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Forte Noronha

Qualidade de vida: Confira o ranking das 10 melhores cidades de Pernambuco

Fernando de Noronha lidera ranking de qualidade de vida em Pernambuco, segundo IPS Brasil. Recife e Olinda também se destacam; levantamento nacional avalia 185 municípios do estado com base em indicadores sociais e ambientais Um novo retrato sobre a qualidade de vida nos municípios pernambucanos acaba de ser divulgado. A primeira edição do Índice de Progresso Social Brasil (IPS Brasil) analisou o desempenho socioambiental de todos os 185 municípios de Pernambuco, destacando Fernando de Noronha como a cidade com melhor pontuação do estado, com nota 65,02 em uma escala de 0 a 100. A capital Recife aparece em segundo lugar (63,73), seguida por Olinda (63,63). Avaliação socioambiental detalhada O IPS Brasil é uma das ferramentas mais completas para medir o progresso social dos municípios brasileiros, utilizando 53 indicadores públicos de diversas fontes oficiais. O índice é composto por três grandes dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-Estar e Oportunidades. Em Fernando de Noronha, o destaque ficou por conta da infraestrutura de água e saneamento, fator essencial para garantir a qualidade de vida dos moradores. Embora tenha se saído bem em diversos quesitos, o arquipélago apresentou baixa pontuação no componente Direitos Individuais, mostrando que, mesmo nos municípios com melhor desempenho, ainda há gargalos a serem enfrentados. Já Recife obteve reconhecimento nacional ao conquistar a 10ª posição no país no quesito Acesso à Educação Superior, mas também precisa avançar em inclusão social, área em que ainda enfrenta desafios relevantes. Pernambuco: desempenho médio A média estadual de Pernambuco foi de 59,22, colocando o estado na 17ª colocação entre as 27 unidades federativas. O estudo revelou disparidades significativas entre os municípios, com Carnaubeira da Penha e Paranatama obtendo os piores resultados do estado, ambos com notas abaixo de 50. Esses dados mostram como a desigualdade regional ainda impacta a qualidade de vida dos pernambucanos. Ranking das 10 cidades com melhor qualidade de vida Além dos três primeiros colocados, o ranking inclui também Ingazeira (62,88), Caruaru (62,75), Carpina (62,73), Paulista (62,71), Quixaba (62,58), Petrolina (62,50) e Camocim de São Félix (62,47). Os resultados mostram que tanto cidades grandes quanto municípios de menor porte podem alcançar bons índices, desde que invistam em políticas públicas eficazes e infraestrutura básica. Ranking das 10 cidades com melhor qualidade de vida em Pernambuco, segundo a primeira edição do IPS Brasil: Ferramenta de gestão territorial O IPS Brasil se baseia na metodologia internacional do Social Progress Imperative, que desde 2014 monitora a qualidade de vida em mais de 170 países. A versão brasileira do índice pretende ser uma ferramenta de gestão territorial estratégica, ajudando gestores públicos, organizações e cidadãos a identificar pontos fortes e áreas que precisam de atenção. Com atualização anual a partir de 2024, o índice permitirá acompanhar a evolução dos municípios ao longo do tempo, contribuindo para o planejamento de políticas públicas baseadas em evidências. No site oficial do projeto (https://www.ipsbrasil.org), é possível acessar o perfil completo de cada município.

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Sudene discute alternativas para avanço da Transnordestina em Pernambuco

Evento reúne autoridades e setor produtivo para destravar investimentos e acelerar obras da ferrovia. Fotos: Elvis Aleluia (Ascom/Sudene) Os estudos para as obras da Transnordestina em Pernambuco avançaram com novos investimentos e planejamento estratégico desde que a Infra SA assumiu o projeto. Durante o evento “Diálogos do Desenvolvimento: Transnordestina e Pernambuco”, realizado nesta quarta-feira (2), representantes do Governo Federal, gestores estaduais e especialistas do setor ferroviário discutiram soluções para destravar recursos e acelerar as obras do trecho que liga Salgueiro ao Porto de Suape. Com 544 quilômetros de extensão e 38% da construção já concluída, o projeto terá novos editais de contratação lançados ainda em 2025, com previsão de início da retomada da construção no primeiro semestre de 2026. Além do encontro da Sudene, nesta semana o presidente da Infra SA, Jorge Bastos, também esteve em Pernambuco para falar sobre o calendário do empreendimento em encontro na Fiepe. Representantes do Governo Federal ouviram as demandas locais Um dos atrativos do encontro foi a presenta do secretário nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Eduardo Tavares, e do secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Cezar Ribeiro, do Ministério dos Transportes. Além deles, participou remotamente ainda o representante da Infra SA, André Luís Ludolfo, diretor de empreendimentos. Como a obra é realizada com recursos federais e financiamentos dos diversos instrumentos de fomento para o desenvolvimento regional e do setor, a percepção do Governo Federal do engajamento do empresariado local com os atrasos nesse empreendimento é um fator importante no avanço do projeto. Além da classe política, engenheiros especializados em ferrovia aproveitaram a oportunidade para sinalizar suas preocupações e desconfortos com o andamento das obras. O calendário atual aponta para a conclusão apenas em 2029 no trecho pernambucano. Investimentos e impacto na economia nordestina O plano ferroviário para o Nordeste prevê a integração da Transnordestina com a Ferrovia Norte-Sul e outros trechos estratégicos, totalizando mais de 5.500 quilômetros de trilhos e um investimento estimado de R$ 46,3 bilhões. "Nosso objetivo é ampliar o diálogo e criar um canal de participação efetivo para todos os atores que planejam e executam a obra", afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. A autarquia já destinou R$ 4,2 bilhões ao projeto por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), sendo R$ 400 milhões liberados em janeiro de 2024. Além da retomada das obras públicas, o governo avalia um novo modelo de concessão, com incentivos fiscais e acesso a fundos constitucionais, para garantir a conclusão do trecho pernambucano. Novo cenário para a Transnordestina O consultor empresarial, Francisco Cunha, que tem liderado o projeto Pernambuco em Perspectiva, ressaltou a urgente necessidade de revisar o projeto, após o longo período de gestação das obras e de abandono da proposta inicial pela concessionária da Transnordestina. "Todos temos contribuição política no fato de ter trazido Pernambuco para o redesenho da Transnordestina, agora ela precisa estar articulada com a dimensão técnica. Esse redesenho exige uma discussão técnica, pois não é mais a mesma Transnordestina que foi esboçada e traçada. É outra. Não é só completar o que estava lá. Essa é a questão que está em jogo, o passo da vez a ser dado. Caso contrário, vamos fazer a ferrovia errada". Monitoramento e próximos passos A necessidade de maior previsibilidade nos cronogramas e a adoção de soluções inovadoras para superar desafios técnicos foram pontos centrais do encontro. A economista Tânia Bacelar destacou a importância da conexão da Transnordestina com a Ferrovia Norte-Sul, o que fortaleceria as exportações do Nordeste e reduziria custos logísticos. Como medida para garantir o avanço do projeto, a Sudene anunciou a criação de uma comissão multissetorial que acompanhará o andamento das obras e facilitará a articulação entre os envolvidos. "Nosso foco é fortalecer o monitoramento e acelerar o processo de tomada de decisões para que a ferrovia avance sem novos entraves", concluiu Cabral. Participaram no encontro Estiveram presentes no evento o deputado estadual João Paulo, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, o presidente do consórcio de municípios Comagsul, prefeito Marivaldo Pena (Altinho), o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, a vice-presidente do Sinduscom, Betinha Nascimento, o consultor da TGI Francisco Cunha, além de lideranças empresariais, representantes da Academia e da sociedade civil organizada.

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Abril: mês para celebrar a saúde

No dia 06 de Abril será celebrado o Dia Mundial da Atividade Física, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para incentivar o combate ao sedentarismo e promover mais qualidade de vida. No entanto, grande parte dos brasileiros ainda não inseriram a prática de atividade física nos níveis recomendados pela OMS. A pesquisa “Saúde e Trabalho”, divulgada pelo Serviço Social da Indústria (SESI) em 2023, com pessoas de todos os estados brasileiros acima de 16 anos, mostrou que 39% das pessoas nunca fazem atividade física e outras 13% as fazem raramente. Apenas 22% fazem atividade física de forma diária. O número é referente a exercícios no tempo livre, excluindo deslocamento para trabalho ou escola e atividades ocupacionais. “A falta da prática regular de exercícios é uma questão preocupante, pois o sedentarismo está entre os principais fatores de risco para doenças crônicas como diabetes, hipertensão, obesidade, problemas cardiovasculares e osteoporose, reduzindo a expectativa e a qualidade de vida”, alerta o personal trainer Hilto Garcia. Conforme destaca o especialista, a OMS recomenda pelo menos 150 minutos semanais de atividade moderada ou 75 minutos de exercícios intensos. Atividades como caminhada, natação, ciclismo, musculação são alternativas para quem quer iniciar, promovendo melhorias na saúde e no bem-estar. “O mais importante é começar respeitando os limites do corpo e, se possível, com a orientação de um profissional de educação física. A progressão deve ser gradual, para evitar lesões e garantir uma adaptação saudável à nova rotina”, orienta Hilto Garcia. Musculação: por que incluir atividades de força na sua rotina? Com o passar dos anos, a perda de massa muscular se torna inevitável, mas os treinos de força podem desacelerar ou até reverter esse processo. Os músculos vão muito além da função motora e da manutenção da autonomia para as atividades diárias, eles são fundamentais para o armazenamento de glicose, o metabolismo de lipídios e até para a imunidade. "Os exercícios aeróbicos são essenciais para a saúde cardiovascular e pulmonar, mas, sozinhos, não proporcionam o estímulo necessário para o ganho de força e massa muscular. O ideal é combinar ambas as modalidades para obter benefícios completos”, orienta Hilto Garcia. Procure sempre a orientação do personal trainer da sua academia. Como dar os primeiros passos em direção a uma vida mais ativa? Escolha um esporte ou exercício que você goste: dar o primeiro passo é sempre um desafio, mas encontrar uma atividade prazerosa pode tornar essa transição mais fácil. Experimentar diferentes modalidades até encontrar algo que goste é uma boa estratégia. O mais importante nesse início é criar o hábito, manter a regularidade e permitir que o corpo se adapte gradualmente ao exercício. Conte com a orientação de um profissional: buscar a ajuda de um profissional de educação física é relevante para elaborar um plano de treino adequado às suas necessidades e limitações. O acompanhamento correto reduz o risco de lesões e garante que os exercícios sejam realizados de forma eficiente. Estabeleça metas realistas: definir objetivos alcançáveis é fundamental para manter a motivação. O foco deve estar na consistência, e não na intensidade extrema. Pequenos avanços diários são mais eficazes do que grandes esforços esporádicos. Cuide do seu bem-estar de forma integral: cuidar da saúde vai além do treino e da alimentação. Uma rotina equilibrada envolve boas noites de sono, hidratação adequada e momentos de lazer. O bem-estar mental e físico caminham juntos. Se um dia não sair como planejado, não se culpe. Retome seus hábitos saudáveis no dia seguinte e siga em frente. Ajuste sua alimentação para ter mais energia: as pequenas mudanças nos hábitos alimentares fazem toda a diferença. Priorizar alimentos naturais, como frutas, legumes e verduras, e reduzir o consumo de industrializados, embutidos e açúcares ajuda a melhorar a disposição e o desempenho físico. Além disso, manter uma boa hidratação é essencial para o bom funcionamento do organismo. Uma das maiores mudanças para a qualidade de vida acontece quando alguém deixa o sedentarismo e passa a se movimentar regularmente, atingindo pelo menos as recomendações mínimas. No entanto, quanto maior a frequência, a duração e intensidade na prática de exercícios, sempre respeitando os limites do corpo e a importância do descanso, maiores serão os benefícios para a saúde”, destaca o personal trainer Hilto Garcia. Hilto Garcia é formado em Educação Física pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - @hiltopersonal Abril Verde: mês de combate ao sedentarismo O Sistema CONFEF/CREFs (Conselho Federal de Educação Física e Conselhos Regionais de Educação Física) promove, anualmente, o Abril Verde: mês de combate ao sedentarismo  – aproveitando o Dia Mundial da Atividade Física (6 de abril) e o Dia Mundial da Saúde (7 de abril). A campanha traz, durante todo o mês de abril, informações sobre o sedentarismo, como seus impactos em diversos aspectos da saúde física, mental, social e financeira do país. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais sedentário da América Latina e ocupa a quinta posição no ranking mundial. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 47% dos brasileiros são sedentários. Já entre os jovens, o número é maior e ainda mais alarmante: 84%. Os gastos diretos com cuidados de saúde devido à inatividade física chegam a quase 4 bilhões de dólares anuais no Brasil, evidenciando a necessidade de políticas públicas eficazes para incentivar a prática de atividades físicas. O sedentarismo está ligado à maior parte das doenças crônicas, como obesidade, diabetes, demência, câncer, hipertensão e dislipidemia, que são os fatores de risco principais da doença cardiovascular. O exercício físico sistematizado e orientado por profissional de Educação Física combate doenças metabólicas, cardiovasculares, pulmonares, musculoesqueléticas, psiquiátricas e neurológicas. O Guia de Atividade Física para a População Brasileira, documento de 2021 do Ministério da Saúde, recomenda que devem ser oferecidas, pelo menos, três aulas de educação física de 50 minutos cada, por semana, ao longo de todos os anos da Educação Básica, incluindo a Educação Infantil. Ministério e Secretarias de Educação, lamentavelmente, ignoram tais evidências. É imprescindível pensarmos em políticas transversais. A articulação de diferentes políticas,

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Adriana Figueira

"Podemos produzir alimento na cidade, reduzindo a emissão de gás de efeito estufa"

Na sede da Prefeitura do Recife há um terreno com mais de 70 espécies de plantas, onde é produzido adubo orgânico para cultivar alimentos em locais como escolas e unidades de saúde. A secretária executiva de Agricultura Urbana, Adriana Figueira, fala dessa e outras ações que visam à segurança alimentar, à preservação ambiental e à geração de renda aos produtores urbanos. Foto: Helia Scheppa Em várias regiões do Brasil é comum semear milho no Dia de São José, 19 de março, para que possa ser colhido no São João. E foi seguindo a tradição que, na semana passada, foram realizados mutirões para o plantio do cereal em diversas regiões do Recife. Os mutirões seguem até 1º de abril e incluem ainda a implantação do Primeiro Corredor Agroecológico da cidade, com o cultivo de sementes de arroz, crotalária, feijão, feijão-de-porco, gergelim, girassol e guandu. A iniciativa despertou o interesse de muita gente que tem participado da plantação coletiva. Essa foi uma das várias ações criativas da Seau (Secretaria Executiva de Agricultura Urbana do Recife), com o objetivo de disseminar o cultivo de alimentos na cidade. A atuação é bem diversificada e inclui parcerias com os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) para utilizar o trabalho com a terra como recurso terapêutico; com crianças em escolas e creches; com reeducandos do sistema prisional (alguns já cumpriram pena e geram renda comercializando adubo orgânico que aprenderam a produzir), e com terreiros de religiões de matriz africana para cultivar suas plantas sagradas. Nesta entrevista a Cláudia Santos, a secretária da Seau, Adriana Figueira, explica como tem promovido essas ações, fala dos desafios de encontrar áreas na cidade para plantar e para obter financiamentos que são voltados, exclusivamente, para a agricultura rural. Apesar das dificuldades, ela afirma que a agricultura urbana de base agroecológica (sem uso de agrotóxicos) é uma espécie de filosofia de vida e acredita no seu propósito de alimentar as pessoas, contribuir para o Recife se tornar mais resiliente às mudanças climáticas e gerar renda para os que mais necessitam. Secretária, muita gente desconhece o que seja agricultura urbana, então a senhora poderia explicar? A agricultura urbana é uma agricultura – como o próprio nome sugere – que não vai ser realizada na área rural, mas na área urbana. Na secretaria optamos pela agricultura de base agroecológica, ou seja, não usamos agrotóxicos. É uma filosofia de vida, que considera o mundo de uma forma mais holística. Não é só cultivar, mas cultivar sem afetar a natureza, sem destruir. Também visa ao benefício humano, ou seja, à segurança alimentar e nutricional, e ainda estabelece que a produção cultivada possa ofertar um retorno financeiro às pessoas que produzem. Então, é um conjunto equilibrado, em que a pessoa planta, produz, consume, tem a possibilidade de renda, e os resíduos dessa atividade são reutilizados para a compostagem, que vai produzir adubo orgânico e alimentar novas plantas. E, aí, completa o ciclo, sempre pensando nessa questão da economia circular. Quais os benefícios em relação às mudanças climáticas? A filosofia da agroecologia tem tudo a ver com a questão climática. Quando se está compostando, evita-se a necessidade de veículos transportarem resíduos orgânicos para o aterro sanitário e, portanto, evita-se o consumo de combustível fóssil que contribui para a emissão de gases de efeito estufa. Vale lembrar que o próprio aterro sanitário produz esses gases. Desde que iniciamos nosso trabalho, já evitamos que toneladas de resíduos fossem para aterros. O Plano Local de Ação Climática do Recife, lançado em 2020 por Geraldo Julio, já prevê a questão da agricultura urbana que é uma forma de plantio para reverter ou para minimizar a emissão dos gases de efeito estufa.  Quais são os desafios da agricultura urbana?  Um dos desafios é a falta de terrenos para plantar. Para resolver esse problema, colocamos hortas em muitas escolas e fomos ampliando com hortas comunitárias, no CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e há muitas parceiras surgindo, inclusive, com os terreiros (de religiões de matriz africana). Algumas pessoas que trabalham com a gente são de terreiros e sugeriram esse trabalho que está sendo bem interessante também.  A nossa secretaria criou o Sistema Agroflorestal Urbano e Compostagem, situado num terreno dentro da sede da prefeitura, no térreo, que conta com mais de 70 espécies, combinando árvores com plantas de interesse agrícola, como frutíferas, leguminosas, hortaliças e PANCs (plantas alimentícias não convencionais) e medicinais. O espaço recebe visitas de alunos e servidores públicos. Em 2024, cerca de 300 pessoas, entre adultos, jovens e crianças, já visitaram o espaço, participando de vivências e oficinas voltadas para a conscientização ambiental. Quando terminou a pandemia, começamos a recolher, nas salas dos 15 andares do prédio da Prefeitura, pó de café para colocar na compostagem juntamente com outros resíduos orgânicos e as folhas da varrição do prédio. Além disso, criamos o projeto chamado Recolheita, em que coletamos resíduos orgânicos dos mercados da Encruzilhada e do Cais de Santa Rita. A perspectiva é fazer parcerias com mais outros mercados. Essa ação de recolhimento de alimentos orgânicos conta com a parceria da Secretaria de Saúde do Recife (Vigilância Sanitária, por exemplo), da Emlurb (Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife) e da Conviva Mercados e Feiras – Autarquia Municipal. O programa ainda não foi oficialmente lançado, mas já estamos realizando testes nesses dois mercados públicos para avaliar e aprimorar a iniciativa. Também planejamos colocar pontos de coleta de alimentos não perecíveis, como feijão e arroz, para destinar à doação.  O sonho da gente é colocar em cada Região Político-Administrativa da cidade um sistema agroflorestal junto com a compostagem, porque ele é perfeito:  existe a plantação e o aproveitamento desses resíduos para evitar a emissão de gás para o meio ambiente. No ano passado, o Sistema Agroflorestal Urbano e Compostagem converteu 138 toneladas de resíduos orgânicos em 76 toneladas de adubo, que são distribuídos para as unidades produtivas da secretaria, que engloba 30 hortas de escolas e creches, 15 Unidades de Saúde, 6 Terreiros, 8 hortas institucionais e 11 hortas comunitárias. Esses resíduos,

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trabalho hibrido

Trabalho híbrido melhora saúde e produtividade dos funcionários, aponta pesquisa

Estudo revela que modelo flexível reduz afastamentos, estresse e impulsiona bem-estar Um novo estudo do International Workplace Group (IWG) aponta que o trabalho híbrido não apenas melhora a produtividade, mas também contribui para a saúde e o bem-estar dos funcionários. A pesquisa, realizada com 4.000 trabalhadores híbridos nos Estados Unidos e no Reino Unido, revelou que 36% dos entrevistados tiram menos dias de afastamento médico, enquanto 74% afirmam que o modelo flexível facilita a realização de exames preventivos e check-ups. Além da redução de faltas, o levantamento destaca que 70% dos trabalhadores híbridos relatam menor incidência de condições de saúde relacionadas ao estresse. Entre os principais fatores para essa melhora está a diminuição do tempo gasto com deslocamentos diários, que, para 80% dos entrevistados, contribui diretamente para um maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal e menores níveis de ansiedade. A médica Dra. Sara Kayat reforça os benefícios do trabalho híbrido para a saúde dos profissionais. “Está claro a partir desta pesquisa que os modelos de trabalho híbrido estão oferecendo aos funcionários não apenas maior flexibilidade, mas também benefícios reais para a saúde. Ao reduzir o desgaste físico e mental causado por longos deslocamentos diários, os trabalhadores conseguem gerenciar melhor suas condições de saúde, acessar cuidados preventivos e reduzir o estresse”, explica. O impacto positivo do modelo híbrido também é percebido no desempenho corporativo. Segundo a pesquisa, 75% dos CEOs afirmam que a adoção dessa modalidade elevou a produtividade das equipes, enquanto 77% notaram um aumento no engajamento dos colaboradores. Para Tiago Alves, CEO Brasil do IWG, essa tendência veio para ficar. "Os modelos de trabalho híbrido têm se mostrado uma solução estratégica para empresas e trabalhadores no Brasil e no mundo, proporcionando uma combinação perfeita de flexibilidade e bem-estar", afirma. O estudo surge em meio a preocupações globais sobre o impacto das ausências prolongadas no ambiente de trabalho. Estimativas indicam que doenças prolongadas podem resultar em perdas de até US$ 42 bilhões em produtividade por ano. Diante desse cenário, a adoção de arranjos flexíveis se torna uma estratégia cada vez mais valorizada por empresas que buscam eficiência e qualidade de vida para seus colaboradores. Benefícios do Trabalho Híbrido para Saúde e Produtividade 📌 36% tiram menos dias de afastamento médico📌 70% sofrem menos com condições relacionadas ao estresse📌 74% realizam mais exames preventivos e check-ups📌 80% têm melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional📌 75% dos CEOs notam aumento na produtividade📌 77% percebem maior engajamento dos colaboradores 🔹 Impacto financeiro: Afastamentos prolongados podem gerar perdas de US$ 42 bilhões em produtividade anualmente

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William Tavares

Ei, moçada da terceira idade: esta matéria é pra vocês! 

Treinamento de força pode ser feito até em casa e é vital para a prevenção de quedas, 2ª causa de morte de idosos no país Depois da pandemia da Covid-19, aprendemos que o cuidado com a nossa saúde é condição sine qua non para a nossa própria sobrevivência. Digo-lhes ainda mais: entendemos que os nossos hábitos estão intrinsecamente ligados à nossa qualidade de vida e, consequentemente, são passaporte para a longevidade. Fomos sacudidos para fora do sofá, já que o sedentarismo é um prato cheio para doenças. E pra quem é do time da terceira idade, nem vá pensando que a conversa não é mais com você: leia esta matéria até o fim e descubra os benefícios de se manter ativo, praticando o treino mais adequado à sua faixa etária. Pra começo de conversa, o personal trainer William Santos nos lembra que são os exercícios que, além de lhes dar qualidade de vida, como mais vigor e disposição, previnem doenças crônicas como as cardiovasculares, controlam o diabetes e melhoram a artrite (aquela das dores nas articulações). “Além disso, atuam no fortalecimento muscular e podem reverter ou reduzir o risco de sarcopenia, que é a perda de massa muscular comum durante o processo de envelhecimento”, explica.  O profissional diz que, hoje, o treinamento de força está no topo das indicações para a faixa etária. Sim, ninguém quer que vovôs e vovós vivam na dependência extrema de familiares ou cuidadores para que tenham garantido o direito de ir e vir!  Mas, sem um corpo preparado, o grupo social é o mais suscetível a acidentes, de vários tipos: tombos de escadas, telhados, de lajes desprotegidas, além de quedas da própria altura (QPAs), quando a pessoa desaba subitamente da posição ereta, caindo no próprio nível em que se encontra.  Segundo o Ministério da Saúde, o número de idosos que morreram em decorrência de quedas subiu de 4.816, em 2013, para 9.569, em 2022, um aumento de quase 100%, sendo, inclusive, a segunda causa de morte da faixa etária no país. Em 2024, o Brasil teve 93 mil atendimentos e 122 mil internações no SUS entre pessoas com mais de 60 anos - até o presidente Lula acidentou-se no Palácio da Alvorada, em outubro, aos 78 anos.  Bom para o corpo e para o cérebro Pesquisa da Unicamp revela que a musculação previne até Alzheimer  Deixando o perigo das estatísticas de lado, o ganho na saúde do cérebro prova que vale a pena colocar o tênis, legging ou bermuda e enfrentar a academia ou o horário com o profissional de Educação Física. “Além do ganho de força e massa muscular, essas atividades garantem mais autonomia e equilíbrio. E já é há comprovação científica de que a prática da musculação pode proteger o cérebro de idosos contra demências, ajudando na memória e no desenvolvimento cerebral”, acrescenta William Santos.  E o personal tem razão, viu?! Os resultados de um estudo publicado na revista científica GeroScience, em janeiro, indicam que fazer musculação melhora a performance de idosos em testes de memória e até protege de alterações no cérebro relacionadas ao Alzheimer. A pesquisa foi conduzida por cientistas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e do Hospital Albert Einstein, em parceria com institutos dos EUA.  Atividades físicas podem ser feitas até em casa  Mas tem que ter acompanhamento do profissional educação física e de médico Agora vamos de dicas para o seu bloco de notas ou para enviar no grupo de WhatsApp e dar uma força aos seus familiares. “Há quem goste de academia, mas, outros não se sentem à vontade. Isso não é problema. Os exercícios podem ser feitos em casa, mas sempre prescritos por um profissional de educação física habilitado, com acompanhamento médico contínuo”, ressalta William.  O professor recomenda que, inicialmente, as atividades sejam incluídas de duas a três vezes na semana, com sessões de 20 a 30 minutos cada, sempre no mesmo horário, para se tornar um hábito mais facilmente. As séries que não devem faltar para esse grupo vão de agachamento, passando pela flexão de braços adaptada, panturrilha em pé, elevação lateral de braços e flexão de joelho, de pé.  “Senta e levanta tradicional para fazer o agachamento - usando para apoiar uma poltrona, cadeira, sofá -, o que vai dar mais segurança ao idoso no movimento. Para os braços, apoiar as mãos numa parede à sua frente, fazendo a flexão do cotovelo, levando o tronco próximo à parede e o empurrando de volta, sem tirar a mão do lugar. A panturrilha, segundo coração do nosso corpo, não pode ficar esquecida - o(a) aluno(a) pode também usar algum apoio, como cadeira ou novamente a parede. A chamada ‘batata da perna’, é fundamental na circulação sanguínea e o seu fortalecimento ajuda a proteger contra doenças cardiovasculares”, lembra William. Quem puder e quiser complementar, pilates, ioga, hidroginástica e caminhadas também atuam no fortalecimento muscular, ainda recomenda o profissional.  @williamsantospersonal Academia adota protocolos de proteção à mulher Protocolo Violeta Inspirada no Protocolo Violeta, regulamentado no Recife para prevenir a importunação sexual em espaços públicos e privados, a Selfit Academias reforça seu compromisso com a segurança das alunas por meio de ações contínuas para criar ambientes seguros e acolhedores em todas as suas unidades no Brasil. A iniciativa surge diante do aumento dos casos de estupro no Brasil, que em 2023 registrou um crime a cada seis minutos, segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Ações continuas Entre as medidas adotadas pela rede, estão o distanciamento imediato entre a vítima e o agressor, a remoção do agressor do local quando necessário, monitoramento com armazenamento de imagens por pelo menos 180 dias e a fixação de cartazes informativos sobre o protocolo e formas de pedir ajuda. Ambiente acolhedor A Selfit promove treinamentos constantes para suas equipes, capacitando os funcionários sobre como agir em situações de violência e importunação sexual, além de orientações sobre igualdade de gênero e respeito à diversidade. “Nosso objetivo é garantir que todas as alunas treinem com tranquilidade, sabendo que podem contar com um espaço

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Paulo Dalla Nora Macedo

"Com Trump, a Europa terá que se aproximar da China e do Brasil. Criamos um programa para abrir mercados via Portugal".

Paulo Dalla Nora Macedo, economista e restaurateur, lançou, com o jornalista Guilherme Amado, o projeto Lisboa Connection, que estreia em junho um videocast e terá outros produtos com o intuito de fazer conexões do empresariado brasileiro com o mercado europeu a partir de Portugal. Ele afirma que a conjuntura atual, com os EUA se distanciando do Velho Continente, é propícia para esses negócios. Quando o economista Paulo Dalla Nora Macedo abriu o restaurante Cícero, na capital portuguesa, além de surpreender na decoração – composta por várias obras de artistas modernistas, a maioria pernambucanos – ele também inovou ao promover no bistrô debates com personalidades da cena política, artística e econômica. Agora, em parceria com o jornalista Guilherme Amado, ele leva essas conversas, a partir de junho, para o YouTube no videocast Lisboa Connection. Entretanto, ele inovou mais uma vez porque não se trata de um mero programa de entrevistas. “O videocast é a âncora do projeto”, distingue Macedo. Foram estruturados também outros produtos com objetivo de contribuir com negócios que desejam atuar na Europa. A ideia é fazer de Portugal uma conexão para o Velho Mundo. Haverá entrevistas mais curtas para o LinkedIn, abordando o ecossistema de inovação e, numa outra vertente, será realizado um seminário imersivo, para um grupo de empresários interessados em se posicionar no mercado europeu. Antes mesmo de o videocast estrear, o projeto foi lançado na residência do advogado Kakay (Antônio Carlos de Almeida Castro) e contou com convidados estrelados, como os ministros do STF Gilmar Mendes e Dias Toffoli; o presidente da Câmara dos Deputados Hugo Mota; os ministros José Múcio e Ricardo Lewandowski; e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, entre outros. O Lisboa Connection chega num momento oportuno, quando o presidente Donald Trump se distancia da Europa, num movimento que, segundo Macedo, levará o continente a buscar novos parceiros. Nesta entrevista a Cláudia Santos o empresário explica o seu novo projeto e analisa a conjuntura internacional. Qual a proposta do projeto Lisboa Connection? Esse projeto surgiu a partir do restaurante que tenho em Lisboa, o Cícero, onde já organizamos debates com a participação da imprensa brasileira e portuguesa e convidados do meio político, cultural e empresarial de Portugal e do Brasil. Chegamos a fazer mais de 15 debates com convidados como José Manuel Durão Barroso, ex-presidente da Comunidade Europeia; Gilmar Mendes (juiz do STF), Antônio Grassi (ator), enfim, muitos artistas, políticos e empresários já participaram e isso foi ganhando maturidade. Então, fui procurado por Guilherme Amado, jornalista de política brasileiro, que estava com a ideia de lançar um canal no YouTube, e eu disse a ele que já tinha um projeto desenhado e com nome registrado. Assim, surge o Lisboa Connection, que tem esse nome porque pensamos em Lisboa como um ponto de conexão para negócios do Brasil na Europa, mas não é o destino final, porque Portugal é uma economia muito pequena. O projeto não trata apenas das relações Brasil/Portugal. Eu disse a Guilherme: “tem que ser um programa que faça conexão para abrir mercados via Portugal para a comunidade europeia, ainda mais porque, nos próximos dois anos, o presidente do Conselho da Europa (o segundo cargo mais importante da instituição) é o antigo primeiro-ministro de Portugal, o Antônio Costa”. Ele topou a ideia e fomos buscar patrocinador para o programa. Em dezembro, conseguimos o patrocínio da Embraer, que é empresa brasileira que mais exporta tecnologia e tem presença forte e crescente na Europa, principalmente com aviões na área de defesa e de carga. Anunciamos o videocast recentemente e ele vai ao ar em junho. A âncora do projeto será o videocast que, na primeira temporada de um ano, terá 14 episódios, que são entrevistas de 25 minutos com personagens fundamentais da relação Brasil/Europa, não só políticos, mas também empresariais, culturais, etc. Além do videocast, haverá produtos específicos segmentados como entrevistas mais curtas para o LinkedIn, abordando negócios e o ecossistema de inovação, que tem uma conexão forte com a Europa, especialmente com Portugal, que virou um hub de inovação por causa do Web Summit, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo que acontece em Lisboa há mais de 10 anos. Teremos entrevistas, por exemplo, sobre desafios e oportunidades proporcionadas pela inteligência artificial. Na área de cultura, também teremos conteúdo para o Instagram, com novos serviços e produtos voltados para essa área, desde seminários e conversas no Brasil, como, por exemplo, para pessoas do setor de cultura e inovação que queiram vir para Portugal. Quando eu digo cultura é TIC (tecnologia, inovação, comunicação). Outra vertente é um seminário imersivo em que montamos um roteiro de viagem para um grupo de empresários interessados em se posicionar no mercado da Europa. Isso será articulado com entidades, como Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento) e Sebrae, e será setorizado, ou seja, empresários do segmento de moda e inovação, por exemplo, que possam investir numa viagem de cinco dias vão conhecer um pouco o ecossistema, conversar com interlocutores do setor público e futuros parceiros. Como o projeto se encaixa neste momento de posicionamento unilateral do Governo Trump, com novas configurações geopolíticas com a Rússia e alijamento da Europa? Encaixa-se muito bem, porque a Europa está precisando fortalecer amizades. O Brasil já é amigo da Europa, mas precisa estar mais próximo ainda porque ela está numa fase de extrema solitude. Ela contava sempre com os Estados Unidos na defesa da soberania e da garantia de segurança e isso acabou. Agora, países europeus precisam urgentemente se aproximar mais de outros blocos. Isso é uma das coisas que ajudou, inclusive, a conclusão do acordo com o Mercosul. Vamos assistir a uma aproximação da China com a Europa porque a Europa está sozinha, neste momento, e não tem capacidade de bancar, por exemplo, a estrutura de defesa de que precisa porque passou 80 anos confiando nos Estados Unidos. O único país que tem exército de verdade, na Europa, é a França, por incrível que pareça. Nos outros países, a estrutura militar de defesa é muito

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PIB cresce 3,4% em 2024, impulsionado por serviços e indústria

Consumo das famílias e mercado de trabalho aquecido sustentam a expansão econômica A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, impulsionada pelos setores de serviços e indústria. O setor de serviços avançou 3,7%, refletindo o fortalecimento do consumo interno, enquanto a indústria cresceu 3,3%, com destaque para a construção civil (4,3%). Por outro lado, a agropecuária recuou 3,2%, impactada por fatores climáticos que afetaram culturas como soja (-4,6%) e milho (-12,5%). Consumo e desafios para 2025 Pelo lado da demanda, o consumo das famílias foi determinante, crescendo 4,8% graças à melhora do mercado de trabalho e aos programas de transferência de renda. A taxa de desemprego caiu para 6,6%, a menor já registrada, e os juros médios mais baixos ajudaram a manter o consumo aquecido. No entanto, o último trimestre do ano trouxe sinais de alerta, com inflação em alta e impacto negativo na demanda. Para 2025, a economia dependerá do equilíbrio entre política monetária e estímulos ao crescimento. Brasil se destaca no ranking de crescimento econômico global O Brasil conquistou a sétima posição entre 40 países no ranking de crescimento econômico de 2024, segundo dados da OCDE. Com um avanço de 3,4% no PIB, o país superou a média das economias mais desenvolvidas, como as do G7 e da União Europeia. O desempenho brasileiro ficou à frente de nações como Espanha, Turquia e Estados Unidos, mas atrás de potências emergentes como Índia, China e Indonésia.

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Governo reduz imposto de importação para conter alta dos alimentos

Medida zera tarifas de nove produtos e amplia cota de óleo de palma Para aliviar a pressão sobre os preços dos alimentos, o governo anunciou a isenção do Imposto de Importação para nove itens essenciais, incluindo azeite, café, carnes, milho e açúcar. A decisão, divulgada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, também amplia a cota de importação de óleo de palma de 65 mil para 150 mil toneladas. Segundo Alckmin, a medida visa beneficiar os consumidores sem prejudicar os produtores nacionais. "O governo está abrindo mão de imposto em favor da redução de preço", afirmou. Além da desoneração tributária, o governo reforçará os estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estratégia que contribui para a estabilização dos preços no mercado interno. O vice-presidente também destacou a priorização da produção de itens da cesta básica no próximo Plano Safra, incentivando agricultores a abastecerem o mercado doméstico com financiamento subsidiado. Outra ação anunciada foi a aceleração do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), dobrando o número de registros para permitir que produtos como leite, mel e carnes cheguem mais rapidamente ao consumidor. As medidas serão formalizadas nos próximos dias pela Câmara de Comércio Exterior (Camex). Banco do Nordeste realizará novo leilão de recompra de cotas do Finor O Banco do Nordeste (BNB) anunciou a realização do 2º Leilão de recompra de cotas escriturais do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor), que acontecerá no dia 21 de março, das 14h às 15h, na B3 S/A. Serão adquiridas até 1,1 bilhão de cotas, correspondendo a 80% do total emitido, pelo valor de R$ 1,06 por lote de mil cotas. O pagamento será feito à vista, em moeda corrente. Os cotistas interessados devem entrar em contato com uma Corretora de Títulos e Valores Mobiliários credenciada na B3 S/A para realizar a negociação. Para cotas custodiadas no Banco do Nordeste, é necessário transferir a propriedade fiduciária para a B3 S/A, utilizando o extrato de movimentação de cotas escriturais do Finor. O edital do leilão será publicado no dia 14 de março nos sites da B3 S/A e do Banco do Nordeste. Empresas oferecem mais de 400 vagas de emprego em diversas áreas no Brasil Diversas empresas de setores como tecnologia, inovação, construção civil e educação abriram mais de 400 vagas de emprego em todo o país, contemplando desde estágios até cargos de gerência. Entre as companhias com oportunidades estão 77Sol, PayJoy, Escola DNC, Clicksign e BRQ Digital Solutions, oferecendo vagas presenciais, híbridas e remotas. As posições abrangem áreas como engenharia, tecnologia, marketing, vendas e atendimento ao cliente. Interessados podem se candidatar por meio dos sites oficiais das empresas. Livro sobre empreendedorismo feminino destaca transformação pela educação financeira A empreendedora e educadora financeira pernambucana Maria de Fátima Neves Duda é uma das autoras de Seja Uma Empreendedora Vitoriosa!, obra que será lançada no dia 7 de março, em São Paulo. O livro reúne relatos e estratégias para mulheres que buscam independência financeira e sucesso nos negócios, destacando a importância da educação financeira como ferramenta de transformação. O evento acontecerá na Livraria da Vila, no Shopping Pátio Higienópolis, e contará com sessão de autógrafos e coquetel.

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Carnaval além da rua: a influência da festa na cultura pernambucana

As cores, os movimentos e a alegria da folia inspiram a literatura, as artes plásticas, o cinema e até a moda em Pernambuco. *Por Rafael Dantas Pernambuco é o berço de um ciclo carnavalesco que repercute muito além das suas fronteiras. O som e as danças do frevo, do maracatu, dos caboclinhos e de uma infinidade de outras manifestações culturais e brincantes movimentam milhões nos dias da folia. Porém, além dos festejos típicos do período, as cores e signos do Carnaval influenciam bastante as demais artes pernambucanas, como na literatura, no cinema e nas artes plásticas. “O Carnaval é uma celebração viva, latente, orgânica, que inspira e molda nossa forma de ver e compreender o mundo. Na literatura, por exemplo, temos muitos nomes que traduziram as nossas expressões culturais em verso e prosa”, afirma o historiador e professor da Universidade de Pernambuco, Mário Ribeiro dos Santos. A partir dessa percepção, ele destaca, por exemplo, que a força dessa festa se espraia pelo mundo das letras e na pintura, não apenas das canções carnavalescas e dos adereços e decorações que caracterizam as pessoas e as cidades na festa momesca. Ele enumera entre os grandes nomes que conseguiram costurar sua escrita com os ritmos e balanços da folia os escritores Solano Trindade, nascido no Bairro de São José, e Inaldete Pinheiro, natural do Rio Grande do Norte, mas radicada no Recife há mais de seis décadas. “Nas obras de Solano Trindade encontramos referências ao maracatu, ao samba, ao frevo, ao boi bumbá; a personagens como: Bastião, Mateus, Dama do Paço… Muitas são as referências que podemos encontrar nos seus poemas. Inaldete Pinheiro nos presenteia com abordagens empretecidas potentes, aproximando o leitor, por meio da literatura, de temas como racismo, identidade, ancestralidade, cultura afro-brasileira e resistência”. Os clássicos da literatura pernambucana também deixaram os passos da folia em seus escritos. Em distintas décadas e observando a festa por ângulos diferentes, os poetas e amantes do Carnaval registraram suas experiências e sentimentos pelos arlequins e pelas colombinas. Com mestrado em teoria da literatura, Taciana Ferreira Soares, explica que por estar entranhado culturalmente, o Carnaval acaba não sendo problematizado e é até percebido como algo inferior nos meios acadêmicos. Uma percepção que não impediu os grandes nomes das letras pernambucanas de reverenciar a maior festa popular do País. “Manuel Bandeira, Ascenso Ferreira e Carlos Pena Filho, grandes nomes da literatura brasileira e foliões, sublimemente utilizam o Carnaval como um vigoroso tema em suas produções, cada qual a seu modo”, destacou no artigo científico Espero Um Ano Inteiro Até Chegar Fevereiro: Representações do Carnaval Por Três Poetas Pernambucanos. Nomes mais contemporâneos da nossa literatura como Raimundo Carrero, Cícero Belmar, Marcelino Freire e Ney Anderson também dedicaram parte das suas obras às festividades carnavalescas. “Saudades do tumbança. Do papangu, do maracatu de lança. Saudades do Carnaval. Do fandango e da ciranda”, registrou Freire, em O Futuro Que Me Espera. A PINTURA COM AS MARCAS DA FOLIA Pernambuco também é uma terra de muitos destaques nas artes plásticas. De grandes nomes do modernismo aos potentes agentes das artes urbanas, a capital e o interior têm contribuições relevantes nessa área. No campo da pintura, Mário Ribeiro destaca gigantes como Tereza Costa Rêgo e José Cláudio. Ambos, por sinal, foram homenageados do Carnaval do Recife em 2010 e 2011, respectivamente. “Nesses dois anos, os traços, as paisagens, os personagens de Carnaval se misturavam com o cotidiano da cidade, além de retratar também as cores, fantasias e diversidade da festa. O Recife se vestiu com as obras desses artistas. Foi lindo. Uma forma de aproximar os foliões nativos e os turistas dessa produção artística. Foi pedagógico, vale salientar”. Apaixonada pelo Carnaval de Olinda, Tereza chegou a pintar o quadro Homem da Meia-Noite e Mulher do Dia. As cores da folia estiveram também nas telas de artistas como Cícero Dias e Lula Cardoso Ayres, entre outros. Dos clássicos aos contemporâneos, não é preciso entrar em nenhuma galeria para ver como as inspirações do Carnaval têm chegado aos artistas pernambucanos. Com o projeto dos Megamurais do Recife, várias fachadas de prédios centrais da cidade receberam obras que reverenciam as manifestações culturais do período momesco. “O Carnaval pernambucano e a arte urbana compartilham uma essência comum: ambos nascem das ruas, do povo, da resistência e da celebração da cultura popular. O Carnaval transforma a cidade em um grande palco, onde a criatividade e a espontaneidade ganham vida, e essa mesma energia se reflete na arte urbana. As cores, os personagens icônicos e o movimento presente nos blocos e folguedos são fontes de inspiração para quem pinta os muros da cidade”, ressaltou o artista Vários Nomes, que é sócio-fundador da Cordalama Graffiti Shop e Galeria Lama. O artista afirma que desde a infância, no bairro de Linha do Tiro, foi profundamente influenciado pelo Carnaval multicultural do Recife. Suas avós tinham comércio no Mercado de São José, um dos berços do frevo e dos principais blocos pernambucanos. No Centro conviveu com as músicas antigas do frevo e o artesanato do barro, rico em referências carnavalescas. Na periferia, vivenciou os ensaios do Caboclinho Kapinawá e os festejos dos blocos. “Hoje, essa vivência se reflete no meu trabalho, seja em murais, telas ou grafite, trazendo elementos do Carnaval: personagens vestidos de chita (referência aos tecidos usados pelos foliões), personagens históricos, e minha observação do que absorvo nos carnavais da vida”. Entre suas obras está o painel A Rua Cria, a Cidade Dança, aprovado no edital Recife Cidade da Música e localizado na Rua da Saudade. “Os megamurais que tomaram o Recife também carregam essa celebração carnavalesca. Nesse mural, homenageio duas mulheres fundamentais para o frevo: as passistas Rebecca Godin e Inae Silva, além de uma musicista criada artisticamente para representar a essência do ritmo. A obra busca transmitir a energia do Carnaval o ano inteiro, convidando o público a sentir o movimento e a vibração da festa por meio das cores e dos gestos retratados”, explicou Vários Nomes. CARNAVAL NO CINEMA PERNAMBUCANO A sétima arte pernambucana também

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