Arquivos Colunistas - Página 103 De 298 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Colunistas

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Lula é personagem central em novo documentário

“A partir do momento que a gente decidiu pensar com a nossa cabeça, olhar e ver as coisas com os nossos próprios olhos, nós começamos a incomodar.” Izaltina, líder quilombola de Sergipe, incorpora bem em seu discurso a alma do documentário "O Povo Pode?", dirigido por Max Alvim. O documentarista encarou o desafio de propor algo novo em meio a tantos outros filmes já produzidos sobre o ex-presidente Lula. Ainda que em essência o longa trate de política, nomes comuns ao cenário político brasileiro ficaram de fora da lista de entrevistados. Como o próprio título sugere, o povo é protagonista. Personagens corriqueiramente tratados como coadjuvantes, aqui ganham destaque, com vez e voz para refletir sobre um Brasil que deixou de ser,  nostálgicos de um passado não tão apartado no horizonte. Além de Izaltina, assumem protagonismo o baiano João Pires, integrante do MST, a jovem camponesa Vani, do sertão pernambucano e a freira Aurieta, da comunidade Brasília Teimosa, em Recife. Lula é personagem central do doc, porém Alvim optou por focar nas imagens de arquivo e na construção da imagem do petista conforme o olhar particular dos quatro entrevistados. A figura do ex-presidente parece encarnar a representação do povo em mesma essência. É o que conclama a sertaneja Vani ao afirmar que "Lula é o povo". Alvim entrega no segundo ato uma restrospectiva que abarca desde a controversa prisão de Lula até o atual governo. Com imagens de arquivo e manchetes dos principais jornais do país, vai costurando fatos como a, no mínimo, estranha relação de Sérgio Moro com o governo Bolsonaro, rompida logo depois. Mostra a saída de Lula da cadeia, como também as ações do ministério do meio ambiente e a missão de "passar a boiada". Se por um lado a retrospectiva mostra-se rica em conteúdo, por outro parece desviar da proposta inicial que, acredito, seria focar no discurso dos quatro protagonistas. "O Povo Pode?" teve lançamento nacional no último dia 4. Já foi exibido em cidades como Recife e São Paulo. Max Alvim pretende promover exibições públicas e gratuitas, passando por sindicatos, universidades, cineclubes e praças públicas.

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Suape anuncia serviço para viabilizar conexão com a Transertaneja

Um novo passo está sendo dado para viabilização da ferrovia que cortará todo o Estado até o Porto de Suape. O Complexo de Suape anunciou que será assinado nos próximos dias uma ordem de serviços para que sejam feitos os estudos para adequação e atualização do projeto executivo do acesso ferroviário do atracadouro pernambucano à futura Transertaneja em um trecho de quase 10 quilômetros que liga o entroncamento da BR-101 com a Rota do Atlântico e a porção leste da Ilha de Tatuoca. O ramal viabilizará a instalação de um terminal de minério na Ilha de Cocaia, para escoamento da produção de jazidas localizadas em Curral Novo, no Piauí, a 703 quilômetros do porto. O consórcio formado pelas empresas TPF Engenharia e B & C Engenheiros Consultores Ltda foi o vencedor da licitação e a ordem de serviço para o início dos trabalhos será assinada. O prazo de execução do contrato é de 300 dias. O investimento neste projeto executivo, para viabilização desta importante etapa de implantação da ferrovia no território de Suape, é de R$ 5.270.000,00. “É um passo muito importante de preparação da infraestrutura do porto para a chegada deste grande projeto ferroviário, que terá impactos positivos não só para Suape, mas para toda a cadeia produtiva de Pernambuco e dos Estados vizinhos. Há uma infinidade de novas possibilidades de negócios para diversas cargas, como grãos e veículos, por exemplo ”, enfatiza o diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão. “Com esse e outros investimentos em curso, Suape, sem dúvida alguma, se consolidará como um dos mais importantes portos públicos do país em poucos anos”, complementa. A Ferrovia Transertaneja é uma alternativa à Transnordestina, iniciada em 2006 e que permanece inacabada por causa de sucessivos atrasos na obra, a cargo da TLSA, empresa responsável pela concessão do serviço. A obra será tocada pela iniciativa privada e tem custo estimado de R$ 5,7 bilhões.

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Cesar Cavalcanti

"A pandemia afetou de forma significativa, quase terminal, a sustentabilidade do sistema de transporte público"

Cesar Cavalcanti, professor Aposentado da UFPE, membro das Academias Pernambucana e Nacional de Engenharia e Diretor da Regional Nordeste da ANTP (Associação Nacional de Transporte Público) fala para a Algomais sobre como a pandemia aprofundou a crise econômica do setor de transporte de passageiros e aponta algumas alternativas para virar esse quadro, que é crítico para a sustentabilidade das cidades. Quais os principais desafios para a qualificação dos sistemas de transporte público das metrópoles brasileiras, como do Grande Recife? O momento em que vivemos é extremamente desafiador e os sistemas de transporte não ficaram imunes a esta condição. Pelo contrário, os chamados Sistemas de Transporte Público de Passageiros em áreas urbanas, conhecidos pela sigla STPP, já vinham sofrendo muitas dificuldades desde antes o surgimento da pandemia de Covid-19 e, durante a eclosão do vírus, viram sua demanda, já decadente, decrescer a níveis alarmantes. Junte-se a isto, as mazelas provocadas pelo uso crescente dos veículos individuais, que contribuem para obstruir o escasso espaço viário disponível, contribuindo para tornar, ainda menos atrativo, o transporte coletivo. Outro fator de pressão sobre os STPPs, reside no reconhecimento da necessidade de descarbonização do setor, de forma a reduzir a emissão de gases de efeito estufa (a mobilidade urbana, da forma como hoje é realizada, é a principal responsável pela emissão desses gases) e assim, proteger o meio ambiente urbano e a saúde das pessoas que nele habitam. No âmbito econômico, destaca-se a premência de desconectar a histórica vinculação entre o preço do serviço ou “passagem” cobrado ao passageiro e o valor pago ao prestador daquele serviço, por razões a serem abordadas logo abaixo. Por fim, destaca-se a necessidade de conceber e efetivar novas formas de contratação dos serviços, que viabilizem a implantação de sistemas verdadeiramente integrados, nos aspectos operacional/modal, físico e tarifário. Embora outros desafios existam, acreditamos que esses se incluem entre aqueles de maior relevância. Como a pandemia afetou a sustentabilidade dos sistemas de ônibus ou metrô? Ao difundir o sistema de home office, limitar o número de passageiros por veículo de transporte, acometer parte do pessoal de operação pela doença e fechar ou reduzir a operação de diversas categorias econômicas, entre comerciais, esportivas, de lazer e culturais, a pandemia de Covid-19 afetou, de forma significativa (outros dizem, que, de forma quase terminal…) essa sustentabilidade: reduziu a demanda, suprimiu a disponibilidade do pessoal de operação, elevou os custos de operação por passageiro transportado, restringiu as alternativas de investimento e, de quebra, ainda contribuiu para denegrir a imagem dos STPPs, sob a controversa hipótese de que o transporte coletivo era, necessariamente, o maior disseminador do vírus. Como a recente alta dos preços no País está afetando o setor de transporte público? Os itens de custo mais importantes para o setor são a mão de obra, com participação de cerca de 50%, e combustíveis, com aproximadamente 30% dos custos totais. Como a mão de obra teve sua remuneração congelada, desde o começo de 2020, é de se esperar o recrudescimento das reivindicações salariais dos trabalhadores nos STPPs, como, de fato, tem se verificado em todo país, através de greves, operações padrão e outros expedientes prejudiciais à plena operação dos serviços. Já no caso do combustível, verifica-se um significativa ampliação do custo do combustível no conjunto dos custos do transporte, conforme pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, que aponta para o crescimento de 70% do preço do óleo diesel, desde 2020. Sem esquecer que outros integrantes do custo do transporte também passam por uma substancial pressão inflacionária, verifica-se que, de acordo com estudo da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro – FETRANSPOR, publicado na Revista ÔNIBUS, de março p.p.,o custo por quilômetro do serviço metropolitano de transporte de passageiros na RMRJ, entre Janeiro de 2020 e Janeiro de 2022, passou de R$5,2805 para R$6,4829, um aumento de 22,8%. Hoje, quais as principais discussões para se encontrar uma solução para o financiamento do sistema de transporte público no Brasil? Sem dúvida, esta é uma questão vital para garantir a continuidade dos serviços e ela se desenvolve em duas vertentes muito importantes: novas formas de licitação dos serviços, associadas a ideias inovadoras sobre sua gestão e a questão do financiamento dos serviços, propriamente dito. Na primeira vertente, argumenta-se pelo aumento da transparência do processo licitatório, com a realização de audiências públicas e/ou a criação de Comitês Gestores que possam aferir, com seriedade e competência as vantagens, deficiências e limitações das novas ideias que estão sendo adotadas nos países desenvolvidos, tais como, entre outras, a compra ou leasing, pelo setor público, dos veículos de transporte, com a operação entregue à iniciativa privada, por licitação. No que toca à gestão, vislumbra-se a amplificação da oferta de alternativas de transporte (patinetes, bicicletas, sistemas estruturados de carona, veículos por aplicativo, ônibus, people movers (do qual dispomos um notável exemplo, o AEROMOVEL de Porto Alegre, idealizado por Oskar Coester), VLTs, Metrôs e, no futuro, veículos aéreos), todas convenientemente interligadas e integradas, física, operacional e tarifariamente. A vertente do financiamento toca numa chaga antiga do STPP brasileiro: sua absoluta dependência, até poucos anos atrás, das tarifas pagas pelos seus usuários, para custear a operação dos serviços e prover os recursos necessários para sua modernização/aprimoramento e expansão. Atualmente, são reconhecidos dois inviabilizadores desta opção: 1) o transporte coletivo regular urbano é um serviço caro, quando se pretende que ele apresente elevados níveis de segurança, rapidez, conforto e confiabilidade e essa carestia se reflete, naturalmente, na planilha tarifária, na razão direta da frequência e extensão territorial e temporal dos serviços oferecidos, e na razão inversa da diminuição da demanda que o utiliza 2) o cerne da demanda do STPP é constituído pelos segmentos de menor poder aquisitivo da população e, a esta dificuldade acresce o fato de que, esses usuários tendem a utilizar o transporte, pelo menos duas vezes por dia, em 5 ou 6 dias da semana (imagine-se 45 viagens/mês, a um custo médio de R$5,00/viagem, representando 225,00/mês, ou 18,6% do salário mínimo, para apenas

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Marcas próprias de supermercados crescem no Nordeste

A busca por economia tem levado os brasileiros a consumirem mais produtos de marcas próprias dos supermercados. Um levantamento da GS Ciência do Consumo realizado no início deste mês mostrou que os consumidores gastaram, em média, 22,5% a mais na compra destes itens em janeiro de 2021 em relação a janeiro de 2019 (antes da pandemia). Durante o ano inteiro de 2021, os brasileiros gastaram 6,5% a mais com estes produtos, quando comparado com o ano anterior. No Nordeste, por exemplo, foi possível perceber um crescimento nas vendas do mercado de 21,3% em relação a 2021, segundo uma pesquisa da Nielsen. No GPA, grupo varejista pioneiro no desenvolvimento destes itens, as marcas próprias chegam a representar até 40% de participação em algumas categorias. Em 2021, a participação desses itens no resultado da companhia foi de 21,1%, o que representa R$ 4,5 bilhões de reais. Nas redes do GPA, alguns itens apresentaram um avanço em vendas em 2021 em relação a 2020, acompanhando esse comportamento do consumidor. Ainda impactados pelas restrições sociais impostas pela pandemia e pela alta da inflação, mais clientes compraram das seguintes categorias de marcas exclusivas: chocolates (46,8%), água de coco (28,6%), óleos (26,7%), escova dental (22%), guardanapo (23%) e açúcar (15%). Outro comportamento impulsionado pelo distanciamento social foi a adoção de animais de estimação e isso também influenciou para um aumento nas vendas de alimentos para gatos e cães, de 54,2% e 48,7%, respectivamente. Em 2021, pelo menos um produto de marcas Qualitá, Taeq, Cheftime, Casino, Club des Sommeliers ou Finlandek fez parte da lista de compras dos consumidores fiéis às marcas Pão de Açúcar e Mercado Extra, que fazem parte do GPA.

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Isabella Roldao

Vice-prefeita Isabella de Roldão representa o Recife em Congresso Mundial do ICLEI na Suécia

Evento reúne gestoras e gestores públicos de diversas partes do mundo para promover a troca de informações e experiências, além de estabelecer parcerias estratégicas (Da Prefeitura do Recife) Como coordenadora das relações internacionais da Prefeitura do Recife e embaixadora para a América do Sul da Cities Climate Finance Leadership Alliance, a vice-prefeita Isabella de Roldão representa a cidade no Congresso Mundial do ICLEI Governos Locais pela Sustentabilidade, que ocorre esta semana em Malmö, na Suécia. O evento reúne gestoras e gestores públicos de várias partes do mundo para promover a troca de informações e experiências, além de estabelecer parcerias estratégicas. O Recife integra a rede do ICLEI desde 2013, quando a cidade foi incluída no Projeto Urban-LEDS I, para elaboração de estratégias de desenvolvimento urbano sustentável de baixo carbono. De lá para cá, a cidade tem avançado firmemente, com uma agenda climática ativa e ambiciosa, que está sendo compartilhada em Malmö. "Fomos a primeira capital do País a declarar, via decreto municipal, reconhecimento à emergência climática global que ameaça a Humanidade e também incorporamos a disciplina de sustentabilidade na grade curricular das nossas escolas municipais. Junto com o ICLEI, elaboramos o nosso Plano Local de Ação Climática (PLAC), tendo como norte a neutralização de emissões de gases do efeito estufa até 2050, a partir de quatro eixos: mobilidade, saneamento, energia e resiliência", diz Isabella de Roldão, que viajou a Malmö a convite do ICLEI, com todas as despesas custeadas pelo evento. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do ICLEI América do Sul, Geraldo Julio, também participa do Congresso. Ontem (11), Isabella de Roldão palestrou em painel sobre o projeto ProUrbano – Seguro de Infraestrutura Urbana. Recife foi a primeira cidade da América Latina escolhida para participar da iniciativa de criação de um seguro contra desastres climáticos, projeto liderado pelo ICLEI e financiado pelo governo alemão, por meio do KfW – Banco de Desenvolvimento em nome do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento. A adesão à iniciativa ocorreu durante o Congresso Internacional de Resíduos Sólidos (Cirsol) e o I Encontro Nacional do ICLEI Brasil, sediados no Recife em março. "O nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável tem se traduzido em ações como a implantação de iluminação de LED em toda a cidade e a instalação de uma usina fotovoltaica no Hospital da Mulher, assim como a ampliação contínua da nossa malha cicloviária e o lançamento do programa Eco Recife, para zerar o consumo de material plástico descartável no serviço público municipal. Recentemente, nos tornamos Nó de Resiliência da iniciativa internacional Construindo Cidades Resilientes (MCR 2030), pela maturidade de projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, como o Mais Vida nos Morros, o Reciclamais, o Parceria e o Parque Capibaribe", completa a vice-prefeita. Isabella de Roldão é uma das convidadas de honra de jantar que ocorre nesta quarta-feira na Prefeitura de Malmö, a convite da primeira prefeita eleita na cidade, Katrin Jammeh. "A pauta de gênero tem toda a relação com as mudanças climáticas, afinal são principalmente as mulheres que sofrem com as suas consequências, uma vez que 70% das pessoas que vivem em condições de pobreza no mundo são mulheres. Quantas mais de nós estivermos em espaços de poder e decisão, mais temos a chance de trabalhar por igualdade e justiça social e climática", pontua. Entre outras atividades, a vice-prefeita tem participação confirmada nos próximos dias nos painéis "Juntos para agir: Cidades, vilas e comunidades por todos" e "Aprendendo com os hubs de resiliência MCR2030". Mais detalhes sobre a programação podem ser obtidos no site https://worldcongress.iclei.org.

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Inspirado em colivings europeus, Yolo anuncia investimento de R$ 55 milhões no Recife Antigo

As obras começam no 2º semestre deste ano  O Yolo Coliving, primeiro empreendimento do Nordeste inspirado nos colivings europeus, traz para Pernambuco um modelo inovador de moradia com espaços compartilhados. A unidade de estreia da rede ficará no Recife Antigo, mas a empresa prevê expansão para Salvador, Fortaleza e Florianópolis. O empreendimento de estreia receberá um aporte de R$ 55 milhões e será construído no Bairro do Recife, na Avenida Cais do Apolo. O modelo de negócio foi inspirado nos principais equipamentos em funcionamento em países como Inglaterra, Holanda e França e conta com um funding de investidores e plataforma tecnológica própria. A solução foi idealizada pelos sócios e founders do YOLO, Yves Nogueira, Italo Nogueira e Diogo Nogueira, empreendedores seriais e investidores-anjo em mais de 60 startups no país. “Especialmente para os Millenials e as gerações mais novas, o mais importante não é ser dono do imóvel, mas colecionar boas experiências e nutrir o sentimento de pertencimento a uma comunidade com valores similares aos seus. É exatamente isso que queremos oferecer no Yolo, um empreendimento que nascerá baseado em construir relações humanas e oferecer facilidade de serviços aos seus hóspedes.”, destaca Yves Nogueira, co-founder e Relações com Investidores  (R.I) do YOLO.  A unidade pernambucana oferecerá área privativa de mais de 7 mil metros quadrados, dividida em 225 unidades habitacionais, e cerca de 4 mil metros quadrados de área comum, que contará com 14 lojas. O prazo estimado em projeto para construção é de 24 meses, com início das obras previsto para o segundo semestre de 2022.   Os sócios Italo, Diogo e Yves Nogueira: know-how em TIC e planos de expansão 

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Grupo Rota do Mar lança duas novas marcas no mercado de confecções

A empresa pernambucana Rota do Mar lança neste mês dois novos empreendimentos. Enquanto a marca Rota do Mar foca em roupas casuais e no varejo, o grupo empresarial investe agora também na Hausport, voltada para produção de roupas para a prática de exercícios físicos, e na Billboard, voltada para roupas masculinas no estilo surf e streetwear. Segundo Arnaldo Xavier, diretor-presidente do Grupo Rota do Mar, as duas novas marcas foram criadas para segmentar os produtos que a indústria já tinha experiência na produção e para atender a novas demandas do segmento esportivo, em expansão no mercado. “As duas marcas já nascem com o DNA herdado da nossa primeira marca, mas com um mix específico voltado para públicos específicos”, explica. Para operacionalizar essas duas novidades, foram contratados mais 50 colaboradores para trabalhar em áreas como a comercial, indústria e vendas. A Hausport é focada nas pessoas que praticam esportes e atividades físicas ligadas à saúde e ao bem-estar, como caminhada, crossfit, corrida, futmesa e beach tennis. Serão cerca de 50 mil peças por mês, com valores que variam de R$ 25 a R$ 50, entre Tops, shorts, calças e camisetas. A expectativa é que o investimento de R$ 700 mil tenha retorno em um ano. A primeira loja da Hausport será inaugurada no dia 13 de maio, no Rota do Mar Complex, em Santa Cruz do Capibaribe. Em Junho, a marca esportiva inaugura a segunda loja no Moda Center. A Billboard chega ao mercado para oferecer para o público masculino shorts, board shorts, camisetas básicas e regatas de malha com estilo, qualidade e preço acessível. As peças serão comercializadas dentro de quatro das seis lojas da Rota do Mar. Os valores serão a partir de R$ 24. O grupo fez um investimento inicial de R$ 300 mil e a perspectiva é que o retorno do investimento aconteça em um ano.

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Avenida Guarrapes

Uma parte da história do Brasil em cada esquina do Recife

*Por Francisco Cunha Desde que a Prefeitura do Recife anunciou, no final do ano passado, a criação do Programa Recentro e do Escritório do Centro que eu me voluntariei para apoiar esse esforço, mais do que meritório, essencial para o futuro da cidade. Pois acredito piamente que não pode existir cidade minimamente desenvolvida com um centro degradado como está o nosso. Ainda mais sendo um centro de cidade tão importante para a história do Brasil como o do Recife! Comecei propondo um roteiro “recosturador” dos fragmentados bairros do Recife, de Santo Antônio e de São José e guiando diversas caminhadas de reconhecimento pelo território do Recentro. E devo confessar que, mesmo para mim que já caminhei provavelmente milhares de quilômetros pela região, foram inúmeras as surpresas. Eu já havia repetido várias vezes, parafraseando Leonardo Dantas Silva, que “O Recife é o museu vivo da história de Pernambuco”. Todavia, não seria demais esticar a imagem e dizer que o centro da nossa cidade é uma espécie de “museu vivo da história do Brasil”. Se não, vejamos, dentre outras singularidades verificáveis, no interior do território demarcado, encontramos: o local da primeira Sinagoga das Américas (Rua do Bom Jesus); a primeira ponte de sua dimensão no País (a Maurício de Nassau, a do “boi voador”, que tinha pelo menos o dobro do seu atual comprimento); o local do primeiro observatório astronômico do Hemifério Sul, construído por Maurício de Nassau (no atual cruzamento da Rua do Imperador com a Primeiro de Março); o prédio do mais antigo diário em circulação da América Latina (Diário de Pernambuco, na “Pracinha do Diário”); uma dos primeiros edifícios com elevador do Brasil (o “Arranha-céu da Pracinha, também na “Pracinha do Diário”); a única avenida totalmente projetada antes de ser construída do Brasil (a Av. Guararapes, em estilo Art Déco); o local onde funcionou o Quartel General da Quarta Frota da Marinha Norte-Americana na 2ª Guerra Mundial (a Frota do Atlântico Sul, na Av. Guararapes); o local demarcado da eclosão da Revolução Pernambucana de 1817 (onde o “Leão Coroado” furou a barriga do marechal português, atual Edifício Seguradora); o local da chegada ao Continente Americano do primeiro voo a cruzar o Oceano Atlântico (tripulado por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, na atual Praça 17); o local onde se deu o estopim da Revolução de 1930 com o assassinato de João Pessoa, presidente da Província da Paraíba, e candidato derrotado a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas (na antiga Confeitaria Glória, no cruzamento das atuais ruas Nova e da Palma); o prédio onde foi instalada a segunda escada rolante da América Latina (na antiga Viana Leal, na Rua da Palma). E olhem que esses exemplos não constituem sequer a vigésima parte do que já tenho anotado como pontos de interesse histórico do Centro do Recife. Isso sem falar do inestimável tesouro barroco/ rococó das igreja e capelas da região, patrimônio histórico do Brasil e do mundo, com sua impressionante e única cantaria em pedra de arrecifes e suas maravilhosas talhas douradas… É esse tesouro histórico, artístico, cultural e humano que os recifenses temos a obrigação geracional de resgatar, valorizar, animar e restituir à cidade, tornando-o novamente desfrutável para os da terra e os de fora. Vamos nos engajar nesse esforço coordenado que está sendo feito. Estamos devendo isto ao Recife, a Pernambuco e ao Brasil!

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marcelo bandeira

"O transporte público não pode mais ser bancado exclusivamente pelo passageiro ou seu empregador"

Marcelo Bandeira é Conselheiro de inovação da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) e diretor de comunicação da Urbana-PE (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco). Nesta entrevista concedida à Revista Algomais, ele fala sobre os impactos da pandemia de Covid-19 no sistema de transporte coletivo e dos desafios de equilibrar o sistema diante da inflação acelerada no País. De olho no mercado local e inspirado nos modelos internacionais de referência, ele defende que a tarifa não pode ser paga apenas pelos passageiros e pelos empregadores. Um outro modelo de financiamento precisa ser redesenhado. Qual o cenário atual, após o pior período da pandemia, do setor de transporte público de ônibus? Temos verificado que, apesar do cenário pandêmico estar caminhando para a normalização, com a retirada das restrições de funcionamento dos estabelecimentos e volta ao funcionamento presencial da maior parte das atividades, os sistemas de transportes têm observado uma perda significativa de passageiros. Avaliamos que, em parte, esta tendência se deve ao aumento do desemprego, comprometimento da renda da população e adesão por parte de empresas de vários segmentos a um modelo de trabalho híbrido, reduzindo os deslocamentos semanais, além da migração de parcela dos estudantes à modalidade EAD, que já existia, mas ganhou mais notoriedade após a pandemia. Em comparação ao período anterior da pandemia como está a quantidade de usuários do sistema? Passados mais de 2 anos do início da pandemia e mesmo se observando o retorno de praticamente todas as atividades econômicas e escolares, ainda se verifica uma queda superior a 20% do total de passageiros em relação ao período pré-pandemia. Em contrapartida, a frota em circulação representa 95% daquela que operava em março de 2020. Este cenário, com pequenas variações, vem se reproduzindo em todo o país. Temos visto uma disparada da inflação atingindo muitos setores, como ela afeta o setor de transporte público? O setor vem sendo fortemente impactado pela inflação. Os combustíveis estão no centro do processo inflacionário, tendo sofrido reajuste de mais de 80% desde o início da pandemia. O valor do veículo novo acumula alta de 35% desde o início da pandemia, além dos preços de peças e pneus que também vêm tendo reajustes superiores a 30% só no último ano. Some-se a isto a constante elevação das taxas de juros, influenciando o custo de aquisição da frota. Além disso, a inflação compromete o orçamento das famílias, retraindo ainda mais a demanda. São variações muito impactantes que não poderão ser absorvidas pela tarifa, sob pena de afastar mais passageiros do sistema. Hoje, a partir da percepção ou das pesquisas que vocês têm acesso, quais as principais demandas dos usuários acerca da melhoria do serviço? Em todas as pesquisas, o principal fator de avaliação dos passageiros diz respeito ao tempo de viagem. Em seguida aparecem outros fatores, como o tempo de espera na parada, a lotação dos veículos, infraestrutura dos terminais, segurança e custo da tarifa. A climatização da frota, muito presente em alguns debates promovidos na classe média, normalmente aparece no final da lista, como um item desejável, mas longe de figurar entre as principais demandas. Analisando estes itens, é possível afirmar que, ampliando a priorização do transporte público por meio de faixas exclusivas e subsidiando adequadamente a tarifa, estaríamos endereçando boa parte das demandas dos passageiros, estimulando, inclusive, o retorno de passageiros ao sistema e a redução de congestionamentos e emissões nas cidades. As faixas azuis implantadas no Recife impactaram aumento da velocidade dos ônibus que vão de 20% a até 118% nos trechos contemplados. Significa dizer que em alguns casos, o tempo de deslocamento foi reduzido a menos da metade do que se verificava antes da intervenção, mas ainda é necessário avançar muito, inclusive nos demais municípios da RMR, onde se vê poucas iniciativas neste sentido. Nosso sistema é metropolitano e as soluções precisam ser implementadas em conjunto por todas as cidades. Quais os possíveis caminhos para o financiamento de um sistema de transporte público mais qualificado no Brasil? Está muito claro para o setor que a conta do transporte público não pode mais ser bancada exclusivamente pelo passageiro ou seu empregador. Por outro lado, a situação fiscal dos governos municipais e estaduais muitas vezes não permite a realização de investimentos efetivos no subsídio do transporte. Há que se discutir uma repartição das responsabilidades de custeio, em modelo semelhante ao que ocorre no SUS, de maneira a garantir fontes de recurso do orçamento da União, Estados e Municípios em favor do passageiro do transporte coletivo. Além disso, há que se estabelecer mecanismos que permitam que o usuário do transporte individual ajude a custear o transporte público. Neste sentido existem iniciativas como a CIDE municipal, a redução gradual das áreas de estacionamento gratuito do viário, a reversão em prol do sistema das receitas com arrecadação de multas de trânsito e zona azul e a implantação de pedágio urbano. Estas medidas têm um caráter de equidade no uso do espaço, posto que o transporte individual ocupa cerca de 70% do espaço nas vias, mas é responsável por apenas 30% das viagens. Gostaria de acrescentar algo mais? As grandes cidades brasileiras vivenciam um momento que beira o colapso da mobilidade. A efetiva priorização do transporte coletivo nas vias e no orçamento dos entes Federativos se traduz na única forma de resgatar a qualidade do serviço e consequentemente, voltar a atrair passageiros.

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As nossas guerras cibernéticas

*Por Marcos Alves Da terra.... Na noite do 26 ao 27 de Abril a Internet Francesa sofreu “cortes” de grande escala. A rede ficou fora do ar em várias regiões e cidades do país e deixou as operadoras totalmente saturadas, incapazes de fornecer acesso aos usuários e muito menos explicar o porquê dessa situação. Se descobriu rapidamente que a os cabos de fibra ótica por onde circula o sistema foi cortado em localidades distintas da França e isso a poucos minutos de intervalo. Várias fonte oficiais e não oficiais já admitem que isso possa ter sido um ciberataque. Difícil determinar quem está na origem dessa sabotagem e se pode haver recidiva, mas ela demostra também os limites da proteção das redes físicas dos nossos sistemas de comunicação internet. Para o mar.... Relembramos que no início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, países ocidentais mencionaram várias vezes o risco de Moscou cortar os cabos submarinos da internet e assim poder provocar um blackout da rede. Eles faziam referência ao navio russo Yantar, oficalmente um navio de pesquisa oceanográfica, mas considerado pelas autoridades ocidentais como um potencial navio espião com mini submarinos capazes de descer a 6000m de profundidade e avistado na Irlanda, perto das zonas dos cabos transatlânticos. 99% do tráfego mundial é efetuado por via desses cabos. São 420 cabos pelo mundo percorrendo 1,3 milhões de km que asseguram as conexões mundiais. Por isso os fundos submarinos são hoje um verdadeiro campo de enfrentamento e altamente protegidos. Esses cabos também permitem espionar, como por exemplo entre 2012 e 2014, quando os Estados Unidos conseguiram grampear a chanceler alemã, Angela Merkel, conectando-se aos cabos que iam para a Alemanha. Três empresas se repartem o mercado mundial do seguimento, sendo a Alcatel Submarine Network a líder, com sede em Calais, no Canal da Mancha. A empresa, afirma que para a manutenção de toda sua rede ela dispõe de 3 barcos navegando pelo mundo...maravilha! Até o espaço.... Em Fevereiro deste ano, o exército francês realizou uma simulação de corte dos cabos entre as suas ilhas nas Antilhas e a França, utilizando meios alternativos de comunicação por via de satélites. Porém, esse sistema também tem suas falhas. No dia do ataque Russo à Ucrânia o satélite KA-SAT foi alvo de um ciberataque confirmado pelo Comando Espacial Francês que atingiu milhares de casas que ficaram sem TV, mas também atingiu profisionais e instalações sensíveis. Cerca de 10.000 clientes da rede NordNet tiveram seus modems atingidos e desabilitados. O corte durou quase dez dias na França, até terem conseguido trocá-los todos. Clientes da rede FAI na Europa passaram pela mesma situação, neste contexto de tensão por falta de peças e componentes eletrónicos para fabricar novos aparelhos. Na Alemanha, 3000 eólicas foram atingidas. Elas continuaram a funcionar, porém, sem possibilidade de serem controladas a distância. Esse satélite foi escolhido por hackers, por ser fortemente utilizado como acesso à internet pelo exército ucraniano. Atacá-lo era um bom meio de perturbação só que acabou provocando “ciberdanos colaterais” como o mencionou o governo Alemão. *Marcos Alves é fellow do Iperid

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