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2021

10º Seminário Paulo Freire celebra o centenário do educador

A Cátedra Paulo Freite, da UFPE, promove o 10º Seminário Paulo Freire e o 8º Encontro de Cátedras e Grupos Paulo Freire, com o tema “100 anos de Paulo Freire – dos tempos fundantes à contribuição planetária”. O evento começa hoje (4) e segue até o dia e 6 de maio. Neste ano, em razão da pandemia do novo coronavírus, o evento é realizado por meio virtual. Paulo Freire nasceu na cidade do Recife, dividiu sua infância entre a capital de Pernambuco e o município do Jaboatão dos Guararapes, alfabetizou-se a sombra da mangueira. Fez sua formação em Recife, mesma cidade em que constituiu sua família ao lado da professora Elza Freire, de onde saiu por força do golpe civil militar de 1964, que o levou ao exílio. Assim, apartou-se de sua cidade natal em 1964, fisicamente, mas não de coração, espirito e intelecto. Confira abaixo a programação completa. PROGRAMAÇÃO 04 DE MAIO MANHÃ 9:00 | Vídeo: “Cartas dos Professores a Paulo Freire” – Campanha Latino-Americana e Caribenha em Defesa do Legado de Paulo Freire Momento Artístico Cultural |Professor Itamar Nunes 9:30 |Mesa de Abertura | 100 Anos de Paulo Freire: memória e atualidade 100 Anos de Paulo Freire | Minidocumentário – Produção e direção Amanda Dantas, edição Gustavo Peixoto 11:00 – 12:00 | Vídeo – “Ninguém solta a mão, ninguém” | Antônio Nóbrega e Wilson Freire Lançamentos: Calendário 100 Anos de Paulo Freire | Associação dos Docentes da UFPE (ADUFEPE) e Cátedra Paulo Freire da UFPE E-book (RE)existência da mulher na sociedade: interseccionalidades raciais e geracionais | Organização: Prof. Lúcio Cirne; Profa. Maria Rita Oliveira; Profa. Maria do Rozário Cláudio; Profa. Valdenice José Raimundo NOITE VIII ENCONTRO DE CÁTEDRAS, NÚCLEOS, GRUPOS DE ESTUDOS E CENTROS PAULO FREIRE 19:00 | Vídeo: “Cartas dos Professores a Paulo Freire” – Campanha Latino-Americana e Caribenha em Defesa do Legado de Paulo Freire Momento Artístico Cultural | Musicoterapeuta Valdir Santos, professor Wagner Santos (percussão), Renata Torres (voz) 19:15 | Roda de Conversas | 100 anos de Paulo Freire: resistência-esperança Cátedra Abierta Paulo Freire de la Universidad Nacional de Mar del Plata: Profa. Inés Fernández Mouján Cátedra Paulo Freire da PUC/SP: Profa. Ana Maria Saul Grupo de Estudos e Pesquisas da Pedagogia Paulo Freire da UFPB: Prof. Alexandre Magno Tavares da Silva Centro Paulo Freire – Estudos e Pesquisas: Profa. Erivalda Torres Grupo LeFreire da UERN: Profa. Hostina Maria Cátedra Paulo Freire da Amazônia: Profa. Ivanilde Apoluceno de Oliveira Grupo de Estudo Pedagogia de Paulo Freire da UECE: Profa. Maria Margarete Sampaio de Carvalho Braga; Maurício Cesar Vitória Fagundes – UFPR (Mediação) 100 Anos de Paulo Freire | Minidocumentário – Produção e direção Amanda Dantas, edição Gustavo Peixoto 21:00 – 21:30 | Intervenções Dialógicas 05 de Maio MANHÃ 9:00 | Vídeo: “Cartas dos Professores a Paulo Freire” – Campanha Latino-Americana e Caribenha em Defesa do Legado de Paulo Freire Momento Artístico Cultural | Escritor e Poeta Pedro Américo de Farias 9:30 | Mesa de Diálogos: 100 Anos de Paulo Freire – dos Tempos Fundantes à Contribuição Planetária Profa. Silke Weber (UFPE) Profa. Ana Maria Saul (PUC-SP) Profa. Luiza Cortesão (Universidade do Porto, Portugal) Mediação: José Batista Neto (UFPE) 100 Anos de Paulo Freire | Minidocumentário – Produção e direção Amanda Dantas; edição Gustavo Peixoto 11:00 – 12:00 | Intervenções Dialógicas NOITE VIII ENCONTRO DE CÁTEDRAS, NÚCLEOS, GRUPOS DE ESTUDOS E CENTROS PAULO FREIRE 19:00 | Vídeo: “Cartas dos Professores a Paulo Freire” – Campanha Latino-Americana e Caribenha em Defesa do Legado de Paulo Freire Momento Artístico Cultural | Poetisa Valéria Sabóia 19:15 | Roda de Conversas | 100 anos de Paulo Freire: resistência-esperança Cátedra Paulo Freire da UFAPE: Prof. Anderson Fernandes de Alencar Grupo de Estudos Paulo Freire da UFCG: Prof. José Luiz Ferreira Cátedra Paulo Freire da UFRPE: Profa. Mônica Lopes Folena Araújo Grupo de Estudos e Pesquisas de Práticas Educativas em Movimento da UFRN: Profa. Ariane Rochelle Mendonça Cátedra Paulo Freire da UNISANTOS: Prof. Alexandre Saul Grupo de Estudo Paulo Freire do SINTEPE: Prof. Marconi Costa de Menezes Cátedra Paulo Freire da UFSJ: Profa. Bruna Sola da Silva Ramos (Mediação) 100 Anos de Paulo Freire | Minidocumentário – Produção e direção Amanda Dantas; edição Gustavo Peixoto 21:00 – 21:30| Intervenções Dialógicas 06 de Maio 9:00 | Vídeo: “Cartas dos Professores a Paulo Freire” – Campanha Latino-Americana e Caribenha em Defesa do Legado de Paulo Freire Momento Artístico Cultural | Poeta e Diretor do SINTEPE João Alexandrino 9:30 | VIII ENCONTRO DE CÁTEDRAS, NÚCLEOS, GRUPOS DE ESTUDOS E CENTROS PAULO FREIRE Grupo de Estudos e Pesquisas Paulo Freire da UFES: Prof. Itamar Mendes Cátedra Paulo Freire do Oprimido e Instituto Paulo Freire: Prof. Jason Mafra Cátedra Paulo Freire da UFPE: Profa. Marilia Gabriela Guedes (Mediação) Um olhar para o legado de Paulo Freire nas experiências dos movimentos populares: Prof. Alder Júlio Calado 100 Anos de Paulo Freire | Minidocumentário – Produção e direção Amanda Dantas, edição Gustavo Peixoto 11:00 | Conferência | 100 Anos de Paulo Freire: memória e atualidade Prof. Carlos Rodrigues Brandão (UNICAMP) Mediação: Profa. Eliete Santiago (Coordenadora da Cátedra Paulo Freire da UFPE) 12:00 – 12:30 | Encerramento: Viver Paulo Freire, um convite a Esperançar Profa. Eliete Santiago (Coordenadora da Cátedra Paulo Freire da UFPE) Vídeo – “Ninguém solta a mão, ninguém” | Antônio Nóbrega e Wilson Freire

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Ponto Cidadão retoma programa voluntário e-Mentoring

As possibilidades de ajuda ao próximo podem ser encontradas de diversas formas, e o Ponto Cidadão, projeto social localizado em Igarassu, município da Região Metropolitana do Recife, retomou uma fórmula que tem dado muito certo. O e-Mentoring é um modelo onde profissionais voluntários ajudam alunos de acordo com a afinidade da área de atuação. Para facilitar ainda mais, tudo é feito de forma online, em dias específicos da semana. “Como funciona: tem o mentor e o mentorando, e nós fazemos uma seleção com os jovens do projeto, de acordo com a avaliação de desempenho deles, para saber quem vai participar”, explica Roberta Cavalcanti, coordenadora executiva do Ponto Cidadão. “Essa interação acontece pelo menos uma vez na semana, que é o que a gente solicita. É claro que tem mentor que até interage mais, dependendo da demanda do jovem.” O e-Mentoring surgiu em 2007 e geralmente conta com uma média de 40 mentores anuais, cada qual com um jovem. O número total, vez ou outra, oscila, mas é importante que voluntários busquem a instituição para que os jovens tenham mais opções de profissionais de áreas diversas no banco de dados. “Hoje, trabalhamos por e-mail ou WhatsApp, sempre com a supervisão de um coordenador. Depois que os jovens são selecionados, temos uma reunião para identificar qual a área de interesse deles. E aí verificamos o banco de dados de alguns mentores e tentamos linkar as afinidades. Por exemplo, o jovem tem interesse em trabalhar com recursos humanos, então a gente coloca um mentor que já trabalha nessa área para orientá-los”, detalha a coordenadora. A retomada do e-Mentoring representa um modelo bastante significativo para o papel que o Ponto Cidadão desempenha na carreira dos jovens, como destaca Roberta. “Tem sido muito importante não só para nós, mas também para o jovem e para o próprio mentor, por conta dessa troca de experiência. Para o jovem, é desenvolvimento profissional puro. Alguns, inclusive são encaminhados para o mercado de trabalho por meio do seu mentor. Eles têm um progresso enorme com as atividades que os mentores passam, com algumas provocações e muita coisa relacionada ao mercado de trabalho.”

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“A eólica é hoje a segunda fonte de geração de energia elétrica no Brasil”

Diante do avanço da agenda global pela transição da geração de energia em direção às matrizes renováveis, entrevistamos Elbia Gannoum, Presidente da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), sobre como anda no País a energia movida pelos ventos. Ela destaca a participação do Nordeste neste mercado (80% dos parques eólicos estão na região) e das oportunidades para quem quer investir no setor. Qual o cenário atual da geração de energia eólica no Brasil, no Nordeste e em Pernambuco? Houve crescimento em 2020, apesar da pandemia? A eólica é hoje a segunda fonte de geração de energia elétrica no Brasil e, em dias de recorde, já chegou a atender até 17% do País durante todo o dia. É uma trajetória virtuosa de crescimento sustentável no Brasil, compatível com o desenvolvimento de uma indústria que foi criada praticamente do zero no País, o que foi o grande desafio deste período. Do ponto de vista de resultados de instalação tivemos um bom ano e terminamos 2020 com pouco mais de 17 GW. Agora em fevereiro de 2021, a eólica acaba de atingir a marca de 18 GW de capacidade instalada, em 695 parques eólicos e mais de 8.300 aerogeradores. Vale lembrar que 80% dos parques eólicos estão no Nordeste. Pernambuco tem 798 GW e 34 parques. Há exatos dez anos, em 2011, tínhamos menos de 1 GW de capacidade instalada e cá estamos nós comemorando 18 GWs no início de 2021. É um feito impressionante, fruto não apenas dos bons ventos brasileiros, mas também de uma indústria que se dedicou a construir fábricas, trazer e implantar novas tecnologias e que se tornou muito competitiva. Quais as perspectivas nacionais para o segmento eólica e para as energias renováveis de forma geral no contexto pós-pandemia? Há alguma previsão de avanço para o ano de 2021? O ano de 2020 foi muito desafiador e no que se referem à impactos da Covid-19 precisamos separar em efeitos de curto, médio e longo prazo. Num primeiro momento, o maior impacto foi a queda de demanda de energia, o que levou ao cancelamento dos leilões regulados. Para a indústria eólica, no entanto, tivemos uma boa saída que foi o mercado livre. Como o ACL já era mais importante que o ACR para eólicas desde 2018, isso nos deu uma opção para seguir fechado contratos e terminamos o ano com um bom número de novos contratos, mas todos graças ao mercado livre. No que se refere a pedidos para cadeia produtiva, não há impactos no momento. Importante entender que as fábricas estão produzindo hoje aerogeradores, pás e torres eólicas para parques que são fruto de leilões realizados ou contratos no mercado livre nos anos anteriores, para entregas nos próximos anos. Produzir equipamentos para o setor eólico é um negócio de longo prazo. Não é, por exemplo, como outras cadeias produtivas de bens de consumo que recebem o impacto de forma muito rápida com a queda no consumo. O ponto é que a crise de demanda que estamos vivendo fará com que as contratações sejam pequenas e a retomada vai depender da velocidade com que nossa economia vai se recuperar. Não existe dúvida, no entanto, de que a expansão da matriz elétrica se dará por meio de renováveis, com forte destaque para a eólica, dados seus preços competitivos. Portanto, ainda que as contratações sejam menores, entendemos que as eólicas farão parte disso. Importante entender que uma contratação de nova capacidade de energia eólica muito pequena em 2020 e 2022 vai se refletir nas fábricas daqui cerca de dois anos, mas esse efeito pode ser diluído se o mercado livre conseguir se manter num bom nível, que é o que estamos verificando. Ainda considerando o longo prazo, sabemos que os negócios seguem sendo discutidos e o mercado livre, que já vinha representando a maior parte da contratação nos últimos dois anos, pode ser um fator decisivo para que o setor de eólica não sofra impactos muito grandes da pandemia. . O recente movimento do presidente americano Joe Biden de adoção de várias metas para redução das mudanças climáticas pode influenciar o Brasil e o mundo no avanço nas energias renováveis? Decisões que significam diminuir a geração de energia por meio de combustíveis fósseis e poluentes são não apenas louváveis e bem-vindas, mas profundamente necessárias para o planeta. Há um grande esforço global de vários países para aumentar o peso das renováveis em suas matrizes energéticas e as decisões do governo Biden estão alinhadas com essa necessidade e isso é uma boa notícia. No caso do Brasil, considerando que já temos uma das matrizes elétrica mais renováveis do mundo dado nosso potencial hidrelétrico, estamos caminhando bem no que diz respeito à geração de energia por fontes renováveis, sendo que a eólica é hoje a segunda fonte da matriz e deve ser uma das principais fontes de expansão para os próximos anos. Vale sempre lembrar que o Brasil tem um enorme potencial eólico, com um dos melhores ventos do mundo, o que é uma das caraterísticas que explica a grande expansão da eólica no Brasil nos últimos anos, assim como o grande futuro que essa fonte tem pela frente em nosso país. . Quais as principais oportunidades e vantagens de se fazer uma transição para a energia eólica?  A energia produzida pelos ventos é renovável; não polui; possui baixíssimo impacto ambiental; contribui para que o Brasil cumpra o Acordo do Clima; não emite CO2 em sua operação; tem um dos melhores custos benefícios na tarifa de energia; permite que os proprietários de terras onde estão os aerogeradores tenham outras atividades na mesma terra; gera renda por meio do pagamento de arrendamentos; promove a fixação do homem no campo com desenvolvimento sustentável; gera empregos que vão desde a fábrica até as regiões mais remotas onde estão os parques e incentivam o turismo ao promover desenvolvimento regional. Além de estarmos nos destacando, ano a ano, no cenário global do mercado de energia eólica, o Brasil também está contribuindo por um futuro sustentável para nosso planeta.

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Por que a fome voltou a assombrar o País e como reverter esse fenômeno?

Uma pesquisa recente de professores da Universidade Livre de Berlim, em parceria com a Universidade Federal da Minas Gerais e Universidade de Brasília (UNB) revelou que quase três quintos (59,4%) dos domicílios brasileiros no final do ano 2020 apresentaram um crescente grau de insegurança alimentar. Conversamos com José Arlindo Soares, que é sociólogo e pesquisador do Centro Josué de Castro, sobre esse cenário de recrudescimento da fome e quais as possíveis saídas para o País. José Arlindo explica que os dados dessa pesquisa não significam que todo esse conjunto dos 59,4% dos brasileiros estejam em uma situação de fome absoluta, mas o estudo aponta que essas famílias diminuíram o consumo de alimentos em importantes níveis. “É considerado um domicílio que vive em insegurança alimentar ou em uma situação de incerteza quanto ao acesso de comida quando a família já foi obrigada a reduzir a quantidade e a qualidade de alimentos que consumia. No Nordeste, na nossa região, a situação é mais grave, o fato ocorre em 73% das casas”, afirma o pesquisador. Ele explica que a pesquisa faz um distinção entre os graus de insegurança. Entre os lares brasileiros, 31,7% são considerados em insegurança alimentar leve, 12,7% são avaliados como moderados e 15% vivem a insegurança grave. “Essa última é que deve ser motivo de maior de preocupação da sociedade e do poder público. O Brasil, já no final de 2020, chegou em números absolutos de 19 milhões de pessoas em situação de grave insegurança. O maior destaque é dirigido para o Nordeste, para famílias com crianças e para aquelas que não concluíram o ensino fundamental”, disse Arlindo. Para exemplificar o agravamento do cenário da fome, o pesquisador lembra que a conclusão da pesquisa de Orçamentos familiares de 2017-2018, divulgada pelo IBGE em setembro do ano passado, já indicava essa tendência de aumento da insegurança alimentar. “Esse crescimento da insegurança alimentar vem desde a recessão de 2014/2015, quando o desemprego atingiu cerca de 12 milhões da trabalhadores. Agora, o problema foi aguçado pela pandemia que agravou a situação econômica do País . Temos então um quadro histórico bem diferente daquele momento em que a ONU declarou o Brasil livre da fome. As pesquisas revelam que desde 2015 já havia uma sinalização de um quadro de aumento da insegurança alimentar, situação que foi apenas ligeiramente amenizada em 2019. Agora vivemos um aumento da dramaticidade da fome outra vez”. Auxilio Emergencial O sociólogo explica que no meio da Pandemia ocorreram três movimentos importantes na análise do quadro de insegurança alimenta no Brasil. “Primeiro houve uma queda do consumo de alimentos. Em seguida, com o auxílio emergencial, houve um efeito imediato na própria diminuição da miséria ou mesmo da pobreza, com uma diminuição da insegurança alimentar. Em um terceiro momento houve um recrudescimento da situação de fome com o final do auxílio”. Em números, José Arlindo Soares explica que tomando como referência o mês de abril de 2020, cerca de 66 milhões de famílias receberam o auxílio na primeira fase. Isso correspondia a três vezes a quantidade de famílias que recebiam o Bolsa Família.  “O principal problema, além da descontinuidade do Auxílio Emergencial, é que o desenho dele não foi resultado de um conceito mais estruturador do fenômeno que, em tese, se pretendia combater. Foi mais o resultado da pressão imediata sobre o Governo Federal, que ele procurou se livrar. Não foi apresentada uma proposta estruturadora para a crise, que tinha obrigação dimensionar e projetar o tempo necessário do auxílio. Além disso, faltou um projeto coerente em relação a implicações sanitárias, econômicas e humanitárias do fenômeno da pandemia que ainda estamos vivendo”. Além da crítica a falta de um programa mais consistente de distribuição de renda de forma emergencial, José Arlindo criticou a rejeição da compra cerca de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer sob o pretexto de exigências de cláusulas draconianas no contrato. “Foram cláusulas que 58 países com sólidas estruturas jurídicas já tinham aceito. Isso permitiria começar a vacinar entre dezembro e janeiro, o que significaria que já em março ou abril  teríamos 50 milhões de pessoas vacinadas, com repercussões naturais na economia. Claro que o problema não era de rigor jurídico, longe disso, mas de colocar obstáculos ao reconhecimento da própria pandemia. Isso porque no mesmo período o presidente e o medieval Ministro das Relações Exteriores faziam uma diplomacia das cruzadas contra uma potência mundial na produção de insumos de vacinas, que hoje é responsável por 90% das vacinas  efetivamente aplicadas no Brasil, além de ser é o principal comprador do agronegócio do Brasil”, afirmou o pesquisador se referindo aos ataques do ex-ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, à China. Renda Mínima Para além do retorno do Auxílio Emergencial, o sociólogo José Arlindo Soares defende que o País crie um programa de Renda Mínima para combater o problema da fome de forma mais sustentável. “O retorno do ciclo da fome no Brasil coloca a urgência para a criação de um programa de renda mínima mais substantivo, que possa superar as oscilações das conjunturas econômicas. Isso sem falar na necessidade de uma maior prioridade da educação, que é quem faz com que a renda do trabalho ultrapasse a renda da proteção social. É preciso entender que o Programa Bolsa Família foi e ainda é muito importante para aliviar a pobreza, mas ele só funciona funciona bem como complemento de uma outra renda da família. Quando a única renda é a Bolsa a situação da família é de vulnerabilidade absoluta, ou seja, uma situação de insegurança alimentar grave”.

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7 fotos de Belo Jardim Antigamente

O município de Belo Jardim é o destaque da coluna Pernambuco Antigamente desta semana. Resgatamos uma imagem da tradicional fábrica da Baterias Moura (cedida pela própria empresa), além de fotografias antigas da cidade que registram o centro, a antiga estação ferroviária e outros espaços na cidade. Fábrica da Baterias Moura . Antiga Fábrica de Mariola (Site da Prefeitura de Belo Jardim) . Estação Ferroviária em Belo Jardim (Do site Estações Ferroviárias do Brasil) . Estação Ferroviária em Belo Jardim (Do site Diário do Bituri) . Centro de Belo Jardim (Site da Prefeitura de Belo Jardim) . Matriz de Nossa Senhora da Conceição (Site da Prefeitura de Belo Jardim) . Antigo prédio da Prefeitura de Belo Jardim (Site da Prefeitura de Belo Jardim)

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Arte Plural Galeria abre exposição de Gabriel Petribú

Em um momento tão inusitado da história da humanidade, com a pandemia de Covid-19, o desejo de vida, a conexão e o diálogo com o outro, mais do que nunca, estão como prioridade coletiva. Ao perceber esse instante único, o artista plástico Gabriel Petribú criou (IM)PULSO, sua nova exposição, com abertura ao público na Arte Plural Galeria (APG). Com curadoria de Maria do Carmo Nino, a mostra terá visitas presenciais observando os protocolos de prevenção ao coronavírus. A APG fica na Rua da Moeda 140, Recife, no bairro do Recife. Telefone: (81) 3424-4431, e está aberta de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, com acesso gratuito.

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Crítica Literária: Mais que um diletante

*Paulo Caldas O escritor Renato Dornelas Câmara Neto vivencia a admirável missão de resgatar a memória de notáveis da Medicina, em particular de renomados cirurgiões. Assim aconteceu em 2018, com o lançamento do livro “Theodor Billroth – vida, obra e legado”, enfocando um extraordinário médico que cultuava as artes da cirurgia e da música erudita em perfeita simbiose. Agora, com o mesmo afinco, obediente às minúcias das pesquisas, neste “Um século não é o bastante”, dedicado ao professor e cirurgião Fyodor Grigorievich Uglov, o autor destaca apego do protagonista aos princípios filosóficos e políticos e à defesa dos hábitos sadios ante os vícios da sociedade russa em sua época. Faz também referências relevantes à consciência profissional de Uglov, ao compartilhar experiências acadêmicas e profissionais bem-sucedidas entre seguidores e colegas do seu entorno e de outros países. O livro contempla expectativa de leitores além da área da saúde, dada a sua amplitude histórica, sobretudo sendo o protagonista natural de um país considerado discreto quanto à propagação de seus feitos no mundo ocidental. “Um século não é o bastante” tem projeto visual assinado por Bel Caldas e impressão gráfica sob a responsabilidade da Livro Rápido Editora. O autor disponibiliza os exemplares pelo WhatsApp 99755544, sem ônus para o leitor. *Paulo Caldas é Escritor

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Live apresenta as histórias e memórias da SBPC-PE

*Por Maria do Carmo F. Soares e Maria do Rosário A. Leitão (Secretária Regional e Secretária Adjunta da SBPC-PE) Desde fevereiro, a SBPC-PE vem promovendo uma série de debates on line, na última semana de cada mês, encontrando-se gravados no canal do Núcleo Econômico Integrado (NEI) da UFRPE. Essa ação faz parte da agenda comemorativa, rumo aos 70 anos da representação que acontecerá em 10 de julho de 2021. Diante do cenário de tantas crises, principalmente a sanitária, desencadeada pelo novo coronavirus e suas variantes, o primeiro encontro, ocorrido em fevereiro (25), trouxe como tema: A pandemia e a importância da ciência, tendo como palestrante a médica e epidemiologista da Fiocruz-PE, Ana Brito. Os debatedores foram Bernadete Peres, médica sanitarista e vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e Jones Albuquerque, pesquisador do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika –UFPE). Numa abordagem esclarecedora, eles contribuíram para informar a população em geral sobre o surgimento da pandemia causadora desse cataclismo mundial, considerado a maior crise sanitária, econômica e social dos últimos 100 anos na história da humanidade. Destacaram a emergência da covid-19 e a primeira revelação fulminante desta crise inédita: tudo que parecia separado é inseparável. Informaram sobre o primeiro registro do sequenciamento do sars-cov-2, em 31/12/2019, quando surgiu o primeiro caso em Wuhan na China, daí o nome da doença de covid-19. Um mês depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declara evento de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) e, em 11/03/2020, a OMS declarou a pandemia (Covid-19). Ficou claro na palestra e no debate, a importância dos investimentos em ciência e tecnologia para o Brasil, afinal vacinas se desenvolvem com pesquisas e a prioridade no momento é vacina para todos. No mês de março, quando se comemora o dia Internacional da Mulher debateu-se o tema Mulheres na ciência, com as palestrantes Cida Pedrosa, feminista, escritora, ganhadora do prêmio Jabuti na categoria poesia, ex-secretária municipal nas pastas das Mulheres e Meio Ambiente, atual vereadora pelo PCdoB-Recife; a pesquisadora Cristina Araripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Manguinhos no Rio de Janeiro, onde coordena a Área de Divulgação Científica na Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e a debatedora Glauce Medeiros, socióloga e mestra em Desenvolvimento Local e Extensão Rural (UFRPE), feminista, presidiu a União Brasileira de Mulheres (UBM) em Pernambuco e, atualmente é a gestora na pasta da Secretaria da Mulher do Recife. Cida Pedrosa começou abordando o aspecto histórico da representação social da mulher enquanto propriedade. Depois destacou a atuação de duas grandes mulheres pernambucanas, escritoras e feministas: Edwiges de Sá Pereira e Martha de Holanda. Falou que Edwiges, aos 20 anos, já fazia parte da Academia Pernambucana de Letras tendo sido a primeira mulher a ingressar nessa academia. Pioneira na luta pelos direitos da mulher participou no Rio de Janeiro do I Congresso Internacional Feminista e foi a criadora de um jornal (O Lyrio/Recife), escrito única e exclusivamente por mulheres, e que trazia poemas, textos técnicos-científicos e matérias em favor do voto feminino. Martha de Hollanda, outra escritora e ativista, revolucionou as estruturas da sociedade, portando-se com costumes avançados nos anos de 1920 a 1930, usava roupas semelhantes as mulheres do sul, era dona de uma personalidade corajosa e lutou pela causa do sufrágio feminino. Cristina Araripe trouxe abordagens sobre Berta Lutz, protagonista do movimento pelo voto feminino, comentando que na década de 40 ela integrou a delegação brasileira à Conferencia de São Francisco, cujo objetivo era redigir a Carta das Nações Unidas, onde defendeu os direitos femininos e destacou ainda, a atuação científica a frente da direção do Museu Nacional. Mencionou sobre o trabalho da Fiocruz entre 2009-2010 em favor da pró-equidade de gênero e raça e das ações da mulheres e meninas nas ciências, realizadas a partir de 2015, após a ONU Mulheres ter instituído o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência (11 de fevereiro). Comentou ser as conquistas permanentes e ligadas ao processo democrático, fazendo a observação que a Fiocruz fundada há 120 anos, teve a primeira mulher a assumir a presidência somente em 2017, a pesquisadora Nísia Trindade Lima. Falou que a SBPC, presente em todo o território nacional, tem o importante papel de incentivar as mulheres para as carreiras cientificas. Embora haja, cada vez mais mulheres em trabalhos qualificados, as disparidades de renda persistem e ainda há pouquíssimas mulheres em cargos de direção. Globalmente, de acordo com a ONU, menos de 30% dos pesquisadores e cientistas são mulheres. Portanto, ainda temos um longo caminho a ser percorrido para permitir a visibilidade das ações femininas ao longo da história e o aumento de nossa atuação nos espaços públicos e no fortalecimento da democracia no país. Neste mês de abril, a próxima live trará a temática Histórias e Memórias da SBPC-PE, tendo como palestrante o ministro Sérgio Rezende, que abordará a ciência, a tecnologia e inovação enquanto elementos estratégicos para o desenvolvimento socioeconômico do país e sobre os espaços conquistados pela ciência. Para debater o assunto foi convidado o diretor do Espaço Ciência, Antônio Carlos Pavão e, num resgate de memórias, contaremos com a participação especial de ex-secretários da SBPC-PE: Abraham Sicsu (Gestão 1990-92); Francisco Luiz dos Santos (Gestão 2009-11); José Antônio Aleixo (Gestão 1998-2004) e Rejane Mansur Nogueira (2011-2015). Numa construção coletiva a SBPC encontra-se capilarizada em todo país, cumprindo os princípios de defesa da ciência, da tecnologia, da inovação e da educação, ciente da responsabilidade de contribuir para o fortalecimento da democracia e em defesa da vida. Implantada no Brasil há mais de sete décadas, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência sempre esteve atenta ao papel da ciência e aos valores imensuráveis do Estado de Direito. A programação mensal das lives rumo aos 70 anos da SBPC-PE continuarão acontecendo mensalmente, estando previstos, enquanto próximos temas: Paulo Freire (no mês de maio, que marca a partida desse educador e teórico, cidadão do mundo e patrono da educação brasileira, pernambucana e recifense) e, para o mês de junho, será debatida a Pós-graduação brasileira. Todas as lives são

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Lorena Calábria fala sobre o Manguebeat no Sonora Coletiva

A mistura de rock, hip hop, funk e ritmos pernambucanos, como maracatu, ciranda e Coco, que ficou conhecida como Manguebeat / Manguebit começou há 27 anos e alcançou projeção internacional. As histórias dessa “diversão levada a sério”, como costumava dizer Chico Science, desde as primeiras festas em Recife no inferninho Adília’s Place até o trágico acidente do líder da banda, foram contadas de forma precisa e deliciosa pela jornalista Lorena Calábria em livro homônimo, que faz parte da coleção “O Disco do Livro”, da editora Cobogó. Para falar da obra, que foi construída a partir de muitas conversas e entrevistas com os músicos e parceiros de bandas, familiares e pessoas que fizeram parte da trajetória do álbum, a jornalista é a convidada especial do próximo Sonora Coletiva, da Fundaj. O bate-papo com Lorena Calábria, que terá a participação de H. D. Mabuse, um dos artífices daquela cena, acontecerá na quinta-feira (dia 29), às 19h, e será transmitido pelo Canal multiHlab, no YouTube. Participarão da conversa os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, que vêm desenvolvendo atividades no âmbito do Núcleo de Imagem, Memória e História Oral, do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra). . . Festival Feminino estreia terceira edição nesta quarta  Com uma programação poderosa, o Festival Feminino chega em sua terceira edição em um formato completamente virtual e gratuito, que traz shows, debates, performances e cinema, na próxima quarta-feira (28), quinta (29) e sexta-feira (30) e também no domingo (09/05), Dia das Mães. O evento discute e celebra a força e a importância do feminino na sociedade e traz nomes como Luedji Luna, Anelis Assumpção, Mariana Aydar, As Baías, Tiê, Funmilayo Afrobeat Orquestra, Clarianas e Josyara. Transmitido pelo canal do YouTube do Feminino, o festival recebe ainda as performances da atriz e cantora Naruna Costa, da atriz Mel Lisboa e da slammer Kimani. . . Espetáculo “Quanto mais eu vou, eu fico” retorna ao público com nova apresentação O espetáculo “Quanto mais eu vou, eu fico”, da Bubuia Cia, retorna ao público em live especial no dia 29 de abril, às 20h, no canal do grupo no Youtube. Pela primeira vez em formato de live, a peça traz texto original que mistura estórias reais e fictícias, que convidam o público a viajar na jornada do povo nordestino que migra para o Sudeste do Brasil em busca de uma vida melhor. A montagem reúne a nova cena autoral de teatro e da música pernambucana, com atuações das atrizes e bailarinas Endi Vasconcelos e Maria Laura Catão, direção musical de Juliano Holanda e dramaturgia do poeta Gleison Nascimento. Já a trilha do espetáculo é composta por canções de Martins e Zé Barreto, além da música-tema “Cinemascópio”, do disco “Quanto mais eu vou, eu fico” de Marcello Rangel, que dá nome à peça.

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