2021 - Página 171 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

Camex zera Imposto de Importação de seringas e agulhas

O Diário Oficial da União (DOU) publica, nesta quinta-feira (7), resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que concede redução temporária, para zero por cento, da alíquota do Imposto de Importação de seringas e agulhas. A medida tem por objetivo atender as necessidades do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Nessa quarta-feira (6), o governo federal editou Medida Provisória (MP) nº 1.026, publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), que trata da aquisição de insumos para o combate à doença. Segundo o documento, fica a "administração pública direta e indireta autorizada a celebrar contratos ou outros instrumentos congêneres, com dispensa de licitação, para: a aquisição de vacinas e de insumos destinados a vacinação contra acovid-19, inclusive antes do registro sanitário ou da autorização temporária de uso emergencial; e a contratação de bens e serviços de logística, tecnologia da informação e comunicação, comunicação social e publicitária, treinamentos e outros bens e serviços necessários a implementação da vacinação”. De acordo com nota divulgada pela Secretaria-Geral da Presidência da República, a MP permitirá que sejam adquiridos insumos e vacinas em fase de desenvolvimento e em momento prévio ao registro sanitário ou à autorização de uso excepcional e emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A nota diz ainda que a “autorização legislativa se faz necessária, uma vez que o ordenamento jurídico infraconstitucional revelava-se um óbice para otimizar o processo de aquisição”. Outro ponto importante destacado pela MP se refere à consolidação do Plano Nacional de Vacinação como instrumento estratégico para imunização de toda a população brasileira. “A despeito da possibilidade de compra de vacinas contra covid-19 ainda em desenvolvimento, é crucial destacar que o início da vacinação somente poderá acontecer após o registro ou após a emissão da autorização excepcional e emergencial pela Anvisa”.

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Governo de Pernambuco reduz capacidade de eventos para 150 pessoas

O Governo de Pernambuco anunciou, durante coletiva de imprensa online , a decisão do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 de reduzir, em todo o Estado, a capacidade do setor de eventos para no máximo 150 pessoas. A medida tem como objetivo frear a disseminação do novo coronavírus. Foi comunicada ainda a prorrogação da proibição de shows e festas até o final deste mês de janeiro. Estão vetadas festas de qualquer tipo, em restaurantes, barracas de praia, hotéis ou outros estabelecimentos, com ou sem venda de ingressos. O secretário estadual de Saúde, André Longo, defendeu o respeito aos protocolos como única forma de evitar a transmissão do vírus. “Para que as atividades continuem funcionando sem colocar vidas em risco é preciso seguir as normas que norteiam o Plano de Convivência, e que estão centradas no distanciamento, uso de máscara, higiene e monitoramento”, argumentou Longo. Segundo ele, neste momento há mais de mil pacientes com suspeita da Covid-19 internados em leitos de UTI, públicos e privados, e a cada três pacientes que desenvolvem quadros graves da doença, ao menos um acaba não resistindo. “É para não transmitir o vírus e provocar mortes que todos devemos reforçar os cuidados. O vírus pode ser silencioso e inofensivo para você, mas para alguém próximo pode ser fatal. Não vamos deixar que um verão de descuido interrompa a vida das pessoas que amamos”, pontuou o secretário de Saúde. ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA – André Longo apontou uma tendência de estabilidade e queda nos indicadores dos casos graves de síndrome respiratória aguda grave em Pernambuco, quando comparados os dados das três últimas Semanas Epidemiológicas (SE). Na análise da última SE 53, foram registrados 663 casos de SRAG, o que indica uma estabilidade em relação à SE 52, quando foram feitas 683 notificações; e uma redução de 20% em relação à SE 51, que teve 862 registros. “Mesmo diante dos números, é importante pontuar que continuamos monitorando e acompanhando os dados, pois tivemos dois feriados em sequência, o que pode acarretar o acúmulo de notificações, além da mudança de prefeitos, que também pode influenciar na alimentação dos sistemas de notificação”, ponderou o secretário. Em relação às solicitações por leitos de UTI para pacientes graves suspeitos ou confirmados para Covid-19, a Central de Regulação do Estado também mostrou um cenário de estabilidade entre as SE 52 e 53, com uma sutil oscilação negativa de apenas 1%. Por outro lado, as solicitações por leitos de enfermaria, indicado para pacientes com quadros mais leves da doença, tiveram um aumento de 12%. FISCALIZAÇÃO – O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, anunciou novas medidas mais rigorosas que serão tomadas pelo Governo do Estado para combater e punir o desrespeito às normas do Plano de Convivência, e solicitou a colaboração da sociedade. “Vamos ter que aumentar as medidas de fiscalização de forma mais dura e objetiva. Quero pedir a colaboração de todos com o Procon, com a Defesa Social e com as guardas municipais das prefeituras com orlas de praia, para que nos comuniquem, inclusive em outras regiões do Estado”, pediu o secretário. Segundo Pedro Eurico, quem quiser colaborar basta enviar as imagens de aglomerações. O Estado vai, automaticamente, aplicar a multa e, a partir de agora, notificar diretamente por notícia-crime ao Ministério Público para instaurar processo criminal. O secretário informou ainda que, nos últimos 30 dias, já foram multados mais de 150 estabelecimentos com valores que chegam a quase R$ 350 mil. “Esses valores serão aumentados. Em caso de reincidência, a interdição do estabelecimento será definitiva”, advertiu. Já o secretário executivo de Defesa Social, Humberto Freire, esclareceu que as ações das operativas (PM, Policia Civil e Polícia Militar) visam garantir que as medidas restritivas sejam cumpridas. “O descumprimento dessas medidas enseja a instauração de inquérito policial, como já foi feito com algumas festas ilegais realizadas recentemente. Os promotores dessas festas podem responder processo por crime contra a Saúde Pública”, informou. “É importante que os organizadores e o público contribuam, neste período mais intenso, para que haja uma reversão da curva, e que não seja preciso levar à Justiça e conduzir pessoas para autuação em delegacias, como será feito caso sejam verificadas ações ilegais”, concluiu Humberto Freire

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Morre Genival Lacerda, ícone do forró

O forró perdeu, na madrugada de hoje (7), um de seus maiores ícones: o cantor e compositor Genival Lacerda, aos 89 anos, em decorrência da covid-19. A notícia foi divulgada por familiares nas redes socais. Lacerda estava internado na unidade de terapia intensiva do Hospital da Unimed, no Recife, desde o final de novembro. Nascido em Campina Grande, no ano de 1931, cidade que é considerada a capital do forró na Paraíba, Lacerda foi autor de sucessos como 'Severina Xique Xique", "De quem é esse jegue?" e "Radinho de Pilha", em meio aos cerca de 70 discos lançados por ele – o primeiro deles, gravado em 1955, quando já havia se mudado para Pernambuco. Incentivado por seu concunhado, o músico Jackson do Pandeiro, Lacerda se mudou para o Rio de Janeiro em 1964, onde trabalhou em algumas casas de forró. O salto na carreira só veio em 1975, quando lançou a música "Severina Xique-Xique" – famosa pelo verso "ele tá de olho é na butique dela", feita em parceria com João Gonçalves. O disco vendeu cerca de 800 mil cópias. AVC e covid-19 Em maio, antes de ser contaminado pelo novo coronavírus, o músico já havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). Genival Lacerda vinha apresentando piora em seu quadro de saúde nos últimos dias, a ponto de a família usar as redes sociais para pedir que as pessoas doassem sangue para ajudá-lo. Da Agência Brasil

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João Campos assegura que o Recife pode comprar a vacina diretamente

O prefeito do Recife, João Campos, assegurou nesta quarta-feira (6), em entrevista ao Bom Dia Pernambuco, que poderá implantar um plano de vacinação municipal independente, caso o governo federal não distribua os imunizantes para as cidades. “Cabe ao Ministério (da Saúde) a aquisição e distribuição das vacinas. Isso é o normal e é o que é certo. Mas a gente não pode apenas aguardar que isso aconteça, porque, se o ministério simplesmente desejar não fazer, eu não vou achar que isso é normal e vou dar início ao plano próprio”, declarou Campos detalhou que formou um comitê da vacina ainda no processo de transição do seu governo, a partir de dois eixos, sendo um deles o diálogo com o governo federal e o PNI (Plano Nacional de Imunização). “Mas, se o Ministério não fizer a distribuição para as cidades brasileiras, o Recife vai comprar a vacina diretamente. O que a gente não pode aceitar é que o Recife fique sem vacina. A gente está em diálogo com a parte da logística, da infraestrutura, e também estamos em diálogo com fabricantes de vacinas”, disse. O município, segundo Campos, dispõe de recursos para custear um plano municipal de vacinação. O prefeito ressaltou que o Recife tem 1,6 milhão de habitantes, dos quais 600 mil pessoas são do grupo de risco da doença transmitida pelo novo coronavírus. “Se comparado a outros países ou cidades no mundo, não é um número tão expressivo. O Recife pode bancar isso”, informou.

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No encontro de céu e mar - Por Paulo Caldas

Em ''A azul sereno" Ed Arruda se atém ao ofício dos faroleiros, aqui com foco nas letras, as ilumina e as liberta dos matizes opacos até o encontro de céu e mar (onde mora a paz), quando o horizonte se faz em prosa e verso. Seguindo o destino dos ourives, lentes e cadinhos, dá brilho às frases: "Por ser cristal, a alma em êxtase, sob a mistura de sal e chuva, filtra a luz e revela-se arco-íris ". Tal bailarino, em ritmo de tango, faz das estrofes partners e conduz seus versos pela pista com ritmo e harmonia: “Quarta-Feira de Cinzas a floresta se rende, a morte toca o clarim do silêncio". Sobre esta primeira incursão solo de Ed Arruda aos oceanos da literatura, diz na contracapa a talentosa Aline Saraiva: "Navegar não é o bastante; as ondas desse 'azul sereno' submergem o leitor em mergulhos intensos''. No posfácio, a professora associada da UFRN Valdenides Cabral de Araújo Dias destaca a seriedade expressiva do autor em colocar no mesmo espaço prosa e verso, lirismo e crítica social. Asunción González, pós-graduada em língua portuguesa, nas orelhas comenta: " a poética aqui não acalanta, grita, acorda os anjos de pedra para enxergar o mundo cru, sem ervas aromáticas". "Azul sereno" traz na capa a arte de Lúcia Ramos, a editoração eletrônica de Lourdes Duarte, coordenação editorial Lourdes Nicácio, produção editorial Edições Novo Horizonte e impressão de Luci Artes Gráficas. Os exemplares podem ser adquiridos no Varejão do Estudante (Av Manoel Borba) e no Espaço Cultura Nordestina (Poço da Panela)

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Aeroporto do Recife tem aumento de 14% na malha aérea de janeiro

O ano se inicia sinalizando boas projeções para o Turismo de Pernambuco. Logo na primeira semana de 2021, a expectativa é de crescimento para a malha aérea do Estado em janeiro. Segundo dados da Anac, 5.883 voos, entre pousos e decolagens, são esperados para o Aeroporto Internacional dos Guararapes - Gilberto Freyre durante este mês. O volume representa um salto de 14% em relação à malha aérea que estava prevista para o mês de dezembro. O levantamento foi realizado pela Unidade de Estudos e Pesquisas da Empetur. Está prevista uma média diária de 190 voos, entre pousos e decolagens, no terminal da capital pernambucana. Em um recorte comparativo com outras capitais do Nordeste, o Recife mantém o topo do ranking, com Salvador em 2º, com 167 voos diários, seguida por Fortaleza, com 95. “O segundo semestre de 2020 demonstrou a capacidade de ressurgimento do Turismo de Pernambuco, com a retomada gradual da atividade em todo o Estado. Agora, para 2021, seguimos rumo à recuperação total da nossa malha, com a ampliação no número de voos operados”, pontua o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes. Em janeiro, o Recife conta com a liberação pela Anac de ligações diretas do Recife para 36 destinos nacionais e dois internacionais. Os voos são para as cidades de Aracaju, Belém, Brasília, Campina Grande, Caruaru, Confins, Cuiabá, Fernando de Noronha, Fortaleza, Foz do Iguaçu, Goiânia, Jericoacoara, João Pessoa, Juazeiro do Norte, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Parnaíba, Petrolina, Porto Alegre, Porto Velho, Rio de Janeiro (Galeão e Santos Dumont), Salvador, São José dos Pinhais, São Luís, São Paulo (Congonhas, Guarulhos, Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto), Serra Talhada, Teresina, Uberlândia, Vitória, Lisboa (Portugal) e Ilha do Sal (Cabo Verde). Este último voo, está liberado pela Anac, mas ainda sem data de início. Além do Recife, o terminal de Petrolina também tem registrado bons números neste início de ano. No Aeroporto Senador Nilo Coelho, a expectativa é de 309 voos, entre pousos e decolagens, para janeiro, interligando diretamente o Sertão do Estado a quatro destinos: Recife, Salvador, Campinas e Guarulhos.

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Liquidação Etiqueta Roxa do Shopping Guararapes tem início nesta quinta

A tradicional liquidação do Shopping Guararapes, Etiqueta Roxa, inicia nas lojas físicas do mall e no Guararapes Online nesta quinta-feira (07) e segue até domingo (10). São diversas ofertas em vários segmentos, com descontos de até 50%. A expectativa é receber 10% a mais de pessoas a cada dia durante o período da campanha e ter um incremento nas vendas de 20%. O horário de funcionamento do mall será o habitual, das 10h às 22h de quinta a sábado e no domingo das 12h às 21h. Todo o mix do Guararapes estará com produtos em promoção, entre as lojas que prepararam ótimas oportunidades estão a Império Móveis e Eletros, Broomer, Carmen Steffens, Constance, First Class, Maria Donata, Spuk, Constance, La Camiceria, entre outras. Para quem quiser fazer suas compras sem sair de casa, terá à disposição a plataforma de e-commerce do mall. Acessando www.guararapesonline.com.br o cliente terá acesso à várias ofertas das lojas que estão presentes na plataforma. Tudo com frete grátis e atendendo a um raio de 15km. Além disso, exclusivamente pela plataforma terão ofertas relâmpago que serão lançadas a cada dia e que prometem acabar logo com os estoques.

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Janeiro de Grandes Espetáculos divulga programação

Organizadores e artistas do Janeiro de Grandes Espetáculos, que em sua 27ª edição se esgorçaram para adaptar o festival a uma realidade possível, transformando-se em JGE Conecta. A programação do festival, disponível no site www.janeirodegrandesespetaculos.com, contempla, de 7 a 28 de janeiro de 2021, 35 espetáculos em formato online, com exibição através do YouTube, e 13 presenciais. As apresentações ao vivo serão nos teatros de Santa Isabel, do Parque e Luiz Mendonça, respeitando todas as normas sanitárias vigentes. Este ano, além de Teatro Adulto, Teatro para Infância e Juventude, Dança e Música, o Janeiro contempla, pela primeira vez, as categorias Circo e Mostra de Escolas Independentes de Teatro, Dança e Circo. Traz ainda 14 debates online sobre variados temas acerca da arte no quadro Palavração. Pernambuco, como sempre no evento realizado pela Associação de Produtores de Artes Cênicas de PE (Apacepe), foi priorizado na grade: além do Recife, há artistas de Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Vitória de Santo Antão, Surubim, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Tabira e Petrolina. Ao mesmo tempo em que a programação foi construída com muitos limites, fez-se possível quebrar a barreira física com a inédita possibilidade de exibições virtuais. Assim, estarão de forma remota companhias do Ceará, Bahia, Brasília, Amapá e Amazonas, dentro do conceito de se pensar o Brasil além do eixo Sul/Sudeste e abrir as portas para a potência criativa das outras regiões do País. Do exterior, espetáculos da Colômbia, Senegal e Eslováquia integram o roteiro. “Vivemos um momento em que a grandeza é estarmos vivos, produzindo artes e dialogando com nossos públicos. O grande destaque do festival é o conjunto de sua programação. Utilizamos critérios como qualidade, processo, diálogo entre territórios diferentes, representatividade regional, cultural, de gênero”, pontua José Manoel Sobrinho, gerente de Programação. Os integrantes da comissão de seleção dos espetáculos trouxe a diversidade, marca desta edição: Gheuza Sena (atriz do Recife), Genivaldo Francisco (representante da Amotrans - Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de PE), Djaelton Quirino (representante da Ripa - Rede Interiorana de Produtores Técnicos e Artistas de PE) e Clara Isis Gondim (bailarina de Petrolina). A abertura do JGE será simbólica. Gravada no Teatro de Santa Isabel e transmitida online, gratuitamente, dia 7 de janeiro, às 20h, prestará reverência a oito homenageados. Na música, o maestro Ademir Araújo e a pianista Ellyana Caldas. No teatro, o escritor e dramaturgo Ronaldo Correia de Brito e a atriz Arari Marrocos, de Caruaru. No circo social, a artista-educadora Fátima Pontes; e no circo popular, o mágico Alakazam. Na dança, o artista e pesquisador Jailson Lima, de Petrolina, e a bailarina Cláudia São Bento. O evento de abertura terá participação da cantora Gabi da Pele Preta e da instrumentista Laís de Assis, com apresentação da atriz Fernanda Spíndola. Este ano, o Prêmio JGE Copergás será concedido a projetos que se destacaram em 2020. Serão 20 premiados, entre companhias, artistas, escolas, associações, técnicos, espetáculos. INGRESSOS – Os tíquetes para as apresentações virtuais e presenciais custam R$ 20 e estão à venda no site Sympla. Reconhecendo que as escolas independentes de teatro, dança e circo são as principais formadoras de novos artistas e públicos, e oferecendo ainda mais holofotes para essas instituições, o JGE optou pelo acesso gratuito aos espetáculos dessa mostra. O festival sugere colaboração financeira voluntária, de qualquer valor, através do PicPay. Toda a verba arrecadada será dividida entre as dez escolas participantes da mostra. Também serão gratuitos, por meio de lives no Instagram, os debates do Palavração. Apresentado pela Prefeitura do Recife, com o patrocínio da Copergás, incentivo do Governo do Estado de Pernambuco através da Lei Aldir Blanc, o 27º Janeiro de Grandes Espetáculos tem apoio da Cia. Editora de Pernambuco (Cepe), Virtual Recife, TV Globo e Fundação Cultural Cabras de Lampião, parceria da TV e Rádio Universitária, Rede Interiorana de Produtores Técnicos e Artistas de Pernambuco (Ripa), Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans), Universidade de Brasília (UNB), SESC Amazonas e Conselho de Artes da Eslováquia. Com produção geral de Paulo de Castro, produção executiva da Fervo Projetos Culturais, Roda Cultural e Cordas Cênicas, numa realização da Apacepe.  

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Descobertas 4 novas espécies de peixe em Fernando de Noronha

Uma expedição marítima realizada por cientistas brasileiros e norte-americanos no arquipélago de Fernando de Noronha resultou na descoberta de, ao menos, quatro novas espécies de peixes, exclusivas do litoral brasileiro. Liderada pela Associação Ambiental Voz da Natureza, com patrocínio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, o trabalho ocorreu em duas etapas. Na primeira, a equipe ficou embarcada por 17 dias realizando a exploração em águas profundas. Na sequência, foram mais de 12 meses de dedicação à taxonomia das espécies, comparando características morfológicas com centenas de outros peixes para comprovar se tratar de animais inéditos para a ciência. Além das quatro descobertas, outras 15 espécies foram registradas pela primeira vez na região. Foram descobertas uma nova espécie de peixe gobídeo (Psilotris sp.), de peixe-pedra (Scorpaena sp.), de peixe-lagarto (Synodus sp.) e de peixe-afrodite (Tosanoides sp.). O peixe-pedra é uma espécie tipicamente venenosa, que se camufla no ambiente recifal como mecanismo de sobrevivência. O peixe-lagarto, por sua vez, também se camufla e fica praticamente imóvel à espera de indivíduos menores para abocanhar. Os novos gobídeos pertencem a um gênero raro, são pequenos e se alimentam de microrganismos, zooplanctons e microinvertebrados. Já o novo peixe-afrodite é apenas o segundo do gênero descoberto no Oceano Atlântico. O primeiro também foi encontrado no Brasil, em 2018, no Arquipélago de São Pedro e São Paulo. O estudo com os resultados da expedição foi publicado neste mês na revista científica Neotropical Ichthyology. De acordo com o pesquisador da Voz da Natureza e da Academia de Ciências da Califórnia, Hudson Pinheiro, que chefiou a equipe, o objetivo principal da exploração foi investigar um dos ambientes mais desconhecidos da ciência: os recifes profundos. Para isso, tiveram tecnologias de ponta como aliada para descer a 140 metros abaixo da superfície e observar a biodiversidade local. “Pudemos entender melhor os ecossistemas profundos da ilha, o seu estado de preservação, as ameaças e a relação entre a biodiversidade do fundo e do raso”, explica Pinheiro, que também é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN). A expedição permitiu a caracterização dos ambientes profundos de Noronha, uma região sobre a qual ainda se sabe muito pouco. Pela primeira vez, por exemplo, cientistas mergulharam nas paredes externas do arquipélago e na quebra da plataforma (uma mudança brusca na profundidade e relevo do oceano), atravessando termoclinas, que são fronteiras entre diferentes massas d’água, com temperatura e salinidade bastante distintas. Em profundidades de 115 metros, os pesquisadores encontraram águas geladas, de até 13 °C, com uma biodiversidade completamente diferente daquela de água rasa. “Cerca de 50% das espécies que nós encontramos lá no fundo são registros novos para o arquipélago”, informa Pinheiro. Além das quatro espécies novas – nunca vistas anteriormente e não descritas pela ciência –, outras quatro estão em análise pelos cientistas, podendo também constituir descobertas inéditas. “Encontramos detalhes, diferenças de coloração e morfologia que nos chamaram a atenção”, diz o pesquisador João Luiz Gasparini, ressaltando que “o isolamento do arquipélago promove a evolução dos peixes de forma distinta ao que acontece no continente, formando espécies endêmicas, que só existem na região mais profunda”. Para a coordenadora de Ciência e Conservação da Fundação Grupo Boticário, Marion Silva, a exploração científica das águas profundas do litoral brasileiro traz elementos para a construção de políticas públicas mais eficazes de proteção do ambiente marinho e sua biodiversidade. “O Brasil possui uma extensa e larga plataforma continental composta por grande diversidade de ecossistemas, como recifes de corais, montes e bancos submarinos, mas ainda assim a maior parte das unidades de conservação marinhas têm focado na proteção de ambientes rasos”, comenta Os esforços de pesquisa, incluindo uma extensa variedade de técnicas de amostragem, desvendaram ecossistemas e uma grande biodiversidade nos recifes profundos. Usando um ROV (drone submarino equipado com câmeras de vídeo, sensores e operado por controle remoto), foram registradas novas ocorrências e comportamentos reprodutivos de espécies comerciais, como garoupas e dentões (também conhecidos como vermelhos). “Vimos que algumas espécies, como a garoupa-marmoreada, estão utilizando os recifes da quebra da plataforma, entre 90 e 100 metros de profundidade, como áreas de reprodução”, relata o oceanógrafo João Batista Teixeira, que integrou a expedição.   TECNOLOGIA O ROV também foi usado para a exploração pretérita, quando os cientistas primeiro lançam o robô para investigar os ambientes para depois os mergulhadores técnicos entrarem na água. “Investigamos a parede abaixo da quebra da plataforma até 140 metros, o que possibilitou encontrar habitats fascinantes, repletos de corais negros e cavernas, locais propícios para nossos estudos ecológicos”, adiciona Teixeira. A expedição científica também contou com uma metodologia conhecida como BRUVS, que são sistemas de filmagens subaquáticas remotas com iscas de atração. “Nossos vídeos revelaram uma altíssima abundância de predadores de topo de cadeia, uma enorme quantidade de tubarões, incluindo espécies ameaçadas de extinção”, detalha o pesquisador da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Caio Pimentel. Outra tecnologia aplicada pelos expedicionários e que raramente é usada no Brasil foram os chamados rebreathers. O equipamento permite filtrar o dióxido de carbono exalado pelos mergulhadores e reutilizá-lo após uma mistura com oxigênio e outros gases. Nesse caso, foi usado o TRIMIX, que também contém nitrogênio e hélio. Isso permite que os cientistas fiquem mais tempo submersos, entre cinco e seis horas, e alcancem profundidades bem maiores. Além disso, o equipamento não libera bolhas, o que ajuda a não afugentar os peixes. Desenvolvimento sustentável e conservação marinha Uma situação que preocupou os pesquisadores são os resquícios de linhas de pesca e cabos de embarcações avistados nos recifes profundos do arquipélago, evidências da existência de atividade pesqueira, com impacto sobre os recifes. Com a área rasa protegida pelo Parque, restam os recifes profundos para serem utilizados pelos pescadores. Entretanto, o desenvolvimento sustentável da atividade pesqueira, inclusive para a preservação de espécies comerciais, exige que esses ambientes sejam manejados de forma adequada. “Como o arquipélago é isolado do continente, as populações de espécies locais são normalmente responsáveis pela própria manutenção do estoque pesqueiro”, ou seja, “uma vez que estão sobre-explorados, restam poucos indivíduos para reprodução

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Estudo indica um dos fatores que tornam nova variante do coronavírus mais contagiosa

Pesquisadores das faculdades de Medicina (FMRP) e de Odontologia (FORP) da Universidade de São Paulo (USP), campus de Ribeirão Preto, identificaram um dos fatores que tornaram mais infecciosa a nova variante do coronavírus SARS-CoV-2, a B.1.1.7, originária do Reino Unido e com dois casos confirmados no Brasil pelo Instituto Adolf Lutz. Por meio da aplicação de ferramentas de bioinformática, eles constataram que a proteína spike da nova cepa viral – que forma a estrutura de coroa que dá nome à família dos coronavírus – estabelece maior força de interação molecular com o receptor ACE2, presente na superfície das células humanas e com o qual o SARS-CoV-2 se liga para viabilizar a infecção. O aumento na força de interação molecular da nova linhagem é causado por uma mutação já identificada no resíduo de aminoácido 501 da proteína spike do SARS-CoV-2, chamada de N501Y, que deu origem à nova variante do vírus, observaram os pesquisadores. Os resultados do trabalho, apoiado pela FAPESP, foram publicados na plataforma bioRxiv, em artigo ainda sem revisão por pares. “Vimos que a interação entre a proteína spike da nova cepa do coronavírus com a mutação N501Y é muito maior do que a apresentada pela primeira linhagem do vírus isolado em Wuhan, na China”, diz à Agência FAPESP Geraldo Aleixo Passos, professor da FMRP e da FORP-USP e coordenador do projeto. Outro autor do estudo, que realizou as análises bionformáticas, é Jadson Santos, que realiza doutorado na FMRP-USP sob orientação de Passos. Com o surgimento da linhagem B.1.1.7 no Reino Unido, os pesquisadores levantaram a hipótese de que a mutação N501Y presente na proteína spike da nova variante, resultante da substituição de um aminoácido asparagina (N501) por um do tipo tirosina (N501Y), poderia ser um dos fatores responsáveis pela alta contagiosidade da nova linhagem do coronavírus. Isso porque o N501 já havia sido identificado como um resíduo de aminoácido crucial na afinidade de ligação da proteína spike ao receptor ACE2 humano e, consequentemente, implicado na infectividade do novo coronavírus. Além disso, estudos anteriores também apontaram que a mutação N501Y encontrada na linhagem B.1.1.7 cobre um dos seis resíduos de aminoácidos de contato-chave dentro da proteína spike. “Existem outras mutações no genoma dessa linhagem que não analisamos. Focamos na N501Y porque ela está implicada na ligação da proteína spike com o ACE2”, explica Passos. A fim de testar a hipótese de que a alta infectividade da linhagem B.1.1.7 poderia ser devido a mudanças na força de interação entre a proteína spike mutante e o receptor ACE2, foram utilizadas estruturas da proteína spike do SARS-CoV-2 isolado em Wuhan e da linhagem B.1.1.7, depositadas em um banco de dados de proteínas, o Protein Data Bank. Por meio de um software de domínio público, chamado PyMOL, foi possível visualizar a interação entre o resíduo de aminoácido 501 da proteína spike do SARS-CoV-2 com o resíduo Y41 da proteína ACE2 humana e simular e analisar as interações resultantes da mutação N501Y encontrada na linhagem B.1.1.7 com o receptor celular. “Esse software permite visualizar imagens dessas estruturas moleculares com uma aproximação de 3.5 angstrom de campo, muito maior do que as imagens geradas até mesmo por um ultramicroscópio”, compara Passos. Por meio de outro software também de domínio público, chamado PDBePISA, foi possível comparar a interação das proteínas spike da linhagem selvagem do SARS-CoV-2 e da mutante com o receptor ACE2 humano. Os resultados das análises mostraram que a mutação N501Y na proteína spike da nova variante do coronavírus estabelece maior interação com o receptor ACE2 em comparação com a linhagem selvagem do vírus. As interações foram predominantemente não covalentes – mais fracas –, observaram os pesquisadores. “A somatória de várias ligações fracas entre a proteína spike mutante da nova variante do coronavírus com o receptor ACE2 humano resulta em interações moleculares mais fortes, que permitem que o vírus entre mais facilmente nas células e deflagre o sistema de replicação”, explica Passos. O estudo também revelou que a mutação N501Y causa uma alteração no espaçamento entre os resíduos de aminoácidos da proteína spike, permitindo que estabeleça ainda mais interações com o receptor ACE2. “Juntas, essas mudanças confirmaram a hipótese de que a proteína spike da cepa B.1.1.7 interage mais fortemente com o receptor ACE2”, afirma Passos. De acordo com o pesquisador, os resultados do estudo feito por meio de simulações computacionais in silico permitirão orientar novos experimentos in vitro, voltados a avaliar em laboratório a infectividade da nova variante do coronavírus em culturas de células humanas. Evolução surpreendente Segundo os pesquisadores, a rápida propagação do SARS-CoV-2 entre os humanos está impulsionando sua evolução molecular. Até agora, o vírus acumulou mutações a uma taxa de até dois nucleotídeos por mês, e isolados recentes apresentam pelo menos 20 alterações de nucleotídeos em seus genomas em comparação com a linhagem selvagem, isolada em janeiro de 2020. A maior parte das mutações está localizada na proteína spike. A linhagem B.1.1.7., detectada no início de setembro e descrita em dezembro de 2020 pelo COVID-19 Genomics UK Consortium, no Reino Unido, e já registrada em outros 17 países, incluindo o Brasil, representa um exemplo, entre vários outros, da rápida evolução molecular do novo coronavírus. Contudo, surpreendeu os cientistas por acumular 17 mutações, das quais oito estão localizadas no gene que codifica a proteína spike na superfície do vírus. “Essa nova cepa acumula muitas mutações. Se observa um número menor em outras linhagens virais”, compara Passos. Como a descrição dessa nova variante é recente, ainda não dá para avaliar com maior detalhe o fenótipo, ou seja, se ela é mais ou menos patogênica, explica o pesquisador. A animação (abaixo) mostra a interação da proteína spike da nova cepa viral com o receptor ACE2.   Elton Alisson | Agência FAPESP

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