2021 - Página 123 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

Comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica deixam cargos

Da Agência Brasil O Ministério da Defesa anunciou a saída dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. A mudança ocorre um dia após Fernando Azevedo e Silva ter deixado o cargo de ministro da Defesa, assumido então por Braga Netto, que chefiava a Casa Civil. A nota do ministério não informa o motivo das saídas nem os nomes de quem ocupará os comandos das três Forças Armadas. Segundo a pasta, a decisão foi tomada durante reunião com a presença de Fernando Azevedo e Silva, Braga Netto e dos três comandantes substituídos – Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica). Na segunda-feira (29), ao anunciar que deixaria o cargo de ministro da Defesa, Azevedo e Silva agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro a oportunidade de “servir ao país”, integrando o governo por mais de dois anos. “Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”, afirmou, destacando que deixa o posto com a certeza de ter cumprido sua “missão”. Azevedo e Silva também disse ter dedicado total lealdade ao presidente, e agradeceu aos comandantes das Forças Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha), bem como às respectivas tropas, “que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira”.

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Março Amarelo: Endometriose, um mal que atinge milhões de brasileiras

No Mês Mundial de Conscientização sobre a Endometriose, a campanha Março Amarelo alerta para uma doença que afeta 176 milhões de mulheres em todo o mundo e 6,5 milhões no Brasil segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) . Para a ginecologista, Fernanda Florêncio, explicou que a doença, embora seja comum, ainda é pouco conhecida e costuma demorar a ser diagnosticada: cerca de oito anos após o aparecimento dos primeiros sintomas. A ginecologista lembrou que os sinais mais evidentes são dores muitas vezes incapacitantes, como cólicas fortes e progressivas (que pioram ao longo do tempo), dores durante a relação sexual, desconforto ao evacuar e urinar e até mesmo dores na região lombar e nas coxas. Em alguns casos, a falta de tratamento pode levar a problemas mais graves, como obstrução intestinal, se houver comprometimento extenso do intestino, e a perda das funções renais, caso a bexiga e os ureteres sejam prejudicados. “A mulher, às vezes, vai ao ortopedista achando que tem algum problema na coluna. Ou vai ao gastroenterologista achando que tem síndrome do cólon irritável. Mas é a endometriose.”, alerta Fernanda. Infertilidade De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% de mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolver o problema e há 30% de chance de a paciente ficar estéril. Sales explica que aproximadamente 20% das mulheres têm apenas dor, 60% têm dor e infertilidade, e 20% apenas infertilidade. “Muitas mulheres só descobrem a doença quando associam as dores à dificuldade de engravidar. A instalação da doença nos ovários pode provocar o aparecimento de um cisto que pode comprometer o futuro reprodutivo da mulher”, afirma a médica. Diagnóstico e tratamento Na maioria dos casos, o diagnóstico clínico-ginecológico da endometriose é suficiente e permite iniciar o tratamento e manter o acompanhamento da mulher a fim de avaliar a resposta terapêutica. De acordo com Juliana, normalmente o tratamento é feito por meio de medicamentos ou cirurgia com uma equipe multidisciplinar (ginecologista, proctologista e urologista.) “Cada um deles tem suas especificidades, e cabe ao ginecologista avaliar a gravidade da doença em cada caso e recomendar o melhor tratamento. Vale lembrar que, dependendo da situação, ambos os procedimentos são feitos de maneira integrada”, informa a especialista.

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Governo de Pernambuco anuncia 15 novos projetos industriais no Estado

O Governo de Pernambuco segue no trabalho de atrair novos investimentos para ampliar e descentralizar a produção industrial do Estado. Mais 30 novos projetos foram anunciados durante a 114ª Reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic). Do total de empresas que escolheram o Estado para fazer novos aportes, 15 são indústrias, entre novas e ampliações de plantas existentes, reunindo investimentos de R$ 42 milhões e previsão de criar 325 empregos. O encontro, transmitido pelo canal do Youtube da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), teve os secretários de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio, e da Fazenda, Décio Padilha, no comando da pauta. “Pernambuco tem uma relação sólida com o setor privado e isso se mostra com mais esse número. Previsibilidade é um sinal que as empresas precisam na hora de tirar projetos do papel e a segurança no cumprimento de contratos é o que o nosso trabalho sempre mostra a partir dos esforços de todos os órgãos do governo. As ações de atração de novos negócios seguem dando resultados, apesar do cenário adverso causado pela pandemia, e consolida nosso compromisso de gerar negócios em todo o Estado, criando uma produção diversificada para fortalecer o setor e oferecendo oportunidades a todos os pernambucanos, da Região Metropolitana do Recife até o Sertão”, destacou o secretário Geraldo Julio. O destaque da reunião ficou com a empresa Iguatemi Gelados do Nordeste, que se instalará no município de Paudalho, na Mata Norte. A planta produzirá sorvetes, picolés e chocolate, com investimento previsto de R$ 2,5 milhões e geração de 88 empregos. Já em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, a Davilla Massas Alimentícias abrirá suas portas produzindo massas de pizza, de coxinha, pastéis, biscoitos e bolos. Estima-se a criação de 59 postos de trabalho e aportes na ordem de R$ 2 milhões para a instalação da fábrica. Também na Mata Norte, em Nazaré da Mata, a Pincéis Roma ampliará sua linha de produção e passará a produzir, também, mangueiras para gás, suportes para rolo de pintura, tampa para calhas e escova para limpeza de vaso sanitário. Para garantir essa nova operação, a empresa investirá R$ 20 milhões, com a previsão de contratar mais 52 pessoas. Ao todo, dez municípios foram contemplados, sendo quatro na RMR e seis no interior. No interior são: Feira Nova; Paudalho; Serra Talhada; Vitória de Santo Antão, Caruaru e Nazaré da Mata. Das 12 Regiões de Desenvolvimento (RD) de Pernambuco, seis deverão sediar as novas unidades ou ampliações industriais: Agreste Central (1), Agreste Setentrional (1), Mata Norte (3), Mata Sul (2), Sertão do Pajeú (2) e RMR (6).

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Shows online do Festival Caboclo acontecem nesta quarta-feira (31)

Pulsante território artístico e cultural de Pernambuco, a cidade de Lagoa de Itaenga, na região da Mata Norte, será palco, nesta quarta-feira, dia 31 de março, da 1ª edição do Festival Cultural Caboclo. O evento visa valorizar, divulgar, promover e enfatizar a tradição do coco de roda, manifestação cultural presente na história do município. Na programação, dança, música, debate e apresentações artísticas prometem animar o público, que poderá acompanhar tudo pela internet, por meio do canal oficial do festival no Youtube, a partir das 20h. A festividade, idealizada pelo poeta Bio Caboclo, de 60 anos, violeiro, mestre de maracatu rural e de coco de roda, terá a presença de vários artistas locais e regionais. Integram a grade artística, o Coco de Borges Lucas com participação especial do Coco do mestre Reginaldo Cipriano (Lagoa de Itaenga); Coco de Bojo da Macaíba e Coco de Fulô (Cabo de Santo Agostinho). Destaque para o Grupo Cultural Caboclo que tem à frente o coquista poeta Bio Caboclo e seus filhos: Josivaldo Caboclo, Josuel Caboclo e Josivaldo Caboclo. Juntos, eles vão apresentar uma mistura de ritmos, evolução e versos de improvisos. O festival também propõe disponibilizar uma oficina, em vídeo pré-gravado, sobre algumas curiosidades sobre os ritmos, sons e movimentos do Grupo Cultural Caboclo. A ideia é levar os espectadores para uma viagem nas danças populares, de origem africana e indígena, principalmente, entre os cocos de umbigada – que exige que o público dance com pares vizinhos, e batam palmas, marcando o ritmo, e encostando o umbigo. Além do coco de mazuca, coreografia básica em que os participantes formam filas ou rodas e executam o sapateado característico das influências do toré indígena. Material pode ser acessado no canal do festival no Youtube, gratuitamente. A programação também inclui uma roda de diálogo com participação dos artistas do festival e brincantes do coco de roda. O cenário dessa conversa foi gravado no Sítio Cultural Caboclo, Zona Rural de Lagoa de Itaenga. Em atividade há 30 anos, o Grupo Cultural Caboclo, já coleciona cerca de 12 álbuns gravados de coco de roda, além de três álbuns de maracatu rural; e outros dois álbuns de viola e um álbum de ciranda. Ao longo de três décadas, a Família Caboclo, como também é conhecida, têm revigorado e disseminado a arte da cultura popular entre o público de todas as idades. A 1ª edição do Festival Caboclo é realizada com incentivo da Lei Aldir Blanc – PE, Secretaria de Cultura, Governo de Pernambuco e Governo Federal. A produção artística é da Amata Produção e Serafim Produção. Serviço O quê? 1ª edição do Festival Caboclo, na cidade de Lagoa de Itaenga – PE Quando? Segunda-feira, dia 31 de março Onde? Canal do festival no Youtube (https://www.youtube.com/c/GrupoCulturalCaboclo/videos ) Horário: 20h Classificação: livre

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Advocacia é tema de palestras virtuais em abril

O advogado e professor Almir Reis fará duas palestras virtuais, no início de abril. A primeira será nesta quinta-feira (01/04), às 15h, para alunos do curso de Direito da Faculdade Maurício de Nassau (Uninassau). Vai falar sobre desafios da área e suas experiências na advocacia. Também participará do debate o advogado e ex-candidato à Prefeitura do Recife, Carlos Andrade Lima (PSL). Já no próximo dia 07 de abril, a convite do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Almir fará a palestra de encerramento do 1º Seminário Online IBDP Jovem. No evento jurídico, o professor vai falar para mais de mil advogados sobre como empreender na advocacia, em tempos de pandemia. O evento virtual será transmitido ao vivo pela plataforma Zoom.

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Recife doa sistema de vacinação digital contra a covid-19

Enquanto o País registra aglomerações e longas filas para a vacinação contra a covid-19, no Recife a imunização acontece de forma fluida e rápida, o que permite a capital sair na frente e ampliar os grupos de vacinação contra a doença antes de outros municípios. A explicação está na aposta da gestão de investir em um processo 100% digital. Agora, o que já era bom exemplo, vai poder ser multiplicado. O prefeito João Campos anunciou a doação do sistema desenvolvido pela Prefeitura do Recife para o cadastro, agendamento e também atendimento nos centros de vacinação a todos os municípios de Pernambuco e do Brasil que queiram seguir os mesmos passos.“Desde o início da vacinação aqui no Recife, nós tomamos a decisão de fazer tudo de maneira digital:o cadastro, o agendamento e a validação de todas as informações quando a pessoa chega no centro de vacinação. Tudo isso é feito dentro de um sistema que foi desenvolvido pela nossa equipe aqui da prefeitura e agora a gente vai fazer a doação, através da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), do grupo Unidos pela Vacina, para qualquer município de Pernambuco ou do Brasil que desejar utilizar esse sistema”, anunciou João Campos. O prefeito destacou que a ajuda será dada de forma gratuita, para multiplicar forças no combate à doença. “Nós vamos fazer isso porque a tomada de decisão do gestor ela é muito mais segura e mais rápida se tiver mais informações acerca de determinado tema. Isso nos ajudou muito e a gente entende que tudo aquilo que dá certo a gente tem que multiplicar e tem que fazer chegar a quem precisa. Então, qualquer gestor do Brasil que desejar o nosso sistema, ele vai estar disponibilizado de forma gratuita para ajudar a vacinação no nosso País”, completou. O Recife foi a primeira capital do Nordeste e uma das primeiras do Brasil a iniciar a vacinação em diversos grupos prioritários, como aquele formado por idosos com 64 anos ou mais. Em um único dia, a capital pernambucana já alcançou a marca de 8,2 mil pessoas vacinadas, sem filas ou aglomerações. Até o momento, 198.445 pessoas foram vacinadas no Recife. Dessas, 62.874 receberam a segunda dose do imunizante e já concluíram o esquema vacinal. Todo o processo é feito através da plataforma Conecta Recife. Os recifenses, liberados ou não para a vacinação, podem realizar o cadastro através do site www.conectarecife.recife.pe.gov.br ou do app Conecta Recife, disponível gratuitamente na PlayStore, para Android, e AppStore, para quem utiliza o sistema iOS. Todas as pessoas cadastradas são notificadas quando o agendamento abrir para o grupo da qual elas fazem parte. Agendar é simples: basta escolher o local, data e horário da imunização e levar a documentação anexada no cadastro (documento oficial com foto e comprovante de residência no Recife) no dia do atendimento. CONSÓRCIO CONECTAR – O Recife integra o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras – Conectar, iniciativa liderada pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) para aquisição de imunizantes pelos municípios brasileiros, com o objetivo de reforçar o Plano Nacional de Imunização (PNI). A FNP é formada hoje por 412 municípios com mais de 80 mil habitantes, correspondendo a 61% da população do País e 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Ao todo, mais de 2 mil municípios fazem parte do grupo que busca a aquisição de vacinas junto aos laboratórios de todo o mundo.

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Camaragibe abre seleção com 49 vagas e salários de até R$ 3,4 mil

Do Portal de Prefeitura A Prefeitura de Camaragibe, através da Secretaria de Educação no uso de suas atribuições legais, realiza Processo de Seleção Pública destinado a contratação de 51 profissionais, sendo 44 (quarenta e quatro) professores e 07 (sete) motoristas, bem como cadastro de reserva, em regime especial de direito administrativo, sob a gestão da Secretaria Municipal de Educação de Camaragibe. A presente seleção reger-se-á pela legislação específica e disposições que integram o presente edital. Não haverá cobrança de taxa de inscrição para participação do certame. As inscrições vão de 30 de março a 6 de abril de 2021. Confira as vagas: Professor I- 32 vagas (2 para pessoas com deficiência), R$ 2.597,61 (Carga horária 20hs) Professor II- 7 vagas, R$ 3.376,89 (carga horária 40hs) Professor de Libras- 1 vaga, R$ 3.376,89 (carga horária 40hs) Professor de atendimento educacional especializado- 2 vagas, R$ 3.376,89 (carga horária 40hs) Motorista- 7 vagas, R$ 1.780,00 (carga horária 40hs) A inscrição será realizada no endereço eletrônico //seleção.camaragibe.pe.gov.br/educacao2021, no prazo estabelecido no anexo I deste Edital, obedecendo as seguintes etapas: 2.2.1 O (a) candidato (a) deverá realizar o login na plataforma através do endereço eletrônico //seleção.camaragibe.pe.gov.br/educacao2021, e preencher o Formulário de Inscrição, indicar o cargo e anexar toda documentação exigida neste Edital, no formato PDF ou imagens no tamanho máximo de 2 (megabyte) por arquivo. 2.2.2 É importante que no ato da inscrição o candidato esteja com a internet funcionando e toda documentação esteja digitalizada; 2.3 A inscrição do candidato implicará no conhecimento e na tácita aceitação das regras e condições estabelecidas neste Edital e em seus anexos, não podendo alegar desconhecimento. 2.4 Para fins de homologação da inscrição são exigidos cópias legíveis dos seguintes documentos: a) Documento de Identidade com foto (RG, CNH, CTPS); b) CPF regular; c) Certidão de Quitação Eleitoral; d) Comprovante de residência; e) Currículo obrigatoriamente no formato indicado no anexo VII deste Edital, devendo estar atualizado, sem constar a foto do candidato, rubricado (todas as páginas) e assinado (última página), contendo os itens: Dados Pessoais, Formação Acadêmica e Experiência Profissional, anexando todas as comprovações exigidas em conformidade com este Edital. A seleção terá validade de 12 (doze) meses, podendo ser prorrogada por igual período de acordo com a conveniência da Administração Pública.

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Jornalismo é essencial em situações de caos como a que vivemos.

Com a popularização desse oceano de notícias que é a internet não faltaram profetas do apocalipse da comunicação assegurando que o jornalismo estava com os dias contados. Afinal, agora, todo usuário da web passou a ser também um produtor de informação. Mas, o tempo e a Covid-19 mostraram que a essência do fazer jornalístico continua imprescindível. “Esse tipo de informação, verificada, de qualidade e contextualizada, vai ser sempre essencial, seja em que formato for”, garante Lívia de Souza Vieira, professora da Faculdade de Comunicação da UFBA (Universidade Federal da Bahia). “Em momentos de incerteza, os cidadãos procuram informações confiáveis e, no caso da pandemia, isso é mesmo uma questão de vida ou morte”, endossa a acadêmica que é doutora em Jornalismo pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e editora da newsletter Farol Jornalismo, que aborda pesquisas e tendências do setor. Neste momento em que a Algomais completa 15 anos, Cláudia Santos conversou com a especialista sobre as perspectivas do jornalismo, a viabilidade dos modelos de negócios para o setor e o uso das novas tecnologias. Durante a pandemia, houve um aumento da procura por informação jornalística e de assinantes. A senhora acredita que esse cenário positivo deve se manter? Como o jornalismo pode se destacar no imenso mar de informações da internet? Sim, houve um aumento da procura por jornalismo, ou seja, por informação confiável, durante a pandemia. Canais de TV, sites jornalísticos, bateram recordes de audiência em diversos países do mundo, inclusive aqui no Brasil. E não só de audiência, mas houve também um aumento do número de assinantes: o New York Times, por exemplo, ganhou 600 mil novos assinantes nos três primeiros meses de 2020. Isso compensou, em parte, a queda das receitas vindas da publicidade durante esse período. Esse cenário positivo mostra que o jornalismo é essencial em situações de caos como a que a gente está vivendo. Em momentos de incerteza, os cidadãos procuram informações confiavéis e, no caso da pandemia, isso é mesmo uma questão de vida ou morte. Eu acredito que a audiência pode até diminuir ou estagnar depois que a pandemia terminar (e reter essa audiência é um grande desafio para os veículos), mas como o jornalismo correspondeu muito bem a essa procura, pavimentou-se um bom caminho em direção ao aumento da credibilidade e da confiança, que são tão importantes nesses tempos de desinformação. O jornalismo pode se destacar não só produzindo informação de qualidade mas, também, criando estratégias de circulação dessas informações para que elas atinjam o maior número de pessoas. É importante não só a diversidade de pautas e assuntos mas, também, de profissionais e de fontes. Um veículo com profissionais negros, LGBTs, com necessidades especiais, vai também ser mais sensível a essas pautas. A diversidade tornou-se um tema imprescindível na pauta jornalística? Sim, não só diversidade de pautas e assuntos mas, também, diversidade de profissionais e de fontes. E uma coisa está relacionada à outra. Um veículo com profissionais negros, LGBTs, com necessidades especiais, vai também ser mais sensível a essas pautas e seus repórteres vão procurar especialistas que também representem essa diversidade. É um círculo virtuoso. O jornalismo nas periferias, por exemplo, tem crescido muito no vácuo que os grandes veículos deixaram ao longo dos anos por ignorarem ou estereotiparem essas comunidades. Qual o futuro do jornalismo local e como a senhora analisa a existência dos chamados “desertos de notícias”, lugares onde não há informação jornalística local disponível para as pessoas que vivem neles? A questão dos “desertos de notícias” impacta o jornalismo local e até a maneira de consumir informação no futuro, pois ela depende muito das condições de acesso. A qualidade da conexão de internet e a própria existência dela são fundamentais para como as pessoas vão se informar no futuro. No Brasil, cerca de 70% das pessoas têm acesso à internet, então ainda existem cerca de 47 milhões de brasileiros sem internet. Esse é um dado importante. Há ainda muitos “desertos de notícias” no Brasil, ou seja, municípios sem cobertura jornalística local. O último levantamento do Atlas da Notícia mostrou que os “desertos de notícias”, quando somados aos “quase desertos”, ainda atingem 29,6% da população brasileira. O que eu acho que vai sempre existir é a necessidade de fornecer ao cidadão informações que vão ajudar nas decisões do seu dia a dia, na sua vida em comunidade e na maneira como ele age em sociedade. Esse tipo de informação, verificada, de qualidade e contextualizada, vai ser sempre essencial, seja em que formato for. Analistas têm apontado que as pessoas estão demandando um jornalismo mais propositivo. O que a senhora acha dessa análise? O jornalismo de soluções, ou propositivo, tem ganhado força não por passar uma visão positiva dos fatos, mas por não encerrar a apuração no fato em si, na tragédia. A ideia é contextualizar, de maneira a apresentar ao leitor as soluções possíveis para determinado problema. Pesquisas têm mostrado que as pessoas estão cada vez mais evitando as notícias (news avoidance), porque elas as deixam tristes, ansiosas e mal-humoradas. Estamos vendo isso acontecer nesta pandemia. Então, o que o jornalismo de soluções procura fazer é apresentar caminhos possíveis, não de maneira romântica ou ilusória, mas de modo a contextualizar os diferentes cenários, comparar com outros, para trazer uma visão mais holística do problema relatado. Assine a Revista Algomais e leia a entrevista completa na Edição 180.5: assine.algomais.com

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Cinemateca Pernambucana promove Mostra Ciclo do Recife

Quem quiser conhecer mais sobre o Ciclo do Recife (1923-1931), pode acessar a mostra que a Cinemateca Pernambucana disponibiliza no seu portal on-line. São cinco filmes do ciclo, quatro documentários e uma ficção sobre um dos mais importantes períodos do cinema pernambucano. Tudo gratuito no www.cinematecapernambucana.com.br “A ideia dessas mostras que estamos montando a partir do nosso acervo é de levar ao público um maior conhecimento sobre a história, riqueza e diversidade do cinema produzido em Pernambuco” explica Ana Farache, Coordenadora do Cinema e da Cinemateca Pernambucana da Fundação Joaquim Nabuco. Para ela, é gratificante poder oferecer filmes de qualidade e que contam os primórdios do cinema feito no estado, para as pessoas assistirem na segurança de casa, durante este período duro da pandemia pela Covid-19. A programação da mostra conta com dois clássicos completos, Aitaré da Praia (1925) e A Filha do Advogado (1926), além de Retribuição (1924), Jurando Vingar (1925) e Revezes (1927), com versões incompletas, já que não existem mais a versão original toda recuperada. A seleção disponibiliza ainda quatro documentários com depoimentos e histórias do Ciclo, além de uma ficção poética sobre o período. O Ciclo do Recife – O ourives Edson Chagas, o gravador Gentil Roiz e o estudante de engenharia Luís de França Rosa (que adotaria o nome artístico de Ary Severo), fãs do cinema americano, se conhecem e fundam a Aurora Film, na rua de São João, 485, no bairro de São José. Nascia então, em 1923, o Ciclo do Recife que produziria treze longas. O Ciclo acaba em 1931 com a chegada do cinema falado, com os filmes americanos de som sincrônico, técnica ainda não dominada pelos realizadores pernambucanos na época. Programação completa Filmes do Ciclo do Recife Retribuição Categoria: Ficção Direção: Gentil Roiz Ano: 1924 Duração: 30 min Sinopse: A história da mocinha que recebe do pai moribundo um mapa do tesouro e, auxiliada pelo galã, enfrenta os bandidos, também dispostos a colocar a mão na fortuna. Jurando Vingar Categoria: Ficção Direção: Ary Severo Ano: 1925 Duração: 49 min Sinopse: O plantador de cana Júlio Serra se apaixona por Berta, uma moça que trabalha em um bar. Aitaré da Praia Categoria: Ficção Direção: Gentil Roiz Ano: 1925 Duração: 60 min Sinopse: A história de amor, encontros e desencontros entre Aitaré, um jangadeiro, e Cora, uma moça da aldeia. A Filha do Advogado Categoria: Ficção Direção: Jota Soares Ano: 1926 Duração: 90 min Sinopse: O advogado Dr. Paulo Aragão, antes de seguir viagem para a Europa, pede ao seu amigo Lúcio que traga para a capital Heloísa, sua filha biológica que mantinha em segredo. Após começar um discreto namoro com Lúcio, ela e sua mãe vão ter que enfrentar a ganância de Helvécio, também filho do Dr. Paulo Aragão, e Gerôncio, o empregado. Revezes Categoria: Ficção Direção: Chagas Ribeiro Ano: 1927 Duração: 48 min Sinopse: Jacinto, dono de uma próspera fazenda, é um homem mau, soberbo e violento. Seu filho, também perverso, procura conquistar Célia, filha do vaqueiro Augusto, mas ela gosta de Carlos, filho do vaqueiro Anselmo. Documentários sobre o Ciclo do Recife História de Amor em 16 Quadros por Segundo Categoria: Documentário Direção: Fernando Spencer e Amin Stepple Ano: 1998 Duração: 13 min Sinopse: Documentário sobre o Ciclo do Recife (1923/1931), com depoimentos de Ary Severo, Jota Soares, Gentil Roiz e Pedro Neves. Almeri & Ari Ciclo do Recife e da Vida Categoria: Documentário Direção: Fernando Spencer Ano: 1979 Duração: 10 min Sinopse: Documentário sobre os pioneiros Ary Severo (diretor, argumentista, ator e roteirista) e Almery Steves, sua esposa (atriz de quatro famosos filmes do Ciclo do Recife: Retribuição, Aitaré da Praia, Destino das Rosas e Dança, Amor E Ventura). Ciclo do Recife Categoria: Documentário Direção: Massangana Produções Ano: 2002 Duração: 12 min Sinopse: Documentário sobre o Ciclo do Recife, ocorrido nos anos 20, com imagens de filmes da época e depoimentos de Alexandre Figuerôa. Almery, A Estrela Categoria: Documentário Direção: Fernando Spencer Ano: 2007 Duração: 8 min Sinopse: Documentário sobre a primeira atriz pernambucana Almery Steves, que atuou em quatro dos famosos filmes do Ciclo do Recife. Ficção sobre o Ciclo do Recife Estrelas de Celuloide Categoria: Ficção Direção: Fernando Spencer Ano: 1986 Duração: 14 min Sinopse: Uma visão poética de um chá, reunindo cinco estrelas do Ciclo do Recife: Almery Steves, Marina Marrocos, Guiomar Teixeira, Rilda Fernandes e Mazil Jurema.

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