Arquivos Colunistas - Página 249 De 304 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Colunistas

Luna Cosméticos cresce e planeja atuação no exterior

Uma série de cosméticos que está nas prateleiras dos supermercados, farmácias e nos salões de beleza é fabricada na cidade de Abreu e Lima, numa empresa que cresceu em média 5% ao ano desde a eclosão da crise econômica brasileira. A Luna Cosméticos, que entrou no mercado em 2005, se especializou em terceirizar a produção de indústrias que não querem ter determinadas linhas ou para distribuidores e farmácias que desejam ter marcas próprias. Nesse nicho de mercado, que não é tão visível ao consumidor final, o negócio vive um momento de expansão com a recente ampliação do parque industrial e já está de olho em prestar serviços para exportação. Marcos Figueiredo, diretor da Luna Cosméticos, afirma que a história da empresa começou com o objetivo de atender uma rede de franquias de farmácias de manipulação que ele administrava. O negócio das franquias não deu certo e ele ficou com a fábrica nas mãos. O empresário chegou a lançar um produto com marca própria, mas percebeu a dificuldade de se posicionar no competitivo mercado de cosméticos sem compreender os caminhos do varejo. Um problema que virou uma oportunidade. “De repente surgiu um empresário que veio com um produto de São Paulo. A marca já vendia muito na área de podologia e ele queria fabricar aqui em Pernambuco. O produto era interessante mas precisava ser melhorado para a realidade do nordestino”, conta Marcos. Com o produto ajustado e registrado pela Anvisa, a Luna fabricou apenas 100 unidades no pedido inicial. Em oito meses já estavam produzindo uma tiragem de 50 mil unidades. Um case de sucesso que até hoje está no mercado e que abriu as portas da Luna para o segmento de terceirização. Atualmente a fábrica atende 37 empresas e projeta fechar contrato com outras 10 até o final de 2019. A Luna tem o registro na Anvisa de mais de dois mil produtos diferentes. Atualmente pelo menos mil variedades estão ativas. A ampliação dos negócios aconteceu por volta de 2008 quando passou a fabricar maquiagens. A produção conta com batom, rímel, gloss, sombra, base, delineador, vários tipos de pós, entre outros. “Com a linha de maquiagem houve uma expansão maior da empresa. Muitas marcas que fabricavam em terceiristas de São Paulo começaram a migrar para trabalhar conosco. Em paralelo a isso, conseguimos captar clientes para a área capilar e corporal”, explica Marcos. Em 2016, mesmo com todo o cenário de crise do País, esse setor da empresa cresceu 30%. “Nem dá para explicar como a demanda aumentou tanto. Mas isso está relacionado ao consumidor que, mesmo com menos dinheiro, não abre mão de cuidar da sua imagem, melhorar sua autoestima”, analisa. Ele afirma que os produtos para o mercado masculino também estão em ascensão e hoje três empresas do segmento de barbearia fabricam seus produtos na Luna Cosméticos. Para dar conta do projeto de expansão previsto para os próximos anos, a empresa ampliou em 40% sua capacidade produtiva no ano passado. Em 2019 começou o ano contratando novos funcionários e tem 36 pessoas no quadro fixo. No final do ano essa equipe é reforçada em até 50% para atender o aquecimento sazonal. Como 90% dos clientes são do Norte e Nordeste, os próximos passos da Luna Cosméticos são de atender mais empresas do Sudeste do País, que concentra a maioria da produção nacional. “Estamos fazendo um planejamento estratégico com o objetivo de galgar espaço do Sudeste. São Paulo e Minas Gerais detêm 70% da produção de cosméticos do Brasil. Mas boa parte é comercializada no Nordeste. Por que não fabricar aqui para facilitar a logística?” Além do objetivo de ocupar um espaço maior no mercado brasileiro, a empresa está começando a dar os primeiros passos no exterior. Pesquisas realizadas por institutos estrangeiros apontam o Brasil como o 3º ou 4º maior consumidor do mercado de beleza do mundo. Um ranking que chama a atenção para os produtos nacionais. Marcos afirma que o primeiro cliente da América Latina em prospecção é uma rede de drogarias colombianas que está interessada em um produto que foi desenvolvido pela fábrica pernambucana. Neste ano a empresa participará ainda de uma feira do segmento na cidade de Lisboa, em Portugal. “O produto brasileiro é muito bem procurado na Europa e nos Estados Unidos, pois eles já conhecem a qualidade nacional. De repente podemos vender para o mundo todo”. Para 2019, otimista com algumas sinalizações do mercado, a Luna Cosméticos projeta um crescimento entre 13% e 15%. NÚMEROS 37 empresas são clientes da fábrica. 5% foi o crescimento médio nos últimos anos. 40% foi o aumento da capacidade produtiva em 2018.         SAIBA MAIS SOBRE O ENCONTRO DE EMPRESAS FAMILIARES O Encontro de Empresas Familiares (Enef), que acontece pela primeira vez no Nordeste, será realizado nos dias 22 e 23 de agosto, no Mar Hotel, em Boa Viagem. Confira mais informações sobre o ENEF no link a seguir: www.enef.com.br O evento é promovido pelas consultorias TGI Consultoria em Gestão e Werner Bornholdt Governança.  

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A primeira vez (por Joca Souza Leão)

Novato de todo eu não era. Já tinha celebrado a “primeira vez” havia algum tempo. Na matéria, digamos assim, tinha o equivalente ao ginasial (fundamental, chama-se agora). Mas o vestibular, mesmo, pra passar de menino pra homem, era a Zona (que os meninos de hoje nem sabem do que a gente está a falar). Na imaginação dos adolescentes de classe média nos anos de 1960, no Recife, era lugar de volúpias sortidas, devaneios e mistérios, mas também de aventuras e perigo. “Algumas mulheres escondem uma gilete na liga da meia; outras, uma faca embaixo do colchão” – diziam os amigos mais velhos para atemorizar os principiantes. E as doenças venéreas? (Ainda não havia AIDS.) Eu sabia os nomes de todas. E, aqui pra nós, uma blenorragiazinha até que era bem-vinda, para se impor como homem. (Veja só, leitora, leitor, até onde chegava a babaquice dos aprendizes de homem; não por acaso, muitos se tornaram machistas.) Bairro do Recife (hoje, Recife Antigo, que de antigo guarda pouco). Como no poema de Carlos Pena: “Ali é que é o Recife / mais propriamente chamado / com seu pecado diurno / e o seu noturno pecado (...) / No andar térreo, moram os bancos / (capitais da Capital) / no primeiro, a ex-austera / Associação Comercial, / no segundo, a sempre fútil / Câmara Municipal / e, no terceiro, afinal, / está a alegre pensão / da redonda Alzira, / a viga mestra da prostituição (...).” A gente andava de ônibus, mas nesse dia fomos de táxi. No primeiro lance da escada, disparou o coração. No terceiro andar, sossegou. “E aí, meu filho?” Saudou-me a dona da pensão, uma senhora de cara muito pintada, brincos de argolas e um colar com muitas voltas. “É a sua primeira vez?” “Não, senhora. Já sou experiente.” “Alba, minha filha, tem um rapazinho aqui pra você. Cuide dele direitinho.” Como era mais alta (e os saltos a faziam ainda mais), Alba pôs o braço sobre meus ombros e me levou para uma mesa no salão, onde mal se viam coisas e pessoas, pois vermelha e pouca era a iluminação. Num canto, iluminada, uma radiola-de-ficha dominava o salão. Alba botou duas fichas pra radiola tocar. E pediu ao garçom dois cubas-libres (rum com Coca-Cola); um pra mim, outro pra ela. Após duas ou três rodadas de rum, levantou-se e me convidou. “Vamos?” No quarto, tudo ia bem (a julgar pelos indícios, pelo menos); atividades e funções já bem avançadas. Súbito, algo me arrebata o ímpeto. O perfume forte de Alba, o rum, o medo de brochar, o pensamento na gilete, na faca embaixo do colchão... não sei, a luz vermelha, talvez. Problema meu, sei eu, pois Alba se esforçou. Pelos seus préstimos e promessa, dei-lhe mais do que cobrou. “Isso acontece, gordinho. Eu juro que não conto nada a ninguém.”

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Mr. Fit cresce no Nordeste e inaugura a terceira loja em PE

Em expansão no Estado, a Mr. Fit, fast-food de alimentação saudável, inaugurou sua terceira unidade da rede em Pernambuco. O bairro de Boa Viagem foi o local escolhido pela rede para oferecer ao público um cardápio repleto de alimentação natural por um preço acessível. A rede já possui 300 unidades espalhadas pelo País. “Estou feliz em assumir meu compromisso de trazer alimentação saudável a Pernambuco. Nos últimos anos esse mercado cresceu muito no Brasil e vem aumentando, mas é preciso expandir isso para além do Sudeste, Centro Oeste e Sul”, declara Camila Miglhorini, CEO e fundadora da Mr. Fit. A empresária respondeu duas perguntas sobre o segmento de alimentação saudável e acerca das expectativas da marca no Estado. Como você avalia o mercado pernambucano e recifense para o segmento da alimentação saudável? O mercado recifense e pernambucano é de extrema importância para a Mr. Fit. Esta é a primeira loja gourmet da franquia em Recife – as outras duas funcionam no Shopping Olinda e no bairro Jaqueira e, há unidades também em Petrolina. Trouxemos para Recife uma nova loja, onde o diferencial é o empório de produtos naturais junto com o restaurante. É possível almoçar de forma saudável e ainda levar pra casa produtos naturais como em um armazém. Este modelo de atendimento foi experimentado com sucesso recentemente em outras lojas da rede e, agora estreia na Região Nordeste. Há planos de inaugurar novas unidades no Estado? Alguma no interior? O crescimento em Pernambuco faz parte da estratégia da Mr. Fit de ampliar sua presença no Nordeste, onde já possui 10 lojas. Queremos abrir quatro lojas por ano na região. Para isso, fechamos um contrato com o banco do nordeste para financiar nossos modelos. SERVIÇO A nova unidade fica na Rua Ribeiro de Brito, 465 - Boa Viagem (Horário de atendimento: De segunda a sexta das 9h às 21h, e de sábado das 9h às 15h). Para quem pretende investir a Mr. Fit tem sete modelos de negócios: Mr. Fit Shopping (R$ 164 mil), Gourmet Fit (R$ 99 mil), Tradicional Mr. Fit (R$ 59 mil), Mr. Fit Quiosque (R$ 68 mil), Mr. Fit Café (R$ 49 mil), delivery (R$ 39 mil) e micro franquia (R$12 mil). As unidades podem ser instaladas em pontos de rua, aeroporto, prédios e galerias comerciais, hipermercados, hospitais, postos de combustíveis, academias, clubes e store in store, ou seja, dentro de outras lojas. Serviço:

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Para entender melhor o futuro

Qual o futuro do emprego, das empresas e dos mercados? Essa não é uma resposta simples. Não há dúvida de que a tecnologia – com destaque para a inteligência artificial, a biotecnologia e a computação quântica – será o eixo principal do caminho para o amanhã, mas há também fatores antropológicos, sociológicos e econômicos que precisam ser compreendidos. Por isso, resolvi fazer uma lista de livros essenciais para os que desejam encontrar a resposta sobre o futuro: 1. Os meios de comunicação como extensão do homem (1964) – O conceito principal do livro é que a tecnologia da comunicação tende a encurtar distâncias e reduzir todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia. É o famoso conceito “aldeia global”, que levou Marshall McLuhan, filósofo canadense e autor do livro, a ser um dos pioneiros a analisar as transformações sociais provocadas pelo computador e pelas telecomunicações. Como foi escrito há mais de 50 anos, a leitura tem que ser contextualizada com a época. 2. A Estrada do Futuro (1995) – Esse é um dos primeiros livros que mostram os “surpreendentes” recursos da internet e os primeiros problemas de um mundo que estava se globalizando por meio da integração de canais digitais de alta velocidade. Vale a pena a leitura para entender os conceitos originais de alguns produtos e serviços que são comuns hoje. Bill Gates, fundador da Microsoft e autor do livro, acertou em pelo menos dois deles: computador do tamanho de uma carteira (smartphones) e a possibilidade de fazer amigos usando a internet (redes sociais). 3. A Cauda Longa (2004) – Escrito pelo editor da revista Wired, o jornalista Chris Anderson, esse livro explica bem o conceito da cauda longa, que passou a fazer mais sentido após a popularização da internet por viabilizar a mudança da lógica do mercado de massa para o mercado de nicho. O conceito da cauda longa é a principal estratégia de grandes plataformas de sucesso atualmente, como Mercado Livre, Amazon, AppStore, Google, Youtube, Netflix. E influencia ainda muitos mercados que estão sendo transformados – bancos, por exemplo – bem como os negócios que ainda serão criados. 4. O Mundo é Plano (2005) – Uma das principais teses defendidas no livro é de que a internet é uma das 10 forças que nivelaram o mundo, acelerando a quebra de barreiras históricas, regionais e geográficas. Thomas L. Friedman, jornalista americano que escreveu o livro, também mostra como essas forças interagem e se potencializam entre si, além de discutir os desafios que as empresas e as pessoas precisam enfrentar para se manterem competitivos diante dessa nova realidade mundial. Para fechar essa primeira parte da lista, recomendo também a leitura complementar do livro 1984, escrito em 1948 por George Orwell, criador do termo Big Brother. A leitura não é fácil, mas é reveladora. Para ler a parte dois dessa coluna, com mais dicas de leitura sobre o futuro, acesse: http://revista.algomais.com/colunistas/bruno-queiroz-colunistas

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Economia em debate no Meetup Escobar & Mota

Com o tema Cenários Econômicos para 2019, o Meetup Escobar & Mota acontece no próximo dia 27, das 12h às 14h, no Douro In, no Riomar, promovido por Antônio Mota, Renata Escobar e Gustavo Escobar, sócios do escritório de advocacia Escobar e Mota Advogados. O evento contará com palestras de Fábio Menezes, sócio da TGI Consultoria em Gestão, e de Paulo Guimarães, sócio da Ceplan.

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Porto Digital e o braço de inovação do Bradesco assinam acordo de parceria

Ontem (20), o Porto Digital e o inovabra habitat, espaço de coinovação do Bradesco, assinaram um acordo de parceria para fomentar negócios entre as empresas corporates residentes do inovabra habitat e o ecossistema de inovação do Recife. O termo de parceria foi formalizado em evento com a participação do prefeito do Recife, Geraldo Júlio, do presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, e de Luca Cavalcanti, diretor executivo de canais digitais e inovação do Bradesco. O inovabra habitat reúne 190 startups e 70 empresas corporate clientes do Bradesco em um prédio com mais de 22 mil m², situado no grande centro econômico e cultural de São Paulo, próximo à Avenida Paulista. Diariamente, o Bradesco promove atividades de coinovação entre grandes empresas correntistas do segmento corporate, áreas gestoras de negócios e startups. Com um ano de existência, o espaço foi responsável por fechar cerca de 90 contratos entre seus habitantes e, inclusive, com o Banco. Pelo acordo, o Porto Digital pode indicar startups qualificadas pelo inovabra habitat a atender as demandas de negócios das empresas habitantes e do próprio Bradesco. Além disso, as startups selecionadas passam a ter posições disponíveis no espaço físico para uso eventual no inovabra habitat e a poder usufruir dos cerca de mil eventos que acontecem durante o ano no local. Da mesma forma, startups do inovabra habitat poderão frequentar os espaços do Porto Digital.

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Boom de investimentos turísticos em Bonito

Prestes a completar um ano de inauguração, o Teleférico Governador Eduardo Campos atraiu mais turistas e investidores para o município de Bonito. O novo atrativo foi fruto de um investimento de R$ 5,2 milhões do Prodetur (Programa de Desenvolvimento do Turismo). Com o início da sua operação, após quatro anos de espera, empresários da cidade e de outras regiões começaram a aportar recursos tanto na ampliação dos equipamentos hoteleiros já existentes como em novos empreendimentos ligados ao segmento de turismo e lazer. “Há diversos novos investimentos surgindo no município e estamos impressionados também com a expansão dos que já existem. Há uma confiança inclusive dos próprios moradores da cidade no setor de turismo que estão abrindo pousadas, hotéis, lojas de artesanato e receptivos turísticos”, comemora o secretário de Turismo do município Paulinho de Devá. “Escutamos falar de investimentos de R$ 1 milhão, R$ 3 milhões e até R$ 7 milhões. Estamos muito felizes com esse momento”, completa. . . O equipamento turístico mais tradicional da cidade, o Bonito Plaza Hotel, inaugurou recentemente 20 novos apartamentos e está requalificando a estrutura dos mais antigos. Para isso, os sócios Josa Monteiro e Rosael Monteiro investiram em torno de R$ 1,3 milhão. “Começamos a construir no embalo do teleférico. Havia uma grande expectativa da sua inauguração, que aumentou muito o número de visitantes na cidade”, conta Josa. Com 22 anos de operação, o Bonito Plaza Hotel conta com 88 apartamentos. Os pacotes para o período de Carnaval, por exemplo, foram comercializados com seis meses de antecedência. “Nos finais de semana temos tido 100% de ocupação e entre dezembro e janeiro, a taxa média é de 85%”, comemora o empresário Josa Monteiro. O hotel conta atualmente com quadra, minicampo, pesque e pague, passeios de cavalo e até saunas. Um dos maiores empreendimentos em execução na cidade é o Monte Imperial Park Hotel Residence, do empresário recifense Júlio Miranda. Já foram investidos em torno de R$ 2 milhões ainda na primeira fase do projeto, que está em torno de 20% executado. O complexo contará com hotel, chalés, SPA, parque aquático, restaurante, mirante e uma grande estrutura de lazer em esportes radicais. A previsão de inauguração é em 25 de outubro de 2020. A data coincide com os 200 anos do Massacre do Rodeadouro, considerado o primeiro movimento sebastianista do Brasil. Um episódio histórico que, segundo a Secretaria de Turismo, pode ser explorado turisticamente. Nos planos do empresário estão a construção da maior tirolesa do Brasil, instalada numa altitude de mil metros e com quase dois quilômetros de extensão. Outro projeto é transformar uma pedreira desativada numa cachoeira artificial. “Tenho uma área de 40 hectares, com uma vista privilegiada para a mata atlântica da região. Minha intenção é trazer mais pessoas para investir em Bonito. Estou confiante na administração pública local para que surjam parcerias público-privadas nesse sentido, com menos burocracia e iniciativa para atração de novos empresários. Sem dúvida, a cidade terá um grande avanço nos próximos anos”, estima Júlio Miranda. Até o final de 2019 o município deve ver inaugurado outro grande empreendimento, o Bonito Water Park, um arrojado empreendimento do empresário Adilson Azevedo. O complexo aquático possui uma área de quase dois hectares no bairro Arlindo Cavalcanti. Terá seis piscinas, uma delas com nada menos que 76 m de comprimento. Três restaurantes e uma sorveteria serão instalados na área interna e uma churrascaria será erguida logo no acesso ao parque. . . Adilson, que atua no setor de venda de materiais de construção, conta que tomou a decisão de fazer o investimento ao ver o “estouro” da cidade após a chegada do teleférico. “Será mais um atrativo para o município que está passando por um grande momento. O espaço terá capacidade de receber até três mil pessoas. Esperamos inaugurar até o final do ano”. Além da estrutura que está sendo erguida, o espaço tem uma vista privilegiada para os morros Macaco de Pedra e Araticum. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)   SAIBA MAIS SOBRE O ENCONTRO DE EMPRESAS FAMILIARES

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In Loco planeja triplicar o faturamento no NE

Uma das gigantes do Porto Digital, a In Loco, que atua no segmento de inteligência de dados especializada em geolocalização, anuncia Pedro Macêdo como Sales Manager para a região Nordeste. O novo executivo tem a missão de expandir o alcance das soluções In Loco para além de Recife. A aposta na região tem suas razões. No primeiro semestre de 2018, o investimento em publicidade no Brasil foi de R$ 7,67 bilhões. A pesquisa do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão) mostra que o Nordeste abocanhou 4,4% da verba total, ficando a frente das regiões Centro-Oeste (1,9%) e Norte (0,9%). O novo executivo, que é bacharel em Ciência da Computação pela UFPE e possui MBA em Marketing pela FGV, teve experiências no Porto Digital, na Jump Brasil, no CESAR e na ChefsClub. Macêdo respondeu três perguntas para a coluna Gente & Negócios sobre o trabalho que passa a realizar na In Loco e sobre as pretensões da empresa na região. Quais as principais ações que a In Loco pretende fazer para ampliar os negócios na região Nordeste? Pedro Macêdo: Como Sales Manager do Nordeste, minha missão é conectar as ofertas da In Loco com o mercado local de mídia publicitária, aplicativos e soluções para validação de endereços voltadas para fintechs e mercado financeiro. Esse conjunto de produtos coloca a In Loco como uma parceria estratégica com forte compromisso com resultados de nossos clientes. Uma parceria de negócio com base em inteligência de localização para impacto no ponteiro de vendas e otimização do uso de apps. Mas, meu escopo vai além da área de vendas. Um dos meus objetivos, seguindo os valores da In Loco, é investir em ações para compartilhar conhecimento e informações sobre assuntos como geolocalização, mobile e privacidade com todos os players do mercado. Assim, os decisores das empresas terão uma noção melhor de como a tecnologia pode ajudar a revolucionar áreas como varejo e bens de consumo no Nordeste. Há alguma meta de clientes ou de faturamento gerado no Nordeste para 2019? Pedro Macêdo - Atualmente a participação do NE no faturamento da In Loco é relevante. No entanto, com o crescimento do mercado local, identificamos oportunidade de crescer ainda mais e contribuir para uma atuação inovadora das empresas. Temos grandes marcas e anunciantes que concentram seus investimentos de forma local em praças como Fortaleza, Salvador e Recife. Essas cidades estão abocanhando uma fatia cada vez maior do bolo publicitário no Brasil. Meu objetivo é triplicar o faturamento local nos próximos 12 meses. O desafio é grande, mas a região tem potencial para atingir essa meta. Entre os serviços da In Loco, qual tem maior potencial na região? Pedro Macêdo - Levando em consideração o mercado local, acredito que, nesse primeiro momento, a área de mídia é que se mostra mais propensa a crescer na região. Temos grandes varejistas, marcas bens de consumo e farmácias que atuam exclusivamente nos estados do Nordeste. Por isso, acreditamos que o serviço de mídia mobile em que usamos a tecnologia de localização para entender a jornada do consumidor, impactá-lo com uma mensagem relevante via mobile aumentando a chance de que ele vá até a loja física do anunciante será a porta de entrada para a expansão da atuação da In Loco por aqui.

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Vamos resetar 2019?

Que tal começarmos do zero? Então feliz ano novo para você. Melhor fazer de conta que o ano teve início agora porque o negócio está feio. Brumadinho, meninos do Flamengo, chuvas torrenciais, Boechat, Moro deixando de ser Moro... Vixe Maria! Se pudéssemos resetaríamos esse ano. O termo resetar não existe na língua portuguesa. Mas quem é da época do computador 386 está autorizado a utilizá-lo. Quem foi proprietário daquela gerigonça chamada “três-oito-meia” sabe do que estou falando. Quando o bicho travava não tinha cão no mundo que desse jeito. No meu antigo estágio havia um colaborador da área de TI que quando era chamado não perdia muito tempo: simplesmente dava um reset no computador. Era mais fácil, simples, descomplicado. Ganhou o apelido de Mr. Reset. Hoje é um grande empresário da área da tecnologia. Isso só comprova que resetar é caminho para o sucesso. E é justamente o que proponho fazer com 2019. Dá um reset aí nesse danado! Bora começar essa brincadeira de novo porque tá foda! Então aprenda a conjugar o verbo: Eu reseto Tu resetas Ele reseta Nós resetamos Vós resetais Eles resetam Não proponho, contudo, o esquecimento. As tragédias ocorridas não podem ser chamadas de tragédias. Não são tragédias e pronto! São acontecimentos com data prevista, o que é bem diferente. Tragédia é aquilo que acontece sem ninguém esperar. Onde não há negligência, imprudência ou imperícia, mas mesmo assim as coisas dão errado, aí sim é tragédia! Do contrário, é evento previsível. Ora, quem não espera que Brumadinho ocorra novamente? Mariana, não faz muito tempo. O que aprendemos? Quem não espera outros incêndios em outros puxadinhos, como aquele onde os meninos do Flamengo dormiam? O Brasil, por si só, já é um puxadinho. O país da gambiarra. Incêndios muitos ocorrerão. Tragédias muitas acontecerão. Boate kiss, não faz muito tempo. De novo, me digam, o que aprendemos? Talvez entre o término desta crônica e sua publicação já tenha ocorrido outra tragédia. Portanto, provavelmente, você está a ler um texto desatualizado. Esse novo acontecimento, garanto, terá a motivação de sempre. Descaso. Desrespeito. Irresponsabilidade. E, depois, cairá no esquecimento e na impunidade, como todos os inúmeros acontecimentos trágicos ocorridos no Brasil. Que tal deletarmos desse país o desprezo pela vida humana? Que tal aprendermos de uma vez por todas com nossos erros e virarmos a página da incompetência? Pelo amor de Deus, deletemos a ignorância nossa de cada dia. Façamos emergir da lama um novo Brasil. Resetemos 2019. Feliz ano novo, de novo!

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Uma rota urbana inclusiva (por Francisco Cunha)

Recentemente tive a satisfação de guiar uma Caminhada Domingueira Olhe Pelo Recife, coisa que faço há já mais de uma década, por uma rota inusitada: da Praça Fleming, na Jaqueira, até a Avenida 17 de Agosto, em Casa Forte, passando pelos Altos da Bela Vista e Santa Terezinha. Foram, no total, quase 12 km percorrendo, na planície, a Estrada Velha de Água Fria e a Avenida Beberibe até Porto da Madeira. De lá, subimos até o Alto da Bela Vista, passando pelo projeto Mais Vida nos Morros da Rua Vitoriana. Em seguida fomos, por cima, até o Alto Santa Terezinha, cerca de 1 km depois, e visitamos o primeiro Compaz (Centro Comunitário da Paz) do Recife, em torno do qual os índices de violência caíram 25,5% desde a sua inauguração (ver reportagem de capa desta edição da Algomais). A partir do Compaz iniciamos a descida, passando pela Bomba do Hemetério até a Avenida Norte, novamente na planície. Da Avenida Norte, seguimos pela Rua da Harmonia até Casa Forte. Das mais de 100 pessoas que foram nessa caminhada, acredito que a grande maioria nunca tenha estado por aquelas bandas nem, muito menos, feito uma travessia do tipo, muito embora a ocupação urbana daqueles altos date da primeira metade do século 20, quando a cidade passou por uma explosão populacional, e seja a mais antiga ocupação dos morros da Zona Norte do Recife. Fiquei com a firme impressão de que a rota percorrida fez bem, tanto para quem “passou por dentro” dos altos, quanto para os moradores da localidade que viram a “outra cidade” passar por dentro da sua. Afinal, embora socialmente separadas uma da outra, a cidade é uma só. Uma parte conhecer e integrar-se fisicamente com a outra é condição de desenvolvimento da cidadania urbana! Achei tão importante essa integração que até me comprometi a estudar e desenvolver, por meio da pesquisa feita com os caminhantes, uma proposta de rota adequadamente sinalizada que, partindo da Avenida Beberibe, mais precisamente da Praça Camilo Simões em Porto da Madeira, seguisse por uma boa parte do roteiro percorrido e terminasse no mirante do Morro da Conceição que já é, por si só, um ponto de atração turística. Com isso, poderíamos ter um roteiro turístico inclusivo e democrático ligando as “duas cidades”, hoje separadas. Vamos nos empenhar para que seja possível. A cidadania agradecerá, com certeza! *Francisco Cunha é consultor e sócio da Algomais

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