Arquivos Colunistas - Página 273 De 299 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Colunistas

Sem ketchup (por Joca Souza Leão)

Meu neto João Francisco é tarado por ketchup. Quando lhe disse que não existia ketchup antigamente (pra ele, tudo com mais de oito anos é “antigamente”), ele interrompeu a mordida no hambúrguer cheio de ketchup e me olhou perplexo: “Então, você comia o quê, vovô?” Antes de responder, acrescentei: “Também não havia maionese pronta.” Ele pensou qu’eu tava brincando: “Danou-se!” E lá fui eu explicar a João. “Quando eu tinha a sua idade, rapaz, não havia pizzarias no Recife. Minha mãe fazia pizza em casa aos domingos. Meus amigos, que nunca tinham comido nada nem parecido, passavam o dia puxando o saco da gente (meu, de Caio e de Lula) pra serem convidados. Não sabiam nem pronunciar o nome direito: ‘Pi... o quê?’ Pense numa pizza boa, João. A que você mais gosta. Pensou? Pois a que mamãe fazia era muito, muito mais gostosa. E era grossinha, viu? Nada de pizza fininha como hóstia. Quem diz que quanto mais fina melhor é porque não sabe o que é uma massa boa e bem assada, fofinha e crocante. Hoje, por pirangagem, pra render mais, ralam o queijo mozzarella. Mamãe a cobria com fatias de queijo; aí, sim, fininhas. Ketchup? Nada disso. Molho de tomate pessoalmente, temperado e feito na hora. Maravilha. “Agora, bom mesmo, João, bom de lascar era a maionese que mamãe fazia. Não era pra comer com hambúrguer, não, rapaz. Mas com lagosta e camarão. (‘Lagosta? Eu acho que nunca comi lagosta...’) A maionese era batida com não sei quantos ovos, mostarda francesa, azeite português, limão, alho... e, depois, misturada com pedaços de lagosta, camarão, passas, cubinhos de batata e maçã. Pronta, ficava como um bolo. Decorada. Servida gelada. Como entrada. Mas, pra mim, era o prato principal. “Quer ver outra coisa que também não existia, João? Sanduicheira elétrica doméstica. Só profissional. Nas casas de lanche (lanchonetes, como se diz de um tempo pra cá) e algumas sorveterias. Mas tinha uma sanduicheira lá em casa que prensava o sanduíche e a gente botava na boca do fogão; de um lado, depois do outro. O sanduba ficava igualzinho ao da Pérola, uma sorveteria famosa. E tinha um detalhe, João. Queijo, presunto e manteiga eram muito melhores do que são hoje. Mas bota melhores nisso! E o misto-quente lá de casa também fazia o maior sucesso entre os amigos da vizinhança.” Você, cara leitora, caro leitor, não faz ideia do comentário de João Francisco depois de todo o meu empenho narrativo: “Por isso, vovô, tio Caio, tio Lula e você ficaram gordinhos, né?” Anote na agenda do celular, no computador, na porta da geladeira.... Quarta-feira, 22 de novembro, no Bar Real, em Casa Forte, às 7 da noite, a Cepe lança dois livros excepcionais: Contos da Era das Canções e Outros Escritos, de Aluízio Falcão (com prefácio de Homero Fonseca), e Gordos, Magros e Guenzos, de José Almino Alencar. Aluízio e Zé vão estar lá. Autografando e tomando umas e outras com a gente.

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Não à multa para os pedestres!

No final do mês de outubro, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) publicou uma resolução que define as regras de multas para pedestres e ciclistas que transitarem fora das áreas permitidas, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro. Em teoria, a medida parece justa e adequada, já que, tanto pedestres quanto ciclistas, são atores do trânsito e, como tais, devem estar submetidos ao cumprimento das regras estabelecidas e às respetivas punições pelo seu descumprimento. Todavia, na prática, a teoria é outra. Toda a lógica do trânsito no Brasil é a de privilegiar os veículos motorizados. Embora isso não esteja explicitamente escrito em lugar nenhum, na realidade este privilégio é absurdo. Exemplo: embora, segundo o IBGE e estimativas de especialistas, os veículos individuais motorizados (carros e motos) sejam responsáveis pela mobilidade cotidiana de apenas 1/3 das pessoas que se locomovem nas cidades brasileiras, têm à sua disposição mais de 80% do espaço público, relegando os demais 20% para os 2/3 restantes (pedestres, ciclistas, usuários de transportes públicos). Além disso, é péssimo o estado geral das calçadas e sua ocupação se dá por todos os tipos de usos obstrutores (inclusive o mais odioso deles que é o estacionamento impune de carros). Sem falar na inexistência de ciclovias nem na ausência de faixas de pedestres em todos os cruzamentos e de acordo com o que estabelece o Código de Trânsito. Com esse tipo de situação calamitosa, falar agora em multas para pedestres é uma completa inversão de valores. É, como se diz popularmente, “passar manteiga no focinho do gato”. É “jogar para a plateia”, de acordo com a linguagem futebolística. O que as autoridades de trânsito deviam tratar de fazer, a começar pelos altos escalões brasilienses, era cuidar do reforço da proteção dos atores mais frágeis da mobilidade (pedestres e ciclistas) e da “incolumidade” do pedestre, de longe o mais frágil de todos, conforme especifica explicitamente o Código de Trânsito. Deviam era redobrar as exigências por calçadas de melhor qualidade e uso, por ciclovias e ciclofaixas, pela disseminação das faixas de pedestres. Sem isso, tratar de multas para pedestres e ciclistas é, nesses tempos de Cowparade, apenas “conversa para boi dormir”.

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Pitangueiras

Não lembro bem das mãos de quem plantou-me. O fato é que o fizeram em lugar errado. Jardim de hospital não é lugar de se viver. Especialmente se for de frente para uma emergência. Todos os dias vejo dor. Essa é a minha vida: chorar pela amargura alheia. Conforta-me quando parentes vêm adoçar a boca com minhas pitangas. Sinto prazer quando meus frutos dão alívio às goelas engasgadas do sofrimento. Alguns episódios me marcaram. Um em especial. Era domingo, há exatos 20 anos. Por volta das seis e meia da tarde aquela caminhonete preta parou na porta da emergência. Desceu um jovem com cerca de 20 anos de idade, gritando: “socorre o meu pai aqui, socorre o meu pai aqui!”. Um médico veio lá de dentro acompanhado de dois enfermeiros. Colocaram o corpo de um homem gordo numa maca. Apressadamente, todos entraram na emergência. O filho ficou do lado de fora. Andava de um lugar para o outro, como que sem rumo. Chorava, mas tentava se manter calmo. Levava as mãos ao rosto. Rezava em voz alta. Mas suas esperanças duraram apenas cinco minutos. O médico retornou e abriu a porta mais ao fundo da emergência, que dividia o local do atendimento emergencial do espaço onde os parentes sempre aguardavam. Enquanto a porta abria e fechava, como aquelas de filme de faroeste americano, vi o homem deitado imóvel na maca e os dois enfermeiros cobrindo seu corpo com um lençol branco. O médico aproximou-se do filho. Pôs as mãos sobre seus ombros e disse: “ele já chegou aqui sem vida, sinto muito”. Aquele choro não era só um pranto. Era um grito de dor. O fim do contato diário entre duas pessoas que se amavam infinitamente. Um amor que não se pode medir. Filho e pai. A ruptura abrupta que a morte sentenciou. Logo em seguida, veio caminhar pelo jardim, ainda em choque. Sentou-se sob meus galhos. Agarrou-se ao meu caule como quem pede socorro, desesperadamente. Senti que ele daria tudo para ter o pai de volta. Senti nas suas mãos suadas o impacto do raio que acabara de lhe atingir. O cabelo loiro assanhado, jeito maltrapilho, roupa rasgada, parecia que vinha da guerra. Queria abraçá-lo, acolhê-lo, mas meus galhos não seriam suficientes para amenizar o tanto de desespero que ali havia. Foi como se seu toque, no meu caule, transportasse-me para momentos que eles tivessem vivido: vi uma praia de areia branca, mesa farta com família ao redor, música, alegria, gente de toda cor e classe, espíritos, festas, riacho azul, cavalos, churrascos, abraços, carinho, calcanhar rachado e amor. Vi e senti uma vida que não me pertencia, em frações de segundo, através de um simples toque. Era como se aquela vida de outrem alcançasse minhas raízes e se espalhasse por toda minha estrutura até a ponta da folha que mais se aproximava do céu. Uma viagem cósmica ultrapassando a realidade das coisas. Ouvi seu lamento doloroso com palavras que saíam da alma, das quais jamais esqueci: “painho, você foi a minha vida, minha história, meu abraço, meu amigo. Você foi meu exemplo, meu amor. A coisa mais linda de todas as coisas lindas que me aconteceu. Obrigado, por tudo!” De repente, soltou-me. E se foi...

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Instituto Ricardo Brennand, o sonho completou 15 anos

O Instituto Ricardo Brennand, entregue ao público em 12 de setembro de 2002 pelo industrial Ricardo Brennand, inscreve-se hoje como um dos mais importantes museus da América do Sul, registrando nos últimos 15 anos uma frequência de 2.546.930 visitantes. O conjunto encontra-se implantado em uma área de 77.680 m², encravada em terras do engenho São João da Várzea, que no século 17 fora propriedade de João Fernandes Vieira, um dos principais líderes da Restauração Pernambucana de 1654. Ostenta em sua entrada uma aleia de 1.400 metros de palmeiras imperiais, finalizada por uma imponente portada em cantaria, originária de um castelo francês, ladeada por dois monumentais leões esculpidos em pedra, procedentes do Palácio Monroe (Rio de Janeiro). Nos seus jardins o visitante encontrará, além de uma grande escultura do colombiano Fernando Botero (A Mulher no cavalo), uma réplica em mármore de Carrara da estátua do David de Michelangelo (1504), cujo original encontra-se na cidade italiana de Florença, com 7,15 metros de altura, sete toneladas, apoiada numa base do mesmo material. O Instituto Ricardo Brennand é formado por um conjunto de prédios reunindo Castelo de São João, Pinacoteca, Biblioteca, Galeria, Capela e Restaurante. No primeiro edifício vamos encontrar uma das mais importantes coleções particulares de armas brancas, formando um conjunto de cerca de 3.500 peças de diversas procedências. Lanças, facas, alabardas, espadas, adagas, canivetes, estiletes e 50 armaduras (duas delas para criança e uma para cachorro) completas, com destaque para os raríssimos conjuntos em tamanho natural cavalo-cavaleiro-com-armadura, no estilo italiano do século 16, estão a despertar a atenção de leigos e estudiosos, juntamente com curiosidades outras dos Séculos 15 ao 21. A Pinacoteca encontra-se inserida, juntamente com sua torre em três pavimentos, em um edifício de 4.884 m² e conta com equipamentos de alta tecnologia para preservação de umidade, temperatura e luminosidade. O instituto dispõe atualmente do maior acervo já reunido em um só local de obras atribuídas ao pintor Frans Post (1612-1680); o primeiro artista europeu a registrar a paisagem das três Américas no Século 17, que trabalhou em Pernambuco entre 1637 a 1644 integrando a comitiva do Conde João Maurício de Nassau-Siegen (1604-1679). Ainda no prédio da Pinacoteca encontram-se importantes quadros formadores da Coleção do Oitocentos, reunindo a produção de 57 pintores e viajantes do século 19, em sua maioria chegados ao Brasil após a Abertura dos Portos (1808). Inaugurada no ano 2011, a Galeria é o terceiro módulo do instituto que ocupa uma área total estimada em 1.607 m², destinada a realização de grandes eventos, exposições itinerantes e exposição de quadros de vários autores conservadas na Reserva Técnica. A Biblioteca José Antônio Gonsalves de Mello, localizada na torre do prédio da Pinacoteca, possui pouco mais de 51 mil itens catalogados, com especial enfoque para a história colonial brasileira, destacando-se o período Brasil-Holandês (1630-1654) e coleções outras do instituto.

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Os 3 pilares da transformação digital

Muito se fala em transformação digital e dos seus impactos, mas como ela acontece de fato dentro da empresa? O primeiro passo é encarar a mudança da tecnologia como algo que fará parte das nossas vidas cada vez mais intensamente daqui pra frente. O segundo passo é ter um diagnóstico correto da realidade do mercado na qual a empresa se situa e um modelo de negócios compatível com a transformação digital. O planejamento não deve ser de longo prazo, pois as mudanças são constantes. Por último, para implantar a transformação digital, é preciso atuar fortemente em três pilares básicos: produto, processos e pessoas. 1. Produto – Para se ter um produto adequado ao mundo digital, é preciso entender a mudança de comportamento dos consumidores, que estão preferindo abrir mão da posse de bens para aproveitar o que eles podem proporcionar. É o conceito da desmaterialização. Educação à Distância (EAD), compartilhamento de veículos e comércio eletrônico são bons exemplos dessa nova realidade. Esse é o grande desafio que o desenvolvimento dos produtos tem que enfrentar daqui pra frente. Nesse sentido, mesmo que o produto seja físico, é necessário para a sua sobrevivência ter integrações digitais. Além disso, a tecnologia precisa ser fortemente incorporada à experiência do cliente. 2. Processos – Para que o produto seja transformado, é preciso rever também os processos, não só de desenvolvimento, mas principalmente de vendas, pós-venda e comunicação. Em vendas, é preciso simplificar a vida do cliente, permitindo que ele faça a aquisição de maneira fácil e rápida. Em pós-venda, vale também o princípio da simplificação, mas principalmente oferecer opções de canais de atendimento, permitindo que o cliente escolha o que for mais conveniente. Um bom exemplo é o cartão de crédito Nubank, que digitalizou todos os processos voltados para o cliente: da solicitação e aprovação pela internet, passando pelo atendimento online, até o pagamento que dispensou a fatura impressa. Contudo, a grande mudança está na comunicação. Dependendo do tipo de produto, a comunicação analógica pode ainda dar resultado, mas o foco principal deve estar na comunicação digital. Conhecer o cliente a fundo, a partir de dados sobre seus hábitos, deve ser o principal investimento no marketing para realizar uma comunicação personalizada, gastando menos e aumentando a precisão do retorno. 3. Pessoas – Um dos principais pilares da transformação digital é a equipe. É preciso ter um time de profissionais comprometidos com a mudança de pensamento e de atitude e que deve estar preparada para se adaptar aos novos processos e desenvolver e melhorar os produtos. Normalmente, essas equipes são compostas por membros mais jovens. Como principais características, essas equipes são enxutas, com autonomia operacional, horizontalizadas e multidisciplinares. Além disso, é essencial também a integração de setores e a implantação de decisões baseadas em dados e não apenas no “feeling” e na experiência.

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Será que dá pra aprender a gostar de cerveja? Por Rivaldo Neto

Em um passado não muito distante, quando os bares e restaurantes tinham uma escassa variedade de cervejas, muitas pessoas começavam a se aventurar nas bebidas alcoólicas, e assim, podemos dizer, definir seu paladar pessoal. Em sua maioria esmagadora, as cervejas eram compostas de cervejas Pilsens. Até com uma certa lógica, isso porque nosso clima tropical, e principalmente estando no Nordeste, a tendência natural era que partíssemos para algo mais leve e refrescante.     Com isso, grande parte das cervejas comercializadas nesse tempo eram claras e leves. O que acontecia era que, de certa forma, quando algumas pessoas experimentavam bebida e não gostavam, fechavam questão e diziam: Não gosto de cerveja! Mas será que realmente devemos “bater o pé” e fechar questão em cima disso? A resposta é: Jamais! Mas por que esse questionamento agora? Hoje com as cervejas caseiras, artesanais e a entrada de diversos rótulos importados, a bebida abriu um imenso leque de variedades em sua composição. Hoje, as cervejas variam demais de sabores! Os insumos são os mais diversos. Podemos ter uma cerveja com aroma de Churrasco, ou casca de laranja ou até bacon. Cervejas de trigo, Stouts com rapadura, e fruitsbiers com graviola e outras mais. São mais de 140 estilos. E vez por outra surgem outros.   E como gosto não se discute, nisso a velha frase se encaixa perfeitamente, já vi pessoas que não gostavam da Pilsen, abrirem uma IPA (que é um estilo muito mais robusto e intenso, com um alto índice de amargor) e simplesmente adorar. Pessoas que gostam de café começam a curtir cervejas Stouts. Nada mais lógico, até porque são escuras, aromáticas com um retrogosto intenso de café e grãos torrados. Então dê uma chance a seu paladar, libere sua imaginação e mergulhe nos novos sabores deste mundo criativo que a cerveja proporciona.   Mundo Cevejeiro O "mercado da cerveja artesanal de Pernambuco" foi o tema da reunião da Rede Gestão, realizada no dia 9 passado na TGI. O encontro contou com a presença Thomé Calmon, da Debron, Felipe Magalhães, da Babylon e presidente da Apecerva e Dante Peló Júnior, da Capunga.  

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8 colégios do Recife antigamente

Está no Recife a mais antiga escola em funcionamento do Brasil, o Ginásio Pernambucano, fundado em 1825. Outras instituições de ensino históricas têm sede na cidade, como o Liceu de Artes e Ofícios e o Colégio da Sagrada Família, de Casa Forte. Listamos hoje imagens de 8 colégios e escolas do Recife de antigamente. A maioria das fotos são do acervo da Fundaj. 1. Liceu de Artes e Ofícios Inaugurado em 21 de novembro de 1880, o Liceu está localizado na Praça da República, vizinho ao Teatro Santa Isabel. O prédio é um projeto do engenheiro pernambucano José Tibúrcio Pereira de Magalhães, que projetou também a Alepe. 2. Colégio Marista do Recife O colégio, localizado na Avenida Conde da Boa Vista, fechou as portas em 2002. A escola foi fundada em 1924. No seu lugar foi construída uma loja do atacado. 3. Escola Normal Oficial de Pernambuco 4. Colégio Nóbrega Fundado em 1917, o colégio católico fechou as portas em 2006. Foto: site da Unicap 5. Colégio Sagrada Família, em Casa Forte De acordo com Lucia Gaspar, da Fundaj, "Em 1907, o imóvel foi adquirido pelas irmãs francesas da Congregação da Sagrada Família que, após uma grande reforma, ali instalaram um colégio para moças em 1911". 6. Escola Manoel Borba 7. Ginásio Pernambucano Segundo Lucia Gaspar, da Fundaj, esse foi um dos mais famosos colégios de Pernambuco. Em 1859 recebeu uma visita do imperador Dom Pedro II. 8. Escola João Barbalho Nas imagens abaixo o laboratório de antropometria e as aulas de bordado. Se você tem alguma imagem antiga do colégio onde estudou, nos envie a foto, pretendemos fazer outras postagens com escolas antigas: rafael@algomais.com

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Lançamento do Iperid discute a conjuntura internacional e de Pernambuco

O Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (IPERID) foi lançado ontem durante o evento “Pernambuco e o Mundo – Uma visão de longo prazo”, que foi realizado em parceria com a PwC Brasil. O encontro reuniu empresários, representantes do setor público e da sociedade consular pernambucana. Foram palestrantes o economista e cientista político Marcos Troyjo e o vice-governador e secretário de desenvolvimento econômico de Pernambuco, Raul Henry. O presidente do Iperid e cônsul da Eslovênia, Rainier Michael, explicou os objetivos da instituição e falou sobre o tamanho do polo consular instalado no Estado. "O Iperid nasce com a proposta de ser um grupo de pesquisas e um laboratório de ideias em torno das relações internacionais, unindo a academia, a classe empresarial e parlamentar e o hub diplomático do Recife, que conta com 38 representações", afirma. O Iperid é o primeiro think tank no Norte Nordeste do Brasil na área internacional. Em sua palestra, Marcos Troyjo, co-diretor do BricLab da Universidade Columbia, dos Estados Unidos, defendeu a importância do País ampliar a fatia do Produto Interno Bruto relacionada ao comércio internacional. Ele fez uma análise da conjuntura internacional baseada no Global Economy 2050, estudo da PwC que aponta que o Brasil será a 5ª maior economia do mundo em algumas décadas. "O grande diferencial que permeia por todos os países que se desenvolveram seu comércio exterior é que todos eles conseguiram desenhar e implantar uma estratégia de adaptação à globalização", afirmou. Troyjo falou no evento sobre as variáveis que poderão nortear o cenário internacional até 2050, destacando a mudança da liderança econômica mundial, que passará para a China, e o eclipse demográfico, que terá a Índia como o País mais populoso do mundo. O economista ressalta ainda a urgência de tratar dos impactos sociais da quarta revolução industrial, ou a chamada Economia 4.0.  "Será um mundo de oportunidades para poucos e poucas oportunidades para muitos. O grande desafio é saber como lidar com esse fenômeno de exclusão". O vice-governador Raul Henry falou sobre a recuperação econômica de Pernambuco e  do trabalho de captação dos investimentos que está sendo feito pelo Estado. "Pernambuco é um Estado de grande potencial econômico, mas não é uma ilha. É um Estado que vive todas as consequências dos ciclos econômicos que o Brasil atravessou ao longo dos últimos anos. Mas Pernambuco tem potencial para retomar o crescimento numa velocidade maior que a do Brasil", afirmou. Raul, que é também o secretário de Desenvolvimento Econômico, tratou das perspectivas de crescimento do Estado a partir de cada um dos polos de desenvolvimento que foram erguidos na última década. O evento, que foi patrocinado pela PwC Brasil e  apoio da Revista Algomais, contou ainda uma mesa com depoimentos do cônsul da Itália, Gabor de Zagon; o cônsul de Malta e vice-presidente do Iperid, Thales Castro; o economista da Thobias Silva, da Fiepe; e do sócio da TGI Ricardo Almeida. Também participou do encontro o sócio da PwC Brasil José Vital. Veja mais fotos do evento no nosso Instagram e Facebook. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais - rafael@algomais.com

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Série pernambucana de terror é destaque no Janela Internacional de Cinema do Recife

Na segunda (06), o público da décima edição do Janela Internacional de Cinema do Recife pôde assistir, com exclusividade, no Cine São Luiz, a "Mancupium", episódio-piloto da série de terror, Fãtásticos. A produção, que tem DNA puramente pernambucano, foi idealizada pela dupla André Pinto e Henrique Spencer. Eles também assinam a direção, montagem e efeitos especiais, estes, realizados em parceria com a empresa Portomídia. Fãtásticos mistura elementos de terror, fantasia e Sci-Fi. Ao todo, serão seis episódios com duração, em média, de 45 minutos. Ainda em fase de pós-produção, a primeira temporada será veiculada em 2018, a princípio, na TV Universitária (TVU), da UFPE. Em entrevista à Revista Algomais, André Pinto fala sobre o projeto e faz uma análise do mercado atual da produção de séries para a TV. Algomais - Como surgiu a ideia do projeto? André Pinto - Em 2006 conheci Henrique Spencer, produtor da Plano 9. Fizemos juntos um curso de efeitos especiais ministrado por Ricardo Spencer. Lá travamos contato com realizadores com interesses afins em torno do cinema de Gênero, e saímos com uma ideia de produzir alguma coisa de fantasia e Horror. Anos depois, entre 2013 e 2014, nas animadas conversas com os membros do coletivo Toca o Terror, surgiu a ideia de desenvolver uma série para a TV inspirada nas antologias fantásticas (Twilight Zone e Contos da Cripta são algumas inspirações). A partir daí foram plantadas as sementes de Fãtásticos. Qual a premissa da série? A série revela histórias fantásticas, conectadas por uma trama principal que conta como um grupo de amigos se reuniram para ajudar um escritor a criar material para um romance. O universo da série remete ao ancestral hábito de contação de histórias diante de uma fogueira. Por que a escolha pelo horror? Você já havia realizado outro trabalho relacionado ao gênero? Todo os meus trabalhos anteriores a Fãtásticos possuem um viés de fantasia. Dirigi e roteirizei um total de 11 curtas, a grande maioria explorando aspectos e convenções do cinema de Horror. Entre o cinema de sonhos e pesadelos, fico com o segundo. Como foi a recepção do público na primeira exibição? Foi bem positiva. O que mostramos do X Janela de Cinema do Recife foi uma "versão em construção" do primeiro episódio, que foi suficiente para despertar a curiosidade em torno da história, que está apenas começando. Ver o feedback do público ainda na fase de finalização do material foi importante.   Recentemente a série brasileira 3% ganhou bom destaque no serviço de streaming Netflix. Relacionando o fato à sua experiência com a microssérie Fâtásticos como você avalia o mercado atual de produções para a TV? Estamos passando por uma fase excitante na TV. Como as tevês por assinatura, e principalmente os serviços de streaming estão cada vez mais necessitando de conteúdo exclusivo para seus canais, surgem mais oportunidades de exibição para projetos como Fãtásticos. Aliado isso ao fato de que entre as séries de maior audiência no mercado estão as que exploram as temáticas de fantasia, horror e Sci-Fi.

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Multa para pedestres e ciclistas: um retrocesso na legislação do trânsito

Na semana seguinte da morte trágica do cicloativista pernambucano em Brasília, o jovem Raul Aragão, o Conselho Nacional de Trânsito anuncia uma nova resolução (706/2017) que regulamenta os procedimentos para multar ciclistas e, pasmem, pedestres. É lógico que ninguém seria contra regulação, já que todos fazem parte dos deslocamentos da cidade e precisam contribuir para a segurança nas vias. Mas em um momento em que há tantas vítimas das cidades “carrocratas”, sem uma política incisiva de defesa dos elos mais frágeis desse sistema, a nova resolução é uma demonstração da força da supremacia da cultura automotiva no espaço público. Não há qualquer garantia dos direitos dos pedestres e ciclistas já instituídos por lei. As calçadas esburacadas pela cidade, o desrespeito à prioridade do pedestre nas faixas e do espaço das bikes nas avenidas compõem um cenário caótico de insegurança para quem opta pela mobilidade ativa – que é aquela que não precisa de motor para se locomover. O que deveria ser incentivado, para evitar mais engarrafamentos e poluição urbana, além de estimular a prática da atividade física, recebe um balde de água fria com a nova legislação. Na prática, acredito que será mais uma “lei” que não vai pegar. Se bem que quando há instituição de multa contra o indivíduo, bem que isso pode funcionar. Mas mesmo que as multas não sejam concretizadas, a aprovação da resolução é simbolicamente uma afronta aos crescentes movimentos em defesa dos direitos dos ciclistas e pedestres. Para coibir os erros dos pedestres e ciclistas nas ruas e avenidas é preciso primeiramente de educação e de uma mínima infraestrutura. Antes de qualquer medida punitiva. A maioria deles sequer sabe dos seus direitos nas vias, quanto mais dos deveres. Os órgãos públicos precisam ser de mobilidade e não de trânsito. Sociedade Civil debate Plano Diretor do Recife em seminário aberto ao público Entre os dias 10 e 11 de novembro, das 9h às 17h, o Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH) e a ONG Habitat para a Humanidade Brasil realizam o seminário: “Cidades em disputa: sociedade civil engajada na revisão do Plano Diretor do Recife“. Na ocasião, especialistas em habitação de todo o Brasil participam de painéis para discussões e troca de experiências sobre participação popular na construção de planos diretores em diversos municípios do País. O seminário é o primeiro de um ciclo de eventos preparatórios para a revisão do Plano Diretor de Recife, que deve acontecer no ano de 2018. O evento é gratuito e aberto no dia 10 de novembro. Para o dia 11 de novembro, as inscrições devem ser feitas até (06/11), em http://bit.do/cidadesemdisputa.  

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