Arquivos Colunistas - Página 93 De 305 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Trindade, o sítio sobrevivente

Tenho a sorte de morar do lado do Sítio Trindade e de poder contemplá-lo todos os dias de minha varanda. Trata-se de um local privilegiado pelo verde e pela amplitude da ocupação urbana, indo da Estrada do Arraial até a Estrada do Encanamento. Sempre soube da sua importância histórica pelo fato de ter sido o local onde se instalou o Arraial do Bom Jesus por iniciativa de Matias de Albuquerque e dos resistentes à invasão holandesa da capitania de Pernambuco em 1630. O Arraial resistiu até 1635 quando foi destruído pelos invasores e teve suas muralhas postas abaixo. Desde então, até ter sido visitado pelo Imperador Pedro II em 1859, à procura de vestígios do Arraial, o local ficou no limbo e, em seguida, foi ocupado como sítio pela família Trindade Perretti (daí o atual nome) que construiu o antigo prédio de residência, atualmente edifício-sede do parque, um chalé em estilo eclético. A ocupação familiar se deu até 1952 quando o Sítio Trindade foi desapropriado e declarado como um bem de utilidade pública. Em 1960 o Sítio transformou-se em sede do Movimento de Cultura Popular (MCP) que reuniu intelectuais e artistas como Germano Coelho, Paulo Freire, Ariano Suassuna, Francisco Brennand, José Cláudio, dentre outros, quando se construiu a concha acústica ainda hoje existente na encosta que dá para a Estrada do Arraial. Em 1964, o Sítio foi invadido pelo exército e fechado como local de “manifestações subversivas”. Em 1974, foi classificado como conjunto paisagístico e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Nesta condição de patrimônio histórico, foi objeto de duas prospecções arqueológicas que localizaram parte da antiga muralha e do fosso, hoje expostos à visitação, além de grande quantidade de munição e de objetos de uso dos combatentes. De tudo isso eu sabia até que, num dos passeios que fiz com meu neto Artur Pereira, durante a pandemia, explicando a ele as características urbanas do local do Sítio, me ocorreu que aquele deveria ser muito provavelmente o único sítio que ainda guardava as características originais da época em que os sítios eram a forma principal de parcelamento do solo dos arrabaldes e/ou subúrbios do Recife, inclusive com a casa de moradia e a vasta extensão de área original (cerca de 6,5 hectares). Ou seja, além de sua importância histórica (sede do Arraial do Bom Jesus), cultural (sede do MCP), ambiental (grande área verde), de lazer (sede dos festejos juninos e natalinos na cidade), ainda se pode dizer, sem medo de erro, que o Sítio Trindade tem a importância urbanística de ser um exemplar intocado dos velhos sítios de outrora, dos quais os arredores do Recife eram povoados. Como praticamente todos os outros sítios foram loteados e transformados em lotes vendidos para a construção de casas e edifícios (inclusive o Sítio da Estrela que lhe fazia fronteira pelo lado do Parnamirim e que mantem como memória o nome da Rua Estrela, vizinha), pode-se dizer que o Sítio Trindade é uma espécie de “arqueo-sítio”, ou um sítio “sobrevivente”. Nesta condição, deveria também ser objeto de estudo e visitação, para se ter uma ideia mais precisa de como era o ambiente dos “risonhos” subúrbios de antigamente. Dedico essa “descoberta” a Artur, companheiro de caminhadas e de conversas sobre o passado e o futuro desta nossa querida cidade que nos traz história e conhecimento quase que, literalmente, em cada esquina.

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TIM investe em 5G no Recife e passa a cobrir todos os bairros da cidade

O Recife é a primeira cidade do Nordeste e a quarta do Brasil a ter o sinal 5G da TIM em todos os bairros. Já foram instaladas 110 antenas na cidade, número que também coloca a companhia como primeira operadora a oferecer o sinal de quinta geração em todos 94 bairros recifenses. Até o final do ano, a emprea anunciou que chegará ao patamar de 165 antenas 5G instaladas no município. A infraestrutura de 5G na cidade é número oito vezes maior do que o mínimo obrigatório estabelecido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Essa aceleração aconteceu também em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Curitiba, locais que a empresa escolheu como estratégicos para avançar na nova tecnologia. Atualmente das 6 mil antenas do País, metade são da Tim. O anúncio foi realizado em cerimônia com a presença de Alberto Griselli, CEO da TIM Brasil, na capital pernambucana. “O Recife é muito relevante para a TIM, tanto no contexto regional, quanto nacional. Temos aqui a sede da companhia no Nordeste, parte relevante da nossa base de clientes e parceiros muito importantes para a nossa operação. Diante disso, nos dedicamos para que o sinal do 5G puro estivesse disponível o mais rápido possível para todas as regiões da cidade. O 5G será um propulsor fundamental para uma grande transformação tecnológica e social, impulsionando negócios e realidades. Queremos colaborar para que essa evolução tecnológica contribua com a vida das pessoas e com a sociedade em diferentes sentidos”. Em Pernambuco, um dos principais exemplos é a parceria com a Stellantis, em Goiana. O projeto, implementado no Polo Automotivo de Goiana (PE), em parceria com a Accenture, é o primeiro piloto 5G standalone da indústria automobilística na América Latina. Implementado em outubro de 2021, o projeto inclui o monitoramento da linha de produção de veículos Stellantis e a sistematização da inspeção de qualidade. O projeto 5G permite a transmissão de dados em tempo real para a operação em nuvem, aproveitando-se da baixa latência e da alta capacidade de transmissão de dados. Desta forma, é possível acelerar o processo de inspeção, mantendo os mais altos níveis de eficiência. No estado, a empresa possui uma presença forte, com mais de 2,7 milhões de clientes, 86 lojas e com a tecnologia 4G atendendo os 185 municípios.

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Espaço Yolo oferece programação no Rec'n'Play

A startup Yolo Coliving, embarcada no Porto Digital, oferecerá uma programação especial durante os quatros dias do festival Rec’n’Play, que vai movimentar o Bairro do Recife na semana que vem. Ao todo, serão mais de 35 convidados conduzindo palestras e rodas de conversa sobre temas ligados às novas tendências em moradia, inovação, sustentabilidade, novos negócios, anywhere office, cultura do compartilhamento, smart cities, entre outros. Um dos debates que vão movimentar o espaço é o “nomadismo life style”, que contará com a participação do executivo português Gonçalo Hall, CEO da NomadX. A empresa é um marketplace europeu criado em 2017 para ajudar nômades digitais a encontrarem acomodações econômicas ao redor do mundo. Os debates e palestras acontecerão entre os dias 16 e 19 de novembro, das 9h às 18h, no terceiro andar do Museu Cais do Sertão, no Espaço Yolo. Inscrições no site https://recnplay.pe/ .

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Grupo Olho D’Água investe R$ 74 milhões em projeto de irrigação, na Zona da Mata

O Grupo Olho D’Água inaugurou no município de Aliança, a 86 km do Recife, a barragem Dr. Murilo Tavares de Melo, que tem capacidade para 17,8 milhões de metros cúbicos de água. A obra é a primeira etapa de um amplo projeto de irrigação de 4 mil hectares, dos quais 1,2 mil hectares serão irrigados por gotejo, e outros 2,8 mil hectares irrigados por aspersão. No total, o grupo prevê investir R$ 74 milhões. A nova barragem faz parte da estratégia do grupo em manter a regularidade das safras otimizando a oferta de água. Com a Barragem Dr. Murilo Tavares de Melo, o grupo assegura a alta produtividade de suas usinas. A empresa já possui a maior barragem privada do Estado, que foi inaugurada em 2003, com capacidade para armazenar 21 milhões de metros cúbicos. O Grupo Olho D’Água possui 50 mil hectares de área agricultável, dos quais 70% já são beneficiados com irrigação. Suas três usinas - Central Olho D'Água (PE), Giasa (PB) e Comvap (PI) - respondem por uma capacidade industrial de moagem 4,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. Como resultado, produzem 300 mil toneladas de açúcar refinado, cristal e demerara; 170 milhões de litros de etanol, álcool e aguardente; e geram 80 mil MWh de energia ao ano.

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"A baixa renda per capita é o primeiro desafio da região sertaneja"

O empresário Rafael Coelho, vice-presidente da Fiepe, foi um dos entrevistados da semana da Algomais sobre os desafios do desenvolvimento do Sertão. Com negócios na cidade de Petrolina, ele afirma que o grande problema social da região é a baixa renda per cepita da população. Ele avalia que um dos caminhos de desenvolvimento de novos segmentos produtivos locais deve ser observando os potenciais da caatinga, em especial na indústria alimentícia e farmacêutica. Além disso, ele defende o avanço da industrialização de produtos já conhecidos da região, como do pólo gesseiro e da caprinovinocultura. O que o Sr apontaria como os principais desafios para crescimento da indústria nas diferentes microrregiões sertanejas? Nossa região tem diversos desafios. O primeiro é a baixa renda per capita, com uma população esparsa, fazendo os níveis de consumo serem limitados! Algumas áreas ainda sofrem limitações de oferta de água. Esse conjunto de coisas por si só já faz ser difícil desenvolver a indústria, seja pelo isolamento de outras indústrias que se suportam, pela dificuldade na contratação de mão de obra especializada ou para conseguir serviços de suporte à implantação das atividades econômicas. Regiões como a nossa precisam receber apoio de incentivos para que o processo de desenvolvimento seja acelerado e beneficie a todos. Existem novos segmentos industriais despontando ou segmentos tradicionais se reinventando na região? O Sr poderia destacar alguns? Temos que inicialmente pensar no potencial dos produtos nativos da caatinga que podem ser utilizados para diversos fins, seja na indústria alimentícia ou mesmo na indústria farmacêutica. Essa é uma porta que se abre com a pesquisa que devemos explorar – tanto a universidade, quanto os órgãos de pesquisa e mesmo as empresas, devem se interessar por essa nova fronteira. Outra fronteira são os nossos já conhecidos produtos regionais que podem ser industrializados aqui mesmo, gerando riqueza na sua origem. De certa forma as peles caprinas e ovinas seguem esse perfil, bem como a indústria gesseira, que podem se especializar em produtos diferenciados. Há um grande potencial que começa a ser explorado de energias alternativas, que já trazem um impulso econômico, principalmente através das contribuições fiscais ou da renda pelo uso do solo. Essa revolução energética é a grande oportunidade de desenvolvimento atual para o semiárido. Devemos também ter coragem para debater a possibilidade da instalação de centrais nucleares, esse é um ponto sensível, mas que está sendo revisto na Europa e aqui também precisamos analisar com muito acuracidade e sem paixões. É preciso ter o pensamento também para atender as demandas das áreas irrigadas que serão cada vez maiores e mais complexas, no sentido tanto de dar suporte como de processar e industrializar o que for produzido. O volume produzido e a diversidade dos produtos será uma realidade que demandará a parceria da indústria para escoar das mais diversas formas essa produção. Quais as principais demandas de infraestrutura da região atualmente? A construção de uma ferrovia seria relevante para aumentar a competitividade da região? Temos muitas demandas de infraestrutura. No caso do semiárido a execução dos diversos canais levando água do São Francisco para todo o interior do estado de Pernambuco seria uma obra basilar para garantir a prosperidade dessas regiões. Tudo isso sempre agregado ao ensino técnico de bom nível que capacite técnicos para o desenvolvimento dessas regiões. A perspectiva da ferrovia e da hidrovia do São Francisco, fazendo a ligação com o porto e a ligação com as grandes áreas produtoras de grãos do oeste baiano, seriam dois importantes vetores de desenvolvimento para essa região. A possibilidade de transporte confiável a um custo inferior viabilizaria ou tornaria mais competitiva tanto a produção de gesso do Araripe, responsável por quase 95% da produção nacional, quanto por exemplo a produção de proteína animal. No mundo visualizamos um crescimento do conceito ESG. Essa tendência já é uma realidade nas empresas do sertão pernambucano? No aspecto social, o Sr destacaria algum desafio regional a ser combatido ou que está sendo enfrentado? Todas as empresas brasileiras que se propuserem a exportar estarão sujeitas a regras de ESG. Isso já é uma realidade no Vale do São Francisco nas fazendas que exportam frutas, principalmente para o mercado europeu. Algumas redes inclusive possuem suas próprias certificações que precisam ser cumpridas à risca. Na empresa em que trabalho também estamos atrelados a uma certificadora LWG, que incorporam todos esses conceitos. Ou seja no semiárido também estamos submetidos a essa nova ordem. O grande desafio social da nossa região é efetivamente a renda per capita. Somos infelizmente uma das regiões mais pobres do Brasil. O combate à pobreza e à baixa taxa de escolaridade deve ser um desafio para todos nós. Todos precisam ter oportunidade de frequentar boas escolas, estudar e prosperar. Somente com o desenvolvimento econômico conseguiremos trazer o bem estar para todos.

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porto digital 1

Rec’n'Play terá conectividade gratuita para todos visitantes

Os participantes e visitantes do REC’n’Play, evento que acontece no Recife Antigo de 16 a 19 de novembro, poderão se conectar à internet gratuitamente. A Um Telecom, em parceria com a Vagalume, fará a instalação de pontos de conexão em 75 locais, sendo 44 em prédios onde ocorrerão as programações e outros 31 externos, com oferta de WiFi. Serão disponibilizados links dedicados de fibra óptica pela Um Telecom, com velocidade de 300 Mbps. A Vagalume será a responsável pela instalação dos Access Points e distribuição da cobertura. Os serviços contarão também com monitoramento da rede de WiFi e suporte nos horários do evento, bem como o Portal de Captura, com política de privacidade de acordo com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). Estão programadas mais de 500 atividades durante os quatro dias de evento, como palestras, debates, shows, rodadas de negócios, instalações artísticas, experiências tecnológicas e muito mais. As inscrições podem ser feitas no site http://recnplay.pe.

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Francisco Cunha Agenda TGI 1

Agenda TGI analisa os prováveis cenários político e econômico para 2023

Evento com palestra do consultor Francisco Cunha volta a acontecer presencialmente, no Teatro Riomar O que esperar para o mundo, o Brasil, Pernambuco e o Recife após dois anos de pandemia é o eixo que guiará as análises do consultor e sócio fundador da TGI Consultoria, Francisco Cunha, durante sua palestra na Agenda TGI - Painel 2023. O evento retorna ao formato presencial, no próximo dia 22 de novembro, a partir das 19h, no Teatro Riomar. "Estaremos em um ano de transição de governos, na Presidência da República e para o Estado, mudanças que trarão grandes desafios aos novos gestores, política e economicamente. O panorama mundial também passa por perspectivas que exigem cuidado, pedindo atenção ainda minuciosa de todos nós", antecipa o consultor Francisco Cunha. As inscrições são gratuitas. Os interessados em participar devem realizá-las através do link agenda.tgi.com.br. APRESENTAÇÃO CULTURAL - Nesta edição da Agenda TGI, haverá pela primeira vez uma apresentação cultural, parte do espetáculo Capiba - Pelas Ruas Eu Vou, musical dirigido por Cecília Brennand em homenagem ao compositor pernambucano, nome maior do Frevo no Brasil. A montagem homenageia, ainda, os 30 anos do projeto Aria Social, idealizador do espetáculo. A Agenda 2023 é realizada pela TGI Consultoria em parceria com a Revista Algomais. Serviço: Agenda TGI - Painel 2023Quando: Dia 22 de novembro de 2022Horário: 19hOnde: Teatro RioMar - Av. República do Líbano, 251, PinaInscrição: agenda.tgi.com.brGratuito

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Rodrigo Assuncao presidente da Atiaia Renovaveis ao lado de Henrique Lisboa presidente da Vivix Vidros Planos

Vivix e Atiaia anunciam investimento de R$ 200 milhões para construir parque solar em Goiana

Foto: Rodrigo Assunção, presidente da Atiaia Renováveis, ao lado de Henrique Lisboa, presidente da Vivix Vidros Planos. A Vivix Vidros Planos e a Atiaia Renováveis, empresa de geração e comercialização de energia renováveis, anunciaram a construção da Unidade Geradora Fotovoltaica (UFV) Maravilhas I em Goiana. A usina solar terá 27,5 megawatts (MW) de potência instalada e atenderá 100% do consumo de energia elétrica da fábrica da Vivix. O projeto, que terá investimento na ordem de R$ 200 milhões, também contemplará a necessidade energética da segunda planta indústria (com a Maravilhas II), que tem previsão de ser inaugurada no segundo semestre de 2025. Ao todo, Complexo Maravilhas terá 227 MW de capacidade instalada e reúne as unidades UFV Maravilhas I, UFV Maravilhas II, UFV Maravilhas III e UFV Maravilhas V. A Unidade Geradora Fotovoltaica (UFV) Maravilhas I, que atenderá a Vivix, entrará em operação em janeiro de 2024, em um terreno com área útil de 85 hectares. A área, pertencente à Atiaia Renováveis, está situado a 1,6 Km da fábrica da Vivix. O local é uma das três melhores regiões de irradiação solar de Pernambuco. .“Para a Vivix é de extrema importância manter o compromisso com a proteção do meio ambiente, prezando pelo desenvolvimento sustentável e responsável em toda a nossa indústria. A energia é insumo muito importante na indústria e precisa de confiabilidade de entrega. Por isso estamos indo para esse modelo, em um contrato de longo prazo com Atiaia. O projeto traz uma atratividade econômcia para nós, ao mesmo tempo em que caminha neste sentido de incentivando outras indústrias a trilhar o caminho de serem empresas amigas do meio ambiente", afirma Henrique Lisboa, presidente da Vivix. A empresa deve fechar 2022 com um avanço no faturamento entre 15% e 18%, segundo o empresário. "Esse tema da transição energética e migração para energia gerada através de fontes renováveis é importante para o Grupo Cornélio Brennand como todo (ambas as empresas integram o grupo). Explorar a possibilidade de gerar energia através da fonte solar faz todo sentido para a gente. Já estamos trabalhando próximo a 2 anos na maturação do desenho desse projeto, buscando além do objetivo ambiental e sustentabilidade, trazer bastante confiabilidade de geração para Vivix. Isso motivou as empresas a olharem para essa oportunidade", afirmou Rodrigo Assunção, presidente na Atiaia Renováveis. Com sede no Recife, a empresa possui atualmente 9 pequenas centrais hidrelétricas pelo País, sendo uma em Pernambuco. Em 2022, ela prevê um crescimento de faturamento de 10% e de 12% para 2023.

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Sertão sustentável: empresa familiar aposta na produção de mel orgânico

*Por Rafael Dantas Em meio à pandemia, 6 mulheres (mães e filhas) decidiram empreender na fazenda da família em Floresta, no Sertão pernambucano, com uma nova atividade. Após a orientação do Sebrae, a oportunidade que surgiu foi de investir em apicultura. Em menos de um ano, após investimento em capacitação e nas primeiras estruturas para a produção de mel orgânico, saíram do campo os primeiros potes do novo produto. Nascia a Polén Apicultura. “Durante a pandemia passamos mais tempo na fazenda e tivemos a ideia de colocar o negócio, movimentar a fazenda e buscar uma nova renda. Tivemos muito interesse na área e fomos em busca de começar a criação. Nos capacitamos com uma consultoria com a TGI, sobre gestão empresarial, e fui ao Ceará fazer curso com agrônomos para começar a produção”, afirma Maria Luiza Ferraz, que é sócia e responsável pela área técnica do apiário.  A fazenda já possui grandes áreas arborizadas e de mata nativa (Caatinga) perto de açudes e Maria Luiza Ferraz, já cursava Biologia na UFPE, com estudos na área de entomologia agrícola. Das 11 colmeias iniciais, a fazenda foi crescendo e hoje já são 40. Em um ano, a meta das sócias é chegar a 100 colmeias para produção. Nos meses de produção intensiva (entre fevereiro e maio), elas conseguem retirar 100 quilos de mel da fazenda por mês.  “Prezamos sempre pela conservação do bioma e dos animais, nunca retiramos toda a produção, assim mantemos as caixas fortes para se manterem durante os períodos de seca, conservando a flora local, temos uma diversidade de méis que podem vir a ser coletados,como aroeira, quixaba, faveleira e jurema”, afirma a Maria Luiza Ferraz.  Atualmente, a comercialização é via delivery (potes de 750g e 450g, com favo e sem favo), em pedidos feitos no instagram da fazenda (@fazendabompastor.pe). “Vendemos hoje no Recife, Olinda, em Bezerros e Garanhuns. Por enquanto só comercializamos o mel, mas já estamos testando novos produtos, como o própolis e a geleia real. Estamos avançando na produção de mel antes de trabalhar com os produtos derivados. Também estamos pesquisando produtos artesanais, como sabonetes de mel e velas a partir da cera de abelha”, conta Maria Luiza Ferraz. Com o aumento da produção, a empresa familiar pretende também participar de feirinhas orgânicas e de eventos para comercialização dos produtos da Pólen Apicultura. *Por Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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"É um desafio empreender no Brasil e no sertão as dificuldades se tornam maiores"

Hugo Gonçalves, presidente da Tambaú, fala sobre os desafios do desenvolvimento no sertão e aponta quais as grandes ameaças e oportunidades para que a região se torne próspera e com um melhor ambiente de negócios. CEO da Tambaú, ele tem uma relação direta local, onde está a sede da tradicional indústria de alimentos, que emprega mais de 500 pessoas. A segurança hídrica, as melhorias na logística e a capacitação da população são algumas das linhas mestras apontadas pelo empresário. Enquanto empresário que tem atuação no sertão pernambucano, quais os principais desafios para o desenvolvimento econômico e social da região na sua opinião?É um desafio empreender no Brasil, olhando pela ótica mundial, ainda mais. E dentro do Brasil, há os desafios regionais. Uma pesquisa de 2020 /2021, do Banco Mundial, realizou pesquisa e identificou que dentro do Brasil, Pernambuco ficou em último estado da Federação para abrir negócios e ter um ambiente saudável de abertura de negócios. Eu vejo que, quando vamos empreender no sertão dos estados nordestinos, as dificuldades se tornam maiores. Você pode abrir um negócio perto da capital ou região metropolitana, há uma demanda maior da população demográfica, mão de obra e capacitação. Já no interior, no sertão, as dificuldades são maiores. Embora haja as políticas públicas de desenvolvimento de interiorização. São muitos desafios, mas o primeiro de todos é a questão hídrica, é um entrave não só para o empreendedor, mas para toda a população, tendo que viver com escalas de abastecimentos, enfim.Há também os desafios de infraestrutura no interior, questões rodoviárias, por exemplo. Próximo às capitais você tem vias duplicadas e melhorias, mas quando entramos mais no interior, as estradas são comprometidas e atrapalham na questão logística e de mobilidade. A questão da energia elétrica também é uma questão difícil, pela morosidade e pelas limitações no suporte a esses recursos para as empresas.Mão de obra também é um problema no Brasil todo, mas no interior é mais acentuado. Não encontramos facilmente uma mão de obra qualificada no interior e nem todos que moram nas capitais querem vir trabalhar nessas regiões.Se não há a criação de um ambiente promissor em uma região para se abrir negócios, fortalecer o comércio, favorecer a agricultura, tudo isso já cria entraves para as coisas se desenvolverem no interior.Com uma agricultura forte, haveria mais indústria e comércio e teríamos um círculo virtuoso na economia. Mas é difícil uma agricultura próspera dentro do semiárido. E para beneficiar deveria ter projetos para menos consumo de água, alta tecnologia, produtos de alto valor agregado para haver essa compensação, mas isso ainda não existe. O Nordeste, principalmente o sertão, precisa de uma política pública para atacar todos esses desafios. Quais as principais oportunidades para o desenvolvimento de fato do sertão pernambucano? Destacaria alguma mudança recente com impacto positivo?Vejo o esforço do governo no sentido de, como o maior desafio para nós é a questão da segurança hídrica, então temos que olhar pelo enfoque da transposição do Rio São Francisco. Eu lamento que a transposição não foi maior, deveria tirar 20%, para atender todas as cidades da região Nordeste. E, em seguida, fazer a adutoras, algumas até vêm sendo feitas. Seria isso, sanar um problema secular que é da questão hídrica. Outra grande oportunidade que vejo para incrementar a região é melhorar as infraestruturas de energia, transportes, telecomunicações, acessos, além da criação de mais distritos industriais. As indústrias têm um papel muito grande no desenvolvimento de um país, embora nenhuma país se faça apenas disso. Mas a indústria tem o poder de impulsionar a economia de uma região porque ela gera empregos de qualidade, gera um relacionamento de prestadores de serviços, de transportes, tudo isso beneficia e desenvolve a região como um todo, englobando também a área de comércio, serviços e a sociedade local. Na sua opinião, quais as maiores ameaças para as empresas com atuação no sertão e para a sustentabilidade social da população sertaneja?As ameaças: não conclusao de projetos, como da própria transposição do São Francisco, a Transnordestina e outras obras. Fica o investimento parado e quando vai retomar tem que investir mais porque a obra ficou muito tempo parada, além dos custos para sua continuidade. Tem muito gasto de dinheiro público, muito desperdício e a população acaba não desfrutando dos investimentos. Para o governo incrementar ainda mais melhorias na região, deveria olhar também para a qualidade da mão de obra gerada A gente já tem escolas com bom nível, ensino médio em tempo integral, mas eu acho que dentro desse ensino médio devia ser colocado mais ensinos profissionalizantes. O jovem já sairia com uma profissão, seria um técnico na área de saúde , de TI, de atendimento comercial ou eletrotécnico, enfim. Eu fiz um curso profissionalizante na área de Química. Acho que isso ajuda , já encaminha para uma profissão e um emprego. Essa seria uma grande oportunidade de desenvolvimento para a região. Qual o cenário atual da Tambaú e às perspectivas para 2023?A Tambaú tem cerca de 560 funcionários, temos uma perspectiva muito otimista para o próximo ano. Fortalecer as linhas e criar novas, outras linhas que a gente quer aumentar como a área de molhos. Teremos um novo ano, um novo governo, novas esperanças. Existe uma demanda na sociedade de mudanças. Espero que o Braisl possa atender, dentro da capacidade dele, e continuar nesse ciclo de crescimento que o país vem tendo, com a política que o Governo Federal adotou e vem crescendo. Espero que os juros possam cair e isso gerar estímulos para o desenvolvimento. E que possamos continuar crescendo.

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