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Publicação apresenta experiências e desafios da carreira dos diplomatas

*Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais Os Diplomatas e suas histórias é uma coleção de crônicas escritos por vários diplomatas brasileiros e por alguns estrangeiros, que narram fatos, reflexões e os dilemas dessa carreira que é valorizada, mas pouco conhecida da maioria dos brasileiros. O livro foi organizado pela embaixadora brasileira Leda Lúcia Camargo - que já atuou em embaixadas de Washington, Buenos Aires, Roma e na missão junto à União Europeia em Bruxelas - e publicado pela editora Francisco Alves. “O exercício da carreira de diplomata é desconhecido pelas pessoas: a ideia limitada que poucos têm dessa atividade é a de que é cercada de vantagens, uma fantasia de viagens, e desconhecem que nosso dia a dia traz inúmeros sacrifícios, também para filhos e cônjuges, com mudanças a cada 3 anos, e que o desgarro constante faz perder afetos, apesar da imensa honra de representar o país 24h por dia, 7 dias por semana. Trabalha-se com discrição, e certa confidencialidade, para não ser submetido a pressões, e às vezes se é mal interpretado. Os diplomatas têm sempre presente que a carreira é uma instituição de Estado e não de Governo e que precisam prestar contas à sociedade, através da imprensa e formadores de opinião, e por isso os autores, mesmo com pequenas crônicas, se dispuseram a revelar, com suas experiências, que bons princípios prevalecem, que a politica externa é regida por valores de nação e que amadorismo diplomático custa caro”, afirmou a organizadora. A embaixadora conta que o livro foi escrito para o público em geral, que terá a oportunidade de conhecer um pouco do que fazem os diplomatas que ao promover a cultura, o turismo, as exportações, atrair investimentos, estão protegendo o emprego de seus concidadãos, sua autoestima e a imagem positiva do país. “As histórias mostram um pouco que os temas com que trabalhamos atingem o cotidiano das pessoas, de antirretrovirais à importação e exportação de produtos agrícolas da mesa diária, da necessidade ou não de vistos para viajar à proteção de nacionais no exterior. Neste momento do terrível ataque russo à Ucrânia, alguém lembra que enquanto tantos querem sair do vitimado país, os funcionários do Itamaraty lá permanecem - e durante esse caos ainda são reforçados com outros- para tentar facilitar os que precisam ajuda?” Entre os 25 autores que compartilharam suas experiências no livro estão o ex-chanceler Celso Amorim, Rubens Rícupero, Marcos Azambuja e a embaixadora Katia Gilaberte, que atualmente é chefe do Escritório de Representação do Itamaraty no Nordeste, sediado no Recife. Leda Lúcia Camargo explica que todos resumem um pouco o que anos de exercício da diplomacia ensinam. “Ser firme sorrindo, conceder em algo quando necessário para não haver rompimento, mas subserviência jamais”. A organizadora do livro afirma que todos passam por sacrifícios, que se aprendem desde cedo na carreira. “O prazer maior vem do resultado e reconhecimento pelo trabalho desempenhado, subindo os degraus da carreira. Não se é diplomata só pelo bom senso, como não se chega a ser aviador ou engenheiro sem muito preparo e esforço. As histórias revelam que em meio à rotina indispensável de "papeis e palavras" em que se vive - e que também proporciona privilégios e honras ao participar de eventos notáveis e a conviver com pessoas excepcionais-, a diplomacia acarreta situações dramáticas e imprevistos inimagináveis”. A embaixadora Leda Lúcia destaca que o livro inclui também alguns fatos históricos nunca antes narrados e, entre alguns, uma pesquisa documentada que revela uma versão completamente nova sobre um episódio que envolveu de forma descabida o pai da Rainha Silvia da Suécia. Katia Gilaberte, que atualmente representa o Itamaraty no Nordeste, participa do livro com as crônicas “Punhos de renda”, “Entre pontes e muros” e “Diáspora”. Ela conta que aceitou o convite da amiga e colega de turma Leda Camargo para participar do projeto com o objetivo de contribuir para ampliar o conhecimento da carreira dos diplomatas entre a população que conhece pouco sobre a importância das relações internacionais.“A princípio, confesso que relutei, pois, para além do meu trabalho como chefe do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores para o Nordeste, estava profundamente envolvida na confecção de dois livros para crianças. A Leda insistiu e aderi de coração à iniciativa, que abre uma oportunidade importante para mostrar que a vida diplomática está longe do glamour que subsiste no imaginário da maioria das pessoas, exige muito empenho, estudo e sacrifícios, e que nós, os diplomatas, somos, acima de tudo, servidores do Estado, comprometidos com os interesses do país e o bem-estar de sua população, com a paz e a cooperação internacionais. Ainda, somos muitas vezes atores e testemunhas de fatos que constroem a História do nosso tempo, como evidencia o rico caleidoscópio de crônicas que compõem o livro”, afirma. Em “Punhos de renda”, ela escreve com humor e ironia um relato sobre o estado deplorável da residência oficial em Dacar. Quando ela foi designada como Embaixadora junto ao Senegal, em 2005, Katia teve alguns desafios para se instalar. “Tive de limpá-la eu mesma, acompanhada de uma arquiteta que à época me assessorava, munidas de mangueiras, vassouras e esfregões. A casa gigantesca, fechada por mais de dois anos e meio na ausência de um titular do posto, estava recoberta de lama e sujeira. Vivi por dois anos e meio nesse imóvel, próprio nacional inaugurado por João Cabral de Melo Neto em 1974, com placas de concreto que se desprendiam perigosamente do telhado, até que tivessem início as obras de restauração”. O texto busca desconstruir o estereótipo de punhos de renda que até hoje se cola aos diplomatas.A crônica entre pontes e muros expõe uma certa amargura da diplomata no seu percurso no Ministério das Relações Exteriores, sobretudo, no que tange à misoginia, quase sempre escudada na hierarquia. Ela revela, no entanto, também seu orgulho quanto aos resultados palpáveis de projetos de cooperação que, com o apoio inestimável de instituições brasileiras de excelência, pôde desenvolver no Senegal, em especial, o da anemia falciforme no Centro Pediátrico de Dacar, que

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A importância da Comissão de Relações Internacionais da OAB-PE para Pernambuco

A Comissão Especial de Relações Internacionais da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Pernambuco (CRINT/OABPE) foi reconduzida a partir da Resolução nº 056/2022, na atual gestão do Presidente Dr. Fernando Ribeiro Lins, considerando que o Direito Internacional ganha importância nas relações sociais, políticas, econômicas e jurídicas no mundo globalizado, de rápidas transformações e cuja complexidade exigirá um olhar internacionalista cada vez mais atento por parte dos advogados. Atualmente, entre outras atribuições, a CRINT/OABPE desempenha um importante papel na criação de mecanismos para a integração da advocacia mundial. Dada a relevância da responsabilidade jurídica tanto no Brasil, quanto no exterior, torna-se vital promover debates, seminários e eventos com autoridades e especialistas no assunto, assim como entidades não governamentais, repartições consulares e câmaras de comércio, na busca por agregar conhecimento e proporcionar o intercâmbio de informações. Em linhas gerais, entendemos que – justapor uma agenda internacionalista para a OAB/PE - permite uma melhor atuação do advogado, sobretudo no mundo globalizado e cada dia mais afetado por eventos e fenômenos internacionais, como crises sanitárias, fluxos migratórios, supressão de direitos fundamentais, recessão econômica e conflitos geopolíticos. Afinal, no bojo dessa infinidade de problemas e embates que surgem dessa realidade complexa, encontramos as relações internacionais. Com o avanço da Pandemia COVID-19, não só a classe jurídica, mas também a sociedade como um todo, perceberam fortes tendências de debate de institucionalidades que já estavam ocorrendo, tanto no âmbito interno quanto no internacional, levando a questionamentos sobre as relações internacionais, a posição brasileira e a posição de ditas lideranças globais durante esta crise. Além disso, restou evidente a influência dos eventos globais sobre a economia e os negócios existentes no Brasil. Diante desse cenário, nosso objetivo é aproximar os advogados pernambucanos e a sociedade aos temas e dos desafios ligados às relações internacionais, em seus principais pilares: Direito, Ciência Política, Economia, História e Diplomacia. Com isso, nota-se que o advogado internacionalista não está limitado apenas à diplomacia; a sua mentalidade deve ser interdisciplinar. Bem assim, o seu papel profissional assume características dinâmicas e amplas. Além disso, diante da rapidez em que o mundo se conecta, o diferencial de possuir a combinação de todos esses elementos em sua formação, será cada vez mais valorizado no mercado. Lado outro, sabemos que a cooperação é também uma vertente significante para as relações exteriores, e o trabalho atualmente realizado pela Comissão traduz esse sentimento. Por esse viés, rotineiramente, estamos congregando os principais atores políticos e os experts na área para dialogar conosco. Tenha-se em mente, ademais, o valor da visão estratégica da Diplomacia. Nesse particular, vale ressaltar que Pernambuco possui um enorme capital diplomático, quando em Recife estão sediados mais de 40 Consulados, entre aqueles honorários e gerais, bem como o Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores para o Nordeste. Isto significa dizer que há uma diversa e pungente representatividade de países em solo pernambucano, com direcionamento para a internacionalização do nosso Estado e com perspectivas de integração, negócios e melhores parcerias. Vale ressaltar que estamos muito honrados pelas mentoria e parceria havidas com o Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia-IPERID, enquanto primeiro think tank no Norte/Nordeste do país, exclusivamente, para a construção do pensamento na área internacional e para a canalização de oportunidades para a região. Deveras, não é difícil perceber que, ambos, o Direito e as Relações Internacionais podem e devem caminhar juntos, afinal, são condôminos de um mesmo território intelectual – o da cooperação internacional. Cremos, portanto, que Pernambuco não poderá ficar à margem da dinâmica mundial. No contexto, o processo de internacionalização do Estado é um caminho sem volta, retratado por uma liderança natural na região Nordeste e por vocação territorial voltada para o Atlântico. Ao pensar em mercado regionalizado, sobretudo o pernambucano, precisamos compreender que a sua sobrevivência e a sua expansão somente serão possíveis com vistas à efetiva atuação da paradiplomacia, política externa estatal, com eficiência, segurança jurídica, respeito aos direitos humanos, sustentabilidade, inovação e competitividade. Assim, continuamos firmes e atentos ao panorama global, ao fortalecimento da democracia e da construção de ideais de paz, com a motivação necessária para desenvolver projetos e diálogos, apoiar o crescimento profissional dos advogados pernambucanos e contribuir para que o Estado se torne ainda mais uma governança cosmopolita. Por Alessandra Costa Cavalcanti de Araújo, Advogada e Presidente da Comissão de Relações Internacionais da OABPE

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Presença do Iperid na Fabrique de la Défense em Paris

La Fabrique de la Défense (literalmente a fabrica da defesa) é um evento Franco-Europeu cujo objetivo é de propor uma reflexão densa sobre todas as temáticas voltadas para a segurança e preparar os futuros profissionais da área para contextos cada vez mais densos e assimétricos. Este ano, o evento tinha um sabor especial, já que a França assumiu desde o 1º de Janeiro a Presidência do Conselho da União Européia. Várias mesas redondas, apresentações, trocas e demonstrações num lugar contendo mais de 130 stands com o objectivo de ilustrar a diversidade dos atores da defesa e tornar a defesa mais compreensível e acessível, oferecendo experiências inovadoras, imersivas e participativas. Este ano, 13 temas foram escolhidos por serem considerados como os pontos essenciais de reflexão para o setor da Defesa Internacional Franco-Européia : Dissuasão nuclear Aeroterreste Cyber Resiliência Inteligência Energia; clima e meio ambiente Aeromarítimo Inovação Aeroespacial Pesquisa e formação Europa Percurso jovem Suporte operacional Reconstituição histórica   Neste evento foram debatidos o presente e o futuro da Defesa Estratégica Européia e suas visões em um mundo pós-pandêmico com uma mutação multidimensional acelerada. Para nós do IPERID, estar presente se torna óbvio. Entender a visão que se desenha para estes profissionais, ver as dinâmicas entre instituições públicas, a academia, o setor privado e o ensino, refletir sobre o lugar do Brasil e do Nordeste neste panorama que se desenha. Tivemos ocasião de debater e encontrar o Philippe Verluise (Diretor de um dos sites referência em Geopolítica, Diploweb), reuniões de trabalho com o Think Tank Weera, o Instituto Talleyrand e com o centro Geode financiado pelo Ministério das Forças Armadas francesas (centro multidisciplinar de pesquisa e formação dedicado aos estudos dos desafios estratégicos e geopolíticos da revolução digital da Universidade Paris 8) financiado pelo Ministério das Forças Armadas francesas. Foram também muito instrutivas as trocas com empresas do setor como o Naval Group que constrói a próxima geração de submarinos brasileiros, assim como as demonstrações de simuladores, drones e as reconstituições históricas para entender as questões estratégicas correlatas O evento foi uma ótima oportunidade para apresentar o IPERID, nossos objetivos e iniciar a estabelecer conexões do Nordeste para o Mundo. *Por Marcos Alves, Fellow Iperid França

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Governo do Japão envia doação de itens para enfrentamento das inundações

O Governo do Japão fará a doação de itens de assistência emergencial para o enfrentamento das inundações no Brasil, os quais serão entregues pela associação JICA, com a previsão de entrega de 300 barracas, 3000 cobertores e 75 rolos de lonas plásticas (50m×4m). A decisão do Japão tem como base o viés humanitário e as relações de amizade com o Brasil, de modo a contribuir no apoio emergencial às vítimas desses desastres. Ainda em dezembro, o Primeiro Ministro do Japão, Fumio Kishida, encaminhou mensagem de pesar e solidariedade ao Presidente Jair Bolsonaro e por parte do Ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros, Yoshimasa Hayashi, ao Ministro de Estado das Relações Exteriores, Carlos França. "Tomei conhecimento de que as recentes inundações no nordeste do Brasil resultaram na perda de muitas vidas preciosas e na evacuação de muitas pessoas devido a danos em suas casas. Gostaria de expressar minha mais profunda simpatia ao governo e ao povo de seu país. Gostaria de oferecer minhas mais sinceras condolências às famílias enlutadas daqueles que perderam suas vidas. Desejamos uma rápida recuperação para todos os afetados e uma rápida recuperação para as áreas afetadas", afirmou em mensagem o Primeiro-Ministro do Japão. O Japão vem provendo os apoios emergenciais em situações de desastres naturais no Brasil, bem como cooperando e contribuindo sob diversas formas no fortalecimento da capacitação nos combates aos desastres naturais do Brasil. A Embaixada do Japão no País afirma que "É de nosso interesse dar continuidade à realização de cooperações com base nas necessidades do Brasil e nas relações amistosas entre os dois países. Esperamos que esses itens possam aliviar de algum modo as dores dessas pessoas".  Está prevista a realização de uma cerimônia de entrega assim que a carga chegar ao País.

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Acontece amanhã o 2º Energia NE

A segunda edição do Energia NE acontece nesta sexta-feira (26). O evento tem apoio do Iperid e contará com palestra de Carlos Oliveira, ministro conselheiro da União Europeia. Realizado pela Associação Comercial de Pernambuco, o encontro tem como tema "Tendências energéticas e sustentabilidade". As inscrições podem ser feitas pelo site: https://energianordeste.wixsite.com/website/ O evento será presencial. Carlos Oliveira é ministro Conselheiro na Delegação da União Europeia em Brasília. O seu portfolio de atividades abrange a cooperação entre a União Europeia e o Brasil nas áreas da Economia, Indústria, Mercado Digital, Mobilidade e Transportes. Anteriormente Carlos foi Chefe de Setor na DG CONNECT (Diretoria Geral de Comunicações, Redes, Conteúdos e Tecnologia) na Comissão Europeia tendo a seu cargo a coordenação de atividades de cooperação internacional das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) no programa de pesquisa e inovação Horizonte 2020. Carlos possui licenciatura e mestrado em Engenharia de Sistemas e Computadores pela Universidade Técnica de Lisboa, alem de um mestrado em Politicas Públicas pela London School of Economics and Political Science.

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25ª Feira Japonesa do Recife acontece neste sábado

A Feira Japonesa do Recife, maior festival de cultura japonesa de Pernambuco, chega a sua 25º edição. É um evento sempre aguardado e festejado não só pela população recifense, mas por um público de várias cidades e estados, chegando a atrair mais de 40 mil pessoas. O encontro, realizado pela Associação Cultural Japonesa do Recife (ACJR) e pela Associação Nordestina de Ex-bolsistas e Estagiários no Japão (ANBEJ), com apoio do Consulado-Geral do Japão no Recife, acontecerá neste sábado (27) de forma híbrida. Na parte presencial, haverá a participação de cerca de 100 convidados e ao mesmo tempo haverá a transmissão em formato Live pelo canal do YouTube da ACJR. Para este ano os organizadores trazem o tema “Shichi Fukujin”, que são os sete deuses da sorte. Cada Deus representando a fortuna em um aspecto da vida: Ebisu – Deus dos pescadores, Daikokuten – Deus da fortuna, Bishamon – Deus dos guerreiros, Benzaiten – Deusa das artes, Hotei – Deus da felicidade, Jurojin – Deus da Felicidade e Fukurokuju – Deus da sabedoria. "Sabemos que parte do público ficou frustrado com a manutenção do formato on-line da Feira ainda para este ano, nós também estamos tristes por não podermos fazer o nosso evento de forma presencial e tradicional na rua do Bom Jesus. Mas, mesmo com a política de flexibilização andando a passos largos, não seria possível seguir todos os protocolos de segurança para o Covid-19 com um evento aberto e de rua como o nosso. Sendo assim, para respeitar a segurança de todos, até mesmo daqueles que não frequentam escolhemos realizar neste formato. Este é inclusive um aspecto fundamental da cultura japonesa, o respeito e responsabilidade para com o próximo, que também desejamos passar adiante às diversas pessoas que felizmente têm tanta admiração pelo Japão", explica a organização em nota. A live acontecerá no dia 27 de novembro, das 18h às 21h. Será uma transmissão direta de palco, com diversas apresentações e convidados. Quem desejar aprender mais sobre a Terra do Sol Nascente, a dica é seguir as redes sociais e o canal do YouTube: bit.ly/ACJRTUBE e no pelos Instagram: @acjr-rec e @feirajaponesadorecife LOCAL: Associação japonesa do Recife e LIVE no link bit.ly/ACJRTUBE DATA e HORA: 27 de novembro de 2021, LIVE das 18h às 21h   Para maiores informações: - Associação Cultural Japonesa do Recife Telefone: (81) 99684-3889 (Whatsapp) - Consulado-Geral do Japão no Recife Telefone: (81) 3049-8300

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Entrevista com Jessica Simon: cônsul-geral dos EUA fala sobre a agenda diplomática para o Nordeste

Jessica Simon, cônsul-geral no Consulado Geral dos Estados Unido no Recife e Senior Fellow do Iperid, fala nesta entrevista sobre a sua agenda de trabalho na região Nordeste e destaca algumas das prioridades diplomáticas do Governo Biden desde o início do seu mandato. Há pouco mais de um ano na capital pernambucana, a cônsul-geral comenta também sobre algumas parcerias firmadas nesse período, mesmo com as restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus. O combate às mudanças climáticas, a defesa do meio ambiente e o enfrentamento da Covid-19 estão na agenda do dia do governo americano e do consulado, que tem interesses também em pautas como o fomento às energias renováveis, infraestrutura e tecnologia.   Na sua visão, quais as principais agendas globais no cenário pós-pandemia? O mês de setembro marcou meu primeiro ano como cônsul geral dos Estados Unidos no Recife. E desde que cheguei ao Consulado Geral no Recife, temos feito um trabalho extraordinário em diversas áreas: apoiando a promoção dos direitos humanos com parceiros locais; trabalhando para ampliar laços comerciais entre os Estados Unidos e o Nordeste do Brasil; e dando suporte à agenda do presidente Biden, como o combate à mudança climática e proteção ao meio ambiente. E isso inclui apoiar empresas e governos a estabelecer boas práticas socioambientais. Nós também criamos a Parceria Nordeste para destacar o trabalho que tem sido desenvolvido na região. E é claro, uma das prioridades da Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil é o combate à Covid-19. Temos trabalhado e conversado com governos estaduais e municipais no Nordeste e fornecemos dezenas de milhares de equipamentos médicos e cestas básicas para parceiros em Pernambuco e no Ceará; e de um hospital de campanha com capacidade para 40 leitos para a cidade de Bacabal, no Maranhão. Além das ações nacionais, como a doação de três milhões de doses da vacina Janssen ao Brasil. Nossa atuação é em oito estados do Nordeste: Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí, Alagoas e Sergipe. E, durante a pandemia, seguimos todos os protocolos determinados pelos governos locais e adaptamos nosso trabalho, assim como todos tiveram que fazer. Com reuniões online e poucas viagens ou encontros presenciais, conseguimos dar continuidade às nossas atividades e debater assuntos que são relevantes para os EUA e para o Brasil. Destaco a recuperação econômica, promoções de negócios e a promoção dos direitos humanos. Nossa ações na preservação ao meio ambiente e combate às mudanças climáticas são importantes assuntos para o presidente Biden, que nomeou John Kerry como enviado especial para o Clima e que já participou de encontro virtual com governadores brasileiros. Dentre os participantes do encontro, em que foram discutidos temas como redução de CO2, estavam o governador do Maranhão, Flávio Dino, e o governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias. Esperamos sempre que conversas como essa gerem intercâmbio de conhecimento e projetos que sejam relevantes para os dois países. Como Pernambuco e o Recife poderiam se beneficiar mais da presença consular tão forte na capital? É a segunda vez que moro e trabalho no Brasil como diplomata americana. Tenho consciência e respeito pela longa e rica história da presença americana em Pernambuco, onde se estabeleceu a primeira presença diplomática dos Estados Unidos no Brasil em 1815. Nossa sede se localiza no bairro da Boa Vista, no Recife, há mais de 50 anos - e confesso que fiquei feliz ao saber que as pessoas se referem a Rua Gonçalves Maia como "a rua do consulado". Tudo isso mostra como temos raízes fortes com a população e com o estado de Pernambuco. Somos o mais antigo e o maior consulado no Nordeste do Brasil, o que demostra nosso comprometimento e importância da região para os EUA. Mas tenho que dizer que nosso objetivo é trabalhar sempre com todos os estados que fazem parte do nosso distrito consular. É por isso que criamos a Parceria Nordeste, uma iniciativa que reforçam nosso comprometimento com os oito estados nordestinos onde trabalhamos. Reforço que a pandemia não nos impediu de continuar estabelecendo parcerias e dialogando com representantes dos governos, sociedade civil, organizações não-governamentais e instituições educacionais. Posso citar alguns exemplos, como os memorandos de entendimento assinados com os governos de Pernambuco ou da Paraíba; ou programas da área de educação e empreendedorismo, como o curso online American English Experience, e a Academia para Mulheres Empreendedoras (AWE). Mas, (risos) quando reuniões presenciais são possíveis, o recifense tem o benefício de estar fisicamente mais perto para tomar um cafezinho comigo. Também estão mais perto do nosso escritório do Serviço Comercial, cuja algumas das áreas de atuação no momento são produtos e equipamentos do setor de Saúde, Tecnologia da Informação e energia renovável. Quais os principais projetos ou planos do Consulado Americano no horizonte até 2022? Já citei alguns assuntos importantes na agenda dos EUA no Brasil, mas quero reforçar que também temos interesse nas áreas de infraestrutura que abrange portos, aeroportos, água e saneamento; 5G e inovação. Gostaríamos de ampliar as parcerias com o Nordeste para lidar com as preocupações ambientais na região, incluindo a sustentabilidade dos biomas da Caatinga e do Sertão. Os investimentos em geração de energia solar e eólica é de interesse mútuo e o mercado americano está pronto para fornecer a tecnologia necessária para ajudar o desenvolvimento do setor na região. E queria dar um exemplo, no setor de inovação, de colaboração com uma instituição pernambucana. Ajudamos a viabilizar a doação ao Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) de um protótipo de equipamento da empresa americana Wave Water Works, especializada em tecnologia de geração de energia através das ondas do mar. O processo contou com o trabalho também da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e do Porto de Suape, onde em breve o equipamento deve ser instalado. Nos orgulhamos de ter fortes parcerias locais, como o Porto Digital e CESAR na área de tecnologia, e queremos ampliar o diálogo para que novos laços sejam estabelecidos. Também temos um leque amplo de programas em educação e cultura.

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Código de ética

*Por Eduardo Carvalho, Senior Fellow do Iperid e Harvard University Fellow A ética compreende os princípios morais que orientam e influenciam o comportamento e as decisões do indivíduo. A moral descreve um conjunto de princípios que usamos para julgar um comportamento como certo ou errado, o caráter bom ou mau ou a atitude justa ou injusta de uma pessoa. Uma deliberação ética é aquela que considera, no processo de tomada de decisão, a identidade da organização e os impactos das decisões sobre o conjunto das partes interessadas, da sociedade e do meio ambiente, visando o bem comum. A prática da ética fortalece a identidade, a coerência entre o pensar, o falar e o agir e, consequentemente, a reputação da organização, com impacto sobre a sua cultura. A identidade da organização compreende uma combinação entre sua razão de ser, aonde quer chegar, o que é importante para ela e os valores que devem nortear as decisões, assim como a forma como são tomadas. Essa reflexão é fundamental para se desenhar o sistema de governança da organização, fundamentado no código de ética sobre o qual se desenvolve o sistema de compliance (conformidade). A coerência de atitudes com as diretrizes estabelecidas contribui para a integridade da organização. A incoerência, dos agentes da governança, enfraquece a identidade e a cultura organizacional, fragilizando a governança. O código de ética tem como objetivo principal promover princípios e valores da organização: responsabilidade, respeito e dignidade. Deve comunicar com clareza, diretrizes e orientar a atuação de todos os seus membros. Representa a formalização das expectativas da conduta dos conselheiros, administradores, colaboradores, fornecedores, clientes e todos que interagem com ela. Seu conteúdo deve focar em aspectos essenciais, no sentido de fomentar a transparência, disciplinar as relações internas e externas , administrar conflitos de interesses, proteger o patrimônio físico e intelectual e consolidar as boas práticas de governança organizacional. A sua elaboração deve envolver a participação de conselheiros, gestores, colaboradores e representantes da cadeia de valor da organização. Aprovado, o conselho e a diretoria devem disseminar e monitorar a sua adoção em todos os níves da organização. Em síntese, o código de ética alicerça práticas e princípios sobre o quais se desenvolvem a boa governança. Sem ele, conflitos de interesses ficam sem fundamento para a resolução, desvios comportamentais podem ocorrer com consequências danosas à organização, aos colaboradores e à sociedade. A sua elaboração e implantação deve ser prioridade em projeto de governança. *Eduardo Carvalho é Senior Fellow do Iperid e Harvard University Fellow

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Projeto do Consulado do Japão beneficia Instituto de Fígado e Transplantes de Pernambuco

Neste mês, o Consulado do Japão no Recife promoveu a cerimônia de assinatura do contrato do Programa de Assistência à Projetos Comunitários e Segurança Humana (APC). A instituição beneficiada desta edição foi o Instituto de Fígado e Transplantes de Pernambuco. Na edição deste ano o projeto financiou a aquisição de um videoduodenoscópio para o instituto, com o investimento no valor de R$ 244.350. A sede do Instituto de Fígado e Transplantes de Pernambuco fica no Recife e a organização trabalha com melhoria de acesso a saúde das pessoas carentes de Pernambuco, como também de outros estados do Nordeste. Com o equipamento, as pessoas que procuram o instituto podem realizar um tratamento mais adequado, com uma melhoria na qualidade de vida dos pacientes. O Programa de Assistência à Projetos Comunitários e Segurança Humana do Governo Japonês oferece apoio a projetos propostos por vários organismos, como organizações não-governamentais (ONGs) e autoridades locais.

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Uma ponte entre Recife e Ouagadougou, em Burkina Faso

*Por Marco Alves, Fellow correspondente do Iperid na França O anseio pela descoberta do mundo se caracterizou pela minha presença na América Latina, com o Brasil em principal destaque, durante cerca de dez anos. Foi lá que minha carreira profissional se construiu em uma primeira fase. A experiência adequirida, principalmente quando trabalhei para o Governo de Estado de Pernanbuco, me abriu novas portas de forma totalmente inusitadas. Ajudar no desenvolvimento local, na retomada econômica, criar renda e emprego com métodos inovadores, com low tech, pensar de forma circular e em cadeias de valores, eis algumas das competências que eu desenvolvi junto com profissionais de instituições federais e estaduais, de agricultores, de criadores de gado. Com essa bagagem então, se abriu o mundo do desenvolvimento economico local no continente Africano. Primeiramente na Republica Centrafricana, mais tarde na Costa do Marfim e no Burkina Faso. Essas novas expriências, tiveram como particularidade de me fazer trabalhar com um publico mais jovem, com sede de aprender e descobrir o mundo por um olhar novo. Formar jovens, saciar seus desejos de conhecimento, ser claro, objetivo e pedagógico são desafios constantes e admiro imensamente meus colegas professores que abraçam essa carreira ao longo da vida. Eu também abraça-la-ei em breve acredito, porque depois de receber tanto da vida está na hora de transmitir e devolver. Estas últimas duas semanas tirei férias e voltei ao Burkina Faso, onde vivi quase um ano, para voltar a ver os jovens que acompanhei durante esse periodo e também realizar palestras e seminarios em Faculdades de Administração, Escolas Profissionais e Universidades, onde venho falar de Economia Circular, Economia Azul, Low tech e outras temáticas. No fim de uma dessas palestras, recebi minha primeira condecoração de uma escola, pelo seu diretor e por parte de um membro do Ministério da Educação. Que orgulho senti! Par mim vale mais, mas muito mais que dinheiro! Quer dizer que profissionais consideraram que eu permiti uma ponte que traz algum beneficio aos estudantes. Consegui transmitir! Consegui o que hoje determina meu propósito de vida! Não há maior satisfação! Condecoração recebida pelo Diretor da escola o Senhor Tindano Douada Ser Fellow do Iperid é isso também, criar pontes novas, trazer visões distintas, aprender, trocar ideias e depois transmitir. Estamos criando novas cadeais de valores que possam alcancar o mundo, o Brasil, o Nordeste e obviamente Pernambuco. Quem sabe, em breve criaremos uma ponte entre Recife e Ouagadougou?  

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