Arquivos Colunistas - Página 146 De 299 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Colunistas

Empresa prevê crescimento de 50% no transporte de passageiro sobre motos no Recife

O aplicativo de motos Picap, que opera como um Uber sobre duas rodas, anotou um crescimento de 80% nos últimos meses de 2020. A empresa especializada no transporte de passageiros sobre moto projeta um início do ano ainda mais forte, principalmente no Recife. Segundo a empresa, este modal de deslocamentos apresentará um aumento de demanda de 50% até abril e a capital pernambucana deve ter um desempenho ainda mais elevado. "Temos sido bastante demandados diante da reabertura de alguns setores da economia. A circulação das pessoas nos ônibus tornou-se um risco, devido ao crescimento da contaminação do Covid-19. A moto, além de ser mais segura, torna o traslado mais rápido e barato para usuário", explica o CEO da Picap, Diogo Travassos. A startup que já tem atuação em 11 cidades no País tem planos de ampliar sua operação no Recife. "Mesmo antes da pandemia, Recife concentrava o nosso melhor desempenho dentre todas as cidades onde atuamos. Estamos cadastrando novos motoristas para dar conta dessa demanda cada vez maior", explica Travassos.

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Pesquisa do ViajaNet: Recife é o destino nacional mais procurado pelos brasileiros

Em meio ao período mais desafiador para o turismo em todo o mundo, a capital pernambucana foi o destino preferido pelos brasileiros que fizeram suas viagens de avião em 2020. Essa é a revelação da Pesquisa realizada pela agência virtual de turismo ViajaNet. O levantamento reuniu informações de todas as vendas de passagens aéreas para o Brasil entre janeiro e novembro do ano passado. O Recife contabilizou sozinho 3,3% das viagens domésticas do País. Na lista dos destinos mais visitados estão na sequência as cidades de Salvador, na Bahia (2,5% das vendas de viagens nacionais), Fortaleza, no Ceará (quase 2% do montante de bilhetes emitidos), São Paulo, Rio de Janeiro e Maceió. Para o head of marketing do ViajaNet, Gustavo Mariotto, as cidades do Nordeste ainda são a preferência dos brasileiros que viajam dentro do País. “Entretanto, observa-se uma ligeira mudança de comportamento do consumidor, com um interesse crescente por cidades com grande estrutura para atividades culturais e gastronômicas, como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, por exemplo”, comenta Mariotto.

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Impacto na empregabilidade de Moreno e região

Com atuação direta nas cidades de Moreno, Vitória de Santo Antão, Jaboatão dos Guararapes e Recife, o Recife Outlet, que tem previsão de inaugurar no primeiro semestre deste ano, irá ter impacto direto na geração de empregos na região. “Devido à sua posição estratégica no principal eixo da rodovia, atenderá cerca de 115 municípios pernambucanos, além de alcançar outros estados, como Alagoas e Paraíba. Precisamos ter pessoas treinadas e capacitadas para atender essa demanda. Quando paramos para analisar podemos comparar o empreendimento como este a uma grande indústria”, reforça Paulo Perez, sócio do Grupo BCI, empreendedor do Recife Outlet. O empreendimento teve cerca de R$ 70 milhões de investimento. Hoje, sexta-feira, o governador Paulo Câmara esteve visitando o empreendimento junto com alguns secretarios de estado. "Pernambuco tem se apresentado cada vez mais como um polo estratégico, nas áreas de serviço, comércio e indústria. Nos últimos anos grandes empreendimento tem se instalado, aproveitando da estrutura existente e da posição privilegiada do Estado. O Recife Outlet é um desses empreendimentos que estão investindo pesado na região, gerando milhares de postos de trabalho e promovendo o desenvolvimento do Estado. Sem dúvida, com a inauguração do Recife Outlet nos próximos meses, teremos um avanço muito grande nesse segmento, com a chegada de grandes marcas que vão comercializar seus produtos não só para Pernambuco, mas para todo o Nordeste.", ressaltou o governador. A previsão é que o empreendimento gera mais de 2 mil empregos diretos e vários indiretos, além de injetar recursos na economia de Moreno e cidades vizinhas. Através de uma parceria com a prefeitura da cidade o Recife Outlet terá um diferencial na capacitação da sua mão de obra. Já existe uma parceria com o Sistema S para realização de capacitação da mão de obra que irá trabalhar no empreendimento que já está com 90% da sua Área Bruta Locável (ABL) comercializado. “Pernambuco gerou 10 mil vagas de emprego em 2019, em 2020 foram menos de 2 mil vagas criadas e só em um empreendimento tem capacidade de empregar cerca de 2 mil pessoas somente na sua primeira etapa. Esse é o típico investimento que atrai outros, é algo estratégico para o Estado”, complementa Paulo Perez. Já estão programados cursos de vendedor, garçom, auxiliar de cozinha e repositor de mercadorias de bares e restaurantes. Os trabalhadores já podem se cadastrar por meio da Agência Web Trabalhador de Moreno - http://moreno.pe.gov.br/agenciadotrabalhador/.   Mercado de Outlets no Brasil - Número de Outlet Centers no Brasil: 12 - ABL total dos Outlet Centers: 191.300 m² de ABL - ABL média dos Outlet Centers: 15.941 m² de ABL - Idade média dos projetos: 3,2 anos - Janeiro/20 a 2022: 8 novos Outlets totalizando 105.500 m² de ABL - Proprietários de Outlet Centers: 14 grupos empresariais - Empregos gerados: Mais de 15.300 (Fonte: Agência Brasileira de Outlets/ABOUT)

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Shoppings lançam liquidações e atrações para as crianças

Neste período pós-festas de fim de ano, os shoppings atraem os consumidores com promoções e eventos. O Plaza, por exemplo,  oferece a atração Cabine de Brincar, um espaço com várias “cabines” montado para meninada se divertir. Seis opções estão sendo oferecidas. O Espaço Sensorial Bolinha de Gude contará com oficina de pintura em tela e oficina sensorial com a manipulação de materiais diversos. Nas Oficinas Criativas da Tia Tixa será possível aprender a fazer a própria massa de modelar e receber noções de jardinagem ao montar o próprio vasinho. Quem está iniciando ou já é fã de jogos, terá a opção de conhecer e brincar na Geek Gamer Arena. No local, será possível escolher entre várias opções de jogos eletrônicos e aproveitar por 30 minutos.  Para quem curte brincar de salão de beleza, a opção é passar na Carina Pinturinha. Será possível escolher entre três opções de penteados mais uma pinturinha e esmaltação (unhas das mãos). Outra atração, bolada para ensinar noções de finanças e do processo de compras no dia a dia para a criançada, é a lojinha de brinquedos e de maquiagem. O valor para fazer compras é definido pelos pais ou responsáveis, que comprará fichas que simulam dinheiro. Cada criança recebe um carrinho de compras e fichas, e pode escolher os itens que quiser. Exemplo: R$30,00 = 6 fichinhas no valor de R$ 5,00. As atividades oferecidas, segundo a organização da atração, seguirão os protocolos de higiene e de segurança recomendados pelas autoridades sanitárias. Haverá disponibilização de álcool 70% em todos os espaços. Nas oficinas, as crianças receberão kits individuais e higienizados. Haverá um limite de crianças por atividade. Todos os profissionais envolvidos nas oficinas e atividades voltadas para as crianças estarão devidamente paramentados com máscaras e protetor facial. A Cabine de Brincar a contece de 13 a 31 de janeiro, de quarta a sábado, das 12h às 21h e domingos das 12h às 19h, no Piso L4, para crianças a partir dos 03 anos. Os ingressos custam a partir de R$ 20,00 e devem ser adquiridos no local. LIQUIDAÇÃO Já o Shopping Patteo Olinda promove, entre os dias 8 e 17 de janeiro, a sua primeira grande liquidação do ano, a “Achadinhos do Patteo”. Serão ofertados descontos de até 80% em roupas, calçados, acessórios, brinquedos, eletrônicos, perfumaria, entre outros produtos nas lojas participantes. Segundo o superintendente Leandro Denardi, a expectativa do centro de compras para a liquidação é positiva. “Esperamos alcançar um aumento de 5% no volume de vendas em comparação com o mesmo período ano passado”, afirma. Para Denardi, a oportunidade de compras com desconto já é muito esperada pelos consumidores em janeiro, que aproveitam para adquirir o que ficou faltando no final do ano ou garantir aquele produto desejado em condições especiais. Por Cláudia Santos (interina)

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Liquidação Etiqueta Roxa do Shopping Guararapes tem início nesta quinta

A tradicional liquidação do Shopping Guararapes, Etiqueta Roxa, inicia nas lojas físicas do mall e no Guararapes Online nesta quinta-feira (07) e segue até domingo (10). São diversas ofertas em vários segmentos, com descontos de até 50%. A expectativa é receber 10% a mais de pessoas a cada dia durante o período da campanha e ter um incremento nas vendas de 20%. O horário de funcionamento do mall será o habitual, das 10h às 22h de quinta a sábado e no domingo das 12h às 21h. Todo o mix do Guararapes estará com produtos em promoção, entre as lojas que prepararam ótimas oportunidades estão a Império Móveis e Eletros, Broomer, Carmen Steffens, Constance, First Class, Maria Donata, Spuk, Constance, La Camiceria, entre outras. Para quem quiser fazer suas compras sem sair de casa, terá à disposição a plataforma de e-commerce do mall. Acessando www.guararapesonline.com.br o cliente terá acesso à várias ofertas das lojas que estão presentes na plataforma. Tudo com frete grátis e atendendo a um raio de 15km. Além disso, exclusivamente pela plataforma terão ofertas relâmpago que serão lançadas a cada dia e que prometem acabar logo com os estoques.

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Um olhar guloso

As refeições são acompanhadas pelo olhar, pelas palavras, por textos emocionais, por expressões estéticas; por louvações ou por críticas. E estes rituais do comer se iniciam quando se saboreiam as imagens dos pratos, das mesas, e de tudo mais que for mostrado no acervo desse banquete. Tudo isto faz parte da construção subjetiva da alimentação. Assim, os cenários e as pessoas se tornam comestíveis. Há uma verdadeira dramatização à mesa para que se cumpra este ritual. Come-se com garfo e faca. Come-se com colher de prata, de madeira, de osso. Come-se com hashi. Come-se “de mão”. Come-se sobre folhas de palmeira, sobre folhas de papel. Porém, come-se primeiramente com os olhos, e depois com o com o corpo inteiro. Comer é uma ação muito mais ampla do que simplesmente a ingestão de sais minerais, proteínas e gorduras para se nutrir. E é a partir das muitas maneiras de se relacionar socialmente com a comida e com a bebida que são estabelecidos os diferentes tipos de comportamentos culturais. São verdadeiras parcerias emocionais que marcam o reconhecimento e as próprias memórias ancestrais. Tudo isto ocorre porque a alimentação é um processo de simbolização de referências, que são tanto históricas quanto pessoais. Agregam-se a estes processos da alimentação o sentido de cada ingrediente, que é valorizado e respeitado no seu território, o terroir. Assim, sazonalidade, características como cor, aroma, forma, textura; e, finalmente sabor, criam a identidade do ingrediente que remete ao símbolo, ao sonho, ao desejo de comer, de viver o sabor, de se encontrar com a comida. Entretanto, é a busca pelo gosto mais gostoso que desperta o olho-grande, o olho-gordo, a vontade de comer cada vez mais daquilo que se gosta. Merengue, chantili, bomba-de-chocolate, sorvete, brigadeiro; frango no espeto; acarajé do tabuleiro da baiana, entre outros, são exemplos que motivam o desejo, o sonhar em comer a comida dos sonhos. Além disso, há uma relação da comida com o seu lugar de produção ou de consumo; seja o bolo daquela padaria escolhida ou a comida de um restaurante especial. A busca pelo sabor acontece quando a pessoa recorre as suas memórias, sonha, sente em si mesma uma ligação com aquela comida especial. E as narrativas, e justificativas, são muitas. São as conexões que as pessoas fazem para ampliar o significado de cada comida. Por exemplo, a maçã tornou-se um símbolo fundamental da moral cristã, enquanto fruto do paraíso, fruto primordial e ancestral do desejo, o fruto proibido; a romã ganha um amplo significado de fertilidade e multiplicidade nas tradições tanto do Ocidente quanto do Oriente. Sem dúvida, isto tudo ocorre porque cada ingrediente, processo culinário, resultado de receita, é essencialmente simbólico, emocional, e não apenas alimentar. "Comer com os olhos” é também uma preparação, a percepção que desperta o desejo, um estímulo que produz saliva, que traz à lembrança o sabor. Sonhar com o sabor e ficar com a boca cheia d’água; e, assumir aquele olho-gordo. É uma ação orquestrada sensorialmente em que atuam os olhos, o nariz, e os ouvidos, quando se percebe os sons dos pratos, das panelas, as vozes que chamam para o tão esperado momento; e finalmente tudo culmina num ritual ideológico que é marcado no corpo inteiro, o ato de comer. Porque come-se de corpo e alma. A comida integra-se aos diversos imaginários, sentimentos e sensações, e tudo isto faz parte das muitas formas de manifestar pertencimento. Gostar, desejar, querer comer “aquilo” ou aquele ingrediente, vem de uma motivação que é temperada pela história, pela sociedade, pela religiosidade; pelos papéis sociais que a cultura determina para homens e mulheres. Imaginar os sabores e experimentar a comida compõem momentos de uma relação íntima da pessoa com a sua cultura. E é ainda um dos mais notáveis exercícios de prazer no gozo dos sabores. Saciar a fome não é apenas uma necessidade biológica, mas uma necessidade moral, cultural simbolizada em princípios individuais e coletivos.  

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Cachaça Sanhaçu lança edição personalizada

A A Sanhaçu lançou uma edição limitada da sua cachaça: a Sanhaçu 365, que apresenta um lote de garrafas numeradas, datadas para cada dia do novo ano. O projeto é de iniciativa da cachaçaria Sanhaçu, de Chã Grande, interior de Pernambuco, com a loja especializada Eu Amo Cachaça, do Distrito Federal, em Brasília. O processo de armazenamento da Sanhaçu 365 aconteceu durante dois anos em tonéis de freijó e finalizada por mais seis meses em tonel único de primeiro uso de bálsamo. As duas madeiras do envelhecimento são brasileiras e a cachaça foi produzida no alambique do Engenho Orgânico da Sanhaçu, propriedade da família Barreto. De acordo com Oto Barreto, que gerencia a Sanhaçu com os irmãos Elk e Max, a experiência de entregar uma embalagem personalizada é especial não só para quem faz a produção, mas para quem vai receber o engarrafamento diferenciado. “Os apreciadores de uma boa cachaça poderão escolher a garrafa que tem a data do seu aniversário, casamento, ou outra data marcante, seja para o comprador ou quem deseja presentear, por exemplo”, conta Oto. Ele reforça ainda que há apenas uma unidade por data. “As garrafas limitadas Sanhaçu 365 serão comercializadas exclusivamente pela internet, em nossas redes sociais ou por telefone. Em janeiro começaremos a pré-venda, já as entregas devem acontecer já no mês de fevereiro”, finaliza ao adiantar que em 2022 é previsto uma nova edição exclusiva. A Sanhaçu começou a ser comercializada em 1993, no segmento, se destaca por ser a primeira cachaça orgânica certificada de Pernambuco. Há cinco, tornou- se o primeiro engenho do Brasil movido a Energia Solar. Atualmente é encontrada em todos os estados do Brasil e no exterior. E agora, assina o projeto exclusivo com a comunidade ‘Eu Amo Cachaça’, renomada loja do ramo, que tem abrangência em Brasília - DF.  

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Para falar em gula

PARA FALAR EM GULA “No país da Cocanha, uma rara utopia da Idade Média (...) que aparece em um documento de 1250, descreve o território imaginário onde não se trabalha, onde tudo é luxo e volúpia. Os campos de verduras prontas para serem consumidas, de sebes (cercas de plantas) formadas de salsichas que após serem colhidas e devoradas brotavam em seguida (...) As cotovias já caem inteiramente assadas nas bocas felizes mortais (...)”. (Lê Goff: 2003) Na cultura ocidental judaíco-cristã, o trabalho dignifica a alma e a conta bancária, e assim vive-se num mundo urbano globalizado que assume o padrão massificador das grandes redes internacionais de fast-food, e que ao mesmo tempo também busca e valoriza a comida étnica, tradicional, exótica, dando um lugar especial aos muitos rituais associados ao fazer, ao servir e ao comer. A comida, a cozinha, o restaurante, ganham um crescente glamour hollywwoodiano que fazem dos chef’s verdadeiros ídolos da sociedade contemporânea. Um fenômeno que merece ser olhado nesses contextos globalizados da fome invadindo muitas regiões de um mundo que fica cada vez mais gordo. Então, o comer bem, o comer muito, a gula, esse vício, pecado, vai ganhando novos sentidos e sentimentos em cenários do food fashion. Os conceitos históricos do comer muito, de ter gula, são certamente relativizados com tudo que compõe e integra o que é comer: natureza, ingredientes, economia, população, significados que vão se adequando aos múltiplos processos da sociedade e da cultura. As cozinhas tradicionais do Brasil são gulosas, ricas, maternais e oferecem muito para comer bem, pois vigora o ideal do comer bem com o comer muito. Permanece um amplo olhar de que muito é fertilidade, e que a fartura é o muito na sua mais profunda variedade de ingredientes e processos culinários. Assim, para falar de feijoada é preciso falar de prato cheio, montanha, mistura do feijão, geralmente gordo de adubos _ lingüiças, toucinho, carne seca, paio, carnes salgadas _ e tudo mais que a leguminosa deve receber para o império do sabor e do cheiro que chamam impiedosamente à mesa; começando na abrideira de cachaça e frutas; da laranja ao lado da couve à mineira; da farofa tão gorda quanto o feijão, e aquele arroz branco, quase ingênuo que vai morar junto ao garfo e, então, celebrar a feijoada. E, o acarajé contemporâneo é um ampliado sanduíche, daí o nome sanduíche Nagô, com recheios de vatapá de acarajé, que é mais simples do que o vatapá de mesa, camarão defumado e refogado no dendê, caruru, salada, molho grosso de pimenta e, então, a África vai à boca e a gula também. Esse pecado que precisa ser recuperado enquanto virtude de uma sociedade cada vez mais “anoréxica”. Chocolates, de mão cheia, brigadeiro de colher; barras dos bons chocolates da Alemanha, da Suíça; bolos, tortas com sorvete de creme, profiteroles inundados de calda quente de chocolate, e tudo mais que o cacau, sua alma e sabor possam fazer para liberar endorfina e trazer prazer. Come-se tudo! Come-se de tudo! É nesse sentimento e destino onívoro que se situam os temas religiosos do comer, do jejum, dos tabus do comer isso e não aquilo, ou se comer terá de cumprir algum ritual, ou estar adequado a algum princípio que oriente o que é muito, e como esse limite é rigorosamente filho da cultura. Nas festas tradicionais o bem comer é o mesmo que comer muito, para assim melhor viver a festa, louvar o santo, celebrar o sagrado pela boca. Por exemplo, nos terreiros de candomblé, a avaliação vai se dar pela qualidade, mas principalmente, pela quantidade da comida oferecida. “Mocotó, rabada, sarapatel, leitão a pururuca, dobradinha, galinha de cabidela, maniçoba, vatapá, caldeirada, pato no tucupi, barreado; assado de boi, de cabrito, de cordeiro..”. Tudo deve ser servido e comido em quantidade para, então, celebrar as muitas opções dos acompanhamentos, experimentando somente assim uma compreensão verdadeira da comida. Certamente vive-se um novo conceito de gula, talvez o de comer bem e não o de comer muito. Também a comida vem ganhando novos e atualizados “entornos”. O fast food massificado é um dos temas dominantes sobre o bem ou o mal comer, em contextos em que o natural, o vegetal, impera como domínio do consumo à mesa, combinados na mais nova e fantástica dieta que realiza verdadeiros milagres. Ainda, nesse campo de sabores e preferências, a cozinha tradicional identitária e patrimonial atesta um tempo histórico e processos culinários aliados a representações que unem, muitas vezes mitos, deuses, temas da ancestralidade, modismos, e que ganham sentidos e símbolos na construção de pertença do indivíduo e do seu grupo. É um experimentar além das ditaduras nutricionais e quase sempre da consagrada boa higiene.

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Lições da cultura nerd e gamer no ano da pandemia

Indiscutivelmente, 2020 entrou para a história da humanidade, foi o ano da sombra invisível, uma espécie de maldição das tumbas faraônicas, dos planos diabólicos de Mumm-Ra que colocou a espécie humana enjaulada em casa, sem poder sair para as ruas. De certa forma até parece com uma narrativa do mundo dos jogos digitais, não é mesmo meu vei e minha veia. Pense num ano ‘cabuloso da mulesta dos cachorros!’ A pandemia paralisou, quebrou muitos negócios, a indústria do turismo, os parques temáticos, fábricas, shows musicais, cinemas, empreendimentos de grande, médio e pequeno porte, até mesmo os esportes como futebol, as Olimpíadas, tudo por causa da 'febre do rato’ de um ‘vírus’. Profeticamente, o game de 2018 do teioso, Spiderman, já trazia um aviso para ficarmos em casa se quiséssemos nos salvar, mas parece que não ligamos ou não vimos o alerta. No ano da pandemia, ficou mais evidente que nossos governantes, em especial no Brasil, não ouviram a célebre frase de tio Ben Parker: ‘com grandes poderes vêm grandes responsabilidades’. Para eles, a responsabilidade passou longe que só a gota, né mesmo, minha nossa senhora! Diferentemente das outras indústrias, 2020 foi extrapower para a indústria de jogos, para nós gamers e geeks. A própria indústria de games logo se adaptou ao trabalho remoto, algumas outras já faziam isso e as plataformas de compra já eram online, o que ajudou muito. A necessidade do distanciamento social aumentou o consumo deste tipo de produto de entretenimento, movimentando bilhões de dólares, seja na compra de jogos, ações, produtos licenciados, acessórios e investimentos por parte das marcas, havidas por uma interlocução com seus públicos-alvo. Repare no que vou te dizer agora! Em termos de negócio, um exemplo interessante foi a gigante Electronic Arts que adquiriu a Codemasters, uma dos maiores fabricantes de simuladores de corrida e produtora do game, Fórmula 1, pela bagatela de 945 milhões de libras esterlinas, é dinheiro que só a gota!! Uma pesquisa do banco Nubank, oia, no Brasil, houve um aumento de 28,5% nas compras de jogos e equipamentos comparativamente ao ano de 2019. Só no Nordeste do Brasil houve um aumento de 41% de novos consumidores neste segmento, repare que os bancos tão arregalando os oi para essa indústria. O Banco BS2 retirou seu patrocínio do time de futebol do Flamengo este ano para investir nas equipes de e-sports Vivo Keyd e Pain Gaming em 2021, lembrando que o e-sports não parou, teve campeonato que só a gota. As desenvolvedoras e publicadoras de jogos também ajudaram nesse crescimento do número de jogadores, disponibilizaram jogos gratuitamente e fizeram muitas promoções arretadas, jogos que custavam 200 reais, você pôde comprar por R$ 70,00, essa parte foi boa ‘pra dedéu!’ Mas não foi só os banqueiros que os games chamaram a atenção, teve políticos fazendo streaming no Twitch jogando Among Us, jogo que nasceu mobile e tornou-se multiplataforma e recebeu prêmios que só a gota. Um exemplo dessa empreitada foi o candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL). Meu vei, minha veia, o Exército Brasileiro começou um projeto de fazer a versão tupiniquim do game American Arms, com a intenção de conseguir maior engajamento para o alistamento militar e também para outras práticas, tais vendo só! Já falamos aqui, marcas que não investiam em jogos começaram a fazer ensaios, umas das atividade da Marca Brahma foi fincar o pé num servidor brasileiro de GTA, permitindo aglomeração de jogadores de maneira segura e atraiu a atenção de 1,3 milhão de usuários assistindo a transmissão no YouTube e Twitch. Sem contar nos lançamentos deste ano, como The Last of Us II, Avengers, Assassin's Creed Valhalla, Ori and the Will of the Wisps, Ghost of Tsushima e tantos outros que nos deram e estão dando emoção do ‘pipoco de Zion’. Em Avengers, sem falar muito, é ‘arretado’ sair esmagando tudo com o Hulk, fora a treta com o martelo de Thor, sem 'spoiler', dentro deste jogo, e que também aparece em Fortnite, para quem adquiriu a temporada 4 da Marvel. Em agosto deste ano, um lançamento da gota serena chamou a atenção da indústria e dos próprios desenvolvedores, pois nem eles mesmo imaginavam que a equipe da Mediatonic passaria de 35 pessoas para 100 colaboradores em menos de seis meses, segundo Dave Bailey, um dos fundadores. Falo de Fall Guys, um jogo com personagens fofinhos e coloridos, diversão garantida para toda a família, vendeu mais de 11 milhões de cópias no PC, tornando-se o jogo da PlayStation Plus mais baixado da história em cerca de 60 dias. Um outro título que vendeu 13 milhões de cópias, estava deixando os gamers com os cabelos do sovaco em pé de tanta ansiedade para por jogá-lo, mas que depois do lançamento, foi tanta treta, tantos problemas que, 'meu vei', pegou feio para a desenvolvedora CD Projekt, que tinha uma fama extrapower pela produção da saga The Witcher, que até virou série da Netflix. Pra começar um dedo de proza sobre o assunto, o projeto de 2012 de Cyberpunk 2077 já foi uma peleja para ser lançado, pois foi adiado três vezes e quando saiu veio com, digamos, 2077 de erros e bugs que assustou tanto o público que a Sony chegou a retirar o título da Playstation, pense num apocalipse! Acho que outro jogo que trouxe tanto reboliço na indústria, ‘Deus me livre guardo’ que não ocorra novamente, foi o caso de E.T. the Extra-Terrestrial, em 1982, para Atari 2600, lançado também no mês de Dezembro, chega me deu um arrepio no cangote! Nós gamers e nerds ainda ganhamos com projetos da indústria do audiovisual, pois, menino, menina, se você não viu ainda uma série das galáxias de boa, pois veja nessa virada do ano, falo de The Mandalorian, uma produção exclusiva da Disney+ que traz uma mistura de John Wick, de um cavaleiro medieval encarnado no universo de Star Wars, pense num arretado é esse cabra. A série apresentou vários personagens do universo de George Lucas, tanto do cinema quanto das animações e

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A revolução digital nos meios de pagamento

Chegou o momento de fazermos um balanço do ano que passou. Enquanto diversos setores da economia não esperam a hora de 2020 acabar, outros estão comemorando às transformações vindas como consequência da pandemia. É o caso do e-commerce brasileiro, que teve expansão de 87% em outubro, segundo o SpedingPulse, indicador macroeconômico de vendas no varejo, e do mercado financeiro, que enfrentou uma verdadeira revolução, já que pagamentos digitais que antes engatinhavam por aqui, passaram a ficar de pé. No início da covid-19 no país, notícias de que o vírus podia ser transmitido por papel-moeda fizeram com que as pessoas encontrassem alternativas na hora de realizar pagamentos. De acordo com um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), os pagamentos por aproximação movimentaram R$ 8,3 bilhões no primeiro trimestre desse ano, crescimento de 330% em relação ao mesmo período de 2019. Os dados impulsionaram a referida instituição a aprovar a indústria de cartões a dobrar o limite das transações contactless, chegando a até R$ 100, com o objetivo de evitar que os usuários tocassem nas maquininhas para digitar a senha. Apesar dos pagamentos por aproximação estarem disponíveis desde 2008, uma pesquisa realizada globalmente pela Mastercard mostrou que a pandemia foi a grande incentivadora dessa forma de pagamento, acelerando a adesão das tecnologias NFC (Near Field Communication). No Brasil, 14% dos entrevistados deixaram de utilizar o dinheiro físico na quarentena e 63% diminuíram o seu uso. São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília foram as cidades que registraram os maiores índices de pagamentos por aproximação nos primeiros seis meses do ano. Durante o isolamento social, shows digitais transmitidos pelo Youtube estimularam o uso do QR Code e das carteiras digitais, nos mais diversos apps. Segundo uma análise desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa & Data Analytics Croma Insights, em parceria com a Toluna, site de pesquisa remunerável, a Ame Digital e a PicPay ficaram, respectivamente, na 29ª e na 35ª posição no ranking das 100 marcas com melhor lembrança positiva no país desde março. Somente em abril, a PicPay registrou três milhões de usuários e transacionou R$ 1,2 bilhão. Não podemos deixar de falar dos pagamentos instantâneos e do Open Banking, que chegaram em novembro para modificar ainda mais a forma como lidamos com os nossos recursos financeiros. Enquanto o PIX permite que os brasileiros movimentem o seu dinheiro online em até dez segundos, sem restrições de datas, horários e com baixo custo, o sistema aberto e transparente do Open Banking fará com que os cidadãos tenham maior controle dos seus dados e compartilhem, mediante consentimento, suas informações com qualquer empresa regulada pelo Banco Central do Brasil. Ainda vamos precisar de um pouco mais de tempo para entendermos como funcionam todas essas tecnologias, mas é possível afirmar que o nosso ecossistema bancário evoluiu para um novo patamar de inovação, equiparado aos mercados mundiais mais avançados. Além disso, como todos os métodos de pagamentos descritos nesse artigo dependem apenas de um dispositivo móvel como os smartphones, a inclusão financeira dos desbancarizados foi o grande feito dessa pandemia. A indústria financeira ainda tem muito espaço para crescer e os celulares podem ajudar a colocar todas as novas formas de pagamento em penetração no mercado, se consolidando como um verdadeiro centro de recursos e serviços. via: Startupi

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