2021 - Página 136 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

Mulheres em busca do seu protagonismo

Yelitza Flores e Keila Ramirez são duas mulheres venezuelanas que saíram de seu país de origem para tentar uma vida melhor no Brasil. Após passar por diversas dificuldades neste novo país, dormirem na rua e terem dias de não ter o que comer, elas tiveram a chance de se reconstruírem. Por meio do Projeto Reinventar, promovido pela BRK Ambiental, elas puderam se reencontrar com suas famílias e se reinserirem socialmente, além de terem acesso a uma formação como encanadoras. Ambas encontraram no curso, uma oportunidade de mudar de vida e investir em uma nova profissão. Ao fim da capacitação, as duas foram contratadas pela BRK Ambiental, empresa que desenvolve um trabalho de inclusão social para pessoas em situação de vulnerabilidade, como é o caso das refugiadas venezuelanas. Abandonando a antiga vida, Yelitza e Keila, tiveram a chance de recomeçar, e o melhor, junto com as suas famílias. “Chegamos no Brasil há dois anos, pela fronteira de Roraima. A crise na Venezuela estava muito grande, mas por muito pouco não retornamos para lá, pois também foram muitas as dificuldades encontradas no Brasil. Fiquei cinco meses morando na rua e comendo quando dava. Não era essa vida que eu queria nem para mim e nem para meu neto ”, explica Yelitza, que era cozinheira em seu país de origem. Yelitza e Keila seguem com um emprego fixo, melhor qualidade de vida e a família por perto e, muito em breve, mais venezuelanas formadas pelo Projeto Reinventar devem se juntar à família BRK. Elas são exemplos de força e superação, como o de tantos outros imigrantes que lutam por uma vida digna, um futuro melhor, trazendo à tona a esperança de um mundo mais diverso, inclusivo e justo. Para a gerente de operações, Renata Samuel, foi muito impactante saber que mulheres com filhos e famílias estavam vivendo em situações tão adversas. “A história de vida dessas mulheres foi muito impactante para todos nós. É um exemplo inspirador para outras mulheres que desejam encontrar seu protagonismo”. Dentro da BRK, na nossa cidade, no nosso país e no mundo, existem diversas mulheres com histórias inspiradoras. As mulheres são a força do mundo. Mulher é grandeza. É distinção. É realmente um ser ímpar. Ser mulher é fazer parte de uma história de luta e de conquista.

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Dia Internacional da Mulher: conheça profissão em que as mulheres são maioria

Hoje é comemorado o Dia Internacional da Mulher. A passagem da data faz a sociedade refletir sobre as principais lutas e conquistas das mulheres ao longo da história, como a igualdade de direitos e, sobretudo, a presença no mercado de trabalho. Atualmente é possível encontrar mulheres atuando em áreas onde antes predominavam os homens. Entretanto, ainda existem determinadas funções em que as mulheres são maioria e há pouco espaço para o público masculino. Neste sentido, a lista de profissões é extensa. Há inúmeros exemplos que abrangem desde a área de saúde (técnicas de enfermagem, psicólogas, fonoaudiólogas, terapeutas), educação (professoras, bibliotecárias, recepcionistas, pedagogas), moda (costureira, modelos, produtoras de moda), estética (depiladoras, manicures, cabeleireiras) e cuidados em geral (empregadas domésticas, babás, cuidadoras de idosos). Uma profissão em que as mulheres desempenham com destaque é a de cerimonialista. Há as cerimonialistas de festas e eventos e as que atuam em cemitérios. No caso das cerimonialistas fúnebres, a sensibilidade feminina para lidar com clientes em processo de luto faz toda a diferença. “Não sei se consigo expressar todo o meu sentimento, no momento em que estou ao lado de pessoas enlutadas, no meio a tanta dor. Sinto uma paz interior que precisa ser dividida com aqueles que sofrem. Encontro palavras que muitas vezes não sei de onde vêm e quando vejo já estou sendo agradecida por elas”, destaca a cerimonialista fúnebre da Funerária, Cemitério e Crematório Morada da Paz, Marleide Freitas. Antes de trabalhar no Morada da Paz, Marleide conta que tinha pouco conhecimento da profissão de cerimonialista fúnebre. “Em 2009 fui a uma cerimônia de cremação de um vizinho e, em 2016, à cremação de um cunhado, mas foi justamente em julho de 2019, no velório de uma amiga que, assistindo a homenagem da cerimonialista Luciana Trindade, hoje minha colega de trabalho e de função, fiquei emocionada e me vi naquele lugar. Não sabia explicar a sensação e no momento do sepultamento com mais algumas palavras dela, fiquei paralisada com tanto carinho dedicado aos familiares e amigos”, recorda. Depois que começou a atuar como cerimonialista, ela ressalta que aprendeu várias lições e que a cada dia aprende mais uma. “Posso dizer que olhar no olho do enlutado e dizer ‘eu entendo a sua dor’ é algo muito forte para mim. Aprendi que não é saber da dor do outro, ninguém pode saber quanto e como o outro está sofrendo, mas é entender esse sofrimento”, fala. “Aprendi também que muitas vezes o silêncio fala mais que muitas palavras, que um olhar diz mais que um abraço e que a falta de um abraço (como nesses tempos da pandemia) pode deixar marcas para toda vida”, afirma. A vida de Marleide Freitas mudou muito e sua visão de luto também. “Ainda vivo um luto que me faz muito triste, mas hoje consigo trabalhar esse luto de maneira mais tranquila, sei que ele faz parte da minha vida e do meu processo evolutivo como ser humano”, confessa. “O que me motiva a trabalhar é saber que alguém precisa ser cuidado, em especial naquele dia. É saber que você pode ajudar a transformar um dia de dor em um dia de boas lembranças e fazer pelo outro o que você gostaria que fizessem com você”, sentencia a cerimonialista fúnebre do Morada da Paz.

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Círculo dançante e terapêutico para mulheres neste mês de março

Em trajetória permeada por duas linguagens que se atravessam e se complementam, sendo a Dança e a Iluminação, a empreendedora, artista e iluminadora cênica Natalie Revorêdo tem trilhado seus fazeres artísticos por lugares que promovem o resgate do protagonismo feminino e a incessante afirmação da presença do corpo-mulher em espaços ainda majoritariamente masculinos. É a partir do costurar de vivências individuais e coletivas ao longo dos 12 anos estudando e experenciando Dança, desde a graduação na UFPE até hoje, e dos últimos 8 anos iluminando palcos cênicos País afora, que Natalie vem desenvolvendo a pesquisa “Moveres do CorpoLuz”. Enxergando o corpo como uma potente ferramenta de ação política, revolucionária e afetiva, um dos pilares de sua pesquisa é a facilitação de círculos de mulheres com o intuito de fortalecer o coletivo através da escuta, da fala, da dança, do empoderamento e do entrelaçamento das mais plurais narrativas femininas. O próximo círculo de mulheres a ser facilitado por Natalie é o “Moveres do CorpoLuz – II Jornada Dançante ao Coração”, que terá a sua segunda edição nos próximos dias 15, 16, 17 e 18 de março (segunda a quinta-feira), das 16h às 18h, via a plataforma online Zoom, com acesso livre e gratuito mediante inscrições no site: https://linktr.ee/natalieCorpoLuz. O projeto “Moveres do CorpoLuz – II Jornada Dançante ao Coração” foi contemplado pelo Edital Formação e Pesquisa – Linguagem da Dança, da Lei Aldir Blanc PE. Em tempos de pandemia, quando as interações estão cada vez mais raras devido ao necessário isolamento social, os encontros virtuais serão uma oportunidade para trocas afetivas, acolhimentos, fortalecimento e cura coletiva por meio da dança intuitiva, de práticas meditativas, de exercícios corporais diversos, interpretações do Oráculo das Deusas e das Cartas do Caminho Sagrado, entre outras dinâmicas. A idealizadora e facilitadora Natalie Revorêdo explica que a vivência dançante terapêutica está aberta para todas as mulheres com idade acima de 18 anos (cis, trans, mães, gestantes, diversas), experientes em Dança ou não, basta escutarem o coração e estarem dispostas à partilha. Os quatro encontros serão guiados pelos ritmos e energias lunares. “A vivência Moveres do CorpoLuz – II Jornada Dançante ao Coração é uma fragmentação de toda essa minha pesquisa que tem o corpo como intersecção de somatórios, onde tudo o que atravessa, integra e ancora enquanto potência se torna mover desse corpo. ‘CorpoLuz’ são os corpos que atravessam esses lugares, são todas as mulheres que estão ali presentes em círculos virtuais ou não, corpos que despertam para si na sua potência física, amorosa, espiritual, psicológica, nas suas vulnerabilidades. O olhar para si é revolucionário, já é vencer o patriarcado, já é quebrar as correntes que nos prendem. Ter consciência dos nossos moveres e dos nossos quereres, destinar um tempo para cuidar da matéria e do emocional, já é uma grandiosidade. Temos na história das nossas mulheres massacres, violências domésticas, psicológicas e emocionais tão fortes. Então trazer esse círculo dançante e terapêutico com mais presença para mim é curar as nossas mulheres. É o momento de viver uma tenda da lua, onde todas são convocadas a cuidarem de si em uma ciranda de mulheres sábias. São sementes que eu jogo, possibilidades de caminhos, mas quem realiza a trilha são elas”, ressalta Natalie Revorêdo. Sobre Natalie Revorêdo – Mulher, latino-americana, recifense, empreendedora, artista da Dança, formada em Massoterapia e Reiki, graduada em Licenciatura em Dança pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), iluminadora cênica e performer. Atua na área artística de maneira integrativa e curiosa, entendendo o corpo como a manifestação plural do existir. Sua pesquisa abraça os campos da dança, performance, iluminação, dança intuitiva, práticas terapêuticas, empreendedorismo feminino e o corpo como potência de criação. Idealizadora do Circuito de Lives “Corpo Mulher em Jornada”, promove conversas online de partilhas sábias com mulheres, assim como a vivência terapêutica “Moveres do CorpoLuz – Jornada Dançante ao Coração”, costurando narrativas femininas e coletivas em plataformas virtuais. Integrante do Farol Ateliê da Luz, do Coletivo Nativa e da Coletiva Rua das Vadias, Natalie Revorêdo tece as diferentes trajetórias como elo de comunicação e potência, o que a proporciona um estudo investigativo mais aprofundado para sua pesquisa “Moveres do CorpoLuz”, assim como seu protagonismo e poder de atuação no organismo criativo, sentindo o respirar poético-sensível da iluminação como semente expansiva de criação e da dramaturgia da luz. A empreendedora também ministra oficinas de Iluminação, onde dilata a importância da representatividade do corpo-mulher na área técnica artística, facilitando círculos femininos, como: “Iluminação Cênica para Mulheres – Empoderamento dos termos técnicos na prática artística”, “CorpoLuz semente de Criação” e “Mulheres na Jornada da Luz”, campo destinado ao labirinto fértil do ser mulher em busca de si. SERVIÇO – “MOVERES DO CORPOLUZ – II JORNADA DANÇANTE AO CORAÇÃO” Datas: 15, 16, 17 e 18 de março de 2021 (segunda a quinta-feira) Horário: 16h às 18h. Público: mulheres diversas com idade acima de 18 anos. Atividade: vivência dançante e terapêutica para mulheres. Facilitadora e idealizadora: Natalie Revorêdo, empreendedora, artista da Dança e iluminadora cênica. Acesso: gratuito. Inscrições: https://linktr.ee/natalieCorpoLuz Vagas: 20.

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Mês da mulher celebra conquistas, mas aponta um abismo de desigualdades

*Por Lu Bazante Estamos começando março, o mês em que se comemora o dia das mulheres. Apesar de muitas conquistas, a mulher ainda tem uma longa maratona de conquistas pela frente. Desigualdade salarial, machismo, diferença na cobrança dos afazeres domésticos, menor possibilidade de ascensão hierárquica…são apenas alguns dos obstáculos que a profissional do sexo feminino precisa driblar em meio a essa corrida. O machismo, aliás, é a raiz desses obstáculos e é um tipo de preconceito, que expresso por opiniões e atitudes, favorece os direitos do gênero masculino em detrimento ao feminino. Na prática, ele pode passar por julgar a mulher como inferior ao homem em aspectos físicos, intelectuais e sociais, mesmo que inconscientemente. E por que inconscientemente? É que o pensamento machista está estruturado em nossa cultura e faz relativamente pouco tempo que tem sido discutido. Com o passar das décadas e as mudanças sociais, as mulheres tiveram mais oportunidades de escolhas. Aquela que antes se detinha aos afazeres domésticos, casamento e filhos, passou a ter um número maior de opções em sua vida. Não se trata de uma mulher querer o lugar de um homem, mas de que essa mulher tenha igualdade de acesso a esse lugar que escolher. Até hoje, algumas pessoas pensam que as mulheres não podem assumir atividades que antes eram consideradas apenas masculinas, mesmo que não expressem verbalmente. Mas o cenário que vivemos comprova esse pensamento: Quantas mulheres caminhoneiras você já viu ou quantas mulheres são diretoras de grandes organizações? Agora, compare esse número com a quantidade de homens que já viu nas mesmas atividades. Percebe? A sociedade em que vivemos ainda é, em sua estrutura, machista, o que é possível comprovar observando as desigualdades de direitos entre homens e mulheres, seja nos altos índices de assédio, violência, estupro, objetificação da figura da mulher, diferença salarial, entre outros exemplos. É importante aproveitar todas as oportunidades para conversar e promover o diálogo respeitoso sobre o tema, entendendo que é importante dar voz àquelas que são oprimidas por esse preconceito e tanto têm a dizer. Também é importante igualmente discutir esse tema na formação dos lares e sistema educacional, além de construir na mulher a percepção sobre sua própria capacidade. De tanto escutar que as mulheres não são apropriadas para certas atividades, os pais acabam repetindo esse discurso para as próximas gerações. De tanto escutar que não podem assumir certas atividades, algumas mulheres acabam se conformando com aquilo que a sociedade julga que é melhor para elas e, muitas vezes, se vê apenas na condição de pessoa frágil e sem opções. Que possamos cada vez mais construir esses espaços de diálogo e desconstrução do machismo, proporcionando igualdade de direitos e, acima de tudo, vidas saudáveis e felizes para as mulheres. Que, igualmente, possamos construir espaços para que essas mulheres entendam que podem fortalecer a sua mente, de maneira a alcançar seus objetivos. Existem métodos diversos que podem ajudá-las a conhecer sobre si, fortalecer a sua mentalidade a aprender a traçar seus objetivos, aliando processos terapêuticos, como terapia convencional, psicanálise ou hipnoterapia, com apoio profissional em paralelo para melhorar o seu desempenho, usando mentorias ou processos de coaching. É possível, mas precisamos manter o tema em pauta. Feliz mês das mulheres! *Lu Bazante é coach e palestrante, especialista em Gestão da Qualidade e Produtividade, Auditora-líder em ISO 9001, practioner em PNL.

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Fórum de debates coloca em pauta a liderança em tempos desafiadores

O Instituto Fecomércio-PE e o Sebrae/PE, em parceria com o Senac-PE, iniciam o ciclo do Fórum de Debates 2021 com o tema “Liderando em Tempos Desafiadores”. O evento acontece amanhã (9), às 17h, e será interativo, aberto a perguntas dos internautas, através da plataforma de transmissão ao vivo Zoom. O palestrante e master coach Jairo Martiniano vai falar sobre os desafios do líder moderno e como gerir um time, sem deixar de acolher. “O gestor moderno precisa estar preparado primeiro para o autoconhecimento e depois para liderar seus times. Neste momento difícil que nós estamos passando, é importante que ele saiba acolher, ter uma escuta ativa e sensibilidade com as pessoas, reconhecer se elas estão preocupadas ou tensas”, explica Jairo Martiniano. O palestrante ressalta que, entre as atribuições de um líder, está a empatia assertiva. “Acima de tudo, ele tem que ser solidário. Hoje, estamos falando de uma liderança solidária, que apoia, ajuda e entende. Uma liderança mais empática”, reflete. Entre os desafios de um líder atual, Martiniano destaca a transformação das relações em resultados e a gestão da reputação. Para ele, é importante que o gestor mantenha coerência entre a imagem de como ele quer ser visto e como ele cuida dessa apresentação para os outros. “Manter a coerência entre o que falo e o que eu sou”, ressalta. A diretora executiva do Instituto Fecomércio-PE, Wilma Fonsêca, reforça a necessidade da capacitação dos gestores neste momento: “O tema é bem sensível ao momento que estamos vivendo. O Fórum de Debates sempre é focado no fortalecimento do empresariado. Nosso objetivo é capacitar a gestão, manter informado sobre o cenário e trabalhar esse olhar mais humano na liderança”, finaliza Wilma. As inscrições podem ser feitas no site da Fecomércio-PE http://fecomercio-pe.com.br/ e são gratuitas. Ao final do Fórum de Debates, os participantes concorrem a uma palestra do master coach Jairo Martiniano. Mais informações pelo telefone (81) 3231-6175 ou (81) 3231-5393.

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7 fotos dos lugares da Revolução de 1817 antigamente

A Data Magna de Pernambuco, 6 de março, é uma homenagem à Revolução de 1817. A coluna Pernambuco Antigamente publica hoje uma série de fotos antigas de lugares onde aconteceram fatos importantes do movimento que separou temporariamente o Estado do Brasil. As imagens não são da época, mas do início ou meados do século 20, do acervo da Villa Digital e da Biblioteca do IBGE. A atual Praça da República, local onde está o Palácio do Governo, abrigava em 1817 o Erário Público, que foi tomado pelos revolucionários. Foi nesta praça também onde foram expostos os corpos dos líderes do movimento após a sua queda, como do padre João Ribeiro Pessoa. (Foto do Acervo Josebias Bandeira, Fundaj, datada de 1911) . O Forte das Cinco Pontas é o local onde foram presos 150 homens nos dias da Revolução. De acordo com informações no site do Museu da Cidade do Recife “No ano de 1817, o forte passou a abrigar a sede do quartel General Militar. Na revolução republicana de Pernambuco, 150 homens foram presos no forte e em 1825 ao lado do forte foi arcabuzado por ordem de D. Pedro I, imperador do Brasil, o frade carmelita Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, mártir e herói da Confederação do Equador”.  (Biblioteca do IBGE) .  O Forte do Brum foi o local onde o então governador de Pernambuco, Caetano Pinto, se refugiou para resistir à Revolução de 1817. Sem condições de resistir, ele deixou o local e foi forçado a embarcar para o Rio de Janeiro. (Acervo da Biblioteca do IBGE, foto de 1957) . Na foto abaixo o Seminário e Igreja de Nossa Senhora da Graça, o Seminário de Olinda, que foi fundamental para formação dos ideiais da revolução. De acordo com Leonardo Dantas “Em todas as revoluções liberais, particularmente nas de 1817 e 1824, a voz do clero de Olinda se fez presente, como observa Oliveira Lima nos comentários ao livro do monsenhor Muniz Tavares: A revolução de 1817 pode quase dizer-se que foi uma revolução de padres, pelo menos constituíram o seu melhor elemento, o que mais provas deu de sinceridade, de isenção, e de devotamento, aqueles onde se recrutaram com poucas exceções, seus dirigentes”. (Imagem da Biblioteca do IBGE) . O nome da Praça Dezessete é uma homenagem à Revolução de 1817. No local estava o antigo Palácio do Governo em 1817, na época sob o comando de Caetano Pinto.  . A Ponte Maurício de Nassau era a única travessia construída em 1817 que ligada o Bairro do Recife ao Bairro de São José. Houve uma tentativa de destruí-la na ocasião para isolar os revolucionários. . A Capela de Nossa Senhora da Conceição, na Praça da Jaqueira (Foto da Fundaj), foi o local onde se casou um dos líderes da revolução Domingos Afonso Ferreira com Maria Teodora, filha do comerciante Bento José da Costa. . Confira também um vídeo que a Algomais produziu na ocasião do Bicentenário da Revolução de 1817, sobre uma Caminhada Domingueira temática.   *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Frei Caneca: Morte e vida de um herói e mártir

Naquele 13 de janeiro um herói pernambucano inscreveria seu nome na história do Brasil. Desde cedo estava armado o triste espetáculo da demonstração de força pela forca. O cadafalso estava em frente ao Forte das Cinco Pontas, escancarado, para que todos o vissem. O condenado era um religioso despojado dos seus trajes sacerdotais. Era um tempo de poder incontrastável mas, mesmo assim, três carrascos, homens acostumados a exterminar outros, se recusaram a enforcá-lo. Os militares, então, diante da desobediência dos verdugos, ordenaram que fosse formado um pelotão de arcabuzamento. Só para lembrar aos mais esquecidos, arcabuz era, digamos, o equivalente ao fuzil de hoje. Teria ocorrido ao comandante da execução que, ao fim, o espetáculo teria mais impacto, já que haveria a tenebrosa sonoplastia dos disparos? O fato é que cessados os estampidos, o corpo foi colocado à porta de um templo carmelita existente no centro do Recife, em seguida recolhido pelos religiosos e enterrado em local até hoje e talvez para sempre, desconhecido.O muro onde ele foi arcabuzado, no entanto, testemunha insensível daquele momento, continua lá, fazendo companhia a um busto do herói. A descrição do próprio condenado mostra como ocorriam as coisas no Brasil colonial. “No dia 20 fui eu conduzido perante o assassino tribunal da comissão de que eram membros o general Francisco de Lima e Silva, presidente (viria a ser o pai do Duque de Caxias); juiz relator Tomás Xavier Garcia de Almeida; e vogais, o coronel de engenharia Salvador José Maciel, o tenente-coronel de caçadores Francisco Vicente Souto; o coronel de caçadores Manuel Antônio Leitão Bandeira; o conde de Escragnolle, que foi o meu interrogante.” Nascido a 20 de agosto de 1779, naquele 13 de janeiro de 1825 a vida de Joaquim da Silva Rabello ou Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, ou ainda Frei Caneca, como passou ao panteão dos grandes heróis brasileiros, chegara ao fim. Veja-se, porém, como ele viveu. Frei Caneca foi um religioso, político, professor e jornalista implicado em movimentos em sua maioria para libertação do jugo português. Para atingir seu objetivo, ele empenhou sua inteligência e seu destemor, constituindo-se um dos principais líderes da Revolução Pernambucana (1817), que proclamou uma República e organizou o primeiro governo independente na região; e da Confederação do Equador (1824), isto sem falar de sua atuação destemida à frente do combativo jornal ”Typhis Pernambucano”, o que lhe valeu, nos autos do processo, a classificação de “escritor de papéis incendiários”. O primeiro número do jornal circulou em 25 de dezembro de 1823, denunciando o despotismo do poder central e conclamando os pernambucanos à revolta. Tornou-se a trincheira de Frei Caneca até à liquidação da Confederação. De grande erudição, ele foi também professor de retórica, geometria e filosofia racional e moral. Além disso, foi conselheiro do exército republicano do sul, e com a derrota do movimento foi preso e transferido para Salvador, Bahia, onde passou quatro anos preso, tempo em que se dedicou à redação de uma gramática da língua portuguesa. De volta ao Recife, esteve implicado no chamado movimento de Goiana, uma sedição emancipacionista com o apoio dos principais proprietários da Mata Norte e algodoeira da província. Naqueles dias, um exército de milícias rurais e da tropa de primeira linha marchou contra o Recife, porém sem ocupar a cidade. Não foi só. Apoiou a formação da primeira Junta Governativa de Pernambuco, presidida pelo comerciante Gervásio Pires Ferreira e depois participou da Junta dos Matutos, que substituiu a junta gervasiana, tempo em que se deu o seu efetivo ingresso na liça ideológica, mas foi na Confederação do Equador que se revelou uma das suas mais marcantes atuações. Nos primórdios não podia ser considerado separatista, já que buscava a preservação do “status” conquistado pelo Brasil no interior do império lusitano. No Nordeste, contudo, onde a Independência já começara com uma disputa entre colônia e metrópole com a diferença de que esta última já não estava em Lisboa mas no Rio de Janeiro, a situação exigia soluções diferentes. Então, com Cipriano Barata, também um dos líderes, deu uma feição claramente definida à Confederação, como um movimento republicano e separatista, ressaltando que seus argumentos para tal não se dirigiam ao imperador, mas contra o que considerava a vocação autoritária de José Bonifácio. Após o Sete de Setembro, o acirramento da luta entre José Bonifácio e os liberais da Corte havia levado à censura da imprensa, com o fechamento de jornais e o atentado contra o diretor da “Malagueta”, e à prisão de mais de 300 indivíduos, os mesmos que se haviam batido pela independência desde a partida de D. João VI. Havia outras razões de insatisfação, tais como as exigências do erário fluminense, o projeto de Constituição divulgado pelo Correio Braziliense em setembro de 1822, a criação do batalhão de suíços, a fundação do Apostolado, a instituição da Imperial Ordem do Cruzeiro, esta vista como o clube dos aristocratas servis, prossegue o historiador Evaldo Cabral de Melo. Com seu descortino, partilhava suas ideias republicanas e frequentava a Academia do Paraíso, um dos centros de reunião daqueles que, influenciados pela Revolução Francesa e pela Independência dos Estados Unidos, conspiravam contra o colonizador. A respeito de Frei Caneca disse o já citado historiador: “O homem que, na história do Brasil, encarnará por excelência o sentimento nativista era curiosamente um lusitano “jus sanguinis” ou, em outras palavras, era considerado cidadão português, já que vigia um preceito de nacionalidade que atribuía a uma pessoa a mesma cidadania dos seus pais, que eram portugueses. Seria, além de tudo, crime de traição? Permita uma divagação: você sabe por que o nome Caneca? Uns dizem que era homenagem ao seu pai, que fabricava vasilhames e, obviamente canecas, enquanto outros afirmam que se deve ao fato de que, de família muito pobre, quando menino vendia canecas pelas ruas do Recife. No livro Cem anos de solidão, o coronel Aureliano Buendía promoveu 32 revoluções armadas e perdeu todas, absolutamente todas. Diferentemente do personagem da ficção de Gabriel Garcia Márquez, na realidade, apesar de imolado Frei Caneca foi vencedor.

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Cipriano Barata: um revolucionário em nome da liberdade

Para a maioria, liberdade é o poder de o cidadão exercer a sua vontade, sua autonomia e espontaneidade. De certa forma, pois, a liberdade é utópica, posto ser questionável que os indivíduos tenham, verdadeiramente, a liberdade que pensam ter, especialmente nas sociedades modernas e suas mídias avassalantes. Já a liberdade de expressão, especificamente, é a garantia que permite ao indivíduo expressar livremente suas opiniões e crenças sem impedimentos, isoladamente ou em grupo, dentro dos limites da lei. Não era esse, no entanto, o entendimento vigente no Século 19. Expressar-se, tácita ou explicitamente, pela separação de Portugal tinha como corolário o esquartejamento. Mesmo assim, um homem chamado Cipriano Barata fez da pena a sua lança na Revolução Pernambucana de 1817. Cipriano José Barata de Almeida foi um liberal combativo que, iluminado pelas luzes da Revolução Francesa, movimentou a opinião pública para defender a ideia de um Brasil independente de Portugal, o fim da monarquia e da escravidão. Era tão comprometido com a causa, que graduado em medicina na Universidade de Coimbra, ficou na história como um dos mais atuantes jornalistas políticos do Primeiro Reinado. De fato, ele foi incansável, na Revolução Pernambucana de 1817, o único movimento político que a partir de 1140 afrontou vitoriosamente o reino português. Tratava-se da mais radical ruptura com a monarquia, pondo em prática os princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e deitando por terra o suposto direito divino que a nobreza se atribuía. Por falar em direitos, para assegurar condições mais humanas aos presos políticos, ele fundou comitês de solidariedade. Crítico e contestador, Cipriano Barata foi em 1821 deputado pela província da Bahia às Cortes de Lisboa, mas não se furtava a defender publicamente a separação de Portugal. Por conta disso, regressando da Corte foi impedido de desembarcar em Salvador, vindo, então, para o Recife, onde iniciou sua atividade jornalística no Aurora Pernambucana, o primeiro jornal do Estado. Dois anos depois fundou seu próprio periódico, o Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco, posicionado a favor das ideias republicanas e da autonomia das províncias. Incansável, organizou, embora dela não haja participado diretamente, a Confederação do Equador, mais um grande movimento revolucionário, de caráter separatista e republicano ocorrido em Pernambuco. E continuou a escrever, nomeando, com grande engenhosidade, seus jornais, como Sentinela da Liberdade, no entanto variando o final do título de acordo com o local em que estivesse. Em 1830, voltou para a Bahia, onde publicou o Sentinela da Liberdade na Guarita do Quartel-General de Pirajá, e em seguida abandonou as atividades políticas. Em 1836 e foi morar em Natal, passando a ser professor de francês, e, por fim, encontrou sua definitiva e inalienável liberdade. Morreu dois anos depois, aos 76 anos de idade. *Por Marcelo Alcoforado Publicado no 06/06/2018

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Recife abre vacinação contra covid-19 para idosos de 73 e 74 anos

Da Prefeitura do Recife A Prefeitura do Recife avança em mais uma etapa do Plano Recife Vacina e amplia a faixa etária de idosos que podem receber a proteção contra a covid-19. A partir das 18h desta sexta-feira (5), pessoas com 73 e 74 anos podem agendar através do Conecta Recife o dia, hora e local para tomar a vacina. A imunização dessa nova faixa etária já começa neste sábado (6). “Hoje (5), a partir das 18h, os idosos com 73 e 74 anos de idade poderão fazer o agendamento e, a partir de amanhã (6) pela manhã, já poderão ser vacinados. Você que conhece alguém que tenha 73 ou 74 anos, ajude esta pessoa a fazer o agendamento e poder ir a um centro de vacinação ou drive-thru”, explicou o prefeito. “O Brasil passa hoje pelo momento mais difícil desde o início da pandemia. Pernambuco tem 95% dos leitos de UTI ocupados. E isso não é um número. É uma realidade dura que precisa ser compreendida e o trabalho não pode parar. Nós estamos abrindo novos leitos, mas a forma efetiva de vencer a pandemia é com a vacinação”, acrescentou. O agendamento deve ser realizado através do site www.conectarecife.recife.pe.gov.br ou do app Conecta Recife, disponível gratuitamente na PlayStore, para Android, e AppStore, para quem utiliza o sistema iOS. No ato da marcação, é preciso anexar comprovante de residência e o documento da identificação oficial. Esses mesmos documentos devem ser levados no dia da vacinação. Caso a pessoa seja acamada, é possível sinalizar a condição marcando a opção disponível durante o cadastro para, dessa forma, receber a visita domiciliar de uma das equipes volantes da Secretaria de Saúde. A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Saúde, disponibiliza ao todo 16 pontos para a vacinação. Os drive-thrus ficam no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), na Tamarineira; Parque de Exposição de Animais, no Cordeiro; Fórum Ministro Artur Marinho – Justiça Federal de Pernambuco (Avenida Recife), no Jiquiá; Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Dois Irmãos; Juizados Especiais do Recife, na Imbiribeira; Parque da Macaxeira, na Macaxeira; Geraldão, na Imbiribeira; Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Cidade Universitária; e Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Bairro do Recife. Além dos pontos onde a pessoa não precisa descer do veículo, a Secretaria de Saúde do Recife oferece salas de vacina em outros pontos: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Dois Irmãos; Parque de Exposição de Animais, no Cordeiro; Upinha Dr. Hélio Mendonça, no Córrego do Jenipapo. Os outros centros continuam funcionando na Unidade de Cuidados Integrais (UCIS) Guilherme Abath, no Hipódromo; Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro; Ginásio Geraldão, na Imbiribeira; e UPA-E Fernando Figueira, no Ibura. Todos os locais funcionam das 7h30 às 18h30, de domingo a domingo. OUTROS PÚBLICOS – Além dos idosos a partir de 73 anos, o Recife continua vacinando os trabalhadores da saúde, ativos, de qualquer área, a partir de 55 anos; trabalhadores da Atenção Básica do município e os que atuam nas redes pública e privada, em policlínicas, maternidades, UTIs, centros de quimioterapia e de Terapia Renal Substitutiva. Além deles, os trabalhadores da saúde dos setores hospitalares de endoscopia, broncoscopia e imagem; cardiologia, vascular e neurologia. Os que atuam nas Vigilâncias Epidemiológica, Sanitária, Ambiental e no setor de Saúde do Trabalhador também foram incluídos na lista de grupos prioritários.

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Porto Digital cresceu 21,7% em 2020 e prevê 3 mil contratações em 2021

No ano mais desafiador da economia brasileira, o parque tecnológico do Porto Digital comemorou um crescimento de 21,7% no faturamento. No balanço, apresentado pelo presidente Pierre Lucena, o conjunto de empresas embarcadas na região atingiu R$ 2,86 bilhões, mais de meio bilhão acima do desempenho de 2019. . Faturamento do Porto Digital 2020: R$ 2,86 bilhões 2019: R$2,35 bilhões Crescimento entre 2019 para 2020: 21,7%  2020: R$ 2,86 bilhões 2018: R$ 1,89 bilhão Crescimento entre 2018 para 2020:  50,8% . “No começo de 2020, o conjunto de empresas do Porto Digital já apontavam para um crescimento significativo dos negócios realizados no parque – mas aí veio a pandemia e todas as empresas tiveram que reavaliar seus planejamentos. Ainda assim, apesar da pandemia, as organizações conseguiram superar os desafios e manter o ritmo do ano anterior”, informou Pierre Lucena. As empresas do Porto Digital que mais cresceram em 2020 foram a Speedmais, Insole e a Consenso. No ranking das que mais faturaram em 2020 estão a Accenture, Acqio, Avanade, Avantia, CESAR, Insole, Neurotech, Rede Globo, Sertell e Tempest. O balanço apontou também o conjunto de empresas mais empregadoras do parque tecnológico, resultando na seguinte lista: Accenture, Avanade, Avantia, CESAR, EAD Nassau, Emprel, Pitang, Serttel, Speedmais e Tempest. Ao todo, o parque terminou o ano de 2020 com 13.378 profissionais empregados – alta de 14,7% – e 349 empresas. Em 2020 foram contratados 1.719 colaboradores. Para o ano de 2021, as projeções do Porto Digital são de contratações de 3.140 colaboradores. O plano do Núcleo Gestor do Porto Digital para o parque tecnológico até 2025 é de alcançar 20 mil colaboradores distribuídos entre 500 a 600 empresas. A projeção de faturamento para 2025 é de R$ 3,5 bilhões. O novo secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, o ex-prefeito do Recife Geraldo Julio, participou do balanço e reafirmou parceria entre o Governo do Estado e o Porto Digital. “Um resultado como esse não acontece por acaso. Vem dentro de uma estratégia de um parque tecnológico maduro, que gosta de avanços ousados e sólidos. Tive a alegria como secretário lá atrás e depois por oito anos como prefeito do Recife de criar parcerias com o Porto Digital para somar, juntar esforços e, agora, como secretário de Desenvolvimento Econômico, quero reafirmar esse compromisso. Sei que a Prefeitura com João Campos vai avançar no que vinha sendo feito, mas quero repactuar as ações conjuntas com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, inclusive nas políticas de atração de novos negócios, novos empreendimentos para consolidar o nosso Polo e fortalecer quem já está por aqui”, destacou Geraldo Julio. No link abaixo a íntegra da reunião com o balanço dos números do Porto Digital em 2020. . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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