2021 - Página 41 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

Prefeitura do Recife lança plataforma para gerar oportunidades de emprego e renda

A Prefeitura do Recife lançou o Programa Geração de Oportunidade Recife (GO Recife). O programa é uma releitura das tradicionais agência de emprego a partir da ótica da transformação digital. O GO Recife já foi criado com a oferta de 1.455 vagas de trabalho e outras 1.420 vagas para cursos de qualificação profissional. A iniciativa reforça o conjunto de ações e projetos do programa Recife Virado e poderá ser acessado no site do Conecta Recife (https://conectarecife.recife.pe.gov.br/) ou no aplicativo do Conecta, que é gratuito e está disponível para celulares Android e iOS. “O GO Recife é uma grande plataforma de oportunidade, o GO é de Geração de Oportunidades. A gente vai conseguir linkar pessoas a oportunidades, como? Tem várias atividades diferentes que você pode acessar no GO Recife, a primeira delas é você acessar todas as vagas de emprego disponíveis na nossa cidade; a segunda delas é que você pode, como trabalhador autônomo, expor o seu trabalho e dizer ‘eu faço apresentação musical’, eu posso arrumar uma casa, eu trabalho com serviços de eletricista, eu trabalho consertando carro’ e, com isso, as pessoas vão acessar, procurar o seu trabalho e encontrar você”, detalhou o prefeito. “O terceiro eixo é o eixo de formação, a gente já lança o GO Recife com quase 1500 vagas abertas de emprego e com mais de 1400 vagas de formação, todas elas gratuitas, então aqui eu quero agradecer aos parceiros que, junto com a Prefeitura, estão ofertando essas vagas gratuitas”, acrescentou ele. Na plataforma, os trabalhadores poderão se candidatar a vagas de emprego, e empresas e instituições diversas poderão oferecer oportunidades de trabalho gerando, assim, o ‘match’ dos sonhos de quem mais precisa voltar ao mercado. A solução digital também permite se inscrever para participar de capacitações, oficinas e cursos profissionalizantes, gratuitos, em diversas áreas. “A plataforma é bem simples, a gente consegue reunir diversos serviços vinculados a emprego e renda. A gente dispõe, num único canto, todos os empregos disponíveis no Recife e na Região Metropolitana porque a gente sabe que as cidades estão conurbadas. Além disso, para você que é autônomo e para quem quer empreender, você pode divulgar, através do Go Recife, os seus serviços lá e a população vai buscar você através do seu Whatts App”, explicou Rafael Figueiredo, secretário executivo de Transformação Digital. “Por fim, temos a parte de qualificação, 1410 cursos gratuitos, se você está desempregado, amole o seu machado, afinal de contas, não é preciso ir ao médico quando está doente, você pode e deve se cuidar. Educação contínua e constante, esse é nosso objetivo”, completou ele. Um dos grandes diferenciais do GO Recife é o espaço para que trabalhadores autônomos ofereçam serviços diversos. Nele, prestadores de serviço de um modo geral poderão abrir perfis e fazer contato com recifenses interessados em contratar a mão de obra. A plataforma passa a ser também uma vitrine virtual para impulsionar a mão-de-obra desses autônomos e um caminho para quem deseja ter o próprio negócio ou já empreende.

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Inovação Social em Comunidades é assunto de novo curso promovido pela EIPP

Da Fundação Joaquim Nabuco Visando propor novos caminhos resolutivos para questões ainda não solucionadas pelo mercado e pelo Estado, a inovação social vem apontando a importância de se promover rupturas contínuas na forma de elaborar e gerir políticas públicas. Nesse âmbito, as comunidades representam um lugar prolífero para criação de iniciativas de impacto social que atendam os mais diversos tipos de demandas. Este assunto será o mote da formação "Inovação Social: práticas e transformações nas comunidades", promovido pela Diretoria de Formação e Inovação Social (Difor), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). De curta duração, o curso ocorre de modo totalmente remoto, de 18 a 22 de outubro, das 18h às 22h, com aulas em sala virtual pela plataforma Google Meet. Os encontros serão ministrados por Carolina Beltrão, pesquisadora do Núcleo de Inovação Social e Políticas Públicas (NISP), da Fundaj e Doutora em Administração pela UFPE. Por meio de uma abordagem dinâmica, a professora pretende trabalhar tópicos como inovação, inovação social e seus desdobramentos na sociedade e gestão pública. “Esses temas têm se configurado como essenciais às práticas de gestão e às transformações sistêmicas das comunidades. O curso conta com uma metodologia participativa, onde iremos abordar conceitos e casos práticos, sempre contando com a desejável participação dos alunos”, afirmou Beltrão. Interessados em participar têm até o dia 13 de outubro para se inscrever por meio do link: https://bit.ly/3mnYnMJ Serviço "Inovação Social: práticas e transformações nas comunidades" Datas: 18 a 22 de outubro Horário: 18h às 22h Carga horária: 20h Plataforma: Google Meet Professora: Carolina Beltrão

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PGE-PE pede suspensão do leilão de blocos para exploração de petróleo por risco a Fernando de Noronha

Da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco A Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE) apresentou, ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedido de liminar para suspender o leilão de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural previsto para ocorrer nesta quinta-feira (7/10). O Estado argumenta grave risco ao meio ambiente decorrente da exploração na Bacia de Potiguar (RN e CE), uma das áreas a serem licitadas e que tem proximidade com o Arquipélago de Fernando de Noronha, território pertencente a Pernambuco protegido como Unidade de Conservação nos níveis estadual e federal. Na petição apresentada ao STF ontem (6/10), a PGE-PE solicita o ingresso como parte interessada na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 887, de autoria da Rede Sustentabilidade. Se “levados a efeito, sem a adoção das medidas de prevenção ambiental exigidas por Lei e pela própria Constituição Federal”, os leilões na Bacia de Potiguar “certamente resultarão em danos ambientais irreparáveis e de consequências incalculáveis para o ecossistema de Fernando de Noronha”, argumenta a PGE-PE na petição assinada pelo procurador-geral do Estado de Pernambuco, Ernani Medicis; pelo procurador-chefe da Procuradoria do Contencioso, Felipe Vilar; e pelo procurador-chefe da Regional da PGE-PE em Brasília, Sérgio Santana. A 17ª Rodada de Licitações de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural foi autorizada por resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), aprovada pela Presidência da República e chancelada pelos Ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente. O leilão vem sendo questionado em diversas ações judiciais pelo país. No pedido ao STF, a PGE-PE destaca ainda que um dos maiores riscos é decorrente das regras fixadas pela CNPE, que dispensou a realização de Avaliações Ambientais de Áreas Sedimentares (AAAS), substituindo-as por parecer conjunto dos Ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente. “Especificamente no que diz respeito a área da Bacia Potiguar, (o CNPE) entendeu que as avaliações quanto aos impactos ambientais já presumidos ficariam transferidas apenas para a fase do futuro licenciamento ambiental, o que, na prática, transfere todo o risco ambiental para uma fase em que já estaria realizada a licitação e definido o vencedor do leilão”. Para a PGE-PE, a realização dos certames é um risco inaceitável por resultar em dois cenários possíveis: “Ou se imporá forte pressão sobre os órgãos ambientais para viabilizar os licenciamentos sem o devido cuidado em razão da pressão decorrente da ultimação do leilão e da existência de um licitante vencedor e de uma proposta de exploração, ou se transferirá ao empreendedor um risco incalculável de natureza ambiental que, a bem da verdade, poderá inviabilizar a exploração, o que terminará por impactar no próprio preço do leilão (subprecificação)”.

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Sonora Coletiva conversa com Isaar e Mônica Feijó sobre suas carreiras

No início dos anos 1990, o recifense viu surgir a “cena mangue”. Logo, a música aqui produzida, mistura de ritmos pernambucanos e internacionais, chamaria a atenção do país e criaria vínculos com outras cenas e artistas estrangeiros. No início, duas bandas fincaram as bases da cena: Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, lideradas, respectivamente, por Chico Science e Fred Zeroquatro. Mas, na medida em que a cena mangue foi se consolidando, local e nacionalmente, incorporou a contribuição de bandas e grupos formados por mulheres, instrumentistas, compositoras e cantoras, que, nos anos seguintes, passaram a construir suas próprias carreiras. As pernambucanas Isaar e Mônica Feijó são importantes exemplos do protagonismo feminino nesse período. Esses são os motes para o bate-papo com os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto (Fundaj) no próximo Sonora Coletiva. Ao lado de Karina Burh e Alessandra Leão, a instrumentista, compositora e cantora Isaar foi uma das criadoras do grupo Comadre Fulozinha, formado exclusivamente por mulheres. Isso foi em meados dos anos 1990. Mas a trajetória de Isaar como percussionista e cantora vem de antes, quando frequentava o Maracatu Piaba de Ouro e acompanhava a riquíssima cultura musical do Recife nas ruas da cidade, ouvindo, dançando e cantando coco, ciranda, frevo, samba de roda. Com o Comadre Fulozinha, Isaar gravou dois álbuns e excursionou pela Europa e América do Norte. Em 2006, lançou o primeiro e elogiadíssimo álbum Azul Claro consolidando sua carreira solo, após passar pela Orchestra Santa Massa ao lado do DJ Dolores, um dos criadores da cena mangue. Extremamente versátil e atuante em diversas áreas da cultura e das artes, a cantora e compositora pernambucana Mônica Feijó já tem quase 30 anos de carreira musical. Seus quatro álbuns foram bastante elogiados pela crítica especializada por sua qualidade e diversidade de gêneros interpretados. Em sua carreira musical, Mônica Feijó visitou o manguebeat no primeiro disco, Aurora 5365, de 2000, que já traz composições suas. Em 2005, com o álbum Sambasala, mergulhou no samba de compositores contemporâneos pernambucanos. Já em 2011, foi além e misturou diversos ritmos no álbum À vista (2011). Após sete anos sem lançar um álbum solo, em 2018, Mônica Feijó lançou o disputado Frevo Para Ouvir Deitado, em que se debruça sobre o ritmo pernambucano mais popular e conhecido. SAIBA MAIS SONORA COLETIVA é o canal experimental da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, a revista disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o multiHlab e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj. SERVIÇO LIVE – SONORA COLETIVA conversa com ISAAR e MÔNICA FEIJÓ 7 OUTUBRO (quinta-feira) - 19h - Canal do multiHlab no YouTube Participações - Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto (Fundaj)

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Pernambuco segue reduzindo os números de homicídios em 2021

Do Governo de Pernambuco Entre janeiro e setembro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2020, houve um recuo de 12% no número de homicídios. Os crimes patrimoniais também apresentaram uma retração de aproximadamente 4%. Os números oficiais serão divulgados no próximo dia 15. “Os resultados são importantes. Mas a reunião também buscou planejar os próximos três meses e pactuar ações necessárias, porque nossa meta é continuar reduzindo a violência em Pernambuco, mostrando cada vez mais que o caminho conduzido pelo Pacto Pela Vida é um caminho da paz e de salvar vidas”, pontuou Paulo Câmara. Durante o encontro, o governador assinou autorização de orçamento, no valor de R$ 9 milhões, para aquisição de quatro mil novas pistolas Beretta 9mm, com o objetivo de renovar o armamento das polícias de Pernambuco. As pistolas, incluindo carregadores, são de fabricação italiana e serão adquiridas com recursos próprios do Estado, por meio de adesão a uma ata de registro de preços da Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça. A previsão que as armas sejam entregues no início do próximo ano. “São equipamentos mais leves e modernos, dentro do que há de melhor sendo utilizado pelas forças de segurança no mundo. Mas é preciso esclarecer que a repressão e o enfrentamento são o último recurso. A prioridade da segurança, e de todos os que fazem o Pacto pela Vida, é a prevenção e preservação de vidas”, afirmou o secretário de Defesa Social do Estado, Humberto Freire.

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I Seminário Internacional CEÁSIA-UFPE acontece neste mês

Estão abertas as inscrições para participação no I° SIC - Seminário Internacional da Coordenadoria de Ásia (CEÁSIA-UFPE), intitulado “Nova ordem, velhos consensos: O sul global em perspectiva”. O evento ocorrerá nos dias 26, 27, 28 e 29 de outubro de 2021, de forma gratuita, 100% online e contará com uma carga horária total de 20h. O evento faz parte das atividades de inauguração do Centro de Estudos Avançados da Universidade Federal de Pernambuco e será organizado pela Coordenadoria de Estudos da Ásia (CEÁSIA-UFPE). O I° SIC contará com a participação dos professores e escritores Jason W. Moore (Universidade de Binghamton), Mick Dunford (Academia de Ciências Chinesa (CAS) e Vijay Prashad (Tricontinental Institute Research) como conferencistas de abertura dos três dias de evento. Inscrições de ouvintes podem ser feitas até o dia 25/10 pelo link: https://www.even3.com.br/seminariointernacionalceasiaufpe/ Abaixo o cartaz com a programação.

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Recife está há três dias sem registrar óbitos por covid-19

Da Prefeitura do Recife O cenário epidemiológico da covid-19 no Recife registrou um importante marco nas últimas 72h. Nos dias 3, 4 e 5 de outubro, a capital pernambucana não registrou a ocorrência de mortes por síndrome respiratória aguda grave (srag) causadas pelo novo coronavírus. Esta é a primeira vez, no ano de 2021, que a cidade tem esse tipo de registro. O município também apresentou queda de 84,4% no número de óbitos pela doença e 73,1% no número de casos confirmados de srag. Os dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Recife comparam o período de 3 a 16 de janeiro (semanas epidemiológicas 1 e 2), datas anteriores ao início da vacinação contra covid-19 na capital, com o intervalo de 12 a 25 de setembro (semanas epidemiológicas 37 e 38). Os dados de óbitos de idosos por srag apresentaram expressiva redução. As mortes de pessoas na faixa etária de 70 e 79 anos, por exemplo, tiveram uma diminuição de 93,9%. Nos dados de janeiro, foram registrados 33 óbitos, enquanto que em setembro houve a notificação de duas mortes. O número de óbitos ainda pode sofrer alterações, tendo em vista a qualificação dos bancos de dados. Em relação ao número de casos confirmados de srag, a faixa etária de adultos entre 30 e 39 anos, apresentou uma queda de 82,4%. Nas semanas epidemiológicas 1 e 2, foram registrados 17 casos nesta faixa etária, já nas semanas epidemiológicas 37 e 38, houve a notificação de três confirmações desse tipo. “Esses números são reflexo do trabalho e dedicação da Prefeitura no enfrentamento da pandemia no Recife. Por isso, esses dados nos deixam esperançosos em relação ao controle da doença, mas, ainda assim, não podemos descuidar das medidas de proteção, pois o vírus continua em circulação. Somado a isso, pedimos, também, que a população não deixe de tomar a vacina contra covid, complete o esquema vacinal, porque só assim temos a garantia da eficácia do imunizante”, destaca a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque. Desde o início da operação do Plano Recife Vacina, em 19 de janeiro, a capital pernambucana não parou de vacinar a população um só dia. Até o momento, foram aplicadas 1.281.649 doses dos imunizantes. Desse total, 1.245.292 foram de primeira dose ou dose única, o que significa dizer que 81,18% da população do Recife já recebeu ao menos uma dose da vacina anticovid. Já 47,43% dos recifenses estão imunizados, ou seja, com o esquema vacinal completo - 723.678 pessoas receberam as duas doses das vacinas. Essa modificação no contexto da doença na cidade permitiu que a Prefeitura do Recife desmobilizasse os leitos de UTI e enfermaria exclusivos para o tratamento de pacientes com covid-19. No último dia 30, foram fechados os últimos leitos deste tipo, que funcionavam no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI). Atualmente, a PCR conta apenas com leitos de observação e sala vermelha. Entre os meses de julho e agosto de 2020, a capital chegou a ter 342 leitos de terapia intensiva. Em junho do mesmo ano, eram 674 de enfermaria.

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Produção industrial cai pelo terceiro mês seguido

Da Agência Brasil A produção industrial do Brasil caiu pelo terceiro mês seguido, registrando retração de 0,7% na passagem de julho para agosto. Com esse resultado, o setor acumula ganho de 9,2% no ano e de 7,2% nos últimos 12 meses. A indústria ainda está 2,9% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, na pré-pandemia da covid-19, e 19,1% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O gerente da pesquisa, André Macedo, explica que o resultado do mês segue a tendência acompanhada durante o ano. “O resultado de agosto não difere muito do panorama que a gente já vem apresentando ao longo de 2021. Claro que isso tem os efeitos da pandemia sobre os processos produtivos. Fica bem evidente esse desarranjo das cadeias produtivas, bem exemplificado pelo desabastecimento de matérias-primas, de insumos para a produção de bens finais. Fica também muito bem evidenciado o encarecimento dos custos de produção, isso sob a ótica da oferta”, disse André Macedo. Categorias Entre as quatro grandes categorias econômicas, três registraram queda em agosto, assim como 15 dos 26 ramos investigados pela PIM. Bens de capital caíram 0,8% na comparação mensal e tiveram alta de 29,9% em relação a agosto de 2020; bens intermediários caíram 0,6% no mês e 2,1% na comparação anual. Bens de consumo variaram menos 0,1% de julho para agosto e menos 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O pior resultado veio dos bens de consumo duráveis (-3,4% no mês e -17,3% na comparação anual), oitavo mês seguido de queda e acumulando queda de 25,5% nesse período. Bens de consumo semi-duráveis e não duráveis subiram 0,7% em agosto, após crescer 0,5% em julho, e caíram 0,8% em relação a agosto de 2020. A queda de agosto foi puxada pelos ramos de outros produtos químicos, que teve queda de 6,4%; coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%); veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%); e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,3%). Também tiveram quedas importantes os equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,2%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2%); produtos de borracha e de material plástico (-1,1%); confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,6%); e celulose, papel e produtos de papel (-0,8%). Pelo lado dos crescimentos na produção, o IBGE destaca os produtos alimentícios (2,1%); bebidas (7,6%) e indústrias extrativas (1,3%). Para Macedo, o comportamento dessas atividades no mês pode ser interpretado como uma recomposição das perdas anteriores, e não uma trajetória positiva. Também tiveram alta a metalurgia (1,1%), produtos de madeira (3%) e produtos têxteis (2,1%). O gerente da pesquisa explica que o momento pelo qual passa a economia do país se reflete na produção industrial, com a demanda doméstica passando por dificuldades registradas há algum tempo. “O mercado de trabalho que tem acima de 14 milhões [de pessoas] fora desse mercado, uma massa de rendimentos que não evolui, uma precarização das condições de emprego, uma renda disponível por parte das famílias menor, por conta especialmente de níveis de preços em patamares mais elevados. São fatores que já estão presentes há algum tempo e eles explicam muito esse comportamento predominantemente negativo ao longo de 2021”. Comparação anual O resultado de agosto interrompeu 11 meses seguidos de crescimento na comparação anual, com queda de 0,7% em relação a agosto de 2020. Macedo ressalta que as bases de comparação dos meses anteriores estavam muito depreciadas. “Isso justificava, inclusive, taxas de crescimento de dois dígitos. Mas, à medida que os meses avançam, a base de comparação vai aumentando. E, combinada a isso, há uma produção no ano de 2021 em um ritmo menor, mostrando menor intensidade. Então chegamos a esse primeiro resultado negativo depois de onze meses de crescimento na produção”, disse Macedo. Entre os principais impactos para o resultado negativo estão produtos alimentícios (-7,4%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,2%). Outras atividades que tiveram queda foram produtos de borracha e de material plástico (-6,6%), bebidas (-6,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-10,1%), outros produtos químicos (-3,4%), indústrias extrativas (-1,6%), produtos do fumo (-23,3%), móveis (-12,9%) e produtos de metal (-3,4%). As atividades que tiveram resultados positivos nesse indicador, máquinas e equipamentos (23,7%) e metalurgia (20%) foram as que mais impactaram o índice geral. Outros resultados positivos vieram de ramos de veículos automotores, reboques e carrocerias (3,6%); de produtos de minerais não metálicos (5,6%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,5%), de impressão e reprodução de gravações (39,1%), de couro, artigos para viagem e calçados (8,5%), de produtos de madeira (9,8%) e de outros equipamentos de transporte (13,7%).

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AD Diper passa a se chamar de Adepe e abre escritório em São Paulo

A Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) passa a se chamar Adepe. Além da mudança de nome, a agência lançou um novo layout de marca e anunciou a abertura de um escritório em São Paulo. O objetivo desse investimento em uma estrutura na capital econômica do País é de conectar pessoas, negócios e ideias para atrair investimentos para o Estado. O escritório localizado no quarto andar da Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1445, começa a funcionar no mês de novembro. “Queremos articular empresas e investidores à atração de investimentos para Pernambuco, para que haja um maior desenvolvimento econômico do Estado”, detalhou Daniela Guedes, head do escritório da agência. Além da inauguração da unidade avaçada de negócios em São Paulo, a agência tem outros novos desafios para os próximos meses, como a abertura da Loja de Bebidas de PE, o projeto de exploração do potencial de mineração de Pernambuco e do Programa Emprego PE. “A transformação econômica e a Adepe surgem apoiadas em alicerces de inovação, desenvolvimento e sustentabilidade para impulsionar o crescimento e a solidificação da nossa economia. Estamos em uma transição histórica. Percebemos que a Agência assumiu, ao longo dos anos, esse protagonismo de desenvolver novos projetos, ao tempo em que encara novos desafios demandados pela diversidade da economia local e nacional. Com o reposicionamento estratégico, estamos efetuando mudanças importantes na nossa estrutura e agregando inovação e sustentabilidade à nossa vocação, que é o desenvolvimento econômico”, explicou o presidente da Adepe, Roberto Abreu e Lima. O objetivo da mudança de nome e marca está conectada com a modernização da agência estadual de fomento, que foi criada em 1965, inicialmente como Companhia de Desenvolvimento de Pernambuco - Distritos Industriais (Comper DI). Desde os seus primeiros dias, a agência já tinha a função de atrair e estimular investimentos para o desenvolvimento econômico do Estado. “A nossa Agência, que agora passa a se chamar Adepe, tem um histórico de serviços importantes prestados a Pernambuco, de muitas conquistas para o nosso desenvolvimento, impulsionando a economia do Estado. As mudanças anunciadas agora mostram a evolução constante da agência, sempre atualizada com as tendências do mercado e avançando na atração de novos empreendimentos, gerando emprego e renda para os Pernambucanos”, afirmou o governador Paulo Câmara.

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Percentual de endividados e inadimplentes recua em Pernambuco

Da Fecomércio-PE De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada localmente pela Fecomércio-PE, o percentual de famílias que declaram estar endividadas no estado de Pernambuco recuou 2,9 pontos percentuais em setembro, encerrando então o terceiro trimestre em 78%. O resultado de setembro representa uma melhora na dimensão do endividamento das famílias no estado, que desde de fevereiro oscilou entre patamares de 79% a 81%. Não obstante essa melhora no curto prazo, a proporção de famílias endividadas se mantém acima do nível de um ano atrás, na comparação com setembro de 2020, quando o percentual era de 75,7%. O mês de setembro também registrou o terceiro mês consecutivo de queda no percentual de famílias com contas atrasadas, que era de 33,2% em junho, final do segundo trimestre, e agora chegou a 30,9% no final do terceiro trimestre. Na comparação com o nível registrado a um ano atrás, observa-se que o índice de inadimplência não sofreu mudança significativa, com aumento de 0,5 pontos percentuais. Já o percentual de famílias que se dizem sem condições de pagar as contas atrasadas ficou no mesmo patamar observado em agosto, quando chegou a 15,1%, após cinco meses seguidos de alta. Na comparação com setembro de 2020, o indicador recuou 2,1 pontos percentuais. Pernambuco: percentual de famílias, segundo as situações de endividamento (valores em % do total de famílias) - janeiro/2020 a setembro/2021 Fonte: CNC. Elaboração Fecomércio-PE. A PEIC-CNC também investiga mensalmente a dimensão do endividamento familiar, segundo a percepção das famílias. Em setembro, 20,3% das famílias se disseram muito endividadas, nível que ficou muito acima do percentual observado no mesmo mês de 2020, quando o percentual registrado foi de 12,8%. O demonstrativo por tipo de dívidas aponta que o cartão de crédito reduziu levemente sua participação entre os débitos declarados pelas famílias endividadas no mês de setembro, comparado ao mês anterior, mas persiste como o principal vetor do endividamento familiar. As dívidas com carnês e com cheque especial, por outro lado, vêm avançando fortemente. Essa dinâmica sugere que as contratações de crédito vêm potencializando o endividamento, em que, possivelmente, boa parte pode estar sendo direcionada para a quitação de débitos com financeiras e cartões, uma vez que este, sendo o principal vetor de endividamento, tende a ser o principal tipo das dívidas em atraso. Para se ter uma ideia do avanço do crédito, segundo dados do Banco Central, o saldo das operações de crédito no Sistema Financeiro Nacional, ou estoque de crédito, às pessoas físicas do estado cresceu 2,4% em agosto em relação a julho, sendo o maior aumento para o mês de agosto, desde 2008, quando foi de 3,0%. Já na comparação anual, em relação a agosto de 2020, o crescimento foi de 20,2% – maior aumento da comparação anual, desde dezembro de 2011. Em um cenário de inflação elevada, com previsão de encerrar o ano muito acima do teto meta em 2021, além de um mercado de trabalho ainda bastante fragilizado, com alto percentual de trabalhadores por conta própria, na informalidade e menores remunerações no emprego formal, o orçamento familiar mais apertado vem levando ao aumento da busca por crédito na composição da renda. É necessário ficar atento a esse avanço, que pode aumentar as obrigações financeiras entre as famílias no médio prazo, tendo em vista a perspectiva do avanço das taxas de juros sinalizado pela Selic.

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