecarrega. Porém, isso não pode nos impedir e nem limitar as conquistas em qualquer área de nossas vidas”, ressalta. Para Marta Ramos, sócia-fundadora e presidenta da Rota do Mar, ter maioria feminina na liderança da Rota do Mar é motivo de orgulho e uma conquista feita a partir de um olhar atento para a potência que tem o feminino. “Ser líder, enquanto mulher, em um ambiente corporativo é um verdadeiro desafio. Quantas vezes somos colocadas em pequenas caixas? Não podemos nos conformar em ser apenas o que nos ensinaram historicamente a ser. Fazemos questão de lembrar às nossas e a todas as mulheres que elas podem ser o que elas quiserem e estar onde elas desejarem”, comentou. Segundo Marta, as mulheres contratadas pela Rota do Mar recebem o apoio e o estímulo necessário para se desenvolverem. A área de Gestão de Pessoas promove sistematicamente capacitações que buscam não apenas prover formação técnica, mas dar voz, fortalecer as lideranças e empoderar as colaboradoras. “Nosso objetivo é fazer com que enxerguem o seu potencial individual e construam o protagonismo das suas histórias”, comenta. Ao longo dos seus quase 27 anos de mercado, a empresa vem dando espaço naturalmente às mulheres para ocupar o lugar que quisessem, pois acredita que um mundo melhor vai ser construído através das mãos femininas. “Estimulamos esse protagonismo naturalmente e ficamos felizes em saber que elas estão em maioria nos nossos cargos de liderança. Elas são o coração pulsante da nossa indústria, os nossos braços fortes e o nosso olhar para o mundo”, declara Arnaldo Xavier, presidente da empresa. Fundada em 1996, a Rota do Mar é a maior indústria de confecções de Pernambuco e está entre as maiores do Nordeste. A empresa tem sede em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, e produz cerca de 150 mil peças por mês comercializadas em seis lojas próprias, situadas em Santa Cruz do Capibaribe (2), Toritama (2) e Caruaru 2), por meio de revendedores, aplicativo ou e-commerce. Atualmente, conta com 380 colaboradores em suas quatro fábricas, três em Santa Cruz do Capibaribe e uma em Brejo da Madre de Deus.

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Novo título do Tesouro Direto vende R$ 211 milhões em 30 dias

Investimento que complementa aposentadoria custa a partir de R$ 30 Lançado no fim de janeiro como instrumento para complementar a aposentadoria, o título Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra (RendA+) vendeu R$ 211 milhões nos 30 primeiros dias, divulgou o Tesouro Nacional. Se for considerado apenas o primeiro mês, de 30 de janeiro a 28 de fevereiro, as vendas somaram R$ 189 milhões. O valor equivale a 11% do volume vendido em todo o Programa Tesouro Direto nesse período. Mais de 20 mil investidores compraram o RendA+, dos quais 23% (4,6 mil investidores) entraram no Tesouro Direto exclusivamente por causa dos novos papéis. Com um ritmo médio de venda de R$ 10 milhões por dia, o Tesouro calcula que o novo instrumento atingirá um estoque de R$ 2,5 bilhões nas mãos dos investidores em um ano. Segundo o Tesouro Nacional, os papéis preferidos pelos investidores até 1º de março foram os títulos com vencimento em 2030, o mais curto, com R$ 80,3 milhões em compras liquidadas (39% do total). Em seguida, vêm os papéis com vencimento em 2035, com R$ 38,1 milhões (18% do total), e em 2040, com R$ 27,5 milhões (13% do total). Na divisão por faixa etária, dois grupos se destacam: entre 25 e 39 anos (48% do total) e na faixa etária entre 40 e 59 anos (43% do total). Os investidores acima de 60 anos representam apenas 3%. Entre os mais jovens, o grupo de 19 a 24 anos é responsável por 5% e abaixo de 18 anos 2% do total de investidores do produto. A faixa entre 40 e 59 anos concentra 65% de todo o estoque do RendA+. No recorte por gênero, 68% dos títulos foram adquiridos por homens e 32% por mulheres. Complemento Com valor inicial de R$ 30, o RendA+ é oferecido pelo Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas pela internet. O papel permite que o investidor planeje uma data para a aposentadoria e receba uma renda extra mensal por 20 anos. O valor investido será corrigido mensalmente pela inflação mais uma taxa de juros que varia conforme as condições da economia, garantindo o poder de compra do investidor. O valor investido será sempre devolvido em 240 prestações mensais que amortizarão todo o dinheiro investido no produto. O Tesouro Nacional espera a adesão de até 3 milhões de trabalhadores, o que ampliaria o público do Tesouro Direto para cerca de 5 milhões de investidores. Acumulação O período de acumulação de capital, equivalente à vida desse título, é de 7 a 42 anos, dependendo do vencimento escolhido pelo investidor. Existem oito datas de vencimento do papel, de 15 de janeiro de 2030 a 15 de janeiro de 2065, sempre com intervalos de cinco anos entre um título e outro (2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065). O Tesouro Nacional esclarece que os títulos públicos funcionarão como um complemento para a aposentadoria e não substituirá o regime de Previdência por repartição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nem o regime especial de Previdência para o funcionalismo público.

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Cezar Andrade economista FIEPE

Cézar Andrade: “A inflação que estamos vivendo hoje não é de demanda e sim de custos”

Cézar Andrade, economista da Fiepe, foi um dos entrevistados da reportagem de capa da semana da Algomais. Ele destacou os impactos da taxa de juros elevada no desempenho da economia e, em especial, no setor industrial. Ele avalia que a inflação vivida pelo País não é de demanda, mas de custos, e defende que são necessárias medidas para incentivar os empreendedores a aumentar a produção. Existe um intenso debate no cenário nacional sobre o índice de juros. O percentual de 13,75% praticado atualmente é razoável para o cenário de inflação vivido pelo Brasil? Quais os fatores que precisam ser considerados para definição dessa taxa? O principal objetivo do Banco Central com a manutenção da taxa SELIC em 13,75% é o de conter o avanço da inflação, como sugere a teoria monetária. O grande problema, é que a inflação que estamos vivendo hoje não é de demanda e sim de custos, ou seja, a os preços não estão elevados porque a população está consumindo muito e sim porque os custos de produção estão altos. Então, acredito que há mais de um ano, a SELIC já se encontra num patamar suficiente para inibir a atividade econômica e contribuir para desaceleração da inflação. Como as expectativas de inflação tanto para 2023 quanto para 2024 estão acima da meta do Banco Central, é natural essa manutenção da taxa neste patamar, já que este é o principal fator utilizado para definir o valor do índice. Quais os efeitos econômicos da manutenção de uma taxa de juros elevados para o setor industrial? A taxa básica de juros no patamar atual foi um dos fatores determinantes para a desaceleração da atividade econômica no segundo semestre de 2022 e seguirá sendo um limitador significativo para o crescimento da atividade em 2023, quando as previsões para o PIB indicam alta de apenas 0,76%, segundo o Boletim Focus do BC. Além disso, a alta taxa de juros também torna o crédito mais caro, ou seja, no longo prazo, o aumento da taxa pode inibir o investimento produtivo, a taxa mais alta também impede que pessoas que gostariam de investir no lado produtivo o façam, porque elas vão pagar um custo maior de pegar um empréstimo desse capital. Outro fator, é que a elevação da taxa de juros pode influenciar negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos, impactando assim, o emprego e a renda.O aumento da taxa de juros também afeta negativamente o PIB do Brasil, uma vez que pressiona o mercado de crédito e ajuda a desaquecer a economia. Empresas, por exemplo, passam a pensar duas vezes antes de fazer novos investimentos. A taxa de juros e a inflação são alguns dos indicadores na formação da confiança empresarial. Qual o cenário atual de confiança do empresário da indústria? Essas são as maiores preocupações do setor ou outras? Tendo em vista que a alta da SELIC encarece o preço do crédito e que o crédito é um dos fatores necessários para destravar os investimentos dos empresários industriais, essa questão pode sim afetar a confiança. Hoje a confiança do empresário industrial no cenário atual está abaixo do 50 pontos, o que indica uma desconfiança que pode estar alinhada a essa questão. No entanto, existem outras preocupações além dessas no setor, como por exemplo, a dificuldade em conseguir matéria-prima, o alto custo da matéria-prima, demanda interna insuficiente, alta carga tributária, câmbio elevado, entre outros. De forma geral os juros mais elevados são usados como um remédio contra a inflação, mas tem como efeito direto a diminuição da atividade econômica. Existem outros remédios ou eles podem ser desenvolvidos? De fato, a alta da SELIC trata-se de um remédio amargo para conter a inflação, pois exige sacrifício de curto prazo, como por exemplo, baixo crescimento e alta do desemprego. Como boa parte da inflação é de custos, o governo deve agir por meio de suas políticas econômicas e monetárias, a fim de equilibrar a oferta e demanda dos bens, dessa forma, diminui-se a inflação e o preço dos bens passam a diminuir. Uma das formas de controlar a Inflação de custos é criar medidas que visam incentivar os empreendedores a aumentar a sua produção. Dessa forma a oferta volta aos níveis anteriores à inflação, e segundo a lei da oferta e demanda, os preços retornam à normalidade. Esses incentivos podem se dar como diminuição de impostos, ou outras medidas que busquem diminuir o custo de produção dessas empresas, motivando as empresas para que aumentem sua produção.

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Gasolina subirá até R$ 0,34 e etanol, R$ 0,02 com reoneração parcial

Governo elevará Imposto de Exportação sobre petróleo por quatro meses (Da Agência Brasil) A gasolina subirá até R$ 0,34 nas bombas; e o etanol, R$ 0,02 com a reoneração parcial dos combustíveis, disse há pouco o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os valores consideram a redução de R$ 0,13 para o litro da gasolina e de R$ 0,08 para o litro do diesel anunciados mais cedo pela Petrobras. Para manter a arrecadação de R$ 28,88 bilhões prevista até o fim do ano caso as alíquotas dos combustíveis voltassem ao nível do ano passado, o governo elevará o Imposto de Exportação sobre petróleo cru em 9,2% por quatro meses para obter até R$ 6,6 bilhões. Uma nova medida provisória será editada ainda nesta terça-feira (28) para que os novos preços entrem em vigor a partir desta quarta (1º). A nova medida provisória (MP) tem validade até o fim de junho. A partir de julho, informou Haddad, o futuro da desoneração dependerá do resultado da votação no Congresso. Caso os parlamentares não aprovem a MP, as alíquotas voltarão aos níveis do ano passado, com reoneração total. No ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro zerou as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para a gasolina, o etanol, o diesel, o biodiesel, o gás natural e o gás de cozinha. Em 1º de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Medida Provisória 1.157, que previa a reoneração da gasolina e do etanol a partir de 1º de março e a dos demais combustíveis em 1º de janeiro de 2024.  Antes da desoneração, o PIS/Cofins era cobrado da seguinte forma:  R$ 0,792 por litro da gasolina A (sem mistura de etanol) e de R$ 0,242 por litro do etanol. Entre as possibilidades discutidas entre o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, e a Petrobras, estão a absorção de parte do aumento das alíquotas pela Petrobras, porque a gasolina está acima da cotação internacional, e a redistribuição de parte das alíquotas originais da gasolina para o etanol. Galípolo e representantes da Petrobras se reuniram nesta segunda-feira (27).  Com a reoneração parcial, as alíquotas de PIS/Cofins, que hoje estão zeradas, subirão para R$ 0,47 para o litro da gasolina e para R$ 0,02 para o litro do etanol. Por força de uma emenda constitucional, a diferença dos tributos entre a gasolina e o etanol deve ficar em R$ 0,45. O impacto para o consumidor ficará menor justamente porque a Petrobras usará parte do “colchão”, reserva financeira constituída pela companhia porque a gasolina e o diesel estavam acima do preço médio internacional, para absorver parte do aumento do impacto. Impacto fiscal Haddad disse esperar que a petroleira pudesse reduzir o preço em ritmo maior que o anunciado. “Nossa expectativa era maior. Não se está discutindo a política de preços da Petrobras. Aguardamos a decisão da empresa sobre os preços dos combustíveis em março para decidir sobre a reoneração”, explicou. Em relação ao impacto sobre as contas públicas, o ministro disse que o compromisso assumido no início do ano para reduzir o déficit primário está mantido. “A meta estabelecida pelo Ministério da Fazenda em janeiro é de déficit inferior a 1% [do PIB]. E de ter um novo arcabouço fiscal aprovado para estabelecer o equilíbrio necessário para o país voltar a crescer”, declarou Haddad. Com o aumento do imposto sobre as exportações de óleo cru, o governo continuará a reforçar o caixa com os R$ 28,88 bilhões anunciados em janeiro. O ministro também rejeitou as alegações de que a reoneração signifique aumento da carga tributária. “Não estamos pensando em aumento da carga tributária. Estamos pensando na recomposição do Orçamento em relação à receita e à despesa, em manter a arrecadação e os gastos dentro da média histórica”, declarou. Ele ressaltou que a tributação das exportações de petróleo impactará a Petrobras e as demais exportadoras de óleo cru em 1% do lucro do setor. “Esse valor [de 1%] está na medida provisória”, destacou. Haddad disse esperar que a medida ajude o Banco Central a reduzir os juros no futuro. Segundo ele, as taxas atuais estão altas e prejudicam a retomada da economia brasileira.

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Baixar ou não baixar as taxas de juros: Eis a questão

Enquanto as prévias carnavalescas já ferviam em Olinda, na passarela do debate econômico nacional e do Painel Mensal da Agenda TGI estava em destaque a taxa de juros do País. Com a manutenção da Selic no patamar de 13,75%, o Banco Central passou a receber críticas duras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Usada como um remédio para ajudar no combate à inflação, a taxa tem como efeito adverso o esfriamento das atividades econômicas. Passada a Quarta-Feira de Cinzas, o embate, que transita entre o feeling político e as doutrinas da economia, volta ao palco. Afinal, os juros do Brasil estão adequados ou não para o momento em que vivemos? Puxado pelo presidente Lula, as discussões sobre a Selic e, em paralelo, a meta de inflação do País, colocou em lados opostos referências do mercado financeiro, da classe empresarial e política. Enquanto o Governo Federal por um lado luta para dinamizar a economia e conseguir a almejada retomada do crescimento, por outro, o Banco Central usa as ferramentas que têm em mãos para conter a inflação e levá-la à meta de 3,25% em 2023. “A definição da taxa de juros de referência (Selic) é essencialmente técnica. O Copom (Comitê de Política Monetária), composto pelo presidente e pela diretoria colegiada do Banco Central, estipula qual a taxa que pode empurrar a inflação para dentro da meta, analisando o comportamento de um conjunto de variáveis econômicas, fiscais e até políticas”, explicou o economista Sérgio Buarque. Leia a reportagem completa na edição 206 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Gasolina e etanol voltarão a ter impostos a partir do final do mês

Uma das grandes bombas deixadas para a transição será sentida no bolso dos brasileiros a partir de março. A desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que começou às vésperas do processo eleitoral de 2022, terminará no próximo dia 28. Com o retorno de cobrança das alíquotas, a expectativa é de que seja acrescentado R$ 0,792 por litro da gasolina A (sem mistura de etanol) e de R$ 0,242 por litro do etanol. O repasse aos consumidores depende do valor definido pelas distribuidoras e dos postos. O aumento do preço dos combustíveis tem um impacto direto e indireto na inflação, visto que deve incidir em algum grau sobre a maioria dos produtos, visto que atinge o custo de logística das mercadorias. Aos cofres públicos, no entanto, a medida deve render R$ 28,88 bilhões ao caixa do governo em 2023. É importante observar o real efeito que a medida terá nas bombas de combustíveis a partir de 1º de março, além do tamanho do impacto inflacionário geral.

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