2021 - Página 11 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

O talento encantado de Maria Anna

*Por Paulo Caldas As sombras têm medo do escuro? E por que elas vão quando ele vem? As sombras dormem? E o que elas comem, falam, pensam e ouvem? Por que imitam a gente e até fazem regime? E quem é Camila, menina simples que passa desapercebida aos adultos e a outras crianças de nove anos? Por certo os leitores responderão que desconhecem. Pois bem; ela é uma criaturinha que possui o inusitado poder de viajar pelo universo enigmático das sombras. Uma personagem nascida do talento encantado de Maria Anna Martins e que habita neste “A observadora de sombras”. O encantamento de Maria Anna não está só. Encontra o aconchego na mensagem visual, no traço virtuoso e na criatividade de Letícia Santiago, outra pernambucana, também tornada criança no ofício de ilustradora, dada à leveza expressiva ao compor as imagens. Não obstante as poucas páginas, o livro seduz o pequeno leitor e por certo conquista os adultos graças à feliz simbiose entre as mensagens escrita e visual. Mas se as sombras pensam, ouvem e falam, só Camila pode explicar. “A observadora de sombras” tem produção gráfica da Editora Flyve, Bento Gonçalves - Rio Grande do Sul, e pode ser adquirido na livrarias convencionais (Imperatriz e Da Praça) e com a autora, pelo Instaram @m.annamartins. *Paulo Caldas é escritor

O talento encantado de Maria Anna Read More »

O emocional das equipes no pós-pandemia

Com a pandemia da Covid-19, veio à tona uma nova realidade com fortes impactos emocionais com os quais não estávamos acostumados a lidar no nosso dia a dia: o medo constante da morte e da perda, o imprevisível indesejado, o sentimento de impotência diante de fatos fora do nosso controle. Tudo isso passou a habitar o nosso cotidiano, provocando num grande número de pessoas, de faixas etárias diversas, distúrbios de natureza emocional como ansiedades, crises de pânico, entre tantos outros. Neste momento em que as organizações traçam seus planos de retomada, o que necessariamente implicará em realizar adequações para enfrentar os desafios do chamado novo normal, é importante dar atenção a essas sequelas emocionais que poderão afetar com maior ou menor intensidade os integrantes de suas equipes. Um estudo da The School of Life – referência em ensino sobre inteligência emocional – feito em parceria com a Robert Half Talent Solutions – empresa de recrutamento especializado – entrevistou 491 profissionais em atividade de diferentes regiões do Brasil (296 líderes e 195 liderados), entre 15 de julho e 10 de agosto de 2021. Mapeou, entre outros aspectos, os principais impactos da pandemia na saúde mental dos participantes, tendo chegado aos seguintes resultados em relação a cada um dos grupos, considerando opções em múltipla escolha:  A relação dos impactos na saúde mental dos líderes é a seguinte: ansiedade (63,51%); estresse (47,64%); insônia (27,36%); burnout (distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema) (19,59%); e depressão (9,80%).  Já entre os liderados aparecem: ansiedade (64,10%); desânimo (51,79%); estresse (46,15%); insônia (16,41%); depressão (10,26%); e burnout (8,72%). Considerando o total, somente 12,50% dos ocupantes de cargos de liderança e 7,69% dos liderados disseram não terem sido atingidos emocionalmente pela pandemia. O fato da ansiedade estar no topo da lista de efeitos negativos, segundo os analistas do estudo, é muito preocupante por ser a causa da “grande maioria dos nossos bloqueios mentais” e a “grande inimiga dos bons pensamentos”. De fato, a ansiedade, independentemente de sua origem pessoal ou ocupacional, pode afetar o rendimento de um profissional, dificultando sua interação com os colegas de trabalho, provocando a baixa autoestima, a queda da produtividade e outras consequências graves que prejudicam o desenvolvimento da sua função e da sua carreira, produzindo reflexos nos resultados da empresa como um todo. Essa relação de interdependência associada a outros índices resultantes do estudo, como o fato de que parte dos entrevistados (em torno de 15% nos dois grupos) assumirem que não cuidam pessoalmente de sua saúde mental e emocional, têm sido um aviso para que as empresas adotem iniciativas que atenuem tais problemas e suas consequências. A elevação dessas ocorrências de natureza emocional, ao lado das novas adaptações necessárias para o trabalho em home office, ou as exigências para a segurança do trabalho presencial, constitui um novo grande desafio para os gestores de equipes que precisam usar de forma competente a sua habilidade de lidar com pessoas e de administrar essas situações atípicas. As medidas facilitadoras podem ser de diversas naturezas, sempre com o objetivo de promover a reintegração, o engajamento, o reforço à comunicação, ficando atento, se necessário, à necessidade de ajuda profissional. *Fátima Guimarães é sócia da TGI Consultoria em Gestão

O emocional das equipes no pós-pandemia Read More »

Marília Parente volta aos palcos em show com banda no Recife

Na próxima quinta (9), compositora pernambucana apresenta repertório autoral, incluindo canções inéditas, no Bar Iraq, localizado na Boa Vista Via assessoria de imprensa. A próxima quinta-feira (9) marcará o retorno da cantora e compositora pernambucana Marília Parente aos palcos. A artista se apresentará, acompanhada por sua banda de apoio, no Bar Iraq, localizado no bairro da Boa Vista, área central do Recife, a partir das 20h. O evento contará ainda com discotecagem de Juvenil Silva. Na ocasião, Marília fará seu primeiro show aberto ao público desde março de 2020, quando tiveram início as medidas sanitárias de prevenção à covid-19 em Pernambuco e na maior parte do Brasil. "Eu tinha lançado meu primeiro disco no fim de 2019, de modo que a pandemia comprometeu completamente nosso planejamento de circulação e divulgação do trabalho. O público teve poucas oportunidades de assistir a esse show, motivo pelo qual resolvemos insistir nesse repertório, que foi enriquecido com algumas canções inéditas e singles posteriores ao álbum", explica a artista. No show, Marília canta e toca violão, craviola e teclado. Ela será acompanhada pela guitarra de Juvenil Silva, o baixo de Diego Gonzaga e a bateria de Caio Wallerstein. Artistas como Isadora Lubambo e Nívea Maria (Verdes & Valterianos) farão participações especiais. O evento integra o projeto “Na Medida do Possível”, que ocupa o Iraq às quintas. Em dezembro, a iniciativa promoverá ainda shows da bandas Jambre e Verdes & Valterianos, respectivamente, nos dias 16 e 23. Serviço//Marília Parente e Banda + DJ Juvenil Onde: Rua do Sossego, 179, Boa Vista, Recife-PE Quando: 9/dez (quinta-feira), às 20h Ingressos: Na hora ou garantido antecipadamente no Sympla, através do link: https: //www.sympla.com.br/show-marilia-parente---projeto-na-medida-do-possivel__1429667  

Marília Parente volta aos palcos em show com banda no Recife Read More »

Il Maledetto marcou o retorno da ópera ao Recife

Escrita pelo pernambucano Euclides Fonsêca há 120 anos, a ópera Il Maledetto, que é inspirada na história bíblica dos irmãos Caim e Abel, foi apresentada no último final de semana no Recife pela Sinfonieta da UFPE e pela Academia de Ópera e Repertório. O espetáculo inédito ganhou o palco do Teatro Santa Isabel, unindo a ópera ao balé, música de câmara e um monólogo. O espetáculo emocionante, montado em sua maioria por instrumentistas, cantores, bailarinos e atores pernambucanos, marcou a retomada de um trabalho dos profissionais da música para colocar a ópera na cena cultural pernambucana. Mais de quarenta artistas deram vida a uma leitura muito peculiar de Euclides Fonsêca principalmente de Caim, interpretado na ópera pelo tenor pernambucano Lucas Melo. Ele contracena com Franz Ribeiro, contratenor que veio de Natal para atuar no espetáculo como Abel; com a soprano Jéssica Soares, que faz o personagem Adah, e com Rodrigo Cruz, baixo-barítono que representa o pai Adão. Os quatro cantores que interpretam a história são acompanhados ao longo do espetáculo pelo Coro da Academia de Ópera e Repertório. Antes da apresentação desse drama da primeira família bíblica, o espetáculo guardou momentos bem especiais, como a obra para orquestra “A Descoberta do Brasil”, do compositor Euclides Fonseca e também restaurada para essa ocasião, seguido de um prólogo que foi um monólogo escrito por Eron Vilar e interpretado cenicamente pelo ator Arilson Lope, que faz um discurso de um Caim incomodado por sua condenação e cheio de perguntas e indagações acerca da sua história, e da exibição dos bailarinos Victor Marinho & Jonas Alves. Diferentes olhares e formas de contar a mesma narrativa desse drama familiar que é um dos mais conhecidos do mundo, mas sob a lente criativa do músico pernambucano de Euclides Fonseca e com uma aguardada apresentação da Sinfonieta da UFPE. A Sinfonieta da UFPE, dirigida pelo maestro Wendell Kettle reúne professores e alguns alunos das principais escolas de música de Pernambuco, que tinham grande expectativa de voltar aos palcos.  Foram quase dois anos longe dos palcos devido à pandemia, que atropelou esse movimento artístico que vinha num crescente, com uma série de apresentações e até a promoção do Festival de Ópera (que aconteceu em 2019). Em 2022 outra obra de Euclides Fonseca chegará ao palco do Teatro Santa Isabel, mas ainda sem data. Os manuscritos de Euclides Fonseca foram cedidos pela biblioteca do Instituto Ricardo Brennand. “É com muita alegria e empenho e que estamos nos dedicando ao resgate histórico do repertório operístico pernambucano, tanto no que diz respeito à restauração das partituras das obras quanto ao fato de trazer suas montagens para o público atual", diz o maestro Wendell Kettle. "Il Madeletto foi a segunda ópera do Euclides da Fonseca. Estamos num projeto de valorizar o nosso repertório, de recuperar toda a ópera dele. A terceira é a Princesa do Catete, com livreto do Carneiro Vilela, que será apresentada em algum momento no próximo ano. E a última chama-se as As Donzelas d'Honor, de uma certa visionaridade, já que era só para mulheres". A primeira, "Leonor, foi a primeira apresentada pela Sinfonieta da UFPE, em março de 2019, nesse trabalho de valorizar a produção de ópera brasileira e pernambucana. O espetáculo Il Maledetto, que contou com financiamento do Funcultura, encerrou neste domingo a sua temporada em 2021 deixando grande expectativa sobre a formação dessa nova cena da música pernambucana em torno da ópera e das demais manifestações artísticas que com ela dialogam. Um trabalho que merece ser conferido por todos os pernambucanos e também ultrapassar as fronteiras do Estado. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

Il Maledetto marcou o retorno da ópera ao Recife Read More »

CNI: sete em cada 10 indústrias têm dificuldades para comprar insumo

Da Agência Brasil As dificuldades de abastecimento de insumos e de matérias-primas afetaram em média 68% das empresas das indústrias extrativa e de construção, em outubro de 2021, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O percentual é menor do que o de fevereiro deste ano, quando 73% das empresas relataram o problema. “Apesar da ligeira queda, a situação está bastante complicada e mais da metade das indústrias avalia que esse desajuste só terá fim a partir de abril de 2022”, informou a CNI. Segundo a pesquisa, em 18 dos 25 setores da indústria de transformação consultados, mais de dois terços das empresas afirmaram que, mesmo em negociações com o valor acima do habitual, está mais difícil obter os insumos no mercado doméstico. Esse problema atinge 90% do setor de calçados; 88% das indústrias de couro, 85% dos fabricantes de móveis; 79% da indústria química; 78% do vestuário e 78% das madeireiras, além de 77% das indústrias de equipamentos de informática e produtos eletrônicos e 76% do setor de bebidas, por exemplo. Insumos importados Entre os setores que dependem de insumos importados, 18 deles também relataram o mesmo problema: a dificuldade de comprar a mercadoria, mesmo que se decida pagar a mais por ela. Os setores mais afetados foram: farmacêuticos (88%), máquinas e materiais elétricos (86%), vestuário (85%), material plástico (84%), limpeza e perfumaria (82%), têxteis (81%) e móveis (80%). De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, há, pelo menos, três explicações para a falta de insumos gerada pela crise provocada pela pandemia de covid-19. “Há um buraco na produção industrial que ainda não foi resolvido. A [pesquisa] Sondagem Industrial de outubro mostrou ajuste nos estoques, é uma condição importante, necessária para resolver o problema, mas é um primeiro passo. E esse ajuste ainda precisa se completar para uma série de setores”, explicou o economista, em nota. “Além disso, temos a expansão da demanda global de uma série de produtos, com os países voltando da crise. Esses fatores seguem provocando estresse nas linhas produtivas e a escassez de diversos insumos”, completou. Segundo Marcelo Azevedo, há ainda um outro agravante composto pelo elevado custo da logística, alto preço e baixa qualidade dos contêineres. “Alguns países estão buscando alternativas para esse problema dos insumos, como desenvolver fornecedores locais, mas não é algo que se faça rapidamente nem depende só da ação da vontade, e envolve custos”, afirmou. Construção civil De acordo com a CNI, na construção civil o problema se agravou entre fevereiro e outubro deste ano. O percentual de construtores que disse ter dificuldade para obter insumo e matéria-prima passou de 72% para 75%. Diante disso, a expectativa de um cenário de normalização da oferta de insumos é um pouco mais pessimista, em comparação com a indústria geral: 88% acreditam que a normalização de insumos só ocorrerá em 2022 e 9% das empresas esperam que haja normalização apenas em 2023. Nesse segmento, dos 27% que importam insumos, 80% deles sinalizaram dificuldades de acessar matérias-primas importadas.

CNI: sete em cada 10 indústrias têm dificuldades para comprar insumo Read More »

Stellantis/Jeep e a Roda transformam resíduos da produção de automóveis em moda

A Stellantis/Jeep e a empresa pernambucana Roda, que atua no segmento de upcycling de produtos têxteis, apresentam na próxima terça-feira (07) o lançamento de uma parceria que transforma os resíduos da indústria automotiva de Goiana em moda. A Roda é comandada por Mariana Amazonas, Manu Moreira e a designer Joana Lira. O projeto fabrica mochilas, bolsas, sandálias, entre muitos outros itens, com design inovador a partir da produção com couro, borrachas, cintos de segurança e até airbags como matérias-primas. As peças mostradas estarão disponíveis no site de e-commerce da RODA (roda.eco.br), a partir do dia 08/12. De acordo com as organizadoras, 50% dos lucros de cada produto será destinado às costureiras, do município de Igarassu, que participaram do projeto. Além da apresentação da parceria, o público vai conferir um bate-papo sobre economia e moda circular, economia afetiva, formas de conscientização de consumo e sustentabilidade. Participam do evento Jackson Araújo, Consultor de Inovação em Moda Sustentável da Fundação Hermann Hering, Mariana Amazonas, Ecodesigner e cofundadora da Roda, e Fabricio Biondo, Diretor da Comunicação Corporativa da Stellantis para a América Latina. A transmissão será feita pelo canal (youtube.com/c/StellantisLatam), a partir das 19h.

Stellantis/Jeep e a Roda transformam resíduos da produção de automóveis em moda Read More »

Artistas pernambucanos participam do 1º Bazar 110 Volts

Com a intenção de movimentar a economia criativa no Centro do Recife, o Ateliê Rec Lab realiza o 1º Bazar 110 Volts, que ocorre no dia 11 de dezembro, das 10h às 22h. O bazar será realizado no térreo do Espaço Criadouro, um ecossistema de empreendimentos da cultura e da arte, localizado na Rua Ulhôa Cintra, 122, bairro de Santo Antônio. A entrada é gratuita. O evento reúne 50 artistas pernambucanos que irão expor obras autorais para vendas no valor simbólico de R$ 110, cada. “O bazar foi criado para que as pessoas tenham mais acesso aos trabalhos dos artistas, além de ser uma forma de fortalecer os profissionais no final de ano”, afirma Cajú, artista visual, grafiteiro e coordenador do Ateliê Rec Lab. O artista também idealiza o Bazar 110 Volts, inspirado em eventos vividos em outro estado brasileiro. O evento também abre um leque de opções para os visitantes, como o flash de tattoo organizado pelo Studio Arte Livre, que apoia o projeto junto ao Espaço Criadouro, gastronomia e a possibilidade de fazer networking profissional. Para marcar o encerramento da atividade, os visitantes poderão contar um setlist especial, que se estenderá até às 22h no galpão. SERVIÇO O quê? Bazar 110 Volts Quando? 11/12/2021 Quanto? Gratuito Onde? Espaço Criadouro (Endereço: Rua Ulhôa Cintra, 122, bairro Santo Antônio, Reife - PE - São duas ruas depois da Agência dos Correios na Av. Guararapes) Apoio: Espaço Criadouro e Studio Arte Livre Realização: Ateliê Rec Lab . LEIA TAMBÉM https://revista.algomais.com/videos/renascimento-do-edificio-douro

Artistas pernambucanos participam do 1º Bazar 110 Volts Read More »

Willian Rigon: "Uma cidade que atrai negócios, atrai empregos e movimenta a economia"

Três cidades pernambucanas surgiram en destaque no ranking da Urban Systems entre os melhores destinos para se fazer negócios. Na reportagem de capa desta semana da Revista Algomais tratamos sobre a competitividade municipal e um pouco da experiência do Recife, de Igarassu e de Petrolina. Publicamos hoje a conversa com Willian Rigon, sócio e diretor de marketing da Urban Systems, que fala sobre o que torna uma cidade competitiva e comenta sobre o que levou Recife, Igarassu e Petrolina a se destacarem. Quais os principais critérios que tornam uma cidade competitiva para atrair negócios? Consideramos que as cidades precisam ter um ambiente favorável: confiança no consumo, crescimento econômico, um setor em estudo competitivo e demanda... assim, avaliamos estes critérios, direta ou indiretamente. E claro é importante entender também o impacto da pandemia e da vacinação nas nossas cidades, pois esta questão influencia as demais.   O Recife se destacou no ranking dos serviços, crescendo 40 posições na pesquisa deste ano. O que foi responsável por uma mudança tão grande da capital pernambucana nesse ranking? Diante dos critérios que vocês adotam, onde é possível melhorar ainda? O estudo anterior foi realizado em um momento em que a maioria das cidades brasileiras era impactada negativamente pela crise sanitária e pela crise econômica. A edição atual reflete um momento diferente para algumas cidades que fizeram sua “lição de casa” e ponderaram vacinação com segurança na abertura econômica. Recife já conta com mais de 55% de toda a população vacinada com o primeiro ciclo de vacinação, e dessa forma, sua reabertura econômica impactou positivamente o setor de serviços. Em 2020 constatamos a perda de 5,5 mil empregos no setor, em 2021 o crescimento no período foi de 11,8 mil empregos, não apenas repôs a queda, como apresentou crescimento, com a retomada de muitas atividades, dentre elas o turismo. (Os dados de vacinação são referentes a data de fechamento da pesquisa, o Recife possui atualmente uma taxa de vacinação completa de 73%).   Petrolina, no sertão, foi apontada como a principal cidade do País para se fazer negócios na agropecuária. Quais os principais indicadores que colocam Petrolina nessa posição de tanto destaque nacional? Mesmo liderando, há alguns indicadores que podem melhorar? Petrolina é uma cidade que já é destaque no setor agropecuário. Em 2021 notamos que a cidade registrou o dobro do saldo de empregos de 2020, 4,2 e 2,1 mil empregos, respectivamente. Os grandes destaques da cidade estão na produção associada a lavoura permanente e temporária, que são culturas diferentes, mas que apresentaram grande crescimento no último período analisado, e já vinham (no caso da lavoura permanente) de um crescimento no período anterior. A exportação de produtos Agro também teve um grande crescimento no último período analisado, fruto do aumento da produtividade e também da flutuação do câmbio. Apesar de analisar 3 eixos do setor agropecuário, não é necessário que a cidade tenha destaques nos 3 eixos, pois cada cidade tem sua vocação e oportunidade no setor.   Igarassu, que fica na região metropolitana do Recife, se destacou no setor industrial. O que torna essa cidade tão destacada na atração de negócios na indústria? Quais os pontos a serem melhorados? Igarassu se beneficia pela proximidade com a capital, sendo uma oportunidade para empresas e indústrias se instalarem em locais mais baratos, porém próximo do mercado consumidor final (fenômeno comum as demais regiões metropolitanas do país), além é claro do benefício em relação a proximidade do Porto de Suape. Alias, em termos de infraestrutura, este é um ponto positivo para a cidade, proximidades com Porto e Aeroporto. A cidade também registrou crescimento de 22,8% da exportação de itens industriais e saldo positivo de empregos no setor neste ano, próximo a 600 empregos, que para seu porte é bem representativo. Ponto positivo, em relação ao enfrentamento da pandemia esta na redução da Taxa de letalidade (mortos/infectados) da COVID-19 que passou para 5,61% e no ano anterior era de 13,85%. (Esses dados são do momento da pesquisa. De acordo com os dados da Prefeitura Municipal de Igarassu, a cidade não registra novos óbitos por Covid-19 há 3 meses). Como ser uma das melhores cidades do País para atrair negócios contribui para o desenvolvimento municipal, melhorando a qualidade de vida da população? Uma cidade que atrai negócios, atrai empregos e consequentemente movimenta a economia de uma cidade... é importante pensar o negócio, como algo que gira a economia como um todo e trabalha as sustentabilidades econômicas e sociais. Claro que o município precisa fazer a sua parte, oferecendo infraestrutura adequada e providenciando um ambiente legal confiável e desburocratizado. Para um gestor público que deseja fazer melhorar o seu desempenho na atração de negócios, qual o primeiro passo a ser dado? Primeiramente o gestor público precisa identificar sua vocações e potencializadas, para bem servir seus investidores, sem faltar com as questões básicas... Um bom gestor público, além dos itens acima mencionados, também pode trabalhar na atração de empresas dos clusters potenciais, na formação da mão de obra, por meio de convênios com escolas técnicas e universidades públicas, tornar o ambiente legal da sua cidade mais rápido, dinâmico e eficiente, e claro, trabalhar questões fiscais favoráveis, no caso de setores onde haja muita competitividade. . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais, especialista em Gestão Pública e mestre em Extensão Rural e Desenvolvimento Local (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

Willian Rigon: "Uma cidade que atrai negócios, atrai empregos e movimenta a economia" Read More »

Nordeste: comitê recomenda proibição de festas de Réveillon e carnaval

Da Agência Brasil O Comitê Científico do Consórcio Nordeste recomendou a proibição de festas de Réveillon e carnaval na região por conta da variante Ômicron. De acordo com boletim da entidade, as festividades de fim de ano e a folia podem gerar aglomerações que intensificariam a transmissão do vírus e resultariam em uma nova onda de covid-19. O documento cita o quadro global e nacional atual da pandemia e “incertezas futuras existentes” e recomenda ainda intensificar a vacinação por meio da busca ativa de pessoas que não completaram o esquema vacinal; ampliar o ritmo da imunização por meio de estratégias como carro de som e aplicação das doses nas escolas; e manter o uso obrigatório de máscaras faciais. O comitê também defende medidas de proteção coletiva como a exigência do chamado passaporte da vacina para entrada em cinemas, teatros, estádios de futebol e outros. “Essas novas variantes podem não somente ser mais transmissíveis e mais patogênicas como também evadirem da imunidade produzida pelas vacinas. Não por acaso que a identificação recente de uma nova variante na África do Sul, denominada Ômicron, esteja gerando tamanha tensão e expectativas entre políticos, gestores e especialistas”, destacou o boletim.

Nordeste: comitê recomenda proibição de festas de Réveillon e carnaval Read More »